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Edi Fonseca

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Apontamentos sobre a leitura


Boa leitura! para a prática do professor
de Educação Infantil

B. M. !!. P. "MARIA DA LUZ GOTií


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Ent1414e Mant1r.eée11 : Prefeitura rhr,ic:p~I t!e '' 1latin1
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INTERAÇÕES

Edi Fonseca

Interações:
com olhos de ler
Apontamentos sobre a leitura
para a prática do professor
de Educação Infantil .

Josca Ailine Baroukh


COORDENADORA

lucher Maria Cristina Carapeta Lavrador Alves


ORGANIZADORA
1ntr rf1( 1,,•~ : crJrt, 0IJ1t,.\· ,Ir lnr
/\po111.u11t~,u o~ ~<)IH e• u lr ltur , rJ;\rn a ,,r~tlcn
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Foto: Joscn Alllne l3nroukh

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Blucher FICHA CATALOGRÁFICA

Rua Pedroso Alvarenga, 1245. 4º andar Fonseca, Edi


04531-01 2 - São Paulo - SP - Brasll Interações : com olhos de ler, apontamentos sobre
Tel S5 11 3078-5 366 a leitura para a prática do professor da educação Infantil/
contato@blucher.com.br Edl Fonseca: Josca Aíline Baroukh, coordenadora: Maria
Cristina Carapeta Lavrador Alves, organizadora. -
www.blucher.com.br
São Paulo: Blucher, 2012. - (Coleção lnterAções)

Bibliografia
Segundo Novo Acordo Ortográfico, conforme 5. ed.
ISBN 978-85-212-0660-6
do Vocabulário Orrográ(lco da Língua Portuguesa,
Academia Brasileira de Letras, março de 2009.
1· Educação de crianças 2. Leitura - Estudo e ensino
3. Prática de e I
. kh
ns no 4. Professores - Formação. 1. sarou '
Josca Alhne II AI
111 Tlt • • ves, Maria Cristina Carapeta Lavrador.
· 1
u o. IV. Série
Ê proibida a reprodução total ou parcial por quaisquer
meios, sem autorização escrita da Editora. 12-04835
coo-312.2 1

Todos os d ireitos reservados pela Editora lndlces para á


1 A cat logo sistemático:
Edgard Blücher Ltda. . pontamentos sob
do professor· Edu re ª leitura para a prática
. cação 372.21
Nota sobre a autora
Etli 1.io11sf!C,1 cst.t1cl()ll recii1gogia na Fn.c·ltlciad(J cll? Ecli,ca.ção ela
u -,z'i·l;a·,,.s ida.de ele ~,li.o Pn.1,lo e f cz ct1rso 11rof1ssio11t1.lizit11 te ele
teatro 11 a Escolc1, E1,Jc1 to11 d<3 Cast1·0. rl)·alJnll10L1 co11,o JJrofcssora
4

ele Edt1cr1ção I11fnnt.il e E11si11<l F1111clnrt,c11tt1l. 1\t.1111 <.?n1 Jlrojetos e


J)rogré1.n1as ele for111nçào ele professores, volt.r1cios pttrr, o trabaJl10
co1n lcilttra e escrita e narrntivus orais. ,l{t f)art.icipot1 de projetos 11a
Fil'llClaçiio Gol de Lct1·a, Ftl1irlação Va,1tzolilti, F1.t.1tdação v1·cto,,·
C-i vita, J-n..slituto J-Jedgi·ng-G1i[fo, Plit1"al Asscs.501 ia. e P esqitisa
e'm Ed1icação e Citll1t1"a, J1istituto Na.t1.t1"a e e111 Sccrctr1rias de
Eclucação ele Caieiras, Caraguatatuba, Pcrufl>e, Jt1q11itil>a, e11tre
ot1tras. Atualmente, JJé1rticipa como colaborntiora 110 Car1.JJec -
Centro de Estudos e Pesquisas e1n, Editcação, Cult1tra e i-1ção
Corriunitária e formadora de professores 110 lnsti t11to Av1:,~a.
Lá, onde traball1a há l 7 anos. É sócio-coorcic11adorn da Roda
Fia1ideira Co1n1..tnicação e Arte, onde atua co1110 assessora en1
Educação e Cultura. Como contadora de histórias, sL1as 11arrativt1s
são apresentaclas em escolas, eventos culturais, livr~1rias e en1presas.

Agradecimentos

Aos 1n et1s pais - iniciadores da 1ninhé1 lústória.

~o Ri~ardo e à Cecília - entusinsn1ados i1ela vida, pela leitm·a e


111ce11t1vadores i11 cansáveis.

Aos IT\et1s ir111àos e atlligos - con111a1tl1eiros de ave11tttras.


'
A ~Josca i-\ili11e Bnrol1kl1 - pelo co11vite e pela parceria.
'
A Clélia Cortcz e Denise Sih a - pela atenção e pelas sugest.ões.
' •
.L\ ,\dria11~1 l{lis~~s, Celi11l1n Nasci11,ent o Cisele Ortiz Luc ·1 S"l
cte \ l ·d s ·1 ' , 1 a 1 \'n.
. ~ n,e1 n, i \:11~,1
:\t1gt1st.o e i\ Escola l)1·ojeto \ Tida - pela ge11e-
1os1ctactr de 8oc1al1za1"e111 s,1,1s priiticas.
'\ l", ~l. ,( "' 1.1 l \ l,. l ~ t ~, t, 1r,,. t l l \ t t •\ \ ' l ~ · \
. 1 l • ,r.,

~ ,p,,rt 1111id:n lr: h, ,1 prt nd i;·~1. '<' 111 .


.\ ~ t, 111 ·:ld prof,• s -; 1H"t : la r .-d, !\1uni1·ipal l , ( ,
ll'\ ·s 1,
Apresentação
•.11 , d:i ;n, ·Ili 1'nt.: 11 ~l.111 ,1 - p1•la t ro ·a - 1•ria h·, ·. ·

A _. I\ t1~r 1t1 s 1',1r ,liua A11dr: td1 P .:n \t Salihian _ P ·b


l l 'ri t' tt1 :1, l:l.~ e • ,,t, t.,s. •

l·:c lt ll'ê_ll' t'• ÍJl1 t\r 'l/.tit', t \ ll }tiro (ltlt ,·,, ~ (l (lll (' l ll' t trr(\t :l l\e t'(' S Sl l•
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,\ r·r ,i<lit :11 11<)'~ 'I'''' t •11 s 111 r,r t' :11 >J'(' ll cl1•r Hl (l i tt;( t ' H (lt' lllll Jl l'< l<' <'S·
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tl t'~<l 's . Jl<t \t t,!-i tlt• J\t11t itl:11 •;1r,, t) J}f(>Ít 'ss,)r f•'1>c1 1ts1tr s11111>rtitir.•ét
t' 1,r,,1) l rc· i, l tl !lT t tl." , t.' tt~ 11l111 1us t>Jl<>rt,11,J(t:,clt\s clt~ ~(! S(' n(lr<'tt1 f'
<1,\ s,\r• 11, Jl J(1t :1J'c ,11 i ~ t ,l s <lc"' f' \ 1r1!; lJl rt 11t llz;\Jtt.\1,s . A<' l'l'<lltn111tl~ sei·
lfl l JH)f11ll }t t ' (Jll ( () Jlít>f, ,~;sc1r (}llf•s f i (>l\ (' ~r,a r<, titl ll e <:OflHtfl l{l l l lll
llt,:tr 111 ,1 r·1 l<) r •l l l'f• ,,!1 rt•J,,~·(,<ls <'tlt lciii11\:1s . f·~ strii1,l1r1r o J1nt~1 vnl
l l)
Interações: co,n. oUios d.e kt

estilnula a criatividade, a inovação, o agir. E assim, é possível ir


aléni do que já se propôs no ensino desses ten1as até o momento. ,, .
Sumario
Nosso intuito é co1npartilhar as descobertas geradas pelo mo-
,·in1ento de pesquisa , reflexão e organização do conhecin1ento na
estrita dos autores. E proporcionar ao professor leitor a expe.
riénda de un1 "olhar estrangeiro", de viajante que se deslun1bra
e ,111 t.udo e que guarda e1n sua 1ne1nória os n1on1entos 1narcantes
)
que passa1n a fazer parte dele. Queren1os anilnar e1n nosso leitor
n escuta at0nta e estiinular suas con1peténcias técnicas, estéti-
ea~. éticas e políticas. con1O tão ben1 explica Terezinha Azeredo
R.it)S.

E1n 1neio às dif1culctndes de ser professor na cont e1nporanei-


dade. us proftssionais dn educação persiste1n na criação de pla-
Leitura, como te quero ......... ••••••·· . ······ . ·· . ··· . ···· .... ·· ...... ············ 13
n1..>jan1t~ntt1s e nç0es que pron1O,-a1n as aprendizagens de seus alu-
nos. A. ,s desalios. t:> les npresent:un opçôes e süo criati\·os. E para • 1 . livros ........................................ -......... •. ••••-
Livros e mais 15
~

essl's l-'I'ü11ssillilnis . llI'ofesst)re s br:.1sileiros. e P tll.t.1 set1s altu10s Acesso à leitura corno possibilidade de cidadania ..... . 16
lltte i l' d it'nt110 ~ I\ClSS~1 roleçàc). Livro con10 objeto da nossa cultura atual -
livros-objeto ................................................. •.................. •· ····· ... ··· 17
Histórias e n1ais llistórias - Llte1·attrra é a po1·ta
de e11trada das criru1ças para a leitura ............................ . 20
Leitura, inf01111açào e conl1ecin1ento ............................... . 24
Josci.1 Aili11e Barot1kl1

-
?
Leitura na Educação Infantil ......................................... . 27
Ler pru·a qt1ê? Propósitos e con1portamentos
leitores e o PI'"ofessor como modelo de leitor................ . 28

O professor e as leitt1ras sabo1·osas..... .... .. . . .... .. ... ... .. .... .. 33

3 Tu111pos para a leittu-a - Modalidades


. ti
orga111za vas ..................................................................... . 39
Ati,~idndes pe1·111ru1e11tes ........................................................... . 41
Seqt1e11cins didáticas ............................................................. . 61
Projetos didáticos .............................................................................. , íl
• •
Ati\ridndes ocns1011rus.......................... ..... ~ ...................................· 87

-.
'
12 Intera,çõas: com ollws de le,-

4 Temperos para os tempos de leitura ................... . 89 •

Leitura, como te quero


.1

Critérios de escolha de livros para a f armação


de um acervo para a Educação Infantil ...................... . 89
Espaços para ler ......................................................... . 99
..
Mater1a1s e recursos ................................................ . •••• 113

5 Contar histórias ............................................. . • • • • • • • • • 137


Por que contar histórias? ............................................ . 137
Abre a roda tindolelê - Orientações para contar
histórias • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
•• ••• • • • •• •••••• •• • • 139
Ler é diferente de contar • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
147

/ por meio da leitura que as pessoas podem ter acesso ao


6 Dez novas perguntas antigas para sacudir .._.... legado cultural da humanidade, construído ao longo dos
o esqueleto ......................... .• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • anos. E isso é maravilhoso! Tudo (mas tudo mesmo) que qui-
153
sermos saber sobre qualquer área do conhecimento pode ser
encontrado, aprendido e estudado por meio da leitura. Se qui-
7 E nao
- '' acab ou-se o que era doce'' - sermos saber algo sobre a Astronomia no séc. XVII, se quiser-
Considerações Finais ................. .• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 165 mos conhecer melhor a culinária das diversas ct1lturas indíge-
nas do Brasil ou, ainda, saber mais sobre a origem do teatro
- todos esses desejos ligados ao conhecimento e tantos outros
8 Sugestões de leitura ••••••••••••••••••••••••••• poderão ser saciados por meio da leitura. Sim, porque ao lon-
••• •• ••••••• •• • ••• • • • 167
go dos séculos a humanidade foi acumulando conhecimento,
transmitindo o que aprendeu de geração a geração.
Referências Bibliográficas ......................... . 181
•••••••••••••••••••• Inicialmente, isso foi feito oralmente, depois, com o auxilio
dos desenhos, até chegarirtos à escrita. Nem todos tinham aces-
so aos escritos e, para produzi-los e reproduzi-los, havia muita
dificuldade! Imagine alguém q·ue precisava rnatar um arúmal,
deixar secar sua pele para fazer um pergarninho, produzir tinta
com sar1gue e outros componentes natu1·ais para poder escrever
illn docutne nto ot1 esculpir em UITl bloco de pedra, ou, aindé'1,
fal>riear () fJróprio papel e copié1r à mão livros e mais livros! Mas,
depois (lc él ht1mar1idade passar por tttdo isso, fir1almentc a in1-
J)rc~r1sc1 foi ínvcnta(Jn e, cJcssa forrna, urr1 úrlico livro, qt1e levava
cliriHu rnuís di,1.s fJara .fiear JJronto, agora cerli,1seu lt1gar a 1nuitos
e r11t1it<>s livros J.>roclt1zídoa rn_piclé11r1er1te. Esse dcsenv<Jlvítt1er1to
i1tú c=J1cgur1r1os à irnr>rer1sa levou séc11Jos e tnétis sécrulos para
ac-onrece.r. o que se pensou con1 a chegada dessa invenção Poct
re_r sido: ··_.\go1c1 o acesso a' 1e1.tuI-a sei-a., paia t odos ,...
,, e
Livros e mais livros
~Ias não é ben1 isso que pode1nos observar até os dias de
hoje. Infeli21nente, ainda encontran1os n1uitas pessoas que não
te111 acesso a li,Tos.
Hoje en1 dia existen1 ,rfu·ios p1·ojetos voltados para o incentivo
à leitura, muitos li,Tos são doa,dos pelo go, e1·110, por· emp1·esas e
suas fuI1dações, ONGs e, além disso, l1á un1 g1·ai1de n10,rimento
para que os p1·ofesso1·es de todo país pai·ticipem de cuI·sos e en-
contros de foI·mação co11tiI1uada qt1e aborden1 este asst1nto tão
m1po1·tai1te. Po1· quê? Para que possamos re,re1·ter esse quadro.
A leit111·a 11a Educação lluantil tem um papel fu11dainental 11a
,rida de un1a pessoa. Nessa fase, a criança descob1·e o n1w1do que
a cerca e obsenra com cuidado e cuI·iosidade tudo e todos que
estão à sua volta. E11tão, o que poden1os fazeI· para aproximar as
crianças dos livros? Para que lei· se torne un1 hábito prazeroso
para elas? Para "contaminá-las" con1 o vírus da leitura, como de-
1
sejava José 1tindlin ? Este é o tema do nosso livro.

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1 Fo nte: Arquivo pessoal da autora •


José E h' M. dl'
P _,m tn ,n nasceu em oito de setembro de 1914. Formou-se em 1936
f~e1turaDireit~ p_e_l~ Universidade de São Paulo. Advogado, empresário, amante da
e b1blioftlo. Morreu em 28 de fevereiro de 201 O. . .'
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Livro como objeto da nossa cultura atual - livros-
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11,l>tl \ 't s 1>; ar;1 1,~r .. ;,e)_r1111it r,s: 1,r~lZf r, r1 c~r· ·ssicJacle, aprendizado.
1

t·Xr)(•r11•rH·i:-,. cl, t! lí~t ·rr1irl;~rl 1•• <lrt e<> 1d iitf\rJ.


rt•llt· X:lf •, 1,;1r!a <,l>lt r 11tft>rrr1n<;ítC> c1 t1 f)ít r ,1 r :..aliza r algo. Em todos l ~f l ,1/JO. JOO:.!
, :.:; •s <•itSC)~; , a Jl( jssr>n <lll (! 1(· c; c}n&c~g\Jf! r alizar st1a tarefa com
111;11 ~ <1t1,1lirl;1cl(!. 1\\ 11l,c1 ~111i~t)" (' tlJ:t 'Ot11 JJ3 rlt1 i; t r11 t:X I r, •rru n•~rt ,. ;,1 ~1 ri/J.\ f l: siic; tJ ·
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1

1\11111, r·i(,s (I<' <jrr11>rc g) (•~; t.i <1 11,,~ j<Jrr,~is, r1c)s m11rais· boas ofer- IH•~ l'~(' rit ( tt'i ()" <\lt:l tl lf) l\(lS C3 fl ll Jtl ~ . (· c,11 11. r•rarn a} l; •; t \1J ftr<.1na!, f><Jr
t r1: ,lJ>;1r<. c·<•111 r1r,s ,111tJll< ic,. JJtJl >)i{:ÍI á ri,,!-i <JtJ rr1 csm o r1a9 gônclolas
1

~ t •, 1 , ·, , 1, l, t •e· it, 1<, t t I t , t , as ·1(· 11 e·t; LS . E fá e i1 r<~ r ;1e<.~s s n ~ 1 f• 1<· ~: es t~1 e ~ '»1I t p r ·
c)c>s s11J)(• r111 t· rc·;1<lt,~,; ,1rr\ trat;1J11, •1\t,, 111écJ 'i<~<> ,\xige a l(•it11rc1 atenta 1'\ ,tis1,,,si\·: <> , t' (\ li t)S ·1cJmi1. j •n1 ntír1t1a _cl nt anlira. ~ o s { I<~ J)<•r,o ,

c):t.-. <>ri ·11t ,r1c;1,, 1 s <lc> 111 (•c li< ·c>, !,<1t) 1>r• 11;1 ele c~;111 r;.:1r <Jt1tros prol,le- t1tu,1,cl•l tH \11\ •·rll 'lttlt >. N t11,e;t cl:1 > l)rolJl t~n ta~, fl r11 ~J}1Jn<Je m i )r o r1tarnr- r1t(~
rnra!' l{ st1t1clc~; J>t>c lc~ !~<~1· ,t ,lift~r,>r1c,·,1 < r1tr ' t11n ílrnor
111ttíl c·:tr1 tl 1 1L (ltt nlt111t•r JH· t1~11t1t,1 <1\1 ~ f:ic;n. Al,qurL~ n1 • C() r1 -- m rt.i~ 6ri ~ cJ ~ •ras

(>(' rtiiclc, t· ( l ºf<·liz(~s J>~1r,1 ~;c•1111, r< •''; e, 11s c1 r1cl<·c1tl,l<Jr) <. <>tir11í7~Jdo 1,a~!;rul:1~, t•1t<111 ·ar,t <> 1,\1tr J~ 111 • r \\' •k1 rt\ <J~ s,!gredos ,t· r1a ureza . Alg ,11ts ,
11 •la \ 'ÍVíll'i clri.<.l(.', lc\·;r1r, c t11l)o "1 rrlinlta.s 1>r ClJpél(•(jPS é!>Lín ,ulam
1

<.le ,1111 l C1t1j( >tllt1 e 11t,) cl( 111 , 1r1 cl,1 t(-1111>r) 1>;1r~, (lf,t11it1~·.-1r <) 111 :1 11t1a l d
1
.
111,·11 ••~;1,írlt,1, ('ll<lll,ll\tc> C.> tltros fortifLcan, 11tiIUta rttc.: nt me cr1s1rta.1n a
i11.st n1 c:f, 'S (: {1~;s i11\ 1>c>r <li;1r11 t . (Jt1 111 IC• l(.)111 ,1c' •s '() :1 i11f rn1aç{> s
11nr>c ,rt;111t•· lif.;[1<• ,1 .: fl'Írr•,1r Illt ll!i ctes jos <> cl ~ d JJP J1J .: r s(; dr~ rrtin1. Elf-~
1 1

·1 ri,·il 'gir1d,ts·· . s ai 11n fr . ,,tt~f• 111 c11J:ll<1t1L r disJ>t1tr1 J>ois \ 'i\ " mos ~1t>r<·rr,, t•J11 rt· ~t1111 t >, ,L~· ,,árias ~1ve1ticlas c.ie t (J{la.~ as ~1rt -s ~ c.:i ~ncias, e .. u
t• Jt\ t11111nt111do letra(lo. c·c>11ftc, •· 111 ~ trá (; ittft>rntar;õ • · ir1 teirJ.ITit•11te , e 1r1 todas [LS '~Ill<'rgê rt<~1as. F:rn
l rc,c·ê <l<· tL,<I<,~ t ..·s(•S seniços, a1) , r1as f) •dem t )lI~ tA u os aco n101J~ ..rn
~~az-~ 11rc) 'Sário <ljf re11cinr
1
111L• r11 nJ •rtt
al •~UJfl t a rll () dr: nllttll~l l1u11uldc 1110 r&da, l)ltdc J) l}S-<ia ffi r J}(J tL-ia r í;ITl riaz - 0

to (1} Ill 111 lê A 1lu 1J1 t' i, 11:1 LliltJ1r~ 11Sflo (i t? LUll
t'feti,111t1e 1tt :> _
, ;<>t.!~ (·!.~~( .... wrtígc,r• (lt·I )il arrt •Se Jttais con1 a tra1,t1u tlidad(: da s,Jli rlãt1 do qu r~
l -Xlo trd.Z u111 dif )r 11cíaJ JJara o i11cli\ clu : , a dii rt)nç.1 e11tre l~ CO I (\ os tLJTTllUtOS da SC)Ci·etlaci':..
• t~11r\{; 11lc> <.tlfauetizaçã,o. O suj ito letrddo · nqu le q11e~ alén1 d f.>ETRARCr\ 2004
S:lll r ler escr \'er, f tiz uso con1pcrer1te eia l it UI11 e ela scri a . E
llnbiliclnde r11t1n11ú,rel satis fat ório só se atiJ1ge com o lL.íbito com O prazer qu o li\TO pode traze r ten1 rnú1típ1os aspéctos. 1...l () li,.,o
o (n: )conh cin1e11to e uso de uma grande \~riedade de géneros- ír1f r1nna, <listrai , enriqu ce o ~ J)irito, rxJP a tm.agi ·1c;ão ,:m movimcr,t<),
p ríJ\~fJca tanto reflexão c1uanto c nioção; f, e11funt u111 granei é co mpanti~iro.

O pr, ·so r flexivo disparado pela leitura e seu aprendiz3d_o f.,on,panl,eiro ideal, aliíis, pois ~tâ ..;empre à di.fiposiçlúJ nao cria 9

nos P nn.it r:. compreender 1nell1or uma situação e , assim, usufrUlf prc,blen,as.. MO se ofende qltando é es(}uecf<lo, . ~ · delxa r{:tfJ:tt=ir S{;1:r1
d - 110s os <lir it os en1 sua totalidade, lutar por condições m~ histórias, a qualquer hora cJo dia ou <.la n oite que. r, lcit.or ctesrja
00 >•,tli\VUV, _2004
litore- e ~_gir pa.ra modificar r1ossa realidade. Quantas "~ezes !)
• deµl.r:llno. can1 dú-,.'idas diante das infirlitas decisões djárias que
19
JR Lii,1-0s o ·, nais li l' l'OS
•aade de registrar e transrnitir informações e
.r\ 11ecess1 e. - _ • conhe..
• de editores e uma preocupação c1·esce11te con1 a qualidade do
cimentos existe desde o surgm~ento da hUI~arud~de. Na antigUi, prodt1to. De forma enviesada, o livro vai ganl1ando adeptos e
dade o home1n usava pedras, _tinta: ' '.egeta1s e rmnerais, argua angariando admiradores e usuários. Enviesada porque, assim
outros materiais orgânicos e 1norgan1cos
, en1
p suportes como P e
a. corno 111uitas pessoas comp1·am 11m produto apenas pela emba-
redes de cavernas e tro11cos de a1·voI·es. ouco a pouco f
. . , orain lagem, agora mais pessoas passam a ler em função dos novos
surgindo O papiro, o pergruninho, o papel. .. e, agora, os e-books.
suportes.
o livro transmite para. quem o ca1·rega uma imagem d e co ..
nheciJnento, de saber. SeJa wn adolescente, que passa um tem
.
Jw1ta11 . e um ct·1a sai. 01 gulh
do dinl1e1ro . oso d e urna livraria e po
1

Na era da comunicação eletrônica, o livro não morrerá, mas


.. _ . . om
suas 110,ras aqws1çoes, seJa urna c1·1ança que olha actn1irada sua alma se libertará do seu corpo (MACLUHAN, 1977).
, · d li para
as paginas
. e um vro mesmo
. antes de saber lei·, um so11· ta'r·10 Qlle
faz do- livro sua companlua ou um pai analfabeto que comPI.a llll1a
coleçao para seus,. .filhos - ele não sabe ler convencional mente Em uma sociedade impregnada pelo consumismo, em que
massabe que 1er e importante.
. O livro nos empresta um a lffiagem
· ' quase ninguém quer ficar para trás, sem ter os últimos modelos
de cultura, conhecimento, respeitabilidade. de netbooks, celulares, videogames, mp3, GPS, TVs móveis,
José Mindlin era tão apaixonado pela leitura e pelos livros que gravadores, HDs, CDs, DVDs, pen-drives, câmeras digitais,
se tornou um colecionador que durante anos e anos garimpou filmadoras, tablets, scanne11's, impressoras etc., quem sabe
exemplares .raros Camões, Jorge Amado, Monteiro Lobato, Nelson Rodrigues,
. . Com sua mort e, d e1xou-nos
. como herança . par-
tdl. sua. bibl1ote ca.• Bi·blioteca
e de R' · Drummond, Saramago, Dostoiévski, Clarice Lispector, Graciliano
Brasiliana Guita e José Min-
in. icardo Azevedo e Lyg·1 B . Ramos, Euclides da Cunha, Fernando Pessoa, Shakespeare,
saberem ler . ª oJunga Nunes, antes mesmo de Miguel de Cervantes, Mário de Andrade, Érico Veríssimo, Agatha
e muito antes de se t .
brincavam com li ornarem escritores famosos, Christie, Gabriel Garcia Márquez, Gl1imarães Rosa, 1"'olstói, Cecília
Os vros construind
cadas e pontes s- .' · 0 casas, castelos, torres, es- Meirelles, George Orwell, Machado de Assis, Homero, Vinicius de
para alguns livr . ao muitos . . os exe 1
mp os que nos mostram que, Moraes, Flaubert, Proust, entre outros, também não se tornem

1-
' O o const1tu1 um objeto de desejo.
objeto de desejo e disputa entre os consurnidores-cidadãos?
Se por volta de 1440 o ale -
mundo ao criar a , mao Johannes Gutenberg mudou o Pode ser sonho ou viagem, mas não é exatamente isso que um
.fi prensa movel t d
. ' 51 cada de livros t 1m ' ornan o possível a produção mas- livro faz conosco?
l ... . , a ua ente est .
vo uçao, com o surgíme t amos presenciando uma nova re-
°
uma infinidade de equi n de smartphanes, players, e-readers e
Em busca do tempo perdido, caminl1aremos rumo ao farol.
zenacJores de contr}u'd pamer1tos que funcionam tanto como arrr1a-
\; 0 quanto Foram mais de cem anos de solidão entre cidades invisíveis
o crno , corno SUporte para consumo,
._,,,c1rnento e " e agora, finalmente o século das luzes se aproximava. A
fJerspP · conomjco do B •
~ctiva Para os próx' ra::,il na última década e a boa cidade e as serras ficaram pnra trás; o contrato social seria
ca<lo edito ., 1 imos a11os . -
. ,. º ua · Pouco a se refl ete tamhém no mer- estal)clecido conforme a origem das espécies e a condição
se:
J· .;-u,> Produt - POtJc;o or.; Jiv ·
OR tarnt>ém po reiros vão pcrcet,e nd o ,1uc humana, dando início a um admirável mundo novo.
,t<,,t<) r;omr, u . '1~rn ser <>~ ,~ 1
,,,.wi . m ¼ d,), e não , ),,e ,os de dcHe jo da popu-
,., - ;Jri0 nâ<, f± p,~ f . ª J)c~n:is ,ln 1,J,, 1
f' ~ • Era o fim de tanta guerra e paz, crime e castigo, orgul,.10 e .
<:11n,cyJ na .á , ,r mto, rna:i não t7 ·· ' ,,uns pnvílcgiadoR", O 1 • '

, reia l:dltl)rial préml · na18 títulon a cada ano novos preconceito. O hom·em sem qualidades, um quase Matú- ~- • •
'' 1)1 f)r ~)IÍ'iH
~ j on~1Jfzaçã.o ' .. .. ... ''
' ,
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rlat, n<111tpcs ,t •

.
; ,

'
, '

~ ~
~

• '
!11terações: corn olho
s de let
Liv1·0s e mais livros 21
20
, deixaria a idade da inocência e atingiria O sécul
na1ma, . d . . , . , o e de velhos textos novelescos que, apesar de terem origens
das luzes. A primavera silenciosa ana 1n1c10 a sociedade
comuns, assumem em cada nação um caráter diferente.
da abundância e tudo isso só seria possível com a leitura.
(COELHO, 1991)

Antes não havia nada de novo no front, o fogo morto, e de


repente, 0 perfume, o paraíso perdido, verdadeiras espu.
Desde os tempos mais remotos a humanidade sentiu neces-
mas flutuantes. Finalmente chegara a hora da estrela e a
sidade de narrar os fatos ocorridos no seu dia a dia e de narrar
vida como ela é passaria a ser como sempre desejamos que
também os acontecimentos que ainda não compreendia. "Os
fosse. O local escolhido para isso foi a montanha mágica, homens inventaram as histórias para não sentir medo" disse
à beira do abismo, onde o sol nasce sempre. O proces- Carles Garcia no documentário Histórias, clirigido por Paulo
so certamente seria cheio de som e fúria, uma verdadeira Siqueira em 2005 - Prefeitura do Município do Rio de Janeiro
odisseia, mas nos levaria a mundos paralelos, cheios de
e Sesc RJ.
obras poéticas e histórias extraordinárias. Faça sua esco-
lha, pegue o que mais agradar; pode ser o livro vermelho E ainda é assim, narramos para não termos medo da violência,
I

o caderno dourado ou qualquer outro que te leve por uma dos desafios, dos mistérios, dos ciclos de desenvolvi.menta da vida,
longa jornada noite adentro. (GALHARDO, Ricardo Roca das partidas, dos novos encontros, do envelhecimento, do parto,
- texto escrito especialmente para este livro.) do nascimento, do casamento, do rompimento, das descobertas,
do que fazemos com as descobertas, do que destruímos com as
descobertas. Narramos para compreender a vi.ela, para guardar na
memória, para deixar gravado, para nos erltenclermos 1nais e me-
lhor, para sonhar, para nos mantermos vivos, para vir a ser.
t
Histórias e mais histórias - Literatura é a porta de
'
'
entrada das crianças para a leitura As histórias narram o que é genuinamente l1urr1a110. Elas falam
de nós mesmos. Por isso p1·ecisamos tanto delas. As histórias da
A. literatura
. . é, sem d,uv,'d a, uma das expressões mais sig- literatura, antes de estarem nos livros, t1m dia for,11n entoadas,
n1f1cat1vas. dessa ans1a
"' • permanente de saber e de domínio cantadas, dançadas, cleclamadas. Os l1ome11s J)assavam por 11ma
b tempestade com raios, trovões, ventos fortes e nã(> sabiam ex-
so
,. re. a vida ' que earac ter1za
. o hornem de todas as épocas.
plicar a r·azão de tais aco11tecimentos r,a 11att1reza e outros ta11-
d que permanece Iatente nas narrativas populares le-
Ans1a
ga as pelo passado remotº· Fa'b ulas, apólogos parábolas tos que assistiam com horror e descont1ecimento. Ern ,1Asust.a.dor

contos exemplares . 5 , ' não compreender aqt1ilo tudo. Eles tamlJón1 c1ueriam contar que
roma ' mito , lendas, sagas, contos jocosos,
nces, contos mar ·1h 5 tinham vencido o inimigo, c1tJe tinl1am abaLiclo a caça, q11c re-
parte dessa het A avi oso , contos de fadas ... fazem sistiram ao frio intenso, e, assi1n, con1 a cr1t>r1ne necessidade ele
erogenea m t, •
gem das i·t ª erra narrativa que está na ori- comunicar tudo aos seus serr,ell1a11tcs, criaran\ co11cli<;õcs J)art1
1eraturas modern
ber fundamental. as e guarda um determinado sa- isso, por meio de gritos, gestos, danças e desenhos. Dessa fnrrnn,
conseguiram registrar, guardar e tra11s1nltir aos Rcus pureciros
Todas essas farmas d os acontecirnentos vividos, observádos, e lodo o conhcclrncnto

ratrvas nascidas e narrar p t
er encem ao caudal de nar-
d entre os pov d . . adquirido ao lor1go do tcnipo. ·

as, confundidas t f os ª Ant1gu1dade, que fundi-
, rans ormad . ' A linguagen1 oral surgiu n1uito antes_da escrita e !Oi por n_1eio
parte e permanec , as ... se espalharam por toda
d em ate ho· da oralldade que a humanidade guardou na 1nen16ria. os saberes~-:• .
to as as regiões do b Je como uma rede, cobrindo • .l .
• ...
gIO o: o caud ªI de literatura
· folclórica
• 1
. .

.-
l

-, i. ). '
• • • 1 ..
.. 1
Li'uros o m ,lt'i s livros 2!]
22
ciais e culturais. Além disso, as histór•
, . dos grupos so . ias
as J1istor1as . . ai· _ ações necessárias para o equilíb . dora de histórias, escritora e professora 11niversitária, fala r>r1ra
nliar 1111agm . . · rio
r10s fazem so · ' Como diz Antoruo Cand1do, professo onde somos transportados pelo podei~ das 11ar1·ativas:
de u1na pessoa. re
iJ1ter110 . , deo PalaV?'"a de leitor, dirigido por Cel
crítico literário, 110 VI so
Maldos _ FDE 1990:
"O cidadão deve ser também ~m home~ qu~ c_onse~ue ter o Este "lá" para onde a pessoa se transporta é o lugar da ima-
. íb . . .1terior Para alguem ter equ1líbr10 1ntenor é Pr ginação enquanto possibilidacJe criadora e integrativa do
seu eqt1111 rio 11 · _ e..
. dosar muito sabiamente a proporçao de real e a proporção homem. Quando experimento estar dentro da história, ex-
CISO . ~ • d d perimento a integridade individual de alguém que não está
de fantasia que fazen1 parte da existenc1a e ca a um de nós e
a literatura é a forn1a n1ais alta e a mais sistematizada de elabo- nem no passado, nem no futuro, mas no instante do agora,
onde encontro em mim não o que fui ou o que serei, mas
ração da fantasia. Portanto, a literatura se torna uma aUXiiiar
a minha inteireza no lugar onde a norma e a regra - en•
ftmdan1ental para a vida harmoniosa."
quanto coerção da exterioridade do mL1ndo - não cl1egam.
A cultura dos aborígines australianos acredita que as histórias Onde eu sou rei ou rainha do reino virtual das possibilida ..
pertencen1 ao mundo dos sonhos. O sonho e o desejo movem 0
des, o reino da imaginação criadora. Nesse lugar er1con ..
ser humano. tro não o que devo, mas o que posso; portanto, er1tro em
contato com a possibilidade de afirmação do poder criaclor
Com os novos hábitos trazidos pela modernidade, pelo de- humano, configurado em constelações de imagens.
sen\·ol\imento da tecnologia e pela correria das cidades, busca-
mos outros meios para narrar. Narramos por escrito com os Ii-
\lTos, jornais, re\istas, blogs, sites, narramos dramatizando com

cmema, teatro, tele,risão, vídeos no youtube e filmes de curta Além das histórias milenares, taml1érn. tcrrlo8 [18 11r1.r·1·nt.iva8
metragen1. Por que ainda temos a necessidade das narrativas? pessoais. Nossas histórias de vida, carregétcla8 ele se11s;1.(;ões , setl ..
~ histó . ,,
- nas falam do que e humano e nos transportam para timentos, de passagens alegres, tristes, vitoriosa8, f'rt1HLr[t11teH,
0
mundo da fantasia, onde tudo pode acontecer. Identificamo- modificadas em seus detalhes para f1care1n 1nais <livt!rt.itlttH, 1>(1r11
-nos com ~ersonagens, com seus dramas e impasses. Torcemos ganharem mais emoção. l=listórias ele r1cJsso8 é.ll'l LuJJltHH,l< lc >H ( 08
pelos mocinhos he , · . , quais rnuitas vezes nem chegamos a co11l1cC!f~r·), t~ 'l lJC! eH L{lVllJtt<,8
,., . ·
dO:, e bandidos. Sent·, rois e ant1-herois e ficamos contra os rnalva-
,, . . . . _ . _ longe de viver, rr,as das quais nos sentLmos fJétt·Lu. Elét8 Hti.u 110H~ltf1
. . nnos angustia diante das 1ndec1soes afl1çao
com as dificuldade I · ' r1ist6rias e fazerr1 fJarte da cortstrtição ele llOHHU Í(l( ~l lLi<l tl( lf~ , exa
R<:conh" s, ª egna com as realizações e conquistas .
. . cerno-nos cornp d plicam de onde vien1os, c1ue1n sornos, c1t1 crt1c acre,liLtt111r>R, (!<llll(l
forma clist:anc· da' _ reen emos melhor o que se mostra de •
v1vernos.
\'Ínt.es. Por m:o da,~::?~ 08
os expectadores, leitores e ou-
do, as relações ~s d:" úriaS, aprendemos a entender o mun-
4 Portanto, faz muito se11tido J)a11snrnto~; i1 litf!rnt:ti1~n co1t1<> J) Ol'Lf1
uerentes e lt11
trrnento.s e €Tfl0<:õe A~ • ~ · ,, ~ ras, a reorganizar nossos sen-
- , UJ
de entrada para a leitura das crin11ças, As l1istó1·irtR ~tl)orclilll\ Ai 0

f0 - s. .n.r, hLStorias
mi.am como pess ~ nos constit11em humanos, nos tuações muito próx11nas de seu co1~l,lio.110, fala1n cl(! frtttiílltts, <life-
oasnosfu 1
grupo, nos fortalec ' zem pertencer a este c)u aque e rentes c11ltt1ras e épocas, dos sentln1e11tos, clna relações, nll111e1, . .
no . - . en1, nos enco .
ssos Jeitos de ~er e del . raJam, nos fazem refletir sobre tam a imaginação e a fantasia, e cor1trlbt10111 com a sqcinllznçãcJ,
agir.
Além disso, d11rar1te parte da i11fâ11cia as c1·!ançns bt1sca1n satlet' o .
e; ,

Em rs€u livro Ac ,
bre a.<~ . ·- oráais - .F unda . ,, . ., que faz parte da realidade e o que é ficção. Se1n dúvlLin P.Btels iião .
- '. . .
arte áe coruar hístór' , ~tos teórico-JJoeticos so ~

conceitos·difíceis, porém as hist61~1as as ajudam a C!Oll1p1·cenclô- • 1

ias, Regina Machado (2004), conta- ,


r , rl1. t::1u r ut1s: c o ni olho
s d.e le,.
2-1
l iuros e· ,nai.s licros 25
ementos para ampliação de seu co11hecirne
-los. Fornecem e.l , . ral nto
literário, social, lustonco e cultu . Por qt1e o rnill10 vira pipoca? Como nascen1 as tartarugas'? Por
, . 5 alimentam as brincadeiras de faz de conta d que os peixes respira111 o tempo tocto debaixo d'ágt1a'? O que é
As histor1a . as p1'opriedade? Por qt1e na Inglaterra existe t1n1a rainl1a e no Brasil
_. ças pois ampliam enredos, conflitos , personagens, cenário
cr1an , d , . s não? Por qt1e os índios não são presos por andarem nus?
e desfechos. E, como num ~asse ~ m_ag1ca, as crianças Virani
reis, rainhas, dragões, cavaleiros, aruma1s falantes, fadas, magos A escr'ita te111, entre 011tras fi.11<
1lidades, <l de registrar o co11l1e-
bruxas, feiticeiros, heróis e heroínas, com escudos, coroas, Po~ cimento adquirido pela l1t1manidade ao lo11go do ten1po e socia-
ções nlágicas, feitiços e poderes. Personagens que ganJ1m1 Vida lizá-lo. Ter acesso aos textos inforn1ativos clescie cedo possibilita
e contexto nas brincadeiras infantis baseadas no vasto repertório qt1e as crianças apre11da111 como poden10s rldqt1irir determi11adas
,, infor111ações e co1ll1eci1ne11tos. Isso sig11ifica saber a quais fontes
do ··era un1a 'lez .
recorrer, quais n1ateriais bt1scar, o qt1e selecio11ar, rel~1cio11ar con-
i.\ con\.i\-ência com a literatura possibilita qt1e a cria 11 ça co- teúdos, levantar no\1as questões a partir elas 110\'US i11for1nações e
nheça o uso especial da palavTa que oferece oportt1r1idade de 0 tantos outros procedirnentos de u111 leitor co111pete11te.
mundo real tomar-se mágico, de poder brincar r10 1nt1nclo do faz
de conta que r·elaciona a realidade e a imaginação. A leitura é uma fonte na qual podemos beber para an1pliar
nossos conl1ecirnentos. Fonte i11esgotá\rel co111 111t1itos suportes:
Diante do que foi posto até agora, só poden1os dizer: Bem- dicionários, enciclopédias, revistas , folhetos explicé1tivos, li\TOS
-nndas, histórias e mais histórias! Sintam-se à vontade! paradidáticos, jornal, internet, coleções.
Algumas pessoas podem pensar que os textos infor1nati\"OS
são muito complicados e difíceis para a con1pree1tsão das cria11-
leitura, informação e conhecimento ças pequenas. 1\1as o que sabemos é que se faz necessário, e
Na ~dncação Infantil os momentos de leitura não devem ser urgente, transfor111ar práticas tradicionais e m propostas Illais
~tmos apenas à literan,~ As enanças · - . interessantes e inteligentes que pern1itarr1 à cria11ça a constru-
sao mmto obsenrado- LUJ;~ -

fo:mulam boas perguntas relacionam o conhecimento que ção de seu conhecimento de uma forma n1ais participati\·a e

~r

Ja possuam com no ;-.. . ç _._.. - enriquecedora.


.... _ ;vas uuo11c~açoes.~ lei.. .antam hipóteses, fazem
comparaçoes e são m ~t ~ .
. m o capazes de compreender as leituras de
textos trúorma 1'.-os.. , . . .- r

~- .
0 ~1..er Ul7ta mform,. -
...~ mtuaçoes podem ser \ranadas: ler para
. ,
~T " ... açao ~-pecífica para saber mais sobre um as-
co o~ PO~Cfi e ~zge uma curiosidade.
:,;a t~tótia ~ humarudadP.
r.;rí§:24 é-'J .;--~ d . as pessoas se perguntaram sobre a -'&
t . "' _r~ r-,s aru.ma.
~ r~..'5~ ~-r-r"- ,.. ' ,. " · 15 , as transf0 1 inações da natureza,
t:: o-=> ~'~rn~
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, outras questõés ligadas à


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Leitura na
Educação Infantil

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Fonte: Arquivo pessoal da autora

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.....s. . L1;.~, curo rta EdLccar;t1o ln,Juritil 29


7 A P pósitos e comportamentos leitores e
Ler ara q.t1e. ro . . • saltar o que não entende ou não interessa e a\rançar a lei-
tura para compreender melhor;
pre1t cr ~- .
., [er , i~ufica
. .~ ler
_ e atnbtur
_ . se11t1do
. a .leihira ;\,-
• i:,a0. .
• identificar-se ou não com um autor, tendo urna postura crí-
. t ~ ., 0 ...:i, 1ri, de ctecili~rr codigos. lliltda que isso se,ia
~ ' ~ r1..ll"'?I ú - CÁ ..i.._ " :J . ne-, tica diante do que lê;
c<'::~-;.ii.i__, . É p,~ 1 e 1n1pree 1der o que ~e le e estabelecer rela-
ç ·~ cD: 1 ouLJ'\CIS ev!lhecime.ntos. Este_e um processo que Para • ler trechos de teÀ1:os de que mais gostou para os colegas;
. .. - 0e...:~ .....~ '-e: .u-n,_=ct-...1d > niliu mon1e.nto diferente da ,ida e que n-
,..;u.....:. I'::
-.i,;: -
ªº • relacionar o que leu com experiências \;vidas;
rc..Tlli.."D n• . ~ Ele- r 2pe"1 ,.2 do conhecimento que o sujeito já
pGs:1..:~ d:i. ~ 1 i "'~~5.:. c q'..re: -e.m para aprender cada ,-ez mais das • recomendar leituras que considera de boa qualidade e/ou
e-~ê..-I~-.. -:~ Iêt:ü~~ p!Upu3Ias a ele= da moti\ação e da parcena importantes;
~ - .. -- L.-·
~-. . . . , -__ -_
•......,. _... -
c.7 -g+o }C-:.
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i ... , -
• confrontar com outros a interpretação originada por uma
leitura;
• comparar o que leu com outras obras do mes1c10 autor ou
de outros autores.

ri'S. _G.. -: ~ ~ :J -= --~ ãr_oo.: __.!q}réndemos a ler ~endo outras pesso-


1"" r ,. -

s .~ -:-i. -~~zr!i~ !=J=Ge5r0.r1o e e:rrando. Quando o professor lê um conto para seus alunos, eles não
aprendem apenas os conteúdos das histórias e s11as característi-
cas, mas também corno as pessoas utilizam a leitura, os compor-
tamentos de um leit-0r e a compartilhar práticas sociais de leitura.
~Iuitas v ezes os professores pensam que as crianças só aprendem
a ler se realizarem atividades que envol, am as letras. Com certe-
1

za, há momentos em que devemos propor atividades de leitura



que per11útarn às crianças refletir sobre o sistema de escrita, mas
só isso não é suficiente! Temos de promover a entrada dos diver-
sos textos na escola para que as crianças aprendam as competên-
cias necessárias para a leitura na vida cotidiana. Assim, ao propor
uma leitura ao grupo, o professor deve sempre dar um sentido ao
que estão fazendo, para que entendam por que estão realizando
aquela leitura e o que estão buscando com ela, tais como:

• ler as instruções para fazerem uma dobradura;

• ler para apreciar uma história que encontraram na biblio-


teca, pois ela é uma versão diferente de um conto conhe-
cido pelo grupo; ' .

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-· .-. ' . . -
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• • ~ .. . . -
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Leitu ra na Educação Infantil 31
folhe to informativo sobre um loca] que irão Vi .
• 1er um . . s1tar
para saberem se é possível realizar um piquenique; • reler um ou mais passos, caso tenhamos alguma dú'4ida;

• ler para saber mais sobre a vida das baleias, porque Vã 0 • reler para confirmar se o preparo está de acordo com a
fazer uma exposição do assunto aos colegas. orientação.

Se estivéssemos fazendo uma pesquisa com as crianças sobre


Ao sabennos qual o propósito leitor que guia nossa leitura
receitas da culinária japonesa para verificar q11ais os ingredien-
ou seja, para que estamos lendo, temos mais condições de deci~
tes que constantemente aparecem nas receitas e seus modos de
dir O que fazer, que tipo de texto escolher, quais procedimento preparo, provavelmente nossos procedin1entos serian1 diferentes
realizar. Diante de cada propósito leitor, o professor explicita à: dos que foram citados anteriormente. Vejamos:
crianças quais são os procedimentos mais adequaclos. Quanclo
dizemos explicitar, queremos dizer "mostrar". Senclo assim 0 • buscar receitas japonesas;
professor mostra ao aluno como lidar com o texto diante do p~o- • ler as receitas com foco nos iI1g1·edie11tes e 110s modos de
pósito leitor em questão. preparar os alimentos;
Suponhamos
. que vamos preparar urna receita para tlffi Ianche • pesquisar alimentos e modos de preparo desconhecidos;
col et1vo. Nossos possíveis procedimentos seriam:
• compreender os modos de preparo;
Antes do preparo:
• anotar os ingredientes que mais apa1~ecer11.
• procurar uma receita que agrade o grupo e que seja fácil
de preparar;

• comparar a receita nova com urna já conhecida; O que faz com que nossos procedimentos seja1n diferentes,
urna vez que estamos dia11te do mesmo tipo de texto? São os
• ler a lista de ing re di entes para conferrr
. se temos todos propósitos leitores. No primeiro caso, o propósito leitor é le1. para
para iniciarmos o preparo; seguir instruções, e, no segundo, ler para JJesquisar, para saber
• reler o modo d f mais sobre um assunto.
. e azer para compreender todo procedimen-
to e avaliar se temos condi çoes
- ou queremos prepará-la; O que precisamos enfatizar é que os possíveis procedimen-
tos precisam ser explicitados pelo professoI·, de aco1·do com o
• pedir orientação a al .. .~
dúvida - guem que Ja fez a receita caso alguma propósito leito1... E o que isso quer dizer? Ele mostra aos a1t111os
N
nao tenha sid
°esc arec1da com a leitura.
l • '
o que faz diante de cada situação de leitura. Faz para que os alu-
o momento do preparo: nos observem, pa1·ticipern e aprendam, em situações planejadas
• Pular a parte dos mgredi
.
e contextualizadas.
ramos antes) e ir ct· entes da receita (pois já os sepa-
1reto para o m0 d d
• ler • • o e fazer; .
O
Pnme1ro passo e . O comportamento do leitor e do escrftor são conteúdos - e
tado; ' em seguida, realizar o que foi orien-
não tarefas, como se poderia acreditar - porque são as-
• seguir o Pró . pectos do que se espera que os alunos aprendam, porque •
Xlmo Passo·
'
Leitura rw Educaçâ(J lnfi_Lrtlil 33
. esentes na sala de aula precisamente parél q
(
se azcm pr • ,. ue
e ap ropriem del es e possam po-los em ação E é exatamente isso que queremos: que as criança.s se tomem
CJS a unos s . . no
' Orno raticantes da leitura e da escrita. (LERNER ]eitores e escritores competentes.
fLllUí<>, C P ,
2002)


• I • •

(;c~r j),tr; t l) IJ S<~,1r lllt1 ,1 i11['c1 rr118 C~'fl tl í )l'C1 f: l Sé t ~



Lc r1 fJé Jt', t <)l)tr~r tlT L1<l i 11fo rr11 é1Ç~L<) rlc· c:,ir·~ it (\r f1 t'r;1l;
J.Jc ~r l),tr,t scg LJ ir i11sLrL1(; i)c:i s~
r.Jc~r fJélr,1 , lj) J'(> 11 cl c~1· TTl rl js S<) l ) r (~ 11111 ~I SS l l11 L<J:

Í.J <~I' lJél.1.él r (~\r isar Llíll <~SC; rit () JJJ'()l) rÍ<>·

l..1 <~r JJ (J r r>rélZ(_1· ;


l_jc~r IJéLr éL c:<Jr111Jr1ic~é1 r t1r11 t <'X I <> .

--

O professor e as leituras saborosas
• - ' ,.. ...
. -· ••
r .. . •
• •

Ela levantou os olhos de seu traball10: lo qt1c lltJeres q11e eu te leia,
•: t ('
qt1erido? As fadas?' Perguntei, incrédulo: ~ As fad t1s estão ,1í clentro?'
• • A l1istória me era familiar: minha n1ãc co11tav,1-a corr1 frequência.( ... )
' - '.J r' ......·.

D11rante o tempo em que falava, f1cávttrr1os sós e cla11des t.inos, lo11gc


dos l1omens, dos deuses e dos sacerdcJtes, duas c.;orsas 110 lJosc1t1e , corr1
outras corsas, as fadas. Ar1ne-Marie fez-rr1 e ser,tar à st1a frente, cm 111inl1a
cacleiri11l1a; inclinot1-se , baixou as 11álpe l)ras e nclc>rmccc11. IJa.qlt ele rost.l>
de estátt1a saiu t1ma voz ele gesso. Percli a cabeça: qt1c111 cst(1va cor1Lar1do?
O quê? E a q11e111? Mir1l1a r11ãc étuscnta r,1-se: 11enl1L1r11 sorris<), r1er1l1t1m
sinal de conivêncic.t, cu estava no exílio. Alén1 clis8o, e t1 não reco11l1eci a
. '
Jt

sua linguagem. Onde é que arra11Java aquclrt scg11ra11ça? Ao cr1bo ele u1n
instar1te, compreendi: crél e> livro Q\Je frtlava. ( ... )
(SAR1,Rf~, 2005)
•~
..
l Criança colocand .......,.i:.ii,;..:_ , _::, .
'· '•

- Sesc p . o cartão-post 1 - ""'"-- .. ..
·. • ompe,a Alé . a na ca. d
destinatá ·
Fonte: Ar
· ~m da me .
',no. am
ixa o corr ·
o seu de:i'•º' pois os cartões e~sagem, era preciso
transportados
~'o1oca~
' na exposição Palavras
o endereço do , Alguém _que sabe cozinhar (não precisa ser "aqueLe clief fa-
qu1vo pessoal tia autora ao correio para serem levados ate moso"-ou um grande especialista, mas q11e saiba sobre o aSsUí1to- l ,

• • •
1 • • ' • .. ' ..

j, - ; -
1,1toraç<Jns: corn, ol/1os da l
e,-
Leitttra 11.a Ect1.t cciçao lrifan til
35
.
·t . vi,,ênc1as, e e 1 monstre curiosidade e busque
. "'
l,or ,,1eio cl;1s r11i11 .ns . d para a111pliar· suas exper1encias) cer quando algo não foi bem preparado de acordo com seu pala-
. 0 1ortu111dn es ·t
r;ida vez rnms 1 beres e, se for mui o envolvido dar, refazer-se ao saborear deter111inado prato, compreender os
. . ,1 rir co111 se11s sa .
JJ<J<f(J nos c11s1 , . d 110s e11ca11tar· com o seu próprio en.. diferentes significados que o alimento pode ter.
1.11 'íri'l pode a111 -a .
c.;cJ111 n ct1 1 , ' , f I sobre as 1·eceitas com propriedade·
t Aqt1ele q11e a a ·
o.
c:111t.a111cn1nn1e11tos .
te111pe1 o ' s inodos de preparar os alimentos
111 1
,1con1pr , •
los cozidos gra in
' t· adas ' erlsopados, flambados - costuma
- assat '
ta111 bén1 co11tar con10 e
' com quem aprendeu
- .
a preparar deter-
.
·1111nnclo
. .
p1 ato, eni qtiais situações sao
. - servidos, qual
d a or1gern
(ie detern11na . da receita , suas var1açoes, corno po e ser apre-
setltélda etc. Desse modo, mesmo a pessoa que nunca se atre-
veu a preparar algo para comer pode s_e encant~r ao perceber
tanto conhecimento, sabedoria e relaçao dos alimentos com a
vida. Podemos encarar a comida apenas como um meio para
nos 111 anter vivos; mas, se olharmos para a comida como cultura,
tradição, memória, ciência, arte, deleite, meio de festejar, unir
as pessoas, alimentar a alma, teremos outra f arma de lidar com
eJa.

O mesmo pode acontecer com relação à leitura. Aquele que se


propõe a ler e apresentar a leitura pode não ser um especialis-
ta no assunto, mas se tiver conhecimento a respeito - por meio
das muitas experiências e vivências leitoras - tiver curiosidade •

e estudar para ampliar seus saberes, poderá encantar outros e


levá-los a conhecer melhor esse universo. O mundo da leitura
pode deixar de ser apenas ler o que está escrito para ser ler para
conhecer, recordar, entrar em contato com a sabedoria de outras .
-.•.... , .
culturas, de outras épocas, apreciar diferentes gêneros e autores,
~om~reender o mundo que o cerca, compreender a si mesmo,
imaginar, sonhar, escolher, pesquisar, estudar, forrnar opiniões.
Ler está muito além d d • .
d . É e ecifrar códigos e entender o sistema
e :ser~~ª· ~uito mais do que comer um determinado alimento
e dizer gostei" ou " ~ .,, É
ingred· t nao gostei · poder saboreá-lo conhecer os
receit:sen es e _suas origens, saber como é preparad~ criar outras
aa partir da tradi . I ,
derta ficar !l;nct . ciona , antecipar como aquele prato po-
uu, a mais saboros -o
de um novo ingredie O com uma modificação ou inclusa
brar de uma Vi nte, comparar com algo que já comeu, lem· Professores e crianças da CEI Cruz d: Malta
que costumavaapgem Que fez, de uma fase da vida de urna pessoa Fonte: Rosária Urnbelina Azevedo Thome
reparar aq 1 ' nh •

ue a COmida. Enfim, é poder reco e- •


~.,,., 1:,7 .
·~'>
,.J.
•)

P1Jr~m quondn lr:rnos pa ra algu<:m c~ue


; - ,
n<HJ nos ~ ~srnos,
fJí<:l:1 . rn <>', ,Jc),, ,,,Jtr,} ,·,Jr11·unt<>
,~:1 · ,Je ;11,tu<Jes e exr>f!rtc!rl• ci,1s·
f'J L,rll ,Jj 7c1r rri;ií s c..i<!rltífi<.c>, utr1;i r1 ova flc>stura e es1ét1c:a. A
rt!Sf)<>ri sa~>ilí<JarJ<~ <Jc~ un1a leíturil r1ue se faz r1ar;i urn <>utrc>
nãc, é S(J ,Jc! lc:r fl<>r JJrJ J.<~r C! se clc~ixar er1 ca nt;ir (Jel;i s r1ar.
r;i tívaG. Aír1cJa <~ue ser11 ~c;s;1 fir1 ;1liuacJe, talvc1. r1J() valha
a flcna ler r1ara e, <>lJtr<,. Ler r1a (!Sc:oli1/ccJrnLJr1icJélcJe repre-
senta tarr1~><~rn fc)r111 ar leitores que pc>ssam, cJcritro cJe um
l<!c1ue variadc> e amr>lo, csco lJ1er seus próprios ca rninl10s
e t;imbém reproduzir atitudes leitoras. Todos sabemos que
cnsinc1 r110<; l>en, c1u:1 r1do sal1cmos cJo que estamos falando,
conhecemos nosso assunto. É uma tarefa não fáci 1, pois
rrcc isar110s a~1rir mão cJc nossos gostos pessoais, de nossas
escolhas e nos m;inter absolutamente abertos para outras
leituras, que nem nos pareçam prazerosas. Não podemos
ensinar apenas aquilo que gostamos, é preciso ler também
0
que não gost;imos, o que criticamos, o que não nos agra-
da. Nossos alunos precisam ter contato com todo tipo de
texto e seus gostos podem ser bastante distintos dos nossos.
Além disso é tar f d f d'
. , e a o pro essor oferecer uma grande 1-
vers1dade de op -
çoes na qua 1 os alunos se sintam livres e,
ao mesmo ten1po tent d M . .
aprender a ler difer ' t ª os. · as ainda não é só: é preciso
sor Prec1sa. en
se preparar d
es tipos de texto e para isso o profes-
nado real p 1 1 . ca ª vez mais, tornar-se um aficio-
e a e1tura procu
e não se ac.ostumar num ' , .raros . textos que não conhece
.
acima, não é tarefa fácil . . ,un1co tipo de texto. Como d1t~
seguir em busca d ' 1ª que nossa tendência primeira e .-

gostamos que m _e nossas escolhas e dos títulos que mais
, ais nos faz
2009, pg. 1S) . em sentir bem. (NASCIMENTO,
36

Tempos para a leitura


Modalidades organizativas
O ten1po pergur1tou pro tempo
Qt1a11to tcn1po o te1n1)0 te1n
Ü teJll})O IlàO tir1l1a te mpo
l..,ra fnlé1r pro te1111Jo
Quanto tempo o ten1po t em
Tr·ava-l i11.gi1,a de do1liírl'io p ·ziblico

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Criança faz leitura em sebo


Fonte: Arquivo pessoal da autora
t Il t<·r,1,çu,•.1i: e,ritt <>li
/,( J,'i ¼J lt:.1-
11 t111,JHJ.'i ]Hl,'ft l rt /,111f11r,i - A1u,ú1l lr/11,J,,:; u , r.lnlz r,f. i 1 ,, , ,,
11 '11
40 . ~ ,der Llc11t1·0 ela escola. A cria
A t 11p<) ele aJJl e1 , - ✓• 1·· llçu
---oclo tc111po (.; e1 11e11Le quar1clo esta ,1ze11do at· . de Jc~r, a C<Jr1strL1 ir LI rr1:1 r>fJHLLJ r,1 cJ ,~1,~j tc)r e~:1 r>rencJer <,.;()Illp<JrtarrIcn-
tr>s lciL<>1·es tão cJ,~L<~rrrtin,111t,~s ,,ara c.111<~ a Jeíttir:1 ac!or1Lc~ça ,J,~ fcJr-
- rtJlfCllCf C SOi Ó . lVt..
l JJecpier1ri 11tio t adas de peclag g1cas. Tuclo 0

.. es cle1101n1n . . . , . Que rna eficaz e c~orn se11LicJcJ. Mas 6 r,r,~<;isrJ c;tJi (lado par,1 r1firJ cairrTLOs
(ladcs m111tn.s vez ' . Coricom1tante1ne11te às atividad
( , la é cd11cat1vo. . . es nt1ma rotina rr1onótona e desrr1otiv,1cJ<Jrt1. Assim co1rt<, as outras, as
1 ocorre i1;1 csco ·áticas sociais que o dia a dia na esc l
tiidar [lS P º ' .,
1 0a
1 voltaclas no ~ e ' _ "tirnas oportunidades de desenvoIVirn atividades (Je leitura não r>rcc;isarn acont<~<;cr semr)rc <la mesrr1a
oferece às crianças sao o en. forrr1 a e nc> rr1 esrr10 lugar. As propostas prer~ísam ser organizadas
t.o e ar)rendizagem. ele acorll<J co111 a intcncionalid,1cJe cdt1c;1tiva. O que é imJ>ortante
Quando um educador troca um bebê, pode ler o que está es. qI1c as crianças cJc rr1 cu grupo aprer1darr1? O tltJe <!las sat)CTll e~<) c1t1e
. pa mostrar O nome posto na sacola ou marcact poderr1 satJcr air1da mais? Q11ais aspectos precisarr1c,s apr<Jf1Jr1dar?
cr1to em sua rou , . . o
s A leitura de um conVIte de aniversário d Como organizar o temr>o da lcitt1ra na Eclt1car;ão [nfantil'?
en1 seus per tence · , e
um bill1ete para a turma do período da tarde, urna receita Para Planejar implica a organização de ambi entes que garar1tarrt
fazer biscoitos, a }jsta de materiais pra confeccionar um boneco aprendizagens. Um arntJiente é cornposto por espa<,o, temJ)O, in-
de pano, 0 comunicado para os pais relembrando o dia da festa terações , rnateriais e sua organização, qu e sempre revela urna
ou da reunião e o cardápjo do dia são alguns exemplos de como concepção de inl'ância, criança, homem e mundo. É nesses arn-
a leitura aparece na escola como prática social em situações que bientes que as crianças interagem corn se us parceiros - crian(;as
não podem ser desperdiçadas. Mas não podemos confundir isso e aclultos - manipulan,do os materiais, lirJando com regras apro-
com apenas trabalhar com as circunstâncias que surgem. É pre- fJriadas a cada uma das situações, e assim vão construindo seu
ciso planejar! conhecirr1ento, sua forma de pensar, de sentir, de ser e de agir.
Nós planejamos uma viagem, um curso, uma festa, um trajeto, A criança é um ser em desenvolvimento, que já possui muitos
o nosso dia, a nossa vida! Por exemplo: "Quanto tempo vou levar saberes, rr1uito ativa e cheia de c11riosidade sobre o mundo que a
para ir de minha casa até a casa de m,inha tia, quanto tempo po- cerca. Não podemos deixar que e]a perca tudo isso, pedindo para
derei ficar por lá, qual o tempo da volta, contando que passarei na que passe boa parte do tempo sentada, fazendo exercícios repe-
escola para pegar meu filho, o tempo para preparar o jantar ... " e titivos, monótonos e sem sentido. Ternos de fJromover situ.ações
tantas outras atividades do nosso cotidiano. para que ela crie, interaja, escolha, mostre-se, perceba o outro,
descubra, conl1eça e continue ativa, curiosa e disposta a saber
Do mesmo modo, o professor deve planejar a distribuição do cada vez mais.
tempo pa~a as ações que acontecem na escola. Ele precisa pen-
sar'. planeJar e organizar os tempos, os espaços, os materiais e
as 1nteracr ões para as mais
1
• diferer1tes situações E claro tendo
como cenário perma t . . . · ' ' Atividades permanentes
, nen e o respeito a criança e seus saberes, 0
oIhar sens1vel para pe b" 1 . . Para trabalhar a leitura é preciso oferecer tempos para ler e falar
_ rce e- a e incentivá-la a atenção para cnar
con cli çoes para que el ' . sobre leitura. Se a criança pequena observa que ler é importante
são
aspectos fundament .
ª possa se expressar e o acolhimento, pois
para o adulto, isso para ela também será importante. Se ela ob-
processo educativo. ais ª serem levados em consideração no
serva que a leitura aparece com regularidade na rotina da escola
em práticas sociais, aprende que é algo importante, útil, valori- '
Para a criança Pequena , ·
tina que lhe da , e muito importante garantir uma ro- zado e passa a considerá-la igualmente. Pensando nisso, a leitura
ra segurança e • , -- s precisa ocupar momentos de destaque na rotina, garantindo que
de tempo. Garant·· b . a apoiara na construção de noçoe
. ir oas situa - . r todos possam usufruí-la.
situações previa çoes de leitura significa promove
mente planejadas que a auxiliarão a criar o hábito
-1:] ·. 1ç.1s 110 11101ne11to que a11tecect e
. .]cll 7l 1117>os 11am. r, l<1it11ra - Alorlalic1,1cl l'S org,111 i.::,,t; t'cLS
··1
1 1
ns Cl ,C • . 43
1ritt r Jern1os 1 ª ' lo corre1110s o 1·1sco de imPos .
Sr sC11t or exen1p , · . si.
foc; peque110s, P
( ) !, () ll(l ( •
·
dorlllelll COíll ef.·lcilidade escutem
• d.
a leitura at
é
guem ditar t1m conto, pois faltou em sua trajetória esse contato
o 111on1e11to e.. saf- da dos alu estr·eito con1 a leitura literária.
l)r·1I·1·1r <1tJ(' ()S qt1c .1 JeI. t 111..,1 pnrn
l • • e ( · ..
11
11111 . se cle1xnr1 os ' s que po1· algtuna 1 azao, saern 11 "'
<J .. n • • i1110S qtle n(Jtle e
1 . ' ~li Par·a gara11tir que a narrativa 11asça na c1·iança é que p1·ecisa-
Jl'1() ilt.:I Illlt l-. tÓfl'l
11c... , . do esct1te111 a ,11s . ' . mos lei,. pa1·a elas todos os dias, instalando a leitura como ativida-
J>()tlt'L) 111~11s ce . de perma11ente.
. , .·
e as J11sto1 ias, 0 coi 1tnto con1
.. .
os l1vI·os e a atnpüa ..
S:ibrmos qu . . ..- .· sno itnportant1ssunos para essa fase
·tório l1te1'-1110 ' ,
ção dCl repei . nenlnuna contribuição se for realizado
as i"so trnra t)t1t1ca ot1 afu· Atividade permanente 1 -A roda de leitura (diária)
'
111, .. .. . d E 11 o11tras palnvI·as, estan10s mando que é
de ,·cz e 111 q11a11 o. I . A d d 1.
. ··ct· de 11 as ações ed11cat1vas. ro a e e1tui·a na A roda de leitura de texto literário é uma das atividades perma-
preciso regt1 a11 ,11 ' . .d d .
- .. ,. t'l é considerada 11n1a at1vi a e permanente. nentes de maior sucesso entre as crianças da Educação Infantil e
Ed11caç,10 1uc. 1 111 1
a orientação é que seja realizada todos os dias. Assim, as crianças
Por athidade permanente enten~~~os urna__sit_uação que têm um momento diário garantido para o encontro com a leitura.
acon t ece de 11f'orma sisten1ática e possibilita• a fan11liar1zação com A duração dependerá da faixa etária dos alunos e de seu tem-
110, 05 conteúdos e co11hecimentos por meio de reapresentação
po de concentração. Por isso, o professor precisa ter um olhar
coi1stailte. Tem por objetivo c1·iar hábitos e constituir atitudes,
atento para observar as condições e necessidades de seu grupo.
por isso necessita ser realizada com frequência durante um tem-
Não adianta insistirmos em um texto literário belo, porém muito
po Io11go. No caso da roda de leitura, por exemplo, sugere-se que longo, caso ele ultrapasse o limite da esct1ta das c1·ianças. O me-
seja realizada todos os dias ao longo do ano e que a regularidade lho1· neste caso é dividir o texto em par"tes e fazer a leitura um
faça con1 que as cria11ças passem a esperar por ela. pouco por dia.
As ati,ridades permanentes precisam fazer parte do plane- O educador precisa planejar essa atividade, como qualquer
jan1e11to e são fundamentais na organização do tempo na Edu- outra. Para tanto, terá de selecionar o livro a ser lido, e para isso
cação Infantil, pois elas criam condições para a realização de levará em conta a faixa etária das crianças:
atividades mais complexas. Se as crianças participam de rodas
• De O a 2 anos - As crianças bem pequenas adoram histó-
de leitura desde cedo, à medida que vão criando o hábito de ou-
rias que envolvem situações de família como, por exemplo,
vir histó1·ias, se mostran1 em condições de se concentrarem por
festa de aniversário, chegada de um parente, passeio, ida
mais tenipo e, portanto, de participarem de leituras mais longas
ou n1ais complexas. à escola e tudo que é relacionado ao seu cotidiano. Além
daquelas que envolvem animais com seus filhotes ou his-
Provavelment ;. ·,, run·a tórias que apresentam algum tipo de versos ou repetições
e voce Ja encontrou uma criança bem peque
capaz de ~arrar um conto clássico, utilizando recursos da Ungua· de frases. As poesias também encantam os pequenos pela
musicalidade, pelas rimas e pelo ritmo.
gem escnta, com expressividade e demonstrando compreensão
sobre o que narra J r
t11111•d ade de ouvir va. sso porque provavelmente ela teve op.0 - • De 3 a 5 anos - as histórias envolvendo as situações familia-
m ·t 1 . .t0 s
. ui as eituras e apreciar a beleza dos tex res e as de animais ainda estão no gosto desta faixa etária,
escntos por bons aut . . do
mas o interesse pelos contos clássicos é despertado. As hls-
gênero e . . ores, ampliou seu repertório de histórias
m questao e con · . Ia- tórias contemporâneas também apresentam assuntos diver-
reza uma narr t· segwu realizar, com desenvoltura e e
'
tece. Há muit
a 1va oral Inf liz
.
,, .
· e mente o contrario tambem ac
, on- sos que abordam o universo infantil e tantos temas inusita-
as crianças do • nse- dos. As poesias continuam em alta nesta fase.
ensmo fundamental que não co
. ~ é tirna questão colocada p 1t,1n71us JJarfL ri, lcil1tra - Mor/a( írJorle . _ . .
e 1os
,.li 0? (ln n 1.zo l1 1; r1~c;
xtos se111(JI e . . '
45
O t.a111ar1l10 dos te pouco os livros infantis, percebem
v·111 do 11m - - . os
ofcssorcs. OtJse1 , . bem pequenas nao sao muito ext
pr , ns crianças .· ,. . A . en.
q t1c os f cxtos par'-1 (.. . 'daclo com esse c11ter10. s crianças d
· tOillél I Clll . e
S os ~1ns é JJrecrso . , stumam ficar mtuto envolvidas e
~· oden1 e co orn
três 11 cinco a~os P I O vai depender muito de como o livro ,
narrntivas nims JongasJ · ·tss ~a é realizada e da familiaridade Que e
d0 orno a e1 111 a~
aµrcscnta. , e s livros e as situações de leitura.
cria11ças ten1 com o

\
,,
1

QlJnrl clc) ;it il él\-n co111c; professcJra ele Eclt1c~ação ltlfé1 11til,
-~clriail él l<Jjs:v·s, l1oje psic:ólcJgé1 e cor1s11lt(J1·é1 e11 t Eclucaçào
r Ct1ltLlrc1l leu IJé_1ra se tts ét1LJJtcJs de cinco él11os alg1unas
Jiistóricis ele~ ./:.l .s -;11il e ll?rtct. Jtoil.e.s . NacJLtele períoclo
renliz[t\1é1111 Lirr1 JJ1·ojetc) scJ lJr·e él CL1]t.u1·n c11~al)e. 1-\ s c1·iE1nças
est~1,1c:tri1 c1ccJsttLn1 aclé1s c;orr1 lj v'1' 0S ilu strélclc)s e a]gtu11as
\'E~zr.s JJer gLI11t étré1111 or1 clc es t-8\ ·é1111 élS figt11·as e JJeclia111 que
1 Desenho de Pedro Belinky a partir da escuta da descrição colossal gigante,
personagem da história Simbad, o marujo do livro As mil e uma noites (Ed.
o r1rr)fessora él S 11·1rJstr,1 ssr . •~clria11a r cs1)< >11 cle L1 que 11aquele Anima, 1986 - Tradução Aluízio Abrantes).
Fonte: BELINKY, Pedro; KLISYS, Adriana. ln: Ciência, arte e jogo projetos e atividades na
Ji\'l'C) 1150 l1a, ia jJL1s1·réJ.ÇUEJs e q Lt c:~ ~ lf~S J; rc-~r;isavétm i111agi11ar
1
educação infantil. São Paulo: Peirópolis, 201 O. p. 113.
o <11,e c1·a liclo. ,'i.S c~ri ~11 1ç·ttS C'11t1·é.11·,]r111Lél J)l'OJJos ta. Ela se
len1lJ1·a ela ciesc:1·içti cJ clr; L1111 gig:111Le qL1e [lJJa r ecia r1a llistó1ia
e os a1L111 0s JJec1i11do par·a \rê-lo. Ertt1·egot1 11n1a f 0IJ-1a g1·ande Outra ideia da professora foi pegar uma caixa, aveludada por
pa1,a cada cri~t11 ça e _p edít1 que cacla tim c.lese11hasse o gigante dentro, corno caixa de joias, e a cada dia, enquanto as crianças
do .ieito que imaginou. "Li a descriç5o umas vinte vezes", saíam para o parque, Adriana colocava um objeto dentro da cai-
clessa fo rn1a eles JJt1d er·é1111 se a1:e11tar· aos detalhes e colocá- xa. Esse objeto estava relacionado com as histórias: moedas de
los e 111 SllélS p1·oclLtcõ es .
.) chocolate embrulhadas em papel dourado - como as moedas de
.,Ti . ouro que aparecem nas aventuras de Sirnbá, uma pena como a
1
n gigante negro de tarnanho colossal. Era uma figura de da ave Roe, um anel corno a joia preciosa e cheia de poderes, tâ-
niet_er medo, alto con10 uma paln1eira, con1 olhos vermelhos maras como as do mercado das histórias do livro e incenso, entre
c111eu11aclos e111 se . , b a
. · ll l osto, como cltias b1~asas em fogo; s11a oc · outros.
ei a tu11 e11()r111(-' tú 11 · l l"' . :)lo
; 11
- e co 1 ab10s r11oles ccJ1110 os ele um c;a.1ne '
c111e éa ta111 é1l:é set1 1 1· 0 flt Um dia, as crianças rodearam a professora e perguntaram
l . · l e t ~ er1qua11to suas 01·ell1as como urtt P(
e e d1se os re clonclo 11g • , ,.1 ' 1- ,. s qual o segredo da caixa: "Você sabe, não sabe?" A resposta da
~ . s, ca, ( m per1c.luI·acJas 11Os set1s ornL,I 0 ,
sc-~11s cle11tes ei·am . . "' e professora foi que ela sabia, mas, se contasse, no dia seguinte
. gi anc1es con10 os de w11 porco selvagen1 ,.,
aquele encanto não aconteceria mais. E claro que as crianças
suas unhas, como as patéL<; de um leão." . •
Interações: corn, olhos d.e ~

Tempos pa:m a leitura -Alodalidad.es orga11,izatii·as


47
46 . , Adriana contou que em algum
. ficar con1
a magia.
tra parte
d
o que
. li
seria do rn
as
referlfaiíl e. • ma Oll QU .._llas são n1 odos de cli zer p,,ra cada co ntexto . Eles funciona111 como
P cns ,,ezes explicou ~ r . necessário e as crianças acornpa
C: • '

pau ' . o nao iOI - I , i r1stru n1en to pcl rll a é1Ç Jo ci ia r1 te c1t1s si LL1ações d e I i nguagem e
aiorja delas iss . no e co1npreensao. sso Porque cio111ir1L1-los sign iiic1.1 _J l1 r utili z,í -los ct1r11 cficiê 11c ia nas n1a is
11a 111 m en tus1as1 a
nJi ararn a leitura co . d' _ eles estavam estudando a cuJ di\1e r_c.1s sitL1,1ções co111t111ic Jti\1l15.
. textual1za (.1 • ..
leitura estava co~. , tumes hábitos , vestimentas, paisagens 1
, . b . ulinar1a, cos ' I . \ ejt1r110s : o r11oclo ele esc re\'Cr Llíllcl rcc(\ itt1 é diferente do n1ocfo
tura aia e. e 1 ,iada: a professora se ec1011ou Qua·
. ·to bem P aneJ . , . Is cl l e _(·re \1 Cr unir l L1c? ri111t 11to. O 111 oclo ele cont~ r L1n1 J l1i stc>ric1 é
etc. - e fo1 n:u1 . para isso, teve de lei· muito, escoil1et
. , .. er1am 11 das e, . 1 c/ iferer1te ele> n1c>clu (lc~ r 'J li zttr LJ111 c.1 l'r1trl'\1ist,1.
hlsto!las s rd de fez boas leituras em voz alta e criou
versão de qtia I a ' . . , .· 1 1· .. f xist l1 lgL111s ele
umaa forma de rna11 t,.e-las '
ligadas as J11sto11us e o 1v1 o. a caixa 'f)l ,1 grLJ j) cl lll C l)t O gê 1l l'r()~ r>r()~)l) St ()S f)()í Jt>J({Uim
um ,, . í'Jclll. C"' íll'r11,1rrf Scl111 c>l l\\'I ,., 11est1 L1is..1cl,)r s li;, lJr1i\ Crs irlacfe ele
1 1

com os objetos das J1jstor1as. C~P Jlt ' l)r,1 :

Como Ja ~ • dJ·to anteriorme11te, os li\rros con1


. , 101 .
11istó1·ias llltJito
• gi>r1c ~rc J (I<> nJrrc.1r - r(>n1,1I1c t~, c~() lltO<; rfc c.l\'<.'lllt1r.1, ,1r1ttJS de
1011gas po dem Ser lidos por partes, con10 se. estt\'esse1n
. divi(lidos
f IcJ c.l ~, 1(' neIa~, n1 ir e> s, ...
l

't los• E' preciso q11e o professor


e111 cap1 u . •
leia• o l1,1·0
.
tocio n11tes e
faça as marcações dos mon1entos n~ais signific~lt\ os e_ cheios ele • gé nc.lr<J clcJ rc l J tt1 r - r 'fJ<Jrta gcI11 , rr-.lat<1 clt' \ · i.1~~f'111 . llit)grJÍiJ. ,
,, .
r1e Jl I C. 1tl 5, ...
suspe1ise para a i11terrt1pçào da le1tt11. a. No dia seg111nte, pode
resgatar o que foj lido r10 dia anterior· co111 a ajt1da dos que esti- • gêner()_ cl<J t),,'P<>r - fJ~1lcs tr(1, sc! r11i11.-1ri<), ,, rl>t'tcs cf,, 1 <211 L·ic' IC)f)('-

veram presentes. Desse modo, 1·eton1run o "fio da n1ea,da'' e possi- cli<.1 _, c.onfcrêncí Js, ...
bilitam que os ause11tes fiq11em po1· de11tro da Jeitt1ra. Essa forn1a • gl n e ro do a rgL1n1c nt0r - <1rt ig(1 (I<) (1J)i 11i,1c), t>clit c>ri,,I , Licl>;1t<.j
1

de traball1ar tarnbén1 p1·omove a est1'utw. ação da 11arrativa pelas regré1 ele>, ...
crianças. ~fais para fre11te , quando forem solicitadas a escrever
• gênero cio instruir - rn '-1 nuJI c.Jc ir1 ' lrLt Çl->(~s , 1ec·c it êl , regrél~
un1 cor1to, irão recorrer a esses conhecimentos. Ninguém escreve cie jogc)s, ...
o que não conhece. É preciso saber narrai· oralmente para, então,
escrever un1a 11ru·rati\ a. As narrativas têm ca1,acterísticas dife-
1 As cri~1n çJs sJo USLJária. cJa líng uc.i n1 l rc•rr1.1 e jti (·(1rr<·g<1r11 en1 SlJél

rentes - que são conhecidas por gêneros literários. l1t1gagen1 co nh ec im ento ac 'r ·il c.lJ. ·"1r,1 ·tc.)rí. t iCtl . e fJ<! l' ÍÍi cé\5
ele Jdc.1 gên ero e ele C c1d ,1 co nt<.,x tc e <Jtll L111i c,11 i,,c). 1' \L S111c) J 11te
1 1

ele s(_1l1ercn1 le r e esc rt'\ •r, 1,, ~e· 1r1c,~tr,111 1 c.c)r1l1 e(·ecl(1rils cios
cliterentes tex to5 e ele . (,.LJS use)_ t r11 l1rcJ . 1 •

Como fazer?

Após a escolha feita, o professor deve ler o livro em seu l1orá-


rio de planeja1nento para ter certeza de qt1e fez a escol11a certa e
de qt1e ele cor1tribt1irá com a leitura de set1 grupo. Se foi· necessá-
rio, o 11rofessor deve ler mais de urna vez a histót'ia para garantir
st1a corr1preensão do texto. Afinal, como fazer urna leitura com
entonação e de for1na exp1·essiva quando não entendemos mttito
bem o que a história narra? Em segt1icla, deve ler em voz alta para
1rzieraçoes: com olho
s de 1.e,.

Tempos para a leit'l,.ra -Modali dades organ izativas 49


48 . ç á urna voz diferente para alg
- ctecid1r se iar ,, lUn
. . entonaçao, m ponto fara um suspense ou 1 • contar um pouco da história para deixá-los curiosos;
tre1na1 a 5e em a1gu e..
' pensar
personagem, grupo etc. • contar um pouco da história, pois sabe que o enredo é
'
, ergw1ta ao
vara uma P ue exige planejamento diz respeit complexo e que isso os auxiliará a acompanhar a leitura;
importante q ,, o
Outro ponto , . , apresentada. Ler o titulo, o norn
1usto1·1a sera e • fazer comentários sobre o que a história vai tratar e convi-
à forma como ª . d editoi·a não é o bastante para inici·
i1 115 trado1 e a ar dá-los a ouvir uma nova história sobre o assunto;
do a11tor, do e O professoI· deve se fazer é: "Cofu
. A pergunta qu Lllo
un1a leitura. s para que eles possam receber essa Ie· . • comparar o estilo do autor que conhecerão com outro já
arar meus a1uno 1 conhecido por eles;
vou prep sintam incentivados, encantados, curiosos
tura de modo que se . '
' . ._1 e sabei· mais sob1·e o livro, autor, ou gênero • contar como conheceu a história ou como encontrou o li-
que que1ran1 ouvi a
vro - se procurou na biblioteca ou livraria, se um amigo
selecionado?"
recomendou, se conheceu quando criança etc.

E tantos outros jeitos de iniciar urna roda de leitura.


. id
Ler em voz alta: o que fazer antes, durante e epo1s.
Algumas sugestões do que o professor pode fazer.
Durante a leitura
• Se os ouvintes fizerem perguntas, dê atenção, 1·esponda de
Antes da leitura modo objetivo e retorne a leitura para não perdei· "o fio da
meada".
• ler o título e perguntar aos alunos do que acham que o livro ...,
tratará. Isso incentiva a antecipação, um comportamento • As vezes, as crianças ouvem uma parte da histór. ia, uma
leitor bastante comum; frase, um nome de personagem e querem comentar algo
que para os outros aparentemente não se relaciona com
• ler a sinopse e fazer comentários ou perguntas para que as a história. Procure perguntar: "O que te fez lembrar disso
crianças antecipem a história; ago1·a?" Se perceber que o que a criança tem p1·a contar é
• mostrar algumas ilustrações para que as crianças anteci- algo longo, com muito jeito e delicadeza, peça que guarde
pem o e11redo; na memória por um tempo o que tem para co11tar e que, ao
final da leitura, conte a todos.
• apresentar curiosidades da vida do autor e sua obra - se
• Se perceber que algumas crianças se distraír·arn 1un pou-
possível, mostrar foto do autor·
' co, procure fazer um comentário, c1·iar um suspense pa1"a
• apresentar curiosidades da vida do ilustrador e sua obra - conquistar a ate11ção delas pa1·a que se voltem novamente
se possível, mostrar foto do ilustrador· à leitura. Algo do tipo: "E agora, o que vocês acha1n que vai
' acontecer?n
• mencionar alg á J1·do
umas características do gênero que ser
e estabelecer rel ~ que • Não é necessário explicar palavras que você considerar
a . . ,. açao com outros livros desse gênero
s cr1anças Ja conhecem· difíceis. Muitas e rnt1itas vezes elas se tor11am completa-
' mente cornpree11síveis para as crianças no contexto da
• retomar alguma h1st • ~ . · Jer
outra do ºna conhecida e explicar que vai história. .
mesmo autor ou gênero·
'
re1npos para a luil u ra - Modali,dades organizativas 51
GO palavras do texto c~m a inte~ção de siJnpu_
• Não mude as . leitura as c1·1anças terao acesso à .
P r n1e10 da ct· " U, lido ou se compreenderam exatamente da mesma for11ta que o
ficá-lo. o vra Além isso, se voce mucta
rte da pa1ª ' · r as professor. A literatura é espaço de construção de subjetividades,
teratura: aª _ .- 0 a opoi·tw1idade de perceber qu
Jas nao teia e0 portanto o mesmo livro pode levar pessoas diferentes a lugares
palavras, e e • ,1. sempre da mesma maneira que diversos, mexer com as sensações e sentimentos. Por isso, não
tá escrito se e ;, ' as
que es ' t escrito não mudam - e o que charnarn é sempre o mesmo trecho de um livro que as pessoas escolhem
palavras do tex o . os
an ência da escrita. como preferido, não são os mesmos personagens escolhidos, não
de perm
são as mesmas compreensões e interpretações realizadas.
. história está difícil ou que as crianças n"'
• Se nota1 que a ao
. m alguma parte, faça uma breve explicaç . . Quanto mais o professor se envolver com os livros, garantir
cornpree11 de1 a ao
e retome a leitura. espaço para conhecê-los, estudar as curiosidades da vida dos
autores e suas obras e compreender características dos gêneros
• Vez ou outra, no meio da leitura, é possível deixar urna abordados, mais poderá enriquecer as rodas de leitura, com co-
pergunta 110 ar, do tipo: "Se1·á que se acontecesse isso co. mentários e questões pertinentes, ampliando os conhecimentos
nosco teríamos a mes1na reaçao.- ?" ou fazer um comentário:
dos alunos e contribuindo para a ampliação do universo cultural
"Vejam só O que a personagem vai fazer agora!" Ou ainda: deles.
"Acho esta parte da história tão linda!"
Na roda de leitura também é possível abrir espaço para que os
alunos falem dos outros livros que leram na escola ou em casa.
Não é preciso que todos falem no mesmo dia. É muito mais pro-
Depois da leitur·a dutivo quando alguns fazem seus comentários e os outros intera-
• Fazer comentários sobre o que leu; gem fazendo perguntas ou dando suas opiniões. Pedir para todos
falarem no mesmo dia torna-se muito cansativo.
• Falar sobre o estilo de escrita do autor;
Outra possibilidade é pedir a uma criança que tiver vontade
• Reler algum trecho preferido, explicando por que o prefere; escolher uma história de sua preferência, levar o livro para casa,
prepará-la para recontar aos colegas em um dia combinado. O
• Falar sobre uma personagem que chamou a atenção, com- que entendemos como preparação ela história é ter a cha11ce de
pará-la com outras personagens de livros conhecidos por relembrá-la em casa, se possível pedir para que urr1 adulto faça a
eles ou outros que o professor conhece· leitura da história novamente, ajudando a criança que ainda não
' sabe ler convencionalrnente a memorizar a estrutura do texto, os
• Relacionar determinada passagem da história com um fato
real; fatos principais e os personagens, para cor1seguir fazer o reconto,
ou seja, para que ela conte a h.istória com suas palavras, e não
• Apresentar · ct·
1 decore o que está escrito no livro.
ou n 1car outros livros do mesmo autor.

O mais importante é b · . · rn
seus cornentár·
.
ª
10s, para qu
rir espaço para que as crianças faça.d
m e
ler e tuc1o O . e conversem sobre o que acabara
que surg1r a t· , .. ser
descontraída - h par ir da leitura. A conversa deve
, nao á a nec .d '''le"'
rificar" se os alu essi ade de fazer perguntas para .
. nos estavam ~ . e foi
ou nao prestando atenção no qu
52 Tu,n1Jo.s paro a le i t11.m - Al odalid.ades orga11 izatil'as 53

fc1r:1,n: "un1 hon1e111 ql1e ter11 uma caJ>a preta", cli sst'r,1n1 JcJzio e
Téo jL1r1tos, ''t1n1 l1on1en1 que corta '' . in sisliJ Leo nardo; Duela,
fJi Jrio: clic1 Ül _03 rin ci o, res1Jo nclc Ls ·~Et1 acho que vai ter t1rna (~apa preta'', e André
) E
- f - . •2Oo, ,.\. , 111éli _ un1 (1 \i'e z l "C)r11 . Ll ,l f) C) ~l' (I<.' i11lt"lc c-tt1 (1I, cii~s<? ''\1ai ter um
Ese o Icl d( - ( LJe tl ,1 ( ) 1n t tl n t i, l '
l1on1en1 da CJfla preta e ot1 lras co isas ass Ltstacloras '1 •
Pr í,1. Lu c i l;-i Si Ivc1 d(' AI º~i"J\
n1e1da
E11fi111 , i11i c iei ll lt' ilt1rl1. À 111t ·cl i J-1 ll ' , litl , (> ll s t\r,·l1\ \ l t) qua11t cl
' · td\' "1 111 rt·l1ln1e 11lc e r1 \'(1l, iclc>s , 11L1r1 1,1 L' ~<- L1t,1 .1t<.)11l1.1 c1L1e C)S dc'iXJ\'<.1
1
Zé i\1urieta, o f1on1 er11 cf,1 capa JJreta
C!LJ,l St' <tLJ (' ir11cl\ Ci . ,
1
f) ,lftlc il1111 ,1clL1lt t )~ i" rl1 11 1 i1 1ci ) ll tc~ta; l-\n clré
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~0L>r2 a h1.~io:-1c1 corr1c> ., . cl<.: pesso J c1 ue c c, rt.1r tcJ< Í<> 11 1t1r 1clc, ( r1fir11 . r 11t 1t1 l1 11to
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n~rJ •rei . -- niru. ainclJ no ir1 í'c ic) ela rocla. Ass in1 que
1 r) 1' rc) ,'-·\ r'r're \ . .l f1f'tl ~tln ( lc1 e T ri 1t . gt1gt1t' j,1 r1rftl (\ <)I J1t1 1ic l<J J'1t l r t1 <) li,,ro, tc\ 11t l1,, J
a cabeca d · '.,' .~ · t(ll <J~(> cli1(>r1c.l<)~ ''o ho.n1e111 vai cortar
e lodos DucJ 1
> _ b rCS f) {)n le r ''é porc1t1e .•• é pc»rqL1e•.• é JJOrqtrc t'lc lJltcr cortar essa
Az ul· TP IJ • ' e: 1cJ,l rJ: ··Parece o fantasma do Barª ara11ha ", reÍ('íÍílO()- . l' JoJ()
-- eJ, e> 1J nri rJ 1 . . ,1 lJll l ,l ,lícl (1~1l) tl l' I... lJ l l1tlffd ll cl Cc1f><l , C
ca fJeça de f0 d - - U 't1clt>, flr zrJ : ' é do \'ell1inl10 c1uc corfJ a
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,\ \,1 r c io, r11t1i t<) c• rl g rt1 ,·. cil>, rc.•. r>c1 n(it' L1 " f1 c1rc1t1c algL1én1 11egot1
1
corta··. t . CrJ <lcJ ~'"'lJ j ·itcJ : "É un1a fJ C OJ que algurna coi~a clelc, o tiint1ciro!'' . ll Porqt•e algu,n laclrão rot1boL1 o
eI in f1 e ir,, eIe Ie, j,i que e Ie t t' n1 p ou eo''.

,\ t r cliro <1 t1( ('~s,1 fc) i ur11:, cJJ r11L~ l ~1<11 '~ rr>cl,1s clc")scJe o iníci<) de>
t1 1l ( ). l) g r t1p , i,l íll ' f)L'( 'l ' Jl ll l , l ~ 111 ll '>ri .. 1 · (fl~ rl l) ( !O (1C,11Jo lllTicl

.,,c,cinrl 1<11, j,í cJ ir11 i11u írl1n1 .1_ Ct)tl\·c r~J <1tt r.1nte a leitt1ril e
~ ,.,.. · ~"' Y'"' '-'u. 1.,v 1r1, O[}i
0
.s de~
Tempos para a leitura - Modalidades organ · .
54 izativas
les facilitou ai11da mJis é) gc1r . 55
CO jSJS COíl1 e . . e ant1q ,
~cJnilJin1.1r él lguniélS to o rgJ i,i zaclo e n1uIto JJrazeroso.
C . Ll/11 f17 CJ l17e l1 - E, ca ra, ele é muit 0 esperto - continua Bruno.
( /( ~ (~U C~ C~SC~ SCJ,1 ,,
_ ,, Jercebenrlo CfLl e a roda fJor si s,. ., - N5o muito não 1 .,
, 5 )C)ti cos cs tacJ I _ ~· o Ja ,' . , e e e~urn 110L1co csrJerto pclrqL1e a Sl1erazade é
,\ cho c1uc J 0 1 . ue riJc) necessJ 1Ic1n1ente len105 p
1
7 17 10 es 1Jcc 1J e q ara ~u e e mai~ esperta, porque, se ela que conta a história do Simbá,
é uni n1 0 11 c _ fJélll JJelo prazer ele 110s deliciarrh e ela qu e e - esclarece Guilherme.
. 7 7 lgc) lllcl~ tarll •1105
cJr,1 111l1trz, r ' ( ' e JJropi ciar rnon1e11tos cJe leitura e
111·5róri ;:i Penso qu . on, - Ele não vai morrer. Eu sei que ele não va i morrer porque senão
com ;is L , •• de ajudá-los a identiti ca r isso. •
cli(ere,,tes fJrOfJ0s1tos f10 .. como ela ia contar a hi stória se fosse morto? .. . Ele é e) vell1inhcJ
no con1eço, le n1bra? Ele conta o que aco nteceu antes de se r
velhinho .
.,
- E a Sherazade que conta - retc)r11a Cfarél .

Um momento de discussão até que co ncluem: "É a Sherazade que


cor1ta que o Si mbá, o I11arujo, conta para o Siml1á, o carregador''.
Con\iersa sobre as l1istórias
- Que confL1são! Por Alá! - cfiz Lima criança CjL1e ouvia a conversa.
Tur111a: 5 a 6 anos
- Por Alá, por Alá, ser11pre fala esse " por Alá" - nota Marcela, já
cansada ele ouvir essa expressão tzir1tas vezes.
DLirante dois n1eses, as cri Jnças clessa turma entrarat11 e,n contato
com u,11 re1Jertório de histórias pouco co11l1ecidas por elas: As - Por Alá! Ah! SalJia que não pode clizer isso ? É do Deus cJeles! -
n1i/ e L1n1a 11oites. A f)rofessora lia ur11 capítulo ou LIr11 conto por lemlJra Gustavo.
dia e c1s cri a11cas escutavZtrn atentamente. Depo is, cot1versavam
JI

- Hum! É n1esmo - er1tencle Clara, batenclo con1 a n1ão na boca,


so!Jre as l1 istórias, trazenclo à lona suas ideias, in1pressões,
e ,n s ina I cl e re fJri n1 e n cI a.
dúviclas, e,1tencli me rito do texto e re iações que estabeleciam con,
as inforn1ações ele sua fJt'ÓfJri J c ultura. A seguir você encontra Nun1 outro dia, as criar1ças ciiscL1tian1 uni episódio da l1istória
al,gu ns trechos eles se fJa te-parJo: do n1arujo: aquele em que Simbá é jogacio nuI11a cova funcla
jL, rito con1 SLta falecida esposa, cor110 era costurne do povo dele.
- Então fJessoa l, estava tL1clo bem, o Si mbá estava rico lá em Gu i Jl1ern1e se imJJressiona:
BagclJ , jíÍ linha se li vrado do gigante, do Roe, da baleia, se livr~u
de morrer em alto-mar... Por que mesmo assim ele sempre quena - Ah, não!!! Isso não pode! - disse enfaticamente, com os oll1os
arrega Ia cios.
vo ltarª viJ jar? Por que ele não queria ficar rico e sossegado el11
Bagdá ?- perguntou a professora. - Isso 11ão pode: é n1L1ll1er ele uI11 lado e o homem de outro, é
separado depois que morre - disse Gui lf1ern1e, atento e fiel à
- O Simbá tem sorte - comenta Mahiara.
1e i t LI ra da h i st ó ri zi .
- ÉCfue ele gost d d se da
J e aventL,ra - fala Guill1erme leva11tar1 o- _ Mas Gui, você ouviL, o que eu li? Ele 11ão tinha morrido e foi
rada, en1p inancfc) 0 p ·t . ' .
e, o, ser1t1 nela-se o fJíÓJJr io ,na ru Jº· enterracfo! - exr)I icou a fJrofessora.
- O Simb ~ ; f . de
, a e ~, te, ele não ten1 medo de nada, ele gosta _ Putz, sacanagem! - se inclignoLr Gustavo.
Jve r1 tu ra s _ cc>nt i rm G :i
e, Ustavo.
_ Mas isso tan1bém não pode, só quando tá morto - recolocou.
- Ele é esperto - diz Guilherme.
56 tv\ali iara, i ntrigacla. Tempos p ar a a leitura - M odalí da<les organizativas
57
é \'erd<1 e.d- 7 - 1JergLJnta
- ,\i1c1S . . _ reSfJOíl Cle a professora
t j eser' to as s' n1 . No verso da capa ou na primeira folha da pasta há uma carta
- É vcrcl,1rle que es l • • di . . '
, ,, ') · n5 15te LLI I sa . recionada aos pais ou responsáveis para explicar a proposta,
"r1 r1JS < - 1
- tv1,1s é vcrclacle nos , . . solicitar a parceria da fanu1ia, orientar como deve proceder, in-
, . di sse a fJ rotessora. formar com qual periodicidade a pasta vai para casa, dar orienta-
- É ve rclJde histori a -
r1 c1 .
ções de corno enriquecer esse trabalho. A participação da família
. , . . de menti ra _ eO n1 fJ Ie to LI Lu Isa .
_ Ah, ,n J 5 J hIstor, a e pode acontecer de várias maneiras: realizar leituras em voz alta,
. , n1as a Sf1era za cJe, r1ão - conclui o GL1stavo dar e ouvir opiniões da criança sobre o texto, escrever um bilhete
_ A históri a e, para a turma fazendo um comentário, elogiar os conhecimentos
enfa ti cc1 n1ente. demonstrados pela criança, auxiliá-la a lembrar de que a pasta
deve voltar pra escola, enfim, envolver-se com a proposta, servir
. _. 1 <lc) 1
11 ateriaJ do prograr11 c1 ADI rv1agis té1·io reaii· de modelo de leitor e valorizar a leitura.
,.f rec11<J ret1rac o . _ . ' -
_
zac lc) J)e 1D JJ J
·et·e 1·rurae e-lo 111L111icipic) de S é10 I)a L1lo, OnE~11tação da
Há pais que não sabem ler convencionalrnente. Nesse caso,
Prál ic,t Ec)ucativa: 111óclulo 1. 1 podemos orientá-los a folhear a pasta, pedir para a criança contar
ou ler o que souber, e ainda chamar um parente, vizinho ou amigo
que saiba ler para participar desses momentos.
Atividade permanente 2 - Pasta de leitura (semanal)
Existem relatos emocionantes de pessoas leitoras que tiveram
As atividades permanentes com essa pasta acontecem semanal- pais analfabetos, mas que valorizavam demais a leitura, compra-
mente e têm como objetivo criar situações contextualizadas de vam livros para os filhos e alguns chegavam até a fingir que liam
leitura na escola e na familia. Cada criança tem uma pasta sim- para eles para incentivá-los. Sem dúvida, um posicionamento
ples onde são afixados textos variados: poesias, parlendas, trava- participativo, comprometido e incentivador faz toda a diferença!
-línguas, pequenos contos, letras de canções ou texto com bio-
grafia de um autor, uma receita que fizeram na escola.

Como fazer?

A cada semana, um texto é colocado na pasta. A professora


entrega uma cópia para cada criança, faz a apresentação do tex·
to, do autor, explica por que o escolheu (se é uma música da qual VejJ o model o ele carta criado pela Escola Projeto Vida - São
PaL1lo - SP. A carta vai afi xada na Pasta ele Leitura.
eles go stam, uma parlenda conhecida, uma receita que aprecia·
ram, um autor que estão estudando etc.).
Pasta de Leitura
Lê em voz alta (caso o t exto seJa
. .
curto ou as crianças pe
çarn
Esta Pas ta de Leitura que seu/sua fill1 o(a) está levancJo para casa é
para ler novament ) f h ci-
e , az nova leitura (se o texto já for con e LJlll dos instrLirnentos uti Iizados pela Escola Projeto \l ida na área
d
o, como no caso de - · "vel,
uma cançao) se for um texto memoriza de Língu a PortL1guesa.
pergunta se alguém ' . tos,
E . quer 1er ou pede para que todos leiam Jun
m seguida, pode fazer ,, . e as , ·vacla
Sera arqLJ . e
1 nel
'
a un1 é.l coletâ nea cJe bo r1 s tex tos, de acordo
. . . .
crianças falem D . comentanos e abrir espaço para qu e · 'ª eta~ r,·a , que terá con10 ob1et1vo co r1 tr1bu1r com o
C() íll a fa IX
a levam para c~sa~pois disso, todos guardam seu texto na Pªstª co nstrução elo conh ec in1er1to da cri ança no can1 po
processo e d e:
-. .- ' 59
r-.
J
,l""1 <""_ 1 -,, n:o colocá-Ia no PªJ)eJ de
\...,

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•;-- - ~7- tA~c-r,.J e ,CC . _ ,n.c ·1 .,naln1ente. Com ~
ns~-e Atividade permanente 3: Mar de histórias (quinzenal)

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~ r- ..·1 C,\ . ::· ..:--?'""".::::--
-- r.~ .... •. ' _, ·- - . •=,, .... r, J,J . 10 fil1a·J~t ~ ·o- ~ '- . bn
n1c .
f""'- ,., ' .. _- _--.__ .....~- , - - -- __.. r- - · \. '-- "''-"'- - sa (USP) , mestra em comunicação (PliC--SP), escreve: "~1ar de
- ,.. .. - :...:::.~ tr.=., _.: : - _:;. - -- _ ...._, _ .'- -:- r , .-. ..___C-,___ .: :i : e.o 1 a pro1essora e que
- _.
::i
l l - ·- • - Histórias" é a expressão que se usa,11 em sânscrito para se refe-
- ..:..-::
• -=-).-:
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_·:- - _.::- =-- - - ·..
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, -.. ~-, : :_ .. . . - . . -b·1·
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--.. f .:::~-;..-.o~ :-1Q, ,~ l 1 ""~ ...
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7 o CI 1 , - - "1:ll1 rir ao uniYerso das narrati\·as. Celinha Nascimento. educadora
- _ _ , _ -_ _.,,., ~ - - =.:: :-2 bàih3dos. potlenrlo
.....,

~:-;.7", :~:-; '.:" - -: :::o ~ - - e n1estra em literatura, apresenta o ~lar de Histórias corno u( ...)
.: ' .:. - - ,: _ ---- ·....... --- - -- -_..·--.,·--- - - --' !:..- = - :-, - - -- · - , _, _ ..., r. -- r,. ;;: """'1'1 • o,
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--- --« --- - - -- -- --~· ~ .... - ~ ...- .. li~ ::-v _ ~ .u - • ~ j urna atividade eficaz e querida de alunos e professores de todas
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as idades. 1Iar de Histórias é uma maneira de falar de literatura


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guma outra maneira~. (N_-\SCn1E!\10, 2007)

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- - -..· o ~lar de Hist.órias tem como objeti\o promo\er o contato com
os li\TOS de uma forma muito descontraída e agradá\el~ gerando
. - ,-_ ~- _ . -__ - _ _ -- - -= - -... .::.i - ~ - ~ -~ ~,....
- """'- -=- .=..-. - -- uma pes5oa adulta
a socialização das leituras e obser ,,ações de cada participante.
; _- - - - --_· ~ r -~ - -:= ;. • =--: ':, _: =--=-- :__ o '.~x~o E- leia-o junto
G
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~!\ intenção é que essa sor.ialização abra espaço para con\-ersas


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sobre as leituras de cada um e de cena forn1a, a11xilie na cons-
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grande pode ser liso, estampado, como for de sua pr~ferencia
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- - - -~ - -· - · -- - 0
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ou ossibilidade - um pedaço de chita, um lenço1 antigo.' uma
P de retalhos produzida
colcha . com a partic1paçao
· · - da comurudade.
.
. ,,,~ -,----,._ r
- ---_. _,_ __ _~
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-_ _... 4,_
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e.:: coma :na do, O tecido é estendido no chão e sobre ele são colocados os li,"Tos .
,_.-. ,-.
.____ ... ·J . - .._ ,_:,r __.. _ •~ -L., -'-
C., · e. F 19 - . . - ,-,
·-• -
• •
- • - . :: 1 _J

Eles podem ser de diferentes gêneros:


,,_ t - ,-.;:.. r~ - - ·--::..• rJ
1--r• r~·
.,,~,::
._ .,; -,,, t J _ -> - - ,

livros de poesias e folhas avulsas com poesias impressas;


...-# -


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• contos de encantamento;
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• histórias de bruxas;
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ob· re • contos africanos;
,,. .- ,:....;.

• lendas indígenas;

• livros de um mesmo autor;
• .
livros d e um mesmo ilustrador;

• t ma·
livros de um mesmo e ' . · de acordo com
. ue você qmser cnar,
• e tantos outros mais q cada runna .
a escolha e necessidade de -
--·
0 J)rofessol·, ao 1·ecto1' elo t _ • >111 (11
• 110 cl1,lo cc . , . . d ~l e,
. "1s ~r11t,u11 -
-\ s cr1,111ç, - , nr dnQtl C1f , ' ,\ clin cx11l1c(111 o c1ul1 o ace~ -to
. 4
O que deveinos ressnltar é que o 1nar de histórias pode ser
. . El, ~1)r('sr11tn o 111, . i Ii,•ros expostos 11ara de1~ar
CI(f(). t. \ l·· l res11e1t o ( os
' io, (' ·f,l cL <. t. cff!ctas ri, } e1·t1rn
as inontudo e des1nontado quu.ndo for preciso. Ele é uni espaço iti-
('~cc>ll11c .1 < • nerante de leitura e ao 1nes1no te1npo é tuna atividade. Pode ser
. , c11riosns, 111s lo' .
cr11u1ças - , fazer unia leitura en1 voz alta d arrwnado na saln de nula, na área externa, rnnn salão, num quin-
. . 10 de t.an1be111 , . • e talzinho aparente1ncntc se1n utilidncle ou 1nes1no no jardinL O
0 i)rolesso1 1 ·ct 111 iião ct e co111e11tar1os. Depois
1·1 1·os seg111 a ( . . , as mar de histórias pode acontecer a cada senrnna, e para selecionar
al"um daqueles ' ' ' ~ ·eni ler 111 nnusc1n1n os livros, devoi
'º ll1e111 o q11e q11e 1 , . .. o acervo o professor de,,e le\rar c111 conta n ft1ixtt etát'ia do g1..11po,
cria11ç:1s esco ·till1.1111 con1 os colegas. No final, fala"'
tJ·os co1npa1 · ' . , . ''l set1s interesses e 11ecessidades. Essa atividade })ode ser t'ealizada
vem, pegam ou · .. ' n1entnni brevemente as hrntonas lidas corn professores e ft111cioná.rios, s0111e11te com J)ais e111 uma 1·et1-
dos li
·,n•os q11e ,11 a111, co _
. . -es~ e í:1ze1n
.1 '"ct·
111 1ca çoes · •
1

nião, co111 a participação de pais e f1ll1os ert1 UTl1 eve11to 1na1'cado


t1·oca111 op11uo ,.
previt1111er1te.

Alérn das atividades permanentes, existc111 ai11da outras rno-


c.laliclacles orga11izativas do tempo didático q11e pron1ove11t a con-
tiJ1uidade e o aprofundamento de detern1inados cor1teúdos. São
elas as sequ ências didáticas e os projetos didáticos.

--- Sequências didáticas


.._
--' --.....

'-
4

Como o próprio nome já diz, são for111adas JJor scqt1ências de ati-


vidades ordenadas e articuladas para trabalhé1r e/ou aprin1orar
conteúdos específicos que o professor avalia con10 i111portantes
e necessários para a aprendizagen1 de seu grupo. Ter11 duração
limitada de algun1as semanas.
. .
.....
A,

(
• #

,
. .
Em wna mesma sequência didática podemos co11tar con1 ati-
vidades coletivas, em pequenos grupos e i11ctividuais. O professot'
. ..
r
"' cria um foco sobre determinado co11teúdo, oferece11do desafios
. .,.
·--:. .
. , e ~
. , . {) .::.
- .. "'
aos alunos, levando em conta o que eles já saben1 e o que preci-
~
1i;irír!r1r,',• 1 D san1 aprender.
'
. ,
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,. .
• I ,
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~

" . 'r ~
f

Fonte: Arquiv;;o:
p:es::so:a;-:
1d: -. . . _ - - ~ -:,
a autora
--
Te1npos para a leitura - Modalida-des organizativas
62 .1110535 _ No
clesen,rol\rimento d 63
. . 'rias n1ara\1 - .. as
. pertór10 íle hrst o tLS ·llunos clemo11st1 an1 un1 gra
o re ercebe q11e se ( . . ncte Com as leituras e recontos orais dos contos de fadas alimen-
. 1.15 de Je itt1r,1, P brtLxa . .1\ssu11~ l élZ lL111a seqLle,A 1 .
r,1c l rso11age111 c a 1 - , .
de \ifíi•ias l11stor1as ele bruxas ,
leia tamos ª fantasia, os sonhos, entramos em contato com ~ "faz de
1·rit cresse IJe ln J Je _
. . . .10 l1 Ie1etira . , nar1 con t a "' com o mundo ae1iná .
o-u no, e poss1
un·
1
·bm·tamos que as cnanças
.
cticfüt1c;t u1 c lt1111<. . ºLl10s0s. Ill,1S dos co11tos moder1
.., ., . 11t.OS fllê11 a , 11 · . ,. . 1os se envolvam com a leitura, conhecendo outros lugares, culturas,
ape11c1.S l lcJ~ co ~ - es ele tti1i él 1t1es111a l11sto1·1~1~pede p personagens, costumes etc.
. - · dlferer1tes ,,ei so ara
t{tn1 IJP11t. Le _ ....1creríst.icas da p e 1·s011~tgen1 , fazer
., ~ •• Ie,•,111t~1rert1 car(.
r, , . . . em
n. · c r1(.1r1~a~ , \·e LUll:.l s erie de at1v7d~1cles de lPitu Podemos encontrar diferentes versões de uma mesma história
.1 .1 ·ões. e1Lfir11. JJron l 1 • - - ra '
1
con11 ~'" ( L _ _1 JJliar O repe1·tor10 e ·011l1ec:e r L1111 {Jou _ pois os contos de fadas inicialmente surgem na forma oral. Como
CO íll él 1t1[eill,'. é..l Ü l le aíll - • ' . ' . . . . C(J sabemos, eles viajaram o mundo junto com as pessoas e foram se
. . ~· 1e 8 ,Jrese11 tm11 brllxas, b111xos e f P1t1c eirn
111 rus ns l11~r<.1t1a_ QL '1-- e modificando, ganhando novas roupagens, porém não mudaram
1 em sua essência e possuem uma estrutura bem definida:

• iniciam com um conflito ou problema - mais voltado para a


Sequência Didática 1 - Contos de Fadas realização do interior do indivíduo;
Autora: Edi Fonseca • a presença dos mediadores (fadas, varinhas de condão, po-
Faixa etária - crianças de 4 anos ções mágicas) e opositores mágicos (gigantes, bnL"'<as etc.);
Tempo de duração - dois meses
• e em seu desfecho, um final feliz momento em que o con-
1

Jllstificatii a 1 flito é solucionado.

Os contos de fadas são o foco desta sequência didática por-


que possuem grande \-alar cultural, histórico e literário,. Apesar Sem dú\ida, essa estrutura contribui para qtie as crianças
de tantas mudanças n,-enciadas nos últimos tempos, as crianças construam a4:,C11Jmas regularidades dos gêneros literários.
ainda se encantam com os contos de fadas, his,t órias que nas- O contato com os contos de fadas possibilita que obserrem a
ceram na boca do po1,-o e foram compiladas e organizadas pelos beleza do texto escrito e as especificidades da oralidade.
fa.t.LlOSOS:
Outros autores também compilaram contos tradicionais (en-
• Charles Perrault - primeira coletânea de contos publicada tre eles os de fadas) que ou,iram de pessoas do po\-o:
no ~éculo ~\TI- na frança;
• L11ís da Càmara Cascudo-Cantos tradicionais do Brasil 19--16.
• Os inii?os Jacob e \\llile.Im Grimm _ fizeram estudos Iin..
1 • Ítalo Cal\irlo -Fdbi,las italia,nas~ em 1956.
grrí~ticos do contos maranlhosos, acabaram f onnand
5

muc. col2cãn.ea no sécrtlo X\1II. na Alemanha;. Por meio das rodas de histórias - lidas e contacL.'lS - as cri:J...'l-
'

• ff... ns Ch,. . - · 14 ças perceberJ.o diferenças e semelhanças entre os atos de ter e


" ,:. 1.c1Stffiri Andersen - Entre, 1835 e 1872 aproxrflU>-
w
narrar oralmente? e ampliarão seu repertório de cuntos de fad~-
Gt-"10le!: t ~ n... llin (ll!"J
_ _ ~ e y tG L.té.ITié.rca .. corrmtetou o acerro da Iitertl
~~ --- ~ 1, T' - ..
!- l ::t .. l w..:_ C,?'filf -..,r, " - - - r_Ult~
'-ª· _-uJ contr2.rto dos escritores citados~ ~
_ _ __

no!. Le t: ~ El=- e
-_
w

íl
. . mpu.ou 2.Igu.r1 ~ conros e criou outroS· ~"~
rr· ·l" o·q ite O prq_ ~s~ r espero que as cria·1lças apn--f!Jda ..
[C1Qi_i~ C:uQ lli ri t - . ~
n - .--·,.. _- O(fu-= ITl::Js ro:n.;.:itico .. menos tio!entO It • a fruir d s momentos de leitura ou natr~çà0 o_ra! d+s c.on-
~ - c t ·J,..1i 1.J e. JQ ' ... .,.. - ~_;J.-
f ,G ,, - :.o ·:.:. ~ _!112J:i.J é.S~ur1.ras da comnortarnenr h ~ tos àe fud::..,:
.ü._: . 0
\.. '
-
T m1 •
... ..-....;; :.,.e e
, ....

a:r ~
1 - - - -
i:=.r-
~ ~

" ----.~os IgTI?. -~ a todos_ •


/11.taraçõ'3s: co,n, olhos de le~
7i"ln,pos pcira ct leitura - Modal1:dciries organi.za.tiva.s
64
65
I mas ca1·acteI·fsticas do gênero ( expres ..
• ·1 rcco11l1ecer <l gu medo e suspense _ d
"- f tos personagens etc.); esencadeadas pelas narrativas ou sirn-
SC>CS, a ' plesrr1ente para come t, -1 . ,. .
n a as a partir de suas preferenc1as;
. . .
• a ram1l1ar1zar-se com a ling11agem escrita por meio do con . .
• faça as leituras e narra ~ • • .
tato com os contos de fadas; . çoes orais em locais variados, prepa-
O
rando ambiente: na área externa, com biombo, com baú,
• a recontar algu mas llistórias coletiva ou individualmente , dentro da sala escurecida e com o uso de uma lanterna etc.
com OLI sen1 apoio do livro.
Sequência sugerida, propostas que podem ser encadeadas

Par·a qite isso aco1iteça, é preciso que o professor • leitura do professor, em voz alta, de contos de fadas conhe-
cidos pelas crianças;
• selecione os contos antecipadamente e se prepare para as
Jeituras em voz alta; • leitura do professor, em voz alta, de contos de fadas desco-
nhecidos pelas crianças;
• inicie a leitura pelas histórias conhecidas e apresente ou-
tras desconhecidas; • reconto oral dos contos de fadas pelo professor e pelas
crianças. Em alguns casos, as crianças poderão recontar
• indique as leituras, explicando suas opiniões e preferên- de forma coletiva e, em outros, individual;
cias e convide as crianças a fazer o mesmo;
• após cada leitura, realizar rodas de conversa para comen-
• chame a atenção do grupo para as belezas encontradas no tários;
texto escrito com a releitura de algumas frases, versos, ex-
• construção, com a participação das crianças, de um mu-
pressões, descrições ou mesmo trechos;
ral com imagens dos personagens preferidos ( desenhados
• narre os contos de fadas, considerando as expressões mais pelas crianças), lista de personagens e levantamento de
encontradas, os acontecimentos e o modo como cada parte características do gênero observadas;
da história precisa ser narrada (entonação), mudanças de • utiljzação do canto da sala com vários livros de contos de
voz e ritmo·,
fadas, permitindo que as crianças possam manu.seá-los,
• quando necessário, planeje a leitura em capítulos e de- apreciá-los e recontá-los.
termine os pontos onde fará a interrupção para gerar sus-
pense e Possibilitar que as crianças antecipem aconteci- Bibliografia utilizada
mentos;
ALMEIDA, Fernanda Lopes (trad.). Contos de Perrault. São
• estabeleca moment _
~ os em que as crianças mesmo nao Paulo: Ática, 2005.
sendo alfabetizada '
uma poss1b1lidade
. . . s,é Possam1· ·
ler sozinhas ou para o grupo. ÁTICA. Coleção contos de Grimm. São Paulo: Ática, 2003.
Qt1e, por exemplo so icitar que leiam trechos curtos ou
.
BELINKY, Tat1ana (tra d ·) Os· contos de Grimm. São Paulo: Pau-
autor, do ilustrad~ aprese~_tem um livro, lendo o nome do
r, da editora e lendo o tftulo· lus, 1997.
• realize rodas de conversa '
contos de fad frequentes para falar sobre os CALVINO, ftalo. F ª"bulas italianas. São Paulo: Companhia das
as e suas esp ili . Letras, 1992.
ec cidades, sensações - como
'fe1npos para a leilitra -Modalúku.tes orna • .
f,(3 ~ nizativas
~ Contos tradicionais do B 67
CASCUDO, Luís da Gamara. tasi1,
ObJ·etivos didáticos
São Paulo: Global, 2000. ,
0 coiito de fadas - s1mbolos rtlit • que as crianças p
NeJ Jy Novaes. ' os assam conhecer alguns aspectos da vida
COELH O, . L 2003. ' d e E va Furnari sua t · ó · .
arquétipos. São Paulo. DC ' , raJet ria profissional e características
presentes nas suas obras·
, Histórias maravilhosas de Andersen. São '
JAHN, HeJ01sa.
Paulo: Cia das Letrinhas, 1995. • que as crianças conheçam alguns de seus livros·
'
• que_adquiram elementos para apoiar o processo de seleção
de livros e sua formação corno leitores.
,. _ Histórias de Eva Furnari
. dªd "tª
2
Sequencia • a ica
Autora: Edi Fonseca
Faixa etária - crianças de 5 anos Orientações didáticas
Tempo de duração - dois meses • selecionar e ter à mão os livros com antecedência para

preparar as leituras e observar características da obra da


autora;
Justificativa
• pesquisar a vida da autora e selecionar inforrrtações inte-
Além de apresentar os diferentes gêneros da literatura, acre- ressantes para as crianças. Se possível, levar trechos de
ditamos que é muito importante que as crianças conheçam os textos informativos que falem a respeito e indicar de onde
autores e suas obras. Muitas vezes a escolha para nossa próxima foram retirados (internet, revista, livro, jornal etc.);
leitura é guiada pelo fato de lermos um livro de determinado au-
• dividir as histórias em capítulos quando forem muito lon-
tor e, ao apreciarmos seu trabalho, queremos outro e mais outro. gas;
Realizar uma sequência para apresentar o trabalho de deter· • mediar as discussões sobre as características da obra da
minado autor ajuda a criar uma familiaridade com ele, com suas autora e auxiliar no processo de registro das conclusões;
obras, e a auxiliar as crianças no processo de escolha, de esta·
belecer relações e compa1~ações com outras obras e escritores • propor às crianças a produção do mural de classe e/ou do
- ações próprias de um leitor. diário de leitura para registro do processo leitor da turma;

• atuar corno escriba dos comentários sobre as leituras;


Escolhemos Eva Furnari, porque ela iniciou sua carreira crian-
do suas ru t ,, ·
, s orias por meio de seus desenhos e mais tarde passou • incentivar as crianças a falarem sobre suas opiniões para
tan1bern a produ · hi ,, . ' 0 s garantir que todas possam fazer seus comentários a respei-
. zir stonas com texto e imagem, e querem
que as cnanças conh · na.l to do que leram, observaram e ouviram.
d . eçam e apreciem o percurso profissio
essa escritora e ilustradora.

b 777Wt' - • . - -
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l l l't' ~t't\t t'S ll tl~ ~,•~•~ ()l,r:l$~


• tllll' :1(i(1t1i1·;ttll ('lt'l\\('llll)~ t) :lt'!\ ~\l)t) i~ll' () l)l'O(~l'~Sl) li~' ~l'lf'Ç[ll)
{fl' li,·t·t)~ l' ~ll~l t'tll'l\l:lÇ,'ttl COtl\Ll lt~it ü l"C~.

Sequencia didática _ - Histórias de E,ra FL1r11ari


:\tttl,1'1: Edi Ft)tl~eca 01"i, ,,,tcz('c'"it)." <li<i<it ic·cJ,"
F~li~~. ~t~ir·i~1 - c1·i~u1ça!S de 5 a11t)S
1~e1lll 1 tie dt11~1,(1t) - dois Ill ses • St~letillll,ll' e ter· à Illfl(l OS li,•t"OS (~(l lll ~llllf'l'C'(i('t\Cit\ l):ll':l
Jl1· 1>:11·i1r ,1s le it t1rt1s e' t1bse1·,,.:11· <.'. :tt"ilelc'rist i(':ts lit1 tll,1'n ctt1
:111t ora;

• 1 csq11isar a ,·id~1 da i11tr\-


at1to1·:_1 t~ St?ll'l'il1 t1:11· i11ft>t'lll,lÇllC~s
...-\1.~rn ae 3 P_~ st:' 1 ar os dift>i-entt:'s gt>neros da literatura. ncre- rcssnnt e~ J)nrn ns 1·in11ç~1s. Se J)tlssí,~<.'l, Ir, i11· t1·t.,cl1os de
rn ~u us Qtte e 111uir ) iI11u t:.Ult . ·
te xt os i1tft1i·n1:1ti, os Qlte r~1le1t1 tl 1·esi)eit t1 l i11cticl11· tlt~ t111ct e
, .. ~ , e Qlle a cr1tu1ças co1tl1eçru11 os 1

<ll ure~ e $ll~ ol ras. ~itut~~ ,-e7e" 3 - - 11 . ..


, . . · ~ - s e~co 1·~ pan1 11ossa p1-óX1111n ÍOI'alll 1·c tirnctos (i11tPl"II t l"ê\'isti1 , li,rrll, jortl~ll \te!.)'
lei lm1 e ;tu·ida 1 el. futo e le 1110.. .
. . r ~ lll11 li,To de dete1·11linado au-
or e . a aprec1arn1t s el1 tr;.1b·:llh0 • di\idir as histó1·ins e 111 c:111ít t1lc1s qt1t111clo ft) l't:!111 111t1itt) 10 11-
'" '" · queren1os out1-o e 111ais ot1tro.
gas:
Realizar un1a seque11cia P') ..... 1 a"'l
• " 1..u.'" t prese11t'1'r O b
nUI13do autor aJ·uct~'-• º~ "".,..;ar
'-1 1..
lll f
11a an@ .
<u tra alho de deter- • 111edia1· ~1s disct1ssões sobre tis <·:1111ct l~1·íst iCtl~ (lt\ tll)1·l1 dn
obras. e a atL'\jjjar a crianras andade con1 ele, con1 suas nt1ton1 e nuxiliar 110 i11-ocesso cte 1·egigt1·c>dns <~011rlt1sões;
11º Proce so d
b elecer relações e con1pan:i~-
\ C.
e escolha de esta-
. -. ~ . { ç oes eon1 ou t ,
- c,çoes propr1as de un1 leitor. ras obras e escritores • p1·opor ns c1·ia.11ças :1 11rodt1c;ilo do 111t11~n1 ele clnsse r/ott do
difu·io d e leitt1r~1 p111..n regist1·0 do prt1ccsso leito1- dn t.t11"111n;
Escolllemos E\1l Furnari P
. -. ~ arque ela · · ·
d o suas lusronas por n1eio de s lnic1ou st1a carrerr· . rui-
. . eus desen} a crie • at t1t1 r co1110 rsc,~ib~1 dos co111l"tlt tirios sour·e ns leitt11-ns·
rm11 b em a prod1121r lustórias e los~ e mais ta d 1
. orn text . r e passot • i11ce11ti,·nr ns ria11ç,1s n faln1·e1t1 sol>re st1us 01) i.I1iões pru·:1
que as cnanças conl1eçan1 e a r . . o e in1agen1
dessa escritora il P ec1em o , e queren10s ga1·ai1t it" qt1e t odns possan1 fazer se11s Cl)t11e1ttã1·ic)s n t'es11ci-
e ustradora. Percurso profissional
t o do qt1e lern1nt obse1,'-i1ra111 e t1t1,ri1..ru11,


~ ,. , , '•y ..... ..... . \ , V li l Ui // (JS ele
le-,.
re1npos
· para a leitura -Afodal idadcs or rJa.., • .
. ,ti:-ativa.s
68 69
Seqitêricia p1"evista Crianças desenharão
personagens com
6 ase no est1. lo de iIustração
O que o professor
.
que r d E F . Perceber o estilo de i lus-
( e va urnar, tração da autora com pro-
que as crianças apren- 1
para co ocar no n1ural da sala.
Atividades dam? postas detalt1adas, fora de
padrão - desproporcionais
. , . ivros de ;n1agens cJa Reconhecer os Iivros d;
1
e diverti cf as.
Mar de h1stor1as com das crianças imager1s ela autora. Leitura pelo professor do livro Pa11dolfo e
f)erccber que essa história
autora. Deixá-los ao a~esso Bereba.
en1 uma bancada ou caixa. se ~)assa en, um reino -
Socializar e ouvir conient.i).- conll) 110s contos de fadas
apreciação dos I ivros e
Conversa so bre a rios sobre o (lLJe lê/c)l)serv,1. -, n1as con1 unia boa dose
as histórias. de l1t1n1or e do r1onsense.
Apresentação sobre dados in_teressan~es .da Cor1l1eccr dac los ela vici;} e (Do al)st1rdo, do que JJarece
vida da autora: local de nasc11nento, infJn- fJCrcL1rsc111roíi ss ion.1I cl.1 ,lu- se111 se11tido.)
• . estudos con10 con1eçou a tr,1 ba lt1a r tara . LcifLJrJ J)clo r>rc>fcssor do livro Dat1zinho. lrfcn1 ao anterior.
c,a, , '-' .
con10 escritora e iIustradora. PrO\'l l1enc1 ar
LcilLJrJ pelo pro fessor do I ivro Rt1n1lJo/rlo . lclcn1 ao anterior.
imagens para apresentar às criançc1s e co-
locá-las no mural da sala. Leitura pelo professor <fo livro Tartufo. lclcn1 ,lll anterior.

Leitura pelo professor do Iivro Violet(.1 e Cor1l1eccr a f)rir11 eira ol>rt1 " '[ SIJ Jti vi(fJde scr5 rcJlizadJ emprc que p.1rti cip;1rcn1 rf.i leitura de u111 cJos livros
..
./ roxo - deixar o livro à dis~)osição J)ara as de i 111agcn1 e tcxtc) dl' EVJ da Jut,,ra e r1ue julgarem n1erClcer un1 coment1.1rio no n1ural ou <li.iria oe
leitura.
~/ . crianças o pegarem . FLI rI1J ri.
.,/

Produzir coletivan1ente um cornentário so- Registrar o 11ercurso leitor


S1tgestões el e li1. 1·0s JJa1 . a estcz scqi1é11 ci(1
bre o livro para colocar no n1ural da sala e da tL1rr11a.
posteriormente no diário de leitura da tur-
n,a_íl l FURNARI E\'a. Acl i vin l1 e se JJ1.1cle1·. Sàll f->r1t1l0: Moclcr11a, 1994.
_____ . A11ze1zcioi11i . São Pt1ulo: P:1uli11as, 1983.-t<
Mar de histórias com li\rros da personagern Conl1ecer unia f)ersor1agen1 _____ . Assi1n c1ssado. Sfto Pat1lo: l\loder11a, J 991.
Bruxinha. n1uito n1arcante na obra dJ _____ . A bn1.,1·i1zllcl e cts -r11alcic1rt,,.-.; da .'-;<Jt·1,·r1lbática. Sfio
escritora. Paulo: Ática, 2001.
Conversa sobre as características olJserva- Socializar e ouvir con1entá- _____ ...4 l J11,.1..i11ll a e o Goclof1y.-c/cJ . 8flo Pat1lo: c;Jobal,
das.
rios sobre o que lê/observa. 1983.*
Mar de histórias de livros da autora com ri- Observar a presença de ri· _ _ _ _ _ . 1\ lJ11,.1.. i11l1 c1 e o G1·(·gc5r·icJ. S;1o l)~1t1lo: Ática, 1983. *
n1as e trocadilhos: Não confi,nda A . _____ . .1-\ lJ1·11.. i..a Zc!lc/(1 r> c>s 80 cioci.1lllo.<;. SàL) Pat1lo: Áticn,
d ... , ss1n1 n1as e trocadilhos na obra
assa o~ \locê troca?, Adivinhe se puder 1994.
Travad,nhas. e da aLJtora.
- - - - - -. ,l 111c 1zi1za clc1 <ír·l'o1•<>. Sfto PêtL1lo: St11dio Nobel,
Leitura pelo professor do 1· G .. 1994. *
sarinho. ,vro oco de pas- OfJservar a presençt1 dl) ~u·
. r\ 11ro 1zi11n <t CJ clr<1güc>. Sftc1 Pr111lo: For111ato, 1980.*
mor e ele t1ssuntos rclacio· -----
. .81·11..1.·i11l1(1 1. Sfto l)r1t1lo: FTl), 1987.*
n;idos ao coticfiano das µes· -----
. R1·l1.T i ,,,,n :J. Sào Pn11l o: Frt'r), 1987.*
Leitura pelo professor ci r
oas na olJras ela élLJtor,,. _ -----
. n,~,,~1·i 11l1cz <1t.,~n1,,1l/1acla . Sfto 1)~1t1lo: Glol)al, 1082.*
. o 1vro Fclpo r;J~,J
Le, tura pelo professor cJ . . lrlen1 J O ;interior. ----- . n,~1,.t i11,/i(l r· FJ'(!( / ( •r"'ÍCO. Sào }l::11110: Glc)bal, 1988.
n1as da íamí/i:çi Co o livro O · prulJ/cl... 1cl er11 tl o ;i n t(' r io r. - - - - - . B ,.,11,1~ i ,l l I ri Zz,z,, . SACJ l)<1t 1lo : ~1 e> d e111 a, 2O1O. *
' rgonzo/a .
l\1ar de histórias para o
- --- - ,,~1-:i11l1,i Z1,z 11 r· () gnt<J ,\li1í. Silo Pat1lo: ~1oder11a,
. n, .
Furnari desenh bservar co111rl E\'J --- - -
a seus personJgcns. 20 J o.•
. Cr1lJ1·c1-ct'!JCl•. SC\c) fJi1t1l o: Ática, _1980.*
-----
71
. J , , .11,1 . SJo Pat1l0: Fo1·111ato, l 98Q *
• ' , J (. (l~ t .,1i 1 e . ct .
- - ---- . t ,l ...' : ' t :· x1. L riuh o. S,io P:n1 o: ia as Letrinhas Projetos didáticos
. t ( l[l (t

- ----- .
ti - · 11JJ{l . ~ ~O
p~1uJo: ~Iode1·11a, 2002.
~ -i Os pr_ojetos di d áticos têm algwnas características bastan-
( · te •específicas Urna carae e t er1st1ca
, . fundam ental é que eles tên1
--- - -· -~ ' a ,i<to São Pat1lo: .""\t1ca, 1980. * . ·
- D,"' i 'l': "11} {}li . - . , . .· * obJet1vos cornpartilhad os com os alunos. E o que isso .
- ----- · d ~. Sao Pat1lo ...\tJca 1980. · _ . significa?
E, 0 1; 011 r . -
_ ___ .
t -~
r ·i, ,..ão Paulo: ~Ioder11a, 200n . Sigrufica que O professor explica ao grupo o que irá fazer qual o
. Ft,fJ'º l l . L.. - • . p1·oduto fin a l d o proJeto
· ·
a ser realizado, '
pois todo projeto ten1 wn
- - - - \ --([0 [ 0 /1 -l ,.,,dlJ S,10 Paulo. ~Ioderna , 1991.
lf • · •. •

----· Qamioo da br u.ri nha. São Paulo: 1·Ioderna, 1983 ~ p1·oduto fu1al com un1a função con1unicativa.
: ·rob/t>nla do Clór is. São Paulo: Global, 1992.* · Dessa forma, as c1ianças pa1·ticipam das tomadas de decisões
0
- - - - • O"::> .,.v 1•ob/e112as da Ja11i ilia Go1-go;zz ola. São PauIo. sob1·e as ati,ridades a serem realizadas para chegaren1 ao tal pro-
----
Glo 3.l. 2001.
.
duto . .LL\ssim, sabe11do o que estão fazendo e por que estão fazen-
. Pa1zdo!jo Be1·eba. São Paulo: i\ioderna, 2000. do determinadas atividades, as crianças se envolvem com o tra-
---- . Por 21111 fi o. São Paulo: Pa11linas, 1992. * balho e estabelecem mais relações entre os conhecimentos que
----. Q l1P111 cocl1icha o 1·abo espiclza. São Paulo: FTD . ,,
Ja possuem com os novos.
---- '
1986. *
_ _ _ . Que111 e1nba1·all2a, se at;·apallw. São Paulo: FTD, Os projetos didáticos podem envolveI· mais de uma área do
conhecimento.
_ _ _ _ . Q 2,e 111 espia,se a;,·epia. São Paulo: FTD, 1986.*
Eles possuem etapas de trabalho que são planejadas com a par-
_ _ _ . Querbr·irica-,·.? . São Paulo: FTD, 1987.*
ticipação das crianças, como já foi posto. Sendo assim, são uma
____ . Riti11/z,a. bo1zitinlia. São Paulo: Fo1·1r1ato, 1980. *
modalidade recomendada para grupos de crianças a partir de três
_ _ _ . Ru1nboldo. São Paulo: ~foderna, 2002.
anos. Eles têm duração variável, de acordo com os objetivos, o en-
- - - · Tc11t2,fo. São Paulo: 11oderna, 2002.
volvimento dos alunos e o desenvolvimento das atividades.
- - - · Todo dia,. São Paulo: Ática, 1980.*
---__;• Tr~quin~en,s e estripulWS. São Paulo: Global, 1982.* Por meio dos projetos, as crianças têm a oportunidade de tra-
- - - · T1avadi1ilzas. São Paulo: Moderna 1994. balhar em grupo: dividem tarefas, tomam decisões, ouvem a opi-
- - -· Tru,cks. São Paulo: Ática 1997 * , nião dos colegas, colocam suas opiniões, avaliam o que já foi feito
- - - · T7:"di e Kiki. São Paulo:,Mod~ma, 2010. e o que ainda precisam fazer.
____ :~~~~~~e r~~~- São Paulo: Quinteto editorial, 1984.
oca. ao Paulo: Moderna, 1991. A primeira etapa é o levantamento dos conhecimentos prévios
- - - - · Zu.za e Arquimed s- das crianças sobre o assunto. Em seguida, precisam socializar o
* Somente livros de . es. ao Paulo: Paulinas, 1983. *
unagens. que já sabem e o que precisam aprender.
O produto final evidencia as etapas que as crianças percorre-
Bibliografia utilizada ram e os conhecimentos necessários para sua realização.
GUIDIN, M. L E A gravação de um CD pelas crianças de três anos com suas poe-
d . va Furna .
en1a, 2010. r1 e seus encantos. São Paulo: Mo· sias preferidas para presentear as crianças do berçário; tµna semana
de recontas narrados pelo grupo de crianças de cinco anos, uma tar-
de para as crianças de quatro anos ensinarem brincadeiras cantadas
para as famílias, a produção de um jogo supertrumo (jogo de cart.as
temáticas - serpentes, carros, dinossauros etc.), uma exposição so-
In terações: corn oln
· º •'> <ln ((1
,
J

-r rmnpos para rL leiturct - Morialid<vles or[Jartiza t-,:va•;


73
72 . . são alguns exemplos de Proi
medievais :""' r .. - . Jetas Ciências Humanas:
castelos . literários e/ou 11 uo11r1at1vos.
1
. 05
bre a VIC1a r1 . • ele textos
j ven1 a Ie1tt1r a • conhecer dados da vida e ela obra elos compositores e rela-
que envo
cioná-los ao estacJo brasileirc> cJnd é nasce1·am (Noel - Rio
de
,,
Janeiro, DorivaJ - Bahia, e Adoniran - São Paulo) e a
" ompositores - epoca em que começaram suas carre iras ;
Projeto 1 - Tres e Educação Infantil Logos - Sao Paulo - Sp '
R lizacJo na escola de . • costumes da época;
ea . 1• Cortese Edi Fonseca, Elaine Pon
. Beatriz Pec,1 o , . ce • transformações na paisagem;
Professores. B clão Correia Filho.
Lavado e Fernando ran
• comparar a produção musical cios an os 1930 e a atualidade
Autora: Edi Fonseca - o rádjo, o processo de gr..avação, a produção d e disco de
. . b 1110 predomir1a11 tes: Língua Portuguesa, Artes Plás- vinil etc.
Eixos de t1 a a , .
ticas, Ciências Humanas e Musica. Música:
Faixa etária: crianças de quatro a cinco a11os. • características da f01..mação de um coral;
Tempo de duração: oito meses. • valorizar a memória musical brasileira;
Objetivos compartilhados com os alunos: • conhecer diferentes canções de cada um dos composito-
• Estudar a vida e a obra de três compositores brasileiros res.
para uma exposição e apresentação musical no sábado cul- A ideia é que, a cada dois meses, seja estudado um composito1 1

tural da escola. e que as crianças selecionem as músicas preferidas par·a o pou t


O que a professora quer que as crianças aprendam? pourri (apresenta,ção realizada com apenas trechos de canções)
que será mostrado como produto final.

Se houver três turmas ou mais, cada urna poderá se responsa-


Objetivos específicos de:
bilizar pela produção de um boneco e de uma parte da exposição.
Língua Portuguesa: Mas todas estudarão os três compositores.

• selecionar in~orm
11 - d . Para começar
açoes os textos pesqwsados;
• acompanhar as letras das canções por meio da leitura; Realizar uma co11versa com as crianças sobre compositores e
• relacionar os cont ' d cantores que elas já conhecem. Apresentar o nome dos composi-
, . eu os apresentados das canções com ca-
racter1st1cas do lu . tores a sere1n estudados e verificar se alguém os conhece. Sele-
• . gar 0nde viveu cada compositor;
produzir legendas ar . cionar músicas mais famosas de cada compositor para apresentar
P ª unagens da exposição.
Artes Plásticas: um trecl10.
Sugestão de possíveis atividades encadeadas:
• estudar as e
aracterística f' . a
confecção de b s isicas dos compositores para ' • ouvir várias ca11ções dos compositores (algumas p.o r vez) e
onecos Par . -
• Realizar desenh a a expos1çao; selecionar as preferidas;
os de obse -
rvaçao e de imaginação. t

..
1,,rnpos JJ<tra. a loilitra - A1orlrtli <i<L<les 01:c,,r,t~rtliv,1.s
7-l - n1e111orizá-las; 75
r'1s das ca11çoes e
• ler as let ' _ selecionadas e gravar a tu • selecione e organize materiais para as produções artísticas
. as ca11 çoes . r.. elas crianças;
P render a cantru ' ' alunos possam se ouvir;
• a ra que os
a ca11ta11do pa e -

m das canções e a relaçao com a explicite comportamentos leitores nas situações de dife-
. bre a,s letras . .
• conversar so . . 0 lugar onde viveu, rentes propósitos leitores: ler para pesquisar, por prazer,
. dO ffiJ) OSl to1 e
J1istór1a co . para buscar info1. mações gerais;
. . fi de cada co1npos1tor;
• estudar a b1og1 a a • promova variadas situações de leitura: compartilhada, in-
. ·ctades e outras informações complernen.
isar CUflOSl , dividual, em pequenos grupos, pelo professor e, em voz
• tares
pesqu- prusagem
. 1ocal , hábitos .e costumes da epoca, estilo alta, pelo aluno;
.
. ta de cada compositor etc.'
de vest1n1e11 • promova diferentes fo1·mas de 01..ganização dos grupos, de
. . a depo entos e DVDs dos compositores;
• ass1st1r lffi.
acordo com as atividades:

• fazer exercícios de voz e exploração de sons com o corpo; • atividades em pequenos grupos: um faz o ernpapelame11to
da cabeça do boneco, outros faz em o e11chimento das rou-
• ensaiar os trechos das canções; pas com espuma. Cada grupo desenha o compositor em
uma situação diferente;
• produção de desenhos para a exposição - desenho de ob-
servação dos compositores em diferentes situações - quan- • atividades coletivas - todos ajudam a pintar o papel craft
do jovem, quando velho, cantando, no lugar onde viveu; que servirá como pano de fundo, participam do ensaio, das
rodas de conversa etc.
• selecionar imagens dos compositores e produzir legendas;
• produção do pano de fundo onde ficará cada boneco;
-
• produção dos bonecos - três bonecos grandes feitos com
roupas e enchimento de espuma e cabeça com técnica de '
empapelamento sobre bexiga;
O
Para que Projeto possa se concretizar é fundamental que 0
professor: '

• conheça · s I
1
. preVIamente o conteúdo a ser estudado com ª
cnan~as - Pesquisar na internet, em livros e revistas de
coJeçoes, realizar 1 .t . .
ei uras, ouvir CDs e assistir a DVDs,
• selecione textos e . . 185
crian matenais a serem pesquisados pe
ças e os textos q - . ro--
fessor· ue serao hdos em voz alta pelo P
'
• Planeie a d
J s ro as de audi - . e as
letras das can - Çao, leitura e de conversa sobr .
Çoes - selec10
· d,.. nc13,
fazer cópias d 1 nar músicas com antece e Boneco Dorival Caymmi Boneco Noel Rosa .
as etras da _ Fonte; Arquivo pessoal da autora Fonte; Arquivo pessoa1 da autora · ,

s cançoes para todos;


..
7G
/ 1_; 1 11 1 -· .. - '

Bibliografia utilizada 77

CAYMMI, Stella. Dorival Caymmi _


lo: Eclitora 34, 200l. - 0 mar e o tempo. Sao Pau-
• 'e
• •,
'
-
'- P
DINIIZ,CAndré. Noel Rosa- o Poeta do samba e da cidade. São
.

au o: asa da Palavra, 2010.

• DINIZ, André;
Moderna, 2008 .DINIZ, Juliana. Adorinan Barbosa. São Paulo:

• ••
1
~

.
DINIZ,
2008 . André; DINIZ, Juliana. Noel Rosa. São Paulo: Moderna,
'
'' •
' '
• FOLHA DE SÃO PAULO. Adoniran Barbosa. São Paulo: Folha

- ''
de São Paulo, 2010. (Coleção raízes da música popular brasileira.)

l
'
.., ... •
_. FOLHA DE SÃO PAULO. Dorival Caymmi. São Paulo: Folha de
1 São Paulo, 2010. (Coleção raízes da música popular brasileira.)
FOLHA DE SÃO PAULO. Noel Rosa. São Paulo: Folha de São
••
Paulo, 2010. (Coleção raízes da música popular brasileira.)

Vinil

Boneco Adoniram Barbosa Coleção Nova história da música popular brasileira. Abril Cultu-
Fonte: Arquivo pessoal da autora ral, RCA. 1976.

. DORIVAL CAYMMI. Abril Cultural - RCA. 1976



I\fateriais necessários
ADONIRAN BARBOSA/PAULO VANZOLINI. Abril Cultural- RCA.
1976
' • aparelho toca-CD;
NOEL ROSA. Abril Cultui·al - RCA. 1976
' • gravador;
1
• CDs com músicas dos compositores e letras das canções; CDs
• • livros e so1zgbooks para pesquisa; FOLHA DE SÃO PAULO. Adoniran Barbosa. Coleção raízes da
musica
, . popular bras il eira.
. São Paulo: Folha de São Paulo, 2010.
• roupas e acessórios (chapéus, cachecol, cinto, gravata) ve-
1 FOLHA DE SÃO PAULO. Dorival Caymmi. Coleção raízes da
lhos ou en prestados e espuma para a produção dos bonecos;
. São Paulo: Folha de São Paulo, 2010.
música popular brasi.1eira. , .
• bexigas, papel-jornal, tinta guache Pincéis papel pardo ou - O PAULO Noel Rosa Coleção i·aízes da n1usica
c1·aJt, fita-crep e _ par d _ ' ' de
DE ~A- s-ao P;ulo·· Folha de São .Paulo, 2010.
FOLHA brasileira.
. _
fu11do/cenario. ª a Pro uçao dos bonecos e do pan 0 popular
_ MP B . R'io de Janeiro: Editora Globo, 1997.
GLOBO. Coleçao
-
78
m,.,.,,,,:pos par a a leitu r a - M odalidadcç origa 1,,;..,, t ·
, u " ,, ~· 1 <-<-<l, l?Ja.<;

Etapas prováveis: 79

Levantar os conhecim , .
t oes
- a serem pesquisadas.entos PreVJos das crianças e das ques-
'
\
!
Organizar a turma em b
1

,,, "- ,!
.l :
J •• ' sa nos livros.
. su grupos menores para fazer a pesqui-
l
, ,,
t
Elaborar perguntas para nortear a busca de infonnações.
[.-1..-i-.---'~•--· ::_-
s - - - - - -_,,..

' ~ 1uno K'm


Desenho produzido p~lo ' , após o projeto "Três compositores" Procurar, em livros especializados e ricos em imagens, as in-
Fonte: Kim Sarkovas 5. F1gue1redo
formações
• que buscam saber, determinadas em discussões ante-
r1ores.

Projeto 2 - Mergulhando no universo marinho . Registrar as respostas às indagações do grupo.

Realizado na Creche Casa da Criança, Ermehno Matarazzo, São Comunicar o resultado da pesquisa, apoiado nos registros e
livros, ao grupo.
Paulo_ SP, Instituto Avisa Lá.

Projeto retirado do livro Ci ê1i ci a, arte e J·ogo. Organizar passeios para ampliar os conhecimentos sobre o as-
sunto; levar questões que precisam ser pesquisadas i n loco , pro-
Autora: Adriana Klisys por a coleta de materiais para a pesquisa na sala.

Eixo de Trabalho: Natureza e Sociedade e Língua Portuguesa Sistematizar as infonnações em fichas de consulta disponíveis
na coleção.
Conteúdos:
Orientações didáticas:
• seres vivos ( espécies marinhas);
• montar uma pequena biblioteca especializada sobre o as-
• leitura de texto informativo.
sunto em questão para pesquisas do grupo. Todos poderão
Tempo de duração: quatro a cinco meses. estar empenhados na montagem desse acervo;

• separar, na sala de aula, um painel no qual as ~rianças pos-


Objetivo compartilhado com as crianças: Montar uma coleção
sam ir fL~ando infor111ações sobre o estudo. E importante
~e espécies marinhas in vitro para a creche e um arquivo fichá-
n o para consultas. que a sala comece a ganhar a cara do projeto, co:11 produ-
ções das crianças e cartazes ilustrativosfmformat1\-os;
Objetiv·os didáticos:
• dispor de um mapa-múndi para localizar o lo_cal ?~ origem
• apresentar alguns nh ari-- e trajetória das baleias, golfinhos e outros arnn1a1s~
nhas· co eciment os sobre espécies rn
' • orgaruzar
. grupos de pesquisa de tal fomi.a que todas as
• socializar proceclirn . - de crianças participem;
.uuonnaçoes~
i nr _ en tos Para a busca e sistemanzaçao
• .
selecionar o mat&iaJ previamente criando condições
- para
·
.
que as cnanças f;ªçam a pesquisa com aut-0noITUa, p or m eio

... --· - -'


, . , . ., , , , ,,~,/', ''l//1 ( Jf / f,,' "\ ,f
" I -., fJI'.- 1 ,,.,

IJE J3ECKJ-:U, G, O mundo fascinante dog anímaic, - peixe1,_


SãrJ f J(,luL:,: (;iras~:~,J, 2fJfJ8,
• IJJJliitEl.1fJ, (,., Naf/uralfsta am.ado.r; um g.aia prático a<, mon-
dr> d.a nature7~.. SâJJ IJat1l,J: Jlartira~; f i'Jnt~, 1~~~3-

• (;A ,ERI, A. Atlas dos ocean1Js, São PaAJ)o; ,,faním For1V;-':,


1~)[) 4,

GANERI, A; \Vo<Jk, . Jakkí, Mares e oeean.os. São Pa11l<J: r_;alli.s,


199(;,

GJ~NOFRE, (j, A estrela-do-mar; Ágc1a-viva; Ouriço-do-mar;


• OR coraiR; A eRponjardo-mar; As algas. São Paulo: ITD, 1996,
( Cole<;â<) Viela Marinha,)

GENOFRE, G. Siri e o caranguejo; O polvo; O caramujo-


-marinho; O mexilhão; Anêmona, São Paulo: FTD, 1997, (Sé-
ri e Vida no Mar.)

HETZEI.J, B, Rosalina, a baleia pesq11isadora de homens. São


Paulo: Brinque-Book, 2004.
• a f':aJízar f)rocedi1r1<:nto 0 C<Jirlo f 1 . ,. _
<i 0 1)SPJ vaça , ... _

1
1
(~ ;1 exp<~i-·,r11e11t,1râ<) <•.u,) 111
.l . • -
1' - 8 JJerrn1tarrt J .
o, a ver111caçao STEENE, R. Oceanic Wilderness. Londres: New Holand Publi-
' ' .,
post11ra <J c r1e.sc~1Jjsad 0r; ( esenvolver uma sl1er, 2007.
• ;1 se intere~sar por s;ib<~r filais 8
01
>re O mu nd o que as cerca·
' '
• a l'eeJal)()rar suas próprias teor· r ,

t . ias, reorga ·
/l l (:CJJll ClllOS prévios e sístemat· llIZando seus co-
. iza11do-os l
tras crianças possam aprender com e e forma que ou-
pe la turnia. o material Produzido
/12lerações: c01n ol i.. _
......--
·)
' (;(JS de~ pa ra a Leitu ra - Afodalídades organízati vrLci
fe1f1.Pos
83
Filmes .
PrOJ eto 3 - De casa para creche da crech
' e para casa
Atlantis - um mundo além das palal'Tas Projeto realizado na Creche C~<;a d C .
Luc Besson documentário, França, 1991 · S - p. u1 S . ª
r-iança , Ermelino Mataraz-
zo, ao a o - P. Instituto 11-v -isa Lá .
As grandes baleias (National Geografic Vide o) Autora: Sil\ ana Augusto
1

Nicolas ~oxon. documentárior EU_.\1 1983. ,


Area de conhecimento: Língua Portuguesa e socialização _ um
As jóias do mar do Caribe projeto para a adaptação.
~atíonaI Geograficr docm11entário Inglaterra, 1996.
Te mpo previs to: dois meses.
Fernando de Noronha - 50-0 an-o s
Faixa etária: crianças de tri!S anos.
CTárrdío Sa"·agetr doc1.Ililentárío, Brasil, 1998.
Objetivos :
Imensidão ..\znl
.
Lac B~r17" - ~~1a.. IT_.\.'Fran ~-a./Itálía1 1988. (_;<JrnpartílttarJr, c;cJm a~ <:ríanc;cL<;: . f <>nt,,r ,1rr1 livrf> ,lc: r;a,J,1
lir.,bíi: Diek c;riar1r; a ~ 11m r;IJ cJo grur;,, f;<,1r1 JJr>r;~,iac.; f : l,íst.6ri'-c· <líl!, 1nães.
f)írJátí<:íJ5:

• af)í f-:S ';ntar c:ríanr;ar; f; farnfliarj J>ílííJ f;!)!:, : r,r,vc, gn1p<>: <ltJ(!Jrt
s;i,, e r.:cJrn,1 .,ã,,;
• ín::,:rír a5 farr1fJía.c· nr, r:,,n rJ;1 ,;r(:c:}tl! ÍífZ{.!ft(J ,, .. a:; JJar-
f; XllJ
tir.:ípar cJ() r,r:ri<J(j(J <lf.. tld<iJJ~'lr;ãr, p,_:);1 r,r,,r,,,, 1;t ~,l11c~:1tiv;1:
faz,:r a cultura, ~, írtf<>rrrtar;ô1::; L',t)rt! (J 1,1111l<J,, ,: 'J r:,,r,h'!c;i-
m :nto pro<J11zí,Jo r~ (.:f (:,:t1,! ,:l1~g;Jr,:r11 }jtf: ;J<, f;1rnfli;1t,, 110r
ín r::rrnf;<JíQ (!a<, <.:ría11r;a(;;

• apoiar t'tiartça:J ~ farrúlí~ r1'!~ j,, r,1,1n1.: r1r1J ,Jífí,~il q11•1 f:


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.
,i11A . - J)ara ,~rr;. ,:t l'-, dt>
v1rao . . fc' n11·1" <jll''... a·, ,;ritill'',l'>
' 1,c1:-;sa11t
.. •t 1 rJr c•1J<• r(>cetj{'lll algtJ-
J)artí<:ÍJlar c)tl.5 ,J,!c;í 'J'!:-;, <1 ' .;:Jt ~~ r, i ~ ·
11 1 ~
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e eles \ rc 11l1tm1 e volten1 11a n1oci
escola ; é i111port:111I q11 lila , 5 Pesquisar
, . com as famílias q uem Cc>nhecer um pouco mais do uni-
t <lrf <1s o rli:1s; tem o ha 6 ito de contar histórias
. poesias paré1 todo n1u11do (Pode ou ler algo para 05 filhos. Mar- verso das famílias, socializar co-
te cop1~1r :ts '- ser nhecimentos.
• e' i111µ ort éUl . lào esquecei· de dai· as 1·eferêi1c· car um _horário ~a saída para que
. g :1f·tdo) 111as I tas· uma mae ou pai possa vir na cre-
1111111eo r, ' . ~. de oitde foi retirado. As cr·ianças ta ·
#t Ic1 ·111t or 11,i o rn. che contar para as outras crianças
ti tt ~ ( . ' t r essas referencias, não podemos dei" a história que sabe contar para 0
1
1)011 1 J)rec1sa11 e ' ¼ar fi Iho.
de i11for111á-Ias;
6 Ler poesias na roda; marcar o Inserir um novo gênero no coti-
• é preciso firmar constância para que o gru~o se aproprie
canto desses Iivros com a col- diano, diferente das histórias, que
tanto da estrutura desse texto quanto da rotma de atiVida. cha de retalhos. Cada nova poe- devem ser atividades permanen-
des da creclle. Isso ajuda a esclarecer o papel da creche e sia deve ser copiada para todas tes. Promover a ampliação deste
as crianças; fazer um livro para repertório, que as crianças pos-
dos alunos. cada um, que vai e vem de casa sam se familiarizar com as poe-
para creche todos os dias. Isso é sias e que possam apresentá-las
importante para que as famílias em casa, que saibam onde estão
possam ler para os filhos. as poesias de que gostam, que
Sequê11cia pre,rista:
possam fazer antecipação de sig-
nificados.
''
Atividade O que a professora quer...
7 A roda de leitura de poesia deve Garantir sistematização da ativi-
\ 1 Confeccionar crachás para todas Apresentar todo o grupo, garantir
as crianças, escrevendo os no- que sejam sempre chamados pelo
ser diária, nem que as crianças fi- dade; é preciso insistir em muitos
quem pouco tempo.
,. .
momentos, ter constanc1a para

mes com letras grandes. Colocar nome para facilitar a memoriza- que o grupo possa se apropriar
-
nomes também nos cabides para çao. tanto da estrutura do texto quanto
identificar o espaço de cada um. da própria organização da ativi-
dade na creche.
2 Pedir que cada mãe traga meio Inserir as famílias no trabalho da
metro de tecido para confeccio- creche, dividir com as crianças 8 Convidar algumas mães para Introduzir as famílias no trabalho
nar almofadas para a roda. Re- as tarefas do grupo, cuidar que vir, uma por vez, no final do dia, da creche, socializar conheci-
~erva~ . pequenos retalhos para os materiais das crianças sejam ler e gravar uma poesia para o fi- mentos, promover o convívio de
1dent1f1cação dos cabides junto todos identificados, que cada um lho ouvir na creche. famílias e crianças por meio do
com os nomes. Convidar uma ou tenha suas coisas e saiba onde conhecimento, esclarecendo o
duas mães para vir à creche aju- pode guardar. papel da creche.
dar ª. costurar as almofadas com
as crianças. Marcar essas visitas 9 Procurar saber se alguma mãe Introduzir as famílias no trabalho,
no calendário. sabe de cor um versinho, uma socializar conhecimentos.
fazerSepararyequenos retalhos para
um Jogo da memória. Que as crianças tenham cada vez
quadrinha popular que queira
contar para o grupo e incluir no
mais oportunidades de jogar com 1ivro.
0 grupo, que se criem motivos
Idem ao 7, incentivar as crianças
para se estar junto. 1 O Combinar poesias surpresa:;
- 0 11 a pedir para os pais lerem, incen-
4 Com o restante do novas poesias que vão par~ : tivar as famílias a atenderem aos
feccionar urna colch ~ano, con- Que a roda de poesia seja iden- vro, mas que a professora nao va1
para marcar o a e retalhos tificada por essa colcha que traz 0 pedidos dos filhos.
da p . ler; as famílias leem em casa e .s
Ver com as criancanto
as 3es1a. um pedaço de cada um. fi Ihos contam na roda como foi,
deria fazer isso ç qual mae pa- quem leu, do que fala etc.
para o grupo.

.
.
86 rerrzpos para a le it1.L1n - Afodaliclades oiya·rii~ativa.s

Familiarizar as crianças corn 87


, . omentos de ler . esse
1
11 Combinar ; marcar o canto tipo de .texto, amp ,ar o repertor ,# • Bibliografia utilizada
conhecido. 10
rod ' olcha de reta-
Poesias .na com
de poesias
ae
- sendo memor1-
· AGUIAR, \ '.; ASSUMPÇÃO S· JACOBY S p . ~ d
lhos. As que estao d , , , . oes1a .1ora a es-
tante. Porto Alegre: Projeto, l 99S.

L
==t~:a~~---------....
lzj~a~da~s~p~od~e:m~s~e~rg~r_"._av~a=-as~.
grupo peque- Idem ao 8.
12 Combinar com o "d ITAÚ CULTURAL. Cadernos de poesia brasileira - poesia
oucos conv1 a- infantil. São Paulo: Itaú Cultural, 1996.
nos saraus para p de fazer
dos por vez·' a turma
b
po
I' hos bisco1-
.
receitas de suco, o In , - LALAU; LAURABEATRIZ. Bem-te-vi e outras poesias. São
tos para rece ber 0 5 pais que vao Paulo: Cia das Letrit1l1as, 1994.
ler e gravar poesias para o grupo
todo ouvir na creche. LAL.AU; LAURABEATRIZ. Fora da gaiola. São Paulo: Cia das
Letrinl1as, 1995.
13 Outras vezes, as mães podem ldern ao 7.
combinar com os filhos unia re- I~ALAU; LAURABEATRIZ. Girassóis. São Paulo: Cia das Letri-
ceita gostosa que o fi Iho ~oste e 11l1as, 1995.
queira dividir con1 os an11gos da
sala para levar no dia en1 que ela
for ler a poesia para o grupo.
Materiais:
14 Ler e cantar poesias do Vinícius Idem ao 7; ampliar repertório.
-Arca de Noé. Combinar com an- uma fita cassete ou CD virgem;
tecedência a visita de um pai que
possa tocar no violão (ou outro cartolina (meia folha para cada cria.nça - para a pt1sta);
instrumento) uma dessas músicas.
papel sul.fite, de preferência colorido (seis folhas r1a1·a cada crian-
15 Marcar um ensaio com todos Idem ao 7 e ao 1O. ça);
os pais disponíveis; escolher re-
pertório de poesias favoritas do canetas coloridas grossas Pilot;
grupo, cantadas ou não.
pano para marcar lugar das poesias.

Ativiclade de finalização
Atividades ocasionais
Atividade São ati,ridades qt1e nao _ estao- d"ire tame nte .ligadas co1n as . pro-
O que a professora quer.•·
- postas trabalha das, 1nas q ue s10 e
valiosas, pois f azen1

sentidopno

Grav~r um CD ou fita cassete de ·tas vezes sao - traz1·ctas pelas próprias crianças. or
faºe:,'.ªs com a participação das Que as famílias deixem uma par·
t ·
momento e mui • grrulde evento espo
rtivo que provoca vá-
m, ias e das crianças. ticipação def as no trabalho dos exemplo, acontece 11m . trarn i11teresse pelo asst1nto. O
filhos, que estejam presentes, re· . , . e ns crianças n10s
presentadas na creche por esse
rios comentar10s ' ' s cri·anças a reportagem que
· rnal e lê para a
lrabalho. professor pega tim JO . 0 grtipo está trabalhando com
- al)ordn tal evento.
d
O11tro exemp1o.
.
ma criança 1eva
um livro de poesia q11e ganhou
, .
contos de fn as e u professor podera abrir esse
·
e q11er 1n111to m
ostráe -
lo ao grupo.

O
com todos. •
espaço para compartill1ar a leitura
.

\

Critérios de escolha de livros para a formação de um


acervo para a Educação Infantil ,
orrI 0 escolher os livros e 011tros suportc!s ele leit11ra parti f<Jr-
._ rr1ar o acervo da escola de J~ducaçã(J Infar1til? O (fLte acJct11írir
e c1uais os critérios? Com certeza a cscolt1a partirá rl() qt1 c cc>r1he-
cernos e do que gostamos. Mas não poclcmos apresentar à8 cría11-
c;as somente o qt1e gostamos e, corn certeza, l1á urrIa i111inifJadu
ele livros que não cont1ecemos. A escola precisa levc1r err, co11ta
a diversiclade, para que o público atendido tcnt1a a crt,1r1ce de
escolher o que quer ler. Vejamos algumas sugestões que podem
auxiliar nessa busca pelos livros:
1. Selecionar livros que per111itam o contato com os mais clife-
rentes gêneros da literatura.
"" .
Eles serão apresentados pela escola ao Jongo da permar1enc1a
da criança na Educação Infantil para a ampliação do universo
cultu1. al e literário:

• poesias;
_ oral· parlendas, adivir1has, trava-línguas,
• textos ele tra diça 0 · • l d .
. d 'nhas contos maravilhosos, mitos e en as,
cantigas, qua n ,
• fábulas;
• cor1tos modernos.
~ - - - · v v li(, Ollios
c4! lei, ros para os ternpos de leitura
..
'J'B111,Pe
90
. boa qualidade de texto. 91
2. Selecionar l1vros com com histórias contadas pelo . .
boa 11istói•ia? Ao esc1·eve1· o texto O a -primas da literatura com épovo origmando verdadeiras obras-
1 . ten1 u1na Utor , ' 0 o caso de Ch ·
O 1v1·0 ? Como O autor escreve? Ao ler a histó . Os três porquinhos B apeuzinho Vermelho,
. pela beleza. tia ' ranca de Neve e os S t A -
pr1moti texto é ben1 escrito, sem infantUi Entretanto as histórias d . _ · e e noes e outros.
é reciso observar se O . . zar a ' e tracl1çao oral f .
P b timai1 cto a capacidade da criança, se há muitos outros autores, tomando po b orarr1_ re:scr1ta~ por
Ji11guagem, su es · . b U1l) • . É. r ase a comp1laçao realizada
bom enre do co1 n uin desfecho interessante, elas descriç . .
oes, pelos pr1rne1ros. importante verificar . 1·ct d .
a qua 1 a e do texto. Mm-
deta111es importantes etc. tos destes, ao serem reescritos são ta~o d ·ct
. , re uz1 os que perdem
sua riqueza.

Por exemplo, vejamos o primeiro parágrafo da história Branca


Para qualidade em literatura entendo exatamente a mes- de Neve, retirado do livro Contos de Fadas dos Irmãos Grimm
ma coisa para qualquer idade: riqueza de forma e riqueza com tradução de Celso M. Paciornik, editado pela Iluminuras: '
de conteúdo. Especificando minimamente: texto inventivo,
não linear, conteúdo vertical; pluralidade de interpretações
possíveis, vários níveis de leitura; densidade; aderência. No meio do inverno, quando a neve caía em grandes flo-
Da literatura não fazem parte: o lugar comum, a frase feita, cos, uma certa rainha sentava-se trabalhando ao lado de
a história previsível, a linguagem infantilizante, a função uma janela com um lindo caixilho de ébano negro, edis-
didático-moralizante. (COLASANTI, 2005) traída que estava admirando a neve, espetou o dedo e dei-
xou cair três gotas de sangue. Ela olhou, então, pensativa-
mente para as gostas vermelhas que salpicaram a alvura da
3. Livros de autores de reconhecido valor. neve e disse: 'Gostaria que minha filha fosse branca como
a neve, vermelha como o sangue e negra como a moldura
• Ruth Rocha, Tatiana Belinky, Eva Furnari, Marina Colasanti, de ébano da janela!' E assim a garotinha nasceu: sua pele
Ricardo Azevedo, Ziraldo, Sílvia Orthof Sidónio Muralha, 'i era branca como a neve, suas faces rosadas como o sangue
C ili M · '
d ec ª eireles, Angela Lago, Pedro Bandeira são alguns l e seu cabelo negro como o ébano; e ela foi chamada Bran-
os autores consagrados que fazem parte do time de escri- 1 ca de Neve.
t~res que compõem a obra literária brasileira muito apre- 1
c1ada pelas crianças (e pelos adultos também). Mas essa rainha morreu e o rei logo se casou com outra
mulher que era muito formosa, mas tão orgulhosa que ~ão
podia suportar a ideia de que alguém pudesse sup~ra-la
Se você não os conhe . .. em beleza. Ela possuía um espelho mágico onde se mirava,
tores que têm ce, procure 1nfor1nações sobre os escfl
suas obras volt d !..-.for-- dizendo:
mações na intemet, na b' . ª as para as crianças. Busque uu' _
sor de Língua Port ibl1oteca de sua cidade com um profes
uguesa e L1·t ' ·tor Espelho, espelho meu!
voraz. Muitos d eratura ou mesmo com um leI
esses autores t " . bre
suas obras e espac· em sites com infarmações so
~os Para come t; . Haverá no mundo
_
Innaos Grirnm p n anos das crianças.
R ' errault ftal 0 e • ílVͺ Alguém mais bela do que eu.
7''
omero são alguns n ' alVIno, Câmara Cascudo, S
ornes de e . bra.s • •

sentares que organizara~ 0


- 0 da mesrr1a
a 1 u~ Lu 11c1~
tra \,ers" p f. 93
\ ejamos agora ou or im, os ovos come
d 1•zen d o um apo's çaram a se ab. rir:
. "p·iu ... piu " ,·a
o outro A •·· m
vivas e iam pondo s . s gemas dos ovos tinham ficado
uma princesa de cabelos negros co uas cabeças pra fora da casca.
~sranca de ne\re era
como a neve e a
l 'bº
10s vermelhos co
mo
a noite, pele branca mo
orava com sua madrasta que era uma rainh
0 sangue. EI a m . a Agora vamos ler outra versão:
maÍ\'ada e muito vaidosa.

Todos os dias a rainha se dirigia a seu espelho mágico e


perguntava: "Certa vez, há muito t empo, num terreiro cheio de bichos
e de plantas, Dona Pata chocava sua ninhada . U m d.1a co-
_ Espelho, espelho meu, existe alguém mais bonita do que
meçaram
. a quebrar os ovos·
· Créc C ., , E
, rec. um a um, os
eu?" patinhos foram saindo."

Qual das duas você prefere? Em qual delas há mais beleza, mais
atenção com as pala\rras - já que a literatura é a arte da palavra? Em qual das duas há maior intenção em nos enovelar, em nos
envolver simplesmente neste início de história? Em qual das duas
Temos outro exemplo, desta \1ez um trecho da história opa- há mais possibilidade para a fruição?
ti11ho feio, do li,To Os 1nai.s belos conto.s de Andersen-Marcos
~~lafíEi e Silke L-effer - Ed. Salamandra. Ao ler esses exemplos, você até pode achar que eles são muito
disparatados, mas os textos que encontramos muitas vezes têm
esse nível de diferença.

Era verão e estava tão bonito lá no campo, com a aveia ainda Muitas pessoas podem se perguntar se o texto mais rebusca-
\rerde,
r •
mas o trigo já ficando amarelo e sobre a relva os
I I I
do não seria adequado para as crianças do ensino fundamental,
reixes do feno recém-cortado, e as cegonhas andando com enquanto os mais simples apropriados para as crianças da Educa-
:u_as l~ngas pernas vermelhas e falando egípcio, pois essa ção Infantil. E mais uma vez defendemos a concepção de criança
101
ª lingua que aprenderam com suas mães. Em volta do como aquela que é capaz de aprender, que tem o direito de e_star
campo havia florestas, e nelas se escondiam lagos de todos em contato com boas propostas, materiais de qualidade, em con-
os tamanhos. Sim! O campo estava realmente adorável! tato com a cultura, aprendendo com ela e a transfo11rtando. Não
podemos subestimar as capacidades das crianças, de observação,
O velho castelo fruição, compreensão e tantas outras. Quanto mais ~ferecemos
' com um fosso profundo em volta, estava
enso 1arado. Entre a . a elas mais chances lhe daremos para se tornarem leitores com-
est ·t d s muralhas e o fosso havia uma faixa '
re1 a e terra cob 1 petentes.
que uma - erta por uma folhagem alta, tão a ta
criança podia t· d ,, . . ..
ginar perdida no . icar e pe debaixo dela e se una
ninho. Estava h meio da selva. Ali uma pata fizera setJ 4. Qualidade da ilustração e do projeto gráfico.
e ocando s ·da livros para crianças, muitas vezes pe~a-
porque estava d eus ovos, e um pouco aborreci ,
.. , emorando • / · ha Quando pensamos em muitas imagens coloridas. Mas qual
v1s1ta-la. As O t muito e quase ninguem vin
, u ras patas f . / f. ar mos em livr~s ilustr~dos co_m os? Antigamente as imagens tinham
tofocando sob f Ih pre erram ir nadar a vir la ,e a função da ilustraçao nos livr ·
a o agem.

-
.,,
Interações: com olhos
de~ para os te rn1,os ele lrit ll r ct
re111,pe ros
94 95
.
. explicativa. Sabemos Que já {
. d corat1va ou . t ç ai . variadas: aquarela, giz pastel llanqu·un
função mais e un·agem e texto - Jun os - J.Oflllarn 1 . , , cc,1agem com papel, co-
uma dou e que . p a l~gei_n com _tecido bordado, massinha, desenho com sombreado,
tempo que isso mu. - verdadeiras obras-pnrnas.1 Ortanto J
tecnicas mi 5las, em Preto e branco, coloridas, em tons de uma
bra livro. Muitos livro~ saoà rianças é preciso incluir no Plan '
o ostra-los s e ' e. mesma cor, corn foto grafia e tantas e tantas formas que enchem
não basta apenas m b. etivo de aprimor·ar o olhar.
jamento atividades com o o ~ 11ossos oll1os e 111cnt es con1 beleza e sensil>ilidacle.

Toda imagern tem un1êl hi sté)ria para contar. Essa é a natu-


reza narrativa da imagem. Suéls figL1rações e até mesmo for-
- mas alJstrêltils abrem es11a~·o rara o J)ensamento elalJorar,
f al1ular e fanta siar. ('FITTll)ALDI, 2008)

Escrit a e im,1gcn1 s5cl C(1r11par1l1eirJs ,,o ato de contar t,istó-


ria s. (FITTI PALO 1, 2()08)

'
.. É pre<.:iso ter cuidad o para nào valorizarmos apena~ as ilust:a-
/ çües co,n O mes,no tipo de traçado, desc111lr~s estereot1p'.1d~s c m-
fantiliza clos. Au o b sf~r,,ar111()S 11rt1 clc~sc~11l10 cl1f<~rr 11t.c, 111111las \ 1c zes
achamos fe io ou estra1tl10, r11,1s é tllll~11fi<J t~staill<JS :1ccJst.11111nclo8 él
olhar o diferente. O diferente do qu e estamos ~ial>1t11ndos a oll~ar
ta1nbé m pod e ser belo. E isso J)rcc;isn sc)r e 11s111t1cl o J)(1 r tl ós. \ a-
• mos olhar e aprender a ver el e t1111 jc~il<> ttovcJ?
' - . -,.,.

1

-

... -
fonte: ~\au ríc. io SJnúlc-r i\1udrik

As crianças pet1t1enr1s são mt1ito curiosas e observadora5, na


e
maioria das vez!:'s enxergam o que, para os adultos, passa ctesper· •

cebido. Não podemos deixar que essa percepção aguçada se per· I .~

ca. Ao contr;irio. precisan1os de inte11cionalidade para o tral>nlhO •

com_~s imagens e cada vez mais abrir espaço para obscrvá-l~S'. • •


falai sobre as se 11 s,tço~ . • ari1 co
. e es C se11tu11erttos que e lélS 110S catlS · '
11.hecer o trab,11110 dos il t d cios e
. .
suas tecn1cas. · lls ra ores, co1npree11der seus traça •

' -
Podemos um dia po . cofll lnhJ ,,,> ,. l o PJulo: Brlnrtllt'bnok, 1995 .
. 1,1. Sl
l(ll)O . Jl ru .1 \"t•nh.1 ,1 m
.
11vros .1 ' r exemplo, fazer um mar ele l1ist611 a5 "
1ustraclos por dif ·ct1S f onte•: DRU F' Ar<Jen. ln: n, UJt1,
erentes desenhistas/artistas, co1n t écrll · f) . 27-28.

'
J(l f u. v .., , ., . . •
eras I
rurrzP
9G . também pode ser um Clitér· 6. Selecionar material com textos infonnativos.
d um liVf O ,, . lo
O proJe . to gráfico e ,.
leciona-1o. . Há livros bel1ssunos com dobr a.
decisivo na hora?~ se ualidade, capa dura, propostas criativas Enciclopédias, almanaques, revistas, jornais. f; fundamental
· papel de otuna q _ s desenhos na numeração d que o professor considere a procedência do rnatcrial, se ele foi
dt1ras, ' d 5 iltistraçoe , . _ as
as rnolduras ª ns livros as 1lustraçoes ocupam produzido recentemente (as informações n1udam constanten,cn-
para 1 tra Em a gu 1 ·1 . ''l
áginas tipo de e · recem como uma 1 ummura _ u"' te), a qualidade das fotos e outros tipos de irnagcm, conto esque-
P , outros apa •11
mas e ilustrações e a presença de títulos, subtítulos e legendas,
duas páginas, em . ·epresentava figuras, flores e enfei.
. colorida que r ,. . AI ·1 que auxiliam as crianças r1a localização de lr1forrr1ac;ões ao rcali-
tipo de pintura . da Idade Media. gumas 1 ustrações
. ma11uscr1tos •
zaren1 as pesquisas.
tes nos ]lvros e , . a e terminam no verso, outras vezes
frente da pagin
começan1 na d t 111 e ampliado em vez da cena toda. Pá.
enas t1m e a
mostram ap recorte, um papel transparente, o próprio 7. Li?J?,.o.c:; qu,e irão contribtli?" com o jogo ,si 1n,IJ<5lir.o <Ji 1, ~
fr1,z ele
. vazadas com um . . d
gmas nh do livro, enfi1n, os mais varia os projetos conta - que apresenlarri fi ist6ric1.s fJU,(J fcila?'rt:
1

formato e o tama . o
gráficos. • de mar - com submarinos, navios e set1s r>iratas, i1ni111rtis e
.
Há livros para os bebês q11 e são de plástico, ap1~opriados
. para
. 0 rnonstros marinhos;
.. banho, outros ele tec ido ou com grarnatura
. do papel
. d1ferenc1acia,
.
• d e diferentes c11lturas in(lígenas e as florestas cc)tn 8\lét
. r,1,1 -
.
que of erecem maior resistência. ·. Muitos funcionam .como br111- na e flora, além das personager1s corr1O sa(:i, ct1r11r>1ré1, éftl-
que do e tam be'm acabam perm1t1ndo
· que os pequeninos apren-
pora, mula sem cabeça;
dama 1na11useá-los.
• de castelos - co1n cavaleiros, arqueiros, fJrí11ci11cs e 1>ri11c;e-
sas, reis e r~1inhas;
5. Boas obras adaptaclas.
• ele dir1ossauros e seti h,abital;
Hoje em dia temos várias obras consagradas que foram adap- • de fadas, bruxas, duencles, gr1or11Os, 111,1gos;
tadas para leitores com competências diversas, considerando
o tipo de li11guagem usado pelo a11tor no contexto histórico • de ctese1·tos, tendas, slieiks e ca,1nclos;
en1 que se enco11trava. A intenção é que os leitores possam ter . ó,s, iglus , peixes ' focas, l)aleit1s;
• de polos, esqt11m
acesso a tais obras, conhecenclo se11s er1redos, e q11e, a par·tir do
rnon1ento ern que tenham mais experiência leitora, possam _ler • de det1ses e semideuses con1 set18 do11s;
0
original. Un1 exemplo é a leitura de Odisseia. Se for ofei·ecida " . s eru. eclos e JJers.. Ofl'\ger\S
(, , rcnis Oll Tlfl(),

élos pequenos em s11a versão original, causará estranl1eza e de- Enfin1, iI1(11ne1,os cenc.tflO ' .i st lll\\ CS e HittltlÇÕCS Q\le,
eios de ,,1c a, co ' ·
sinteresse devido à linguagem rebuscada. Entretanto, em urn_a abordando culturas, m- . ertório das brincadeiras infant1s.
com certeza, alimentarao o t ep .
adaptação de Ruth Rocha, as crianças mostram grande envolVI·
n1ento durante a leitura. Mas atenção: há boas adaptações e ou~
tras que verdadeiramente modificam o conteúdo da história e' . ,, . om ?"epet'ições.
reduzem a uma narrativa empobrecida de detalhes importante~~
8. Histor1as e · . t s relacionados no
b rdnn1 os assu11 ,o . l
qbt1e ac~b~rn ficando sem sentido e muito distantes da belezn d, Além das histórias que a o ' • e de seu carinho especia
o ra or1g111al. . bem peqt1e11,ts . ·11'•1 csst1
cotidiano das crianças. , . e ruzen1 rntnto sucesso p, ,• . .
. .
pelos a111ma1s, ot1t1·as
' l11stor1ns qu .
ei1tan1 repetJÇ ões de ce11ns, tr(1ses,
faixa etária são as que apres . - · ·.

- . ~

. ,, .. '
l n e1uções-. co>n Of.h
'-Os~ ffOS para os l e11l pos de leilii ra
-~
re1;rP6
. _ uenas canções e twnbén1 as histórias ac 11 ,....1 • orga nize feira de 1 99
\ erso~. peq .- ..... , uJar. roca de l r ros·
. . " rem mesmo fato, apenas , ao aumentando a q l\~
I

t que n:: pe O . . . Uanu . • to n1 IJe e e Ias si fiqu e 1t\


· ro~ CD
de de personagens). Temos aqw dois exemplos. d;i. .
cr1an c<1s s e D\'O-- pro.duz ido pela~
' :, -,· -,
• Os três porquinhos - ..\ cena do lobo soprando Para d
bar uma casa aparece mais de un1a \·ez, além da fr ase• erru~
''V
• orga nize Cê1mpanhas 1
, 1
_
ce doaçao d 1·
t1tt1 os l e oibi s·,
b e ivros fcom ind,· caçao
- de
inspirar, \llU soprar e sua casa derrubar!" Fácil de · oU
. . d merno.
zar, de repenr, e que ena gran e e:xl)ectativa. 11- • a dq u i ra Ii,,rO s, gi l) i s e re\' .1 tas en1 seho~ ·
,

• O Caso do bolinlzo, de Tatiana Belink11 - O Bolinho e • n1onte umél l1 en1eroteca;


mesma
" canção
, a cada encontro com um novo P anta
ersonag a
o ,o, a ,,o, a lebre, o lobo e a raposa: ellt: • adquira, . e organize mate r1.a1.s como ma 5 1
t LI r,st I e os, vícf e O 5 que fa
Ie ni 5obre a n .,n1e ais
fJ a · g o bos, guias
1
Eu sou um bolinho, 1,1umano e outros assu nto . , - , p antas, co rpo
s 1ntere~santes;
.. Redondo e fofinho I
De creme recheado • faça ass inatura de 1· orna is e/o u re,,.1stas · I

'
Na manteiga assado. • solicite doações de filmes;
Deixaram-me esfriando

' • solicite (Jublicações a órg5os púl)licos e particulares - ·t
,.;( Mas eu fugi rolando!
I' deles real i z am pu 61"tcaçoes
- mui os
de li\'ros, ca tálooos DVDs
O vô não me pegou,
/ A vó não me pegou, podem ser distribuído_: gratuitamente, mas pa~a i'sso é pr~~~:
'
A lebre não me pegou, preparar LJma carta-ot1cio.
Nem você lobo bobo vai me pegar! Cis_ele ?rtiz, formadora e coordenadora de proj etos do Instituto
O que foi citado acima pod Avisa La, em palestra sobre Leitura ria Eclucação Infanti I proferida
e ser observado em histórias como:A
Casa, S01iolenta· Cach. h e111 Mucuri - BA/2 006.
~ , in os Dourad . O S
~ia-Bruxa venha a • h os, apo Bocarrão· Bru-
' min afesta·' Os tres
" bodes da montanha' etc.
'

. Espaços para ler


A organização dos espaços para as atividades das crianças é um
'
tema que precisa ser tratado com cuidado e conhecimento. A for-
• Facc1 c""l d
'
ma como são organizados os espaços pode oferecer muitas pistas
, . Cl astran1ent o em 1·,to ras e solicite
a/Jrec,acJo·
ec livros prirJ ,,
de corno a atividade acontecerá, como a criança deve se compor-
.; I

tar e qual será a sua participação.


• eC>n1~J re CJ s Iivros d. . :
li eta n1ente ef as As crianças constroem conhecimento por meio das interações.
• pron1 v., f e cc1·,toras e solicite clesconto,·
0 f l estas Ao organizarmos os ambientes temos de pensar não apenas nos
eon1 prcl ci e novoseli.vro
o LI tros even tos PJ ra gerar verba paríl ª ·
espaços físicos, mas também nas interações que eles promovem
• s e re e LI rso . com os materiais e outras crianças, e professor. O que se pretende
promovíl f . s,
< eiras do livro· é que promovam às crianças interações, segurança e autonomia.
I

,,

.
i ......
,,,.
r ~ trrrrtJJtJ.'t rl,r: lr:it11r r1,
O'i JirtYft J.
~ rllPf!1í .
1IJ
1()0 l(JJ
... natureza singular, que as caracte. O canto de leitura na 8ala
ssuem um,, .., d
As crianças po ·t me pensam o munuo e un, ·eit
5 que sen e 1 o
ríza corno sere . ções que estabelecem desde ced
. , rio Nas intera o
muito prop · Ih são próximas e com o meio qu •

ssoas que e e e
com as pe . as revelam seu esforço para co rnpre.
circunda, as cr1anç 1 - •
as d que vivem, as re açoes contr<1 d1tórias
ender o mun o em . d . .
. e, por meio das brin ca. erras, expli citam
ue presenciam
q ,,. -
as conurcoes e d vida a que estã o submetidas
_ e seus
. anseios
e dese1.os." No processo de constru çao de conhecimento
. 1
as
. ças se ut,·1·, za m das mais diferentes linguagens
cr,an . . . e excr-
cem a capacidade que possuem de terem 1de1as e hipóteses
originais sobre aquilo que buscam desv_endar. Nessa _pers- '
-,
.. • •..

.','
. '

- ':\_
#

--------- - -
...

pectiva as crianças constroem o co nhec,mento a p artir das


'

interações que estabelecem com as outras pessoas e com CJ


meio em que vivem. O conhecimento não se co nstitui em ----

.. ,, cópia da realidade, mas sim, fruto de um imenso trabalho


/ de criação, significação e ressignificação. (RCN EI, 1998)
/
/'

Precísarr1<Js planejar tcrr1rJos é cspaçfJS que fJc1·1nítam o desen- - _...


volvímento da autonomia, da tr<J<:a entre os pares, da garantia da •-\
J
'-"~
.
~
r~ / r
- .•

esc:0lha, da aten<;ârJ1 drJ rrt<Jvirr1er1to e rJa valorjzacão dos conhe- f, • ..


'I ...
drne:ntos prévios. As boas situações de aprendizagem são aque- ,. ,
,, -·
;,

,. -- •

las (JU(; são pn~paradas antecipadamente, levando em conta as ,

t<mdíçõi::s das crianças, sern subestirnar suas capacidades, que


gar~ri t.arn 'J ac;i:ssri ª'>S eonht::círn(;ntos mais amplos da realidade -
f r,n tr·: Ar,~uí vc, pl-S~>ill cJa autc,ra
sr;<;Ja.1 (_; r;LJlttJ r,tl.

(J <;õ.r1t<, rJâ saJ• , ✓i a bí,


ª
,

. · · -ª, ar<:;i (:Xt<~rna, <Jet,aixo de urr1a árvore, . : ser ir1centivadas à leítu-


t,Jt(Jt(:C;ô. JJr,rJr·rn q,. ót' t e, Desde pequenas as cnanças precisarn · . ,
11
,,. · .,.Jr nc,s f:sr,a,;cJs para a leitura. Vamos con 1 ] Urn canto de Je1tura na sa18
e _r urn p0ue,J rnaí1, algun<; dr;Jc:s. ra e colocadas err1 contato ccJrn eª· r ·, uitr
.. ~ ue <J espaç-o nau seJa rn J
de a uJa pode ser garant1d<J, rnesmo q
grar1de.
m ~ estartte baÍYÃ, ou em
- J
1vr,1.s em , 11

PocJernos colocar a1guns


l,U l UA
p~rre atJ,_;rta r>ara fren--
, d · , vírados c;üm a '4 ...
alguns caixotes de rna eira rmíta O fácil acesso
t
te , em Cí!Stos ou alg1Jrr ou ro
1
sur,ortc que pe· . •

arJs livros .
..

' •
. •
'',
..

--:L ,, -
1 .. ....

'. .. - ...
I

..
,
.,.. 4


. ..E •

Fonle: Arquivo pessoa] da au ora


--:.--::....----
'.: --
,
-----_, ~.\ necessidade de actssíbilidade aos livros parece ób---ia. m~s
na prática nem sempre acontE:ce_ Os liTTos precisam ~€r Edos_
manuseados, folheados, apreciados, 0 0Sf:1~ados~ Pa._ra qu:: i:::.~
11


aconteça, o acerro destinado às crianças não podr: fic;;.r rrm e2dn
dentro dos ar111ários ou guardado em estantes a!tas. Ele orccisa
-
• - ser colocado perto das crianças, ao alcance delas, para que pn~-
sam buscá-lo com facilidade e autonomia
O espaço deve ter regras de uso muito claras do tipo: g11arrl~F
- o liTTo que retirou da prateleira, arrumar as ah.ttofu~ do ~e.:-
Í'
- - to que esta\-am entre ourras. ~12.s a criança não :prct isa depen-
1

.,
~
-. I• der completamente do adulto p~ra utilizar o canto da là:tlLc. E-
21
acessar os materiais. Se q11iser11tos educar cri&-nÇ2S responsii;- :;-~
comprometidas e autónomas, ternos de apro,e!rar as 8 -u_açÕí:5
que a própria con,i,ência escolar no:> oíerece.
' 11
1
Esse pequeno aceITo de lh1os precisa :::er rrocado co. re?1-
laridade para aarantir a reno.ação dos tírulos, rakcz a cada q_m.n-
zena ou até m~smo mensalmente dep<>,.J1dendo do fluxo de li.ro--
lidos pelo grupo.
:.--~ 1-:____... i n4.l o podet"'ll d?1\11!" os
Há alguns professores que uueJztnen e ,u.. _ -_ ~
• • ..-..ln ffi OUtro5 grupo~ [Ill..h ~-
liTIOS e).l)OStOS porque c:lindelll a S<11<1 co - - ~ l o uc r:~
. d . ~ reo~aruzar·o ..
ída é guardar rudo em caixas e,ª ca. ª . da · dos
\. . _propnos
. . ruu.h"~ _
n o~-
1
leitura.,, muitas vezes contando con a aJU
•. .
1 •
Jritera.ções: com olJ
ios d
r .
eros pa,1a
os tempos de l(?itura
e /~ ren1,p
105
J04
1

l
\.
1

-·- \
--- \

l
o
font e: Arqui vo pessoa l da autora

,, Fonle: Arquivo pessoal da autora


Sugestões para este uso são: tapete de borracha (EVA) ou de
JJ I tecido, um tapete de papelão pintaclo, colado con1 desenhos das
,' .
'
r, 1 • ' o crianças e plastificado ou mesmo algumas esteiras.
) o
,/

Para expor os livros, podemos pendurá-los en1 varal, colocá-


-los em pequenas estantes com as capas \'iradas para frente, ou
em suportes do tipo das sapateiras de teciclo, mas con1 a parte
da frente transparente para que as capas sejam ,ristas. Suge1i-
rnos que as capas dos livros sejan1 posicionadas {Jara frente, pois
~ J •
••
dessa fo1·1t1a chamam muito mais a atenção elos leitores con1 suas
.. . cores, ilustrações interessa11tes e títulos instigantes, em vez das
1 - -

" -,
/

' lombadas, que não têm uma apresentação muito atraente.


)
_J


"""-- ::, Luc x OR"!\-.....- ~~~~-:1
.


AFRlC ANÃ ,
e
..._~~~J oi GE N Ã f t
- ..s . : ~ ~ ~
~~
Fonte: Arqu ivo pessoa I da autora

Se hcJU\'er esparo
almof d ' um tapete (ou algo parecido) com algumas
5
ª as pode-se d ·
gante N- , .. eLxar o canto da leitura ainda mais aconche .

· ao e preciso ter I é
que elas possa ª mofadas para todos o importante
m ser partilh d ' to
f úr utilizarlo o tap t · ~ ª as nos momentos em que o can
. · · e e e as alm0 f d ate,
nal facilmerlte lava'
e
.
ve 1 P OIS p ·
ª as devem ser feitos com J1l .
·c11e-
nízados frequentemen,te. recisam ser lavados, limpos e hib ----
Fonte: Arquivo pessoal da autora


,---
,. ''º• ur
' '[1-.1t I l
, .,o:
,v···
l l HI . 107
O ] 11 l J) (J r l, (l l l Le é g ar rt rl ti r ll 1 .
. ., ., . . ., . n rr1ornento 11a . t·
, Cfltlll Ç<lS f)()S Sain ir élO C..:'tntc) j l . lO Ula para que a
e1Lt1ra 0 ll1 1~
~

- --r' . e ' ( f~ ,1 S
f,

".
' ac1t1 clc C[lJ C ser{1 l1tlo 0 11 ª''U F•l 1
. '1
'
., e c1 1<~ levará
ª a
os l1\ ros, escolher
l
~

! ,... ~
l ,,•' 1
o ace1·vl) prcc:1sa. ser cJiversilic.:aclo· ,. JJ<ra casa. Para isso,

" 1· . poesia c·o11to(.' h. t , .
'
• ,
1--J • " te n1J)or·,111e<.tS, 1vros ele etiriosida 1) J .'.. · . " , 1s or1as cor1-
. . e '-s, e e c1e11c1as d
tes de Jo1·11al, 11assatemJ)Os oi·c·ic , . , e artes, e11car-
' ' ,t
• . Jnar1os revi 5t . .
~- ser 11ma b()a peclirla. Nem todo inund
. "
' as e gib1s l)0de1n
0 gosta de ler a m •
1
t\s c1~1a11ças ten1 o di1·eito ele escolha. esrr a coisa .

1

.. 1

i ..,.
J .

Sala de Leitura 011 biblioteca

Qt1ando u111a i11stituição posstti uma sala de leitura ou biblioteca


ela pode se co~si~erar pri~le~iada, se levarmos em conta qu~
estes espaços sao important1ss1mos para a contribuição do fluxo
..
·,o . . .

de conl1ecin1ento dent1~0 do urliverso educativo.

Estes espaços podem sei· con1parados corno "coração" de uma


' . instituição educativa, se pensarmos que na sala de leitura ou bi-
blioteca estã.o livi·os e 1·ecur·sos pa1·a pron1over conhecimento so-
b1,e as mais dive1·sas á1·eas. Se a olharmos como um local dinâmi-
co, onde pode1110s co11versar sobre o que foi lido, indicar leituras,
apresentai, 11ovos e a11tigos esc1~ito1·es, pesquisar, ouvir leituras
em voz alta, cleclamações e lustórias, divulgar as manifestações
rontt,: Arquivo pessoa l da autora
culturais da região, ela se torna un1 organismo vivo, que pulsa
dentro da escola. É com este oll1a1· que a sala de leitura ou biblio-
Nc>car1to ela Je1·tu ra, po d e1110s colocai~ un1 1nu1·aJ pa1~a anexar- teca c11mprirá o seu papel.
, .
1110s fotos e breves b' . 11g
. . •r
iogrl 1as dos at1to1,es, lista de livros lidos e/ou Assim, temos de pensar· con10 queren10s acolher os usuanos,
prefer1clos pela turma 1. . quais atividades I'ealizarão no espaço e como queremos traba-
. . . ', ecortes de Jor11al ou 1 evistas relacio11ados 1

(1 ,1 1gt1n1 11\rro ou gên . . , .


. . O
ei estudado, comenta1·1os feitos pela turma lha11 com a leitura. Os usuários precisam corlhecer esses espaços,
so bi e as leituras realizad compreender suas normas de funcionamento e o que oferecem.
pais prof as, ou por alunos de outras turmas, dos
' essores e outros funcionários. ·tura nas salas de aula, as
Do mesmo modo que os cantos e e1 d 1
Para incrementarmos ain . d t um canto aconchegante
car ga11cl1os 11as P _.. d da mais esse espaço, é possível colo· salas de leitura ou bibliotecas po em er lt
.111 1J) r o \isar teildas ª1et·es ' garant·mdO a amarração de tecidos para . t . bém podem ter po ro-
com tapetes almofadas, esteiras, mas am .
e: ' es icar barb t . s ' lgwnas cadeiras e mesas
con1 fotos de autore d an es pa1'a pendurar móbiles feito nas, bancos ou pequenas banquetas, a il - facili·ctade para.
s, esenhos da . ns . . •i · ção e vent açao,
que os encai1tam et p s ci·ianças sobre os personage para apoiar os livros, boa 1 umma · E espaços precisam
1 · e. equenas · · ·dos . .d d d títulos sses
co or1dos e contendo di . caixinhas encapadas com teci acessar o acervo e d1vers 1 a e e . · e a pessoa entre e,
?1 b - a Vinhas l 'Jll . , · um co11V1te para qu
s" º oas opçoes pa1, d . 'Par endas e trava-línguas tarnbe ser um convite a leitura, .
a e1xar o e . . por algum motivo, quei1~a voltar.
anta ª111 da mais acolhedor.
• .
~
I ntemçóes: com oli«J r

SàJ:~
. 100
i üS O 1g~mos c1ue a e cola cc1mprou d . t·
. orc1anizar e guardar os li\Tos fa L
. J ;, OIS l\' ro~
ºbli teca precisa º ' vare
Toda b1 ° ..
·cto De 1nodo ge1·al, as grandes bºb
... fácil e rapI · 1 lio
·
E· eIepo1_ c,e un1 nies ganl,o
. , ,
.
u outro Igu 1
11,,ro recebera um nú ,iie ro ci
com o mesrno tít ,
·- ~- numa doação . Cada
.u IrJ
cendo o ace~so , . wu·,-ersais para essa classificação e · e tombo c11terente:
ti}izaI11 codigos orcte.
recas u las de pequeno porte normalrnent . .
. - O acen -o das esco , e Ilào
naçao. . , disso queremos que,.alem dos adulto
é muito extenso~ a1em , . . s, as
r nonua para enco11t1ar os livros que dese· 0Jtél ele entrJ cfa Título
crianças tenl1an1au o Jarn. cjo li\'ro 11 a insti-
Autc)r 1
' .
Uffié: í<J Ob:.
• J.

de
O que precisamos deL'i:ar c!aro aqui é que to!!'os os livros de tLricêlo
, (dJta em
tombo
. ·trn·ça- 0 pública ou pr1\·ada, tendo ou nao sala de leitUr C\Ue o Iivro rece-
~ a ~t1 . a lJerJ o nú mero
ou biblioteca, precisam ser ton1bados, pois deste modo se torna de Lon1bo 1
possível saber quantos e quais livros a escola tem, além de con. 29. -10 . ') 003 ,4rn1azén1 elo Ri cardo 0003
trolar o acen·o. folclore Azevedo

o processo de tombamento pode parecei· trabalhoso, mas é 29 . 10. 1 00 3 Arn1azér11 do Ri cardo 000..l
folclo re Azevedo
muito necessário. Como já foi dito, por meio dele se 1·egistra a
quantidade de li,Tos e}jste11te na escola e pode-se propor Oau- J0.10.2003 , 'ós EvJ Furnari 0003
mento do acervo di,,.ersificando os títulos. O tombamento de,·e 05 .1 1 .2 003 ,\ 'o n1eio ela Ric ~ rcl cJ íl006
ser realizado de acordo com a entrada dos livros na instituição. noite escurJ Aze\ cclo
1

lcln, um pé de
maravilha

19 .11 .2003 ,~ln1anaq ue Rulh Ruth Rocha 0007


Rocha

2 1 .11. ?003 ,4rmazén, do Ricc1rdo 0008


folclore Azevedo

ejarnos alguns exemr los de como isso rJocle ser fe ito. \/a mos
\1

SUJJOr que a escola possua 90 liv ros qu e ai ncia não recelJeram o


Ca so o li v ro seja extraviado ou dani fi cado, é preciso dar baixa
número de tombo. Serao anotc1cJos os 90 títu los em um caderno
11 0 cadern o o u arqui vo de tomban1ento:
ou nun7 arqui\10 ele computaclor, e para cada u111 de les será clado
um número. Assim : 0006 Livre>
Rict1 rdo
- 05. 11 .2003 1\Jo n1eio dJ cxcluídc> do
noite escura Azevedo
0cervo en1
Data de entrada Título Autor N úmero Qbs. te,n tirn pé ele ~0.07 .7 0 11
do livro na insti- ele n1aravi/hJ
tuição rdata eni ton1IJ0 0()07
que o li\'rc) rece- Ru th Rocha
19.11. 2003 r\lr11anc1c1ue Rut/7
~)erá o nún1cro Rc)c/1J
ele ton1brJ1 0008
__.., Ricardo
20.1 0.2003
27 .11. 2003 Armazér11 do Azeveclo
,!\ operaç)j o cio
Tatiana Beli11ky 0001 (o /e/ore
tjo Onofre
~
m
20. l 0.200J
Sete históric1s
AngelJ Lago 0002
parJ sact1dir o
í:SC/ L1eleto ·,
fot,' mçõ,_, con1 0 u10
~ de '-:
~ rns JX77-n
o.s tempos de lei tum
.... ,. n-,~11("
111
. _ ,-,)do 11a lisragen1 é colocado no ,~ Cor
rr 1 rt 111 11 , , "er~ Género ou área d
o 111
n1e:n1 t 1 n
1
. '" , nin•1 co 111 o carin1bo do nome
1ri111e1rn pa.. . ( · _
da ~
esc0 Verr11elho e an1arelo poesra
. o conhecimento
J.1 (' .. J1:l ('ll } n:l 1· d } ·t ll,-ri Ta111bé111 de,rerao sei· carirnb .
- :113 e e1 l l.•• ªdas .Ull \ /ermel 110 e roxo
Contos de fadas, bruxas e duendes
13 , l1ihJit1tfr: t)tl ~, ~
1 urr3 110 fu1al do exe1nplaI·; deste Tn
. . 3 I1t"' n1e10 e o .. , . . 4ttOdo \ /ern1elho e azul Fábulas
turL1 1.1g-ui . , rectrrso pertence11te a u1st1tuiçào.
- O li\T C0111U Vern1ell10 e laranja Contos contemporâneos
íll3..f ...... lo~ '
Vermell10 e n1arrom Lendas, mitos e mitologia
_ l·"l . -uj 1m1 local onde são gua.I·dados todos os li
l. e ,1 e~co . .. po . .. Vermelho e verde
. 1 de 3cordo con1 as escoll1as e necessidades Pel Livros de histórias en1 quadrinhos '

\TO: r e1JI 3l. 0S '" . . os Vern1elho e rosa Livro imagem


r - -- h·,,1cionários e/ou crianças sugeim1os que seja f eit .
r o1C~~o r 2~, l LLJ • a Ver111elho e preto Biografias
u,~3 chsé'ÍllC3Çâ0 para organizá-l~s._ Como ~lll~s vezes o acen-o
Preto Coleções
e bem menor en1 relaçao a un1a biblioteca publica, a classificação
- pr~t:' CJ.- os cócligos UJTI\-ersais. Azul Artes
nao - 1")
~U ~l- 5Llli
r;;ir.i,i r
Verde Ciências naturais
1-m.3 311.ernati\a é a classificação por cores. Deste modo, os Amarelo Ciências humanas
mTos recebe111 un1.a etiqueta na sua lombada e/ou na capa (de-- Branco Obras de referência - Dicionártos, Enciclopédias,
pEI1de de cc,mo sérâo p osicionados nas estantes ou caixotes) de Atlas, Catálogos, Aln1anaques, ,\1apas~ {Não são
.acor do r·om a classificação_ retirados da biblioteca ou sala de leitura para
seren1 levados para pesquisar en, casa).
R:"comenda-se que as mesmas cores sejan1 colocadas nas estan-
1.es1 no- C8i~cites e··ou nas prateleiras e que um quadro seja anexa-
dú na parede com as cores e suas respecti,ras legendas, para que as
crianças p ossam compr eender com o os li\JT OS estão organizados,
id~1tif1 ci-Jo- e a1i. r:-tesmo ajudar a colocá-los no lugar.

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-~<lo le,- 71•1/I pt' fOS J} 3
Esse csrJaço pode ai nela St! r r<~spc)nu/,
l l :.!
..,,.,,,------ o 1
. <.) ave1J)Or t1n1r111
que of e1·eça enco11trc)s corr1cr>ritaclores d . , , . rogr,tmaça.o
• -

9_,,,,, · e 1l1stor1as sar·itJs f .


liteI·ári,ts, rodas ele (!at1sos, ent.revistr1 com .
1

e i- ' (~Iras
/4 pnisos
, • "

d 1. ' escr1t()res J)cJetas <l'


. A vid~ on1 1·egião, cor e 1stas, repentistas e outros. · , · · cl
/ 0·µoc~ s
0 utrns
1 Para auxiliarrr10s as cria11ças a criar O l,ábito d f
~~ . .. . . . e rec1uer,tar
8 , . A a biblioteca 011 sala de Je1t11ra ela escola po(lcmos m t
• , ~ <> r\ ar un1a
grade de atendimento, garantindo que cada turma realize urna
' atividade pelo menos unia vez por semana r,esses arnbierltes:
pesquisar, ouvir uma leitura em voz alta fJelo professor ou f)elo
2 pi·ofissio11al 1·esponsável, co11versar sobre os livros lidos, sobre
os at1to1·es e gêneros qt1e já co11hecen1, e })ri11cipalmcntc ter
acesso aos livros para escolhê-los - para compor o acervo ela
7 sala ou levá-los pa1·a casa - e outras propostas citadas anterior-
n1e11te.
,111lll) Mesmo se a escola não posst1ir biblioteca ou sala de leitt1ra,
3 poderá 1·ealizar mt1itas das ações sugeridas. Se a escola tiver
N-iif11eros Nossa língua
uma sala pequena e quiser guardar os livros nela para que sejam
~ ano
O ser: h u,,, e outras retii·ados e levados para as salas, estes princípios e regras para
A natureza
a 01·ganização facilita1·ão o t1s0 do acervo e a 1nanter o local e1n
4 boas condições.
5
Fc ,:e: Qu,1dro elJlx1rado pelJ Escola Carl itos, tendo como referência as bibliotecas dJs
~~.c0las públic.is frJnc~s.

Materiais e recursos

. ;,. . de contribuição na organi-
Os D\Tis, CDs e outras mídias também elevem ser tombados. Os materiais de qualidade tem gran . - de
. movem boas s1tuaçoes
zação de espaços i11stigantes que pro 1 pr·ecisarão ser
Outra st1gestào é colocar uma p1·ateleira, varal ot1 est aiite . ·gr1ifica q11e e es e
aprendizagem. Nem sempre isso si . - de investimento
con1 as no\1dades do mês ou con1 os livros mais procurados. comprados, mas em a1guns cas os necess1tarao
De ste modo, podemos con1unicar a todos quais os livros que material e humano.
chegaram e quais têm feito mais sucesso para os leitores, de tJITI . ui podem ser
n1odo ge·ral. . . sos sugeridos aq . .
Muitos dos mater1a1s e recur ticipação das cr1an-
f ores com a par
Outra forma d di ~ . 1 es1110 confeccio11ados pelos pro ess ' local. Selecionamos
e 'uigar o que está se11do lido e ao m .dade esco1ar e .
tempo utilizar a leitur . . , ç er urn ças, das farm1ias, da comum . os n1on1e11tos de leitura
ª e a escnta em práticas sociais e 1 az d - enriquecer . .d
nitrraJ com sugest, d 1 . tn3S, alguns materiais que po erao ue é preciso planejar as ati:1 ~-
h ... . ~ . · oes e eitura produzidas por· crianças, tur e na1·ração 01·al, mas lembre-se q rea1me11te contribuir
1w1c.1onanos e comunict d tafll' que eles possam bietos
b,
em a programação cultur
ª e. Nesse mural podemos colocar d
/ io e des com antecedencia para
A •

- 0 serem ape11as J O
al da região e a grade com horáf ndizagem e na
func1·onamento da l com os ambientes de apre . ·. _
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Ele não precisa ser novo, pode ser usado (sabe aquele baú
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que aparentemente não tem mais valor?), e com um pouco de


criatividade e capricho, será transfarmado em algo que oferecerá

encantamen to às suas rodas de contação de histórias .
- ••,. De vime , trançado com palha, de madeira ou até de papelão,
í:;-pessoa I da au ora

Fonte: Arqu não importa - ele poderá ser encapado com papel, tecido, fitas,
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que. yocê não usa 1nais, pequena
- ou grande.
- fica a s eu cnt. ..
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cru.,as e •malas que ganharao broches, botoes colado
< s, ret lh
er10.
fotos antigas penduradas, bordados, laços, sen1entes e tant 0ª os '
tros penduricalhos. s ou.

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Fonte~ Arquh o pe5,n ,t d.a autora


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Un n Sllltcst ão que vale tnnto para os baús quanto para as cai·


1
xns C' n. mnlas: se rnuit.o enfeitado por fora, faça um forro mais
lH! III ro por dentro 0 11 vice-versa. O importante é forrar o baú, a
' .
caixn ou n rnala que for utilizar. Isso dará um bom acabamentoªº
mntcrinl ~ urn efeHo mais boni to quando vOcê abri-lo. '
;

.. . .

11 8 •
119
b) Teatro de sombras '
o teatro de sombras teve origem na Ásia e e ncarlt
com os efeitos que produz. Ele pode ser feit o corn ª há se'CUJ 0

com um de seus lados aberto e no lado parai e1o ao calx


urna 1 . s
faz um retângulo vazado, coberto com uma fali1a de Prune ·ro a,
egetaJ
ou tecido branco fino (como o TNT). PapeJ v ' se

r' l ui\ , , p ' ~ \./ ,~ 1 <1' •1 Jutora

Fonte·· Arou
, .ivo p~ssoal d --_.:.._--:.._ __:~
a autora
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. C'o-n, GL~

120 - recortadas várias silhuetas de personage ns e t ~d.e~


ao 121
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cenc, - como casas, castelos, montanhas_e riacll os . E an1béfh ·•1 do
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. as. Silh u~•.
tas podem ter recorres
. vazados
d h darao detalh s as
que
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e tarnben1 •po em gan- ar pedaços d e Papel 'lllaa1cn.s,
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coloridos. Com o aux11io
,, - dde uma
. lampada ou d li ma ent .Celofiine
de luz natural por rra:. as m1agens, o teatro 1e on1b racta forte
a sombra das figuras recortadas. ras Ptoj ·ta

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I 1-r. .

ti ra J ·sil1ilidade ,
olocar ai un. foco- 1' .1 ~ n;t
•r 11111 lt' nç-ol hrnn ·o on TNT l'
ç:u I od 11 faz r e uz \itr:L"- f~ 1ttrc'- ,) il",Jll<) (~ ;1 1uz. ns c rut1\-
i t nl . ' P c1 t1 .ruis. e 11'ru~tl·,1s. lu.· .1ona~
• . em1u:111 to olll rns

tosPara - l)TOp . 1a
\~qz d ~s..i • po..SI\ l'I usar d1:1p1i1L , perucas. elenien•
4 •

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. <ttl \ tU 'rt'n tu · 11ar111r.

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:s ' t' lh ri 1:'i d'! 1. pel. 1or . c rt•111 ronft•c:d onados
rt\c lll .. ·II tl (nJ ro'.lt11nadan1r>111<·
. nt ,ja folhn "'-' cartolina 011 papel
<·:,n ·,o). : 1 ut ili,~1 cl1. n{ narrai iv:1s orais pnra gn1pos pequenos.
'f I ti 1: l It e . :11n li .nr h n1 d rrent r I ara o cen{,rio q tt(' se abre.
' ª Jlll1<;,1
' l'nl rc n lli!,t6rin narr.1d:t 11 irnngcm aprrscntadn e o~
' · ·. ívi•b J ersonag111s eh~ papt 1, crin-:.c um clirntt goRtoso e uma
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ll O\'n prnp sta parn u 11:irr:itivn ornl. . .



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os d,e ~,. reniperos pa1a

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Fonte: Arquivo pessoa l da autora

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As crianças ta111b é r11 pode1n c1·ia1· seus p1·óprios ce11ários para


contru· passagens de st1a vida (tlffia festa de aniveI·sário, o passeio
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pela. praça, 11111 ba11l10 de cachoei1·a, a pesca1·ia do pai, o dia do - -


Fonte: Arquivo pessoal da autora
casan1e11to da tia ... ) ot1 l1istórias Qlle eles escoll1e1·e1n para contar.

d) Fantoches e dedoches
Os fantoches são aqueles bo11ecos, nor1nal1ner1te feitos com
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uma parte de tecido, abertos embaixo e nos quais i11troduzin10s
a mão para manipulá-los (corno urna luva). Os dedoches são mi-
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. ( ,, \ nifantoches manipulados com os dedos. Eles podem ser usados
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num teatro de fa11toches ou podem ser L1sados dt1rante ª nar-
t r.----- - - - rativa oral, pela própria pessoa que estiver narrando. A p~ssoa
~,t: ,\) -· conta e quando aparece um ou outro personagem, ela mam~ula
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'' os fa11tocl1es ou dedocl1es se1T1 precisar se ,
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8\ . pessoa l da autora
Fonte: Arquivo

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Fonte: Arquivo pessoa l da autora

e) Expositor de livros

Existem diferentes maneiras de expor os 1·ivros·· em ex osito-


P .
prateJe1·
res de tecido e plástico transparente, estantes de meta1'pequena
ras estreitas, varal com prendedores, em caixa. s , numa bem pra· I

bancada etc. O expositor de tecido pode ser um rec~rso de pre· . '



tico, quando afixado na parede, perto do canto da leitura, pJásti·
ferência. Como a parte da frente de cada bolso é feita co~ co:rllº
co transparente, as capas dos livros ficam à mostra. AssíIU·ançss
as estantes, eles devem ser pendurados na altura das criJares, "
para que elas Possam escolher, retirar e guardar os exernP . pessoa1da
Fonte: Arquivo ' autora
]28
1· ros
1) carrinl10 de ,v • . ' ,
. rtc de 11vros pela escola. Ele e levact
·1·i,1 o tr;_1nsJ>O ,
crianças façarn suas escolhas e d o de
. saiu
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PucJ1 ' ·
nr'1 c111 e as ;
('I rt s:1lit pc e . u levem o livI·o pa1·a casa N
epo1s
rea.
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'L 1Jf'l em sa1a o · este (I1 .
lizcrn a 1ci . ' e professora anote em um caderno timo
1
··1s<>
(~'- · ' . (; r,rcc :1s0 qu ' ·ct 1:..1,, 1·
verá ser devolvi o. ~a in os carrinhod QUal liv ro
f()i f(1t 1rncl(J e e1e . É s de 111
, . pessoas das comurudades. ' possível t a.
<leira feitos JJOf entar
_ d c·arrinho de supermercado, ele cumprira' a
doaçao e um .
;- t lvez precise apenas de urna reforma para ganh
ª rnesrn
a
fL1 r1ç,10, .a , . ar um
. t
pm .ur., .
'1 clif e rente , com bolsos de
, . tecido pendurados na P arte ex a
terna, para atrair mais os usuanos. .

Fonte: Arquivo pessoal da autora

g) Caixinhas ou cadernos com versinhos, parlendas, quadrinhas


adivinhas e trava-línguas '
Sabemos que existem muitos livros, CDs e DVDs com cantigas,
parlendas, adivinhas e trava-línguas. Elas fazem parte do nosso
legado cultural e são importantíssimas no processo de aquisição
da linguagem. Por serem de fácil memorização são cantadas e
transmitidas de uma geração para outra, muito utilizadas com
os pequenos para niná-los, diverti-los e entretê-los. Os bebês as
repetem num exercício de oralidade, de prazer pela sonoridade e
ludicidade. Os maiores trazem algumas já guardadas na memória
- e com o tempo, vão ampliando seu repertório (dependendo do
que a família a escola e outros ambientes lhe oferecerem). Para
'
deixar o cantinho da leitura ainda mais atraente, caixinhas ou
'\
l
' • - m versinhos qua-
cadernos coloridos, com pequenos cartoes co ' .
. ., . d dem ser uma boa pedida.
d r1nhas e os outros textos Ja cita os, po •

. . d . famílias em uma pesqUI-


E sses textos podem ser solicita .osd asr a escreve-los.
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A pro es _
sa e as crianças maiores podem aJu ª
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j J .~ t- as crianças
{ ~1-
- t,, escrito nos car oes,
sora lê para a turma o que es ª


• f canto de leitura.
leem em voz alta ou cada um lê qua~do ?dr ªd: cultural tem tan-
j

t .._.. t- grande d1vers1 a


.,. Nosso país, fo11nado por. ao d . oral.S, . a·ive rti·das
. ' belas, que se
.
'
tas dessas cantigas e bnnca eiras muitos locais, awda
transfarmam com o tempo e O lugar. ~s, em ·
• j
l riterações: e tempos do lc·i tura
ara os
O?nolho .,P,(05 P
8 ~1A fe111y-
•r
J30 h) Mural de sala l ~I
bertas valorizadas como um teso
.
precisam s
er re desco ' .
d por nossas cnanças.
ur0 q
Ue
merece ser herda o Esse mural pode ficar próximo
ao canto da I .
sível colocar uma lista com as h' tó . . eitura. Nele é Pos-
. is nas, persona
res prefendos da tur·1rta, parlendas . - · gens ou a11to-
, poesias recon d .
revista que fale sobre um gênero as ' e e Jornal ou
, sunto ou livro d .
do grupo, comentários escritos individ e interesse
' ua1mente em
• grupos ou no coletivo sobre os livros 11.d ' peqt1enr)s
os. Os come t ' ·
indicações literárias também podem ser es .t n anos CJU
. , . cr1 os por o11tros pro-
fessores, func1onanos da escola e país das crianças .
-
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~
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~ ., {.! -
. •

. O mural também pode ser utilizado quancJo O gru t·


po es 1ver es-
tudando um autor. Ao longo dessa pesquisa e da leitura d
as suas
obras, as crianças também vão descobrindo episódios ínteressan.
tes da vida do autor - onde nasceu, o que estudou, se é casado
ou não, se teve filhos, se ainda está vivo, se já faleceu, qual 0
motivo de sua morte, curiosidades da infância e juventude - que
Fonte: Arquivo pessoal da autora podem ser retomados e ditados pelas crianças à professora que
atua como escriba do grupo. A sugestão é que sejam colocadas
fotos dos autores no mural com uma identificação. Essas imagens
podem ser conseguidas na internet ou, às vezes, no próprio livro
há uma foto do autor; é possível tirar uma cópia (mesn10 que em
preto e branco) para que as crianças façam relações do nome
com a imagem da pessoa e se familiarizem corr1 eles.

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..-.. . t!'Hi#tkitl ,ri! . . ~
. TATIANA ~ ,. r ,

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it1~
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__,__ escritora TatJana Belinky


Mural da Escola Projeto Vida sobreª . . ·
Fonte: Arquivo pessoa l da autor;i
t:
. ~.'. cu,,,. ',,,
' ...
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l,(111 I
ron 1'"'t "• '"'' ,.,, .. ,.
' ', I( t)• '(otrl /111 .

11
"Só escrevo o que me 1
1

dá vontadel ·sem . Ô Plf 0


preocupação com a •
l RODA PIÃO ' BAMBEl,.,1\ PIÃO

idade. Enão goSto de RODA PIÃO ' BAMBEIA. PIÃO


moral da história."
FAÇA UMA CORTESIA ,

t'P p i

Ó PIÃO
FAÇA UMA CORTESIA
. '
Ó PIÃO.
ron1e: Arquivo pessoal da autoríl

)
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f{,nl<•'· Ar< 1u 1vc> r,essc,al
. d~• t1ulc ,r;,

j) Bi<Jrnt,c>s
, l·08 l) ÍOit1b08'
tiei)'lllll'tarn pequenos e:-ipaços dentro da própria
, e1n 111n salão ou mmmto nas áreas e.xt.erna.'l. BlcH
sa cl de at1la
JJoc1cm a.1·ud ar a cnar
. •. arnbwntrn,
. 1,ara a leitura
. a ser reahzada
. pe·
las próprias crianças, para a leitura pelo professor ou narra<;ão
oral das histórias. Neste últítno caso, servirá corno urn pano de
fundo. Sugerirnos bio1nbos feitos com caixas de papelão, que po-
dem ser dobrados como urna sanfona, facilrncnt.c guardados atrás
de algum armário e retirados quando necessário. Ao receberem
í) Cartazes co pintura ou colagem de papel podem ganhar desenhos abstratos,
. m poesias, parlend . .
A ideia é . as e cantigas cores, imagens e até rnesrno espaços para pequenos cartazes coro
ampliar O .
no qual cultural, mas também prort1º"e8r
mom,~ntos de leitura, uruverso frases ou poesias.
' após observarem o professor,

os l e'fll/.llJ•:J ...,•.,, .,..,, .. .., .... ' ..,.,
eros para
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Mural da ~scola Projeto Vida sohre a escritora Tatiana Bclínk


Fonte; Arquivo pessoa l da autora · Y

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k) Hemeroteca
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{ A hemeroteca é um recurso a ser organizado e usado por toda


a escola e não apenas uma sala. Nela são guardacJos matérias de
r""·
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,,.
,,..

jornais e revistas, organizados por assunto. Para isso o material
precisa ser identificado com o nome da respectiva fonte de onde
foi retirado - jornal, revista, site - alérr1 do nome do autor, data,
1 local e depois colocados em ordem alfabética err1 um arquivo ou
fichário. A cada ano, a escola realiza projetos e atividades que
exigem materiais escritos diversificados. Se estiverem fazendo
, 11 ~
. I .
I
, um estudo sobre os animais marinhos, por exemplo, con1 certe-
f \,..
• •
1

ª(t' • za recolherão textos específicos, imagens e tudo isso pode ser
guardado na hemeroteca. Nttm próximo traball10 sobre o mesmo
tema, não será necessário começar do zero, pois já terão alguns
., ;x- materiais arquivados. A proposta é enriquecer cacla vez mais ª

hcmeroteca corn novos textos e imagens sobre os mais d!fercn-
Mural da [ <r (,1- f) ..
. . 1 0s temas em proJetos e
:,~ d (()j'~'(J Víd . tes assuntos que possam contr1bu1r co1r ·
rr;ntr:; Arq1Jiv<J fJf:5sr>J I A "l .
' ,;,., ~l.Jl<Jra
ª
S<JtJrc! ª escrit.cJra Tatiana ílefinky
outras atividacles.

1) Di{1rio de leitura da turma


. Jiá iode leitura da turma com
() professor pode produzir um e r - tados todos
, Nele sera.o ar10 ·
a r>art1c·1pac;ão das crianças, é e1aro.
, • • • . '.l •
- -
-•.

contar histórias

Recordo-me sempre dos meus tem d


pos e meniilo
n1e coloca,-a en1 set1 colo para contar his _ . quando meu bi:;a\õ
1

as tonas do mp
entendesse pouco da narrati\·a fica,·a do~} b - U PG\lJ. Effib.ora
~ um rado com a · -
sua ,-oz rouca amaciada pelo t enlpo É que . · lmenskfade de
. parec1a que meu
.
\·c.lhn --
'- v a\ O Sê
transfigurava ao dizer o indizível (...)
JfL~\ DLI? L-J.t [·. 1998

Por que contar histórias?


ntes, muito antes de existir a escrita, os li,Tos e a escota já 1

e contavan1 histórias. O ato de narrar oralmente é uma ação


dos tempos mais ren1otos?que aconteceu en1 diferentes culruras 1

lugares e épocas. _A.inda hoje narramos ao contam10s um fato que


nos aconteceu no dia, um sonho, uma piada, un1a história de fa-
mília, um episódio n·iste, um n1on1e11to de realização e alegria. a
descrição de un1a conquista ... Trata-se do n1on1ento en1 que duas
ou mais pessoas se reúnem para contar algo por n1eio de pala-
vras, gestos, ritmos, expressões, olhares e silêncios. ·

A narração 01·al não é um ato incli,rid11al. Não é algo qtie se faz


sozinho. E aí ten1os un1a p1·in1eira resposta para a 11ossa perguil-
ta. Narrar oralmente é uma ação qt1e acontece quru1do se quer
. , " 1 t uma lustória" UEscuta
P artilhar algo com algue1n. \ ot1 te con ar '
· " uEssa
essa" ''Voce'"' não vai ac1·editar no que aconteceti co~o }, .
, - '' '·Na epoca
.. b l' .,, "C t . ,, "Quando et1 era cr1ru1ça '
e oa, a vai , eI· a vez , . . . ,. "Há n1trito tempo",
da minha avó'' "De o11de n1et1s pais vie1 am , ·to corlhe-
, ,. são frases n1w
''Você sabe da última?", "Era un1a ve~--- h ' ecessidade da pre-
. ..
c1das por nos. Em todas essas situaçoes
' a ª n , 11.istória.
d algt1én1 qt1e o11, e a
sença de alguén1 que conta e e

a expe-
. , ri as cor1stitt1 i-se num
(... ) a atividade de contar h1sto ' tem uma qualidade
. to humano que
riência de relac1onamen 2004) ·
• , 1 (MACHAD O,
única, insubst1tu1ve · .
b ..
',,,u Jr (tÇõcs •
~ L. cun1. 0 l
ho8 cj-0 L
139
];J8 lfh
conl (l /' lti};túrifl,5
'I " •
Er11 pl ena virada do m1 en10, quan
do O professor se sen-
. ,, .
. d , lo de alunos e narra uma h1stor1a,
ta no meio e um c1rcu
na verdad e cumpre um desígnio ancestral. Ness~ momen-
to ocupa o lugar do xamã, do bardo celta, ~o ciga no, do
' . t I daquele que detém a sabedoria. Nesse mo-
, .. mestre or1en a , )
mento ele exerce a arte da memória. (PRIETO, 1999, p. 41

' -
Abre a roda tindolelê - Orientações para contar
histórias
f oncc: Rita de Cássia Liberali

., , .-
,......_,,.
-~
- ., . r..~- ..:.

-
Talvez seja por isso que nao so as crianças, mas os próprios
1,

• '-• 4

'
...·'", :... •
•'
~

adultos peden1 para ouvir histórias e, muitas vezes, as mesmas. ••


;

f
"'

Quaildo nos reunimos nos encontros de família, sempre surgem "'


I
\ ,
aqueles momentos que alguém relembra algo que aconteceu ou ~

quer contar aquela mesma piada, aquele mesmo causo. Pedimos


e ouvin1os a história já conhecida. Divertimos-nos ou nos emocio-
namos novame11te com ela e ainda mais porque podemos ante-
•'
ciJJá-la. Observamos quem está em volta de nós se divertindo ou \
f .,
..•
,\ • • \

se emociona11do junto conosco. Aquela história nos pertence ou f , .•


... ' '\
'1
I
••
.. . ~
perte11cernos a ela. E isso tudo está ligado ao lúdico, à tradição e '

ao afeto - un1a segunda resposta para nossa pergunta inicial.


Fonte: Greg Sa I ibian
É assim que acontece com a criança. Tem suas histórias pre-
feridas e pede: "Conte aquela história da bruxa!" "Conte de no~~
co1110 f 01· o ct·1a em que eu nasci!" E pensamos: "Mas de novo.
S1.n1! Porque de novo poderemos ficar juntos, nos ct·ive rtir' nos Quando vamos contar histórias temos que nos per·guntar para
.
emocionar, sentir medo. E talvez possamos dar mui.t as risadas ou que queremos narrar. Para diverti1--, para acolher, para ampliai. o
.
8111 . dos seres
tamos um frio na barriga. Talvez escutemos barulhos repertório de histórias, para ho1nenagear etc. Pa1"a quem? Para
8st1st . • / sobre
ª adores ou sunplesmente um silêncio enorme caira amigos, para c1·ia11ças, para alunos, pa1. a pais ... Em quais si-
, P gestos e
n~s._ o~que de novo vou ouvir sua voz, observar seus ·untos tuações? Num encontro informal, num orfanato, na sala de aula,
expiessoes e olhar nos seus olhos. De novo viajaremos J rn num evento cultural? Isso nos ajuda1·á a definir o modo de 110s
po..1 , · rto nu
cenanos conhecidos ou novos. De novo ficaremos pe ' rio- preparar para corria iremos contar essas histórias.
momento de intimidade e de cumplicidade. Vamos, conte-nº:ra o
van1ente uma história e nos leve daqui para o passado, p Para contarmos uma l1istória selecio11amos o texto de acordo
futuro para O 1d0 . ' tecer. co1n o público que irá ouvi-la e com a ocasião em que será conta-
' mw unaginário onde tudo pode acon
III I,
..........
tYl Çf1, '\' . C()
' ' 1ft º'". º" d,, I!!,.
J 40 1 () rntln r li l.1Lr11·i"s
1

, •()SI IIITt(lTil ,1tc11clcr él c]if(~l'Clttcs fnix 141


cJ,L ,\s t>c,as liistór1ns ,\r~H;~ aqui
< 1110 j:í tr:1 ,, • ,
podc1nos escolhê-las ~le us Ctá,
• acor,1 e:) As pen, o11a, l 011 li - H11 a.~ cara<: Lfl rf: 1l.i eas fífii,:as, de pc l'Honall da-
ri:1s , 1nr1s, e> .. , _ e IJrcfc rê11 c ié1S ele 111r1 grt1J, c). })ortai L '-'O
u1r·1c·Lcrfst.1c,1s e. l Oti d e, vor., postura, posHf veis j níf.rm e: t.rr.j<:it<Js, 8uwi fruu;õc:s den-
c(Hfl as e.;( ' • · . • -.scoln.: ,1 1,istóriét scr{t c~cJrltétda Ila 1~,t e.·. ~ ..
. , Jl( 'llSfll' SC llcl (,. , ' . llc1llÇa tro da liist6ría. Niio J1á r11!r:<'ssidade de fa%<~r uma vor. para cada
vc111c,s . . n·1•J Pt1ru c:riru1çc1s cJc grtJJ1t)s clifere11tes . s
1 ll11l3 Jll CSIIHl ltlll (. ·- ._ teunj .. p erscJ11ag<11r1, 01J c:ri,1r 111 r1 (1 f> (>.t; f.t1r;1 fJ::1r,1 r;a,l,i ,1111 ,Jc~l,!B. Nar,
'e , f t. •ciacle? E,r111r11t1 rc1Jr11ao par[t un1 grLipo d . estamr,s cr1ce11;1n<l<J t11r1ét J><~c;é1 ter1tr,1I. O 11arr,1(J<1r <'! él<tllcle C.JLJ C
cJns <!JTt t I n1c1 cs .,vi e Pais
cJtJ ele Jlrc,fcssorcs? C<)rlté.1 os fatcJs, i1s ,tç<jc,c.;, f,1z cl<~sc:rí(;ões (! ilH vezes ,Jiz faJ,;1s dos
JJcrsoné1gcJ11s 11sa11clr, cJ cJi.se11rso (lirf!to. CJ11t111,Jo iss<J é1c;o11tec:er,

Esco Jl11c1o 0 texto , te111os ele ler rn;_1is de urna vez para·
· se qtiíser, é pcJssfveJ LJsar c;orr10 recurso 11rr1a V(JZ diferer1te JJltrél
a) Compreender O sentido que ele tem - seu enred~, sua trama, t1m dos pcrsor1agens, c>t1 tirna postt1ra, t1rr1 gesto r1tr~.
se11s co11flitos, e11fim, o que ele nos conta, qual a intenciona}i. d) Cenários 011clc a narrativa aco11tecc - conhecer os cenários
dacle do texto - clivertir, encantar, emocionar, encorajar, fazer que aparccerr1 11a história possibilita visualizá-los enquanto se
refletir'? narra. Vejamos:
b) Estuclarmos a sua estrutura - quais as partes encadeadas que
formam o todo, suas frases importantes, versos, palavras que
cleixam o texto mais bonito e q11e não queremos alterar. Alguns Ivan chegou a uma praia de areias brancas, o céu estava
contadores de histórias decoram o texto tal qual ele foi escrito limpo, o sol brilhava alto e uma gaivota pairava no ar.
esta é urna proposta c]e trabalho, belíssima por sinal, que nos '
coJoca e1n contato com o texto corno foi produzido e valoriza
o ofício dos escritores. Mas não é preciso decorar o texto para Essa parte ela nar1·ativa 110s mostra como é o lugar onde aque-
/

nan. á-lo. E importante memorizá-lo para contar com fluência le morne11to da história acontece. Se conseguirmos visualizar
e desenvoltura, como se ele fosse 11osso. Contamos do nosso mentalmente o que estamos contando, conseguiremos descre-
jeito, com nossas palavras, mas podemos manter em nossa nar- ver o lugar com mais verdade aos nossos ouvintes, e isso trará
ração algumas que considerarmos bonitas, impactantes, funda- mais ve1~clade à narrativa também.
rne11tais. No livro Oittras novas histórias a1itigas, de Rosane e) Entonações, pausa e ritmo - Os momentos que possibilitam
Pamplona, há um conto intitulado O p1'incipe que ningué77i mudanças de entonação e ritmo ou até mesmo uma pausa, que
Qileria que tem uma frase que aparece três vezes na lústória:
são fundamentais numa narrativa oral. Cada história tem mo-
mentos diferentes, que pedem para ser contados com entona-
ções e ritmos diferentes. Por exemplo, urna parte da lústória é
Moça de rosto de flor mais cheia de suspense, em outros momentos é mais românti-
ca, em outras, mais engraçada. Vamos ler um pequeno trecho
Quem te apressa assim é o amor? do livro Leo e Albertina, pgs. 26 e 27 de Christine Davenier:

Essa frase tem r 1 ,. . ceifa


.· e evancia na história. Somente após a ter Leo pulou na lama e os dois amigos rodopiaram, saltaram,
vez o conflito se teJll
.· . resolve. Mas, além disso a frase é bela, deram cambalhotas e mergulharam. Riram tanto que Leo
l in1a, enriquece a hist , . ' da e
mantida du ºria e, Portanto, merece ser decora até esqueceu sua tristeza. Sua alegria era contagiante. Logo
rante a narrativa. todos os animais da fazenda estavam brincando na lama.
Co tJf(lf J, i,.o;tcS1·i a.ç 143
J.J~ . "' , , )Ccl:t(,:t> <ic~ l1isf.c>rit1, ll fi t1 8 0. i~n.
, r i>11t ;1 t est.<, 1 . , • ·11 . . . Con,
, 't trJStl~ [),l Ctltt>. l ()VtlV e }111~nt n Viu s ó? As histórias pe d e m corno querem s er conta das. É p1·e-
,
~r 'l.
11• 1 'l'llH)S (it
lt' 11111Jt~1.<> '
.,·tittt> lt'ttl< >, < ·
' . .
-111 .1{i() c 11t.tts1:is111lt(l t) ql1e detl
'\; sei,~
t ciso oll1ar J)ara as st1as paisage ns, como diz Regir1a Macllado:
11111 1 . ,dl)r;ltlt <', ;1111 , , 1t> ..
118
Ct)Jl\ tllll rtf Jll()
fl'l' Jll O\ri illt~Jlf C). . / Mas passear pe la paisagenl do conto é conversar com cada
l ' ,1.1 ,rcz tio lt\'l·cl \ <J!/(1. no ·J)?,'l t,·Jld
. trt"'<'lt<). e<~' . · 0 e1>l ur11a de sLtas partes, olJservando qL1e nelas ~,á urna riqueza
\ ';1111 t1s ~1 t1t1tt <) .••• ti\'JlS r c'c'o 11t,1tlc1s l)Or Neil Pllilip
. . "' '()lll 11,111 ,l
- ) / >,· .... I <'>I. l (l .~, e · l .' r-
f •
, llo de adjetivos, cores e objetos; uni conju11to ele palavras que
t>. ( \ µ () u .
. ·t 1 (] ( ) ('() }'( 1(( 1(
J - )

('O llf() __. \ J>O J l


' ~· . descrevem uni an1bier1te e 'trar1spirar11' um determinado
cli111a. (MACHADO, 2001)

.. , \/<
1ppu, oll1a11do
lLlrOll e 111 torno. 'Há
Se nos deixan,os tocar por cada Llm desses diferentes cl i-
'E e"trar1l10 ... , n1L1r11 d mas poden10s entoar a cadência da l1istória, respirando
- . 1 .. ta,,J aqLii, a r11eu la o, e agora desapare-
Ltni n1111t1to e e e~ <
,
con, ela. O ritmo da sequência narrativa é uni tesot1ro es-
ceu... conclido 11a fJaisagem de uni conto. (MACHADO, 2001)
_ estc1• con_~eºlJirido
,Nc10 o n1e encontrar?', o rapaz perguntou.

f) Objetos - Se quiser, é possível utilizai-- alguns obj e tos durante


'Não ... Onde você está?'
a narrativa. Há contadores de histói·ias que não usam ot1 11ão
gosta,m ele t1sa1" objeto algum. Se você 11ã o se se11tii~ à vor1t.ade
....
'AqLri, en1 selJ coraçao. •·'
ao n1a11useá-los é n1ell1or não usai·, isso fica1·á a1·tificial e pot1co
convincente em sua ap1,.ese11tação. S e optai· po1· utilizá-los , a
'Então n1eu coração lhe pertence', ela declarou.
sugestão é qt1e sejam poucos e que possan1 dai· "asas à i111agi-
nação" dos ouvintes. Por exemplo, se for contai· t1111a llistór·ia
Se\ eri não precisou ouvir n1ais nada para sair do esconde-
1

de UIU pássa_ro podemos utilizar uma pena ot1 t1n1 le11ço pa1·a
rijo e abraçá-la. E a partir desse dia os jovens enamorados
representá-lo. A intenção não é oferecer a imagen1 p1·011ta, 1nas
vi\ eram felizes no castelo de cobre do velho misterioso,
1

apenas uma sugestã,o paI·a que cada um in1agine o seu pássa1·0.


às margens do riacho de prata, entre as árvores de frutos
dourados. Os objetos podem ficar expostos ou guar·dados en1 t1111 bati.,
caixa, cesto, carr"inho de feiI"a e11feitado ( ou out1·a ideia que
tiver'), e serem reti1·ados à medida que aparece 1·e1n 11a lustória.
Neste trecho, quais as entonações, intenções e ritmos qu_e
poderian1 dar cadência à ltistória? Pe1·cebemos três aconteci-
mentos:

1. Vappu procura Severi - suspense, tensão.


2 S · d
. · ev_en revela onde está - alegria (pausa rápida), e ª ·eela-
raçao de Vappu - surpresa, doçura, romantismo.
3. Desfecho rom" t·
an ico - leveza, 1~01nantismo.
••

g) Escolha do espaço - Temos de e&colh.er um loC2.l calmo . b611


C..,.J r-t'>":,-
_ ..,.
,,- · - l
- - -
- ; • 1_, :::C-
arejado, sem muita inieríeréncia de barulhos externos. Se fo-
rem poucos omintes. podemos sentar em roda~ todos juntos-=
narrador e público. Se o nú.Inero de participantes for muito
grande! podem sentar rodos próximos ao nat1ador . em cadei-
ras ou no chão. e para que rodos o enxerguem rnelhol". o nar-
rador pode fie2r em pé_

Podemos
,
contar numa sala numa área exre_rna ou em um sa-
Ião. E preciso garantir que rodos escutem a histó ria; por isso:
se a narrativa for contada num e,ento com muitas ptSsoas~
prondencie um microione.
~

~ão precisamos de cenário nenhum para conrar uma histó-


ria mas se q1iis.e r arrume um tecido estendido sobre o chão
ou sobre uma mesa: ou ainda esticado na pa.rede~ um peque-
no Til.SO com flores: ou urna ,-ela acesar um ce.sto um baú
de onde se retiram os objetos par-a narrar... Prepare o local
com recursos simples e que possam oferecer um eieito boni-- ·
to_ Uma rede pendurada, uma esteira~um biombo feito com
materiais da região podem enriquecer o espaço e ajudar a
demarcá-loA
, . 147
CoH ( rI r /1,lslor1ris
,
] ti (í •
.
r o' r1 n -
Po(Je ser co 1r1 ttmt océ.lJld s111 0
• 0 u i) Para encerrar a história - um som que ecoa, um olhar. jun~
1 J
j•tr ''l lJS ' e nt.os, 111n~ ,, ~1cla , urna Pari ' rn~
l c·1·1·a1 ~
)
11 .),,<,nl<J 1111c,•

l()S cn nt Cill
J· 11 enu
, . to con1 um silêncio, urna cantiga, um poema ou um verso. Ha
1111ísl cit cp1r Lo( " ,. o cl11t.oar 111t1s1cé1s qt1e esr)ecificar a,
N·io
1 6 11rcc1s ,, nent vários livros dos folcloristas brasileiros que apresentam ve~-
1u11 vc>rs<,. , • ui to 1r1e110s qu e peça.in para as . e
1 , l1ist.()r1ns, 111 . • crian. sirlhos nos finais das histórias, vale a pena fazer urna pesqw-
fal<•111 so >n . \ atenção vem corn a escolha e arrurn. _
, . "ll' c1t11<' tn s. f • , • l açao sa ou criar alguns. "Entrou pela porta, fechou a janela, quem
c;ns f1cnr t - . CI) l cl ÇàO clt1 l11stor1a, e o 1no1n.ento e .
(1(, arn1)i t) ri te ' c.la ar)1es rn sl. sabe outra história não fica banguela."
j) Não é preciso fantasiar-se para contar uma história. Se a nar-
rativa for realizada num evento, numa festividade, podemos
colocar urna roupa bonita, um chapéu, uma flor no ~abelo, um
colete colorido, mas não há a necessidade de assurmrmos uma
personagem como de D. Benta ou Sher~zade. Relembrando:
contar urna história é diferente de encena-la!

Ler é diferente de contar


A leitura é uma atividade pe1·111anente na Educação Infantil - é pre-
ciso ler todos os dias. A narração oral também é uma atividade per-
manente na escola. Podemos contar histórias três vezes por semana,
por exemplo. Podemos propor um projeto envolvendo a contação
lM
de histórias visando ao trabalho com a oralidade, cujo produto final
Fonte: Greg Salibian será urna tarde de contos ou a gravação de um CD com as narrativas
jF.-- i preferidas das crianças, contadas por elas mesmas.

Já reconhecemos a importância das histórias na vida das pes-


soas e, num foco mais direcionado, na educação das crianças pe-
quenas. Mas devemos ler ou contar histórias para os pequenos? E
a resposta é: temos de garantir a leitura e a narração de histórias,
lembrando que ler e contar são ações diferentes e isso precisa
. " .. ,
ser explicitado para as crianças: "Agora vou ler esta história para
)
'
.'

vocês. Como estamos estudando as diferentes culturas dos po-


vos africanos, trouxe um livro com um conto angolano. Encontrei

este livro na biblioteca. Na história aparece um menino, que tem,

.
)·,
'
mais ou menos, a idade de vocês". Em seguida o professor lê a

história, exatamente como está escrita no livro .
..
• iit,--,-+
-
1
_____ __:._..-- Outra possibilidade é contar a história. O professor diz que
Criança contando história com objeto encontrou a história em determinado livro, a mostra e o coloca
Fonte: Arquivo pessoal da autora
à disposição para as crianças olharem após a narração e explica
------ lnt,m,ç,i,w: ,.0
, in oi/,.,(J,'¾ (j
..........---
149
ó .
q lry,. contar h 'lsl rias
148
. tória para contá-la.. E1n seguicla narra . la, muda de voz, faz expressões diferentes com o rosto, olha nos
tt1dot1 a l118 · ' a h1
que es . l vras utilizando gestos e expressões f . stó. olhos, improvisa, muda parte da hlstória (retira ou acrescenta
ria co1ri suas JJlt a ' ac1ais e
• algo, dependendo do dia, do público, de como ele mesmo está, do·
corporais.
.. •a ças aprencle1n nessas cluas situações?
tempo que tem para contar), aproveita do que fica subentendido
E O que as c1 1 -11 • e implícito pela própria expressividade.
do lemos, aprendem que o que o professor está fal _
Q uan _, . . anct 0 Com a narrativa oral aguçamos a curiosidade da criança para
- está sai11do da cabeça, da me1nor1a ou invenção dele
11ao .. , mas que ela pegue o livro (do qual a história foi retirada) para reen-
está registrado, que não muda_mos o que es~a escrito. Aquelas
contrá-la num momento inilividual e perceba as diferenças entre
marquinhas no papel querem dizer alguma coisa e existe um . .
. 1 t Jei- a oralidade e a escrita. Ao narrar oralmente, trabalhamos com a
to de se fazer isso, ou seJa, os e emen os que compõem o te
,, t· ) tili'd Xto memória e com o coletivo.
(letras, palavras, sig110s lingws icos e sua u ade. Apre11dern
para que serve ler, qual o uso da :scrita ~ da leit~ra na vida cou. Vejamos as características que diferenciam a narração oral e
diana, as relações entre texto ~ 1lustraçao, ~s diferentes formas o texto escrito:
de leitura: em voz alta, compartilhada, para s1 mesmo, para outro.
Na nossa cultura, aprendem que manuseamos o livro folheando
as páginas da direita para a esquerda e não ao contrário. Que Narração oral Texto escrito
lemos de cima pra baixo, da esquerda pra direita. Todos estes A comunicação é imediata e A comunicação não apresenta
detalhes são observados pelos pequenos. simultânea - acesso apenas no vínculo de espaço e tempo entre
m?mento de sua produção; o momento de sua produção e da
Quando lemos histórias para as crianças elas entram em con- efemero. leitura - acesso atemporal;
tato com o conteúdo abordado e também com a linguagem escri- permanente.
ta e suas características - a ação dos escritores. Essa atividade !nformação implícita; ~ecessidade de explicar toda a
ten1 urna grande importância para o futuro desenvolvimento da informa~ão não verbal: gesto, informação necessária·
entonaçao, expressividade _ . '
competência leitora e escritora, pois além de o professor colocá- maior grau de elaboração.
subentendidos e improvisação.
-los em contato com textos escritos, oferece um modelo de como
Em cada versão, 0 texto pode
se lê. Portanto ela aprende comportamentos de um leitor que O escrito permanece fixo e
passar por mudanças.
faz comentários durante a leitura para depois retomá-la; compa- perdura no tempo.

ra O estilo do autor com outros, indica a leitura para as pessoas,


compartilha O que lê, diverte-se, emociona-se, desfruta da leitu- E o que ler em voz alta e contar podem ter em comum?
ra, descobre, aprende, antecipa acontecimentos, retoma partes
que mais chamam sua atenção, relaciona a leitura com sua vida, • a expressividade de quem l"'e ou conta - mudanças d ·t
com o qu · . ·
, . e Ja viveu e se pergunta sobre passagens desconheci ª · ·d s mos, de tons e até mesmo de voz· e r1 -
Alem disso a cria • pres . '
_ ' nça amplia seu repertório de palavras e ex • a presença da hi t, ·
soes, ,e compreende que as unagens . juntamente com 0 texto, cantado s s onas, seus cenários e personagens en-
tambem contam a histor1a. , . ' res e suas tramas ma1'avilhosas·
'
Quando contam h. , . .anças • al~uém conta ou lê e os outros ouvem - ler ar
ob os istor1as permitimos que as cri
servem especificidades d . ' eendaJll deixa de ser uma ação individual e P a o outro
a postura do na d ª lmguagem oral, que cornPr 0135 passa a ser coletiva·
rra or de h18
· t, • d es r.i • '
observam que or1as - a ação dos narra or · t·ct1
1 . Ambos podem incentivar a leitura
, quando o pro f essor narra oralmente, e1e ges res e títulos· - apresentando escrito-
'

150 - ernütern 1nte rpn::! La(;0es Pt6 i •
. fjexao e P
ern I e .. . - r r1;1,,.
• prornov _ ·tuações chfer entes qué Perr .
ar sao s1 .· n1ti:r
ler e con t . ·so das cnanças e qu e lti es 1,~
portanto , . no un1ver , IJo_.\i
historias ,,.
entrada das . dizagens.
. ap1en
litam muitas'

1 , ..
·rs
·lllgf' jpSC' t! S t 1 ' Oll q I léltl'O a.nos, 1wg.(J tJ .Tt él lJihl1<1,r ·
(.ec1ll,1. uo' . , . . J/t /w. d e re tu lhos el e Ny f~ J ( 1h f'lT'íJ rl,1 Si!·~ ,,.
da csco l,t o l1 v1o , \ rc .. . ,·1 '- '·- 1' · . 1 , , -
.., - ·or a el- o B1 cts t ' ._,_ ,to
c crn cPil Cn rrec1 c!c1 Sl··1 \ ,,d , Fdit r1l1 e 1.J.J,;_

Corn o a 1ll. clc1 w1- 0 ~él .. b'·1<.l ler-· convencioualn1e. nte,,, se . 11 tn1. 1 ar; rr I,.
. '·'f·
l,H l1><' 1 Pl lm: 1v d lll.tt,;- " lê est-1,. -~ his1ória pra nnm ? F1quc1<:c;1 1!r-r ·
corn (, ('O ll , ,1·1-e e· clc,-: 1' ,xn1· \.., acornodasse
._, (lll E,' ~sn , ao meu lado: tl(J Slj] ~

J3at i os ulhos no titulo: A colcha ele reta lhns e disse a ela: '-Corr
vstr cl escnilo é co lorido! Adoro colchas el e n ~talho. Minha i1' .

1, sabia fa;.:er colchas de retalhos ".


s 11c1 bi s~

1\ bri o li\To e iniciei aquela clelic.iosa leitura . O Jivro rala 'êl ri~
lf' mbrnn çc1s . rt ele uma avó que faz colchas de rclalh·:
;:1 hi s tória

com sobras de tecidos el as roupas qu e costura p nra as pessoa 5 ·: .


família. Com as lembranças narradas 1x~la a vó e por sun própr
exp f!ri ên cü-L seu n eto Felipe descobre o qu e significa sawlarlP

~iquei emocionada da metade ela leitura ern di a nte e nn nn.·


1Pclwi o li vro e eh 01. · l\,1· . · ,,;·
- - e1. ivi1n 11a pequena Ce ei olh ava parn mtri 1 ~ 1

entend er por qu e . -. . 1- ' ·:


_- eu estava chorando: "Voe (~ 1ê:Í ch oranc11 1
causadah1s1órür?" El·· 11 , . ni'.J:1-
r ,. _
"~uu endo entender o
__ · · ªº
- -·
ic1vaparaolivro , de pois olha vapill (1
, .. '. ·j;1 ,p,
,.

1.· -1, -J :-. · •. · que trnl1a la dentro c!aq1wlé1 Ju c;l(Jl .


111 l<l ee1xc1do su a In ã:. - . ~ . i1111W 1·
1i a ela e 1 . . e.e emocwnacla a ponto de cJ-1 or,1r. F,sl . i i
- l 1c eu Linha rne 1 , .. . p:I1 ..•·
l'al cc'i<Jns :-. . 1. . crn 1Jl ad o df~ntinha avó e de 111 e u . .i
- ' e e a Sd.Ucladc . . . e~[, 1
chorando . "A'svezes -. qu e e u Slllto deles e (Jlle por isso t'·'.,i
1
nos (!Tnocionan1 ~a t' a ge11te rj corn as histórias, o utras veí'.t\ r:i"'
n .o que no , r- , . . .-., tioP,1il}
,
.,~
-L ,
.
- conclui. Corn e . ,. s .a.✓.:en1 chorar. C~ ue h1 st or lo
.ssc1 e.xperiê1 .·._
1Cic1
:
de leitura: tal vez CecJ n,
, .- wttl
151

,e :>-hfi:-.i.<.1 ~- sig:üfic-ado da pala· Ta sauclacl nws pro vave lrnente


l

~ ::-r~-ci r:r.1 wí-;:.d,J 2 r...:onq::.ireF:nd1=-_· e; pude r da l :;itu ra.


· as
ergun
para Sacudir

.
·ct s acredite. As dúvidas são
e
am ser pareci a , . do lugar comum

sempre be d contribuir para uma ado mas refie-


muitas vezes po ~m dizer o que é certo ou err '
· - e a de
intenção aqm nao b cada uma delas.
-~ pouco so re
t111nos um erguntar por que
d cador é sempre se p
Apurar o olhar como e u . . - de outro o que fica-
. .d d deste Jeito e nao ' .
faço determinada at1vi a e fi a-o mais confortáveis, mais
· ças corno car
rá melhor para as cnan ' . <lerão mais. Isso
seguras, como será mais produtivo, como apren
deve ajudar a guiar o nosso olhar de professor.

Precisamos nos despir daquilo que sempre fizemos sem nunca


ao menos ter parado pra pensar: Mas por que isso é assim, dentro
da minha postura, dos meus encaminhamentos, das minhas pro-
postas para as crianças? O bom senso é um grande amigo nesses
momentos. Ele, com a sabedoria que vamos adquirindo com a ex-
periência e o aprimoramento (estudos, leituras, cursos, reuniões,
palestras, formação continuada), nos dá condições de fazer es-
colhas cada vez mais maduras e profissionais diante da grande
responsabilidade que temos.
n..•: 1tOt1ClS f 'l(~t-grrnto,s ctntigas l'\n
1ft ~ ~~ru. SClC'Ud .
l Í)·l t r o flSQ1t{'lf•to

uma roda ao ler ou contar \tn1a dns e .


. .. nru1çns fnz
155
Pergunta 1) Devo f~zer ll\70, sei,tt d recor\to ct~ \ . . .
1 \ n e 1,1 \\ll\l'\ c·1ct ,· . . - in,\\ l,tst.6r1n. com o UlLxílio do
histórias para as crianças. ,. t11g u11s l'nso ,
· s, sc,1s P0R 11 en,
c 11 n, 1s~o f1c• ·11
t_ . .
"' ª ,ctu ll1n1s ev1de1,tc. E111
"'nele> l l'r CI11 0S Vél ri os (~Xe It\ I] los ll{lS ll\ . 111r111t er l'nltil'l · e1\l'ga,,, ., t :1 ,. • _
'' 1 )ri1tlu, t~li, t , ct '- e c,1., C) cl,a<) t"! , ulé111 ele se
Sl' ()11,arit\()S JHlrt1 <l ll[lS~, ' . . . . , . . . . .. . ais
\'OS l\OS Cl\l;llS c\S J)l.. SSl>c.1S SP [ Clll\tntn Dt\sse eit 0 ~11 ,
1· e\l\ e co1,t nr ., 1 · ~ .
clif0 r<'tllt'S c11lt.11rns \ JlO · l en, .. ' • en 111nis clifici\ . · t \\Sl<)ru, e seg,1.r~,r t) livro.
círc11l(). lss<) 11ftc) e i'l t.on. Nossos ro rl)C)S se ll<)R. ,·
. l)ln
. lC. t<)J\nn, l't1, ct·.
. . . \ 1nn 1· tr tl\0S cl<~ J>Cl\S~lr: :l l'()(i:1 fé\VOl'(\ C(! O Qlt(\? 1•'1 CO lll ns s1t,1:1çf)f\R rll) C{)t i<l'· , l\l)R llf'r(~l\trs, tle tlCOl'(i()
]~lll 11r1tll('ll o \ .~ ' . . ,. , \ . . .. n 1,11\t ). (,nc\:, ~il' 1. ~
·1·1·t n \1 \ c~t<').'.11110S toclt)S J\ltlt<)S, l)l l~ Xlll\ ()S ~• ll()S• (lll1n11clo • (·ori>c>rnJ 111,lis :1cleq,iacli, E , . ' ~1çn<) \)ec\e \1111n l)Ost.,1r::\
})C)~S l ll l ;\ , , · .< ' A · · ' t) ec)t l1tl ngl' C' rt'':\ 1 r • ~
Qmrndo O profl'ssor )(, rm voz nltn <111 conta 11nut 1111-t órtn (- 1111111 0 J)\.· (]lle .1s J)l~SS():1s l\l'gllll\Cll\ '\\ \ f ' . 'ge rr1,te fl lSSO. E e t\\
l 11 , ( 0 t' 1, ll e 11, l) •
1 • •
l)otll Q\ll~ J)OSStl t cr ;1 r l1:111cc~ ele t rori1 r l) l1\l\ res C'l)t11 :1s r rin 1,çn~, ()li (:CJll\' ('r 'tlJn i11fo r111i1\111t'l\\ \ 0 ' . ' ' SS,\ll\ l~l\S\I\f\l11l~lll.l)S
· l • \~t 1,tntlt)~ ~ l\ll<' ~Rt \
c>l>ser,·,ir ns rC'~içl1rs cins 011vi11t t~s e t)er111i t.ir c1 t 1r t' lc's se. (1l lt<'1,,, l ltte c1u<~HI, ( 8 111:1is f(>rit,nis (
1 , · \lt nn,, r 0s<)1ve11,
' , (l\l (l\lt' t~x1gc,1,, ;\\ t\1,rul)) ' . . \ .
l tl< ll)S '>li Sl! lll lltl<>s l\tl t'l\[lo Sl' 1 • , : ~ · ' ni,tia,c ül\\. Dei-
fnçn.tl\ t 1111 l1rr,rf' co111<'11t~i1·io (it1rt111t <
~t\ l<'it \1r,1 l )\ 1 1111rrl1t.:fll). • ., . ' g1 <'( L11,,, t' oc.:nt1\ Ctll\f\R8Õt'8, re\t1-
Xtt rt1, f.1),1111 ti(~ S() l\ll<J S l\ ti() qtle ~ tl\l\\1.! 1·1 , · /\ · \ , ,
A rodn fnv'Orccr n co11versi1 e c1t1c \1111 0111(' 11;\r:1 l1 <l11trc) r. 1,. ... , .. • ) • •• __ , • , ,"l '
11
JJ<,.,. ,,1 111 r e l,1 x,.1r 1>,1r,1 tll>r1r <'S})n,\<l ll'lrn ,111 , 'l . ·i·
1c <'ll1 e l\Ue ''º· l<>llos
qt 1a 11tc) faln. Eln njt1ctn n crinr \1111 cli111i1 cic :1colllitt\t't\lt) t' ,l('C>Il· " ' l 8 .t)t ,, e1,e~ur e e11vu\..
\'( .r <;tlC ia tllll cl()S 1>~1rticiJ)\\111 CS.
cl1ego, i1ois al~o qt1e gostiltl\OS n1t1ito será J)nrtill1,1clc>: <> 1110111c 11to
d~1 l1istória! E i1odere111os ficnr toclos ben1 i1ert.i11l10, \1111 11,0 111e 11tcl
t~io esprciill e só nosso - alt111os e professor.
11ns! clei)enctencio do li\ ro, às \Tezes o 111e U1or é org<-111iznr ns
1 Pergunta 3) Quando leio uma l1islória devo 111ostrar as
c rin11çr1s de outro n1odo, ou porqt1e será co11tada t1111a l1istórin imagens durante a leitura ou no final?
con1 ce11{1rio de papel, co1n teatro de so1nbras ou mesmo co111 u1n
li\~ro co111 muitas in1agens Qlle serão observadas para que a l1istó- De pe11de , l1á ,·:irias ]los "il>iljtl..,1l)es. (~(..>ltlt> jt'\ \lts~t~1n<)H 1,1,t.(~ri<>r-
ri,1 ganhe sentido. n1en t e, as il, 1s trações é_ljtl( ln111 a co1, t~•r ,l l tist()ri~• e~l ,ft nlgu1 \Rlivro~
Qlle ficam se1n se11tido Oll lll Cl\ (}S e 11rit\\ll'Cic\08 SC n\ us i11,nge11s.
Co1110 o li,~ro A ca <z ."e 11 c> l f• 11t{1 cl [)011, l' 1\\1c\J~('Y \Vo()(l - o texlo
l

· Pergunta 2) Temos de sentar no chão para fazermos é ncun1t1lati,·o e ns i111agcns tr 1t\ fu1tçf10 1,arrnti\1tt (~11>re::;P1,tum
1

uma roda de leitura? transforn1nções ot1 nc;C1c s) . 11\ost1t111\ co1110 ns }lcrso11uger1s vuo
1

111t1clanclo rle lt1gnr () tle l>(>sic;r, )~ ('O tll<• n t·I\L1vo lú for:1 ,,,li c\a11do
O gost ?~º. de sentar no chão é que ficamos próximos e aiI1da coin espnço J)rtra o Sol n 11,t1tlo11r;r1<i<! lllZ l} ct<~ ' t1rt-~s. 0 ,1 SL'j~1, tl l1istó-
ª pos sibili~ade de deitar (de bruços ot1 de costas), caso alguén1 ria gnnl1a n Sl1a l.>t le ·1.J1 1,~1 j111,çut, 'ttlrr t ('Xlcl f! i111 a~l~tl1. Portn11to,
prefira ot1vrr a histo"na· · E . 11-
, assim. a proposta é c1ue o J)rofesso1 se faz.se n ccs~'irio 1(~1· 11:1rtr cl() tc)~tc> e <~11, seílt1icl:1 n1ostrar e\ ilus-
te tambem para f · n
. ' {_ ' azer P~ rte do grupo. Se o professor senta n,
1
tr;1çào qt1e o 1tc~o11,11n11lln.
cadeira e as crianças h- a
no e ao, os peqt1enos precisa111 erguer
cabeça e o pescoço d . . s Nn. 11nrt s e 111 <tti r (l o texto para .as
1>rc>fcssc>r cst iver lc11do
da h1··s t, . t1ra11te a le1tt1ra, rta apreci~1ção (lns 1m11gc1t
ona ou ao lo11go l l Od 1 ~er 51 0
. ee a a narração or#tl e isso JlOC l ' s r rinnçn. , el sc•gnro o livro corno sii rstlvesse lendo pnrn
cansativo e gerar incômodo. L ' • · O1· 0 J)'tra o grt1-
c111rt11clo ft1r n1c,strnr ns iltistraçêícs é qtir. vira ivr ' l d
ofessor é 111otle.\c) e
Todos sentados em rod . o.~ 110. Isso llorque temos ti \ le1nl)rar c1t1<~() J)r L

com certeza não d ~ a nas cadein1s 11oclc ser Ltmn ::;r1íci:1, r11 , le fnz e aprer1dc111
l<.}ii t or \ as crin11ç:1R ol>se rvtLn1 1t1do o q,ic <' '
aru a n1esm 1,do
ª sensaçào de acoli1í1nr.11to. Qt ª 1 1

~ corn isso.
l
l
- .
• . J 11,1.ur,içues: co1n oll
ios r1 .., ler
4,{~

156 Dez ·n01.,as perguntas arttigas pa .


r<L sacudir o esqueleto
. _ ler e mostrar as ilustrações de f 157
Em algumas s1t~açoe~~ar cheia pausas e a história acabaorrna
ir1tercalacla faz a Ie1tura Per. falem de seus sentim t . -
outras hi t ,, . en os e interpretaçoes, façam relações com
den(Jo o seu fio co11dt1tor. ,, . s or1as, ou com um desenho animado um filme uma
musica, um acontecimento d a V1·ct a. ' '
_ guir precisa ser combinada antes da leitu
A sugestao a se . . _ ra.
. . e no final mostrarei as 1lustraçoes com O professor terá ma·18 ct· - .
con 1çoes de disparar essas conversas
uvou ler este .11vro ,, ca1.. . "

t los ossam observar. O professor coloca O .


11.,_h> e de enriquece-las se for leitor. Ao ler, descobrirá os autores
rna para q11e oc P . ~ v 10

,1be1~to sobre o tapete, na sua frente, com urna_ distancia razoá . q~e escreveram para adultos e crianças, quais seus autores pre-
vel que garanta que ele consiga ler e que as crianças observem dilet~s, seus gêneros preferidos, fará comparações, encontrará
as figuras à medida que as páginas forem folheadas. No final da versoes de uma mesma história, encontrará histórias de vários
lugares do mundo, distinguirá estilos, apreciará ilustrações,
história O professor mostra as figuras, com o livro virado para as
identificará editoras; enfim, estará mais preparado para for111ar
crianças, danclo oportunidade para todos observarem e fazerem outros leitores.
come11tários.
Lembre-se: para trabalhar a leitura com as crianças ternos de
Qt1ando as ilustrações tiverem urna função mais narrativa, po- criar espaços para ler e para falar sobre ela.
demos mostrar algumas antes da leitura (para criar suspense é
melhor não rr1ostrar as últimas) e fJerguntar: "O que será que
esta história vai nos contar?" E depois ela leitura eles apreciam as Pergunta S) Depois de ler, devo dramatizar uma
iltistrações 11ovamente. história?
Con·10 vimos, não existe um jeito único de mostrar as ilustra- Aqui, cabe a mesma resposta que foi dada à pergunta anterior.
ções. Ao planejarrr10s a leitura, temos de olhar atentamente para Algumas pessoas pensam que, ao dramatizarem, as crianças com-
os livros para t<Jrr1arn1os essas decisões, sempre levando em con- preendem melhor a história. Mas as crianças as compreendem e
ta co1r10 seré1 rr1ais proclt1Livo e cJivertido. interpretam com ou sem dramatização.
A dramatização é outra linguagem, voltada à· arte da ence-
nação e, assim como as artes plásticas, as artes cênicas tam-
Pergunta ~) O que fazer depois da leitura? Posso pedir bém têm seus conteúdos específicos. Se quisermos trabalhar
para as crianças desenharem? com teatro na escola, precisaremos investir russo, lendo sobre
o assunto, pesquisando e estudando, para nos apropriar desses
N<> CnJ)ft.1110 4. falamol.• l I ·t ra
ª so Jrc a prerJaração ela rocla ele ei ti ·
. ' < conhecimentos e fazer um bom trabalho com os alunos. Senão
Yttlc resgatar Llln }Jou \ d
CC) o seu co11te(1do JJara esta resposta. corremos o risco de trabalhar com o teatro de urna forma em-
O dcse11J10 a colagein . • · i des pobrecida, cheia de ensaios exaustivos, gerando um processo
l \ .. ) . _ '. e a pintura fazem parte das at1v1c a
(l:, t-lllC:.S(:J Stl()Jfll]) Ort· t~ · -o repetitivo e pouco criativo.
\ . ~·, :- _ ,,ltt ·issirrtas para o t1 aball10 com a expressa
1

<. ª t,l l<LÇ<.to, o reco11l1 · · . . a..


te riais· elas ct .· . eciirtei1to clé:lS técnicas e do1nír11O dos rn,
, " 1s1r1 a111 e o 11 t . d · se
nfio c11t leitura. eu os específicos das artes plástica

l)er>r>is ele ler tem a


I
co11versit sol)rc n, 1,\1·L os e e 110s })reparar IJa1·a di.spt11~ar urna bdo,
t ,. t1rt1 re·11·• · o
<~s1J:1~<> J)ara c1t1e l)r f ' izacla. E corno isso é feito? Abrin
o essor e e11.· 1 •niõeS,
a 1ças coloqt1em st1as opl •

I nterações.· r.orn, olhr,
:JS d,JJ ~
158
d . destacar a mensagem/moral de
Pergunta 6) Temos e . ncas? Pergunta 7) Que tal .
uma história ao ler para as cria " da Literatura _ comoe~s,nar alg~m conteúdo por meio
1 planeta? avar as maos, cuidados com o
q ual a mensagem do· liwor mas o que O SUiei-t
N·- . há que ,e perguntar ~ LtO
ao .. pensa sobre o que foi lido Por E:l.e:
QúEIRós, 20Q_;

Quar1.do Lemos ou contamos uma história:- ~ o precisamos tirar


rn 'J ra.lf n-...anhtt~,...
L '"" Ld.- Para incentirar boas. antudes e comp0 ?+.-.
u:::. de'" t.c1
_
Lil l .l

m~!ltos nãn precÉarn8s da m0ral das histórias: precisa.l'Ilos de


bo~ e_~~rnp!os~ dsd~ as stuações rt 1ê.íc;:; simples até as mais com-
pre~-;_;: d.;::_nd.a cotídia~

~.,r;;c de- 0 :1.1= Vcill E~-=- CQS_l)í"Le _ entã o? _.\s histórias forarn
- .. ....... .. - - - -
c-=i.aj;::b- p~ a~ a:r..I!.: os. :"L L! r~ ~1_17;.,: n2.o e._"º--c;na e a cnanç-a e-ra
cc~-i~-c::i; ...:ü: 6.:l~:o e-:- r:,;r.=~ru:rc; _ _.!Jg, r~rr~, hlstóri~ fora..rn
- . ..,
1
c~ r- .- :: e c.--::F:cr:re-.s p~·.::-::: p-:::::- J~ - CfL-= prec1~a~arn o ~r resplJS"L:;:
,-, - --: r--- -~
e..;__ e,.._._ _ ~._..__-'-- - - - ~--c- C- C...--
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Dez novas perguntas anti .
160
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para abrir a roda de gas p ar a sacUdir o esr;ue/,eto
161

Pergun t a 8) Já deve ter acont ·ct


cenc1a e ele p
A • eci o com você: lemos um livro na adoles-
leitura? ombra de dúvida. Mas não é Pr . arece enfadonho na vida adulta. Ou um livro difícil
. bom sem s ec1.. e chato na juventud d .
Cantar é muito . '. . . a roda de leitura. Antes temos de n . e po e ser maravilhoso anos mais tarde. Ou
t de 1ruc1ar . os amda realizamos l ·
so cantar an es os com isso? Que as crianças Prest ' uma e1tura em um determinado momento e
0 ue querem em mese~ depois ela muda completamente. Mas o que mudou, o livro
perguntar: q _ t- 0 acostumadas com o momento da leit
- ? Elas nao es a . ;,. . u.. ou leitor? E por que isso acontece? Estamos em constante mu-
atençao • d e na~0 fiquem em s11enc10 para poderrn
edo e qu os dança, aprendendo algo novo, tendo novas experiências na vida,
ra e temos ~ nfi mos na qualidade do livro que escolhemos?
ar? Nao co a . . observando o mundo, as pessoas, estudando, realizando novas
começ . leitura de forma suficiente? Se a atiVidact leituras, fazendo relações entre o já sabido e os novos conhe-
N- 0 preparamos a . e
ª . d ão é preciso cantar para abrir uma roda d
foi ben1 planeJa a 11 . ~ e cimentos, ganhando informação, passando por situações antes
leitura. A ate11çao- das crianças se instaurara
- com o tempo ' sem nunca vividas, descobrindo sentimentos e reações. Assim acon-
.
prec1sarmos de artifícios e de cançoes que peçam para _ as crian- tece com o adulto e assim acontece com a criança.
ças fi carem em Silêncio · Com o tempo e a compreensao . _ do valor
da leitura, elas demonstrarão interesse, porque cr1arao o hábito,
porque estarão sedentas, por respeito e por sabedoria. [... ] Literatura infantil passou a ser o texto que oferece pala-
vras e imagens mentais que permitem ao leitor se expres-
, sar, se entender, se encontrar. E, para que isso aconteça,
Pergunta 9) Temos de chegar a um consenso apos a não pode estar fechado em torno de uma mensagem úni-
leitura de uma história? ca. De preferência, deveria deixar de lado a preocupação
com mensagens e se concentrar nas possibi Iidades de ex-
Toda história já possui urna mensagem. O mais interessante disso pressão que existem no encontro do texto com o leitor.
é que cada um a percebe de uma forma. Claro que num texto (STRAUSZ, 2005, pg. 184)
existe o que o autor quis dizer. Acontece que, depois que ele
coloca sua ideia no papel, ela não mais lhe pertence. Para o lei-
tor, outras ideias serão geradas a partir dela, diferentes conhe- Uma mesma narrativa pode gerar inúmeros significados. Uma
cimentos serão acionados e assim cada um terá mais ou menos mesma palavra pode gerar inúmeros significados. Quer ver?
interesse, de acordo com suas interpretações, relações, sonhos, Se dissermos: fome, um adolescente pode lembrar da f orne que
sentimentos, sensações e emoções. sentiu no final de tarde do dia anterior e do tamanho do lanche
O que acabamos de comentar tem a ver com aquele que pega que comeu. Um migrante pode lembrar da fome e da miséria
ª história para si. Diante de uma história cada leitor terá uma que sua família enfrentou no nordeste nos a11os 1950. Um médi-
compreensão, uma reação diferente ( e i~so acontece tarnbéJII co pode pensa.r nas crianças que atendeu na África num projeto
qua~do se trata de uma narrativa oral). Não que a história se social. Cada um atribui um sentido de acordo com o que viveu
modifique, ela é a mesma, mas para cada um o enfoque será dado ou não viveu. Por isso, para muitos, o leitor é considerado coau-
de acordo com sua bag . / num tor do texto, porque dialoga com ele e até mesmo com O próprio
d t . · agem interior. Para uns o foco ficara
e ermmado personag ' tros autor.
na pes , em, para outros no conflito para ou ,
soa que esta lendo , ' tros, i
ainda, na ilustraçã _em voz alta ou narrando, para ou de
o, e assim por ct·1 , depen 1
do .momento em q ante. E isso tambem
ue a pessoa se encontra.

..
--
. uito, 0 que faço para rnuct
Pergunta ·1 O Eu não fe10 n1 ar I63
1-..,;

i5so?
1

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r11er1t~iri'1s i1e5~u~u~ ,
P~i.rri ir J.r lle e\cntos. e ,r1lo lmlç~u11er1tos de li\TO... e rlcorlh·o
cvrll e~ ritore::- e p~esffi1S s(1t1re liter~1ttm1, alê111 de . e1· t 1111 pas-
seio. _tJOlierJ corltribttir parn Sll[t [t~ roxi.I11açà o CO lll O lUU\·eI'SO da
Ieihih1 , Os jorr1ai$ tc.Ullbê r11 oferece1n bo11s 111at e1·iê.1is n respeito
· dos [3nçnn1er1tos e do tn1ball10 dos autores, alé111 d e eles 11lesn1os
já trazere111 \1irios ger1eros ( c1·óruc~1s, e11t1·e,-is tas , 1·ep ortagens f onte: Arquivo pe5soal da autora
etc. pelos qt1ais ,--ocê pode irliciar tia t1·ajetór·it1 le itora.

Pense en1 setis ir1teresses pessoais e faça sttas escolhas de Se você ten1 acesso a bibliotecas, sebos e livt"Ul'ias, pode co-
acordo con1 eles. Se ,·ocê adntira tm1 a1·tista ou tm1a p e1·s011alida- meçar const1lta11do e mai1useando algum exen1plar sobre o qt1al
de~ pode buscar boas biografias. Caso goste de cozinha1· hti vários 1
te1n curiosidade, para aume11tar seu i11teresse. Filn1es e peças de
livros de receitas e memórias nesse segmento. O in1portante é teatro, cuja llistória foi baseada en1 t1m li\rro, são boas fontes de
que seja prazeroso e o irnpt1lsior1e para a leitt1ra. ir1spiraçào. Você pode comparar o fil111e ou a peça teatral com o
livro , e saiba: a maioria costuma preferir o livro.

Caso você seja do tipo qt1e prefere realizar as coisas em grupo,


pode co11vidar amigos para n1ontar um clube cie leitura. Todos po-
dem ler o mesn10 livro e depois comentar, ou cada um lê algo di-
f e1·ente do mesn10 at1tor, ot1 gênero, e apresenta para os den1ais.

Certa111ente , os come11tários dos outros nos abrem possibilida-


des e opo1·tu11idades para novas escolhas q11e, sozinl10s, seriam
n1ais difíceis de realizar. •


..
7
E não" aca b ou-se o que era
doce" - Considerações Finais

ão inesquecíveis todos aqueles que nos apresentam, com en-


S tusiasmo, um novo sabor, um novo saber, novos mundos e
caminhos, especialmente quando essa apresentação ocorre em
uma das mais belas fases de nossas vidas, a infância. Conquista
um lugar permanente em nossos corações e mentes aquele que
nos mostra, com encantamento, um novo livro, um novo autor,
um novo gênero, novas possibilidades para nossas vidas. Quem
não se lembra de um professor ou professora que nos inspirava
admiração e surpresa por tanto conhecimento e, ao mesmo tem-
po, simplicidade?
A proposta de Interações: com olhos de ler - apontarnen-
tos sobre a leitura para a prática do professor de educação
inJantil é apresentar novos olhares para a atividade da leitura e
usar alguma experiência vivida para apontar caminhos possíveis
para os profissionais que têm o desafio diário de encantar e atrair
novos leitores.
Iniciamos com a apresentação do livro como fonte de conheci-
mento, informação e prazer. Na sequência, mostramos a ligação
perene entre esse objeto de desejo e a educação infantil, sempre
com o cuidado de mostrar como isso pode ser prazeroso tanto
para quem ensina quanto para quem aprende.
Como a leitura é (ou poderia ser) inserida no cotidiano da
educação infantil? Quais as boas práticas nessa área? Conceitos e
exemplos de modalidades organizativas: atividades permanentes,
, l11terações: ccnn l
o lios d
e ler

,. . didáticas e projetos didáticos são


. . seqt1enc1as 1· . ªPre
ocas1011a1s, objetivo de exp 1c1tar a ação do p ..
sentados, sempre com o rofes.
sor i1esse processo.
. tudo isso, dicas pa1~a a escolha do acervo
Para tempe1 ar d . , de ..
' e matei·iais que po em enriquecer a Prát•
finição de espaços ct· ica
'. llora de esclarecer as iferenças entre ler e e ·
Depois, chega a , . , on-
. ,. . atividades proxm1as, mas com caracteristicas
tar historias, ·· . es-
, peciais Cada uma com sua capacidade própria d
pec1ficas e es · _ d ? e
Pequ enos (e por que nao os gran es. ) .
encanar t os
A experiência aponta que, na maioria das vezes, as dúvidas são
recorrentes para diferentes turmas, escolas e professores. Longe
de querer esgotar o assunto, são apresentadas algumas dessas
questões e propostas de reflexão da prática educativa, muitas ve-
acervo de livros de literatura hoje em dia é imenso. Sele-
zes engessadas no tempo.
cionamos aqui alguns títulos para começar sua leitura com
No fim deste livro, o começo de um novo caminho, com su- as crianças. Talvez muitos deles você já conheça e esse será
gestões de leitura, para ajudar você a definir o rumo ou apenas um ótimo sinal para ir à biblioteca, sebo ou livraria, e conseguir
outros.
aumentar o ritmo de sua caminhada.
1 A divisão sugerida aqui foi somente uma forma para você loca-
Boas histórias!
lizar os livros de acordo com gêneros. Muitas vezes você vai per-
ceber que um livro indicado para zero a três fará muito sucesso
com os de três a cinco anos e vice-versa.

Para crianças de três a cinco anos


Contos tradicionais
São contos que nasceram da tradição oral e são conhecidos no
mundo todo, por isso pertencem ao nosso legado cultural. Não
têm autoria, caíram no anonimato, ou seja, surgiram há muitos e
muitos anos e ainda persistem no tempo. Você encontrará nomes
de autores; isso quer dizer que esses escritores ouviram, pesquisa-
ram, leram essas histórias de dorrúnio p.úblico e as reescreverani.
l
AZEVEDO Ricardo. Armazém do folclore. São Paulo: Ática,
2000.
AZEVEDO Ricardo. Contos de enganar a mo~e. São Paulo:
Ática, 2003. . ~ · ·
- .
,
.. llY 1- s ele {.e-,Ju ra
Hi tórias de bobos, bocós, hurraldo 169
~ ?E\'EDO Ric:lfdo. s ( . 9009 se
alho-e~ São P:1t1lo: t\t1ca, .... 1'1ACHADo, Ana 11ari Hª , . ,
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.. u . 1stor1as a brasileira 4. São Paulo:
pnsp :,. .
. . No nteio da 1101te escura te111 um Pé d
~'"\ZE\,~ 00. R1cn1do. ~ . " •) e
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por 1ne 10 de rect1rsos fan t.asiosos
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AARDEivlA Verr1a Po ·do
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de passar algum ensinamento n1oral.


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1·1,,,, ·,~'fifi t!:~<·nlri . 111: Na po1-ita
cl,, li 1• 1 - {)llm1>intl11 cln lí11 ij111, fltlrt 11"t1~Hfl ,~scrcvc~n,1,, •1 fu-
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. ,,i olhos de
18!! ler 5'uge2stões ele leitura
. es o conto de fada. São Paulo· Á .
COELHO, Neil)º N º''ª . tiea, · 183

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So a o eça - s

/ A Cole,cão JnterAções fo i co nce bid a co m o d iálog o abe rt


e fértil 'com os professo res de Educa çã o Infa ntil e Ensi 0
Fundamenta l sob re tema s q ue inq ui et am a to do s os
profissiona is da ed ucação. Os livros foram escritos por
professores para professores e p ro põem conve rsas,
como aque las que acontece m na sa la dos p rofessores,
quando trocamos experiênc ias . Fu ndamenta ção,
exemp los, sugestões e, cl aro, a troca de ide ias com
professores protagonistas, q ue at ua m com crianças e
alunos protagon istas!

So e s e I m

A leitu ra perm ite vi agens a mun dos inte rn os e


externos, ficção e rea li dade. Já se sabe que para q ue o
hábito de le itura se estabe leça, as cria nças nece.ssitam
estar em contato com os livros e a litera tura desde
pequenas. Este livro aborda as vá ri as maneiras de se
ap resenta r a leitura às crianças na educação infa ntil,
semp re de forma contextualizada, com sentido e
sign ificado, com o propósito de dissemina r o a mor aos
'livros. Assi.m, contribuiremos para a co nstru ção desta
importante competência.

ww u . b lu ch e r. co m .b r

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