Resgatar a imagem original de Lúcifer é resgatar a luz original, seja do masculino hoje
também deturpado, seja do mundo descencionado hoje marginalizado, seja do ser humano
hoje esquecido.
Alimente o espírito e chegará aos Deuses que habitam seu interior. Alimente a matéria e
chegará ao ápice da Criação Divina.
O Caminho da Galhada é a Reconquista do Poder!
A vida brota em perfeita e infinita vertente e os Titãs tiveram filhos entre si. Sendo
assim, Oceano (Oceano, a Força Sagrada de toda Água) e Tétis (Tétis, a Força Sagrada do
Grande Útero – o Mar) tiveram as Oceânides.
Algumas das Oceânides personificam ainda hoje as próprias Bênçãos Divinas, tais
como Métis, a Sabedoria e o Conhecimento; Pluto, a Riqueza; Tique, a Boa Sorte e a Fortuna;
Telesto, o Sucesso; Peito, a Persuasão; e Calipso (Kalypso) a "Ocultadora". Algumas nos
ensinaram coisas que mudaram o caminho da evolução humana como Filira (Fylira), a
Oceânide da Cura, Beleza – perfume e papel, foi ela quem nos ensinou a fazê-los. E outras
estão presentes no desenrolar de nossa evolução como Clímene (Klymene) a Benção do
Renome, seja Fama ou Infâmia, que foi desposada pelo Titã Jápeto, e concebeu Epimeteu,
Prometeu, Atlas, Menécio e Héspero.
E em um tempo onde as Forças Sagradas reinavam
em Gaia. Quando os Imortais emanavam a vida. E
todas as criaturas da Terra foram obra de vários
deuses - que as plasmaram inicialmente com
terra, limo e fogo. Pois a palavra latina homem
está ligada a humus (terra).
Tempo em que a centelha divina de imortalidade
percorria todo o Globo. Época em que os Deuses
incumbiram a Prometeu e Epimeteu de dar aos
seres as qualidades necessárias para que se
sustentassem quando viessem à luz, tornando-os
assim Guardiões da Humanidade.
Os Titãs Gêmeos representam a oposição criativa da polaridade para a dualidade.
Assim como a ambivalência da psique humana e o símbolo da oposição criada
pelos mundos: interiores e exteriores, conscientes e inconscientes, espirituais e
materiais, que provocam a magia necessária para toda e qualquer ação criativa.
A polaridade dos Gêmeos Titãs simboliza o movimento oposto ao da libido, o
caráter ascendente e descendente. São Eles os opostos que possuem movimento
compensatório que tem por finalidade manter o equilíbrio psíquico, corrigindo a
unilateralidade.
E foi assim que conforme o Mito, Epimeteu começou obviamente antes de
seu irmão, a distribuição das qualidades e Prometeu seguia a distribuição
através de uma ação compensatória. Epimeteu deu a alguns a força, a
outros deu apenas velocidade. Outros receberam garras e outros as armas;
a outros concedeu grandeza em tamanho e assim seguiu sua distribuição.
Prometeu após análise, proveu as soluções e, aos pequenos, como os
pássaros, por exemplo, deu-lhes asas, para que fugissem dos maiores. E
assim todas as qualidades foram distribuídas para que houvesse um
equilíbrio, e não viessem as espécies destruir umas as outras.
Mas o tempo passou para todos e para
tudo, e os Titãs Réia (A Grande Mãe) e
Cronos (O Pai do Tempo), já haviam
tido 5 filhos. Cronos porém, para
entregar o poder e comando ao filho
escolhido e no tempo certo, optou por
engolir os filhos anteriores a este,
assim que nascessem, e somente
quando Zeus, seu sexto filho nasceu é
que o Titã, engoliu uma pedra dada por
Réia no lugar da criança, diz a lenda,
para que o filho sobrevivesse. Analiso
aqui o Mito, com a devida Investigação
Intelectual Sagrada, que obviamente
Cronos sabia que estava engolindo uma
pedra, pois era um Titã, um Imortal,
uma Força Sagrada, um Deus do
Princípio, e portanto não era
desprovido das capacidades precisas
para distinguir um bebê de uma pedra.
A pedra é o símbolo da
Instauração. Símbolo do
poder de Gaia para a
construção. Representa a
entrega de Cronos ao
filho Zeus de seu trono. O
primeiro Trono. Sendo
assim cumpriu-se a
profecia para a evolução
dos mundos e Zeus
assumiu o poder
trazendo de volta seus 5
irmãos, que embora
engolidos não estavam
mortos – pois há uma
gigantesca diferença
entre ser comido e ser
engolido.
Assim aconteceu há 50 mil anos aproximadamente, a grande
transição em Gaia do período das Forças Sagradas para
Instauração da Ordem Divina. Chegamos então ao momento
para a mudança de consciência em nossa humanidade. E o início
da fixação do homo-sapiens como veículo material para a
evolução espiritual em Gaia.
Da mesma forma que Cronos havia sucedido ao Pai Urano
diante da gigantesca empreitada para organização após o fim do
Caos, era chegado o momento de Zeus seu filho assumir, e
instaurar a Ordem Divina, pois tudo que havia sido criado
durante o período das Forças Sagradas em Gaia, precisava agora
de Forças Divinas para guiá-las. Uma Ordem para a evolução.
O Olimpo e sua função
Gaia é o Planeta Útero de nosso Sistema Solar, é aqui que todos os Deuses
sopram seus filhos para que a evolução primeira aconteça. Por isso nossa casa é morada,
caminho e extensão de muitos outros mundos. Somos a extensão de muitos outros
planetas, de muitos outros reinos. Mas seria impossível manter a Ordem em todos os
Mundos se todos os Deuses tivessem que aqui permanecer. Este é o motivo para formação
do Olimpo, onde os Deuses poderiam observar seus filhos mais novos de um único lugar,
de local e acesso mais facilitado. Embora muitos Deuses ainda passassem a maior parte de
seu tempo junto aos humanos e suas demais criações em Gaia.
E há 50 mil anos, o Olimpo, e a sua primeira geração de Deuses se estabeleceu:
Zeus, Hades, Posseidon, Hera, Héstia e Deméter. Com o propósito de manter a
Ordem Divina estabelecida até aqui e cuidar da evolução da humanidade.
Tornando possível aos Deuses, cuidar também de seus outros mundos de forma
mais completa, visto que com a evolução dos primeiros espíritos, muitos já
estavam partindo para casa de seus pais ou destinos mais superiores em
consciência, unindo-se a outros povos, mundos e irmãos. O expandir natural da
vida para a evolução.
Prometeu e Epimeteu continuaram seus trabalhos como guardiões da humanidade
e foi nesta época que os feitos de Prometeu diante dos Deuses a favor da
humanidade começaram a se destacar.
No início os Deuses e os homens comiam juntos, comungavam do mesmo alimento
porque não havia diferença entre os Deuses e suas criações. O mito de Prometeu começa
na Idade de Ouro, e descreve o estado paradisíaco inicial. Analisando aqui o “ato de
comer juntos”, podemos encontrar em seu significado a comunhão pacífica e harmoniosa
para o desenvolvimento humano. Pois nessa época, os seres humanos eram como os
imortais e todas as necessidades eram satisfeitas, antes mesmos de serem percebidas.
Este Mito descreve a realidade psíquica na ausência da consciência, o seja, o estado
primordial do ser.
O Refinamento da Espécie
Pelos versos acima em Metamorfoses de Ovídio, fica clara a análise de que Prometeu e seu
irmão Epimeteu cumpriam as Ordens das Forças Sagradas em Gaia, pois esta recém
separada do Céu (Urano) ainda possuía partículas celestes, que espalhavam a faísca
Imortal.
Certo é que a humanidade foi
criada por todos os Deuses e
Imortais que aqui estavam
durante o período primeiro,
determinados de Forças
Sagradas, e posteriormente,
coube a Epimeteu e Prometeu a
distribuição das características
necessárias a sobrevivência da
raça humana, assim como de
todas as demais espécies.
Contudo é preciso que se
mantenha a Investigação
Intelectual Sagrada, e para
tanto não fixemos nossas
mentes no Mito como mera
verdade ilustrativa e sim como
enigmas de uma verdade.
O Sacrifício Negociado
Dos três combates descritos por Hesíodo para
Zeus, afim de que este consiga a hegemonia, a
disputa contra Prometeu (Teogonia, v. 507-
616) é a primeira. Ele acontece quando os
Deuses decidiram diferenciar os Imortais dos
Mortais (T., v. 535).
Dentro da Investigação Intelectual Sagrada,
este combate se dá para instalar as diferenças
que possibilitam o Cosmos. Neste primeiro ato
Zeus representando os Imortais e Prometeu
representando os Mortais se reúnem para
estabelecer a Ordem Divina, ou seja,
diferenciar a humanidade das divindades.
Hesíodo o descreve assim: "As vigorosas mãos desse gigante trabalhavam sem descanso,
e os seus pés eram infatigáveis; sobre os ombros, erguiam-se as cem cabeças de um
medonho dragão, e de cada uma se projetava uma língua negra; dos olhos das
monstruosas cabeças jorrava uma chama brilhante; espantosas de ver, proferiam mil
sons inexplicáveis e, por vezes, tão agudos que os próprios deuses não conseguiam ouvi-
los; ora o poderoso mugido de um touro selvagem, ora o rugido de um leão feroz ;
muitas vezes — ó prodígio! — o ladrar de um cão, ou os clamores penetrantes de que
ressoavam as altas montanhas."
Tifeu, ou Tifão – filho de Gaia com o Tártaro – representa a força primitiva e
descencionada de Gaia, sua força primordial, selvagem e instintiva. O Mito refere-se ao
Poder Iniciático de Gaia instituído ao Deuses Olimpianos. Descrevendo que para evitar
o encontro com Tifeu, quando este atacou o Olimpo, os Deuses fugiram para o Egito e
transformaram-se em animais. Referindo-se obviamente ao ato de assumir a ligação
descencionada com Gaia e suas forças criadoras, os animais representam as forças
interiores de cada Deus perante a Criação. O Mito da Floresta e o encontro com os
demônios interiores. Assim os Deuses perpetuaram sua presença em Gaia, diante de
todas as Ordens Divinas, ascencionadas e descencionadas.
O roubo do Fogo
Resumo do Mito
Prometeu, sabendo que a
humanidade se destruiria por sua
incapacidade de alcançar o
Sagrado, rouba o Fogo Olímpico e
nos entrega. Já possuíamos o fogo,
mas não sua consciência espiritual.
Assim, a humanidade ganha um
novo caminho para sua evolução e
é salva da destruição.
Prometeu foi condenado
por Zeus (segundo o Mito) a viver
preso a uma montanha, onde todas
as manhãs uma águia lhe comia o
fígado, que a noite voltava a
refazer, devido a sua imortalidade.
Energeticamente o fígado é responsável por manter o livre fluxo do corpo.
Assim, ele direciona a circulação do sangue e regula principalmente o ciclo menstrual.
Chegando a ser considerado o órgão mais importante no corpo feminino. Mas o seu
principal papel é o equilíbrio emocional, (sangue-água-corpo) é ele o responsável
energeticamente por todas as nossas respostas e estímulos emocionais.
Nossas emoções passam pelo fígado 24h por dia, boas ou ruins, e são por ele
equilibradas. Quando reprimimos nossos sentimentos, desvalorizamos nossas emoções,
subestimamos nossa água, ele entre em um desequilíbrio energético, que irá se
manifestar de diversas formas, dependendo da sua localização. Podemos então, ter
insônia, hipertensão, enxaqueca, gastrite, tensão pré-menstrual, e por aí vai.
Sendo assim, retirar o fígado magicamente, ou tê-lo comido pela ave de Zeus, é
uma alusão máxima no Mito ao fato de ter retirado de sua matéria ciclicamente a água, e
portanto o feminino ativo.
O Mito também fala que Prometeu foi preso por Hefesto na pedra, por correntes
por ele forjadas. Assim temos o seguinte processo mágico a nossa frente:
Prometeu sobre a pedra (terra), preso a ela por correntes (terra + fogo) e tendo o
fígado comido (água sendo retirada) pela águia (ar).
Resultado: a dualidade potencializada para o Masculino.
Ao mesmo tempo que podemos analisar que ao prender sua matéria na pedra,
Hefesto, Deus do Fogo Olimpiano, concede a Prometeu a ligação entre o Sagrado Cósmico
e a Matéria de Gaia, ficando claro que a matéria, ou seja, o corpo de Prometeu, ficaria
guardada na pedra, mas seu espírito imortal estaria ligado ao solo de Gaia, lhe permitindo ir
e vir livremente. Esta parte do mito explica como durante todos os anos que esteve preso
ele caminhou por Gaia, como a Estrela da Manhã, Pã, Guardião das Florestas e tantas
outras faces de sua transformação.
O preparo de um Portador de Fogo!
Tornando-se o Portador da
Luz, assumiu seu novo lugar e trono, o
Mundo Inferior. E isso reflete-se no
Mito na passagem em que ele assume
o “carregar a humanidade nas costas”.
Ou seja, viver no mundo abaixo de
nós, e nos ajudar na evolução e
equilíbrio que ele afirmou sermos
capazes.
Durante este longo processo,
Prometeu não estava sendo punido
por Zeus e sim transformado!
Escolhido para tal e com total
consciência sobre sua transformação.
Lembre-se que é Prometeu, o que
analisa antes de prover!
Tanto que sua história e
feitos não ficaram parados durante
todo este tempo... Ele é citado como,
já falamos, como o Portador da Luz
pela história da humanidade.
E chegamos a Hercules e Quíron. Foi Hercules quem abateu a águia de Zeus e
Quíron, o centauro ferido, que se ofereceu para ficar em seu lugar. Ato que garante o fim de
seu sofrimento, pois foi desta forma que Quíron desceu ao Tártaro. Coincidentemente onde
hoje está a cura para nossa humanidade.
Hércules é filho de Zeus, e mais uma vez o processo circular para a evolução se
remonta. Somente quem fere pode trazer a cura. E neste caso temos duas análises: Quíron
é ferido por Hércules e sendo Imortal, sua ferida será eterna até que o próprio Hercules lhe
ofereça a cura. E Hercules é o filho de Zeus, que liberta Prometeu, encerrando o ciclo de
transformação. E caminhando para mais perto de sua própria cura, visto que seus 12
trabalhos são determinações para cura de sua Jornada.
A Imortalidade e suas infinitas formas nos faz chegar a conclusão que durante
os quatro primeiros mil anos de sua transformação, Prometeu preso à pedra passou
pelo Grande Mistério Iniciático de Gaia nos quatro elementos, para se recolocar diante
da evolução humana. Neste tempo, a humanidade caminhava pela Era de Gêmeos,
onde a comunicação se firmou através das palavras e onde reconhecemos a primeira
semente da escrita. Ele não deixou de interagir, de se revelar em outras formas. Vamos
a uma comparação sistematizada da história através das Eras e suas emanações.
Além dos conceitos, características e poderes do signo que rege determinada
Era, há também a correspondência com o seu signo oposto. É preciso considerar que
cada Era comporta um eixo com seu signo oposto, onde a leitura e sua evolução
comportam uma dialética fluídica e constante.
Era de Câncer há onze mil anos
Eixo Câncer – Capricórnio
Dez mil anos
* O roubo do Fogo Sagrado
* Fim do Dilúvio
* Início da Consciência sobre o Sagrado Feminino
Enquanto a água da Lua invade a Terra e nos leva a um refinamento de nossa espécie no
brotar de Lilith – Deusa da Consciência, que desperta o Sagrado para a Dualidade, o fogo
da Era anterior (Leão) é guardado para a humanidade. Mas desta vez para sua busca pelo
conhecimento. Para que a humanidade busque a evolução através da luz da sabedoria.
Era de Gêmeos há oito mil e setecentos anos
Eixo Gêmeos – Sagitário
* Mais antigo registro encontrado de Lilith - Lil, 8 mil anos, que aparece na
formação de vários nomes de divindades assírio-babilônicas; e posteriormente Lillu,
Divindade sumério-acadiana.
* Início da Organização simbólica para linguagem.
A primeira referência a Estrela da Manhã foi há seis mil anos, por isso foram quatro
mil anos em que Prometeu se manteve ligado à pedra, tendo sua matéria unida
espiritualmente a de Gaia, o Ciclo Iniciático dos Quatro Elementos. E é exatamente
durante metade deste tempo, ou seja, há oito mil anos, que a humanidade começou
a caminhar sobre a luz do conhecimento.
Preso à pedra pelas correntes de Hefesto, transmitia ao mundo seus ensinamentos.
Foram estes seus primeiros quatro mil anos. É impossível aqui não traçar paralelos
com Lilith. A Deusa da Consciência humana, filha de Gaia que nasce no erguer da Era
das Águas de Câncer é o oposto dual de Prometeu, o Titã preso a Gaia, “aquele que
analisa antes de prover”, entre as correntes do Fogo Ascencionado, torna-se o
Guardião do Conhecimento.
Era de Touro há seis mil
e quinhentos anos
Eixo Touro – Escorpião
E pouco depois, no século V, início da Idade Média, o nome Lúcifer passou a ser o nome do
anjo chefe de tal rebelião. A fábula da revolta dos anjos contra Deus se tornou tão popular
que muitas pessoas acreditam que ela está na Bíblia, mas na realidade em seu início nunca
esteve.
Assim a Igreja orquestrou a criação de Satã,
Lúcifer e o Diabo. Que realmente se
estabeleceu somente nas demais traduções,
considerando como Lúcifer, o estado ao Anjo
Caído; Satã ou Satan para adversário ou
opositor e Diabo para caluniador. Conforme
suas etimologias.
Lúcifer
Somos a Liberdade
Somos o Povo
e a Fé Antiga!
Arquétipo: O Mago
Lúcifer
O Contador de Histórias
Existem infinitas variáveis na Tradição Imortais da Terra para
ritualísticas de resgate da psique humana ao Sagrado Masculino. E
dentro dos impulsos formadores da personalidade, é necessário
recuperar o espírito e a matéria... A alma e o corpo, principalmente
de nossos futuros homens em Gaia.
Trabalhar a semenarca, cujo o inconsciente reprimido traduz como
algo sujo e secreto, é a transformação do Sagrado Interior e a base para a
recuperação de nossa semente. A primeira ejaculação que durante
milênios foi trabalhada em nossa alma como algo físico, mundano e até
pecaminoso... É a negação mais clara de nossa ligação com o Divino que
nos habita.
A Semenarca é o primeiro rito tribal do Sagrado Masculino e
nossa Civilização deturpou seus valores. É o primeiro passo Iniciático
ao Universo Masculino, é o primeiro Dom desperto pelo homem,
sua primeira conexão com a vida e suas capacidades,
responsabilidades e possibilidades. O Patriarcado perverteu esta
passagem para que o homem perdesse seu poder.
A banalização do processo de Maturação e Iniciação Masculina fez
com que o homem caminhasse para longe de sua essência.
Hoje nossos jovens, passam
pela semenarca e chegam à
vida sexual perdidos,
inconscientes de seus poderes
e completamente desconexos
de sua energia Sagrada! Por
isso é diante de Imbolc, que
acontece o primeiro dos Ritos
de Maturação da Tradição
Imortais da Terra para o
Sagrado Masculino. O Rito aos
meninos que alcançaram a
maturidade natural em seu
corpo. É a coroação do Garoto
do Pólen, a celebração
daqueles que agora geram suas
sementes.
A partir daqui o
menino/homem se
transforma no Mago,
sua energia começa a
ser trabalhada para que
ele tenha acesso e
poder a sua emanação
Sagrada. No Arquétipo
do Mago ele vive o
princípio criador ativo,
pois ele representa a
consciência solar sobre
a reserva individual de
poder e forças, e a
busca pelo
autoconhecimento
para autoconfiança.
Os Ritos de Maturação, dentro dos Imortais da Terra são realizados pelos Mestres
homens de nossa Tradição, se iniciam em Imbolc com o fechamento no mesmo
Sabá da Roda seguinte, envolvem teorias e práticas sobre o Universo Sagrado
Masculino.
Lúcifer
O Contador de Histórias
Aquele que mantém o legado vivo e
intacto, é com certeza a expressão
sagrada mais apropriada para reger as
primeiras informações e teorias sem
que estas sejam deturpadas por
qualquer outra forma de condução
espiritual, ou opinião pessoal. O Garoto
do Pólen possui agora um Guia para o
poder... A possibilidade de transformar
uma noite na floresta ao redor da
fogueira em uma grande aventura.
Assim como Lúcifer nos guiou quando a
humanidade dava seus primeiros passos
à construção do Sagrado diante de
Semiramis e Nimrod, Ele agora
conduzirá o caminho a sabedoria do
Universo Sagrado masculino. Este é um
processo individual que respeita o
tempo e a necessidade de cada ser.
Com a Primavera os Ritos do Sagrado Masculino ganham cor e corpo. E
trabalhamos com nossos Guerreiros despertos o empenho e o preparo por uma
causa.
. Pois é na força individual e no preparo único a cada jornada que nutrimos
nosso espírito. Quando o homem em qualquer idade, vivencia o Arquétipo
Guerreiro entregue pelo Deus, coloca-se diante do combate individual. Onde não
estão em pauta somente a bravura ou a força física, mas sim a experiência
espiritual que modifica radicalmente o modo de ser, ou a personalidade do jovem
guerreiro.
Nas sociedades primitivas envolviam Ritos em que os jovens eram
levados ao ponto extremo de sua humanidade, para então poder
transmutá-la através da vivência de seu instinto mais primitivo.
Este é o momento vivido na prática, ou melhor, em carne e osso,
através de vivências e experiências físicas com reflexos espirituais
e mentais. O real treinamento do Guerreiro.
A Primavera explode em aromas e cores
para todo e qualquer Macho, sendo assim
com certeza é o momento da Roda em que
o Sagrado Masculino mais se entrega a
experienciação do êxtase vital. Meninos em
Ritos de Maturação, entram pela primeira
vez na floresta; Jovens pagãos organizam
noites de vigília a luz de fogueiras e trocas
de conhecimento a espera da Estrela da
Manhã; Novos Aprendizes homens são
recebidos no Clã Menir de Esmeralda, onde
os Ritos de força, coragem e determinação
ganham proporções reais no solo da
floresta. É a presença do sagrado na vida
cotidiana, nas responsabilidades civis e
sociais. A principal referência aqui é com a
formação dos Jovens que serão os adultos
do amanhã, mas todo o ser enquanto
humano retoma sua Juventude Sagrada, e
esta irá se refletir na construção individual,
na eterna formação humana. Formação
esta, com base moral no intuito de forjar
valores e o caráter individual.
A Tradição Imortais da Terra
acredita no ser humano e sua
capacidade de recuperação, e esta é
a chave para os trabalhos com os
homens adultos que chegam até nós
com o sagrado masculino distorcido
pela sociedade patriarcal que os
corrompeu em seu poder original.
Assim nosso apoio principal são as
atividades do Grei Estrela da Manhã
– um grupo aberto a comunidade
local masculina, mantido por
Mestres Imortais da Terra homens,
com a finalidade de acolher os
Filhos do Sol que começam a dar
seus primeiros passos diante do
Sagrado Masculino, e é em Ostara
que as atividades anuais do Grei são
organizadas, agendadas e
elaboradas pelos Mestres, para as
mais diversas localidades.
É neste contexto que Lúcifer
assume seu Poder Eterno de
Guardião das Florestas,
onde nos conduzirá a
todos... Aos enfrentamentos
necessários para
autoconhecimento.
Muito mais longe do que o
campo e a estrada de nossos
medos e demônios
interiores. Muito mais rico
do que a capacidade de
iluminar novamente a
floresta. Nos ensinando a
entrega necessária ao ser
humano completo!
Três Atos de Valor ao
Homem Esmeralda
União, Poder e Sabedoria regem a
Grandeza de sua Existência
Sabá Beltane
40 dias após o
Equinócio de
Primavera
31 de outubro
Arquétipo
O Amante
Lúcifer
O êxtase das florestas
União
Nosso maior legado não é
medido por valores materiais e
sim existenciais. Somos aquilo
que plantamos e nossa colheita
é eterna. Relações são uniões
para a Grande Jornada. O poder
de tornar a caminhada mais
fácil e feliz, ou mais dura e
perigosa pela floresta. O
autoconhecimento é a chave
para a busca de sua outra
metade em todos os âmbitos,
uniões são espirituais e não
materiais, assim sua busca é
muito mais profunda do que o
encontro com os vícios sociais
ou as amarras culturais.
Uniões erradas são a prova real do quanto caminhamos cegos ao nosso
destino! A cultura patriarcal tornou o homem solitário, pois a procura
desesperada e cheia de erros revela um ser eternamente insatisfeito
consigo mesmo. O homem que banaliza seu sexo, banaliza sua energia, sua
semente, seu legado e sua herança. Não existe o amor verdadeiro, ou é
amor ou simplesmente foi mais uma ilusão da carência humana.
Toda União deixa frutos
Na vida, no mundo ou na mente!
O sexo é o ápice do Sagrado humano. Banalizar a vida sexual é
caminhar para longe de si mesmo. O Paganismo não é contra o sexo
livre! É contra o sexo sem consciência. Nossa energia é Sagrada e
cultivar o espírito é tão importante quanto cultivar a matéria. A
Magia Sexual é a base dos Mistérios deste Sabá, mas não a temos
como Rito principal ou generalizado, ela compreende parte do
caminho ao Iniciado diante do sagrado Masculino e Feminino.
Poder
Poder sobre, poder para, poder quando, poder onde?
Qual o real
Poder
Masculino
hoje? Qual a
importância
do homem
hoje?
O homem precisa resgatar seu poder, somente desta forma ele não será
eliminado do sistema social futuro. O poder masculino não é mais necessário para
a manutenção da vida, somente para sua geração. Corremos o risco de uma nova
sociedade matriarcal.
Hoje é cada vez maior o número de homens e mulheres gays. E esta
orientação sexual sempre foi utilizada em jornadas encarnatórias com o intuito
de valorizar a energia feminina. Homens Gays valorizam em demasia a
energia feminina, desequilibrando o Masculino Essencial. Mulheres Gays
supervalorizam o feminino e aniquilam completamente a energia masculina
externa, tornando a sua energia maior e dominante.
Todavia, mulheres e homens gays procuram o resgate do Sagrado Feminino,
vindos de uma longa caminhada espiritual, mas meu alerta aqui é para o fato
de que o resultado será Matriarcal! Portanto em desequilíbrio novamente... A
Orientação sexual é resultado de uma Jornada Evolutiva e todos iremos
caminhar por todas as faces do sagrado, mas está na hora de equilibrarmos o
Divino independente da Orientação Encarnatória.
Arquétipo: Ancião
Lúcifer
O Velho Sábio
Sabedoria
Existe um
gigantesco abismo
entre o futuro do
Sagrado Feminino
e Masculino hoje
em Gaia. 90% dos
que caminham ao
encontro dos
Deuses Antigos
são mulheres.
O Deus em sua
face O Mártir
Arquétipo: Limitador
Lúcifer
O Guardião da Honra
O Caminho para A
Sabedoria é a Morte. Não
há como ignorar que a Era
de Aquário chegou.
Estamos diante do Tempo
Comum e para caminhar é
preciso abandonar o Velho
Homem de Peixes. Para
tanto o trabalho espiritual
volta-se para a libertação
dos Dogmas e
Fundamentos religiosos
que conduziram à
inferioridade humana.
Por isso o Sagrado Masculino
Imortal da Terra mobiliza-se
para a Libertação do homem
de Peixes! Ou seja, a
Construção do Homem de
Palha. É o Rito dos
Sacrifícios, onde o desapego
é a palavra chave. O Homem
de Palha é construído por
nossos homens, mas ficará
vivo até Samhain, durante
seu processo de libertação, o
Deus em sua Face “O
Mártir”, acolhe a todos nos
Ritos individuais de morte.
Sua queima acontece em
Samhain.
Lúcifer agora é o Guardião da Honra. Somente aquele que prevê antes de
prover é capaz de guiar as escolhas. Somente aquele que enfrentou o
Universo Sagrado no maior Rito Iniciático a um Imortal na história de nossa
humanidade e sua evolução, pode conduzir à iluminação. Somente um
Imortal, que se fez Guardião do Fogo Sagrado, que gerou a evolução da
humanidade e a reconexão desta ao solo de Gaia, ao Universo Sagrado e ao
Divino Interior, é capaz de medir a Honra do ser individual, e diante desta
mostrar a luz ou a escuridão de sua partida.
Sabá Samhain
40 Dias após o
Equinócio de Outono
01 de maio
Arquétipo: O Sacrifício
Lúcifer
O Portador da Luz
Diante da Força e Poder para o
Sagrado Masculino em Gaia,
Samhain marca o retorno do
Deus na honra que antecede a
morte. O homem precisa escutar
as batidas do tambor do passado,
ele é o chamado da Mãe Terra e
de suas filhas sedentas por um
novo caminho à humanidade. Só
assim irá reaprender a viver para
construir o dia de sua morte com
honra. Assim não precisará mais
viver com medo da própria vida.
Não precisará mais temer a
escuridão e encontrará a luz da
sabedoria diante de todos os
tempos.
Para a tradição Imortais da
Terra é ao entardecer do
último dia que o Deus
aceita a oferta da Foice, e
leva com Ele mais um
pouco das castrações de
seus filhos. É quando o Sol
se deita pela última vez
antes do fim, que o
sagrado Feminino revela
sua Mãe Negra e suas
filhas acendem o fogo
redentor.
É Lúcifer quem entrega a chama do conhecimento necessário para a
compreensão do Momento Sacrificial, e se une às filhas de Lilith - as
fêmeas que sangram sem morrer, para que o Sagrado Feminino execute o
Rito Final do Deus, e o conduza ao renascimento eterno! Pois sem a
Deusa o Sagrado Masculino caminharia ao fim.
Exatamente como tudo em Gaia, a eterna Dança da Vida só é completa
pela harmonia entre a Dualidade e a Polaridade Sagrada.
Astrologia
O Asteroide Lúcifer (1930) foi descoberto
por Elizabeth Roemer na Estação de
Observação Astronômica de Flagstaff/
Arizona - Observatório Naval dos Estados
Unidos no dia 29 de outubro de 1964. É
interessante registrar que em uma época
de figuras notáveis masculinas na Ciência,
Lúcifer foi descoberto por uma mulher e
quando o Sol estava em Escorpião. Fatos
que reafirmam as Profecias do Povo
Antigo Pagão, movidos pelo Escorpião da
Senhora dos Úteros, que despertará os
Dominadores de Elementos em Gaia. Pois
Escorpião rege a Verdade e Lúcifer rege a
Matéria.
Lúcifer carrega o Mito da Luz para o Conhecimento, enquanto suas
influências no Mapa Natal transbordam em Sabedoria para a busca da evolução.
Ele resgata a força primordial humana e remonta o Sagrado de forma completa
em sua polaridade e dualidade. Lúcifer revela a dinâmica espiritual de cada ser
enquanto buscador de suas verdades. É imprescindível diante da Era de Aquário
que a interpretação de Lúcifer seja enfatizada para o equilíbrio da humanidade.
Ele oferece as respostas mais profundas aos questionamentos de poder,
conexão e resgate para o caminho até nosso sopro existencial, destino ou
missão sagrada. Lúcifer é o ponto de encontro com a origem do ser, a essência
mais necessária de ser cultivada hoje para que o amanhã seja completo.
Sua energia pode ser analisada como a demonstração da
matéria solar, ou a luz que guia pela floresta escura até o próximo
amanhecer. Pode ser a chave para os enfrentamentos mais
obscuros e o grande clarão que cega, antecedendo a qualquer
iluminação.
Vibração Espiritual: O Universo Material
Vogais: 3+9+5=17/8 - Infinito
A vibração “Alma” de Lúcifer reflete o infinito poder do equilíbrio final. O número
oito representa o Planeta Terra em sua manifestação, Gaia. São oito os Sabás;
quatro os elementos que possuem parte matéria e não matéria; oito são os raios
da senda óctupla; oito são os braços da Cruz Solar. Se a divisão por quatro traduz
o mundo terrestre, a divisão por oito, expressa também o mundo intermediário, a
ligação entre o céu e a terra, representando a manifestação cósmica para
plenitude ou totalidade.
Vibração Material: O Universo Sagrado
Consoantes: 3+3+6+9=21/3 – Criação Divina
A vibração “Corpo” de Lúcifer reflete sua pura expressão. O número
três simboliza a realização, é a expressão sensível e perfeita de toda
Divindade. É a Trindade, a Trina Face ou a Chama Trina. Vibra o
resultado, é a expressão do humano em corpo, mente e espirito.
Três são os Graus Iniciáticos de diversas Tradições, religiões e
filosofias. Três é o número do futuro, o receptáculo da Vontade.
Vibração de Destino: O Guardião
Soma total: 8+3=11 - Idealista
A vibração vital de Lúcifer traz o Grande Sábio. É o onze quem revela o destino
dos Mestres espirituais. Os Idealistas que acreditam em um Mundo Melhor, sua
inspiração é capaz de contornar grandes conflitos, estar diante de grandes
desafios e realizar a Grande Obra Espiritual. O Onze traz a consciência entre o
mundo espiritual e material, com a missão de tornar realidade os ideais de
evolução.
Tridente
Símbolo do Sagrado Masculino absoluto. Três falos, três Faces, três emanações unidas na
quarta ponta, a haste que ostenta o poder sexual criador. Símbolo da força sagrada
emanada de forma trina na expressão perfeita de toda Divindade. Símbolo físico da
Trindade, da Trina Face ou da Chama Trina. E tratando-se de Lúcifer, temos os Graus
Iniciáticos de sua Transformação Divina:
De Titã Imortal à libertação da matéria diante do Fogo Sagrado – De Prometeu a Estrela
da Manhã.
De Luz a materialização do Fogo – De Luz do Sagrado à Deus Romano da Luz
De Fogo Sagrado ao êxtase para a Criação – De Pai de Aradia a Pã das florestas.
Porém estas faces são diretamente ligadas ao mundo terreno através da lança que ergue
o Tridente. É a ligação da Luz do Conhecimento com o Mundo Inferior, onde hoje está
guardada a Luz do Conhecimento.
O Tridente de Lúcifer é símbolo do poder sobre os caminhos do Sagrado, sobre as Faces
Divinas, e os Ritos Iniciáticos. É o controle do êxtase da vida diante do passado, presente
e futuro. Este símbolo atua no ser humano ligando id, ego e superego, revelando os
poderes de criação, preservação e destruição.
Pentagrama Invertido
Primeiro precisamos compreender o
Pentagrama como a representação
mais perfeita da criação através dos
quatro elementos. É fato irrefutável
que temos dentro de nós parcelas,
maiores ou menores, de todas as
energias vivas no Universo, e não é
diferente com os Elementos. Muito
pelo contrário! É exatamente através
da ação dos Quatro Elementos que
temos emoções sutis e profundas, o
poder da comunicação e intuição, fé e
coragem, sustentação e equilíbrio,
entre tantas outras características.
O Conceito do Universo composto pelos quatro elementos como base para toda a vida já
era um ensinamento essencial de Aristóteles (384-322 a.E.C.) e dos Mistérios da Antiga
Grécia. Os quatro elementos (Ar, Água, Terra e Fogo) possuem sua essência não física do
Divino, a qual chamamos de espírito. Tudo no Universo é composto de matéria, energia, ou
alguma combinação destas duas. A combinação e recombinação perpétua desses
elementos é o próprio processo de criação, representado magicamente pelo Pentagrama.
Considerada a forma mais evoluída de talismã, o Pentagrama (de “pan”: tudo, objeto
que encerra o todo, síntese do macrocosmo), é um emissor fluídico da essência
universal, irradiador do Divino e harmonizador dos poderes do Cosmos.
Relacionado ao simbolismo do número cinco, torna-se humano, onde temos quatro
membros dominados pela cabeça (o espírito que comanda os quatro elementos). Nele
vemos um símbolo de união, de realização: as cinco pontas representam a união
fecunda do 3, Princípio Masculino; e do 2, Princípio Feminino, tornando-se a Estrela do
Microcosmo ou Pentáculo da Vontade na magia. Utilizado como meio de conjuração e
de apropriação do poder vibratório, fluídico e essencial do Universo.
O Pentagrama é o reflexo dos quatro mundos. O
termo cosmos aqui é sinônimo da palavra universo.
Universus, em Latim, significa "todo inteiro", pureza,
composto de unus e versus.
A figura do pentagrama contém cinco pontas. Esta
a “quinta essência” ou “quinto elemento” é responsável por
manter e unir. Porém, sem que sejam comprometidas as
características dos outros quatro elementos. E assim é
formada a variedade infinita que compõe o universo.
Também chamado de éter ou espírito, é manifesto na
Tradição através do Plasma dos outros quatro elementos.