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RELATÓRIO DE EXPERIMENTO:
CARUARU
2014
CAIO CÉSAR ROLIM MOTA
ITALO MATHEUS
JEFFERSON GALVÃO FLORÊNCIO
MÍRIA MARIZA DA SILVA
NAEDSON CRUZ DA SILVA
RELATÓRIO DE EXPERIMENTO:
Caruaru
2014
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................4
2 JUSTIFICATIVA...................................................................................................................5
3 METODOS E MATERIAIS.................................................................................................6
5 CONCLUSÃO......................................................................................................................17
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................................18
1 – INTRODUÇÃO
O concreto não é um material homogêneo, ele é constituído de três fases, a fase pasta
de cimento, a fase interface agregado-pasta e a fase dos agregados. A fase interface agregado-
pasta não será estudada neste trabalho pois requer uma periciar maior. O estudo em questão
vem principalmente elucidar alguns aspectos quanto a trabalhabilidade do concreto através de
ensaios de slump-test (o slump-test utilizado foi o ensaio de tronco de cone), e manipulação
de parâmetros relacionados a trabalhabilidade, como o A (%), que é a relação entre a água e
os materiais secos e o α (%), que é o teor de argamassa.
2 – JUSTIFICATIVA
Apesar de o concreto possuir diversos aspectos que podem ser estudados, como a cura,
retração, resistência, trabalhabilidade, estabilidade dimensional, patologias, estado fresco,
estado endurecido, tempo de pega, e vários outros escopos que podem ser analisados, o
trabalho irá analisar a trabalhabilidade do concreto em função de seus componentes.
3 - METODOS E MATERIAIS
Para obtenção do traço unitário de cada ensaio, primeiro foram dados alguns
parâmetros de referência, tais como:
6
1: 3
Onde a proporção 1:3 quer dizer 1 unidade de cimento para 3 de m. Em que “m” é a
massa de areia e brita. Também foram estabelecidos 3 teores de argamassa, representado por
“α (%)”, que foram respectivamente, 58%, 62% e 66%. Sabendo que:
1+𝑎
𝛼(%) =
1+𝑚
Onde “a” é a massa de areia e “m”, como dito anteriormente, é a massa de areia e
brita. Como nós temos os valores definidos de “m” e de “α” podemos encontrar os valores de
areia para cada “α”. Para cada “α” foi determinado 5 relações água/cimento. Que representa a
massa unitária de água no traço. Como são 3 teores de argamassa, e 5 relações água/cimento,
temos 15 traços diferentes, apresentados a seguir:
𝑎
(100 ∗ 𝑐 )
𝐴(%) =
1+𝑚
e preenche o tronco de cone em 3 camadas, em cada camada foram dados 25 golpes com a
haste de ferro. Com o volume preenchido, o tronco de cone foi retirado em movimento
constante para cima sem realizar rotação para evitar torção. Apoiando o tronco em posição
inversa em cima da placa de metal, apoiou-se a haste na horizontal na parte superior do tronco
de cone, e então com uma régua foi medida a distância entre o molde e o eixo do concreto,
esse resultado na régua é o abatimento do concreto. O tronco de cone e a placa são então
lavados para se realizar mais 2 vezes o ensaio com o mesmo traço. Após o término dos
ensaios de abatimento, 5 corpos de prova são preparados com desmoldante e então
preenchidos com concreto, preenchendo em 2 camadas e dando 12 golpes por camada com a
haste de ferro. Um dos corpos de prova é pesado antes de receber o concreto, para depois ser
pesado de novo com concreto para que se pudesse ser calculo a massa unitária do concreto.
Após 28 dias, 3 corpos de prova foram rompidos para determinar a resistência a compressão e
2 para determinar a resistência a tração do concreto. Os materiais utilizados foram os mesmo
em todos os ensaios, brita 25, areia média com modulo de finura de 2,55 e cimento CP 2 Z.
Segue a tabela da massa unitária do concreto fresco para cada traço realizado:
α
A(%) a/c Massa do corpo de prova (g) Massa unitária do concreto fresco (Kg/m³)
(%)
15 0,6 3.687,60 469,52
14 0,56 3.764,60 479,32
13 0,58 0,52 3.747,50 477,15
12 0,48 3.794,00 483,07
11 0,44 3.788,00 482,30
15 0,6 3.776,40 480,83
14 0,56 3.765,20 479,40
13 0,62 0,52 3.818,50 486,19
12 0,48 3.830,30 487,69
11 0,44 3.728,20 474,69
15 0,6 3.722,00 473,90
14 0,56 3.798,20 483,60
13 0,66 0,52 3.711,00 472,50
12 0,48 3.821,70 486,59
11 0,44 3.723,70 474,12
Tabela 2. Massa unitária do concreto fresco.
9
Nesta seção será feito um tratamento nos dados obtidos em laboratório, montando
gráficos e analisando os resultados obtidos.
Comparando os valores de A(%) com os do slump médio, fica claro que a medida que
o valor do A(%) diminui, o abatimento também diminui, ou seja, quanto maior a relação
água/materiais secos, maior o abatimento, mais plástico o concreto será. Comparando 2
resultados extremos de um mesmo α (58%), para um “A” de 15% temos um slump médio de
28,8 cm, para um “A” de 11% temos um slump médio de 17,0 cm.
10
15.00
14.00
A (%)
13.00 α = 62%
α = 66%
12.00
α = 58%
11.00
10.00
15.0 17.0 19.0 21.0 23.0 25.0 27.0 29.0
Slump médio (cm)
Cada ponto no gráfico acima representa um ensaio realizado, utilizando o método dos
mínimos quadrados, foi encontrada a reta que melhor se adequa aos pontos.
α = 58% R² = 0,9948
α = 62% R² = 0,9414
α = 66% R² = 0,9908
Quanto mais próximo de 1 está o valor de R² mais confiável são os dados. É possível perceber
uma certa discrepância nos ensaios em que o teor de argamassa foi 62%, é possível que tenha
acontecido alguma falha na execução do ensaio, seja na pesagem os materiais, seja na medição, seja
na execução de algum dos ensaios.
11
A seguir, imagens dos ensaios para diferentes A(%), na imagem 1, o A (%) era de 15%,
percebe-se que este ensaio, segundo a norma, deve ser desconsiderado segundo norma, que diz:
“Caso nos dois ensaios consecutivos definidos em 5.6 ocorra um desmoronamento ou deslizamento,
o concreto não é necessariamente plástico e coesa para aplicação do ensaio de abatimento”.
Entretanto, ainda assim serve para verificar a relação entre o Slump e o A (%).
Fck x a/c
39.00
36.00
33.00
30.00
27.00
Fck (mpa)
24.00 α = 58%
21.00
18.00 R² = 0.8581 α = 62%
15.00 α = 66%
12.00
9.00
6.00
0.40 0.45 0.50 0.55 0.60 0.65
Relação a/c
A partir do gráfico 2 podemos ver a lei de abrams, que diz que quanto maior a relação
a/c cimento, menor a resistencia do concreto. No gráfico também, é percebido que os traços
com maiores teores de argamassa apresentaram maior resistência a compressão.
α = 58% R² = 0,6444
α = 62% R² = 0,6388
α = 66% R² = 0,8581
Assim como na análise do A (%) x Slump foi observado uma discrepância nos dados
do teor de argamassa 62%, a resistência a compressão também apresentou uma fraca
correlação entre os dados. Fato que pode ser atribuído ao tratamento dado ao corpo de prova
para rompê-lo, visto que o laboratório estava com a retifica quebrada e foi necessário usar a
proteção de borracha, que tem pouca eficiência, caso o corpo de prova esteja com a superfície
muito irregular, comparado com a retifica ou a capa de enxofre.
Imagem 3. Rompimento do corpo de prova por compressão simples para determinar a resistência a compressã
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Resultados Resistência à
Tração
A(%) α (%) a/c Resistencia
Idade de 28 dias
Média
CP 1 CP 2
15 0,6 2,43 2,61 2,52
14 0,56 3,31 3,04 3,18
13 0,58 0,52 4,16 3,25 3,71
12 0,48 3,97 4,74 4,36
11 0,44 4,41 4,86 4,64
15 0,6 3,51 3,62 3,57
14 0,56 3,73 3,83 3,78
13 0,62 0,52 3,26 3,98 3,62
12 0,48 3,92 3,47 3,70
11 0,44 3,45 3,1 3,28
15 0,6 2,72 2,68 2,70
14 0,56 3,57 3,94 3,76
13 0,66 0,52 3,08 3,21 3,15
12 0,48 3,18 3,53 3,36
11 0,44 3,71 3,2 3,46
Tabela 5. Resistencia a tração x relação a/c.
4.50
4.00
Ftd (mpa)
3.50 α = 58%
α = 62%
3.00
α = 66%
2.50 R² = 0.9858
2.00
0.4 0.45 0.5 0.55 0.6
Relação a/c
Nos ensaios de resistência a tração não se tem uma tendência clara devido a algumas
inconsistências nos dados, a resistência a tração do concreto é muito baixa, portanto qualquer
variação na resistência pode diferir muito no gráfico, por exemplo, nos ensaios de teor de
argamassa 62%, a resistência média com relação a/c = 0,6 foi de 3,57 mpa, enquanto que no
mesmo teor de argamassa com relação a/c = 0,44 a resistencia foi de 3,28 mpa, a diferença é
pouca, mas torna o gráfico inconsistente.
Imagem 4. Rompimento de corpo de prova por compressão diametral para determinação da resistência a tração.
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5 - CONCLUSÃO
6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS