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Fadiga

Capítulo IV – Método SN
Prof.: Gustavo Adolfo Velazquez Castillo
RESISTÊNCIA À FADIGA DO MATERIAL E DA PEÇA
1ra opção: Testes em escala completa sob cargas reais de serviço
2da opção: Testes de um componente que tenha apenas um ponto crítico sob cargas reais
3ra opção: Medir a resistência á fadiga do material da peça sob as cargas reais de serviço
testando pequenos CPs padronizados que reproduzem os pontos críticos da peça
4ta opção: Testar CPs padronizados para medir a resistência do material sob cargas
simples, de gama constante.
5ta opção: estimar as propriedades de fadiga as partir de propriedades mecânicas
mais simples.
Mischke

Juvinall
A palavra Heurística vem do grego ευρίσκω, heurísko, significando
"descubro" ou "acho". É um procedimento simplificador (embora
não simplista) que, em face de questões difíceis envolve a
substituição destas por outras de resolução mais fácil a fim de
encontrar respostas viáveis, ainda que imperfeitas. Podendo tal
procedimento ser tanto uma técnica deliberada de resolução de
problemas, como uma operação de comportamento
automática, intuitiva e inconsciente.
A imagem não po de ser exibida. Talvez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talvez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquiv o nov amente. Se ainda assim aparecer o x vermelho, po derá ser necessário excluir a imagem e inseri-la nov amente.
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Exercício: Uma placa de espessura h = 4 mm, feita de Al 7475 T7351 com SR = 505
MPa é submetida a uma carga trativa que varia de -P a P. A placa tem um ombro
com B = 22 mm e b = 20 mm, com raio r = 2,0 mm. Calcule o valor de P que
inicia uma trinca por fadiga nesta placa em 106 ciclos, segundo o método SN.
Dados:
SF(103) = 0,9 SR (tradicional)
S’L (5x108) = 220 MPa
Acabamento: laminado a frio ou usinado
Kb = 1 – Carregamento axial não há efeito do tamanho – gradiente de tensões
q = 1/[1+(α/r)] – fator sensibilidade ao entalhe
α= 0,51 mm
q = (Kf – 1)/(Kt-1)
Kf = fator de concentração de tensões para fadiga
Kt = fator de concentração de tensões teórico

Resposta: P = 15 kN
Exercício: Um eixo de seção reta circular, feito de Al 2014T6 com SR = 511 MPa e
SE = 463 MPa, é submetido a um momento fletor totalmente alternado que varia
de Mmin = -M a Mmax = M. O eixo tem um ombro onde a seção reta varia de 60
para 50 mm, com um raio de entalhe r = 1 mm. Calcule pelo Método SN qual é o
momento M que inicia uma trinca por fadiga neste eixo em a) 100 ciclos e b) 107
ciclos.
Dados:
SF(103) = 0,9 SR ( aproximação tradicional)
S’L (5x108) = 125 MPa
Acabamento: laminado a frio ou usinado
Kb = segundo Mischke
q = 1/[1+(α/r)] – fator sensibilidade ao entalhe
α= 0,51 (valor para o Al)
q = (Kf – 1)/(Kt-1)
Kf = fator de concentração de tensões para fadiga
Kt = fator de concentração de tensões teórico

Resposta:
a) 3,7 kNxm b) 0,85 kNxm
VERIFICAR TRESCA/MISES!!!!
Um eixo de seção reta circular, feito de aço 4340, temperado e revenido com
SR = 1170 MPa e SE = 1100 MPa, é submetido a um torçor totalmente alternado
que varia de Tmin = -65 Nxm a Tmax = 65 Nxm. O eixo tem um ombro onde a seção
reta varia de D = 12 mm para d = 10 mm, com um raio de entalhe r = 0,05 d.
Calcule pelo Método SN qual a vida de iniciação de trinca por fadiga.
Dados:
SF(103) = 0,76 SR
S’L (106) = 586 MPa
Acabamento: laminado a frio ou usinado
Kb = utilizar recomendação de Mischke (pg. 164)
q = 1/[1+(α/r)] – fator sensibilidade ao entalhe
α= 0,025(2000/SR)^1,9
q = (Kf – 1)/(Kt-1)
Kf = fator de concentração de tensões para fadiga
Kt = fator de concentração de tensões teórico
Exemplo: Um eixo de seção reta circular, feito de Al 2016T6 com SR = 511 MPa e
SE = 463 MPa, é submetido a um torçor alternado que varia de Tmin = - T a Tmax = T e
a um fletor que varia de Mmin = -2T a Mmax = 2T, estando as cargas em fase por
serem causadas pela mesma força. O eixo tem um ombro onde a seção reta varia
de 60 para 50 mm, com um raio de entalhe r = 1 mm. Calcule pelo Método SN e
segundo o critério de Mises e Tresca qual é o momento T que inicia uma trinca por
fadiga neste eixo em a) 100 ciclos e b) 107 ciclos.
Dados:
Utilizar a teoria de escoamento da energia de distorção máxima
SF(103) = 0,9 SR (tradicional)
S’L (5x108) = 125 MPa
Utilizar as aproximações propostas (para aços) por Mischke para os fatores de
acabamento e de tamanho.
Acabamento: laminado a frio ou usinado
q = 1/[1+(α/r)] – fator sensibilidade ao entalhe
α= 0,51 (Al)
q = (Kf – 1)/(Kt-1)
Kf = fator de concentração de tensões para fadiga
Kt = fator de concentração de tensões teórico
• O trincamento por fadiga depende de dois fatores: a gama e do máximo da
carga
• Na prática esta dupla dependência é computada utilizando os conceitos de
tensão alternada e tensão média.
• Em geral as tensões médias trativas são deletéricas e as compressivas
benéficas
• Como tratar (Nó Método SN) os casos onde a componente da tensão média
não é nula?
• Para computar esta influência utilizam-se as chamadas curvas σaσm
• São curvas que unem os pontos que tem a mesma vida quando
solicitadas por cargas com componentes σa e σm. São o lugar
geométrico das combinações de σaσm que produzem o mesmo dano
por fadiga.
• Estas curvas complementam as curvas de Wohler que em geral são
obtidas com uma carga média constante (geralmente nula). Como?
Regra Elíptica

F. S. multiplica a tensão portanto


deve ser elevado ao quadrado
também!!!
ρ = 1mm

2 2
Erro no livro!!
Um eixo de seção reta circular, feito de Al 7050T6 com SE = 500 MPa e SR = 560
MPa, é submetido a um torçor que varia de Tmin = - P a Tmax = 2P e um momento
fletor que varia de Mmin = -2P a Mmax = 4P, sendo estas cargas causadas pela
mesma força P. O eixo tem um ombro onde a seção reta varia de 60 para 50
mm, com raio de 1 mm. Utilizando as regras regras de Goodman e Gerber calcule
a carga P que, dentro de um fator de segurança de 1,6 inicia uma trinca por fadiga
neste eixo em 107 ciclos. Utilize a teoria de Tresca.
SL(5x108) = 135 MPa
q = 1/[1+(α/r)] – fator sensibilidade ao entalhe
α= 0,51
q = (Kf – 1)/(Kt-1)
Kf = fator de concentração de tensões para fadiga
Kt = fator de concentração de tensões teórico

Resposta:
Por Goodman ---- P = 205 kN
Por Gerber ----- P =
Um carregamento –P a 2P é aplicado durante 3x104 ciclos numa peça de aço com
SL(5x106) = 400 MPa e SR = 1200 MPa, as deformações εx = 1600 μm/m, εy = - 400
μm/m e ε45 = 400 μm/m, são medidas no ponto crítico na carga máxima.
a) Diga se haverá um falha por fadiga nestas condições de operação.
b) Se a carga for dobrada a quantos ciclos a peça resistirá a fadiga, segundo
Gerber?
Dados: E = 200 GPa ; ν = 0,3; SF(103) = 0,76 SR
Respostas:
a) σF(3x104) = 656 MPa – Tensão que deveria ser aplicada para iniciar uma trinca
σaeq = 247 MPa - Tensão aplicada no carregamento
σF(3x104) < σaeq - Portanto não haverá falha por fadiga

b) N = 477.320 ciclos – vida para inicio de trinca com a carga dobrada


Dano: qualquer perda parcial da funcionalidade de uma peça ou
equipamento. Por fadiga, por escoamento ,etc.
Descrito por uma variável 0 ≤ D ≥ 1
Onde: D = 0 – Peça virgem sem nenhum dano acumulado
D = 1 – Implica numa falha terminal
Fadiga  Natureza cumulativa  Dano (conceito intuitivo)
Dano Crítico: pode-se utilizar o conceito de Dano crítico quanto o
mecanismo não permita uma avaliação simplificada do dano (Ex.:
Corrosão) ou quando atuam mais de um mecanismo de falha, sendo
dificultada a sua correta avaliação (Ex.: Corrosão sob Tensão; Trincas)
D  não é intrinsecamente crescente! Pode-se alterar o D!
Dano por Fadiga: cumulativo e irreversível. O repouso não repara as
trincas, somente a remoção do material “fadigado” poderia aumentar a
vida da peça.
Dano por encruamento: pode ser removido por tratamentos térmicos
Dano gerado por cargas complexas (independentes)
O valor de D = 1 para falha terminal é arbitrário pois foi escolhido usando
argumentos heurísticos, não embasados numa fundamentação mecânica
apropriada.

Os valores limites do D podem variar bastante

Para cargas não ordenadas (Miner)

Cargas baixas atuam antes das grandes (Juvinall)

Cargas grandes atuam primeiro

Cargas ordenadas

Como cargas ordenadas são raras na prática geralmente a Regra Linear gera
resultados razoáveis e normalmente conservativas.
Método Rain-Flow
- Maneira ótima de contar todos os eventos de cargas uniaxiais complexas.
- Não se aplica no caso geral onde as direções principais podem variar.
- Não se aplica quando o dano depende da frequência ou da forma da onda.
- Inspirado no percurso que uma gota da chuva realiza no teto de uma (um)
PAGODA/E japonesa.
Método Rain-Flow: 3 Regras Simples
Método Rain-Flow: Exemplo
Método Rain-Flow: Exemplo
Método Rain-Flow: Exemplo
Método Rain-Flow: Exemplo
Método Rain-Flow: Exemplo
Método Rain-Flow: Exemplo

5  0 1   2 3   4 5   6
a 0   a1   a 2 a 3   a 4 a 5   a 6  a 7  a 8
2 2 2 2
  0   2   4   6
m0  5  m1  1  m2 m3  3  m4 m5  5   m 6   m7   m8
2 2 2 2
 9  12 10  11 13  12 17  16
a 9   a 10    a 11  a 12    a 13   a 14   a 15  a 16 
2 2 2 2
 9  12   11   12 17  16
m9   m10  10   m11  m12  13   m13   m14   m15  m16 
2 2 2 2
E4.23

250
227
200 206 206 206

176
150 145 145 150
123
100
84 78
71
σ(MPa)

64
50

22
0 0 0 0 0
0 5 10 15 20 25
-39
-50

-80 -80 -80


-100
-120
-137
-150
Tempo
-200
E4.23
O Primeiro passo é sempre a Análise de Tensões:

- Sigma de Tresca não pode ser calculado porque o diâmetro “d” é a nossa
incógnita no problema, mas podemos obter as seguintes relações:
Método SN:

Regra de Gerber:

Dano (Palmgren-Miner):
Como é necessário conhecer o “d” para resolver o sistema de equações resultante da
Análise de Tensões; Método SN; Gerber e Dano, uma estratégia possível consiste em
dimensionar inicialmente o eixo considerando um carregamento estático: Kb e Kf
dependem do diâmetro

- Com este valor inicial do “d” pode-se resolver o sistema de equações resultante da
análise (Tensões, SN, Gerber e Dano) e estimar um novo valor de “d” que atenda os
requisitos previstos nos modelos de Gerber e do Dano.
- Se o valor resultante do diâmetro irá alterar significativamente estimativas realizadas no
Método SN, realiza-se uma nova interação com o novo valor do “d”, até a convergência.
Método SN:
Método SN:

Análise de Tensões:

Regra de Gerber: não foi utilizado nenhum fator de seguranças, portanto a confiabilidade da
conta reflete a confiabilidade da Curva SN estimada.

Dano (Palmgren-Miner):
Exercício
Um vaso de pressão cilíndrico, feito de aço inox 321 com SR = 515 MPa, tem
diâmetro externo de 300 mm e espessura de parede de 2,5 mm. Calcule a
quantos blocos de pressurização {0 –> 500 –> 300 –> 600 –> 200 –> 700 –>
100 –> 800 –> 0} N/c m2 resistirá o vaso de pressão à iniciação de uma trinca
por fadiga, segundo Tresca e Goodman. Calcule as tensões pela Teoria dos
Vasos de Parede Fina e considere o efeito da pressão interna.
Dados:
SF(1000) = 0,76 SR;
Ka = 271 SR-0,995 – Acabamento superficial forjado (Mischke)
Desconsiderar Kb (fator de correção relacionado com o tamanho)
Utilizar o diâmetro externo nos cálculos.
Exercício
Um vaso de pressão esférico, feito de Al 2024 T4, como SR = 450 MPa, tem
diâmetro externo de 300 mm. Calcule qual deve ser a espessura em mm da
parede para que o vaso tenha um fator de segurança 2,5 contra início de uma
falha por fadiga quando projetado para resistir 2x107 blocos de pressurização
{0 – 180 – 0 – 180 – 200} Kgf/cm2, segundo Tresca e Goodman. Calcule as
tensões utilizando a Teoria dos Vasos de Pressão de Paredes Finas e considere
o efeito da pressão interna.
Dados:
SF(103) = 0,9 SR
SL(5x108) = 0,4 SR ou 130 MPa (o que for menor) (Obs.: consideram-se
fatores Ka, Kb...... unitários)
Utilize o diâmetro externo nos cálculos
Exercício
A fuselagem de um avião comercial pode ser considerada, de forma
simplificada, como um vaso de pressão cilíndrico com pressão interna
aproximadamente constante e igual a 1 ATM (1 ATM = 105 Pa), e pressão
externa que varia em cada vôo de 1 ATM (solo) a 0,1 ATM (na altitude de
cruzeiro). A fuselagem é feita de Al 2024 T351, com 70 m de
comprimento, raio interno r = 3,1 m e espessura t = 1 mm e com um pequeno
entalhe de fator de concentração de tensão Kf = 1,3. Calcule o maior número
de vôos a que este avião poderia se submeter antes de iniciar uma trinca por
fadiga, utilizando o Método SN, Tresca e Goodman.
Dados:
Utilizar a Teoria dos Vasos de Pressão de Parede Fina
SE = 379 MPa
SR = 469 MPa
SL(5x108) = 120 MPa
SF(103) = 0,9 SR

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