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EXAMES RADIOLÓGICOS
2018– 1º Semestre
SUMÁRIO
1 HISTÓRIA DA RADIOLOGIA .................................................................................................................................... 3
1.1 WILHELM CONRAD ROENTGEN .......................................................................................................................... 4
1.2 A GRANDE DESCOBERTA .................................................................................................................................... 5
1.3 A REPERCUSSÃO ................................................................................................................................................. 7
1.4 MARIE CURIE E A RADIOLOGIA NA 1ª GUERRA .................................................................................................. 9
1.5 O TUBO DE COLIDGE........................................................................................................................................... 9
1.6 A PRIMEIRA RADIOGRAFIA DO BRASIL ............................................................................................................. 10
1.7 A ABREUGRAFIA ............................................................................................................................................... 12
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DO CONTEÚDO ............................................................................................................... 13
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................................................... 14
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1 HISTÓRIA DA RADIOLOGIA
Por volta dos anos de 1870 e 1888, vários pesquisadores universitários estudavam os
raios catódicos (nome dado ao aceleramento de elétrons em um tubo de vidro com vácuo em
seu interior). Este tubo era chamado de tubo de Crookes, em homenagem a seu criador: Sir
William Crookes. (BUSHONG, 2012)
Ele então presta concurso vestibular para uma escola politécnica em Zurich e é
admitido em 1865. Vinte anos mais tarde, um jovem de 16 anos chamado Albert Einstein,
iria também matricular-se na Politécnica de Zurique.
É também em Zurich que ele encontra sua futura
esposa, Anna Bertha Ludwig (1839 – 1919). com quem
casaria em 19 de janeiro de 1872. Um casamento feliz,
sem filhos, que durou até a morte de Bertha em Munique,
em 1919.
Em agosto de 1868, com apenas 24 anos, ele
obtém o título de doutor com a tese: “Estudo sobre os
gases”. Este foi um ano crítico, pois seu professor em
física, August Kundt, despertou e estimulou o interesse
do jovem e inseguro Roentgen pela física experimental.
O elétron foi descoberto em 1879 por William Thomson (Barão Kelvin), matemático e
físico britânico, conhecido por desenvolver a escala Kelvin de temperatura absoluta (onde o
zero absoluto é definido como 0 K). O título de Barão Kelvin foi-lhe dado em homenagem a
suas realizações. Ao analisar a medida da razão entre a carga e a massa de partículas
carregadas num tubo de raios catódicos, sugeriu que as cargas deslocadas no efeito
fotoelétrico sejam elétrons.
Esta hipótese foi confirmada em pelos estudos do físico alemão Philipp Eduard Anton
von Lenard, assistente e continuador dos estudos de Heinrich Rudolf Hertz (1857 – 1894).
Também físico alemão que demonstrou a existência
da radiação eletromagnética, criando aparelhos
emissores e detectores de ondas de rádio. Ele mediu a
razão das partículas fotoelétricas e mostrou que era a
mesma que a medida por Thonsom.
A experiência de Lenard com tubos de Crookes
esclareceu dúvidas relativas à identidade das partículas
fotoelétricas. Por suas investigações sobre os raios
catódicos Lenard foi o Ganhador do Nobel de Física de
1905.
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No entardecer do dia 08 de novembro de 1895 Roentgen repetia em Würzburg, com
extremo critério as experiências de Lenard. Ele envolve o tubo de Crookes com uma cartolina
preta, escurece todo o laboratório, e ao iniciar a emissão dos raios catódicos (elétrons),
surpreso, constata que um écran (platino cianureto de bário) em cima de uma cadeira
próxima fica luminescente. Ao repetir o processo o fenômeno de fluorescência se repete.
Alguma coisa que emana do tubo age sobre a tela, isto a uma distância bem maior que os
raios catódicos podem alcançar. Ele se dá conta que está diante de um fenômeno físico
nunca observado. E está mesmo: aquela noite de 8 de novembro de 1895 marca uma das
datas mais importantes do progresso científico.
Seguindo os experimentos agora a cartolina é retirada e a tela é colocada próxima, ao
emitir uma nova descarga ele passa acidentalmente a mão na frente da tela, ao apanhar um
livro, e o resultado é surpreendente, os ossos de sua mão ficam visíveis. Durante sete
semanas o cientista fica trancado dentro do laboratório, experimentando, testando.
Curiosas manchas surgidas em chapas fotográficas que ficassem próximas aos tubos
de vácuo atravessados por descargas elétricas já haviam sido notadas. Entretanto, sempre
foram vistas como acontecimento acidental, sem importância, menos para Roentgen.
Roentgen descobre que os raios imprimem imagens nas placas, sendo possível
apresentar provas concretas de sua descoberta. Ele mede a translucidez de vários objetos,
tais como uma caixa com pesos dentro ou uma bússola, fotografando a imagem formada na
tela. Logo ele constata que estes raios são de natureza diversa dos raios catódicos, devido
ao seu longo alcance. Ele batiza de raios X aquela luz invisível que ilumina o écran. Pouco
depois Kolliker, professor em Würzburg os chamará de “raios Roentgen”.
A 22 de dezembro do mesmo ano, após 15 minutos de
exposição aos Raios X, é obtida a primeira imagem
radiográfica da história da medicina: a mão da mulher do
cientista (Anna Bertha Roentgen).
Em abril de 1986 ele afirma em uma entrevista:
"Desde há algum tempo eu tenho me interessado pelos raios
catódicos produzidos em vidros submetidos ao vácuo, como Hertz e
Lenard já haviam pesquisado. Eu segui suas pesquisas e formulei
uma série de experimentos com grande interesse, e estava
determinado, assim que o tempo permitisse, a desenvolver um
experimento próprio. Em outubro, dispus do tempo que eu precisava.
Eu trabalhei por alguns dias, quando descobri algo de novo.
Figura 6: Imagem radiográfica da mão de Anna Berta Roentgen, primeira radiografia do mundo
Fonte: https://netogeraldes.blogspot.com.br/2014/06/os-raios-x-repercussao-da-descoberta-de.html
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1.3 A REPERCUSSÃO
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conferidas, incluindo a medalha Rumford, da Royal Society London, e a Prix Lacaze da
Academie des Sciences, de Paris.
Curiosamente, a descoberta não impressiona os meios científicos. Três meses após o
anúncio da invenção, o Jornal da Associação Médica Americana faz o seguinte comentário:
“os cirurgiões de Viena e Berlim acreditam que a fotografia Roentgen esteja destinada a
revolucionar a cirurgia. Nós, não”.
Meia hora é o tempo mínimo de exposição necessário, e, na maior parte dos casos,
precisa-se de até uma hora. A aparelhagem é tão cara – mais de 100 mil dólares – que
somente poucos cirurgiões poderão dar-se ao luxo em tê-la em seus consultórios. Os fatos
logo desfazem esta impressão. Dois anos depois, os Raios X já são usados na guerra greco-
turca de 1897, e em 1898, na guerra hispano-americana.
Em todo o mundo, vários pesquisadores acadêmicos e amadores passaram a
reproduzir o experimento de Rõntgen, e mais de 1000 relatos surgiram somente no ano de
1896. Rapidamente compreendeu-se a importante utilidade médica ao visualizarem-se
corpos estranhos e ossos com detalhe.
Diversos modelos de tubos de Raios X rapidamente surgiram.
Figura 8: Operador tira uma radiografia. Com uma maca motorizada e rotativa, modelo foi exposto
durante um congresso realizado pelo Instituto de Radiologia britânico.
Figura 9: uma voluntária tem a cabeça exposta a raios x durante um congresso médico em Londres.
Fonte: https://super.abril.com.br/historia/radiografia-vintage
Nasce assim uma nova especialidade, a Radiologia. De início os cirurgiões se limitam a
estudar os ossos, os cálculos, os corpos estranhos. Depois, introduzem-se os contrastes que
permitem a exploração cada vez mais precisa dos órgãos internos e externos, conferindo ao
diagnóstico aquela precisão tão sonhada pelos médicos.
Mas o radiologista logo começa a pagar o preço de tão valiosa descoberta. Aparecem
dermatites, sequelas de irritações crônicas da pele, e às vezes até formas cancerosas.
São verdadeiras queimaduras, semelhantes as que sofreu em 1898 o francês Antoine
Henry Becquerel (1852-1908), que passeava com fragmento de material radioativo no bolso
do colete.
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1.4 MARIE CURIE E A RADIOLOGIA NA 1ª GUERRA
Em seu design, Coolidge adaptou seu tungstênio dúctil para o tubo de Raios X e foi
capaz de remover o gás ionizado que precisava ser injetado nos tubos mais velhos para
abrandar filamento.
O “tubo de Coolidge” permitiu um fluxo constante e estável de Raios X para ser gerado
e permitiu que o feixe a ser focado e direcionado, dando início a radiologia diagnóstica e
mudando a prática da medicina para sempre.
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Figura 12: Tenda alemã equipada com máquinas de raios x durante a Primeira Guerra Mundial.
Fonte: https://super.abril.com.br/historia/radiografia Acesso em: 11 Mar 18
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Figura17: Irmã Dulce como operadora de Raios X na década de 40
Fonte: http://www.radioinmama.com.br/arquivo.html
1.7 A ABREUGRAFIA
4. Descreva a experiência realizada por Roentgen que levou a descoberta dos Raios X?
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REFERÊNCIAS
ARRUDA, Walter Oleschko. Wilhelm Conrad Röntgen, 100 anos da descoberta do Raios
X. Disponível em: www.scielo.br/pdf/anp/v54n3/27.pdf Acesso em: 04 Mar 18
BUSHONG, Stewart Carlyle. Ciência Radiológica para Tecnólogos. 9ª ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2012
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