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l3ENEDICT ANDERSON

Imaginar é difícil (porém necessário)

Comunidades
imaginadas
Reflexões sobre a origem e a
difusão do nacionalisrno
8 possível di,.er que nações n:ão possuem dnlll dt nascimc:J1UJ
identificada num registro oficinl e que a mortedelns, quando ocor­
r
TmdufflU re. nunca tem uma causa "namra. '. Como d.issc certa vao histo­
Denise Botunan riador J'crnnnd Brn11del. ncontecimentos como esses são poeira:
�es atravessam a história como b,rovcs lampejos; mal nascem e jil
retornam à noite e amiüde uo esquecimento.
i; foi em torno dessas verdadeiras polhkns coletivas -ns
nacionalidades -marcadas por algumns lembranças e muitos
�quecimen1,1s que se debruçou Bcnedicc Anderson: um grande
especinlistn na política e na bistório da lndc,nésia e do Sudeste
Asiáclco. Pmfossor c,mé.dto da Universidade de Comell, Bcned!ct
nasceu em Kunning, nn Cbiua, filho de pni de nacionalidade
anglo-irlandesa e de mftc inglesa.Ele eseu irmão Pcrry-o famo­
so historiador marxista - foram educados na I nglnterrn, tendo
Jlcncdicc-estud"do na Universidade de Cambridge, onde comple­
tou sua formação.
Não hã evcnco 5ocial que: seja totalmente imune à história,
mas o objeto deste livro -o nacionalismo -é particulannente

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Çlio gcocralizada: �,lovacos seriam magiarlzados, indianos anp.
dzado<, coreanos niponizndos. mas não podcrium se somar ..
pe:regrinaçi\e.\ que lhes pemiiurm m odminis1rur magiares, in�
ses oujaponeses.Obaoqucte pnra uqunl crnmconvidodossC111J)f'
acabava.., mostrando um festim do B.umccide.' /\ mi.'\o de tudi
isso não era simplesmente o racismo; havia ainda o fato de qac
rambém e5tavam ,urgindo novas nações - lulngara, inglc»
japonesa - no próprio centro do, impérios. !:: essas nações wm­
bén1 re5í.,;tfam instintíYamentc ao donúnío ·�trangriro".Assim..
ideologia i1nperinJistu pós-1850 eru um típico uuque dr exora.,,
mo. Etantn era 6Ó ume�cunjuro quea.,cL!sscspopularc,mctropr
liian�. ao fim e •u caho, calm,unrntc dernm de ombros quand.
"perderam" a< colônias, mesmo cm casos como n Argfüa, q1a
hovlasido incorporada legalmcntdl metrópole. No fwal,s.'lOS('ttl
prc as classes dirigem�. ccrramentc as burgui:sa,, ma, sobretudo.
as aristocráticas. qu" pr.mtdam longamente os império<, e a 1u­
dor sempre tem um certo ar teatral.

• 83rme,,dc: al«inha de utll lll':rson��m t1(o � M"âl _. uma ,toitt,,_ que of'm--..­
um b:a11t1ucre cm que n�o h.l nad.a p;ani wm.cruu beber lN. T,I

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