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SERGIPE–BR | EDIÇÃO 1836 | ANO 35 | 18/6/2018

A NOVA ERA DA NOTÍCIA

EM CARNE VIVA
CRUEL TRANSPORTE ANIMAL
MAUS TRATOS É
APENAS PARTE DE
PROBLEMA QUE
ENVOLVE PESSOAS EM
SITUAÇÃO DE RISCO
E INOPERÂNCIA DAS
AUTORIDADES
ACESSE P. 30

FOTOS DIVULGAÇÃO

SHOW DO MILHÃO Cadeia produtiva do milho em Sergipe é uma


das mais destacadas na economia do Estado ACESSE P. 83

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ANO 35 - ED. 1836 - 18/6/2018 - 2


A NOVA ERA DA NOTÍCIA

SERGIPE–BR | EDIÇÃO 1836 | ANO 35 | 18/6/2018

t
ÍNDICE CADERNO 1 CLIQUE E ACESSE

OPINIÃO
EDITORIAL – Quem devia puxar a carroça? 7
CHARGE | 9
CINFORMANDO | Anderson Christian –
Gratidão nunca fez mal 10

POLÍTICA
Milton Andrade aponta
principais mazelas do Estado 15
Eleições 2018: os próximos passos 25

GERAL
Carroças os três lados
de uma mesma história 30
Quem quer intervenção militar? 40
Transporte público é penalizado
com desequilíbrio econômico 47

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Festa junina abre programação
dos 50 anos da Apae Aracaju 53
E-cigarro traz riscos à saúde 63
PRÓ-SOLUÇÃO – ‘Edvaldo, não
acabe a Guarda Municipal’ 67

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E ACESSE
t
CLIQUE
ÍNDICE
GERAL

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| OPINIÃO

EDITORIAL
1/2

QUEM DEVIA PUXAR


A CARROÇA?
A questão do transporte com tração animal é
quase tão antiga quanto a própria humanidade.
E, justamente por isso, é complicado ver que
nem as mais modernas tecnologias automotoras
conseguiram encerrar de vez com um transporte
por mais das vezes penoso para os animais em
questão. Porém, ao menos, a sociedade começa
a se interessar para discutir tão sensível tema.

Aí temos parlamentares engajados na causa,


a OAB/SE se manifestando, a associação
dos carroceiros idem. Todo mundo buscando
encontrar uma solução que nem extermine o
ganha pão das famílias, nem siga prejudicando
os animais e nem mantenha a sociedade em
estado catatônico com relação a seriedade da

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| OPINIÃO | EDITORIAL
2/2

questão. Mas é justamente aí que o problema, ao


invés de se resolver, ganha contornos épicos
que dificultam uma solução efetiva.

É que a prefeitura de Aracaju coloca seus


defensores na Câmara de Vereadores para atacar
suposta inconstitucionalidade no projeto da
vereadora Kitty Lima (Rede) que visa encerrar
gradativamente a atividade de transporte com
tração animal em Aracaju. Alegam que isso
pode gerar custos. Sim, mas porque então não
é o próprio prefeito Edvaldo Nogueira (PCdoB)
o autor de um projeto de lei do Executivo que
trate do assunto? Ao “empurrar com a barriga” –
conforme reportagem desta edição do CINFORM
demonstra – o poder público municipal dá de
ombros a um problema social e ambiental grave.
Seria essa atitude por pura incompetência,
burrice ou uma tentativa de fazer o assunto
cair no esquecimento? Em quaisquer dessas
possibilidades, Edvaldo, entenda que o povo
não é bobo e está de olho em suas atitudes,
especialmente aquelas que envolvem a parte
mais pobre da população aracajuana.

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REFERÊNCIA ‘OS IRMÃOS METRALHAS’ QUADRINHOS UNIVERSO DISNEY
| OPINIÃO

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CHARGE | Percles
| OPINIÃO
1/4

Anderson Christian
CINFORMANDO

GRATIDÃO
NUNCA FEZ MAL
E as festas juninas em Aracaju começaram.
Apenas para contextualizar, em 2017, quando
a prefeitura da capital abortou a realização
do Forró Caju, o prejuízo não se deu somente
na imagem do prefeito Edvaldo Nogueira
(PCdoB), mas em toda a cadeia turística
aracajuana, que, nesse caso, amargou falta de
dinheiro mesmo. Uma tragédia, como diria um
velho político interiorano.

No ano da graça de 2018, eis o Forró Caju


redivivo e ampliado, indo também aos bairros. O

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| OPINIÃO | CINFORMANDO
2/4

governo estadual, diga-se a bem da verdade, faz


sua parte também ao realizar o Arraiá da Orla
de Atalaia. Mas aí é que entra uma questão: se
o governo fez e está fazendo a sua parte sem
ajuda “externa”, é possível dizer mesmo que a
festa da prefeitura de Aracaju só existe porque o
deputado federal André Moura (PSC) trabalhou
para que ela ocorresse, né não?

E isso também acontece em cidades


interioranas. Porém, há um detalhe a ser
ressaltado: o prefeito de Aracaju, assim como
seus pares em outras cidades, têm sido bastante
claros nos agradecimentos a André. Só que isso
acaba causando revolta, inveja ou seja lá o que for,
em quem entende que a força política, que André
tem e que ninguém duvida, deve ser usada para
sufocar adversários. Ok, mas e o povo, aonde fica
nessa querela? Se Edvaldo vai retribuir André com
seu voto, a coluna não sabe. E nem faz questão
de saber. Mas que é louvável sua atitude e seu
agradecimento. Afinal, se tantos pleiteiam a
renovação na política, essa mudança de atitude
entre adversários já é um bom caminho.

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| OPINIÃO | CINFORMANDO
3/4

Falando nisso
O vereador Thiaguinho Batalha (PMB) é um
dos responsáveis por André Moura levar a
Edvaldo a realização do Forró Caju nos Bairros.

Além fronteiras
Coronel rocha (Rede), pré a federal, estará
entre 19 e 21 de junho em Brasília/DF. Participa
de cursos de formação do RenovaBR.

Misoginia
Não foi legal resposta de Belivaldo Chagas
(PSD) às críticas da vereadora e pré ao Senado,
Emília Correia (PEN). A obra de Monteiro Lobato
é maior que a política sergipana.

Pegada
Não se trata de achismo, mas de constatação:
a postura do senador Eduardo Amorim (PSDB)
em sua pré ao governo está mais assertiva,
mais presente.

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| OPINIÃO | CINFORMANDO
4/4

Sem surpresa
Quem imaginar que o PT sergipano aceitará só
vice na chapa de Belivaldo, engana-se. Rogério
Carvalho é candidatíssimo ao Senado.

Frase de efeito
Boa sacada de Milton Andrade (PMN), pré ao
governo. “Deviam deixar tantas ordens de serviço
e colocar o serviço em ordem no governo”.

Na paz
Jackson Barreto (MDB) começou a aparar
arestas dentro se seu agrupamento. Essa
semana terá reuniões com várias lideranças.
Quer pacificar ações com todos.

Estranho
Soa a desespero alfinetadas que o deputado
Jony Marcos (PRB) tem dado em seu colega de
parlamento, André Moura. Seria recado de um
Heleno Silva sem grades esperanças eleitorais?

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POLÍTICA
VIEIRA NETO

1/10
Milton Andrade:
“gastam de mais
com a máquina e
de menos
com o povo”

MILTON ANDRADE
APONTA MAZELAS
l Além disso, o pré a governador
pelo PMN desafia Belivaldo Chagas para
debate público sobre redução de ICMS
nos combustíveis

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| POLÍTICA
2/10
VIEIRA NETO

Tecnologia em todas as frentes da


administração é projeto de Milton

Milton Andrade (PMN) é pré a governador.


Mas ele não quer ser um pré qualquer. E, por
isso, faz questão de delimitar bem quais são
suas opiniões e, o principal, quais os males da
administração pública a serem combatidos. E
isso, na sua opinião, deve nortear as discussões
até as próximas eleições. “São dois males que
têm a mesma origem. O inchaço da máquina
pública e a falta de pessoas técnicas nos cargos
certos. E tudo isso porque usam o governo com
fins políticos eleitoreiros”, diz Milton.

Para exemplificar, ele vai ao número total

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| POLÍTICA
3/10

de secretarias em Sergipe. “São 22. E que


funcionam mal, porque se gasta demais
com a máquina e se gasta de menos com o
povo”, destaca Milton ao elencar que as 22
secretarias demandaram gastos para cada
uma delas. “Imóveis alugados, carros alugados,
energia, 22 diretores executivos, enfim todo o
funcionamento da máquina”, resume.

Mas qual a solução? “Termos oito


secretarias. Oito! Até a década de 1980
eram oito em Sergipe. Depois por motivos
eleitoreiros, de angariar mais partidos, ampliar
a base, foi-se criando novas secretarias para
que se atraíssem mais aliados. Não passam
de cabides de emprego. Na verdade, tem um
mínimo necessário para o funcionamento
do Estado e o resto é cabide. O problema é
que estão aparelhando até esse mínimo, com
pessoas em cargos técnicos sem a menor
vocação para a área”.

ALMEIDA FAZ TUDO


Para aprofundar a sua análise, Milton

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| POLÍTICA
4/10

Andrade pega um nome: Almeida Lima.


“Eu não gosto de estar personalizando.
Mas Almeida foi rejeitado nas urnas para
deputado estadual, ganhou como prêmio de
consolação a Adema e, depois, a secretaria
de Saúde. E tem gente que ocupou até três
cargos diferentes nesse governo”, reforça
Milton Andrade.

“Mas isso não é só em Sergipe, é no Brasil


todo. O grupo dominante coloca na mesa os
espaços disponíveis e sai rateando. E isso
cria vários governos dentro mesmo governo.
Pessoas que não se comunicam, que estão
ali representando um grupo político e que
vão concorrer nas próximas eleições, sem
colaborar um com o outro”, explica o pré-
candidato a governador, vaticinando. “É um
salve-se quem puder, um cisca pra dentro, um
olhar para o próprio umbigo. E não deveriam
nem olhar para líder político e nem para nada,
tem que olhar para o povo”, diz Milton.

Quanto aos cargos comissionados, que dão

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| POLÍTICA
5/10
VIEIRA NETO

“Vamos reduzir de 22 para 8 secretarias


em Sergipe”, diz Milton Andrade

sustentação a esse tipo de modelo analisado


por Milton Andrade, uma surpresa. “Isso é uma
caixa preta. Ninguém sabe de fato quantos são.
Eu tenho informações de dentro que dizem
que passam de 6 mil comissionados, falta
dinheiro para colocar o médico, o professor,
mas não falta para esses comissionados”. E
seria possível acabar com os tais CCs? “Aí
seria utopia, porque tem cargos de direção, de

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| POLÍTICA
6/10

confiança mesmo. Mas dá para afirmar que


entre 600 e 800 cargos desse tipo é possível
administrar muito bem o Estado”.

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| POLÍTICA
7/10

TECNOLOGIA A SERVIÇO
Para além dos temas de gestão de
pessoas na máquina pública, Milton Andrade
aposta também em tecnologia como uma
solução a ser aplicada urgentemente. “Eu
perdi meus avós e minha mãe recentemente
para a septicemia. Existe um aplicativo,
chamado Laura, nome da filha que um pai
perdeu também para a septicemia, que,
cruzando dados, três quatro dias antes que
um médico possa identificar, esse Laura
demonstra a possibilidade de um quadro
de septicemia. E o índice de mortalidade
cai em 80%. E sabe quanto custa? R$ 40
mil. É uma questão de salvar vidas. Mas
vamos falar de números: um aplicativo
desses no Hospital João Alves, a esse preço,
economizaria demais em leitos ocupados,
em remédios gastos, porque quanto antes é
diagnosticado, mais barato é o tratamento”,
explana Milton Andrade.

“Números não mentem e não aceitam


opinião. Quando perguntam: o que você acha

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| POLÍTICA
8/10

da educação de Sergipe? Os números dizem:


é a pior do Brasil”, destaca Milton Andrade,
lembrando que o atual governador foi titular
da pasta de educação. “E a segurança? Não
sou eu que acho, são os números que mostram
que Sergipe é o estado que mais mata no país”.
E para o pré a governador, as soluções têm
que ser práticas. “Sergipe não tem fábrica de
armas e nem de drogas. As fronteiras é que
estão escancaradas. Até os postos fiscais foram
fechados. Nós vamos implementar o SisFron,
Sistema de Fronteiras, evitando que armas e
drogas entrem em nosso estado”, afirma Milton,
explicando a utilização da tecnologia em um dos
pontos da Segurança Pública.

“Na Educação, com tantas tecnologias, vai


se dar uma aula em 2018 da mesma forma
que em 1960? Com todos os aparelhos,
internet, aplicativos, o BI, que é o Business
Inteligence, nos mostrando caminhos
diferentes nós vamos continuar como há 50
anos. Há mais linhas telefônicas no país do
que gente. E nós vamos continuar a usar giz

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| POLÍTICA
9/10
VIEIRA NETO

Estado gasta demais e não se tem noção do total de CCs

e quadro negro?”, questiona Milton Andrade.


“Tem que investir em tecnologia!”.

DESAFIO A BELIVALDO
Milton Andrade aproveita para desafiar
o governador Belivaldo Chagas quanto a
questão de redução da alíquota de ICMS nos
combustíveis. “Em 2015, a gasolina custava
R$ 3,40. Hoje está a R$ 4,50. A alíquota sendo
a mesma, a base de cálculo subiu. Se a base
de cálculo subiu 35%, você pode reduzir
a alíquota nesse mesmo percentual que a
arrecadação segue sendo a mesma”, diz Milton,
desafiando, inclusive, o governador para um
debate público. “O que não pode é deixar

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| POLÍTICA
10/10

que quem passa por Sergipe, no transporte


rodoviário, indo a Salvador ou a Recife, que são
grandes polos, não abasteça no Estado por
nossa gasolina ser tão cara, por ter a maior
carga tributária do Brasil”.

Outra preocupação é com relação ao


turismo e a falta de voos regulares no Estado.
“O querosene de aviação: Sergipe cobra 18%
de imposto. A Bahia cobra 4%. Por isso que
aqui quase não tem voo. E cabe ao governo
agir nesse sentido. Porque é caro voar de e
para Sergipe”.

Para fechar, Milton Andrade amplia o nível de


discussão em relação a cobrança de ICMS pelo
governo estadual. “É justo que algo essencial
como energia elétrica pague 27% de ICMS? E
cosméticos e brinquedos pagando 18%. Isso
faz sentido? É ilógico tributar em 27% o que é
essencial e em 18% no que é supérfluo. Tudo
isso faz com que Sergipe seja um Estado pouco
atraente e caro para se investir. Precisamos
mudar isso”, finaliza Milton Andrade.

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| POLÍTICA
1/5
VIEIRA NETO

Marcelo Gerard, coordenador das eleições

ELEIÇÕES 2018
OS PRÓXIMOS
PASSOS
l Coordenador das eleições comenta
as próximas datas importantes
para o pleito deste ano

JULIANA PAIXÃO | redacao@cinform.com.br

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| POLÍTICA
2/5

Faltando menos de quatro meses para


as Eleições Gerais de 2018, que elegerão o
próximo presidente da república, seu vice, os
governadores, senadores, deputados federais e
estaduais, as datas importantes do calendário
eleitoral se aproximam e o trabalho do Tribunal
Regional Eleitoral de Sergipe se intensifica.

O coordenador das Eleições, Marcelo Gerard,


explica que os eleitores devem estar atentos às
datas para fiscalizar os possíveis candidatos.

“Não podemos esquecer ainda que


os eleitores também sejam fiscais das
eleições, devendo estar atentos para aqueles
candidatos que descumprem as normas da
disputa, dando com essa conduta péssimo
exemplo de falta de cidadania. Para que os
candidatos concorram de forma igualitária,
é necessário que as regras e prazos sejam
seguidos por todos”, destaca Marcelo.

A próxima data importante dentro do


Calendário Eleitoral será no dia 30 de junho,

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| POLÍTICA
3/5

data a partir da qual é vedado às emissoras


de rádio e de televisão transmitir programa
apresentado ou comentado por pré-
candidato. Seguida do dia 7 de julho data
da qual são vedadas aos agentes públicos
algumas condutas, tais como nomear,
contratar ou de qualquer forma admitir,
demitir sem justa causa.

CONVENÇÕES
Somente a partir do dia 20 de julho que
os partidos políticos poderão iniciar o
período das convenções para a escolha dos
candidatos, a data se estende até o dia 5 de
agosto. Porém Marcelo Gerard destaca que
o período de campanha eleitoral só começa
no dia 16 de agosto.

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| POLÍTICA
4/5

“Entretanto é bom lembrar que o período


de campanha só se inicia em 16/08, quando
realmente se faz possível a propaganda
eleitoral. Qualquer ato de propaganda eleitoral
antes dessa data pode refletir negativamente
na candidatura, caso de fato o infrator seja
registrado como candidato”, diz. Em caso de
alguma irregularidade observada pelo eleitor,
o mesmo poderá comunicar ao Ministério
Público Eleitoral. “Todas as Zonas Eleitorais
possuem um Promotor Eleitoral e no TRE temos
a Procuradoria Eleitoral”, comenta Marcelo

ACESSIBILIDADE
A preparação do TRE de Sergipe para que
as eleições 2018 ocorram de forma tranquila,
rápida e segura, vai além da execução do
planejamento das eleições, como também com
ações para um maior acesso ao voto, como
Marcelo Gerard explica.

“Podemos citar todas as atividades


que temos desenvolvido para dar maior
acessibilidade às pessoas com deficiência,

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| POLÍTICA
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o que é uma das prioridades da atual gestão


do Des. Ricardo Mussio, presidente do
Tribunal. O eleitor com deficiência contará
com uma pessoa em cada local de votação
para atendê-lo, proporcionando rapidez e
tranquilidade para exercer seu direito. Além
disso, o Tribunal adquiriu fones de ouvido,
que estarão disponíveis para esses eleitores
com deficiência visual”.

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GERAL
1/10
DIVULGAÇÃO

Um dos animais desmaiou no local do cadastramento da SMTT

CARROÇAS
OS TRÊS LADOS
DE UMA MESMA
HISTÓRIA
l Protetores dos animais,
carroceiros e políticos discutem
o fim das carroças em Aracaju

JULIA FREITAS | redacao@cinform.com.br

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| GERAL
2/10

Durante muitos anos os carroceiros fizeram


parte do cenário da capital sergipana, sobretudo
em algumas das principais avenidas de Aracaju
e nos bairros mais pobres. São pessoas que
trabalham com transporte de materiais de
construção, entulhos ou até mesmo mudanças
pela cidade. No entanto, o debate sobre o direito
dos animais ganhou força nos últimos anos e o
olhar sobre essa atividade mudou. Mas o que
poucas pessoas conhecem são os três lados
que envolvem essa atividade.

Há algum tempo, os protetores dos


animais, carroceiros e o poder público
discutem denominadores comuns a respeito
da atividade, mas a solução parece estar
bem longe. Um projeto de lei, da vereadora
Kitty Lima (REDE), prevê o fim gradativo
das carroças em Aracaju e garante cursos
profissionalizantes e de alfabetização para os
carroceiros e suas famílias.

“O projeto de lei, além de proteger os


animais, traz benefícios para os carroceiros.

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| GERAL
3/10
DIVULGAÇÃO

O projeto fala que


eles terão cursos
profissionalizantes
para mudarem de
profissão, caso
entendam que será
melhor para eles. Já
aqueles que quiserem
continuar, que troquem
o animal por uma Kitty Lima (Rede) defende
o fim gradativo das carroças
bicicleta ou ciclomotor. em Aracaju
Assim como acontece
em outras capitais”, comenta a vereadora.

Apesar da boa intenção da vereadora, ainda


há muita resistência por parte de uma parte
da Casa e da própria Prefeitura para que o
projeto avance e seja aprovado. Para o vereador
Isac Silveira (PC do B), o projeto não garante
uma contrapartida financeira aos carroceiros
e, apesar dos cursos profissionalizantes, não
garante o sustento das famílias.

O vereador comenta ainda que o projeto de

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| GERAL
4/10
DIVULGAÇÃO

lei pode ser considerado


inconstitucional, caso
crie gastos para a
Prefeitura. “Um vereador
não pode criar gastos
para o Executivo. Então
tem que haver nesse
processo uma parceria
entre o Legislativo
e o Executivo, sob Isac Silveira (PC do B) diz
que projeto não garante
pena desse projeto sustento das famílias
ser considerado
inconstitucional. Por exemplo, se ele obrigar a
Prefeitura a conceder linhas de crédito. Isso não
pode, é um custo para o Executivo”, argumenta.

CUIDADO COM OS ANIMAIS


Um dos pontos fiscalizados durante o
cadastramento dos carroceiros, no mês de
maio, deveria ser a saúde dos animais. Uma
equipe veterinária da Faculdade Pio Décimo
fez avaliações clínicas nos animais que
participaram da primeira etapa da ação da
Superintendência Municipal de Transportes

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| GERAL
5/10

e Trânsito de Aracaju (SMTT) e Empresa


Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb),
com o apoio da Secretaria Municipal de Meio
Ambiente (Sema).

No entanto, a presidente da Comissão de


Direito dos Animais da OAB, Renata Mezzarano,
denuncia que durante o cadastramento dos
carroceiros um dos animais chegou a desmaiar
e que muitos animais estavam sendo devolvidos
aos donos mesmo machucados.

“Eu conversei com o representante da


Emsurb no local, o senhor Ubiraci Rabelo,
principalmente sobre um cavalo que
desmaiou lá no local. Eu falei para ele que o
cavalo não tinha condições de voltar andando
para o Santa Maria, e que ele deveria ser
levado no caminhão para o curral da Emsurb,
e a resposta dele foi: ‘se eu tirar um cavalo
daqui no caminhão, nenhum carroceiro mais
vai querer se cadastrar’. E ele foi embora!”,
denuncia. O animal que estava com uma das
patas muito machucada só foi levado para o

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| GERAL
6/10
DIVULGAÇÃO

Renata Mezzarano denuncia atitude indevida de representante


da Emsurb durante cadastramento dos carroceiros

curral da Emsurb no início da tarde, depois de


esperar por mais de 4h pelo caminhão.

“O animal estava com a pata muito inchada


e sangrando. Nós vimos ele se deitar e depois
ele arriou de lado. Ele não se mexia mais, como
se tivesse desmaiado. A Sema notificou o
carroceiro e deu um dia para que ele cuidasse
do cavalo. Aquele cavalo não ia conseguir
chegar no Santa Maria. Então nós seguramos
ele lá e esperamos o caminhão da Prefeitura
de 10h até às 14:30h. E nós só conseguimos o

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| GERAL
7/10

caminhão para levá-lo para o curral porque a


vereadora Kitty Lima entrou em contato com o
presidente da Emsurb”, lembra.

No primeiro dia de cadastramento, cinco


notificações foram emitidas pela Sema devido
ao estado de saúde dos animais. Em nota
enviada ao CINFORM, a Sema informou que
o animal que desmaiou recebeu o tratamento
adequado e, após receber alta, foi devolvido
ao seu dono. Porém, a comissão de direito
dos animais lembra que os maus tratos
aos animais é um crime ambiental, e que é
obrigação da Secretaria do Meio Ambiente
encaminhar as notificações para a Delegacia
do Meio Ambiente.

“A Sema notificou os donos dos animais


que estavam machucados, mas ela deveria
ter encaminhado para a Delegacia do Meio
Ambiente para que fosse investigado o crime
ambiental. Esse não é um crime que eu apuro se
eu quiser. O crime ambiental é um crime federal,
então tem que ser apurado”, comenta.

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| GERAL
8/10

Marcelo Conceição, presidente da


Associação dos Carroceiros de Aracaju, que
também acompanhou o cadastramento,
afirma que nem todos os carroceiros apoiam
ou maltratam os seus animais. “Nem todos os
carroceiros maltratam os seus animais. Nos
bairros onde você vê carroceiro, você vê que
os animais são bem cuidados, as carroças
arrumadas. Inclusive, muitos carroceiros têm
dois cavalos para que eles se revezem no
trabalho”, argumenta.

O CINFORM entrou em contato com a


assessoria da Emsurb para falar sobre a
atitude do seu representante e, segundo a
Empresa Municipal, o diretor de Espaços
Públicos da Emsurb, Ubiraci Rabelo, precisou
deixar o local porque tinha uma reunião com a
Defesa Civil para tratar sobre a desocupação
do antigo Hotel Palace.

FAMÍLIAS
Em meio a queda de braço na Câmara
estão os carroceiros. Homens, mulheres e até

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| GERAL
9/10

mesmo crianças que não possuem qualquer


benefício ou seguro oferecido pelo INSS,
e sem perspectiva de emprego melhor ou
devido ao desemprego, eles recorrem ao frete
com tração animal para conseguir manter sua
família, mesmo que com muito pouco.

Segundo o presidente da Associação


dos Carroceiros de Aracaju, Marcelo da
Conceição, mais de mil carroceiros da cidade
sequer são alfabetizados enquanto outros,
apesar de possuírem experiência em outras
áreas, não conseguem emprego.

“A maioria dos carroceiros tem interesse


em mudar de profissão. Alguns são
pedreiros, pintores, mas como estão
desempregados eles voltam para as
carroças”, comenta. Renata Mezzarano
comenta que, inicialmente, a Comissão de
Direito dos Animais da OAB procurou os
carroceiros por causa do bem-estar dos
animais, mas que ao se deparar com a
situação social das famílias, eles entraram

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| GERAL
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em contato até com a Fundat para tentar


ajudá-las. “Nós nos deparamos com uma
realidade social totalmente à margem
da sociedade. Eles vivem em condições
financeiras muito baixas, esquecidos e
sem direito a nada. Nós fomos até a Fundat
pedir cursos para os carroceiros e suas
famílias, para que eles mesmos entreguem
as carroças quando estiverem ganhando
dinheiro em outras profissões”, comenta.

Tanto os carroceiros quanto os defensores


dos direitos dos animais pedem que os
governantes e políticos ofereçam cursos
profissionalizantes, para que o número de
carroceiros na cidade diminua e que eles
tenham melhores oportunidades de trabalho.

“Além do cadastramento dos carroceiros,


deveriam acompanhar essas famílias para
que as crianças não tenham que trabalhar
com carroças. Andando pela cidade você
vê menino com 16, até 10 anos, sendo
carroceiro”, comenta Marcelo.

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QUEM QUER
INTERVENÇÃO
MILITAR?
l Opiniões e flertes sobre uma possível
“intervenção militar” no Brasil

Nos 11 dias da greve dos caminhoneiros


que abalou o país, centenas de cartazes com
pedidos de intervenção militar toparam os
piquetes que obstruíam as estradas brasileiras.
Em reportagem publicada no site UOL, as
buscas pelo termo na internet quadruplicaram
durante o período da greve, o que acarreta
maior interesse sobre o tema. “Eu não sou a
favor de ditadura militar, eu sou a favor de que
o Exército entre, limpe o país dos corruptos
e o devolva ao povo com eleições gerais”, é
a opinião do técnico de informática Ronaldo
Gois, de 60 anos. Sobre a possibilidade de
retorno ao ano de 1964, Ronaldo não titubeia

ANO 35 - ED. 1836 - 18/6/2018 - 40


| GERAL
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em caracterizar o regime civil-militar, já que


“em 1964, todo mundo fala que teve ditadura,
eu sei que teve regime. E tem pessoas que
tiveram dificuldade de obedecer leis, mas
eu sou a favor da ordem e da obediência no
cumprimento da Constituição”.

CASERNA VACINADA
Em entrevista publicada no dia 30 de maio
deste ano no jornal Folha de São Paulo, o
general Heleno Augusto, ex-comandante
das tropas brasileiras no Haiti, constatou
o crescimento exponencial deste tipo de
manifestação, mas que a ação não é de desejo
desta geração de militares, que o caminho para
a resolução dos problemas do país será trilhado
através das eleições que ocorrerão em outubro.

O membro do “Comitê Sergipe com


Bolsonaro”, Paulo do Valle, analisa que não é o
momento de qualquer ação deste tipo por parte
das Forças Armadas, mas coloca em cheque
a legitimidade das eleições de outubro, a
depender de seu resultado. “O Supremo tribunal

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Federal derrubou a Lei do Voto Impresso, de


autoria do Bolsonaro, e qualquer resultado
destas eleições pode ser questionado, já que
não há qualquer ação de comprovação ou
fiscalização das urnas eletrônicas. Temos um
pré-candidato em primeiro lugar nas pesquisas,
vamos seguir no caminho das urnas, mas a
depender do resultado a minha opinião é de que
não reconheçamos as eleições”, afirmou Paulo,
que também é militar da reserva.

DIFERENÇAS NA CONJUNTURA
Em vídeo postado em 7 de outubro do ano
passado, a liderança conservadora Olavo de
Carvalho analisou a possibilidade de uma
intervenção militar como “peido verbal”, tendo
em vista o estágio embrionário das forças sociais
internas e externas para uma ação de golpe
“Qual é o primeiro decreto que você vai assinar?
O que você vai fazer com a política econômica e
com as relações exteriores? E com o controle da
opinião interna? E com os partidos existentes?
O que é que você vão fazer com os movimentos
de protesto? Se você não tiver tudo isso você

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não tem golpe militar.”

ARQUIVO PESSOAL
Na oportunidade, Olavo
explica as nuances do
golpe que retirou o ex-
presidente João Goulart
(PTB) da presidência da
República.

“A preparação para
o golpe militar de 1964 Paulo do Valle é militar da
reserva, pré a federal pelo PSL e
levou dois anos, e integrante do Comitê “Sergipe
não foi só militar. Eles com Bolsonaro”
pediram o apoio de toda
a mídia e praticamente todo o parlamento.
De todo o Supremo Tribunal Federal e da
opinião pública antes de intervir. Quantos
jornais apoiariam a intervenção militar?
Nenhum. Quantos parlamentares defenderiam
intervenção militar? O Bolsonaro, e mais
ninguém. Quantos governadores de estado
apoiariam? A Igreja Católica apoiaria? Então,
nestes termos, propor intervenção militar é
propor um suicídio”, firmou.

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| GERAL
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O membro do movimento “Direita Sergipana”


Flávio de Oliveira, de 28 anos, argumenta numa
linha similar ao raciocínio de Olavo de Carvalho.
“Hoje a gente acredita e aposta na saída do
voto. Não há qualquer semelhança entre o
período de hoje e o de 1964. Naquele tempo as
instituições apoiaram, a OAB apoiou, a situação
internacional era favorável por causa da
Guerra Fria.” Flávio também ressaltou que seria
contraditório por parte do movimento apoiar
uma possível Intervenção Militar quando o
movimento está envolvido no processo eleitoral.
“Defendemos o nome de Jair Bolsonaro pra
presidente e vamos fazer a disputa nas eleições,
com candidatos próprios a proporcional na
chapa de João Tarantela. Nosso caminho é pelo
reforço das instituições e pelo cumprimento da
Constituição”, afirma.

ILUSÃO E PROJEÇÃO
Boa parte dos defensores da intervenção
militar advoga o combate à corrupção e a
moralidade com os serviços e entes públicos no
decorrer do golpe civil-militar. Para a professora

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| GERAL
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e integrante da
Comissão Estadual da
Verdade Paulo Barbosa
de Araújo, Andrea
Depieri, a ideia de que
o período ditatorial fora
desprovido de ações de ARQUIVO PESSOAL

corrupção não passa de


“ilusão”. “O que ocorria
é que a censura e o Flávio de Oliveira, do movimento
autoritarismo impediam “Direita Sergipana”. “A nossa
saída é pelo voto”
qualquer investigação
mais profunda, mas os relatórios do Serviço
Nacional de Informação informam que haviam,
e muito, casos de corrupção no período e sua
maioria sequer fora julgada”.

A Comissão Estadual da Verdade investiga


violações cometidas pelo Estado brasileiro no
período de 1946 a 1988. “Casos de favorecimento
político, de compra e venda de videocassetes na
Assembleia legislativa, de aquisição de peças
de 300 talheres, sopra citar alguns exemplos”.
Andrea analisa o comportamento de setores

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médios favoráveis ao retorno dos militares


como uma espécie de “projeção psicanalítica”.
“É como se todos os problemas de corrupção
e crise institucional que passamos pudesse ser
organizada por uma saída autoritária, como se
houvesse um herói paternalista e salvador que
pudesse nos retirar deste quadro difícil que
vivemos, mas de fato não há.”

Ela continua analisando o caso específico


dos caminhoneiros, problematizando as
noções de autoridade e masculinidade
incutidas no conjunto da sociedade. “Vejamos
o exemplo dos caminhoneiros: homens com
uma média de 40 anos, completamente
brutalizados pelas condições de trabalho e
visivelmente incomodados com a perda de
um suposto poder, por ter a sua condição de
masculinidade questionada por novos valores
que estão em disputa na sociedade, como mais
direitos para as mulheres, a pauta LGBT. Daí a
projeção de uma saída militar autoritária ganha
força nestes setores, neste reforço deste tipo
de masculinidade”, afirmou.

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TRANSPORTE
PÚBLICO É
PENALIZADO COM
DESEQUILÍBRIO
ECONÔMICO
l Preço do combustível parece
ter diminuído pós paralisações, mas
ainda soma um aumento de 15,90%
só de 2017 para cá

Enquanto o setor do transporte coletivo


de Aracaju e da região metropolitana
enfrenta o envelhecimento da frota de
ônibus sem renovação, e redução de
investimento e de postos de trabalho, as
despesas para a prestação do serviço só

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aumentam. A conta que definiria o serviço


em Aracaju, o custo da operação do serviço
dividido pelo número de passageiros
pagantes, não está batendo. De acordo com
o Sindicato das Empresas de Transporte
de Passageiros de Aracaju (Setransp), nos
últimos cinco anos o número de passageiros
pagantes caiu em 22,7% enquanto que
as gratuidades subiram 63%, os custos
com mão de obra aumentaram 40,88%
e o preço do combustível deu um salto
de 72,38%. Esse retrato quanto ao diesel
chegou a ser questionado quando, após a
intervenção do Governo Federal decorrente
das paralisações e desabastecimento de
combustível no país, o valor do preço do
diesel que já estava em R$ 3,61 foi para R$
3,16. No entanto, mesmo com esse breve
declínio no valor, o reajuste sofrido no
preço do combustível para os ônibus, desde
agosto de 2017 – quando era R$ 2,73, época
em que foi calculada a tarifa de ônibus
vigente – até o valor médio atual, ainda
soma um acréscimo de 15,90%.

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| GERAL
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“Esse é um problema que precisa ser


tratado de forma técnica para preservar um
sistema que atende a 75% da população.
É necessário o equilíbrio entre receita e
custo do sistema através de reajustamento
tarifário, mas também unindo à desoneração
dos impostos sobre a operação do serviço.
Os últimos dez ônibus do sistema foram
comprados no final de 2015, e a renovação
da frota é uma necessidade imprescindível
para a qualidade da operação. Essa situação
precisa ser debatida entre os gestores para
que o sistema, que tanto serve à população
e ao desenvolvimento da cidade, não entre
em total colapso”, atentou o presidente do
Setransp, Alberto Almeida.

Para agravar ainda mais a situação


de queda de passageiros pagantes, a
Superintendência Municipal de Transporte
e Trânsito (SMTT) de Aracaju autorizou
a circulação de um volume de carros
particulares como lotação para atender
o deslocamento entre Nossa Senhora do

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Socorro e Aracaju, retirando, com isso,


uma parcela significativa de passageiros
do sistema coletivo. Segundo o Setransp,
a tarifa de ônibus calculada à época,
considerando de forma técnica todos os
custos do sistema, foi de R$ 4,06, contudo,
o valor foi reajustado para R$ 3,50, já
estabelecendo, assim, um déficit de 13,79%.
Dessa forma, a tarifa de ônibus já não vem
cobrindo com os custos do serviço de
transporte como se propõe.

Nacionalmente, o setor do transporte


público urbano em todo o país continua
a reforçar a necessidade de desoneração
do preço combustível, como já é adotado
em alguns Estados, para a operação do
serviço, como uma das medidas de combate
ao desequilíbrio econômico-financeiro
enfrentado pelas empresas de ônibus
atualmente. O setor em Aracaju encaminhou
ao poder público, em janeiro e maio deste
ano e, novamente, nesta sexta-feira, 15,
as atualizações da planilha de custos do

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serviço do transporte coletivo com os


insumos que sofreram reajustes e, com isso,
apontam o déficit entre o atual valor tarifário
e o que seria tecnicamente necessário.
Já considerando a redução do preço do
combustível para o valor de R$ 3,16, a tarifa
ideal seria aproximadamente R$ 4,40.

Um valor que pode assustar a população,


porém é a consequência do desequilíbrio
econômico criado no sistema de transporte
da capital sergipana, que, inclusive, não
conta com nenhuma forma de subsídio
ou desoneração. “Não é de interesse das
empresas de ônibus aumentar a tarifa, ao
contrário, se ela fosse reduzida, sob o efeito
da desoneração dos custos e o incentivo ao
aumento do número de passageiros, seria
ainda mais atrativa ao cidadão, mas para
que isso aconteça o transporte precisa antes
ser tratado, de fato, como um direito social,
sendo prioridade nas defesas pela melhor
mobilidade das pessoas”, considerou Alberto
Almeida, presidente do Setransp.

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| GERAL
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NÚMERO DE ASSALTOS A ÔNIBUS


CAI 62% COM AÇÕES INCISIVAS
O número de assaltos a ônibus em Aracaju e
região metropolitana caiu 62,3% comparando
o mês de maio deste ano com o do ano passado.
Este percentual acompanha a queda que já vinha
acontecendo nos meses anteriores. O acumulado
entre janeiro a maio de 2018 comparando com 2017
mostra que a redução do número de assaltos foi de
52,86%, e, comparando 2018 com 2016, a queda foi
ainda maior, de 67,41%. De janeiro a maio foram 758
casos em 2016, 524 em 2017, e 247 em 2018.

Essa redução do número de casos de assaltos


é decorrente das ações das Polícias Militar e Civil,
junto com a Guarda Municipal, que têm abordado
os veículos durante os trajetos das linhas com
frequência e solucionado casos com prisões de
meliantes em menor espaço de tempo após cada
ocorrência. Isso com o apoio das empresas de ônibus
na agilidade para troca de informações sobre os
casos e encaminhamento das imagens das câmeras
internas dos ônibus. Além disso, campanhas de
divulgação dos números dos disque denúncia e
emergência nos ônibus também estão colaborando
com o combate aos assaltos. Essas ações incisivas
têm contribuído para que os passageiros resgatem o
sentimento de segurança no transporte público.

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| GERAL
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DIVULGAÇÃO

Assistidos se divertem em festa junina

FESTA
JUNINA ABRE
PROGRAMAÇÃO
DOS 50 ANOS DA
APAE ARACAJU
lInstituição faz trabalho em prol
da inclusão de pessoas com
deficiências física e intelectual

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| GERAL
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A Associação de Pais e Amigos dos


Excepcionais (Apae) de Aracaju comemora
50 anos no dia 27 de agosto mas o clima na
instituição já é de festa. A programação festiva
foi aberta com no fim de semana com o ‘Arraiá
do APAExonados’ como forma de levar alegria,
cultura e integração para os assistidos,
familiares e parceiros da instituição, com
direito a comidas típicas, música ao vivo com
Hiago Santos, apresentações teatrais, além da
quadrilha junina ‘Xodó da APAE’, que deu um
show à parte.

“A Apae é uma instituição séria que


trabalha na visão de executar um serviço
de qualidade que é ofertado para a
população totalmente de forma gratuita. O
Trabalho do terceiro setor não é fácil mas
persistimos, a filantropia também passa
por essa crise com a queda das doações e
é muito preocupante. Algumas instituições
não estão conseguindo sobreviver e estão
fechando as portas. As pessoas com
deficiência nos dão o combustível para

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| GERAL
3/9

DIVULGAÇÃO

Festa junina abriu programação festiva

seguir e buscar fazer o melhor porque elas


precisam de nós. Mas temos motivos para
comemorar, estamos chegando aos 50 anos
de trabalho e isso é muito gratificante para
nós”. Orgulha-se o presidente licenciado da
instituição Max Guimarães.

Um dos grandes saltos da APAE Aracaju


ao longo da história começou há cerca de
um ano, quando passou a atuar como Centro
Especializado em Reabilitação para pessoas

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| GERAL
4/9
DIVULGAÇÃO

Comidas típicas

com deficiências física e intelectual (CER II),


a partir de convênio firmado com o Ministério
da Saúde, pactuado entre Estado e o município
de Aracaju, gestor do contrato. Com isso, a
ONG passou a receber por serviços da área de
saúde que sempre executou gratuitamente e
nunca recebeu por eles.

TRABALHO SOCIAL
De acordo com o que foi pactuado entre
Estado e Prefeitura de Aracaju, a APAE atende
assistidos de 67 municípios sergipanos, hoje

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| GERAL
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DIVULGAÇÃO

Apae comemora 50 anos em agosto

fazendo uma média de 700 atendimentos


por mês. O CER II da Secretaria Municipal de
Saúde, localizado no bairro Siqueira Campos,
e o Centro de Integração Raio de Sol (CIRAS),
no Bairro Santa Maria, recebe toda a demanda
de Aracaju e de mais 7 municípios: Barra dos
Coqueiros, São Cristóvão, Itaporanga D’ajuda,
Laranjeiras, Riachuelo, Santa Rosa de Lima,
Divina Pastora.

“Apesar do convênio firmado, desde o


início não tem sido fácil. Primeiro, veio

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| GERAL
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a demora na contratualização junto a


Secretaria Municipal de Saúde, depois,
mais dificuldades para receber devido a
contratempos na prestação de contas.
O fato é que, por causa de ter que se
reestruturar para atender as exigências
do Ministério da Saúde, ampliando salas,
quadro de funcionários e adquirindo
equipamentos, a reserva que a APAE tinha
foi usada para investimento e os repasses
dos recursos não foram feitos na mesma
velocidade, como ainda permanecem, o
que resulta em salários atrasados dos
funcionários e o risco de comprometer o
atendimento”, explica Max Guimarães.

Campanhas são realizadas constantemente


para arrecadar recursos e pedindo a
colaboração da população para o trabalho
continuar. “A dificuldade parece ser a palavra
que acompanha entidades sérias do terceiro
setor. Estão sempre promovendo campanhas,
pedindo ajuda e, na maioria das vezes,
trabalhando no vermelho. Todo este esforço,

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| GERAL
7/9

só para fazer o bem e com a APAE não foi


diferente ao longo destes 50 anos. Em um
dos momentos mais críticos, já ameaçada
de fechar, a entidade chegou a atrasar 7
meses de salários, chegando a sofrer uma
intervenção”, explica Max.

SERVIÇOS
Max Guimarães se licenciou da presidência
e dona Gilda assumiu o comando durante
este período e os trabalhos continuam a
todo vapor. “Para se manter a Apae Aracaju
depende muito da ajuda de pessoas de boa
fé e, como muito esforço, os resultados
chegam graças ao trabalho desenvolvido pela
equipe de telemarketing, hoje, formada por
5 atendentes e mais um motoboy. Fora isso,
uma boa ajuda vem através de empresas e a
solidariedade da população”.

A instituição conta com 3 psicólogos, 3


terapeutas ocupacionais, um neuropediatra,
um ortopedista, 4 fisioterapeutas, 2
fonoaudiólogas, 3 assistentes sociais,

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| GERAL
DIVULGAÇÃO
8/9

Quadrilha ‘Xodó da APAE’ deu show à parte

além de 8 profissionais que atuam nas


oficinas terapêuticas, entre pedagogos e
psicopedagogos.

“Entre os ações de destaque, além das


atividades regulares com o Atendimento
Educacional Especializado (AEE), oficinas
terapêuticas e teatrais, aulas de futsal e
capoeira, a APAE firmou parcerias com o
Corpo de Bombeiros, através do projeto “cão
amigo”, em que os assistidos desenvolvem
a psicomotricidade num contato direto com
cães labradores; com a UFS, no projeto “UFS

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| GERAL
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rural”, desenvolvendo atividades agrícolas


na entidade e no campo; o Karatê adaptado,
estimulando mais uma atividade esportiva,
superando os próprios limites dos assistidos
e promovendo o esporte paraolímpico. A
próxima etapa e que já está bem encaminhada
é a reativação da equoterapia no Parque da
Cidade”, adianta a presidente em exercício.

Para ajudar a divulgar as ações e promover a


troca de experiências entre o setor, há cerca de
dois anos, a APAE Aracaju firmou uma parceria
com a Aperipê TV que exibe em sua grade, todos
os sábados às 8h e nas segundas-feiras, às 9h,
o programa Inclusão & Saúde, que é gravado
no estúdio da emissora e todo produzido pela
equipe de comunicação da APAE.

A APAE fica Rua Manoel dos Santos


Carvalho, 379, esquina com Curitiba, no bairro
Industrial, próximo ao Campo do Confiança,
onde os interessados podem obter mais
informações ou ainda ligar para o (79) 3215-
5959 ou 3205-4600.

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Simula a sensação de
um cigarro normal

E-CIGARRO TRAZ
RISCOS À SAÚDE
l Estudo encontra substâncias
potencialmente tóxicas ou cancerígenas
presentes nos cartuchos dos dispositivos

THAYNÁ FERREIRA | redacao@cinform.com.br


Fotos VIEIRA NETO

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| GERAL
2/4

Muitos fumantes que querem


largar o cigarro acham que a
solução para deixar de fumar
é usar o cigarro eletrônico,
também chamado de e-cigarro,
que converte em vapor a
nicotina diluída em líquidos
específicos. Mas, assim como
o convencional, ele traz riscos
à saúde. Os especialistas não
recomendam o uso, pois, um
estudo realizado na Universidade
do Canadá, Estados Unidos,
com os cartuchos utilizados
nos dispositivos, comprova
O e-cigarro
que muitos deles, de variadas foi inventado
marcas, contém substâncias não em 2003 pelo
farmacêutico
especificadas, potencialmente chinês Hon Lik
tóxicas ou cancerígenas e com
concentrações duvidosas,
prejudiciais a saúde.

“Se engana completamente


quem pensa em usar o cigarro

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| GERAL
3/4

eletrônico como meio para cessar o tabagismo.


Até o exato momento, não há nenhuma evidência
científica comprovando que ele ajuda nesse
sentido”, afirma o pneumologista George Amado.

De acordo com o médico, a Organização


Mundial da Saúde (OMS) e o Food and Drug
Administration (FDA), órgão americano
responsável pela fiscalização de alimentos
e remédios, desaconselham e desencorajam
o uso do e-cigarro. Ainda segundo ele, no
Brasil, a comercialização e utilização são
proibidas pela Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa).

“O tabagismo é uma dependência química


e como tal deve ser tratado com mudanças
comportamentais e uso de medicamentos
orientados pelo pneumologista naqueles
fumantes que não conseguem abandonar os
cigarros sozinhos”, explica o médico.

EXPERIÊNCIAS
O vendedor Saulo Lima utiliza o e-cigarro.

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| GERAL
4/4

Ele reconhece que o eletrônico não traz


benefícios para saúde e nem para o bolso. “A
essência vem com o mesmo teor de nicotina
do cigarro, então, acaba passando a vontade
de fumar o cigarro convencional. Mas não traz
benefícios nenhuma para saúde e para o bolso.
Uma carteira custa 10 reais e a essência custa
15 reais, Eu compro com um rapaz em Aracaju
que tem a essência e mesmo fabrica, pela
internet só consegue comprar em sites fora do
país”, relata.

De acordo com Saulo, uma sessão do


e-cigarro, dependendo da quantidade, chega
a ser igual ou mais que usar uma carteira de
cigarros tradicional. Ele informa que pretende
deixar de usá-lo e o próximo passo é procurar
um especialista para ajudá-lo.

O estudante Alexandre Matos usou uma vez


para experimentar e não gostou da sensação.
“É bem sem graça, quando usei foi tipo: o que
estou fazendo? Eu não gosto de cigarro, foi
péssimo”, declara.

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| GERAL

VIEIRA NETO
1/5

A equipe flagrou esse outdoor no bairro coroa do meio

‘EDVALDO, NÃO
ACABE A GUARDA
MUNICIPAL’
l Sindicato aponta sérias irregularidades
na gestão do prefeito de Aracaju

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| GERAL
2/5
DIVULGAÇÃO/ROBSON SANTOS

Em alguns pontos da
cidade é possível observar
outdoors com a frase
‘Edvaldo, não acabe a
Guarda Municipal’, o que
chamou atenção da equipe
do CINFORM, que entrou
em contato com o Sindicato
da Guarda Municipal de Eder santos rodrigues,
presidente do sindicato
Aracaju (SIGMA), a fim
de esclarecer o motivo da crítica. O presidente
do sindicato, Eder Santos Rodrigues, apontou
inúmeras irregularidades na gestão do prefeito
Edvaldo Nogueira no que diz respeito a Guarda
Municipal de Aracaju (GMA).

Segundo o presidente, um grupo de 112


guardas municipais, fundadores da instituição,
chamados de guardas auxiliares, teve uma
média de R$700 retirados dos seus salários,
em fevereiro do ano passado, sem justificativa
alguma da Prefeitura de Aracaju. Ainda
segundo Eder, o prefeito não autorizou a
reposição do dinheiro.

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DIVULGAÇÃO/ROBSON SANTOS
| GERAL

3/5

Sigma faz sérias denúncias


contra edvaldo nogueira

PLANO DE CARREIRA
De acordo com o presidente o Plano de
Carreira dos concursados está defasado, sem
a possibilidade de promoção na carreira e
se encontra totalmente em desacordo com
o Estatuto Geral dos Guardas Municipais,
previsto na Lei Federal 13.022 de 2014.

“Já elaboramos um projeto para reformular o


Plano de Carreira e entregamos em novembro
de 2017ao diretor da Guarda, a todos os
vereadores da capital, aos secretários da
SEMDEC, SEPLOG, SEGOV e ao próprio

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| GERAL
4/5

prefeito. Mas até agora Edvaldo Nogueira não


autorizou que os secretários sentem conosco
para discutir o projeto”, relata.

O presidente afirma ainda que desde o início


da gestão do prefeito o sindicato não foi atendido
para tratar sobre suas pautas. Eder afirma
também que está há dois anos sem reajuste
salarial e sem previsão para isso acontecer.
“Sofremos com efetivo reduzido e sobrecarga
de trabalho. Se não for feita a alteração do Plano
de Carreira, dificilmente a Prefeitura conseguirá
fazer um concurso. Com isso, o nosso trabalho
ficará cada vez mais precário”, afirma. Eder
critica ainda o valor dado para as três refeições,
de R$ 24, que segundo ele, ainda é pouco, já que
os guardas trabalham 24h por dia.

FALTA SEGURANÇA
Em abril desse ano, o Guarda Municipal
Paulo Sérgio de Oliveira, de 49 anos, foi
assassinado enquanto trabalhava no
Mercado de Aracaju, nas proximidades
da base da GMA. De acordo com Eder, até

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| GERAL
5/5

agora nada foi feito para a melhoria na


segurança dos postos de trabalho.

“Temos guardas trabalhando sozinhos, outros


desarmados e embora tenhamos cobrado o
reforço em alguns postos, infelizmente nada
foi feito”, declara. O sindicato denuncia ainda
a falta de equipamentos e armamentos não
letais, expondo os guardas a um risco muito
grande no exercício de suas funções. “Não
vemos a Prefeitura investir na GMA. Por esses
e outros motivos que fizemos esse protesto e
espalhamos outdoors na cidade. Sinceramente
o que parece é que a intenção do prefeito é de
acabar com a Guarda”, finaliza.

12º MANIFESTAÇÃO
O sindicato fará a décima segunda
manifestação só esse ano, onde vai acontecer
no Mercado Virgínia Franco, antigo Mercado
Albano Franco, nesta segunda-feira, 18, ás 6h.

ANO 35 - ED. 1836 - 18/6/2018 - 71


EDIÇÃO 1836

CICLO JUNINO
AQUECE CIRCUITO
DO MILHO
800 toneladas do grão produzidas
em Sergipe demonstram força
da cadeia produtiva
PIXABAY
|

ÍNDICE
CLIQUE E ACESSE
INTERIOR | Prudência e respeito 74

POLÍTICA
Emília Corrêa garante que pré-candidatura
ao Senado é pra valer 78

GERAL
Sergipe é segundo produtor
de milho do Nordeste 83
Evento festivo movimenta economia 89

Allisson Bonfim Diretor Comercial


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ANO 35 - ED. 1836 - 18/6/2018 - 73


| | OPINIÃO
1/4

Anderson Christian
INTERIOR

PRUDÊNCIA E
RESPEITO
Que as ações do Ministério Público Estadual,
MPE/SE, em sua imensa maioria, são benéficas
para a sociedade, isso nem se discute. Mas, em
algumas oportunidades, a coisa foge do controle
por um excesso de zelo, até, mas que não foca
nas questões realmente necessárias.

Tomemos dois exemplos: a Silibrina de


Lagarto e a Cavalgada de Estância, ambas
festas bastante representativas do ciclo junino
sergipano. E a alegação de que ambas têm
tido problemas de violência nos últimos anos

ANO 35 - ED. 1836 - 18/6/2018 - 74


| | OPINIÃO | INTERIOR
2/4

também é algo que não se discute. Mas, assim,


qual seria a melhor postura do MPE/SE em
relação aos dois eventos? Jogar tudo nas costas
das respectivas prefeituras, exigindo tantas e
tão detalhadas ações que, por fim, inviabiliza
a realização do evento? Ou seria melhor que o
MPE/SE chamasse o feito à ordem em todas as
esferas do poder, exigisse maior e mais eficiente
fiscalização e presença das forças de segurança
para que as festas ocorram normalmente?

Porque o estrangulamento das festividades


juninas é a morte da história do nosso povo. E não
tem prefeito que queira mexer no vespeiro que
é peitar o Ministério Público, porque ninguém é
besta para querer inviabilizar a própria gestão.
Assim, está na hora do bom sendo falar mais
alto: que o MPE/SE faça suas exigências, ok. Mas
que aproveite para ofertar possibilidades reais
de execução do que ele mesmo sugere. Porque o
povo, assim como faz com os políticos, também é
quem paga os salários dos senhores promotores.
Só que o político pode ser substituído de quatro
em quatro anos. Já os promotores, não!

ANO 35 - ED. 1836 - 18/6/2018 - 75


| | OPINIÃO | INTERIOR
3/4

Será?
Gal de Filó (PSC), vice em Tobias, se reuniu
com Belivaldo Chagas (PSD) na semana
passada. Encontro foi na casa da ex-prefeita
Marli Barreto.

Zelo
Impressionante o cuidado que o prefeito de
Estância, Gilson Andrade (PTC) tem com os
aspectos culturais do São João da cidade.

No pique
E falando em São João, semana em que
começar o Festival da Mandioca, em Lagarto,
já gera dividendos: comércio da cidade está
aquecidíssimo.

É forte!
O apoio de Marival Santana (PSC) a pré a federal
de Gustinho Ribeiro (SD) deve ser um dos mais
bem-sucedidos das eleições 2018.

ANO 35 - ED. 1836 - 18/6/2018 - 76


| | OPINIÃO | INTERIOR
4/4

Constatando
Bem que os políticos que comando o Estado
poderiam ir nos forrós pelas cidades afora. Veriam
o descaso deles mesmos com nossas rodovias.

Qualificado
Um dos municípios em que a oposição está
muito bem em Sergipe é Poço Verde. É que o
prefeito Iggor Oliveira (PSC) trabalha muito e os
poçoverdenses reconhecem.

Alô MPF!
Alardeamento de que presidente da Alese,
Luciano Bispo (MDB), é o “cara” da saúde
pública sergipana não deveria ser motivo de
comemoração, mas sim de investigação.

É fato!
Teve quem reclamasse de nota da coluna sobre
o enfraquecimento dos festejos de Cristinápolis.
Mas não tem jeito: a alegria lá já não é a mesma.

ANO 35 - ED. 1836 - 18/6/2018 - 77


|

POLÍTICA
1/5

EMÍLIA CORRÊA
GARANTE QUE
PRÉ-CANDIDATURA
AO SENADO É
PRA VALER
l Vereadora por Aracaju critica
políticos e ‘novos nomes’

A vereadora por Aracaju, mas natural da


cidade de Lagarto, Emília Corrêa (Patriota),
anunciou a sua pré-candidatura ao Senado e
garante que o projeto é pra valer. A defensora
pública é apontada pelo partido como um dos
principais nomes da legenda. E por ser de uma
cidade do interior, essa sua candidatura pode

ANO 35 - ED. 1836 - 18/6/2018 - 78


| | POLÍTICA
2/5

angariar apoios,

DIVULGAÇÂO
incluive, em sua
cidade natal.

“A decisão de
enfrentar velhos
e ultrapassados
caciques, veio da
inconformidade com
a atual situação de
negligência para com Emília Corrêa se prepara para
cidadão sergipano. disputar uma cadeira do Senado

A desproporção de
dignidade por que passa nosso povo é aviltante.
Não há segurança, saúde, assistência, educação
de qualidade. Tentar mudar essa deprimente
realidade, me motiva”, explicou.

Segundo a pré-candidata, os políticos não


têm dado exemplo, não têm cumprido papel
para o qual foram eleitos. “O que se vê, sob raras
exceções, são políticos mais preocupados com
interesses próprios, de terceiros por garantia de
ganhos, de grupos, de família”, dispara.

ANO 35 - ED. 1836 - 18/6/2018 - 79


| | POLÍTICA
3/5

NOVOS NOMES

DIVULGAÇÂO
Sobre o ‘novo’ que
anda se apresentando
nessa fase de pré-
campanha, Emília
Corrêa é taxativa em
dizer que nem todo
novo traz consigo
princípios e que essa
nova janela traz muitos Patriota defende a
transparência e critica
aventureiros. gestores públicos

“Muitos que se apresentam são novos em


idade, mas com ideias antigas e equivocadas.
Esses saíram dos currais eleitorais e
transformam a política partidária em mera
politicagem. Nesse caso, é mais do mesmo”,
alfineta.. Emília chama atenção daqueles
que apostam no quanto pior melhor, de
que cidadão está muito consciente da sua
responsabilidade em não permitir que os
enganadores retornem.

“Não acredito que o cidadão desse estado

ANO 35 - ED. 1836 - 18/6/2018 - 80


| | POLÍTICA
4/5

vai se furtar da chance

DIVULGAÇÂO
de varrer dessa política
com corruptos, os lobos
em pele de cordeiro,
dos que compram os
espaços de poder e,
principalmente, aqueles
que tanto prometeram e
que diante de uma mesa “Temos que ter
cuidado com os que se
de decisão, fazem escolha apresentam como
pela perpetuação de novo”, alerta
poder e esquecem das necessidades reais do
povo. Passar a limpo esse cenário degradante
no qual chegamos na política desse país é
uma responsabilidade de todas e de todos”,
enfatizou.

REFORMA POLÍTICA
Para a pré-candidata a temática da corrupção
será um dos condutores das eleições no Brasil
em 2018. “Os pré-candidatos já se adiantam,
mesmo que forma velada, com promessas uma
gestão transparente, soluções faraônicas e com
declarações contundentes, o fim da prática

ANO 35 - ED. 1836 - 18/6/2018 - 81


| | POLÍTICA
5/5

corrupta em suas gestões”,

DIVULGAÇÂO
disse. “Alguns candidatos
que, declaradamente, irão
participar do pleito, apostam
em fórmulas mágicas para
o combate à corrupção e o
fim do ato doloso em todas
as ações na administração,
mesmo carregando título de “Atuais governantes se
preocupam apenas com
desonesto. Vejo isso como interesses pessoais”
mais um engodo e uma
tentativa de enganar o cidadão”, ressaltou.

Emília defende que para ter uma reforma


política é necessário transparência. “Apesar
desse cenário de descrédito, acredito que
levantar a bandeira da ética e da transparência,
sobretudo na esfera política, não é tarefa fácil,
mas não impossível. Construir uma imagem
pública transparente está ligada à formação do
caráter e princípios, no reconhecimento das
falhas e fragilidades nas decisões e, acima de
tudo na percepção das melhorias, encorajando
as pessoas à condutas éticas”, concluiu.

ANO 35 - ED. 1836 - 18/6/2018 - 82


|

GERAL
1/6

Colheita deve durar até julho

SERGIPE É SEGUNDO
PRODUTOR DE
MILHO DO NORDESTE
l Com produção de quase
800 mil toneladas, Sergipe ficou
atrás apenas da Bahia

FREDSON NAVARRO | redacao@cinform.com.br

ANO 35 - ED. 1836 - 18/6/2018 - 83


| | GERAL
2/6

Ingrediente fundamental da culinária junina, o


milho se firma como uma das principais culturas
agrícolas de Sergipe e coloca o estado como o
segundo maior produtor do Nordeste, com uma
produção de quase 800 mil toneladas do grão.
Conforme dados do Instituto de Geografia e
Estatística (IBGE), com produção em 148.289
hectares perdeu apenas para a Bahia.

Desenvolvida nos municípios de Carira,


Simão Dias, Poço Verde, Lagarto e Frei
Paulo, a cultura do milho conta com
incentivos do governo para se consolidar
como segmento de mercado - e não mais
como atividade de subsistência. O apoio se
dá através de assistência técnica por meio
da Emdagro, da distribuição de sementes e
da mecanização agrícola.

O programa de Distribuição de Sementes


é voltado para o pequeno produtor e visa
fortalecer a agricultura familiar. A acão
beneficia 40 mil agricultores familiares,
incluindo os quilombolas e os indígenas.

ANO 35 - ED. 1836 - 18/6/2018 - 84


| | GERAL
3/6
DIVULGAÇÃO

“Aqui o milho é de primeira qualidade”, garante João

INCENTIVO
Outro fator que contribui para esse
crescimento substancial é o programa de
mecanização agrícola. Através da liberação de
42 mil horas de trator, os agricultores têm suas
terras preparadas para o plantio.

Essa não é a primeira vez que a produção


do milho bate recorde. Em 2010, a produção

ANO 35 - ED. 1836 - 18/6/2018 - 85


| | GERAL
4/6
DIVULGAÇÃO

Procura pelo milho é grande no São João

sergipana cresceu mais que em quase todos


os estados do país. Primeiro colocado no
Nordeste, naquele ano Sergipe cresceu menos
apenas que o estado do Mato Grosso do Sul,
conforme a pesquisa ‘Produção Agrícola
Municipal - 2010’, divulgada pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Conforme o IBGE, o milho hoje é a cultura

ANO 35 - ED. 1836 - 18/6/2018 - 86


| | GERAL
5/6
DIVULGAÇÃO

Agricultores comemoram safra

agrícola que ocupa maior território e possui


maior valor de produção em Sergipe. Pelos
dados da ‘Produção Agrícola Municipal, a
produção sergipana de milho obteve o valor de
R$ 335milhões, enquanto a laranja chegou aos
R$ 223 milhões e a cana aos R$ 188milhões.

Com relação à área ocupada, o ranking


não muda, cabendo ao milho 204,8 mil

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| | GERAL
6/6

hectares, enquanto a laranja ocupa 54 mil e


a cana 46,6 mil hectares.

MAIOR SAFRA
Os agricultores de Sergipe colheram a maior
safra de milho dos últimos anos. A chuva
chegou na hora certa e bem distribuída, fez
toda a diferença. Colheita é de quase 800 mil
toneladas de milho.

O agreste de Sergipe vai ter um São João


melhor este ano. Para quem vive do plantio,
não tem faltado trabalho. “Graças a Deus
esse ano tem fartura para todo mundo. Tá
todo mundo rindo à toa”, diz o produtor
de grãos Jhony Couto. Os agricultores
plantaram a esperança de uma boa produção
e estão colhendo a melhor safra dos últimos
5 anos. Milho de primeira qualidade. “É o
sonho de todo agricultor ver uma safra
que nem foi esse ano de 2018”, comemora
o agricultor João Andrade. A colheita deve
durar até julho e em toda propriedade,
grande ou pequena, não falta trabalho.

ANO 35 - ED. 1836 - 18/6/2018 - 88


| | GERAL
1/6
SECOM PIRAMBU

Todas as noites do São João Antecipado de Pirambu foram lotadas

EVENTO FESTIVO
MOVIMENTA
ECONOMIA
l Com a realização do São João Antecipado,
Pirambu ajudou a aquecer comércio local

Quando uma cidade como Pirambu realiza


uma megafesta, como foi o caso do São João
Antecipado, iniciado na sexta, 15, e encerrado

ANO 35 - ED. 1836 - 18/6/2018 - 89


| | GERAL
2/6

ANDERSON CHRISTIAN
Timas feliz com o aumento de clientes no restaurante

no domingo, 17, contando com grandes


atrações da música nacional, o sucesso do
evento é certo. E assim foi, com todos os
participantes saindo muito satisfeito da
cidade praiana sergipana.

Mas há um outro lado que nem sempre


aparece na grande mídia: qual o impacto
desse tipo de ação do poder público sobre
a economia local? O CINFORM buscou
ouvir moradores da cidade com o intuito de
descobrir o que fica para a cidade após uma
festa como a ocorrida.

ANO 35 - ED. 1836 - 18/6/2018 - 90


| | GERAL
3/6
5/7
SECOM PIRAMBU

Organização foi uma das tônicas durante todos os dias do evento

“Para nós é muito importante,


especialmente após o Projeto Tamar ter
encerrado suas atividades aqui. Assim, numa
festa como essa, o aumento em nossas
vendas é da ordem de 50%”, destaca Timas
Santos Melo, do Restaurante Beira Rio, um
dos mais importantes de Pirambu.

RECURSOS CIRCULANDO
E o que ocorre com o restaurante de Timas
caba por alimentar o círculo virtuoso: mais
clientes, mais dinheiro em caixa, remuneração
dos funcionários em dia e dinheiro circulando

ANO 35 - ED. 1836 - 18/6/2018 - 91


| | GERAL
4/6
1/9
na economia local. “As pessoas, na semana
da festa, vêm aqui para comprar roupa. E o
aumento nas vendas ajuda a fechar o caixa

“ SUJEITO À APROVAÇÃO DO MINISTERIO DA CULTURA”


ANO 35 - ED. 1836 - 18/6/2018 - 92
| | GERAL
5/6
ANDERSON CHRISTIAN

de forma
positiva no
final do mês”,
destaca
Regina
Valentim, da
Diamantes
Moda,
destacando
que o seu
crescimento
nas vendas
também gira
em torno de
50%. “Eu
trabalho Regina Valentim viu vendas crescerem 50%

mais com
a distribuição de água mineral, pois estou
entre dois mercadinhos que vendem
bebidas. Mas numa semana em que tem
festa, as vendas aumentam também”, diz
Valdilene dos Santos, ressaltando que o
grande número de casas de veraneio na
cidade ajuda a alavancar suas vendas.

ANO 35 - ED. 1836 - 18/6/2018 - 93


| | GERAL
6/6

Para o prefeito da cidade, Elinho Martins


(PSC), uma festa como o São João
Antecipado de Pirambu cumpre diversas
funções. “Tem o lado cultural, pois música
é cultura, é valorização da nordestinidade.
Tem a questão da alegria também, porque
o nosso povo trabalhador merece esse
momento de diversão em paz e harmonia.
E tem o lado econômico também, que é
dos mais importantes, já que nossa festa
atraiu recursos de turistas, aquecendo a
economia local”, finaliza Elinho.

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Emprego
EDIÇÃO 1836

CULTURA QUE
GERA RENDA
ARQUIVO PESSOAL

Sebos de livro atraem aficcionados e garantem


complementação de renda para sebistas
Emprego

ÍNDICE
CLIQUE E ACESSE

Livros: amor e renda extra 98


Milla Cerqueira - DIREITO E STARTUP –
A verdade sobre trabalho home office 105
NOTAS 109
Classificados CINFORM 111

Allisson Bonfim Diretor Comercial


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Emprego
2/8

LIVROS
AMOR E RENDA
EXTRA
lRevenda de livros gera renda
extra para sebistas aracajuanos

O Brasil é um dos países em que as pessoas


menos leem. Segundo um estudo publicado
em 2015, o brasileiro dedicava, em média,

JULIA FREITAS | redacao@cinform.com.br


Fotos ARQUIVO PESSOAL

ANO 35 - ED. 1836 - 18/6/2018 - 98


Emprego
3/8

apenas 5 horas e doze


minutos por semana
para a leitura de livros.
Em contrapartida a esse
dado e a digitalização
dos livros, o número de
sebos tem crescido em
Aracaju, principalmente,
aqueles que são
itinerantes, gerando
uma renda extra para
aqueles que vendem
livros usados.

Juliano vende livros para


Desde 2014, complementar a renda
professor por formação
Juliano Beck percorre a cidade vendendo

ANO 35 - ED. 1836 - 18/6/2018 - 99


Emprego
4/8

livros com a Severina - sua bicicleta de carga.


Ele conta que foi às ruas por necessidade,
mas hoje a venda dos livros serve como um
complemento a sua renda.

“Eu comecei por necessidade mesmo.


Tinha acabado de voltar para Sergipe e
estava desempregado. Como já frequentava
os sebos físicos há alguns anos e os donos
me conheciam, pegava livros e discos num
preço bom. Peguei uma bicicleta cargueira
(Severina, que dá nome ao sebo), com a qual
eu entregava cerveja, água e gás antigamente,
e fui para rua. Hoje, eu trabalho como revisor
textual e redator, mas o sebo é fundamental
para complementar a renda”, lembra.

Cada sebo itinerante tem o seu público e o

ANO 35 - ED. 1836 - 18/6/2018 - 100


Emprego
5/8

perfil dos livros varia de acordo com o gosto do


sebista, mas eles não se restringem a sua área.
Sejam livros de literatura, direito, teóricos,
ficção, filosofia ou, até mesmo, autoajuda, eles
conseguem através de muito garimpo.

“Muitas vezes as pessoas procuram um


título específico por afeição pessoal, alguma
memória afetiva. Isso evidencia a relação de
intimidade que as pessoas têm com os livros
físicos, coisa que não ocorre com o modelo
virtual”, comenta.

Para fazer com que mais pessoas tenham


acesso aos livros, que são vendidos a preços
muitas vezes mais baratos que nas livrarias, o
Bonde das Traças (coletivo criados por alguns
sebistas de Aracaju) decidiu criar alguns

ANO 35 - ED. 1836 - 18/6/2018 - 101


Emprego
6/8

eventos em
parques e até
mesmo em um
bar da cidade.

“Além do
Encontro
Cultural de
Sebos, com
três edições
já realizadas
no Parque da
Sementeira,
estamos
fazendo eventos
menores
Entre os garimpos, está uma
em espaços edição de Espuma Fluctuantes,
cedidos como de Castro Alves
o Elenildo Rock
Bar, no Centro. A proposta não é intervir
(algo esporádico), mas de fato ocupar
culturalmente a cidade, coisa que já fazíamos
individualmente há anos, porém é o coletivo
que nos dá visibilidade”, esclarece.

ANO 35 - ED. 1836 - 18/6/2018 - 102


Emprego
7/8

Dedicatória de Guimarães Rosa escrita em 1965

RARIDADES
Em meio aos inúmeros livros encontrados
nos mais diversos pontos da cidade, os
sebistas acabam encontrando verdadeiras
relíquias. Livros raros ou com dedicatórias
tão especiais que o lucro não consegue
superar o afeto pela obra.

Juliano conseguiu resgatar algumas

ANO 35 - ED. 1836 - 18/6/2018 - 103


Emprego
8/8

obras de literatura até mesmo do lixo. Livros


seculares ou raros até mesmo na prateleira
dos seus autores, como “O Soneto”, do escritor
cearense Cruz Filho.

“Tento exercitar o desapego, porém ainda


vendo só metade do que encontro. E, como
disse, acha-se alguns tesouros, que às vezes
prefiro, em vez de vender, doar a alguém que
saiba apreciar. Já encontrei uma edição do
Pequeno Príncipe da 2ª Guerra, uma edição
de Espuma Fluctuantes com grafia arcaica...
outros não tão antigos, mas raríssimos como
O Soneto, do Cruz Filho. Eu descobri que ao
próprio autor só restava um exemplar e os
pesquisadores que iam entrevistá-lo tinham
de transcrever manualmente trechos do
livro”, alegra-se.

O antigo hábito de escrever dedicatórias nos


livros também torna alguns achados de Juliano
raros, como as de Guimarães Rosa, Ariano
Suassuna e dos sergipanos Antônio Carlos
Viana, Santo Souza e Maria Cristina Gama.

ANO 35 - ED. 1836 - 18/6/2018 - 104


Emprego
1/4

MILLA CERQUEIRA
DIREITO & STARTUP

A VERDADE SOBRE
TRABALHO
HOME OFFICE
Nos anos 80 e 90, os empregadores
começaram a perceber o quão caro era o
espaço físico, chamado de escritório.

Na sequencia, o empregador iniciou


uma prática chamada “hoteling”, em que
os funcionários ocupam uma estação de
trabalho disponível para o dia em que estão

ANO 35 - ED. 1836 - 18/6/2018 - 105


Emprego DIREITO & STARTUP
2/4

no escritório, em vez de ter um local fixo ou


estação de trabalho própria, desse modo, os
empregadores reduziam o espaço e custo do
escritório.

ASSIM SURGIU O MODELO


DE HOME OFFICE.
Com tanta tecnologia disponível para
tornar o trabalho remoto mais rápido, mais
barato e mais eficaz, não seria mais barato
para a maioria ou todos os empregadores
deixarem seus funcionários mais estratégicos
trabalharem em casa?

Seria mais barato. A maioria de nós cresceu


aprendendo que negócio é a arte de investir
com sabedoria, mas às vezes as emoções
dominam a tomada de decisões financeiras no
mundo dos negócios.

A verdadeira razão pela qual a permissão


para trabalhar em casa não é muito comum,
é porque os gerentes/gestores de todos
os níveis estão com medo de mudanças e,

ANO 35 - ED. 1836 - 18/6/2018 - 106


Emprego DIREITO & STARTUP
3/4

especialmente, com medo de mudanças que


exijam que eles saiam de sua zona de conforto.

Um líder cujos funcionários trabalhem


em casa, precisa confiar em seus colegas
de equipe. Líderes que não podem confiar
em si mesmos o suficiente para contratar
pessoas em quem possam confiar, sempre vão
inclinar para mecanismos de poder e controle,
incluindo forçar pessoas a dirigir um carro ou
pegar um ônibus todos os dias para que seus
supervisores possam ficar de olho neles.

Esse mecanismo de controle mantêm


o medo do líder em silencio. E quando a
emoção domina a tomada de decisões, líderes
normalmente assumem que um funcionário
que está trabalhando em casa, está assistindo
novelas na TV e comendo bombons em vez de
fazer o trabalho, sem analisar as métricas de
produtividade do profissional.

Essa falta de confiança é uma falha na


liderança e gestão que evidentemente

ANO 35 - ED. 1836 - 18/6/2018 - 107


Emprego DIREITO & STARTUP
4/4

prejudica comunidades e indivíduos, bem


como os próprios clientes e sócios/acionistas
da organização, que buscam sempre mais
resultado.

Permitir que colaboradores estratégicos


trabalhem em casa, daria um melhor
equilíbrio na vida dessas pessoas e mais
espaço para grandes ideias surgirem através
da criatividade.

lMilla Cerqueira Fonseca é advogada,


palestrante e consultora.

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Emprego
PF TEM 500 VAGAS ATÉ DIA 02/07
1/2
PF

Concurso público da Polícia Federal visa


contratar 500 profissionais de nível superior.
São oferecidas oportunidades nos cargos
de Delegado de Polícia Federal (150); Perito
Criminal Federal (60); Agente de Polícia
Federal (180); Escrivão de Polícia Federal (80)
e Papiloscopista (30). Carga horária de 40h
semanais e remunerações entre R$ 11.983,26 e
R$ 22.672,48. Inscrições no endereço eletrônico
www.cespe.unb.br entre às 10h do dia 19
de junho às 18h do dia 2 de julho. Taxa nos
valores de R$ 180,00 e R$ 250,00.

ANO 35 - ED. 1836 - 18/6/2018 - 109


Emprego
SALVADOR: 143 VAGAS DE MÉDICOS
PMS

2/2

A prefeitura de Salvador/BA contrata 143


Médicos sob Regime Especial de Direito
Administrativo (REDA).Com jornada
de 24 horas e remuneração de até R$
6.353,33, as vagas são para profissionais
das áreas de Clinica Médica Adulto (67);
Clinica Pediátrica (53); Saúde Mental (7) e
Ortotraumatologia (16). Sob a taxa de R$
50,00, os interessados podem se inscrever
das 9h até 1º de julho, via internet, no site
www.processoseletivosimplificadosauefsms.
salvador.ba.gov.br. Como forma de
qualificar os concorrentes inscritos,
haverá aplicação da etapa única de
Avaliação de Títulos.

ANO 35 - ED. 1836 - 18/6/2018 - 110


Emprego
CLASSIFICADOS
ao cliente. Desejável experiência na área
PRECISA-SE de padeiro. Ensino fundamental comple-
to. Conhecimentos em confeitaria e pani-
ficação. Necessário curso de Panificação.
VENDEDOR E MOTOBOY Ambos os sexos. Enviar currículo e colocar
Vendedor com experiência na carteira o cargo pretendido no assunto para: cur-
e habilitação A e B, e Moto Boy com riculos@postoboaviagem.com
habilitação A e B. Tratar com Lúcia ou
Elza na empresa Bat Auto, na Rua 7 de CONTADOR
Setembro, Nº 1154, ao lado do Ceasa, Lançar e conciliar os dados contábeis
das 8:00 às 18:00h. Trazer currículo e garantindo a confiabilidade dos mes-
Carteira de Trabalho. Ambos os sexos. mos. Acompanhar as decisões da em-
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