Diabetes Mellitus
No Brasil, o diabetes junto com a hipertensão arterial, é responsável pela primeira causa de
mortalidade e de hospitalizações, de amputações de membros inferiores e representa ainda
62,1% dos diagnósticos primários em pacientes com insuficiência renal crônica submetidos à
diálise.
Fisiopatologia
DM 1
DM 2
Principais Sintomas
Principais Complicações
Cetoacidose
Síndrome Hiperosmolar
É um estado de hiperglicemia grave (> 600 a 800 mg/dL), desidratação e alteração do estado
mental – na ausência de cetose. Ocorre apenas no diabetes tipo 2, porque um mínimo de ação
insulínica preservada nesse tipo de diabetes pode prevenir a cetogênese. A mortalidade é muito
elevada devido à idade e à gravidade dos fatores precipitantes.
Hipoglicemia
Hipoglicemia é a diminuição dos níveis glicêmicos – com ou sem sintomas – para valores abaixo
de 60 a 70 mg/dL. Geralmente essa queda leva a sintomas neuroglicopênicos (fome, tontura,
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fraqueza, dor de cabeça, confusão, coma, convulsão) e a manifestações de liberação do sistema
simpático (sudorese, taquicardia, apreensão, tremor).
Classificação do DM
Além desses tipos, o diabetes gestacional também merece destaque, devido a seu impacto na
saúde da gestante e do feto.
Diabetes tipo 1
• O termo “tipo 1” indica o processo de destruição da célula beta que leva ao estágio de
deficiência absoluta de insulina.
• Assim, o traço clínico que mais define o tipo 1 é a tendência à hiperglicemia grave e
cetoacidose.
Diabetes tipo 2
• O termo “tipo 2” é usado para designar uma deficiência relativa de insulina, isto é, há um estado
de resistência à ação da insulina, associado a um defeito na sua secreção, o qual é menos
intenso do que o observado no diabetes tipo 1.
• O DM tipo 2 costuma ter início insidioso e sintomas mais brandos. Manifesta-se, em geral, em
adultos com longa história de excesso de peso e com história familiar de DM tipo 2.
• Após o diagnóstico, o DM tipo 2 pode evoluir por muitos anos antes de requerer insulina para
controle. Seu uso, nesses casos, não visa evitar a cetoacidose, mas alcançar o controle do
quadro hiperglicêmico.
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Diabetes Gestacional
Diagnóstico
• Glicemia casual,
• Glicemia de jejum,
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• No TTG-75 g, o paciente recebe uma carga de 75 g de glicose, em jejum e a glicemia é
medida antes e 120 minutos após a ingestão. Uma glicemia de duas horas pós-sobrecarga
maior ou igual a 200 mg/dL é indicativa de diabetes e entre 140 mg/dL e 200 mg/dL, indica
tolerância à glicose diminuída.
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ATENÇÃO
Esse critério ainda não foi oficializado pela OMS, porém já existe uma recomendação da
Federação Internacional de Diabetes (IDF) acatando o ponto de corte para 100 mg/dl.
Rastreamento
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Consulta de enfermagem para avaliação inicial e orientação para Mudança do Estilo de Vida
(MEV).
Controle Glicêmico
Tratamento Medicamentoso
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O DM tipo 2, que acomete a grande maioria dos indivíduos com diabetes, exige tratamento não
farmacológico, em geral complementado com antidiabético oral e, eventualmente, uma ou duas
doses de insulina basal, conforme a evolução da doença.
Casos que requerem esquemas mais complexos, como aqueles com dose fracionada e com
misturas de insulina, são em geral acompanhados pela atenção especializada.
Antidiabéticos Orais
Se a pessoa não alcançar a meta glicêmica em até três meses com as medidas não
farmacológicas, o tratamento preferencial é acrescentar a metformina no plano terapêutico.
A introdução mais precoce pode ser considerada em alguns pacientes que não respondem ao
tratamento, com ou sem excesso de peso.
A escolha desta medicação como primeira opção terapêutica deve-se ao seu perfil de segurança
em longo prazo, efeito neutro e até mesmo de redução do peso, ausência de hipoglicemias e sua
capacidade de reduzir eventos macrovasculares. A metformina pode reduzir a incidência de infarto
agudo do miocárdio em 36% e mortalidade em 32%.
A associação de um segundo fármaco ocorre com a maioria das pessoas com DM tipo 2, em
virtude do caráter progressivo da doença. Cerca de metade das pessoas que atingiram o
controle glicêmico com monoterapia requerem a associação de outra medicação dois anos depois.
Em nove anos, 75% necessitam utilizar mais de uma medicação para o controle glicêmico.
Combinando-se dois agentes antidiabéticos orais com mecanismos de ação diferentes obtém-se
uma queda adicional na glicemia, com melhora do quadro metabólico confirmado pela dosagem
de HbA1C.
O acréscimo do segundo fármaco também pode ser feito precocemente, de quatro a oito semanas
após o primeiro ter sido iniciado (metformina) e não se ter obtido uma resposta satisfatória.
Se as metas de controle não forem alcançadas após três a seis meses de uso de metformina,
pode-se associar uma sulfonilureia.
As sulfonilureias exercem sua principal função sobre as células beta, estimulando a secreção de
insulina e reduzindo o nível plasmático de glicose (RANG et al., 2003) e a HbA1C entre 1% e 2%.
Se o controle metabólico não for alcançado após o uso de metformina em associação com uma
sulfonilureia por três a seis meses, deve ser considerada uma terceira medicação.
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A insulina também é considerada quando os níveis de glicose plasmática estiverem maiores de
300 mg/dL, na primeira avaliação ou no momento do diagnóstico, principalmente se
acompanhado de perda de peso, cetonúria e cetonemia (GUSSO; LOPES, 2012).
A via de administração usual da insulina é a via subcutânea, mas a insulina regular também pode
ser aplicada por vias intravenosa e intramuscular, em situações que requerem um efeito clínico
imediato. A aplicação subcutânea pode ser realizada nos braços, abdômen, coxas e nádegas.
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Referências Bibliográficas:
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