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ESPECIALDO JORNAL FALA PINDAA
Ano III
ENTREVISTA EXCLUSIVA
Marcelinho
carioca: Dos
gramados para
a gestão pública
Marcelo Pereira Sur-
cin, mais conhecido como
Marcelinho Carioca, após
encerrar a carreira como
jogador profissional de
futebol iniciou uma nova
etapa em sua vida como
empresário, jornalista e
gestor público. O ex-se-
cretário de Esportes de
Ubatuba visitou a cidade
de Pindamonhangaba, a
convite do amigo Fran-
gão, e concedeu uma
entrevista sobre sua tra-
jetória no esporte, na
gestão pública e seus
novos desafios.
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Divulgação
Vale do Paraíba se une em apoio ao
trabalho do Deputado estevam Galvão
Estevam aproveitou o Encontro de Lideranças para
anunciar a pré-candidatura da vereadora Gislene, de
Pinda, a deputada federal pelo DEM
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EM COMEMORAÇÃO AO ANIVERSÁRIO DE PINDA
20 de junho a 09 de julho 2018 Edição 39
Festividades dos 313 anos de
Pinda começam no final do mês
Pindamonhangaba comemora 313 anos de emancipação político-administrativa e quem ganha o presente é a população. As
festividades terão início no dia 29 de junho, com o 5º Festival Junino, até o dia 1º de julho, com comidas típicas, trem do forró,
artesanato, shows e participação dos comerciantes dos núcleos turísticos do Ribeirão Grande e do Piracuama.
Na sequência, de 6 a 10 de julho, haverá a tradicional festa de aniversário da cidade, no Parque da Cidade, com shows, barracas
de alimentação em prol das instituições assistenciais, feira de orquídeas e outras atrações. Ainda no Parque, no dia 15, haverá a
largada e chegada da Corrida Pinda, com almoço, telão com transmissão da final da Copa do Mundo e shows.
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Divulgação Divulgação Marcelo Rossi
Sérgio Reis encerra com chave do ouro o Fala Mansa é uma das atrações do aniversário A banda IRA! também está confirmada no
Festival Junino da cidade aniversário de Pinda
Deputado Márcio Sete de Setembro:
local abandonado
camargo apresenta vira praça e espaço
para manifestações
suas ações para Pinda culturais e artísticas
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Prefeito Dr. isael Domingues acompanha Plantio
de árvores na futura Praça Sete de Setembro
No dia do meio ambiente, 05 de junho, o Prefeito Dr. Isael Domingues,
acompanhou o plantio das novas arvores as quais farão parte do cenário da
futura Praça Sete de Setembro.
Isael Domingues conversou com a equipe do Jornal Fala Pindaa, a quem
explicou alguns pontos importantes em relação a esse plantio e ao projeto
da Praça Sete de Setembro.
Segundo o Prefeito foram plantadas 53 arvores de várias espécies, entre
elas Acácias, Ipês de todas as cores, entre outros.
Isael explicou que foram feitas as substituições das arvores que ficavam
nas proximidades a calçada, pois estás traziam risco de danificação
Página 04 ao piso, prejudicava a acessibilidade do local e ainda não beneficia-
va o conceito urbanístico da cidade. Ao todo foram retiradas nove
arvores.
Felipe césar-Fc Em relação aos recursos utilizados para a concretização da obra
apresenta projetos da Praça Sete de Setembro, o Prefeito fez questão de destacar que
para ribeirão Grande esse recurso vem de iniciativa privada e que não foi utilizado um
centavo do dinheiro publico, sendo assim a população ganhará
e cruz Grande uma moderna e magnifica praça sem custo algum.
O Prefeito Dr. Isael Domingues falou também sobre a re-
O vereador Felipe Cé-
sar - FC (PV) apresentou
forma total do Galpão da Central do Brasil, o qual poderá ser
duas “Emendas imposi- usado como espaço gourmet, atividades culturais e artísticas.
tivas” ao Projeto de Lei Isael Domingues demonstrou sua felicidade por estar em
no 156/2017, de autoria breve entregando a Praça Sete de Setembro a cidade de Pin-
do Poder Executivo, que damonhangaba.
Bastidores da Política Dicas Empresariais:
“Estima a Receita e fixa a
Despesa do Município de
Pindamonhangaba para
2018”. As emendas ver-
sam sobre a área de Saú- Por: Fernando Frangão Por: lucas de Godoi
de e Assistência Social. Página 02 Página 05
 8 Aqui você tem vez e voz!
Marcelinho Carioca:
Dos gramados para a gestão pública
Marcelo Pereira Sur-
cin, mais conhecido como
Marcelinho Carioca, após
encerrar a carreira como
jogador profissional de
futebol iniciou uma nova
etapa em sua vida como
empresário, jornalista e
gestor público. O ex-se-
cretário de Esportes de
Ubatuba visitou a cidade
de Pindamonhangaba, a
convite do amigo Fran-
gão, e concedeu uma
entrevista sobre sua tra-
jetória no esporte, na
gestão pública e seus
novos desafios. “Pé de
Anjo”, como ficou co-
nhecido, é pré-candidato
a deputado estadual e
disputa uma vaga na As-
sembleia Legislativa de
São Paulo pelo Podemos.
Fala Pindaa: Você é
considerado o maior
ídolo do Corinthians.
Teve uma carreira vi-
toriosa no futebol, mas
como tudo começou?
MC: Iniciei minha car-
reira no Madureira, no Rio
de Janeiro, nas catego-
rias de base, mas estreei
profissionalmente, pelas
mãos do saudoso Telê
Santana, no Flamengo,
no dia 30 de novembro
de 1988 num Maracanã
lotado, substituindo Zico,
meu grande ídolo. Foi
um dia muito especial,
pois meu sonho de ser
jogador profissional se
realizava e o do meu pai
também. Ver meu pai,
Sr Adilson, um gari na
época, uniformizado de
laranja na geral do Mara-
canã torcendo por mim,
foi emocionante. Quando
o Telê falou “aquece o
menino”, abracei aquela
oportunidade com tudo.
Eu não sabia pra onde
olhar enquanto aquecia
pra entrar em campo.
Sempre disse para o meu
pai que um dia jogaria
num grande clube. Na-
quele dia, quando termi-
nou o jogo o Telê queria
mandar um carro me
levar pra casa, mas eu
queria ir com meu pai. No
trem, indo pra casa, con-
versamos sobre o jogo,
minha felicidade da es-
treia num grande clube.
Estava eufórico e meu
pai me disse que eu não
tinha conseguido nada
ainda, tinha dado apenas
meio passo, o outro meio
passo seria os estudos.
Foi um balde de água fria,
mas também meu com-
bustível. Por ele, eu me
formei em Torneiro Me-
cânico enquanto jogava
futebol, cursei Educação
Física e, no final de 2017,
conquistei mais um título
importante: o primeiro
ex-jogador com diploma
de jornalista.
Fala Pindaa: Conci-
liar a carreira de jo-
gador com os estudos
não deve ter sido fácil,
mas fez a diferença
pra você?
MC: A grande maio-
ria dos jogadores dedi-
ca somente a sua vida
ao futebol e se esquece
que um dia vai parar
de jogar bola e precisa
ter uma outra formação
para administrar sua vida
e bens conquistados.
Graças a Deus e ao meu
pai, comigo foi diferente.
Apesar do pouco tempo
livre, priorizei os estudos,
tendo em mente que
precisava me capacitar
para administrar minha
vida pós futebol. Termi-
nei jornalismo em 2017
e em breve, pretendo
fazer pós-graduação em
gestão pública. Estudar
nunca é demais.
Fala Pindaa: E sua
história no Corin-
thians, como foi vestir
a camisa do timão?
MC: O Corinthians me
proporcionou tudo e me
lançou para o mundo. Fui
vendido pelo Flamengo
para o Corinthians a con-
tragosto pra pagar salário
de outros jogadores. Fui
parar no Parque São Jor-
ge no dia 23 de dezem-
bro de 1993 e decidido
a fazer história e fiz.
Fiquei quase nove anos
e conquistei 10 títulos,
sendo Paulistas, Brasi-
leiro, Copa do Brasil e o
mundial de 2000 no Ma-
racanã. Eu participei de
432 jogos com 206 gols
no clube e de lá fui para
o Oriente Médio, Europa
e Ásia. O Corinthians é
minha vida, minha his-
tória e meu amor. Tenho
o maior respeito por to-
dos os clubes por onde
passei, mas a relação de
amor criei com o Corin-
thians e com sua torcida
é algo fora do comum.
Fala Pindaa: Como
foi deixar os gramados
e ingressar na carreira
pública?
MC: Parei de jogar
futebol, mas nunca tirei
o futebol da minha vida.
Criei o Instituto Marceli-
nho Carioca para atender
crianças e adolescentes
em projetos sociais e
a EBM - Escola de Bola
Marcelinho Carioca, de
onde saíram grandes
talentos do futebol como
David Luiz e Willians que
estão no Chelsea; e Lu-
cas que está no Totte-
nham, também da In-
glaterra. Todos venceram
graças ao talento deles
e vestiram a camisa da
seleção brasileira, o que
muito me orgulha. Hoje
eu sou empresário, tenho
meu hotel em Atibaia,
tenho uma empresa de
representação de joga-
dores e meus imóveis.
O esporte me educou,
me qualificou, deu uma
condição boa de vida
pra mim, para os meus
filhos e para os filhos dos
meus filhos. Eu não pre-
ciso usufruir da política
para benefício próprio e
entendo que chegou o
momento de eu devolver
à sociedade tudo aquilo
que me proporcionou.
Enxergo a política como a
arte de construir, de rea-
Marcelo Pereira Surcin, mais conhecido como Marcelinho Carioca
lizar e de transformar e é
isso que eu espero. Poder
contribuir e transformar
esse cenário político ca-
ótico que temos.
Fala Pindaa: Como
assumir a Secretaria
de Esporte de Ubatu-
ba?
MC: Eu fui para Uba-
tuba com um desafio
enorme pela frente, mas
minha vida sempre de
desafios. Não conhecia
a cidade, não conhecia e
nem tinha feito campa-
nha para o prefeito Sato.
Ele me procurou através
de um amigo em comum,
devido ao trabalho que
realizamos de inclusão
social com o Instituto
Marcelinho Carioca. As-
sim que eu cheguei em
Ubatuba foram só críticas
de todo lado, mas não me
intimidei. Se eu já tomei
vaia com cinquenta mil
pessoas em um estádio,
não iria ficar preocupa-
do com isso. Enfrentei
muito adversário pesado
dentro das quatro linhas
do campo, fora delas não
seria diferente. Remei
contra a maré, mas não
sozinho. Tinha uma equi-
pe capacitada ao meu
lado e todos preocupa-
dos e fazer a diferença
e fizemos. Colocamos a
Secretaria de Esportes de
Ubatuba em ordem, com
organização, com plane-
jamento, com metas, e
com um ano e três meses
morando no município,
buscando apoios no Esta-
do e no Governo Federal,
indo no meio empresarial
buscar PPPs (Parceria Pú-
blico Privada), nós conse-
guimos dentro do nosso
objetivo de devolver à
sociedade aquilo que ela
proporcionou pra mim,
várias conquistas para
Ubatuba.
Fala Pindaa: Que
conquistas poderia
destacar à frente da
Secretaria de Esporte
de Ubatuba?
MC: Em 380 anos
de história da cidade,
Ubatuba, que é conhe-
cida como a Capital do
Surf, nunca teve uma
sede para a modalidade.
Conseguimos recuperar
uma verba do Dade e
construir duas sedes do
Surf. A primeira sede
no Perequê-Açu vai ser
inaugurada agora, a
segunda na Praia Gran-
de, em início de obras.
Conseguimos também
600 bolsas gratuitas de
curso de inglês on-line
para o município, um in-
vestimento de 7 milhões
de reais. Cada bolsa se
fosse paga custaria 18
mil reais num curso de
18 meses e conquis-
tamos tudo isso sem
mexer um centavo nos
cofres públicos, graças
ao um relacionamento
de amizade com Jober
Chaves, um empresá-
rio que atendeu nosso
pedido e fez esta par-
Fala Pindaa
ceria. Fizemos também teza de que vai se meter
uma parceria com o nisso?” Eu disse pra ele
Sesi, devido ao nosso que precisava fazer a
relacionamento com o diferença na política, as-
Paulo Skaf, e levamos o sim como fiz no futebol.
Projeto Atleta do Futu- Que era hora de mudar
ro - PAF, com todos os esse cenário horrendo
materiais pedagógicos, e participar ativamente
esportivos, qualificação uma mudança e não
e capacitação dos pro- apenas continuar as-
fessores que vai atender sistindo tudo de braços
3323 jovens, todos uni- cruzados. Nosso país,
formizados e com ati- nossa política, precisa
vidades no contraturno de renovação e da parti-
escolar, para que nenhu- cipação ativa de pessoas
ma criança de Ubatuba bem-intencionadas, do
fique ociosa. Através da contrário, vai continuar
Secretaria de Esportes como está. Com trinta
do Estado, conseguimos anos militando no es-
equipamentos esporti- porte, eu não vou dar
vos para a cidade como a oportunidade pra que
um campo de futebol meu nome saia nos no-
Society que será insta- ticiários como usurpador
lado no bairro Estufa 2; do dinheiro público. Não
cem mil reais para refor- preciso disso. Tenho
ma da pista de Skate no minha vida consolida-
Centro; uma Academia da e dinheiro público é
ao Ar Livre instalada para servir o munícipe
no Jardim Samambaia. e não se servir dele.
Conseguimos também Hoje, como pré-candi-
e destinação de 150 mil dato a deputado esta-
reais para o Esporte em dual, venho trabalhando
Ubatuba com emendas muito e conversando
da deputada federal Re- nos municípios com as
nata Abreu. Esse recur- lideranças, prefeitos,
so será liberado agora vereadores, secretários,
em junho e aplicado no empresários para criar-
esporte. Com o empre- mos um grupo de pes-
sariado conseguimos soas bem-intencionadas
cerca de 50 mil reais para fazer o melhor para
para o futebol de várzea nosso Estado. O Brasil
realizar o campeonato precisa de uma reforma
desse ano. Mas a maior constitucional e política
conquista para Ubatuba urgente, mas isso só vai
virá com o recurso de acontecer quando a nos-
3,5 milhões de reais do sa sociedade aprender a
Ministério dos Esportes votar. Não pode mais vo-
- a maior verba conquis- tar por um prato de len-
tada por um município tilha e com isso acaba
do Vale do Paraíba, no elegendo esses ladrões,
Ministério dos Esportes. safados e usurpadores
Esse recurso será usado do dinheiro público. Veja
para construir a Arena você que, mesmo com
de Ubatuba, o Complexo tudo isso que acontece,
Esportivo das Piscinas e o Brasil ainda é a oitava
a reforma do Ginásio de economia do mundo. É
Ubatuba, o Tubão. Com o primeiro exportador
a ajuda de uma grande de soja, de feijão, arroz,
equipe e de grandes par- laranja, banana, café,
ceiros pudemos fazer a carne bovina, frango. A
diferença e realizar mui- quarta indústria naval.
ta coisa no município. A quinta maior força
de trabalho. Com toda
Fala Pindaa: Como essa roubalheira, toda
você enxerga o cená- essa sacanagem. Agora
rio político atual? está na mão de quem
MC: Quando recebi o mudar e melhorar isso?
convite da deputa fede- Da sociedade, do povo
ral Renata Abreu para brasileiro, que precisa
me filiar ao partido e aprender a votar, parti-
assumir a presidência cipar mais do processo
do Podemos Esporte, e acompanhar mais a
meu pai foi o primeiro vida de cada um de seus
a ficar preocupado e representantes.
em dizer “meu filho, é Milito no esporte há
escândalo pra todo lado mais de 30 anos e sei
todo dia, você tem cer- que através do esporte
e da educação podemos
m u d a r u m a g e ra ç ã o
e, consequentemente
mudar o futuro da so-
ciedade. Mas é preciso
vontade política pra isso
acontecer. É perceptível
a situação caótica eco-
nômica em que o país
se encontra, a educação
de qualidade deixou de
existir, devido à falta de
políticas públicas eficien-
tes e perdemos compe-
titividade por falta de
investimento em educa-
ção. O Brasil tem um dos
maiores contingentes de
estudantes do planeta e
ainda se encontra en-
tre as dez nações com
maior número de anal-
fabetos. O desafio para
as próximas décadas é
transformar crescimento
econômico em desen-
volvimento, quantidade
em qualidade, e um dos
principais instrumentos
para que isso ocorra é
a educação. No esporte
vamos brigara para que
todos tenham acesso às
práticas esportivas sejam
elas de alto rendimento
ou não. As periferias es-
tão cada dia mais toma-
das pela violência e falta
de espaço para lazer e
esporte. Isso precisa e vai