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Curso básico de
Árabe
para principiantes

Nelson Geromel

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Sumário
Introdução 2
ALFABETO 3
SINAIS AUXILIARES 6
ACENTUAÇÃO 8
RAIZES E TEMAS 9
GRAMÁTICA 10
ARTIGO DEFINIDO 10
GÊNERO 11
NÚMERO 12
CASOS GRAMATICAIS 14
VERBO 15
FRASES 19
ORAÇÃO SIMPLES 19
PRONOMES 20
NEGAÇÃO 22
INTERROGAÇÃO 23
ANEXAÇÃO 24
FRASES COMPLEXAS 25
ORAÇÃO COMPOSTA 25
NUMERAIS 26
RELATIVOS 28
PARTICULAS 29
NOMES VERBAIS 31

Introdução

A língua árabe ( - 'al-lughatu l-`arabiyyah) pertence ao


grupo das línguas semíticas, assim como o hebraico, o aramaico, o
amárico (ou etíope), etc. É atualmente falada em cerca de 22 países
situados no Norte da África e Oriente Médio, além de diversas outras
regiões do mundo. Além disso, constitui-se também na língua religiosa
do Islã, tendo influenciado inclusive os idiomas de povos não árabes
que adotaram a fé muçulmana (como os turcos, iranianos,
paquistaneses, indonésios, etc.) desde o princípio da sua expansão, a
partir do século VII. O próprio português sofreu considerável influência
do árabe, incorporando em seu vocabulário centenas de palavras.

Por motivos diversos, o árabe moderno apresenta-se sob duas


formas distintas, que denominamos árabe clássico e árabe coloquial.

1. O árabe clássico ( - 'al-`arabiyyatu l-fus-hâ), ou


"literário", representa o árabe culto preservado em sua integridade
através da literatura, tanto religiosa quanto secular. Emprega-se
principalmente na literatura, mas também nos meios de comunicação
(rádio, televisão, jornal, etc.), na conversação acadêmica e formal,
bem como nas cerimônias religiosas em geral. É, portanto, o árabe que
se aprende na escola e se aperfeiçoa no contato com os meios em que
se utiliza.

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2. Quanto ao árabe coloquial ( - 'al-`arabiyyatu l-


`âmmiyyah), consiste na forma empregada no dia-a-dia e em situações
de informalidade (com os amigos, familiares, muitas vezes na música,
etc.); mas, ao contrário do árabe clássico, está sob contínua mutação e
influências diversas, variando de país para país e, inclusive, de região
para região. É o árabe que se aprende desde a infância e, portanto,
mais natural ao nativo do que o árabe clássico.

Entretanto, não existem duas línguas diferentes e sim duas


variações fundamentais do mesmo idioma que podem até mesmo se
interagir - tendendo para uma maior formalidade ou informalidade,
dependendo da situação, daquele que está falando e daqueles para os
quais se dirige. Portanto, o ideal é a apreensão tanto do árabe clássico
quanto do coloquial, a fim de que seja possível uma comunicação plena
em qualquer meio da sociedade.

Este site visa uma apresentação concisa do árabe clássico - ideal


para se aprender num curso onde falta a prática da conversação, a qual
é indispensável para se assimilar os falares peculiares a cada região do
mundo árabe (isto é, o árabe coloquial).

ALFABETO

A escrita árabe possui alfabeto próprio constituído de vinte e oito


letras, e se escreve da direita para a esquerda. As letras possuem
formas cursivas, unindo-se numa mesma palavra e, assim, assumindo
formas levemente distintas, dependendo da sua posição: inicial,
mediana ou final, além da forma isolada.

Deve-se observar que todas as vinte e oito letras são,


foneticamente, consoantes. Os sons vocálicos representam-se na
escrita por meio de sinais, escritos encima ou debaixo das letras - o
que se estudará no próximo capítulo.

Alfabeto Árabe
Forma Formas
Transliteração Nome Observações
Isolada Ligadas
Consoante com mais de uma
â 'alif
função

b bâ' Como o nosso b

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t tâ' Como o nosso t

Semelhante ao th inglês em
th thâ'
"health"

j jîm Como o nosso j

Aspirada fortemente, como


h hâ' num cochicho, não deve ser
confundida com a letra hâ'
Palatal oclusiva, mais forte
kh khâ'
que o j espanhol

d dâl Como o nosso d

Semelhante ao th inglês em
dz dzâl
"father"
Mais vibrante que o nosso r
r râ'
em "caro"

z zây Como o nosso z

s sîn Como o nosso s em "sapo"

sh shîn Como o nosso x em "xícara"

s sâd
Consoantes enfáticas,
d dâd pronunciam-se de uma forma
mais grave que sîn, dâl, tâ' e
t tâ' zayn, respectivamente
z zâ'

Laringal sonora, sem


` `ayn
correspondente preciso
Palatal sonora, mais forte que
gh ghayn
o r francês

f fâ' Como o nosso f

Velar oclusiva, como num


q qâf
"estalo" - portanto, distinta de

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kâf

k kâf Semelhante ao k inglês

Como o nosso l em "clone" -


l lâm
nunca vocalizada

m mîm Labial levemente nasal

n nûn Lateral levemente nasal

Aspirada suavemente, como


h hâ'
o h inglês
Consoante com mais de uma
w-û wâw
função
Consoante com mais de uma
y-î yâ'
função

Algumas observações importantes:

1. Seis letras jamais se unem à letra seguinte, apresentando apenas


a forma isolada e uma forma ligada (à anterior): , , , ,
e .

2. A união das letras e assume as formas (isolada) e


(ligada).

3. A letra se apresenta, ao final de certas classes de palavras,


sob a forma (ou , em ligação) - pronunciando-se normalmente, a
não ser em pausa.

4. As letras e possuem, a princípio, o mesmo valor das


consoantes w e y no inglês ou das nossas semivogais u e i. Mas,
conforme estudaremos adiante, empregam-se também como sinais de
prolongamento das vogais breves.

5. Da mesma forma, a letra emprega-se principalmente como


sinal de prolongamento da vogal breve a.

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SINAIS AUXILIARES

Vimos que em árabe só se escrevem as consoantes, o que não quer


dizer que não existam vogais ou mesmo que não haja uma forma de
representá-las na escrita. Tardiamente na história do alfabeto ou da
escrita árabe, elaborou-se um sistema de pequenos sinais que,
posicionados em cima ou debaixo das letras, funcionassem como os
nossos acentos, mas representando outros fatos da fonética, como os
sons vocálicos, a duplicação de uma consoante ou o seu silenciamento,
etc. Seu uso dispensa-se na escrita corrente, exceto em pouquíssimos
casos onde a omissão de um ou outro acento poderia ocasionar
ambigüidades. Também empregam-se nos textos sagrados, em poesias,
nas cartilhas para crianças, em gramáticas e em cursos de árabe para
estrangeiros.

1. Em árabe, existem apenas três vogais, a saber: a, u e i. Podem


ser breves - representadas apenas por sinais escritos juntos às
consoantes - ou longas - representadas pelos mesmos sinais, acrescidos
da letra , ou ou , segundo o timbre da vogal.

Sistema Vocálico
Vogais Breves Vogais Longas
Forma Valor Exemplo Pronúncia Forma Valor Exemplo Pronúncia

a jaras â nâr

u kutub û nûr

i bihi î jîl

Observações:

a) Algumas palavras terminam num sem os dois pontos inferiores


( ) que possui o mesmo valor da vogal longa . Entretanto, quando
deixa de estar no final da palavra devido ao acréscimo de algum
prefixo à mesma, assume a forma normal de um : - (ramâ -
ramâhu).

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b) Por outro lado, algumas poucas palavras apresentam a vogal


longa representada por um sobrescrito à consoante:
('ibrâhîmu - "Abraão").

2. Os sinais das vogais breves podem aparecer sob uma forma


duplicada, pronunciando-se como se fossem seguidos de um : an, un
e in; denominam-se tanwîn (lit. "eneamento") e, como os demais
sinais, geralmente dispensam-se na escrita corrente.

Tanwîn
Forma Valor Exemplo Pronúncia

an waladan

un waladun

in waladin

Obs.: O sinal sempre se escreve apoiado sobre ( ), exceto


quando a letra anterior for ou . Ex: (`âdatan),
(masâ'an).

Observação Geral: Na língua corrente (em jornais, meios de


comunicação em geral), as vogais breves geralmente não se
pronunciam diante de uma pausa ou ao final de uma frase. O mesmo
vale para tanwîn que faz-se ouvir apenas em alguns advérbios. Ex:
(dzahaba l-walad 'ilâ l-madrasah),
('ahyânan).

3. O sinal (em árabe denomina-se shaddah) indica a geminação


ou prolongamento da letra que, para efeitos de pronúncia e
acentuação, fica valendo por duas consoantes. Ex: (kasara),
(kas-sara).

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4. O sinal (sukûn) marca a quiesência ou ausência de vogal junto


à consoante - que passa a pronunciar-se muda. Ex: (kul),
(madrasatun).

5. O sinal (hamzah) equivale a uma brusca pausa feita com a


glote, evidenciando-se principalmente em proximidade a uma vogal.
Apresenta duas formas fundamentais na sua escrita - isolada:
(juz'un), (qirâ'atun); e apoiada sobre as letras ( ou ),
( )e ( ): (ra'â), (su'ila), (su'âlun).

Observações:

a) As regras para a escrita correta do hamzah são complexas e, no


âmbito deste curso, não serão estudadas. Basta apenas lembrar que, ao
princípio da palavra, sempre se escreve apoiado sobre . Ex:
('abun), ('ukhtun), ('islâmun).

b) Quando um deveria formar sílaba com a vogal longa , em


lugar de ambos se escreverá apenas um encimado por um sinal
semelhante a um til ( - pronuncia-se 'â e denomina-se maddah). Ex:
('âlâm).

ACENTUAÇÃO

A determinação da sílaba tônica nas palavras árabes segue um critério


geral bastante simples: a primeira sílaba longa (isto é, terminada numa
consoante muda ou numa vogal longa), após a final, é a que leva o
acento tônico. Ex: (ki tâ bun), (bin tun); (kâ ti bun),
(mus li mun).

Entretanto, se nem a penúltima ou antepenúltima são longas, esta


leva o acento: (mad ra sa tun), (kâ ti ba tun), (ka ta
ba).

Obs.: Os efeitos da pausa podem fazer o acento avançar para a


sílaba inicial da palavra, da mesma forma que o acréscimo de sufixos

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pode atraí-lo para a sílaba mais próxima. Ex: (mad ra sah),


(ka ta ba hâ).

RAIZES E TEMAS

Como as demais línguas semíticas, o árabe é essencialmente


consonantal, as vogais constituindo-se num elemento secundário e por
isso raramente representadas na escrita. Para o árabe nativo ou para
aquele que domina o idioma, esse sistema não apresenta dificuldades
significantes, devido à padronização generalizada das formas das
palavras e sua vocalização.

Com efeito, todas as palavras árabes derivam-se de raízes


essenciais formadas por, geralmente, três consoantes. O significado
dessa raíz é genérico; somente pela injunção de letras formativas (isto
é, não radicais) na forma de prefixos, infixos e sufixos, bem como pela
disposição das vogais longas e breves, é que se poderá precisar uma
palavra de sentido particular.

Essa disposição das consoantes formativas e das vogais não se faz


de qualquer maneira; antes, ela segue um tema característico que irá
indicar a posição exata de cada elemento com relação às letras
radicais. Assim, existem temas para verbos, nomes (substantivos e
adjetivos), etc., cada qual conferindo o seu matiz particular de
significado ao sentido genérico da raiz. A representação de cada tema,
por sua vez, usa como paradigma a raiz - - (isto é, F ` L), que
possui o sentido genérico de "agir". Sirva-nos de exemplo a raiz -
- (K T B) que traz o sentido essencial de "escrever".

Derivação a partir da raiz k t b


Tema Derivação Pronúncia Significado

kataba "ele escreveu"

yaktubu "ele escreve"

'uktub "escreva!"

kitâbun "livro"

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kitâbatun "escrita"

kâtibun "o que escreve, escritor"

maktûbun "o que foi escrito, carta"

maktabun "lugar onde se escreve, escritório"

GRAMÁTICA
Nosso contato inicial com a gramática árabe se dará no âmbito das
flexões nominais (definição e indefinição, gênero, número, casos) e
verbais (tempos, modos, conjugação, etc.). É imprescindível ao
estudante compreender as características fundamentais destas duas
classes de palavras, antes de partir para o estudo da oração.

ARTIGO DEFINIDO

Em árabe, pode-se definir uma palavra de várias maneiras; uma delas é


pelo emprego do artigo definido, que possui a forma e que une-se à
palavra como um prefixo. Ex: ("o professor"), ("a
professora"), ("os professores") e ("as professoras"). No
entanto, há duas situações que devem ser consideradas:

1. Dentro de uma frase, o do artigo perde a sua pronúncia para a


vogal final da palavra antecedente. Ex: ("o professor
escreveu"), que se pronuncia katabalmu`allim. Ao princípio da frase,
escreve-se e pronuncia-se normalmente;

2. Quando o artigo se une a uma palavra que comece por uma das
seguintes letras: e ; a
pronúncia do é assimilada pela letra seguinte, que torna-se
geminada e recebe o sinal shaddah. As demais consoantes não
assimilam o do artigo. Ex: ('ash-shams - "o sol"), ('al-
qamar - "a lua").

Em árabe não existe artigo indefinido; a idéia de indefinição se


deve ao uso da palavra sem o artigo ou qualquer tipo de complemento
determinante (como o pronome possessivo e no estado de anexação).
Conforme vimos anteriormente, uma palavra indeterminada

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geralmente leva tanwîn. Ex: ("um professor"), ("uma


professora").

GÊNERO

Em árabe existem dois gêneros: masculino e feminino, sob os quais se


agrupam tanto os nomes que designam seres humanos quanto os de
seres irracionais e inanimados. Muitas vezes, não há equivalência de
gênero com o português: ("casa"), ("lua") - masculinos - e
("carro") e ("sol") - femininos.

Dos nomes femininos, temos aqueles que o são pelo uso natural da
língua e os que se caracterizam por uma desinência especial:

1. No primeiro caso, deve-se considerar do gênero feminino,


obviamente, os nomes que designam seres do gênero feminino:
("menina"), ("égua"); nomes de regiões (países, cidades, etc.):
("Kuait"), ("Beirute"); de membros do corpo que aparecem
aos pares: ("pé"), ("mão"); e outros mais: ("terra"),
("vinho"), ("guerra").

2. No segundo caso, a desinência mais comum do gênero feminino é


(isto é, ah). Ex: ("escrita"), ("vaca").

Nesta conjuntura, vale explicar que a maior parte dos nomes -


tanto substantivos quanto adjetivos - fazem o feminino pelo acréscimo
da desinência à sua forma masculina. Ex: ("menino bonito"),
("menina bonita"); ("professor libanês"),
("professora libanesa").

Obs.: Os nomes que designam qualidades de cor ou enfermidade


formam o feminino por um tema distinto do masculino, caracterizado
pela desinência (â'): ("livro azul"), ("camisa
azul"); ("homem surdo"), ("mulher surda").
Outros, seguem um tema caracterizado pela desinência (â):
("menino preguiçoso"), ("menina preguiçosa").

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NÚMERO

A língua árabe possui três números gramaticais: singular, plural e dual.

Ao contrário do português, a formação do plural não é tão simples


em árabe que divide-se, basicamente, em dois tipos: plural externo -
caracterizado por desinências especiais - e plural interno - formado
pela alteração do tema singular do nome.

1. O plural externo utiliza-se do nome na sua forma singular, ao


qual se acrescentam terminações características para o masculino ou
para o feminino (independentemente da palavra estar determinada ou
não).

Desinências do Plural Externo MASCULINO


Desinência Caso Exemplo

-ûna nominativo

-îna acusativo e genitivo

Desinências do Plural Externo FEMININO


Desinência Caso Exemplo

-âtun nominativo

-âtin acusativo e genitivo

Obs.: Poucos tipos de nomes fazem o plural externo, especialmente


os que designam seres humanos e, em geral, os substantivos femininos
terminados em : ("automóvel"), ("automóveis").

2. O plural interno, por sua vez, caracteriza-se por um


"remanejamento" da forma singular do nome - em que altera-se a sua
vocalização e / ou se lhe acrescentam consoantes "formativas" - de
acordo com o tema do plural próprio à forma singular de cada nome
(substantivo ou adjetivo). Isto quer dizer que existem diversos temas
para a formação do plural interno e, a cada tema, correspondem um ou
mais temas do singular. Alguns exemplos:

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Temas do Plural INTERNO


Tema Exemplo Significado

"casa"

"notícia"

"homem"

"escola"

"verdade"

"ajuizado"

"estudante"

Obs.: A maior parte dos nomes árabes faz o plural interno.

3. Por fim, o dual representa o número dois e emprega-se (em


lugar do numeral) quando se quer expressar dois seres ou objetos.
Caracteriza-se por uma desinência acrescida à forma singular do nome
(independentemente da palavra estar determinada ou não).

Desinências do Dual
Desinência Caso Exemplo

-âni nominativo

-ayni acusativo e genitivo

Obs.: O dual aplica-se invariavelmente a qualquer tipo de nome,


tanto para o masculino como para o feminino. Ex: ("dois
homens"), ("duas mulheres"); ("dois livros"), ("duas
camisas").

Estes princípios aplicam-se normalmente aos nomes em função


qualificativa que se relacionam com seres humanos; o plural dos

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adjetivos geralmente é externo - mas alguns possuem também um


plural interno. Ex: ("dois meninos pequenos"),
("duas meninas pequenas"); ("meninos
pequenos"), ("meninas pequenas").

Entretanto, os nomes que designam seres irracionais ou inanimados


no plural são considerados de gênero neutro e pedem o adjetivo que
com eles se relaciona no feminino singular: ("duas casas
grandes"), ("casas grandes").

CASOS GRAMATICAIS

Naturalmente, um nome (substantivo ou adjetivo) pode assumir


diferentes funções na oração. Em árabe, essas funções resumem-se em
três casos gramaticais:

1. Nominativo - é o caso do nome em função absoluta e


independente de qualquer regime;

2. Acusativo - é o caso do objeto direto de um verbo transitivo e


de um nome ou frase em função adverbial;

3. Genitivo - é o caso do nome regido por preposição ou que serve


de complemento determinativo, no estado de anexação.

Cada caso caracteriza-se, de uma forma geral, por uma terminação


distinta; a declinação regular - que se aplica à maior parte dos nomes
no singular e no plural interno - distingue cada caso por uma vogal
breve (se o nome estiver determinado) ou por um sinal de tanwîn (se
indeterminado):

Declinação REGULAR
Caso Desinência Exemplo

Nominativo

Acusativo

Genitivo

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Há de se observar que alguns tipos de nomes seguem uma


declinação limitada a apenas duas flexões; é o caso dos nomes no
plural externo - masculino e feminino - e no dual, bem como de certos
tipos de nomes que, quando indeterminados, flexionam-se em
(nominativo) e (acusativo e genitivo). Ex: ("preguiçoso"),
("azul"), ("escola"), ("verdades"), ("ajuizados"),
("amigos").

VERBO

A conjugação do verbo árabe divide-se em dois aspectos fundamentais,


sob os quais se enquadram todos os "tempos" das línguas ocidentais:
completo (que se relaciona principalmente com o pretérito) e
incompleto (relacionado com o presente e o futuro).

1. O completo caracteriza a ação que se realizou do ponto-de-vista


do falante, dai a sua relação, de uma forma geral, com o nosso
pretérito (perfeito, imperfeito, mais-que-perfeito). Conjuga-se pelo
acréscimo de sufixos à raiz do verbo.

Completo
no Singular no Plural no Dual

eu fiz nós fizemos

você fez vocês fizeram


(masc.) (masc.) vocês dois (duas)
fizeram
você fez vocês fizeram
(fem.) (fem.)
eles (dois)
ele fez eles fizeram
fizeram
elas (duas)
ela fez elas fizeram
fizeram

2. O incompleto - caracterizando a ação em estado de realização


ou a se realizar - relaciona-se com o nosso presente e, principalmente
quando precedido de ou prefixado por , com o futuro.

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Incompleto
no Singular no Plural no Dual

eu faço nós fazemos

você faz vocês fazem


(masc.) (masc.) vocês dois (duas)
fazem
você faz vocês fazem
(fem.) (fem.)

ele faz eles fazem eles (dois) fazem

ela faz elas fazem elas (duas) fazem

Obs.: A vogal final do incompleto caracteriza o indicativo - isto


é, o modo do verbo que se emprega numa oração simples, absoluta. O
modo subjuntivo emprega-se, principalmente, na oração subordinada;
caracteriza-se pela vogal final e pela redução das terminações
longas , e . Já o apocopado emprega-se nalgumas situações
específicas que serão estudadas posteriormente; caracteriza-se pela
ausência de vogal final (isto é, ) e pela redução das terminações
longas.

3. O imperativo não é propriamente um aspecto verbal, mas um


modo derivado do incompleto pela substituição do prefixo por um
da mesma natureza do artigo. Como no português, possui apenas a
segunda pessoa e caracteriza ordem ou pedido.

Imperativo
no Singular no Plural no Dual

faça (masc.) façam (masc.) façam os dois (as


duas)
faça (fem.) façam (fem.)

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Observação Geral: A vogal da segunda letra radical pode variar de


verbo para verbo, devendo aprender-se pela prática. As combinações
mais comuns são: - ("escrever"), - ("partir") e
- ("beber").

Em árabe não existem verbos irregulares e sim verbos cuja raiz


possui uma ou mais letras "instáveis" (isto é, e ), ou um ou duas
letras semelhantes. Quando submetidos aos temas da conjugação
normal, essas letras implicam em alterações de natureza diversa.
Resumimos a seguir as formas essenciais:

Verbos Especiais
Classe Completo Incompleto Imperativo Significado

Duplicados "contar"

"comer"

Hamzados "perguntar"

"ler"

Assimilantes "chegar"

"dizer"

Côncavos "vender"

"dormir"

"chorar"
Defeituosos
"restar"

Do ponto de vista das letras essenciais (não considerando os


prefixos e sufixos da conjugação), o verbo pode ser classificado em
primitivo - quando apresenta apenas as três consoantes radicais - ou
derivado - quando apresenta uma ou mais consoantes "formativas"
acrescidas à letras radicais, de acordo com nove temas distintos de
derivação. Cada tema, por sua vez, confere uma significação particular

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ao sentido fundamental expresso pelo verbo primitivo - o que apenas a


prática ensinará.

Formas Derivadas do Verbo


Tema Completo Incompleto Imperativo

II

III

IV

VI

VII

VIII

IX

Obs.: Aplicados aos verbos especiais, estes temas sofrem as


adaptações convenientes à natureza das letras especiais. Ex:
("preparar-se", tema X), ("questionar-se", tema VI),
("comunicar-se", tema VIII), ("despedir", tema X), ("fazer
restar", tema IV).

Temos caracterizado até aqui a conjugação do verbo na voz ativa -


onde as flexões de pessoa, gênero e número caracterizam o agente,
aquele que realiza a ação expressa pelo verbo. Entretanto, todo verbo
(exceto os de sentimento ou de estado) pode vir na voz passiva, onde
as mesmas flexões irão caracterizar o paciente da ação, isto é, aquele
que a sofre. A voz passiva é caracterizada por uma vocalização distinta
da que estudamos a princípio, conforme se resume no quadro abaixo:

Voz Ativa e Passiva (Verbo Primitivo)

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Voz Completo Incompleto

Ativa

Passiva

Obs.: Os temas da voz passiva, ao contrário dos da ativa, são


invariáveis. Ex: ("foi escrito"), ("foi bebido"), etc.

FRASES
Nosso estudo passará, neste nível, aos princípios elementares da
sintaxe árabe, começando pela estrutura da oração na sua forma mais
simples e por complexos de palavras que nela podemos encontrar.

ORAÇÃO SIMPLES

Em árabe, uma oração simples ou independente pode ser nominal ou


verbal.

1. A oração nominal constitui-se, basicamente, de um sujeito - que


pode ser um nome determinado ou um pronome - seguido de um
predicado - que pode ser um nome (substantivo ou adjetivo)
indeterminado. Geralmente, ambos os termos vêm no caso
nominativo. A oração nominal equivale, em português, a uma oração
predicativa com o verbo de ligação "ser" ou "estar" - verbos estes que,
em árabe, não se empregam nesse caso. Ex: ("o menino [é]
pequeno"), ("a menina [está] triste").

Obs.: As mesmas regras de concordância do qualificativo e do nome


com o qual se relaciona (isto é, em gênero e número) se aplicam ao
sujeito e o seu predicado. Ex: ("os meninos [são]
pequenos"), ("as meninas [estão] tristes"),
("os livros [são] pequenos").

2. A oração verbal apresenta a seguinte estrutura: sempre em


primeiro lugar, um verbo, seguido do agente da ação por ele expressa
(um nome em caso nominativo ou um pronome) - ou subentendido nas
próprias flexões do verbo. Quando se trata de um verbo transitivo
direto, geralmente o objeto direto vem após o agente, no caso

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acusativo. Ex: ("vocês partirão"), ("Zayd partiu"),


("vocês golpearam Zayd"), ("Zayd comeu a
maçã").

Obs.: A concordância do verbo e seu agente "externo" (isto é,


expresso por um nome) segue dois princípios fundamentais: quando o
agente é um nome no singular ou plural masculino, o verbo sempre vem
no singular masculino: ("os homens partiram"); por outro
lado, se o agente é um nome no singular ou plural feminino, ou um
nome plural designando seres irracionais ou inanimados, o verbo vem
sempre no singular feminino: ("as meninas escreveram"),
("os cães morreram").

Há que se destacar a possibilidade de em ambas as orações se


mencionar um complemento em caso genitivo, introduzido por uma
preposição, ou no caso acusativo, indeterminado. Na oração nominal,
esse complemento geralmente designará uma circunstância referente à
predicação por ela expressa: ("o professor está no
escritório"); na oração verbal, poderá tanto representar uma
circunstância quanto o objeto indireto dos verbos que o pedem:
("Zayd partiu de manhã"), ("Maria escreveu
a Zayd").

PRONOMES

Nesta seção estudaremos três classes de pronomes, a saber: pessoais,


possessivos e demonstrativos. Destes, apenas os pessoais são
realmente tratados como pronomes.

1. Os pronomes pessoais empregam-se da mesma forma que os do


português, ou seja, para representar um nome mencionado
anteriormente.

Pronomes Pessoais
no Singular no Plural no Dual

eu nós

vocês dois ou duas


você vocês

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(masculino) (masculino)

você (feminino) vocês (feminino)

ele eles eles dois ou elas


duas
ela elas

Obs.: Os pronomes pessoais empregam-se principalmente como


sujeito da oração nominal. Na oração verbal, aparecem apenas para
ênfase do agente não "externo". Ex: ("ele [é] Zayd"), ("eu
parti", quer dizer, "foi eu").

2. Os pronomes possessivos são, em verdade, simples sufixos


derivados dos pessoais. Além disso, sua função depende da palavra à
qual se unem: quando unidos a um nome (substantivo ou adjetivo),
possuem valor possessivo de fato: ("o seu livro é bonito"),
("a nossa escola é grande"); quando unidos a um verbo,
funcionam como objeto direto pronominal: ("Zayd me
bateu"); e, quando unidos a uma preposição, equivalem a um objeto
indireto pronominal: ("Maria lhe escreveu").

Pronomes Pessoais
no Singular no Plural no Dual

Observações:

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a) As duas formas do sufixo de primeira pessoa do singular aplicam-


se, respectivamente, ao nome e ao verbo: ("o meu livro"),
("me encontrou").

b) Quando os sufixos , , e unem-se a uma palavra


qualquer terminada em ou , a vogal destes pronomes é
substituída por . Ex: ("no seu coração"), ("ele procura
agradá-los"), ("para eles dois").

3. Quanto aos demonstrativos, assemelham-se mais propriamente


a nomes - de significado impreciso - aos quais se relaciona um nome
determinado em aposição: ("este menino"), ("este
meu livro"), ou que se empregam isoladamente, em qualquer função
nominal: ("este [é] um menino"). Basicamente, dividem-se em
demonstrativos de proximidade e de afastamento.

Demonstrativos
de Proximidade de Afastamento

este aquele

esta aquela

estes, estas aqueles, aquelas

Obs.: A primeira sílaba dos pronomes de proximidade vocaliza-se


com um â longo representado por um 'alif sobrescrito.

NEGAÇÃO

Como no portuguê, uma negação se exprime pelo uso de partículas


com valor adverbial. A seguir, procuramos destacar as de uso mais
comum.

1. ("não ser, não estar"), verbo defectivo - conjuga-se apenas


no completo. Vem sempre ao princípio de uma oração nominal,
negando a qualidade expressa pelo predicado - que toma o caso

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acusativo. Ex: ("o menino não é grande"),


("vocês não são professores").

2. emprega-se principalmente com o completo, como negativa


do passado. Ex: ("Zayd não partiu"), ("ele não viu
ninguém").

3. em geral, antecede um verbo no incompleto, expressando uma


negação do presente. Ex: ("Karim não estuda ou não está
estudando"), ("não partimos ou não partiremos").

Obs.: Com o incompleto apocopado, faz o imperativo negativo:


("não escreva!"), ("não digam!").

4. seguido do incompleto subjuntivo, expressa mais


propriamente uma negação do futuro. Ex: ("ele não
comerá hoje"), ("não partiremos").

5. seguido do incompleto apocopado possui praticamente o


mesmo valor de mais o completo, ainda que seja de uso mais comum
na língua moderna do que esta última. Ex: ("não parti"),
("você não soube, ou nunca soube, a verdade").

INTERROGAÇÃO

Enquanto no português a interrogação é geralmente modulada pela


simples entonação da voz, em árabe faz-se necessário que a oração
seja introduzida por um dos seguintes elementos de valor interrogativo:
partículas, pronomes ou advérbios.

1. As partículas de valor interrogativo, que aparecem ao princípio


da oração a ser modulada, são e , que não possuem uma
tradução literal. Ex: ("Zayd estuda, ou está estudando, ou
ainda estudará?"), ("Este é Zayd?").

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2. Quanto aos pronomes interrogativos, possuem três formas:


("quem?") - apenas para seres humanos; ("o quê, qual") - apenas para
seres irracionais ou inanimados; e ("qual, que tipo de?") - para todos
os gêneros de substantivos. Ex: ("quem escreveu a
mensagem?"), ("o quê é isto?"), ("quê aluno
escreveu o dever?").

Obs.: O pronome escreve-se também - uma forma mais


enfática: ("o quê [o quê é isto que] você fez?").

3. Os advérbios, por sua vez, correspondem aos mesmos do


português: ("onde?"), ("quando?"), ("como?"), e formas
derivadas: ("de onde ele veio?"), ("Por quê vocês
saíram?").

ANEXAÇÃO

De uma forma geral, o estado de anexação consiste num arranjo de


pelo menos duas palavras, em que a primeira relaciona-se com a
segunda da mesma forma que um substantivo e seu complemento
restritivo, no português. Essa relação expressa, normalmente, uma
relação de dependência ou posse, como na frase "o filho de Zayd".

No estado de anexação, o primeiro termo é determinado pelo


segundo, que funciona como um complemento determinativo,
portanto. Assim sendo, o nome determinado perde o tanwîn - marca
comum de indeterminação - mas também não pode levar o artigo. Já o
complemento, pode ou não vir determinado, mas de qualquer forma
deverá tomar o caso genitivo. Ex: ("o livro do menino"),
("o livro de um menino").

Obs.: Uma vez que o estado de anexação deve o seu sentido à


aproximação do nome e seu complemento, não se deve colocar
qualquer outra palavra entre ambos: os qualificativos do nome ou do
complemento devem vir sempre após o estado de anexação. Ex:
("o belo filho de Zayd"), ("a bela filha de
Zayd").

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O estado de anexação que envolve mais de dois nomes segue os


mesmos princípios, devendo-se entender que apenas o último nome -
como complemento absoluto - pode ser determinado pelo artigo, e que
após o primeiro, os nomes seguintes tomam todos os caso genitivo - por
serem também complementos, em relação ao nome anterior. Ex:
("o livro do filho do professor").

Observação geral: Os nomes no plural externo masculino ou no


dual, quando seguidos de um complemento determinativo, perdem o
final das suas desinências: ("os professores da escola").
A mesma regra vale diante dos sufixos pronominais, que são também
complementos determinativos: ("os seus professores").

FRASES COMPLEXAS
Neste último nível, analisaremos a estrutura da oração composta e de
elementos com ela relacionados.

ORAÇÃO COMPOSTA

Anteriormente, estudamos a natureza de uma oração simples, que pode


ser nominal ou verbal e que representa, por si mesma, um período
independente, absoluto. Entretanto, duas ou mais orações simples
podem de alguma forma se relacionar, formando um período ou oração
composta. Essa relação pode ser de coordenação ou subordinação.

1. Em coordenação, duas ou mais orações de mesma natureza


interligam-se e ordenam-se por meio de partículas conjuntivas (e não
pelo uso da vírgula, como no português): ("e"), ("então, ora,
assim"), ("depois"), ("ou", em interrogação) e ("ou mesmo").

2. Em subordinação, duas ou mais orações se relacionam de


maneira que a primeira serve de base ou apoio para as demais, dela
dependentes em seu significado. A ligação entre a principal e as
subordinadas também se dá por meio de partículas subordinativas
("integrantes", em português), de acordo com a natureza da
subordinada:

a) ("que"), introduz uma oração subordinada verbal no


incompleto subjuntivo - geralmente, a oração principal expressa uma

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ordem ou desejo. Ex: ("Zayd mandou que eu partisse"),


("ele quis que saíssemos").

b) ("que"), introduz uma oração subordinada verbal cujo sujeito


deverá vir no caso acusativo - principalmente quando a oração
principal exprime uma afirmação ou constatação. Ex:
("eu acho que o menino é mentiroso"), ("soubemos
que Zayd está doente").

Observações:

a) As orações subordinadas circunstanciais - que conferem à


oração principal uma circunstância (causa, propósito, temporais, etc.)
introduzem-se por partículas diversas, ora derivadas de ou :
("porque"), ("antes de ou que"), ("depois de ou que"); ora
formadas sobre o pronome : ("quando"), ("enquanto").

b) A oração subordinada modal (ação ou estado concomitante ou


anterior à principal) expressa-se de uma forma toda particular, pela
conjunção : ("Zayd veio chorando [e ele chorava]"),
("Tendo Zayd chorado, veio").

c) Ambos os tipos de orações podem ser substituídos por um nome


de ação, substantivo derivado do verbo que corresponde, de uma
forma geral, ao nosso infinitivo, mas de uso mais comum no árabe. Ex:
("ele quis a nossa saída, ou o nosso sair"),
("soubemos da doença ou enfermidade de Zayd").

NUMERAIS

No emprego dos numerais árabes existem diversas particularidades do


idioma que devem ser bem entendidas pelo estudante, a fim de não se
equivocar no seu uso. Estudaremos aqui os numerais cardinais e os
ordinais.

1. Todos os números cardinais possuem formas diferentes para o


masculino e o feminino. De 3 a 10, o gênero do número é contrário ao
do nome contado, que vem como um complemento determinativo,

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indeterminado e no plural. Ex: ("cinco homens"),


("cinco mulheres"). A partir de 11, o nome contado vem
sempre no singular, indeterminado e no caso acusativo. Ex:
("onze homens"), ("onze mulheres").

Números Cardinais
Cifra Masculino Feminino Cifra Masculino Feminino

Observações:

a) Os números 1 e 2 empregam-se apenas para ênfase, pois o nome


no singular, indeterminado, por si só já traz a idéia de "um", enquanto
que o "dois" é determinado pela desinência do dual. Ex: ("um
único menino, ou apenas um"), ("dois meninos, ou
exatamente dois").

b) Os números de 11 a 19 são invariáveis em caso.

c) As dezenas a partir de 20 formam-se sobre a raiz das unidades, a


que se acrescenta a terminação do plural interno masculino: ,
, , etc.

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2. Os números ordinais empregam-se como qualificativos do nome


contado, devendo concordar com este em determinação, gênero,
número e caso gramatical

Números Ordinais
Masculino Feminino

Obs.: De 11 a 19, a dezena é a mesma dos números cardinais e a


unidade é o ordinal: , , etc.

RELATIVOS

Os relativos não são propriamente pronomes, como no português. Em


verdade, possuem a mesma natureza nominal dos demonstrativos e,
como tais, empregam-se tanto - e principalmente - como apositivos de
um nome determinado, quanto isolados como nomes independentes ao
princípio de uma oração.

Pronomes Relativos
Singular Plural Dual

o que os que - os dois que

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a que as que - as duas que

1. Como apositivo de um nome determinado, o relativo concorda


com o nome da frase principal em gênero, número e, no caso do dual,
em caso. A frase relativa segue imediatamente o relativo. Ex:
("Ele viu o homem que veio hoje"),
("Chegaram os estudantes que estavam
no escritório").

2. Como um nome isolado, não possui antecedente, podendo


empregar-se tanto em oração nominal quanto verbal. Ex:
("os que não forem não o verão"),
("o que está vindo agora é o meu amigo").

Observação Geral: Os relativos, por sua própria natureza, não se


empregam jamais em aposição a um nome indeterminado. A frase
relativa, neste caso, é simplesmente justaposta à principal:
("Ele viu um menino [que] ia para casa").

PARTICULAS

Denominam-se partículas um grande número de palavras breves que


são, de uma forma geral, invariáveis. O valor destas partículas é
bastante diversificado, e sua classificação segue critérios estranhos ao
português.

1. As partículas do caso genitivo são aquelas que regem um nome


em dito caso e correspondem, em parte, às nossas preposições. Ex:
("Ele foi da escola para a casa").

Partículas do Genitivo

de, desde para, até [em direção a]

em [dentro de] sobre, contra

a, para [pertencente a] por, com

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como, conforme por [em juramento a]

Obs.: As quatro últimas partículas unem-se ao nome como um


sufixo. Ex: ("Ele comeu com pressa"), ("Você é
tão ajuizado quanto Zayd").

2. As partículas circunstanciais assemelham-se muito aos nossos


advérbios; tratam-se de nomes (geralmente indeterminados) no caso
acusativo, que se empregam para indicar uma circunstância de tempo,
lugar ou modo.

Partículas Circunstanciais

de manhã de tarde

de noite de dia

um dia amanhã

hoje agora

dentro fora

aqui lá

Obs.: Há um grupo de partículas desta natureza - incluindo algumas


das anteriores - que se empregam exclusivamente em estado de
anexação: ("diante de"), ("detrás de"), ("antes de"),
("depois de"), ("entre"), ("com"), ("junto, em casa de"):
("Pernoitamos em casa de nossos avós").

3. As partículas do subjuntivo exprimem subordinação e regem um


verbo no incompleto subjuntivo - que pode ser substituído por um
nome de ação no caso genitivo. As mais comuns são: ("para, a fim
de"), ("para não, a fim de não"), ("para, a fim de, até que").
Ex: ("Pegou o lápis para escrever"),

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("Fizeram isso para que você não soubesse"),


("Estude até que sua mãe volte").

4. As partículas corroborativas são de uso constante em árabe e


vêm ora em estado de anexação com o nome, sendo por ele
determinadas, ou após o nome que corroboram, a ele relacionadas por
um pronome sufixo do mesmo gênero e número. Ex: ("ele
tem [para ele] todos os direitos"), ("Vieram os
funcionários, todos").

5. Já foram estudadas, no seu respectivo uso, as partículas


negativas, interrogativas, coordenativas e subordinativas.

NOMES VERBAIS

Neste último capítulo do nosso curso, abordaremos dois tipos de nomes


que possuem um uso bastante peculiar na língua árabe: os particípios e
os nomes de ação. Por serem nomes derivados do verbo, seu uso e
sintaxe tanto segue a natureza nominal quanto verbal.

1. O particípio pode ser, como em português, ativo (designando o


agente da ação) ou passivo (designando o paciente). Os temas, para o
verbo normal primitivo, são e , respectivamente. Para os
verbos derivados, formam-se sobre a terceira pessoa do incompleto,
substituindo-se o prefixo por - o ativo caracterizado pela vogal e
o passivo por : , (de "ele combate").

Obs.: Como qualquer outro nome, os particípios seguem as mesmas


flexões de gênero (feminino em ), número (geralmente, plural
externo) e caso.

Em função nominal, os particípios empregam-se tanto como


substantivos quanto qualificativos: ("escritor"), ("escrito,
carta"). Entretanto, os particípios ativos podem ainda assumir um valor
verbal forte, equivalente ao incompleto: ("o menino que
vem a nós"), ("a menina que fala árabe").

2. O nome de ação possui temas diversos, para o verbo primitivo


(e, portanto, somente a prática ensinará o tema correto para cada

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verbo), enquanto o dos verbos derivados segue temas fixos para cada
forma.

Nome de Ação
Forma Tema Forma Tema

I diversos VI

II VII

III VIII

IV IX

V X

O nome de ação corresponde, de uma forma geral, ao nosso


infinitivo empregado substantivamente (como em "o comer, o beber, o
fazer"). Em função nominal, emprega-se geralmente em
generalizações: ("Subir [o subir] é difícil,
descer [o descer] é fácil"). Em função verbal, pode substituir uma
oração subordinada ou um verbo introduzido por uma partícula do
subjuntivo - especialmente quando se deseja generalizar uma ação:
("Ele quis que saíssemos"),
("Zayd senta-se à carteira para fazer o dever").

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