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PONTA GROSSA
2017
ARTHUR GUSTAVO BUENO
FELIPE AUGUSTO DEL NOBILE MATEUS
MILENA LUIZA LAUER
XISTO ANTUNES DOS SANTOS
PONTA GROSSA
2017
LISTA DE SIGLAS
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 5
1.1 PREPARAÇÃO DA AMOSTRA PARA MICROGRAFIA ........................................ 5
1.2 DIAGRAMA Fe-C .................................................................................................. 5
1.2.1 Aços ................................................................................................................... 6
1.2.2 Ferros fundidos .................................................................................................. 7
2 OBJETIVOS .......................................................................................................... 8
3 MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................... 9
3.1 MATERIAIS ........................................................................................................... 9
3.2 MÉTODOS ............................................................................................................ 9
3.3 NORMAS TÉCNICAS.......................................................................................... 10
3.4 FICHAS MSDS .................................................................................................... 11
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................................... 12
4.1 Aço SAE 1006 ..................................................................................................... 12
4.2 Aço SAE 1020 ..................................................................................................... 13
4.3 Aço SAE 1045 ..................................................................................................... 14
4.4 Aço SAE 1080 ..................................................................................................... 15
4.5 Ferro fundido – disco de freio .............................................................................. 16
4.6 Ferro fundido – tambor de freio ........................................................................... 17
5 CONCLUSÕES ................................................................................................... 20
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 21
5
1 INTRODUÇÃO
A primeira etapa é o corte, feito na seção escolhida para ser analisada, ela
pode ser definida depois de uma análise macrográfica. Normalmente é usado um
disco abrasivo, onde sua extremidade é composta por partículas abrasivas. (1), (2).
Após o corte a amostra pode ser embutida através de uma resina polimérica
que a circunda ou pode ser fixada num suporte, posteriormente, a amostra será lixada
para eliminar imperfeições do corte, seguida do polimento que é realizado através de
um pano fixado em um disco rotativo onde depositado sobre ele um abrasivo, a
amostra é posta sobre ele e começa a girar, provocando o polimento da superfície (1),
(3). Por fim é feito o ataque químico, onde o material é exposto a um reagente
adequado por tempo suficiente, onde o reagente ataca as regiões de alta energia,
como os contornos de grãos, interfaces e outros que evidenciam a estrutura e
composição. (1), (2)
Fonte: REED-HILL, R. E. Princípios da metalurgia física. 3ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Dois,
1982. p. 560.
1.2.1 Aços
0,77% (na Figura 1 arredondado para 0,8%) de carbono ocorre uma reação eutetóide,
onde a austenita por difusão forma ferrita e cementita, por condições cinéticas a
morfologia é lamelar, neste caso o aço é dito eutetóide onde há praticamente é
composto de perlita. O aço pode ser hipoeutetóide, quando a concentração de
carbono é menor que 0,77%, assim no resfriamento, antes de formar perlita, terá uma
fase de ferrita primária, logo o aço tem uma matriz ferrita com perlita nela. Outro tipo
de aço em relação ao teor de carbono é o hipereutetóide, onde tem mais que 0,77%
de carbono, nele durante o resfriamento primeiro há formação de cementita primária,
deixando o aço em temperatura ambiente composto por perlita e cementita. Com uma
análise micrográfica é possível verificar uma estrutura lamelar da perlita, onde se vê
lamelas mais claras que são a ferrita e lamelas escuras indicando a cementita, a matriz
que a perlita se encontra é clara sendo a ferrita ou escura para cementita. (1), (4)
2 OBJETIVOS
3 MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 MATERIAIS
Para o embutimento das amostras foi utilizado uma resina cristal poliéster,
catalisador, um porta amostras e vaselina. As amostras utilizadas foram:
1) Aço SAE 1006
2) Aço SAE 1020
3) Aço SAE 1045
4) Aço SAE 1080
5) Ferro fundido – disco de freio
6) Ferro fundido – tambor de freio
Para o lixamento das amostras foram utilizadas as lixas de 150, 240, 320, 400,
600, e 1500 mesh, uma lixadeira, papel toalha e secador. Após o lixamento, foi
realizado o polimento nas politrizes de marca Arotec. Para tal utilizou-se as
suspensões de alumina 0,3 e 0,1 µm. Após o polimento foram utilizados álcool PA
para lavar a amostra e um secador.
Para o ataque foi utilizado um vidro de relógio, solução de Nital 2%, etanol PA
e secador.
Para a visualização da microestrutura foi utilizado um microscópio da marca
Olympus BX-51 com câmera digital Q-Color 3 e o software Image Pro-Plus 5.1.
3.2 MÉTODOS
corpo de prova sobre a lixa, com força dosada e homogênea, para que assim fossem
eliminadas as imperfeições mais externas da amostra. Ao trocar a lixa, foi realizado
um giro de 90 graus no corpo de prova com relação à posição anterior, para que a
cada mudança, as linhas mais evidentes presentes na peça fossem desaparecendo
gradativamente.
Após finalizar o lixamento foi feito o polimento. Para tal, levaram-se as amostras
para a politriz, onde aplica-se uma quantia de água constantemente (sistema de
hidratação) no disco do equipamento. Neste disco aplicou-se suspensões de alumina
0,1 µm e 0,3 µm, que funcionam como agente polidor. Após isso, as amostras foram
rotacionadas no disco em uma direção contraria ao mesmo. Tal processo, para análise
eficaz, foi sucedido de lavagem das amostras com água e secagem, junto a um
secador. Assim foi visualizada uma superfície espelhada nas amostras.
O ataque foi realizado em uma solução de Nital 2% após as amostras estarem
limpas e secas. As amostras foram mergulhadas na solução, que estava em um vidro
de relógio, e retiradas após alguns segundos até que perdessem o brilho, tomando o
devido cuidado para não passar o tempo de ataque. Em seguida, as amostras foram
imediatamente lavadas com álcool PA e secadas com um secador.
Por fim, foi observada a microestrutura das amostras em um microscópio. Para
ligar do microscópio foi necessário deixar a lâmpada no mínimo. Com o auxílio do
programa Image Pro-Plus 5.1 foi possível visualizar então a microestrutura de cada
amostra, destacando-se as fases de cada componente.
O ataque foi realizado de acordo com a norma ASTM E407 – 07, onde temos
uma listagem de soluções e métodos de ataque de espécimes para a metalografia. As
soluções listadas são utilizadas para destacar as fases da maior parte das ligas
metálicas. (6)
Para a realização desta prática também foi utilizada a norma ASTM E7 – 15,
que contém as terminologias relacionadas à metalografia. (7)
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Fonte: Os autores.
Fonte: Os autores.
nesta microestrutura, devido ao baixo teor de carbono presente no aço SAE 1020
(aproximadamente 0,2% de carbono, sendo classificado como hipoeutetóide). O aço
SAE 1020 apresenta mais regiões escuras de perlita quando comparado com o aço
SAE 1006. Pode-se verificar também que a perlita se localiza geralmente nos
contornos dos grãos da ferrita. (1)
A microestrutura do aço SAE 1045 pode ser visualizada com a figura 4 abaixo:
Figura 4 - Microestrutura do aço SAE 1045
Fonte: Os autores.
Fonte: Os autores.
O aço SAE 1080 apresenta uma microestrutura muito diferente do aço SAE
1006, pois é possível visualizar uma grande área com perlita, mas ainda há uma
elevada quantidade de ferrita presente, onde ainda é perceptível a diferença de
coloração proveniente da diferente orientação cristalográfica dos grãos.
16
Fonte: Os autores.
Fonte: Os autores.
Após o ataque químico do disco de freio com Nital 2%, é possível identificar a
presença de grandes veios de grafita na microestrutura do material. Esses grandes
veios de grafita são resultados do excesso de carbono que estão parcialmente livres
na estrutura após a solidificação do sólido (4). Além disso, após a realização do ataque
é revelada a matriz do material, que é provavelmente perlítica, onde se pode ver
pequenas lamelas das fases ferrita e cementita.
Fonte: Os autores
Figura 9 - Microestrutura do ferro fundido do tambor de freio atacado quimicamente com Nital 2%
Fonte: Os autores.
5 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
5 ASTM - American Society for Testing and Materials. ASTM 3 – 11 Standard Guide
for Preparation of Metallographic Specimens. In Anual Book of ASTM Standards,
2003
6 ASTM - American Society for Testing and Materials. ASTM 407 – 07 Standard
Practice for Microetching Metals and Alloys. In Anual Book of ASTM Standards,
2003
8 Nital Etch, MSDS 101 to 106, ES Laboratory: Glendora, USA, 28 de março de 2014.