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SOCIEDADE | 1.12.

2017
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Em Rio Maior as tarifas da água de 2017 são para manter em 2018
A tarifa a aplicar em 2018 pela Águas
do Vale do Tejo, S.A. ao serviço em
alta, ligeiramente mais elevada do que a de
ve o que disse na reunião anterior (10 de
novembro) quanto a priorizar a implemen-
tação de medidas de gestão para as águas
te revisto”, porém “todo o planeamento que
não passe, a médio e longo prazo, pela subs-
tituição das condutas de uma forma calen-
humano em regas”.
Nesta reunião de Câmara foi delibera-
do, por maioria, com os votos contra do PS,
2017, foi um dos assuntos levados ao conhe- e o saneamento. Mas não acredita que a darizada” não permitirá que, “quando fa- manter em 2018 o Tarifário do Abastecimen-
cimento e apreciação em reunião de Câma- problemática das águas seja desafio a re- çamos intervenções nas vias sob as quais to Público de Água, de Saneamento de Águ-
ra de 24 de novembro. solver apenas num mandato, até por ser “a essas condutas passam, a reforma do sis- as Residuais e de Gestão de Resíduos Ur-
“Já passámos mais de metade do perío- área que mais move capitais junto desta tema de águas esteja enquadrado numa oti- banos de 2017, em sinal de reconhecimento
do contratualizado”, pelo que “é tempo de Câmara”. Informou que continuam a ser mização dos recursos da autarquia”. pelo esforço feito pelos riomaiorenses para
se abrir uma renegociação para ver se a efetuados todos os levantamentos que já vi- Santana Dias está a contar fazer uma a sustentabilidade do sistema.
água é vendida a um preço mais equilibra- nham sendo feitos e que o modelo de gestão “planificação para esta intervenção a qua- Os vereadores do PS votaram contra e
do”, argumentou o vereador João Teodoro passa pela “intenção” de “investir para mo- tro ou mais anos”, revelou, agradecendo a apresentaram declarações de voto: João
Miguel (PS), defendendo que os municípios dernizar este sistema de forma a que pos- disponibilidade dos vereadores eleitos na lis- Teodoro Miguel pelas razões apontadas no
envolvidos neste processo de abastecimen- período de análise e discussão dos assun-
to em alta deveriam assumir uma posição tos colocados na mesa para conhecimento
comum nessa renegociação. Sendo tudo e Daniel Pinto, porque o tarifário proposto
“empresas da área do Estado eu acho imo- “não representa justiça relativamente ao
ral que os municípios estejam a adquirir a que é a gestão que a Câmara Municipal tem
água ao Estado” ao preço a que estão, criti- tido para este sector nos últimos oito anos”
cou. e entende que “não é o munícipe, o utiliza-
A propósito das alterações climáticas dor, que deve pagar a incompetência da Câ-
que têm vindo a condicionar o clima no país, mara Municipal de Rio Maior”.
como seja a seca extrema que potencia os Santana Dias fez também uma decla-
incêndios e cria graves constrangimentos ração de voto registando ter votado favora-
no abastecimento de água às populações velmente porque: considera que “a susten-
levando a que nalgumas zonas de Portugal tabilidade do sistema, por muito injusta que
se adotem medidas de contenção de consu- possa ser para o consumidor é uma obriga-
mos, o mesmo autarca, referindo que na toriedade legal”; porque acredita que “es-
anterior reunião do executivo Luís Filipe tão reunidas as condições para que este mu-
Santana Dias (PSD) assumiu que “neste nicípio possa, a médio prazo, corrigir e im-
mandato seria dada prioridade à implemen- plementar alterações por forma a otimizar
tação de medidas para a gestão do sector o sistema de fornecimento de água e por-
da águas e do saneamento”, quis saber que que acredita que “agora” têm condições pa-
tipo de estrutura e que modelo de gestão é ra “fazer o investimento” necessário “no
que o executivo municipal tenciona imple- sistema da água”, que “ao contrário do que
mentar, “atendendo ainda a que as perdas é a opinião de algumas pessoas devia ter
de água no nosso concelho são atualmente sa ser facilmente mensurável, investir no ta do PS para “serem parte da solução e sido feito quando havia quadros comunitá-
superiores a 50%”, urgindo por isso “reali- sentido de ser possível realizar, em tempo não do problema”. rios para tal”, razão pela qual “continua-
zar investimento e adotar políticas susten- real – e útil –, qualquer alteração que seja Quanto às regas, os serviços técnicos do mos com infraestruturas de água que são
táveis no sector” de modo a salvaguardar, necessário introduzir no sistema, na zona Município estarão já a trabalhar no sentido as mesmas de há quarenta anos”. A termi-
entre outros aspetos, “o consumidor, prati- sul do concelho, de maneira a que possa de, “não só as das hortas comunitárias mas nar manifestou confiança em todo o execu-
cando tarifas que sejam justas, não lhe im- ser facilmente monitorizado para se redu- também quaisquer outras regas” no terri- tivo, sem exceção, convicto que todos sabe-
putando as insuficiências do sistema”. Por zirem perdas, como já se fez na parte nor- tório do concelho “passarem a ser feitas, a rão “encarar isto não como um problema
exemplo, regar hortas comunitárias com te”. médio prazo, através de furos de captação”. partidário mas sim como um desafio para
água da rede de abastecimento público não Mas o grande estrangulamento do “sis- Acrescentou que mesmo as regas dos es- Rio Maior”.
é recomendável. tema” estará enterrado. Comentou o vice- paços verdes públicos deverão seguir ca- A declaração de voto do vice-presidente
Santana Dias, que na ausência da pre- -presidente, que tutela o sector das águas e minho semelhante, retirando assim, gradu- foi subscrita pela vereadora Ana Filomena
sidente da Câmara presidia a esta última saneamento, que o problema é que o “siste- almente, “o ónus financeiro e ambiental” Figueiredo (CDS-PP).
reunião da vereação em novembro, mante- ma de condutas precisa de ser urgentemen- de se estar “a utilizar água para consumo Carlos Manuel

EB Marinhas do Sal assinalou o Dia da Floresta Autóctone


E m 23 de novembro de 2017 o Dia da
Floresta Autóctone celebrou a con-
servação das florestas naturais da Penínsu-
livros sobre alimentação racional precisa-
mente a partir de produtos há muito arreda-
dos da nossa alimentação e que fazem imen-
À cabeça desta celebração do Dia da Flo-
resta Autóctone esteve o professor João Paulo
Lopes Correia que nas redes sociais já me-
nos.
Registamos também este comentário da
professora Anabela Carvalho: “E que bom
la Ibérica e a promoção das espécies de ár- sa falta ao organismo. Um assunto que de- receu os parabéns do diretor do Agrupamen- que estava o pão de bolota e os snacks con-
vores originárias do nosso território. senvolveremos numa conversa com esta to de Escolas Marinhas do Sal, Carlos Ribei- fecionados com a ajuda dos nossos meninos
Neste ano de seca e com vasta área ardi- ambientalista, na próxima edição. ro, pelo seu empenho e dedicação aos alu- do 1º ciclo!!!”. — C. D.
da, aumentou o reconhecimento da impor-
tância da floresta autóctone, pela sociedade.
No nosso país, a maior parte das flores-
tas naturais desapareceu ou está já muito
alterada. A preservação dos bosques reliqui-
ais da nossa floresta autóctone é essencial e
algumas espécies, mais raras e ameaçadas,
devem ser alvo de legislação específica com
vista à sua conservação.
As espécies que compõem os nossos ecos-
sistemas florestais autóctones tais como os
carvalhais, os azinhais e os sobreirais desen-
volvidos, são espécies adaptadas aos nos-
sos solos e clima, e que se apresentam como
bastante resistentes e resilientes aos incên-
dios florestais.
E depois há que reintroduzir os produtos
da floresta autóctone na nossa alimentação.
À esquerda, o professor João Paulo Correia. À direita, a Dra. Alexandra Azevedo.
Por exemplo, a farinha de bolota, que an-
tes da introdução da batata vinda da Améri-
ca nos anos 1500, era uma das bases da nos-
sa alimentação.
Foi precisamente com a confeção de pão
de farinha de bolota e de bolinhos de farinha As bolotas utilizadas
de bolota e figo que a Escola Básica Mari- para farinar, podem
nhas do Sal assinalou o Dia da Floresta Au- ser de carvalho, de
tóctone, com a colaboração da Dra. Alexan- azinheira ou de
dra Azevedo, ambientalista e autora de dois sobreiro.

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