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Disciplina: Cálculo I
Aula 2: Limites e continuidade
Inicia-se o estudo de Limites apresentando uma noção intuitiva para que você
possa se familiarizar ao conteúdo. O limite de uma função descreve o valor em
que uma função assume em um determinado ponto quando aproxima-se cada
vez mais deste ponto.
Ao analisar o limite desta função no ponto f(2) observa-se que o valor da função
aproxima-se cada vez mais de 6 por ambos os lados.
Assim, pode-se dizer que a função f(x) tende a 6 tanto pela direita como pela
esquerda, ou seja, o Limite desta função no ponto indicado é 6.
Matematicamente, o cálculo do limite é representado da seguinte forma:
Se e então .
Se e então:
.
Obs: O sinal, , simboliza simplesmente uma multiplicação entre dois termos e
não o operador rotacional.
Se e então:
Se , e então:
Se então:
.
8) Propriedade do exponencial do Limite:
Se e então:
.
9) Propriedade do logaritmo do Limite:
Se , , , , e então:
.
10) Propriedade da raiz do Limite:
.
11) Propriedade do confronto ( sanduíche ) dos
Limites:
.
12) Propriedade dos polinômios:
Esta propriedade é uma combinação das propriedades 3 e 4. Seja
um polinômio qualquer, onde os
são constantes arbitrárias, tem-se:
Logo, .
13) Propriedade da divisão de polinômios:
então
1.1.1.1.Exemplos iniciais:
exercícios resolvidos de Limites
Obs: toda vez que calcula-se um limite deve-se iniciar aplicando o valor na qual
deseja-se saber o limite. Somente se der alguma indeterminação deve-se
recorrer a outros métodos.
Aplicando as propriedades 2, 3 e 4 tem-se:
.
Exemplo 2
2. Limites Fundamentais
2.1.1.1.Limites Fundamentais
.
Para demostrar este limite utiliza-se a figura abaixo, na qual contém um setor
circular de raio 1 e dois triângulos com um dos seus ângulos internos
Abstraindo:
1) Considerando o triângulo menor temos:
então:
;
2) Como temos um ângulo de radianos, arco circular de raio 1 e sabendo que
uma volta completa possui radianos com comprimento , então ao fazer
uma regra de três obtemos
;
3) Considerando o triângulo maior temos:
então:
;
Substituindo tem-se:
.
Invertendo todas as frações fica-se com:
.
Assim, tem-se:
.
2º Limite Fundamental
Seja a expansão binominal dada por:
.
Então, tem-se:
.
Quando aplica-se o limite tem-se:
.
Logo, chega-se ao limite que queríamos mostrar
.
Obs: Deste mesmo limite fundamental apenas fazendo uma troca de variável
chega-se a:
.
3º Limite Fundamental
.
Logo, escreve-se:
.
Portanto,
.
3. Exercícios resolvidos sobre limites fundamentais
3.1.1.1.Exercícios resolvidos sobre limites fundamentais
Exemplo 1)
Neste primeiro exercício inicia-se utilizando as propriedades trigonométricas
transformando a função tangente na divisão de seno por cosseno da seguinte
forma:
.
Em seguida, deve-se multiplicar numerador e denominador por 4 e aplicar a
propriedade da multiplicação de limites, acompanhe:
.
Agora pode-se trabalhar com os dois limites separadamente e, no fim, multiplicar
as suas respostas. No primeiro vê-se facilmente que quando o
denominador tenderá a 1, pois :
.
N segundo limite deve-se fazer uma mudança de variável, onde ,
sabendo que quando temos também . Assim:
.
Aplicando o limite fundamental visto no post anterior tem-se:
.
Por fim, deve-se multiplicar o resultado dos dois limites, onde obtém-se:
Exemplo 2)
Ao olharmos para este segundo exemplo já podemos perceber que ao manipular
este limite chega-se em uma expressão semelhante ao segundo limite
fundamental.
Utilizando as propriedades das potências tem-se:
.
Como no exemplo anterior separa-se o limite na multiplicação de dois limites e
depois de resolve-los, separadamente, multiplicam-se os resultados:
.
Manipulando o primeiro limite percebe-se facilmente que tem-se um limite
fundamental:
.
O segundo, manipulando e usando as propriedades dos limites tem-se:
.
Por fim, basta multiplicar os resultados:
.
Exemplo 3)
Neste exemplo inicia-se fazendo um truque matemático de somar e subtrair 1 do
numerador e, em seguida, separar este limite na soma de outros dois:
.
O primeiro é aplicação direta do 3º limite fundamental:
.
O segundo deve-se manipular ele, onde chega-se a:
.
Agora fazendo uma troca de variável, e sabendo que quando
também , substituindo tem-se:
.
Nota-se novamente o 3º limite fundamental:
.
Somando os dois limites tem-se:
se então se então
se então se então
Exemplo 1:
Este primeiro exemplo trabalha com a ideia de dividir uma constante qualquer
por um número muito grande (positivo ou negativo).
Assim, quanto maior for este número, mais próximo de 0 estará o resultado desta
divisão. Por isto, ao aplicar o limite que tende ao infinito (positivo ou negativo)
obtém-se:
.
Outros exemplos onde aplica-se a mesma ideia são:
.
Exemplo 2:
O segundo exemplo é oposto ao primeiro, pois o denominador está tendendo a
zero, ou seja, um número muito pequeno.
Obs: Deve-se tomar cuidado quando trabalha-se com limites em que o
denominador tende a 0, pois pode ocorrer que os valores muito próximos ao
ponto desejado (pela direita e pela esquerda) possuam sinais contrários.
No nosso exemplo não há este problema, pois a função possui expoente par
tornando os valores sempre positivos. Assim quando dividimos uma constante
positiva por um número que tende a 0, resulta em um número que tende à
:
.
Outros exemplos onde aplica-se a mesma ideia são:
a) está definida;
b) existir;
c) .
Caso falhar qualquer uma destas condições, a função é dita descontínua
em = .
Exemplos:
.
Abrindo o numerador como o produto da diferença chega-se a:
.
1) Pela direita: .
2) Pela esquerda: .
Como os limites laterais são iguais então o limite existe e é igual aos limites
laterais, ou seja:
.
Por fim, deve-se analisar se a função em é igual ao limite neste mesmo