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O gênero Seminário

Como elaborar
Entendendo a proposta do seminário...
• Um trabalho de análise crítica do discurso...
• O que é a Análise Crítica do Discurso?
• A ACD é uma abordagem democrática sensível ao
contexto, que assume uma postura ética acerca das
questões sociais com o objetivo de discutir a
sociedade.
• Considera que textos autênticos são produzidos e lidos
(ou ouvidos) em algum contexto com toda a sua
complexidade. Leva em consideração, portanto, os
fatores textuais e extratextuais (situacionalidade,
intencionalidade, intertextualidade, conhecimento
prévio, aceitabilidade, ...)
• Propõe uma análise em três níveis:
1. nível textual
2. nível das práticas discursivas
(escrever / falar – ler / ouvir)
3. nível das práticas sociais (o
contexto social no qual as práticas
discursivas acontecem)
• Ao examinar os textos escolhidos, os
praticantes da ACD fazem um exame em
que especial atenção é dada às relações
de poder em desequilíbrio, às
desigualdades sociais, às práticas não-
democráticas e a outras injustiças.
• A ACD assume uma visão socioconstrucionista do
discurso:

- A noção de realidade é construída na interação com os


outros, mediada pela linguagem.

- A realidade não é imutável, mas aberta a mudanças >>


possibilidade de transformação.

- Estratégia da ACD: rediscutir formas através das quais forças


de dominação constroem versões de realidade (marcadas por
certas ideologias) que favorecem seus próprios interesses.
Texto/Discurso para a ACD
- Produto de práticas discursivas que por
sua vez ocorrem dentro de um complexo
mosaico de práticas sociais.
- O significado de um texto deriva não
apenas das palavras na página, mas de
como essas palavras são usadas em um
contexto social particular.
Algumas propostas para uma ACD?
Estratégia geral:
• 1ª Etapa – agir como um típico leitor, tentando
compreender o texto de maneira não-crítica.
• 2ª Etapa – Voltar ao texto com um olhar crítico:
- revisitar o texto em diferentes níveis;
- levantar questões sobre o texto;
- imaginar de que outras maneiras o texto
poderia ter sido construído, comparando-o com
outros textos a ele relacionados etc.
Algum(as) conceitos / categorias de análise –
detalhando a 2ª etapa

 Gênero Textual

- cada gênero textual possui


características próprias que servem a
determinados propósitos.
- O que pode e o que não pode ser dito
(visto) em determinado gênero textual?
- Houve manipulação do formato padrão
do gênero textual em análise? Por quê?
- Como o conteúdo de um texto é apresentado?
- Que perspectiva é adotada pelo autor?
- Para ser coerente, um texto não pode ser uma
coleção de detalhes. Os detalhes devem ser
organizados para formar um todo unificado.

“Uma forma particularmente poderosa de enquadrar


um texto é através do uso de recursos visuais. Os
analistas devem ficar alertas em relação a
fotografias, esboços, diagramas, formatação etc.”
 Distanciamento / Aproximação:
- Esses conceitos estão relacionados com
a forma como o autor enfatiza ou não
certos conceitos / fatos em um texto.

- Por que certos conceitos / fatos parecem


mais relevantes que outros em certos
textos?
 Omissão (forma de distanciamento)

- forma de deixar coisas completamente


fora do texto;
- um dos mais poderosos aspectos de
textualização;
-O que o autor não menciona, não entra
na mente do leitor e, por isso, não será
sujeito a sua reflexão, observação crítica.
Pressuposição

- forma de uso da linguagem que provoca o efeito de que uma idéia


é absoluta; como se não houvesse uma outra alternativa possível
diferente dela.
 Relação agente – paciente:

- Muitos textos são construídos de forma


que certas pessoas / coisas são descritas
como agentes de ações (exercendo
poder), enquanto outras serão descritas
como paciente dessas ações;
- Se alguém é descrito como agente,
quem é ele?
- Quem está fazendo o que para quem?
Por quê?
02/09/2013
às 16:13 \ Política & Cia
Notável e agudo artigo de FHC: perda de espaço do Brasil na
América do Sul, a questão energética, a infraestrutura, a alta do dólar,
o bater de cabeças…

FALANDO FRANCAMENTE
Por Fernando Henrique
Cardoso, publicado na excelente seção
“Opinião” de O Estado de S. Paulo
Bom dia pra você que, assim como eu,
acordou linda e maravilhosa na primeira
segunda-feira do mês pro desespero
dos inimigos!
Beijinho no ombro pra tucanada!
VEM QUE VEM, SETEMBRO!!!

ÊTA PRESIDENTA ESTILOSA!!!

Brasil, país rico é país sem preguiça.

#RainhaDaNação #DivaDoPovo #Sober


anaDasAméricas #NãoOlheMuitoParaF
otoRiscoDeSeApaixonar #Divando #Dil
maPrestly
Bom dia pra você que acordou linda e
maravilhosa em plena sexta-feira, fez sua
aula de stand-up paddle no Lago Paranoá,
correu com suas emas pelo quintal, daí
notou que estava atrasada, saiu correndo,
pegou seu capacete, montou na sua
moto vermelha PT e chegou no trampo
disfarçada de Mulher Gato!
E ainda tem gente que diz que eu sou
fake...

ÊTA PRESIDENTA VELOZ & FURIOSA!!!

Brasil, país rico é país com Presidenta


destemida.

Sou linda, sou diva, sou Presidenta. Sou


Dilma!!!

#RainhaDaNação #DivaDoPovo #Dilmulhe


rGata #BomDilma#SoberanaDasAméricas
#DilmotoqueiraFantasma#FúriaEmDuasRo
das #ATucanadaPiraNaMinhaVelocidade
#Goodilmorning #TDIF
Estava deitada no sofá escutando Meiga & Abusada e repassando as planilhas do PAC quando o
dilmafone começou a tocar. Então gritei a Marcela Temer:
"MARCEEEELA!!! Ô MARCELAAAAA, TELEFONE!!!"
Ouvi a voz dela ao fundo seguida de latidos:
"Já tô indo, Majestade..."
Euzinha sem paciência:
"Anda logo, garota. Vão acabar desligando..."
Quando olho no fim do corredor me aparece Marcela correndo de avental em minha direção com o
Boladinho correndo atrás dela todo ensaboado espalhando espuma por todos os cantos. Ela chegou até
mim e me entregou o telefone ofegante. Boladinho estava todo serelepe doido pra pular em cima de mim
no sofá, apenas olhei para ele que abaixou a cabeça e foi pra trás da Temer, olhei pra ela e perguntei:
"Posso saber o que significa isso?"
Ela:
"É que... eu saí muito rápido... e... acabou não dando tempo de prender o Boladi..."
A interrompi:
"Minha filha, pra quê você tá dando banho no cachorro se ele veio anteontem do pet-shop..."
Ela me olhou confusa e respondeu:
"Ué... mas foi a senhora mesma, assim que eu terminei de lavar a louça e fui ligar pro Michel, a senhora
virou pra mim e falou 'Já que não tá fazendo nada, vai dar banho no cachorro' e ainda mandou eu escovar
as plumas das emas se desse tempo..."
Na hora me lembrei e terminei a conversa:
"Hum... tá bom, tá bom... pode ir. Depois limpa essa bagunça, não quero escorregar e cair, já não basta
macumba da tucanada..."
Peguei o telefone e atendi:
"Rainha das Américas, quem me incomoda?"
Do outro lado da linha uma voz tímida:
"Boa noite Majestade, sou eu... Mantega..."
Euzinha entediada:
"Aff, é você. O que você quer? Estou ocupadíssima aqui!!!"
Ele:
"Ah não é nada demais..."
Seminário
Texto produzido

oral e publicamente;
Gênero expositivo;

A organização

prévia envolve várias


etapas.
Pesquisa, tomada de notas e
produção de um roteiro
Pesquisar em bibliotecas, na internet, em
1.

locadoras, quais livros, revistas especializadas,


enciclopédias, vídeos, etc, poderão servir de fonte
de informação sobre o tema.
Tomar notas, resumir ou reproduzir textos que
2.

possam ser úteis. Anotar dados históricos ou


estatísticos, citações, comparações, exemplos, etc.
Selecionar e organizar as informações tendo em
3.

vista os passos da apresentação.


• Organização do Seminário:

1º passo: Elementos anteriores à apresentação propriamente dita


• Apresente seu grupo e o título do trabalho (dê um título criativo para sua
apresentação: não use como título o tema e não use títulos como “Trabalho de
Comunicação e Expressão” ou “Seminário de Análise Textual” ou “Seminário de
Análise Crítica do Discurso”, etc);
• Apresente um roteiro do trabalho (como se fosse um sumário): do que tratará,
como se iniciará, o que irá conter, quem vai falar sobre o quê.
• Sensibilização inicial: como trago ao meu mundo o tema abordado pelo texto que
eu estou analisando? Como aproximo o tema abordado de meu público? Seja
inovador/criativo na escolha de como “apresentar descontraidamente o tema ao
público de seu seminário”.
• Exemplos: Exposição de fotografias, charges, memes (autorais ou virais) trechos de
filmes, músicas, clipes, contos, crônicas, poemas, narrativas/experiências pessoais,
etc...
• OBS: NUNCA COLOQUEM SENSIBILIZAÇÃO INICIAL COMO UM TÍTULO DOS
TÓPICOS OU DO PASSO A PASSO. A SENSIBILIZAÇÃO INTRODUZ NATURALMENTE
O ASSUNTO, SEM SER ANUNCIADA ENQUANTO TAL.

2º passo: Introdução
- Contextualização: qual assunto selecionei? Por quê? Em que meios? Por quê?
Qual o posicionamento destes meios? O público alvo?
3º passo: Desenvolvimento
- Apresentação das notícias: leitura, quando breve, ou apresentação dos pontos
principais. Uma leitura acrítica, como um leitor desavisado.
- Análise das notícias segundo as categorias de análise apresentadas (Ver Protocolo
de Análise Textual). Vocês podem optar pela leitura de todas elas primeiramente,
e, logo após, as análises; ou pela leitura de cada uma delas, seguida de suas
respectivas análises.
OBS.: preciso colocar aquele monte de perguntas e ir as respondendo ao longo
da minha fala? Não, não faça isso! Sabe o que você fará? Depois de analisar
todas as perguntas, junte as informações obtidas em categorias de análise, ou
seja, em blocos com tópicos do que seja relevante de você demonstrar em sua
explicação.

4º passo: Conclusão
- Apresentação das conclusões e/ou considerações finais do trabalho: o que se
pôde observar? Aprender? A que conclusões pudemos chegar?
- Trata-se da parte mais molezinha. Basta sintetizar as ideias principais/mais
importantes, com uma retomada bem geral e breve.
- É interessante ressaltar a importância do trabalho de análise realizado.
- Na conclusão você também pode abrir espaço para depoimentos pessoais dos
componentes sobre a confecção do seminário.
5º passo: Referências Bibliográficas
- Insira referência de todo material
consultado para o trabalho. Já chega de
Wikipédia! Fontes mais seguras são as
plataformas: Google Acadêmico; plataforma
Scielo; além de revistas científicas (periódicos)
indexadas pelo sistema de qualificação de
periódicos Webqualis, da Capes.
- Formate as referências e citações
segundo normas da ABNT.
COMO SERÁ A AVALIAÇÃO DOS SEMINÁRIOS?
A apresentação dos seminários valerá 6,0 pontos.
Seguem os critérios de avaliação para o grupo:

CRITÉRIO AVALIATIVO PESO


Adequação ao gênero seminário 3,0
- Partes estruturantes indispensáveis; distribuição
das falas entre os integrantes; e postura do grupo
durante a comunicação (1,5 de avaliação do grupo; e
1,5 de avaliação individual)

Análises 3,0
Categorias de análise e qualidade das explicações
(1,5 de avaliação do grupo; e 1,5 de avaliação
individual)
Obs.: os seminários terão duração entre 40 e 50 min. Procure
respeitar o horário. Apresentações abaixo do tempo previsto
serão penalizadas.
• Quanto à forma da apresentação:
• Linguagem: quem é meu público-alvo? Tenho de compartilhar com
ele determinados valores que dele me aproximem e me
possibilitem “vender” o meu produto. Se é um público jovem,
então, no ambiente de sala de aula, posso utilizar uma linguagem
mais informal. Entretanto, se apresento um seminário em um
congresso, devo prezar pela formalidade linguística.
• Interação: diálogo, perguntas. Um seminarista conta com o
conhecimento do outro, a opinião do outro para produção do seu
pensamento. Essa é uma das características básicas de um
seminário.
• Apresentação oral: Posso ler a minha parte? Devo saber só minha
parte? NÃO E NÃO! O seminário é um gênero oral e portanto exige
a fluência na oralidade. O que devo fazer, então, se sou tímido?
Treinar, ensaiar. É permitido e desejável (porque ninguém consegue
lembrar de tudo o que planejou) um esquema sucinto, roteiro
pessoal, sem aqueles textos enormes, parágrafos gigantes, todos
lidos apenas.
• Apresentação em grupo: Enquanto apresento, meu grupo pode
ficar sentado? NÃO! Todos em pé, e sem conversas paralelas
enquanto o colega apresenta. Demonstra desrespeito.
Postura do apresentador:
1.

O apresentador deve, preferencialmente, falar em pé, com o roteiro nas mãos, olhando para a sala
2.

como um todo (não deve focar seu olhar, no caso do seminário a ser apresentado, em amigos ou no
professor);
A fala deve ser alta, clara, bem articulada, com variações de entonação;
3.

A consulta ao roteiro deve ser rápida e sutil;


4.

O apresentador nunca deve falar de costas para a plateia;


5.

O apresentador deve se mostrar simpático ao público e receptivo a participações da plateia. Um


6.

seminarista conta com o conhecimento do outro, a opinião do outro para produção do seu
pensamento. Essa é uma das características básicas de um seminário.
Postura corporal: há problemas quanto a gestualizações? Não, desde que moderadas. Às vezes
7.

determinadas gestualizações ajudam a exemplificar e prender a atenção do ouvinte. Por isso,


movimentar-se no espaço da apresentação é super importante. Não fiquem presos, em uma posição
fixa enquanto estiverem falando.
Elaboração de um roteiro pessoal:
8.

É importante redigir um roteiro que permita visualizar não apenas o conjunto das informações que
serão apresentadas, mas também a sequência em que isso vai ocorrer.
O roteiro deve conter informações-chave.
Preparação do local:
Não se deve ler o roteiro integralmente durante o seminário.
O local deve ser preparado com antecedência: iluminação, disposição das cadeiras e dos recursos
audiovisuais. Deve-se organizar e dispor sobre a mesa os materiais que serão utilizados durante a
exposição. Os recursos disponíveis devem ser utilizados com equilíbrio e harmonia, para tornar o
evento mais agradável e facilitar a transmissão de um volume grande de informações.

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