Você está na página 1de 37

MATERIAL DIDÁTICO BÁSICO PARA O CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA

2012-2

ATUALIZADO EM: 01/02/2013

CURSO BÁSICO PARA

ENGENHARIAS

ELM
(ESTUDOS LÓGICOS MATEMÁTICOS)
Professores:

SIDNEY TULIO CARISIO


JOAO BATISTA SANTIAGO DE PAULA
ALEXANDRE COSTA

Material didático elaborado e impresso pela equipe de professores do Departamento de Matemática da


~1~ Universidade de Uberaba – UNIUBE – Todos os direitos reservados – A cópia deste material sem
autorização é ilegal.
MATERIAL DIDÁTICO BÁSICO PARA O CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA
2012-2
SUMÁRIO
A.1 – Teoria Elementar dos Conjuntos ........................................................................................................... 4
1.1 – Noções básicas .................................................................................................................................................. 4
1.2 – Representações de um conjunto ..................................................................................................................... 4
1.3 – Subconjunto ........................................................................................................................................................ 5
1.4 – Operações entre conjuntos............................................................................................................................... 6
1.5 – Teorema da união – Princípio da inclusão / exclusão .................................................................................. 8
A.2 – Conjuntos Numéricos ................................................................................................................................ 12
2.1 – Conjuntos numéricos ....................................................................................................................................... 12
2.2 – Operações Fundamentais............................................................................................................................... 17
B.1 – Matrizes ............................................................................................................................................................ 26
1.1 – Definição e construção de Matrizes .............................................................................................................. 26
1.2 – Classificações de matrizes ............................................................................................................................. 26
1.3 – Operações elementares .................................................................................................................................. 27
C.0 – Metodologia de resolução de problemas ........................................................................................ 31
C.1 – Apresentação do SCILAB ........................................................................................................................ 33
1.1 – O que é o software ........................................................................................................................................... 33
1.2 – Porque utilizar o SCILAB ................................................................................................................................ 34
1.3 – Como instalar .................................................................................................................................................... 34
1.4 – O ambiente de trabalho ................................................................................................................................... 36
A.3 – Expressões Álgébricas (Produtos notáveis x fatoração) ....................................................... 42
3.1. Definição: ............................................................................................................................................................. 42
3.2. Fator Comum em evidência:............................................................................................................................. 42
3.3. Fatoração por Agrupamento:............................................................................................................................ 42
3.4. Fatoração de Soma de Quadrados: ................................................................................................................ 42
3.5. Fatoração de Diferença de Quadrados:.......................................................................................................... 42
3.6. Fatoração do trinômio quadrado perfeito: ...................................................................................................... 43
3.7. Fatoração da soma de cubos: .......................................................................................................................... 43
3.8. Fatoração da diferença de cubos: ................................................................................................................... 43
B.2 - Multiplicação de matrizes: ...................................................................................................................... 46
B.3 - Matriz Inversa: ............................................................................................................................................... 46
C.2 – As janelas de Comando ............................................................................................................................ 55
A.4 – TEORIA DE FUNÇÕES ................................................................................................................................ 62
4.1 – Definição, notações ......................................................................................................................................... 62
4.2 – Condição de existência de uma função ........................................................................................................ 62
A.5 – FUNÇÃO POLINOMIAL DO PRIMEIRO GRAU ................................................................................. 66
5.1 – Definições e Lei de formação ......................................................................................................................... 66
5.1.1 – Forma reduzida ............................................................................................................................................. 66
5.1.2 – Forma de taxa de variação (analítica) ........................................................................................................... 66
5.1.3 – Forma segmentária ........................................................................................................................................ 66
Material didático elaborado e impresso pela equipe de professores do Departamento de Matemática da
~2~ Universidade de Uberaba – UNIUBE – Todos os direitos reservados – A cópia deste material sem
autorização é ilegal.
MATERIAL DIDÁTICO BÁSICO PARA O CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA
2012-2
5.1.4 – Forma paramétrica ........................................................................................................................................ 66
5.1.5 – Forma geral ................................................................................................................................................... 66
5.2 – Análise de gráficos ........................................................................................................................................... 66
5.3 – Estudo dos sinais (Inequações) ..................................................................................................................... 66
5.4 – Aplicações ......................................................................................................................................................... 66
A.6 – FUNÇÃO POLINOMIAL DO SEGUNDO GRAU ................................................................................. 70
6.1 – Definições e lei de formação .......................................................................................................................... 70
6.1.1 – Forma polinomial .......................................................................................................................................... 70
6.1.2 – Forma fatorada/Canônica .............................................................................................................................. 70
6.1.3 – Forma de decomposição ............................................................................................................................... 70
6.2 – Estudo de sinais (Inequações) ....................................................................................................................... 70
6.3 – Aplicações ......................................................................................................................................................... 70
A.7 – OPERAÇÕES ESPECIAIS ENTRE FUNÇÕES ................................................................................... 75
7.1 – Função composta............................................................................................................................................. 75
7.2 – Função inversa ................................................................................................................................................. 76
7.3 – Função modular ............................................................................................................................................... 80
B.4 - Dterminantes .................................................................................................................................................. 95
4.1 – Definição e determinantes de ordem ............................................................................................................ 95
4.2. – Determinantes de ordem 3 ............................................................................................................................ 95
4.3 – Determinantes de ordem superior a 3 .......................................................................................................... 95
4.4 – Principais propriedades de determinantes ................................................................................................... 95
C.3 – MODELAGENS DE FUNÇÕES ............................................................................................................... 104
3.1 – Aplicações de inequações ...................................................................................................................................... 104
3.2 – Determinantes ........................................................................................................................................................ 104
3.3 – Aplicações de determinantes.................................................................................................................................. 104
C.4 – GRÁFICOS ..................................................................................................................................................... 104
4.1 – Introdução .............................................................................................................................................................. 104
4.2 – Parâmetros para um gráfico cartesiano .................................................................................................................. 104
4.3 – Eixos coordenados ................................................................................................................................................. 104
4.4 – Janelas gráficas ...................................................................................................................................................... 104
4.4 – Janelas gráficas ...................................................................................................................................................... 104
A.8 - Função Exponencial ................................................................................................................................. 123
A.9 - Função Logarítmica .................................................................................................................................. 134
A.10 - Função trigonométrica ......................................................................................................................... 144
A.11 - Limites .......................................................................................................................................................... 160
B.5 – SISTEMAS LINEARES .............................................................................................................................. 177
C.5 - ESTRUTURA CONDICIONAL E CONTROLE DE FLUXO ........................................................... 184
5.1 - Laço(loop) for................................................................................................................................................... 184
5.2 - Laço while ....................................................................................................................................................... 185
5.3 - Comando if - else - elseif .............................................................................................................................. 186

Material didático elaborado e impresso pela equipe de professores do Departamento de Matemática da


~3~ Universidade de Uberaba – UNIUBE – Todos os direitos reservados – A cópia deste material sem
autorização é ilegal.
MATERIAL DIDÁTICO BÁSICO PARA O CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA
2012-2

EIXO II – ÁLGEBRA LINEAR

B.1 – Matrizes
1.1 – Definição e construção de Matrizes
 Introdução

Uma matriz m x n (m, n ∈ IN*) é uma tabela


O pai do nome matriz formada por m ⋅ n elemento disposto em m
Foi só há pouco mais de 150 anos que as linhas e n colunas.
 Representação de uma matriz
matrizes tiveram sua importância detectada e a 11 a 12 L a 1n 
 
( )
sairam da sombra dos determinantes. O a 21 a 22 L a 2 n 
A = a ij m x n = 
primeiro a lhes dar um nome parece ter sido  M M M M 
 
Cauchy, 1826 : tableau ( = tabela ). a m1 a m2 L a mn 
O nome matriz só veio com James Joseph
1.2 – Classificações de matrizes
Sylvester, 1850. Seu amigo Cayley, com sua
Seja A uma matriz de ordem m x n.
famosa Memoir on the Theory of Matrices,
1858, divulgou esse nome e iniciou a  Se m = 1 ⇒ A é uma matriz linha.
 Se n = 1 ⇒ A é uma matriz coluna.
demonstrar sua utilidade.  Se m ≠ n ⇒ A é uma matriz retangular.
Por que Sylvester deu o nome matriz às  Se m = n ⇒ A é uma matriz quadrada.
matrizes ?  Tipos de Matriz
Usou o significado coloquial da palavra
– Matriz Nula⇒ 0 = (xij)m x n tal que xij = 0
matriz, qual seja: local onde algo se gera ou
cria. Com efeito, via-as como "...um bloco – Matriz Identidade⇒ In = (xij)n x n tal que
retangular de termos... o que não representa x ij = 1 se i = j

um determinante, mas é como se fosse uma x ij = 0 se i ≠ j

MATRIZ a partir da qual podemos formar


– Matriz Oposta⇒ Sendo A=(aij)m x n e B =
varios sistemas de determinantes, ao fixar (bij)m x n ; define-se B = (-A) ⇔ bij = -aij
um número p e escolhar à vontade p linhas e
– Matriz Transposta⇒ Sendo A = (aij)m x n
p colunas..." ( artigo publicado na , define-se a matriz transposta de A como
Philosophical Magazine de 1850, pag 363- sendo a matriz At = (a’ij)n x m tal

que a ji = aij
370 ).
Observe que Sylvester ainda via as matrizes  2 3
  2 1 4
Veja: se A =  1 − 5  ⇒At =  
3 − 5 6
como mero ingrediente dos determinantes. É
 4 6
só com Cayley que elas passam a ter vida  

própria e gradativamente começam a Propriedades da transposta:


suplantar os determinantes em importância.
Se A e B forem matrizes conformes para a
operação indicada e K um número real,
então:
a) A= B ⇔ At = Bt
Material didático elaborado e impresso pela equipe de professores do Departamento de Matemática da
~ 26 ~ Universidade de Uberaba – UNIUBE – Todos os direitos reservados – A cópia deste material sem
autorização é ilegal.
MATERIAL DIDÁTICO BÁSICO PARA O CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA
2012-2
b) (At)t = A
c) (A+B)t = At + Bt
Ex. 03: Se uma matriz quadrada A é tal que
d) (K⋅A)t = K⋅At
e) (A⋅B)t = Bt⋅At A t = − A , ela é chamada matriz anti-
simétrica. Sabe-se que M é anti-simétrica e:
4 + a x y 
1.3 – Operações elementares 
M = a b+2 z  . Encontre o valor
Igualdade entre matrizes

Sejam A e B matrizes de mesma ordem.


 b c 2c − 8
da soma x + y + z.
A = B ⇔ࢇ࢏࢐ = ࢈࢏࢐
Adição e subtração

Sendo
A = (aij) m x n ; B = (bij) m x n e C = (cij) m x n , Ex. 04: Antônio, Bernardo e Cláudio saíram
define-se: no fim de semana para tomar chope de bar
em bar. A matriz F a seguir resume quantos
C = A+B ⇔ cij = aij + bij chopes cada um consumiu e como a
C = A-B
despesa = A+(-B) ⇔ cij = aij + (-bij)
foi dividida:
Multiplicação de um número por uma matriz
9 6 7
Sendo A = (aij)m x n ; B = (bij) m x n e α um número F = 0 5 0 . Cada elemento a ij nos dá o
real qualquer, define-se: 5 2 8
B = α⋅ A ⇔ bij = α⋅ aij
número de chopes que i pagou para j, sendo
Antônio o número 1, Bernardo o número 2 e
Exercícios de Fixação
Cláudio o número 3. Pergunta-se:
Ex. 01: Seja A = ( a ij ) 2 x 3 , em que a) Quem bebeu mais chope no fim de
semana?
a ij = i + j . Determine m, n e p em b) Quantos chopes Cláudio ficou
m + n 3 4 devendo para
B= , afim de que Antônio?
 n − 1 m − 2 p 5
tenhamos A = B.

GABARITO
Ex. 02: Determine m, m ∈ IR , se existir, tal
4 − m 2 1  0 1 01) m=-2 ; n=4 ; p=-3
que  = .
 −2 3 m 3 02) S={-2}

03) 2

04) A) Cláudio = 15 B) a13-a31 = 2

Material didático elaborado e impresso pela equipe de professores do Departamento de Matemática da


~ 27 ~ Universidade de Uberaba – UNIUBE – Todos os direitos reservados – A cópia deste material sem
autorização é ilegal.
MATERIAL DIDÁTICO BÁSICO PARA O CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA
2012-2

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

01) Determinar x e y de modo que 3 2


que satisfazem a igualdade M+ N =P,
2 3
 − 4 3 − x  x − 3 2y 
4 y − 1 y − 3 =  7 3x + 2
logo y-x é:
  
a) 6
b) 4
c) 2
02) Dada a matriz C = (cij)3x3 definida por cij =
d) –3
2i+j determine:
a) a soma dos elementos do diagonal
principal.
06) A matriz A = (aij), de segunda ordem,
b) a soma dos elementos do diagonal
é definida por aij = 2i-j. Então A-At é:
secundária.

 0 3
a)  
03)Sendo A = (aij)2x3 tais que:  3 0

a ij = i + j, se i ≥ j  0 − 2
b)  
 2 0 
a ij = 3i − j, se i < j

Escreva explicitamente a matriz At.  0 − 3


c)  
3 0 

 0 2
d)  
04) A é uma matriz 3 por 2, definida pela lei  − 2 0
1; se i = j
a ij =  2 Então A se escreve:
i ; se i ≠ j
07) É dado um quadrado de lado medindo
1 1  1 unidade, numerado conforme a figura:
1 4 9   
a)   b)  4 1 
1 1 9  9 9 4 3
 

 1 1
1 3 9   
c)   d)  4 3 
1 4 9  1 2
9 9
 
Encontrar a matriz transposta da matriz A4x4,
tal que aij é a distância entre os vértices de
 x 8 número i e j.
05) (UFPA-PA) M =   ,
10 y 
y 6   7 16 
N =   e P =   são matrizes
12 x + 4   23 13 

Material didático elaborado e impresso pela equipe de professores do Departamento de Matemática da


~ 28 ~ Universidade de Uberaba – UNIUBE – Todos os direitos reservados – A cópia deste material sem
autorização é ilegal.
MATERIAL DIDÁTICO BÁSICO PARA O CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA

08) (UFRGS-RS) Se a matriz 2012-2


Os termos a12, a13 e a23 de M, valem
 1 2 y respectivamente:
 
A =  x 4 5  for simétrica, isto é, A = At, a) -4, -2 e 4 b) 4, 2 e -4
 3 z 6
  c) 4, -2 e -4 d) 2, -4 e 2
então x + y + z é: e) 2, 2 e 4
a) 7
13) Considere as matrizes dadas por:
b) 9
c) 10
d) 11 ,

09) Obter a matriz A = (aij)2x2 definida por:


Resolva as equações matriciais abaixo,
determinando o valor da matriz X.
aij = 3 i - j.
a)X + A = 2B – C.
10) Se A é uma matriz quadrada de ordem 2 b)X – C = 2A + 3B.
t
e A sua transposta, determine A, tal que: c)X + 2B = 3A – C.

A = 2 . At. 14)Com base nas matrizes a seguir efetue as


operações entre as matrizes.
11) (UNIV. CATÓLICA DE GOIÁS) Uma A = [aij]3x2 com aij = 4i – 5j + 1;
matriz quadrada A é dita simétrica se A = AT B = [bij]2x3 com bij = i2 – j3 + 1
e é dita anti-simétrica se AT = -A, onde AT é a (A) At + B
matriz transposta de A. Sendo A uma matriz (B) 2A + Bt
quadrada, classifique em verdadeira ou falsa
as duas afirmações:
15)Resolva os sistemas matriciais para:
(01) A + AT é uma matriz simétrica A = [aij]2x2 com aij = 2i + 3;
B = [bij]2x2 com bij = 3j– 2
(02) A - AT é uma matriz anti-simétrica
3X + 4 Y = A
(A) 
5 X + 7 Y = B
12) Se uma matriz quadrada A é tal que At =
X + 2 Y = A
-A, ela é chamada matriz anti-simétrica. (B) 
3X + 5 Y = 2B
Sabe-se que M é anti-simétrica e:
4 X + 2 Y = A
(C) 
3X + Y = B

16)Sejam as matrizes:

Material didático elaborado e impresso pela equipe de professores do Departamento de Matemática da


~ 29 ~ Universidade de Uberaba – UNIUBE – Todos os direitos reservados – A cópia deste material sem
autorização é ilegal.
MATERIAL DIDÁTICO BÁSICO PARA O CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA
2012-2
A = [aij]3x3 com aij = 2.i3 – 3.j2; 08) C
B = [bij]3x3 com bij = 6.i2– 6.j
2 1 
C= [cij]3x3 com bij = 12.i– 6 09)  
 5 4

Calcule a matriz “R” dada pela expressão: 0 0 


10)  
1 1 0 0 
R = .A + 2.B t − .C
3 2
11) 01.V 02.V

12) B

13)
17)Sejam as matrizes:
A = [aij]3x3 com aij = i3 –j2; 14)
B = [bij]3x3 com bij = i2– 2.j
− 22 − 13  31 19 
15) (A) Y=  e X = 
C= [cij]3x3 com bij = 2.i– 3.j − 32 − 23 45 33

Calcule a matriz “R” dada pela expressão: − 21 − 9  13 7 


B) X=  e Y = 
1 1 − 31 − 19 19 13
R = .A + 3.B t − .C
2 3
 − 1,5 1,5  5,5 − 0,5
(C) X=  e Y = 
− 2,5 0,5 8,5 2,5 

 10 89 254 
− 3 3 3 
 50 49 214 
GABARITO − 
16)  − 22
3 3 3 
01) X=-1 e Y=2  11 66 
 
02) A) 18 B) 18
 8 35 58 
 2 3 −3 6 3 
 35 97 
03) 1 4 −
8

 
0 3 17)  6 3 6
 11 
 − 3 2
19 

04) B

05) B

06) C

 0 1 2 1 
 
1 0 1 2
07) A = A = 
t
 2 1 0 1 
 
 1 2 1 0 

Material didático elaborado e impresso pela equipe de professores do Departamento de Matemática da


~ 30 ~ Universidade de Uberaba – UNIUBE – Todos os direitos reservados – A cópia deste material sem
autorização é ilegal.
MATERIAL DIDÁTICO BÁSICO PARA O CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA
2012-2

EIXO III – FERRAMENTAS

C.0 – Metodologia de resolução (I)INTERPRETAÇÃO DO PROBLEMA


de problemas O primeiro passo é compreender o problema
A solução de problemas é parte essencial claramente. É extremamente importante que
dos cursos de engenharia desta forma, é oenunciado seja conciso para evitar
importanteuma base sólida em solução de desentendimentos. Para este exemplo, o
problemas. Também é de grande auxílio um enunciado do problemaé:
embasamento suficientepara trabalhar em
todas estas áreas, para que não tenhamos Calcule a área de um triângulo sendo
que aprender uma técnica paraproblemas de
conhecidas as medidas dos seus lados. Dicas:
matemática, e uma técnica diferente para
‫ = ܣ‬ඥ‫݌‬ሺ‫ ݌‬− ܽሻሺ‫ ݌‬− ܾሻሺ‫ ݌‬− ܿሻ
problemas de física, e assim por diante.
Atécnica de solução de problemas que Onde: a,b e c são as medidas dos lados.

apresentamos trabalhos para problemas de p é o semi-perímetro ou seja:


engenharia e podeser seguida de perto para ܽ+ܾ+ܿ
‫=݌‬
resolver problemas em outras áreas; mas, 2
supõe-se que estamos usando uma
(II) DESCRIÇÃO ENTRADA/SAÍDA
ferramenta computacional (SCILAB) para
O segundo passo é descrever
ajudar a resolvê-los.
cuidadosamente a informação que é dada
O processo ou metodologia para resolução
para resolver o problemae então identificar
de problemas que usaremos ao longo do
os valores a serem calculados. Estes itens
textopossui cinco passos:
representam a entrada e a saída para
(I) Interpretar o problema
oproblema e agregadamente podem ser
(II) Descreva a informação de entrada e
chamados entrada/saída, ou I/0. Para muitos
saída
problemas, é útilusar um diagrama que
(III) Trabalhar o problema manualmente
mostra a entrada e a saída. Algumas vezes,
(Algebricamente)
este tipo de diagrama é chamadode “caixa
(IV) Desenvolver uma solução
preta” porque não estamos definindo para
computacional
este ponto todos os passos para determinar
(V) Testar a solução usando uma
asaída, mas estamos mostrando a
variedade de grupo de dados
informação que é usada para calcular a
(Simulações)
saída. Para este exemplo,poderíamos usar o
Descreveremos cada um dos passos usando
diagrama na figura 1.1.
o exemplo do cálculo da área de um triângulo
tendo com dados as medidas dos lados.

Material didático elaborado e impresso pela equipe de professores do Departamento de Matemática da


~ 31 ~ Universidade de Uberaba – UNIUBE – Todos os direitos reservados – A cópia deste material sem
autorização é ilegal.
MATERIAL DIDÁTICO BÁSICO PARA O CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA
2012-2

EIXO II – Álgebra Linear

B.2 - Multiplicação de matrizes: Observação: Somente podemos multiplicar duas


matrizes se o número de colunas da primeira for
igual ao número de linhas da segunda.
Seja a matriz A=[a(i,j)] de ordem “m×n” e a
matriz B=[b(k,l)] de ordem “nxr”. Definimos o
Propriedades da multiplicação de matrizes:
produto das matrizes “A” e “B” como uma outra
matriz C=A.B, definida por:
M1: Nem sempre vale a comutatividade: Em
geral, “A×B” é diferente de “B×A”.
c(1,1) = a(1,1).b(1,1) + a(1,2).b(2,1) + ... +
a(1,m).b(m,1)
M2: Distributividade da soma à direita:
c(2,1) = a(2,1).b(1,1) + a(2,2).b(2,1) + ... +
A (B+C) = A B + A C
a(2,m).b(m,1)
...
M3: Distributividade da soma à esquerda:
c(u,v) = a(u,1).b(1,v) + a(u,2).b(2,v) + ... +
(A + B) C = A C + B C
a(u,m).b(m,v)
M4: Associatividade:
DE OUTRA FORMA:
A (B C) = (A B) C
Sendo A = (aik)m x p ; B = (bkj)p x n e C = (cij)m x n M5: Nulidade do produto: Pode acontecer que o
define-se: produto de duas matrizes seja a matriz “nula”,

P
C = A ⋅ B ⇔ cij = k =1
(aik⋅ bkj) isto é: “AB=0”, embora nem “A” nem “B” sejam
matrizes nulas:
(Multiplica-se as linhas da 1ª matriz pelas colunas
0 1 0 2 0 0
da 2ª matriz) 0 0 x 0 0 = 0 0
     
 3
2 4 0    M6: Nem sempre vale o cancelamento: Se
Ex: A =   e B =  4 ocorrer a igualdade “AC=BC”, então nem sempre
1 1 − 2  2 x 3 5 será verdadeiro que “A=B”:
  3 x1
0 1 0 5  0 2 0 5 
0 0 x 0 0  = 0 0 x 0 0 
 2x 3 + 4 x 4 + 0 x 5         
A ⋅ B =  
1x 3 + 1x 4 + ( −2) x 5  As matrizes A e B são diferentes.
 6 + 16 + 0   22 
⇒ A ⋅ B =   ⇒ A ⋅ B =  
 3 + 4 − 10   − 3  2 x1 B.3 - Matriz Inversa:
Podemos visualizar esta operação através das
A matriz “A” será inversa da matriz “B”, se:
matrizes seguintes. A matriz “C” é o resultado do
A.B = Id e B.A = Id
produto da matriz “A” pela matriz “B”.

−1 2 
 1 2  5 5   1 0
3 1 x  3 − 1 = 0 1
     
5 5
e
−1 2 
5 5   1 2 =  1 0
 3 − 1 x    
  3 1 0 1
5 5

46
MATERIAL DIDÁTICO BÁSICO PARA O CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA
2012-2

EXERCÍCIOS DE ACOMPANHAMENTO
4 − 1 5 3  10 − 6
0 − 2 0 1  5 − 3
01) Sejam as matrizes A =  e B= . Se C = A.B,
4 3 2 5 − 2 4 
   
1 − 3 0 8 1 8
determine, se existirem, os elementos:

a) c12 b) c41 c) c32

02) Dois alunos, A e B, representam a seguinte pontuação e uma prova de português e em outra
de matemática:

Português Matemática
Aluno A 4 6
Aluno B 9 3

a) Se o peso da prova de português é 3 e o da prova de matemática é x, obtenha, através de


produto de matrizes, a matriz que fornece a pontuação total dos alunos A e B.

b) Qual deve ser o valor de x a fim de que A e B apresentam mesma pontuação final?

47
MATERIAL DIDÁTICO BÁSICO PARA O CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA
2012-2
 1 2
03) Se A =   , então A2 é a matriz:
 − 3 4

1 4 
a)  
 9 16 
 − 5 10 
b)  
 − 15 10 
 −1 2
c)  
 − 3 2
1 − 2
d)  
 3 − 2

 5 7  1 5 12 
04)Encontre a matriz X tal que: A.X = B com A =   e B= .
− 4 3 6 8 − 4

05) Determine os valores de x, y e z na igualdade a seguir, envolvendo matrizes reais 2×2:

06) Os números reais x, y e z que satisfazem a equação matricial mostradas a seguir, são tais que
sua soma é igual a

a) – 3
b) – 2
c) – 1
d) 2
e) 3

48
MATERIAL DIDÁTICO BÁSICO PARA O CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA
2012-2
07) Determine caso exista a inversa de cada matriz:
3 − 2
(A) A =  
7 − 5

 7 5 
(B) B =  
 − 4 − 3

7 3 3 

(C) C = 4 5 2

 
2 2 1

49
MATERIAL DIDÁTICO BÁSICO PARA O CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA
2012-2
4 3 5

(D) D = 5 5 3

 
2 2 1

4 3 3 4
5 5 5 5 
(E) E = 
2 2 1 2
 
3 1 7 1

2 3 5 4
5 5 3 5 
(F) F = 
2 2 1 2
 
3 1 − 2 0

50
MATERIAL DIDÁTICO BÁSICO PARA O CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA
2012-2

08) Uma maneira de codificar uma mensagem é através de multiplicação entre matrizes: escolhe-
se uma matriz chave e multiplica-se a mensagem pela chave e para decodificá-la devemos
M ⇒ M .C (codifica)
inverter a matriz chave e multiplicar pela mensagem codificada: .
( MC ).C −1 = M (decodifica)
Vamos associar as letras do alfabeto, segundo as correspondências abaixo:

- A B C D E F G H I J L M N O P Q R S T U V W X Y Z
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25

Decodifique cada mensagem acordo com a técnica de multiplicação entre matrizes considerando
que a chave seja a matriz C:
1 2 4
(A) M = [ 2, 18, 51, 0, 15, 62, 14, 49, 120 ] com C = 0 1 3
0 0 1

 1 0 1
(B) T = [-14,71,40,20,24,39,1,51,35] com C = − 1 3 1
 0 1 1

GABARITO DOS EXERCÍCIOS DE ACOMPANHAMENTO:

01. a) 23 b) 3 c) 15

12 + 6.x 
02. a) 27 + 3.x  b) x=5
 
03. B

 1 5 12 
04.  
6 8 − 4 
05. x=2 ; y=2 ; z=4

5 − 2
06.E 07. A) 7 − 3
 
08. A) M = [2,14,1,0,15,17,14,21,1] = BOA - PROVA

51
MATERIAL DIDÁTICO BÁSICO PARA O CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA
2012-2

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

Questão 01: Questão 05:


 x y 2 0 Sejam as matrizes:
Se  .  =   , calcule os valores de x, y, m
m n 4 0
( )
 A = a ij 4x3 , aij = i.j

e n. e

Questão 02:
B = b

( )
ij 3x4 , bij = j.i

Na confecção de três modelos de camisas (A, B e Se C=A.B, determine o valor do elemento c22.
C) são usados botões grandes (G) e pequenos
(p). O número de botões por modelos é dado pela
tabela: Questão 06:
Camisa A Camisa B Camisa C Sejam as matrizes
 x 0 2 1 2 1
Botões p 3 1 3 A= , B=  e C= .
2 1  y 0 3 z 
Botões G 6 5 5 Se A . B = C, então é verdade que
a) x=y
O número de camisas fabricadas, de cada b) z = 2y
modelo, nos meses de maio e junho, é dado pela c) x+y=1
tabela: d) y+z=0
Maio Junho e) x . y =−1
Camisa A 100 50
Camisa B 50 100 Questão 07:
Camisa C 50 50 Considere as matrizes A e B, tais que
1 2 4 1 8
A =   e A ⋅ B =   .
Nestas condições, obter a tabela que dá o total de 3 5 11 3 21
botões usados em maio e junho. A soma dos elementos da primeira coluna da
matriz B é igual a:
Questão 03: a) 1
Sobre as sentenças: b) 2
c) 3
I. O produto das matrizes A3x2 . B2x1 é uma d) 4
matriz 3x1; e) 5
II. O produto das matrizes A5x4 . B5x2 é uma
matriz 4x2;
III. O produto das matrizes A2x3 . B3x2 é uma Questão 08:
matriz quadrada 2x2.
É verdade que:  1 2   x  0 
Na equação matricial,     =   , calcule x
 3 4   y  2
a) somente I é falsa; b) somente II é falsa; e y.
c) somente III é falsa; d) I, II e III são falsas.
e) somente I e III são falsas;
Questão 09:
Questão 04: Considerando a equação matricial
Se ”A” é uma matriz 3x4 e “B” uma matriz “nxm”,
 a 2  1 4   4 − 6 
então:  .  =   , onde a, b e c são
 − 3 5  b c   12 − 7 
a) existe A+B se, e somente se, n=4 e m=3; números reais, podemos afirmar que:
b) existe A.B se, e somente se, n=4 e m=3; a) c + b = 4
c) existem A.B e B.A se, e somente se, n=4 e b) a é um número positivo.
m=3; c) não existem números reais a, b e c que
d) existem, iguais, A+B e B+A se, e somente se, satisfaçam à equação matricial dada.
A=B; d) c não é um número inteiro.
e) existem, iguais, A.B e B.A se, e somente se,
A=B.

52
MATERIAL DIDÁTICO BÁSICO PARA O CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA

Questão 10: Questão 14: 2012-2


i+j
Considere as matrizes A = (aij)3x2, onde aij = (-1) , 1 0 1
A inversa da matriz A =  0 1 0  é a matriz
j
e B = (bij)2x3, onde bij = (-i) . Na matriz AB, o
 
elemento na posição “3ª linha e 3ª coluna” é igual  2 3 4
a:
 4 x −1 
a) 0 A −1 =  0 2 0  . Então, o valor de x é
1
b) 1 2 
 − 2 −3 1
c) – 1
d) 7
e) – 7 a) -1
b) 0
c) 1
Questão 11: d) 3
e) 2
0 0 1 1
 
1 0 0 0
Na matriz A =  , um elemento a ij = 1
0 0 0 1
  Questão 15:
1 1 1 0
indica que a estação i pode atingir (transmitir) A matriz inversa da matriz  21 −21 é
diretamente a estação j. Na matriz C = A 2 , o
elemento cijindica o número de maneiras pelas  − 1 1
quais a estação j pode ser atingida através de a)  2 2
uma retransmissão de outra estação. O número 2 2
de maneiras pelas quais a estação 2 pode ser b)  1 − 1
atingida diretamente ou por uma retransmissão é:
 2 2
a) 2 . c)
 −1 1
b) 3 .
1 1
4 − 4
c) 4 .
d) 5 . d) 1 1
e) 6 .  2 2 
 1 1
 2 4
Questão 12: e)  1 1
 − 2 4 
Os números reais x e y que satisfazem a equação
x y − 1   −1  5
matricial  y . = são tais que
 x + 2  3  −2
a) x=y= 2
b) x = y = -2
c) x−y= 0 Questão 16:
d) x+y= 0 Seja A a matriz 3x3 dada por:

Questão 13: 1 2 3
A matriz A apresenta as quantidades de insumos A =  1 0 0 
por setores de um hospital, onde cada linha  3 0 1 
corresponde a um setor de 1 a 4 e cada coluna
corresponde a um insumo de 1 a 3. Sabendo-se que B é inversa de A, então a soma
A matriz coluna A × B apresenta o valor total, em dos elementos de B vale:
reais, de insumos em cada setor. O valor unitário
do insumo 3 é, em reais, a) 1
30 10 12   z  b) .2
  5   
20 10 15    190 c) 5
A= B = x  A × B =  
5 12 20 w d) 0
   y    e) –2
10 10 5  100
a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.

53
MATERIAL DIDÁTICO BÁSICO PARA O CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA

Questão 17: 2012-2


6. A mensagem é lida, encontrando a matriz M,
fazendo a correspondência número/letra e
 4 3 ordenando as letras por linhas da matriz
A inversa da matriz   é:
 1 1 conforme segue:
1 1 m11m12m13m14m15m16m17m18.........
a. 4 3

1 1  Considere as matrizes:

 1 -3 1 1 0  2 - 10 1 
b .     
C = 0 - 1 0  e P = 18 38 17 

 -1 4 
0 2 1 19 14 0 
c) inexistente
 -1 1 
d .  4 3  Com base nos conhecimentos e nas informações
 1 - 1 descritas, assinale a alternativa que apresenta a
 
 -4 3 mensagem que foi enviada por meio da matriz M.
e .   a) Boasorte!
 1 - 1 b) Boaprova!
c) Boatarde!
d) Ajudeme!
Questão 18: e) Socorro!
 1 2  2 -1
Sejam A =   e B =   duas matrizes. Se
 1 4 x y
B é a inversa de A, então x + y, vale:
a) 3/2
b) 1/2
c) –1
d) 1
e) zero

Questão 19:
A matriz inversa da matriz A é
16 − 1 10  GABARITO DOS EXERCÍCIOS DE FIXAÇÂO:
−1  
A = 13 − 1 8 01. x=-2y e m=-2n.
 11 − 1 + 7 
 
-1
Lembrando que A . A = I3, a segunda linha de A 02. Maio Junho
é:
Botões p 500 400
a) (1 1 1)
b) (3 -2 -2) Botões G 1100 1050
c) (2 1 3)
d) (0 -1 -1) 03. B
e) (2 -2 3)
04. C
Questão 20: 05. 56
Uma das formas de se enviar uma mensagem
secreta é por meio de códigos matemáticos, 06.E 07. C 08. x=2 E y = -1
seguindo os passos:
1. Tanto o destinatário quanto o remetente 09. A 10. D 11. B
possuem uma matriz chave C ;
2. O destinatário recebe do remetente uma
matriz P , tal que MC =P , onde M é a matriz 12. D 13. D 14.D
mensagem a ser decodificada;
3. Cada número da matriz M corresponde a
uma letra do alfabeto: 1=a, 2=b, 3=c, ...., 23=z; 15. E 16. B 17. B
4. Consideremos o alfabeto com 23 letras,
excluindo as letras k, w e y; 18. E 19. B 20. A
5. O número zero corresponde ao ponto de
exclamação;

54
MATERIAL DIDÁTICO BÁSICO PARA O CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA
2012-2

EIXO III – Ferramentas Computacionais

C.2 – As janelas de Comando das operações de multiplicação e divisão, que


Scilab é um ambiente para resolução de por sua vez são seguidas pelas operações de
problemas numéricos. A interação do usuário adição e subtração. Parênteses podem ser
com o Scilab pode ocorrer de duas formas usados para alterar esta ordem de
distintas: precedências, onde as operações são
executadas dos parênteses mais internos para
1. Na primeira, os comandos são os mais externos.
digitados diretamente no prompt do
Scilab. Ao ser pressionada a tecla Exemplo:
enter, os comandos digitados são 5+5/4
interpretados e imediatamente ans =
executados. Neste modo de utilização 6.25
o Scilab funciona como uma
sofisticada e poderosa calculadora. 3+4*56-8
ans =
2. Na segunda forma, um conjunto de 219.
comandos é digitado em um arquivo
texto. Este arquivo, em seguida, é O que é uma variável?
levado para o ambiente Scilab e
executado. Neste modo, o Scilab Emprogramação, uma variável é um objeto
funciona como um ambiente de (uma posição, freqüentemente localizada na
programação. memória) capaz de reter e representar um
valor ou expressão. Enquanto as variáveis só
Estudaremos algumas características do "existem" em tempo de execução, elas são
ambiente gráfico do Scilab. Atravésde alguns associadas a "nomes", chamados
exemplos de operações que podem ser identificadores, durante o tempo de
realizadas em linha de comando, mostramos desenvolvimento.Quando nos referimos à
o Scilab funcionando como uma sofisticada variável, do ponto de vista da programação
calculadora. de computadores, estamos tratando de uma
“região de memória (do computador)
O SCILAB oferece as seguintes operações previamente identificada cuja finalidade é
aritméticas básicas: armazenar os dados ou informações de um
programa por um determinado espaço de
Operação Símbolo Exemplos
tempo”.
adição, a + b + 8+3
subtração, a − b − 28−15 Alguns exemplos:
multiplicação, a.b ∗ 4.15∗8.10
divisão, a÷b / ou \ 64/5 ; 67\9 // O ponto e vírgula suprime a
potenciação, ab ^ 5^2 apresentação do resultado
A = 1; // a variável A assume o valor 1
As expressões são executadas da esquerda b = 2; // atribuindo a variável b o valor 2
para a direita com a seguinte ordem de A + b // Adição de A e b
precedência: operação de potência, seguida ans =

55
MATERIAL DIDÁTICO BÁSICO PARA O CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA
2012-2
EIXO II – Álgebra Linear

B.4 - Determinantes
4.1 – Definição e determinantes de ordem

4.2. – Determinantes de ordem 3


4.2.1 – Regra de Sarrus
4.2.2 – Teorema de Laplace
4.2.3 – Outras regras práticas

4.3 – Determinantes de ordem superior a 3

4.4 – Principais propriedades de determinantes


4.4.1 – Determinantes nulos
4.4.2 – Determinantes obtidos por multiplicação de números reais por matrizes
4.4.3 – Determinante da matriz inversa

Definições:
Determinante é um número único associado a uma matriz quadrada “n×n”. Para uma matriz “A” o
determinante será representado por “det A”, colocando os elementos da matriz entre barras.

a11 a12 ... a1n


a 21 a 22 ... a 2n
det A nxn =
... ... ... ...
a m1 a m1 ... a mn

Menor Complementar (M):


Corresponde a uma matriz de ordem “n-1×n-1” eliminando-se uma linha e uma coluna da matriz “n×n” e
representado por “Mij”.

1 0
M23 =  
5 4 

Cofator ou Complemento Algébrico (C):


i+j
É igual a “(-1) ” multiplicado pelo menor complementar (M) do elemento “aij”.

1 0   - 1 0 
C23 = (− 1) .M23 = (− 1)
2+3 2+3
. = 
5 4  - 5 - 4 
Determinante (det):
Para matrizes quadradas de ordem “n>1” o terminante é calculado pela soma dos produtos dos elementos
de qualquer linha pelos seus respectivos cofatores (Teorema de Laplace):

95
MATERIAL DIDÁTICO BÁSICO PARA O CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA
n 2012-2
det A nxn = ∑ a1j .C1j
i =1
det Anxn = a11.C11+a12.C12+...+a1n.C1n

Observação: Uma matriz de ondem “1”


apresenta determinante igual ao seu próprio
elemento:
A1x1 = [− 5] ⇒ det A1x1 = − 5 = −5

Matriz quadrada de ordem “2”:

a a12 
A 2x2 =  11 
a 21 a 22 

det A2x2 = a11.C11+a12.C12


1+1 1+2
det A2x2 = a11.(-1) .M11+a12.(-1) .M12
det A2x2 = a11.1.M11+a12.(-1).M12

det A2x2 = a11.a22 – a12.a21

Regra Prática: O determinante de uma matriz


de ordem “2” é a diferença dos produtos da
diagonal principal pela diagonal secundária.

det A2x2 = 4.5 – 3.2 = 20 – 6 = 14

Matriz quadrada de ordem “3”:

a11 a12 a13 


A 3x3 = a 21 a 22 a 23 
a 31 a 32 a 33 

det A3x3 = a11.C11+a12.C12+a13.C13


1+1 1+2
det A3x3 = a11.(-1) .M11+a12.(-1) .M12+
1+3
a13.(-1) .M13
a22 a23 
det A3x3 = a11.1. 
a33 
+
a32
a 21 a 23  a 21 a 22 
a12.(-1).   + a13.1.  
a 31 a 33  a 31 a 32 
det A3x3 = a11.(a22.a33 – a23.a32) –
a12.(a21.a33 – a23.a31) + a13.(a21.a32 – a22.a31)
det A3x3 = a11.a22.a33 – a11.a23.a32 –
a12.a21.a33 + a12.a23.a31 + a13.a21.a32 – a13.a22.a31

det A3x3 = a11.a22.a33 + a12.a23.a31 + a13.a21.a32


– a11.a23.a32 – a12.a21.a33– a13.a22.a31

Regra Prática: O determinante de uma matriz de


ordem “3” é a soma dos produtos da diagonal

96
MATERIAL DIDÁTICO BÁSICO PARA O CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA

principal e das diagonais paralelas subtraído da 2012-2


soma dos produtos da diagonal secundária e das
diagonais paralelas.

det A3x3 = 0.0.0 + 5.(-1).(-2) + 2.(-5).1


– 2.0.(-2) – 0.(-1).1 – 5.(-5).0
det A3x3 = 0 + 10 – 10 + 0 + 0 + 0 = 0

Esta regra prática é denominada “Regra de


SARRUS”.

Propriedades do Determinante:
t
1: Transposta: Sendo “A ” a matriz transposta de “A”, vale a igualdade:
t
det A = det A
 1 2 2 1 0 4
A 3x3 = 0 3 1 ; A 3x3 = 2 3 1
  t

4 1 0 2 1 0 


t
det A = det A = -17

Observação: A partir desta propriedade


denominaremos “fila” qualquer linha ou coluna
de uma matriz.

2: Determinante nulo: Se qualquer “fila” de uma matriz for composta de elementos zero, então, o
determinante será nulo:

- 1 2 - 2
A 3x3 =  0 0 0  ⇒ det A 3x3 = 0
 4 - 1 5 

3: Produto e Quociente: Multiplicando ou dividindo uma “fila” de uma matriz por um número real “k” o
determinante da nova matriz é tal que:

det B = k . det A
 1 0 3
A 3x3 = 2 4 0 ⇒ det A 3x3 = -2
3 5 1

multiplicando por “5” os elementos da 1ª coluna teremos:

 5 0 3
B3x3 = 10 4 0 ⇒ det B3x3 = -10
15 5 1

97
MATERIAL DIDÁTICO BÁSICO PARA O CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA

4: Permuta: Trocando a posição de duas “filas” paralelas o determinante inverterá o sinal: 2012-2

det B = - det A
4 0 3
A 3x3 =  1 4 5  ⇒ det A 3x3 = 55
2 1 6

permutando a 1ª linha e a 3ª linha teremos:

2 1 6 
B3x3 =  1 4 5 ⇒ det B3x3 = -55
4 0 3

5: “Filas” iguais: Se uma matriz apresenta duas “filas” formadas por elementos respectivamente iguais,
então o determinante é nulo:
det A = 0
0 3 3 
A 3x3 =  1 2 2  ⇒ det A 3x3 = 0
5 4 4

6: Elementos Nulos: Se todos os elementos de um dos lados da diagonal principal forem nulos, então, o
determinante da matriz é o produto dos elementos da diagonal principal:

2 0 0
A 3x3 = 3 4 0 ⇒ det A 3x3 = 40
7 6 5

7: Teorema de Jacobi: Adicionando-se a uma “fila” de uma matriz uma outra fila paralela a ela que se
multiplica por uma constante teremos:

det B = det A
2 0 0 
A 3x3 = 3 4 - 1 ⇒ det A 3x3 = 4
 1 2 0 

adicionando à 3ª coluna os elementos da 1ª coluna multiplicados por “5”:

2 0 10
B3x3 = 3 4 14 ⇒ det B3x3 = 4
 1 2 5 

8: Produto de matrizes: O determinante do produto de duas matrizes de mesma ordem é igual ao produto
dos determinantes das matrizes:

98
MATERIAL DIDÁTICO BÁSICO PARA O CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA
2012-2
1 2 1
A 3x3 =  0 3 0  ⇒ det A 3x3 = −3
- 1 - 4 - 2

 0 2 1
B3x3 =  1 - 3 4 ⇒ det B3x3 = −17
- 2 5 0 

0 1 9 
A 3x3 .B3x3 = 3 - 9 12  ⇒ det B3x3 = 51

0 0 - 17

9. Determinantes de ordem maior que 3


Aplicando o Teorema de Jacobi a matrizes de ordem “n>3” de forma a obter uma fila composta de “zeros”
com o 1º elemento igual a “1”, o determinante poderá ser calculado como:
i+j
det Anxn = aij . (-1) . det An-1xn-1

1 2 3 1
2 5 7 4
det A =
1 6 0 7
−2 0 3 1
multiplicando por “(-2)” os elementos da 1ª linha e somando à 2ª linha:

1 2 3 1
0 1 1 2
det A =
1 6 0 7
−2 0 3 1
multiplicando por “(-1)” os elementos da 1ª linha e somando à 3ª linha:
1 2 3 1
0 1 1 2
det A =
0 4 -3 6
−2 0 3 1
multiplicando por “(2)” os elementos da 1ª linha e somando à 4ª linha:
1 2 3 1
0 1 1 2
det A =
0 4 -3 6
0 4 9 3
utilizando a equação de cálculo do determinante:
1 1 2
det A = 1 . (-1)
1+1
. 4 −3 6
4 9 3
det A = 45

99
MATERIAL DIDÁTICO BÁSICO PARA O CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA
2012-2
Determinante de Vandermonde:
Se uma matriz de ordem “ n ≥ 2 ” tiver a 1ª linha composta de elementos iguais a “1”, a 2ª linha com
elementos quaisquer e a partir da 3ª linha em diante composta de elementos que são o “quadrado”, “cubo”,
“4ª potência”, etc... o determinante desta matriz é chamado de Vandermonde. A 2ª linha é chamada de
“elementos característicos” e o determinante é calculado como o produto de todas as diferenças possíveis
dos elementos característicos:

1 1 1 1
2 3 4 5
det A =
4 9 16 25
8 27 64 125

Os elementos característicos são “2, 3, 4 e 5”. O determinante será calculado pelas diferenças possíveis:

det A = (3-2). (4-2). (4-3). (5-2). (5-3). (5-4)

det A = 1. 2. 1. 3. 2. 1 = 12

EXERCÍCIOS DE ACOMPANHAMENTO
x 2 4
01) Na função real definida por f ( x ) = x 3 9 ,
x 4 16 04) Sendo A uma matriz dada por
f(0,001) vale:  0 −1 0 0
 
a) 0,02 5 8 0 0
-1 A= . Calcule det(A).
b) 1000 −1 − 3 7 0
c) 10
-2  
4 4 2 2 
d) 500
-1 
e) 0,5

02) Se a, b e c são soluções da equação


3 x 0 05) Considerando as funções dadas por
x 6
= 1 1 1 e a = 1, então a + b + c vale: x 0 x   x 11 − 4
x 4x 2    
g ( x ) = det  1 x 2  e f ( x ) = det 10 11 x  , o valor
1 1 0
 2 1 1   1 2 0 
a) –5
b) 0 da abscissa do ponto de interseção dos gráficos
c) 1/5 de f e g é:
d) 1/2 a) x = –3
e) 2 b) x = 18
c) x = –6
d) x = 6
e) x = 3
03) Quantos números inteiros satisfazem a
x 0 −1
sentença 2 x−1 −2 < 4 ?
0 1 1 06) Seja A = [aij]2x2 uma matriz 2 x 2, tal que
a) Dois.
i 2 se i = j
b) Três. a ij =  ; então, o determinante da matriz
c) Quatro. 3i se i ≠ j
d) Cinco. inversa de A é igual a:
e) Seis. 1
a) −
14

100
MATERIAL DIDÁTICO BÁSICO PARA O CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA

09) Calcule os determinantes: 2012-2


1
b)
14
c) 14 1 2 3 1
1
d) 2 5 9 4
22 a)
e) 22 1 9 3 5
−2 8 7 1

1 3 −2 1 3
07) Considere as matrizes A = 
5 1
e B = 
m 0
 0 3 
  2 3 
2 7 6 4 7
. Se o determinante da matriz A . B é 90, então o b) 3 5 8 5 11
valor de m é
−2 1 −3 3 −5
a) 6. 4 13 9 6 11
b) 5.
c) 4.
d) 3.
e) 2.
GABARITO:

01: D
08) Seja D o determinante da matriz A = (aij)2 × 2 02:B
 x − i se i ≤ j 03: C
para a qual aij =  . O maior número 05: D
 j se i > j
06: A
inteiro x, tal que D ≤ 0, é: 07: E
a) 1 08: C
b) 2 09:a) 211 b) -610
c) 3
d) 4
e) 0

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
Questão 01:
- 1 0 1 
Sejam as matrizes: A=  e Questão 03:
 0 2 - 2 Qual o determinante do produto “M.N” da matriz
2 - 1 1
B =  1 2  . Calcule o determinante da matriz: M = 1 pela matriz N = [1 1 1] ?
0 1  1
“A.B”.

Questão 04:
Questão 02: Sabendo-se que o determinante associado á
1 + a - 1   1 - 11 6
Para que o determinante da matriz: 
 3 1 - a  matriz - 2 4 - 3 é nulo, concluímos que
seja nulo, qual o valor de “a”? - 3 - 7 2 
essa matriz tem:

101
MATERIAL DIDÁTICO BÁSICO PARA O CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA
2012-2
a) duas linhas proporcionais;
b) duas colunas proporcionais;
c) elementos negativos; Questão 09:
d) uma fila combinação linear das outras a 0 b 0 x
duas filas paralelas;
e) duas filas paralelas iguais. c 0 d x e
Para que f 0 x 0 0 < -32 devemos ter:
g x h i j
x 0 0 0 0
Questão 05:
p 2 2  a) x > 2;
Se o determinante da matriz p 4 4  é igual a -
b) 0 < x < 5;
c) x < -2;
p 4 1 d) x > 5;
18, qual o valor do determinante da e) 1 < x < 2.
p - 1 2 
matriz p - 2 4  ?
p - 2 1
Questão 10:
1 1 3 1
1 3 3 2
Qual o valor de:
2 5 3 3
Questão 06:
2 1 0  1 1 1 1
Se o determinante da matriz k k k  é igual a
 1 2 - 2 
10, calcule o determinante da matriz
 2 1 0  Questão 11:
k + 4 k + 3 k - 1 . Calcule o determinante da matriz:
   1 0 2 - 1
 1 2 - 2  2 1 3 - 2 
A= 
0 0 2 3 
 
1 - 1 0 2 

Questão 07:
1 5 2 
Calcular o determinante da matriz M = 4 8 3 
 1 2 - 1 Questão 12:
aplicando o Teorema de Laplace e utilizando a 3º As matrizes “A” e “B”, quadradas de ordem “3”,
t t
coluna. são tais que “B=2.A ” , onde “A ” é a matriz
transposta de “A”. Se o determinante de “B” é
igual a 40, calcule o determinante da matriz
inversa de “A”.

Questão 08:
Calcule o cofator do elemento a23 da matriz:
2 1 3 
A =  1 2 1
Questão 13:
2 1 4 2 
0 1 2  Se A =   e B=  , calcular o número
3 4   3 - 1
real “m”, tal que:det (A – m.B) = 0

102
MATERIAL DIDÁTICO BÁSICO PARA O CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA

raiz real do polinômio de segundo 2012-2


grau
correspondente).

Questão 14:
1 2 10
Calcular o valor do determinante: 8 4 80 Questão 18:
Se A=(aij) é matriz quadrada de ordem “3” tal que
1 0 - 25 aij=i-j, calcule o seu determinante.

Questão 15: Questão 19:


Calcule os determinantes seguintes: A matriz A = (aij) é quadrada de ordem 2
2 5 a b  a ij = 2i − j para i = j
a) b) com 
1 7 1 -5 a ij = 3i − 2 j para i ≠ j
1 2 3 1 2 0 O determinante de A é igual a:
a) 1
c) 9 7 4 d) 7 3 0
b) 2
2 3 1 4 -4 1 c) 4
d) 5
e) 6

Questão 16:
Para quais valores de “a” e “b” o determinante Questão 20:
1 2 1 1
a2 a  
3 pode ser zero? O determinante da matriz  1 2 1  vale:
2a b  1 1 2
 
a) -4
b) –2
c) 0
d) 2
Questão 17: e) 4
Para que valores de “a”, o determinante
2
x 2x 1
1 x 2 pode se anular? (Considere que x é
a 3 1

GABARITO:

Questão 01: -8 Questão 10:-2 a < 18 − 2 69 ≅ 1,387


Questão 02: 2 ou -2 Questão 11: 15
Questão 18:zero
Questão 03: é uma matriz de Questão 12: 1/5
Questão 19: E
determinante nulo; Questão 13:-1 ou 1/2
Questão 04: D Questão 14:420 Questão 20: E
Questão 05: 9 Questão 15: a) 9 b)-5a-b c)
Questão 06: 9 32 d) -11.
Questão 07: 21 Questão 16: a=0 ou b=2/3
Questão 08: -2 Questão 17:
Questão 09: C a > 18 + 2 69 ≅ 34,613 ou

103
MATERIAL DIDÁTICO BÁSICO PARA O CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA
2012-2

EIXO III – Ferramentas Computacionais


C.3 – MODELAGENS DE FUNÇÕES
3.1 – Aplicações de inequações
3.2 – Determinantes
3.3 – Aplicações de determinantes
3.5.1 – Equação da reta
3.5.2 – Áreas de figuras planas

C.4 – GRÁFICOS
4.1 – Introdução
4.2 – Parâmetros para um gráfico cartesiano
4.3 – Eixos coordenados
4.4 – Janelas gráficas
4.4 – Janelas gráficas

PARTE I : COMANDOS GRÁFICOS


Serão apresentados alguns comandos que podem ser utilizados para desenhar gráficos.
Informações mais detalhadas sobre todos os comandos disponíveis na biblioteca gráfica do Scilabpodem ser
acessadas através do help.

A Janela de Gráficos do Scilab


Todas as saídas gráficas de comandos do Scilab são apresentadas em uma janela gráfica.Essa janela é
mostrada na Figura 01 abaixo.

Figura 01: Janela gráfica SCILAB

104
MATERIAL DIDÁTICO BÁSICO PARA O CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA
2012-2
EIXO II – Álgebra Linear
8.3.1. Matriz incompleta ou dos Coeficientes:
B.5 – SISTEMAS LINEARES
A matriz incompleta, representada por “MI”,
5.1 Definições associada a um sistema é a matriz cujos
elementos são, ordenadamente, os coeficientes
8.1.1. Equação Linear: das incógnitas. Por exemplo: o sistema linear
seguinte possui três equações lineares e três
É uma equação da forma: incógnitas com seus respectivos coeficientes e
termos independentes. A matriz incompleta
a 11 .x 1 + a 12 .x 2 + a 13 .x 3 + ... + a 1n .x n = b 1 associada a este sistema será:

onde: a11, a12, a13,..., a1n, são os coeficientes (n


os x + 2.y - z = 2  1 2 - 1
  
reais); x1, x2, x3,..., xn, são as incógnitas e b1 é o 2.x - y + z = 3 MI = 2 - 1 1 
termo independente. x + y + z = 6  1 1 1 

Uma sequência de números reais - ênupla -
(r1,r2,r3,...,rn) é solução da equação linear se O determinante da matriz incompleta (MI) será
trocarmos cada “xi” por “ri“ na equação e este fato denominado “determinante do sistema (D)”.
implicar que o membro da esquerda é
identicamente igual ao membro da direita, isto é: D = (1.(-1).1)+(2.1.1)+((-1).2.1)-(1.(-1).(-1))-
(1.1.1)-(1.2.2) = -1+2-2-1-1-4 = -7
a 11 .r1 + a 12 .r2 + a 13 .r3 + ... + a 1n .rn = b 1
Um sistema linear é dito “Normal” quando o
8.1.2. Sistema Linear: determinante do sistema (D) é diferente de zero.

É um conjunto de duas ou mais equações 8.3.2. Matriz completa ou Aumentada:


lineares, representado da seguinte forma:
A matriz completa, representada por “MC”,
associada a um sistema é a matriz cujos
a 11.x 1 + a 12 .x 2 + a13 .x 3 + ... + a1n .x n = b1 elementos são os da matriz incompleta mais a

a 21.x 1 + a 22 .x 2 + a 23 .x 3 + ... + a 2n .x n = b 2
coluna referente aos termos independentes.
 Utilizando o sistema linear do item anterior, a
a 31.x 1 + a 32 .x 2 + a 33 .x 3 + ... + a 3n .x n = b 3 matriz completa associada a este sistema será:
...

a m1.x 1 + a m2 .x 2 + a m3 .x 3 + ... + a mn .x n = bm 1 2 - 1 2
MC = 2 - 1 1 3 
Uma sequência de números reais - ênupla - 1 1 1 6 
(r1,r2,r3,...,rn) é solução do sistema linear se for
solução de todas as equações desse sistema.
A matriz completa não apresenta determinante
por não ser quadrada.

5.2. Classificação de um sistema linear 5.4. Teorema de Cramer:


quanto ao nº de soluções:
Todo sistema NORMAL é POSSÍVEL e
a) Um sistema linear é possível (ou compatível) DETERMINADO.
se admite pelo menos uma solução;
b) Um sistema linear é impossível (ou Dado o sistema linear utilizado no item 3.1:
incompatível) se não admite solução
alguma;
x + 2.y - z = 2
c) Um sistema linear é determinado se admite 
uma única solução; 2.x - y + z = 3
d) Um sistema linear é indeterminado se x + y + z = 6
admite infinitas soluções. 

5.3. Matrizes de um sistema linear e Chama-se matriz das incógnitas a matriz


incompleta que apresenta uma de suas colunas
determinante do sistema:
substituída pela coluna dos termos independentes

177
MATERIAL DIDÁTICO BÁSICO PARA O CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA

e cujo determinante é representado por “Dj”, onde 2012-2


“j” é a coluna substituída:

2 2 - 1 1 2 - 1
M1 = 3 - 1 1  M2 = 2 3 1 
Observe que selecionamos uma matriz de ordem
6 1 1  1 6 1  “1” cujo determinante é não nulo:

D1 = -2+12-3-6-2-6 D2 = 3+2-12+3-6-4 2 =2 ≠ 0 ⇒ p ≥1
D1 = -7 D2 = -14
Buscando linhas e colunas na “orla” desta
 1 2 2
primeira matriz podemos selecionar outra de
M3 = 2 - 1 3 ordem “2” cujo determinante é não nulo:
1 1 6
2 3
= −7 ≠ 0 ⇒ p ≥ 2
D3 = -6+6+4+2-3-24 = -21 5 4

A solução de um sistema “Normal”, que existe e Continuando o procedimento e selecionando


é única, é tal que: matrizes de ordem “3” na “orla” da matriz de
ordem “2” teremos:
D1 - 7 D2 - 14
x1 = x = = =1 x2 = y = = =2 2 3 1 2 3 3
D -7 D -7
5 4 -2 = 0 ; 5 4 0 = 0
D - 21 7 7 -1 7 7 3
x3 = z = 3 = =3
D -7 3 1 3
e 4 -2 0 = 0
A solução final deste sistema linear será a
7 -1 3
“ênupla”:
S={1,2,3}
Nenhum determinante de ordem “3”, possível, foi
diferente de zero, portanto, a característica desta
5.5. Característica de uma matriz (p): matriz é "p=2".

É a máxima ordem dos determinantes, não todos


nulos, que podem ser extraídos de uma matriz 5.6. Discussão de um sistema linear
“M” e ocorre somente se: utilizando o Teorema de Rouché-Capelli:

Considere o sistema linear (S) apresentado com


 Existir pelo menos um determinante de “m” equações e “n” incógnitas.
ordem “p” diferente de zero;
 Forem nulos todos os determinantes de
ordem maior do que “p”. a 11.x 1 + a 12 .x 2 + a13 .x 3 + ... + a1n .x n = b1

Este teorema é conhecido como “Teorema de a 21.x 1 + a 22 .x 2 + a 23 .x 3 + ... + a 2n .x n = b 2

Rouché-Capelli” e deve ser associado ao a 31.x 1 + a 32 .x 2 + a 33 .x 3 + ... + a 3n .x n = b 3
“Teorema de Kronecker” para completar a ...
determinação da característica de uma matriz: 
a m1.x 1 + a m2 .x 2 + a m3 .x 3 + ... + a mn .x n = bm
 Existir pelo menos um determinante de
ordem “p” diferente de zero (Dp); Representaremos por “p” a característica da
 Forem nulos todos os determinantes de matriz incompleta (MI) e por “q” a característica
ordem “p+1” que podem ser obtidos da matriz completa (MC). O teorema de Rouché-
“orlando-se Dp”, com uma das restantes Capelli afirma que:
linhas e uma das restantes colunas.

Por exemplo: Encontre a característica da matriz p ≠ q ⇒ S é impossível


“M” apresentada:
Este sistema é insolúvel, não possui respostas e,
portanto, não será resolvido.

178
MATERIAL DIDÁTICO BÁSICO PARA O CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA
2012-2

p = q = n ⇒ S é possível e determinad o x + 2.y = 3



x - y = 0
Para resolver este tipo de sistema linear pode-se 2.x + y = 3

utilizar a Regra de Cramer ou qualquer outro
método, observando-se que:
Primeiramente devemos determinar a
característica “p” da matriz “MI”:
 Se o número de incógnitas (n) for igual ao
número de equações (m) o sistema é Normal;
 Se o número de incógnitas (n) for menor que 1 2 
1 2
o número de equações (m) (m>n) devemos MI =  1 - 1 ⇒ ≠ 0⇒p =2
abandonar “m-n” equações convenientes, 1 -1
obtendo um novo sistema que é Normal. 2 1 

p = q < n ⇒ S é possível e indetermin ado Agora devemos determinar a característica “q” da


matriz “MC”:

Para obtermos as infinitas soluções de um


sistema possível e indeterminado devemos:
 1 2 3 1 2 3
MC =  1 - 1 0 ⇒ 1 - 1 0 = 0 ⇒ q = 2
 Retirar do sistema um novo sistema Normal
com “p” equações e “p” incógnitas,
2 1 3 2 1 3
abandonando algumas equações e passando
para o segundo membro algumas incógnitas; Como “p=q” o sistema é possível e determinado.
 Atribuir valores arbitrários às incógnitas que Como o número de equações (m) é maior que o
foram para o segundo membro; de incógnitas (n) abandonamos a última equação,
 Resolver o novo sistema utilizando a Regra resolvendo o sistema restante:
de Cramer ou qualquer outro processo.
x + 2.y = 3
O grau de indeterminação de um sistema linear é 
a diferença “n-p” entre o número de incógnitas e x - y = 0
a característica da matriz associada ao sistema.
Resolvendo por substituição ou pela Regra de
6.1. Discutir o sistema: Cramer obteremos: x = y = 1.

x + y = 1 6.3. Discutir e resolver o sistema:



2.x - y = 1 2.x - y + 3.z = 5
3.x + 2.y = 5 
 x + 2.y - 6.z = 3
3.x - 4.y + 12.z = 7
Primeiramente devemos determinar a 
característica “p” da matriz “MI”:
Primeiramente devemos determinar a
1 1  característica “p” da matriz “MI”:
1 2
MI = 2 - 1 ⇒ ≠ 0⇒p =2
1 -1 2 - 1 3  2 -1 3
3 2   
MI =  1 2 - 6  ⇒ 1 2 - 6 = 0 ⇒ p = 2
Agora devemos determinar a característica “q” da
3 - 4 12  3 - 4 12
matriz “MC”:
Agora devemos determinar a característica “q” da
 1 1 1 1 1 1 matriz “MC”:
 
MC = 2 - 1 1 ⇒ 2 - 1 1 ≠ 0 ⇒ q = 3
3 2 5  3 2 5

Como “p ≠ q” o sistema é impossível e, portanto,


não tem solução.

6.2. Discutir e resolver o sistema:

179
MATERIAL DIDÁTICO BÁSICO PARA O CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA
2012-2
transformá-lo em outro equivalente ao primeiro
2 - 1 3 5 
e que seja escalonado.
MC =  1 2 - 6 3 ⇒
3 - 4 12 7
2 -1 3 -1 3 5 8.7.3. Resolver o Sistema por Escalonamento:

1 2 -6 = 0 e 2 -6 3 = 0 ⇒ q = 2  x + 2.y + z = 7
3 - 4 12 - 4 12 7 
 2.x + 5.y - 3.z = 8
3.x + 8.y - 5.z = 11
O número de incógnitas (n) é maior que as 
características (p=q<n) do sistema, portanto ele é
possível e indeterminado e o grau de Multiplique a 1ª equação por (-2) e some à 2ª
indeterminação é “n-p=1”. Abandonando a última equação:
equação e fazendo “z=αα”, teremos:
 x + 2.y + z = 7

2.x - y = 5 - 3.α  y - 5.z = -6
 3.x + 8.y - 5.z = 11
x + 2.y = 3 + 6.α 

Resolvendo por substituição ou pela Regra de Multiplique a 1ª equação por (-3) e some à 3ª
Cramer obteremos: equação:

13 15.α + 1 x + 2.y + z = 7
x=
e y= com α ∈ R
5 5 
 y - 5.z = -6
5.7. Escalonamento:  2.y - 8.z = -10

8.7.1. Sistemas Equivalentes:
Multiplique a 2ª equação por (-2) e some à 3ª
Dois sistemas são equivalentes quando equação:
apresentam o mesmo conjunto solução. Para
transforma-se um sistema em outro sistema x + 2.y + z = 7
equivalente e mais simples podemos: 
 y - 5.z = -6
 Permutar duas equações;  2.z = 2

 Multiplicar qualquer uma das equações por
um número real diferente de zero;
Pronto, o sistema está escalonado e podemos
 Multiplicar uma equação por um número real
proceder a sua resolução e discussão. Percebemos
diferente de zero e adicioná-la à outra
que a última equação é possível e determinada,
equação.
assim, todo o sistema também o será. Chegaremos
aos seguintes resultados através do processo de
8.7.2. Sistema Escalonado:
substituição:
É todo sistema do tipo:
z = 1 ; y = -1 e x = 8

a11.x 1 + a 12 .x 2 + a13 .x 3 + ... + a1n .x n = b1



 a 22 .x 2 + a 23 .x 3 + ... + a 2n .x n = b 2

 a 33 .x 3 + ... + a 3n .x n = b 3
 ... 8.7.4. Resolver e discutir o Sistema por
 Escalonamento:
 a mn .x n = bm
 x + 2.y = 7
 É fácil resolver um sistema escalonado, por 
substituição, a partir da última equação; x + a.y = b
 Um sistema escalonado pode também ser
discutido facilmente a partir da última Multiplique a 1ª equação por (-1) e some à 2ª
equação; equação:
 Se o sistema não estiver escalonado podemos,
utilizando as propriedades do item “7.1”,

180
MATERIAL DIDÁTICO BÁSICO PARA O CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA
2012-2
 x + 2.y = 7

(a - 2 ).y = (b - 7 )
Primeiramente devemos determinar a
característica “p” da matriz “MI”:

Discutindo a última equação perceberemos que: 2 3 4


MI = 3 - 1 1 ≠ 0 ⇒ p = 3 = n
a = 2 e b ≠ 7 ⇒ Sistema impossível
 5 2 8
a ≠ 2 e b = 7 ⇒ Sistema possível determinado
a ≠ 2 ⇒ Sistema possível indeterminado
 Este sistema é possível e determinado, portanto,
a única solução possível é a trivial, ou seja:

x = y = z = 0.

8.8.2. Discutir e resolver o sistema:

x + 2.y + z = 0
5.8. Sistema Linear Homogêneo: 
x + y + 3.z = 0
Um sistema linear é dito homogêneo quando 2.x + 3.y + 4.z = 0

todos os seus termos independentes são iguais a
zero, ou seja:
Primeiramente devemos determinar a
característica “p” da matriz “MI”:
a 11.x 1 + a12 .x 2 + a 13 .x 3 + ... + a1n .x n = 0

a 21.x 1 + a 22 .x 2 + a 23 .x 3 + ... + a 2n .x n = 0  1 2 1

a 31.x 1 + a 32 .x 2 + a 33 .x 3 + ... + a 3n .x n = 0 MI =  1 1 3  = 0 ⇒ p = 2
... 2 3 4 

a m1.x 1 + a m2 .x 2 + a m3 .x 3 + ... + a mn .x n = 0
O número de incógnitas (n=3) é maior que a
característica (p<n) do sistema, portanto ele é
Todo sistema linear homogêneo aceita a solução (0,
possível e indeterminado e o grau de
0, 0,..., 0), chamada “solução trivial”. É verdade,
indeterminação é “n-p=1”. Abandonando a última
também que todo sistema linear homogêneo é
possível: equação e fazendo “z=αα”, teremos:

 Se o sistema for determinado, então a solução x + 2.y = -α



x + y = -3.α
trivial será a única solução;
 Se o sistema for indeterminado, então existirão
outras soluções além da trivial.
Resolvendo por substituição, escalonamento ou
pela Regra de Cramer obteremos:
8.8.1. Resolver o Sistema homogêneo:
x = -5.α , y = 2.α e z = α com α ∈ R
2.x + 3.y + 4.z = 0

3.x - y + z = 0
5.x + 2.y + 8.z = 0

181
MATERIAL DIDÁTICO BÁSICO PARA O CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA
2012-2
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
Questão 02:
Questão 01: Escalone, resolva e classifique os sistemas de
Resolva os sistemas de equações lineares abaixo equações lineares abaixo:
usando a regra de Cramer:
x + y − 3z = 0
7x + 2y = 17 
a)  a) 4x − y + z = 0
3x + 5y = -1 2x − 3y + 7z = 0

x − y + 3z = 1
x + 2y - z = 2 
b) 3x − 4y + z = 2
 7x − 10y − 3z = 6
b) 2x - y + 3z = 9 
3x + 3y − 2z = 3

 x + y = 10
c)  x − y + 2z = 2
3x − 2y = -10 
c) 2x + y − z = 3
4x − y + z = 3

x + 2y + 2z = 6 x − 2y + z = 1
 
d) x + y + z = 2 d) 2x + y − z = 2
2x + 2y + 3z = 7 x + 3y − 2z = 1
 

4x − 3y = 18 3x + y − z = 0
e) 
− 3x − 5y = 1 
e) − x + y + 2z = 1
2x + 2y + z = 2

2x + 3y + z = 0

x + 2y − z = 2 f) 4x − 8y − 6z = 2
 6x + y − z = 0
f) − 2x + y − 3z = −9 
3x + 3y − 2z = 3

182
MATERIAL DIDÁTICO BÁSICO PARA O CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA
2012-2
x + y − 3z = 0

g) 2x + 2y − 6z = 0
2x − 3y + 7z = 0 x − 2y + z = −9
 
f) x + 2y + 3z = -1
4x + 3y + 2z = 1

x − y + 3z = 1

h) 2x − y − 2z = 1
7x − 10y − 3z = 6

GABARITO DOS EXERCÍCIOS DE FIXAÇÂO:

Questão 01:
a) x=3 e y=-2
Questão 03: b) x=1, y=2 e z=3
Resolva os sistemas abaixo, utilizando um dos c) x=2 e y=8
métodos estudados e verifique a solução obtida d) x=-2, y=1 e z=3
substituindo a mesma nas equações: e) x=3 e y=-2
f) x=1, y=2 e z=3
x + y = 1 Questão 02:
a)   2z 13z 
2x + 3y = 5  , , z , com z ∈ R
a)  5 5 
Sistema possível e indetermin ado
b) Sistema impossível
c) (1,3,2 ), Sistema possível e determinad o
 z 3z 
x − 2y + z = −9 1 + , , z , com z ∈ R
 d)  5 5 
b) 3x + y − z = 2
4x + 3y + 2z = 1 Sistema possível e indetermin ado
 e) Sistema impossível
 1 
f)  - ,1,-2 , Sistema possível e determinad o
 2 
 2z 13z 
 , , z , com z ∈ R
g)  5 5 
Sistema possível e indetermin ado
2x + 2y = 2
c)  h)
− 3x + 5y = −3  5 1 1 
 ,- , , Sistema possível e determinad o
 12 3 12 
Questão 03:
a) x=y=1
b) x=-1, y=3 e z=-2
x − 7y + z = −16
 c) x=1 e y=0
d) 3x + 5y + 2z = 26 d) x=1, y=3 e z=4
5x − y + 3z = 14 e) x=-2 e y=3

f) x=-1, y=3 e z=-2

3x + 4y = 6
e) 
2x + 3y = 5

183
MATERIAL DIDÁTICO BÁSICO PARA O CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA
2012-2
EIXO III – Ferramentas Computacionais

C.5 - ESTRUTURA CONDICIONAL E CONTROLE DE FLUXO

Os comandos que controlam o fluxo especificam a ordem em que a computação é feita.

5.1 - Laço(loop) for

O laço for é o controlador de fluxo mais simples usado na programação MATLAB. O laço for permite um
comando, ou grupo de comandos, repetir-se um número determinado de vezes. A forma geral de um laço
for é:

Sintaxe:

 FOR

for variável = expressão

{<instruções executáveis>}

end

Um laço for é sempre terminado com um end.

Analisando a expressão:

Exemplo 01

>> for i = 1:5


x(i)=i^2;
end
>> x
x = 1 4 9 16 25

pode-se notar que o laço for é dividido em três partes:

• A primeira parte (i=1) é realizada uma vez, antes do laço ser inicializado.
• A segunda parte é o teste ou condição que controla o laço, (i = 1:5).
• Esta condição é avaliada; se verdadeira, o corpo do laço (X(i)=i^2) é executado.
• A terceira parte acontece quando a condição se torna falsa e o laço termina.
• O comando end é usado como limite inferior do corpo do laço.

184

Você também pode gostar