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Michel de Certeau A CULTURA NO PLURAL » Be a PAPIRUS a 2 7 an a a c 5 Titulo original em francés: La culture au pluie! ‘© Editions du Seul, 1993 Tradugso: Enid Abreu Dobrénszky Capa: Femando Comacchia ‘Antonio César de Lima Abboud Copidesque: Margareth Silva de Oliveira Reviséo: Licia Helena Lahoz Morelli Dados Internacionais de Cataloga¢io na Publicagéo (CIP) (Camara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Corteau, Michel de, 1925-1986. ‘Acuhtura no plural Michel de Centeau ; tradugao Enid Abreu Dobranszky.~- Campinas, SP: Papirus, 1996. - (Colegio Travessia do Século) ISBN 85-308-0930-2 1, Antropologia 2. Antropologia social 3, Cultura ~ Historia, 4, Histéria social |. Titulo. Il. Série. 95-0907 cOD-909 indice para catalogo sistematico: 1. Cultura: Histéria 909 4? Edigdo 2005 Proibida a reprodugao total ou parcial da obra de acordo com a lei 9.610/98, Editora afiiada & Associagdo Brasileira DIREITOS RESERVADOS PARA A LINGUA PORTUGUESA: ©M.R. Cornacchia Livraria e Egitora Lida, - Papirus Editora Fone/fax: (19) 3272-4500 ~ Campinas ~ So Paulo ~ Brasil E-mail: editora @ papirus.com.br — www.papirus.com.br SUMARIO A INVENGAO DO POSSIVEL 7 PREFACIO 17 PARTE I EXOTISMOS E RUPTURAS. DA LINGUAGEM 1. AS REVOLUGOES DO “CRIVEL’ 23 2. O IMAGINARIO DA CIDADE 41 3. ABELEZA DO MORTO 55 4, A LINGUAGEM DA VIOLENCIA 87 PARTE II NOVOS MARGINALISMOS 5. AS UNIVERSIDADES DIANTE DA CULTURA DE MASSA 101 6. A CULTURA E A ESCOLA 123 7. MINORIAS 145 PARTE III POLITICAS CULTURAIS 8. AESTRUTURA SOCIAL DO SABER 9. A CULTURA NA SOCIEDADE 10. O LUGAR ONDE SE DISCUTE A CULTURA CONCLUSAO: ESPACOS E PRATICAS 163 191 221 233 A INVENCAO DO POSS{VEL Historiador da primeira modernidade da Europa, do século XVI ao XVIII, Michel de Certeau privilegiou o estudo do campo religioso e da experiéncia dos misticos, nessas épocas tumultuadas em que a tradicao crista se fragmenta- va em Igrejas rivais, quando os mais hicidos viam se obscurecerem os sinais de Deus e se encontravam obriga- dos a buscar no segredo da aventura interior a certeza de uma presen¢a divina que se tornara inapreensivel! no exte- rior. Acerca desse processo de emancipacgao Certeau investigou com respeito e uma espantosa delicadeza os caminhos obscuros, nao para julgar uns ou outros, nem para apontar o dominio da verdade e do direito legitimo, mas para aprender com o passado como um grupo social supera 0 eclipse da sua crenca e chega a obter beneficio das condicgdes impostas para inventar sua prépria liberdade, criar para si um espaco de movimentagao. Essa maneira de ler a histéria cultural e social, Cer- teau a constituira no entrecruzamento das disciplinas e dos métodos, associando a historia e a antropologia os conceitos e os procedimentos da filosofia, da lingiiistica e da psicana- lise. Nao porque estivesse em busca de um ecletismo cé6modo ou de um sincretismo conciliador, mas porque desejava captar novamente cada momento histérico na multiplicida- de de seus componentes e a contradicao de seus conflitos e porque desconfiava da imposigao anacrénica, as sociedades passadas, da grade que recorta atualmente os nossos co- nhecimentos. Com L’écriture de Uhistoire (1975), uma reflexao rigorosa e nova sobre a epistemologia da histéria, ele se tornou conhecido para a tribo historiadora que ja havia notado sua documentagao sobre La possession de Loudun (1970). Nessas duas obras, mostrava ele igualmente como o historiador sempre produz a escritura da histéria a partir do presente, de sua relagao com os poderes que 0 governam, das questées cuja resposta um grupo social procura neces- sariamente e que ele transporta, a falta de coisa melhor, para o passado para tomar distancia ou exorcisar os perigos do presente. Com essa concepgao de histéria, nao surpreende que Certeau tenha associado aos seus primeiros estudos um posto de observacao e de elucidagao voltado para o presente, para constrangimento da nossa sociedade. Ele chegou a esse segundo campo de pesquisa em maio de 1968, sob a presséo das circunstancias em certo sentido; entao redator da revista Etudes, um periddico mensal de cultura geral, publicado pela Companhia de Jesus a qual pertencia, havia acompanhado e comentado os “acontecimentos”, como se dizia na época, em uma série de artigos escritos no calor da hora, reunidos logo depois em um pequeno volume, La prise de parole (1968), cujo tom bastante Pessoal e cuja perspicacia iriam logo fazer parte de sua lenda.” A fama desses textos iria lhe valer numerosos convites para colaborar em diversos pareceres, pesquisas € reflex6es. Ele entrou, assim, em contato com pesquisadores sociais, chefes de Casas da Cultura, circulos informais de docentes e de estudantes, mas também de altos funcionarios encarregados de prever, na Comissao do Plano ou na asses- soria de diversos ministérios, as evolugdes da sociedade francesa. Esses encontros, estudos, experiéncias lhe proporcio- naram igualmente oportunidades de aprofundar sua propria reflexao, de se desviar das generalizagdes apressadas e vagas, dos lugares-comuns que haviam durante muito tem- po servido de doutrina oficial da agao cultural. Certeau procurava ver mais profundamente e mais longe, aspirando a compreender de onde uma sociedade obtém a base de sua compreensao e de sua fantasia, e repetia sempre que ne- nhuma acéo cultural ou politica que seja inventiva e apoiada no real pode nascer de uma deficiéncia do pensamento ou se alimentar do desprezo do préximo. Ele desconfiava da visao, tao generalizada, que concebia a acao cultural € social como uma chuva benéfica que levava a classe popular as migalhas caidas da mesa dos letrados e dos poderosos. Estava igualmente convencido de que nem a invengaéo, nem a criatividade sao apanagio dos profissionais do assunto e que, dos praticos anénimos aos artistas reconhecidos, mi- lhares de redes informais fazem circular, nos dois sentidos, os fluxos de informacao e garantem esses intercambios sem os quais uma sociedade se asfixia e morre. Areflexao feita paralelamente a todos esses encontros, Certeau formulou-a em uma série de artigos publicados entre 1968 e 1973, depois reunidos na primeira edicao deste volume (1974). O todo dizia respeito a vida social e a insercao da cultura nessa vida. Porém, o que ele apontava sob esse termo ambiguo “cultura”? Esta questao constitui 0 centro do livro. Deixemos a ele a tarefa de respondé-la. “Para que haja verdadeiramente cultura, nao basta ser autor de praticas sociais; é preciso que essas praticas sociais tenham significado para aquele que as realiza” (cap. 6); pois a cultura “nao consiste em receber, mas em realizar o ato pelo qual cada um marca aquilo que outros lhe dao para viver e pensar” (ibid.). Por conseguinte, estamos muito longe da divisao condescendente entre uma cultura letrada a ser difundida e uma cultura popular a ser comentada de um pouco mais acima, como se repetem “frases infantis” sem lhes dar muita importancia. Mas nos encontramos também a igual distancia de um intercambio de bens cul- turais que instalaria o “bom povo” no consumo passivo dos produtos disponiveis. Sob a perspectiva de Certeau, toda cultura requer uma atividade, um modo de apropriagao, uma adocao e uma transformagao pessoais, um intercambio instaurado em um grupo social. E exatamente esse tipo de “cultura- cao”, se assim podemos dizer, que confere a cada €época sua fisionomia propria: “Entre uma sociedade e seus modelos cientificos, entre uma situagao histérica e 0 instrumento intelectual que Ihe é adequado, existe uma relagao que constitui um sistema cultural” (cap. 8). Assim entendida, a cultura nao é nem um tesouro a ser protegido dos danos do tempo, nem um “conjunto de valores a serem defendidos”; ela significa simplesmente “um trabalho que deve ser reali- zado em toda a extensao da vida social” (cap. 9). E, ao mesmo tempo, menos, se nos referimos a idéia de patrim6- nio, e muito mais, se nos ocupamos da atividade social contemporanea, como proclamavam os louvadores da “cul- tura erudita”. Que tais afirmagdes tenham vindo de um historiador familiarizado com os séculos XVI e XVII e a €poca barroca, avesso as sutilezas da arte de persuadir e a Renascencga nao poderia senao irritar ou ser relegado a categoria das impertinéncias e outras inconveniéncias, atri- buidas aos maleficios subsistentes de maio de 1968. Nao se deixou de fazé-lo. Certeau praticamente ignorou-o, inteiramente ocupa- do em atacar com vigor a celebragado estabelecida da “cultura no singular”, que ele criticava por ser sempre traduzida como “o singular de um meio” (cap. 10). Dai sua vontade de 10 substituir essa cultura no singular, que “impde sempre a lei de um poder”, por uma outra concepcao, centrada na “cul- tura no plural’, que conclama incessantemente pelo combate (Conclusao). A viagem de uma maneira de ver as coisas para outra comeca com esta constatacao: ha uma crise das repre- sentagdes que mina a autoridade, palavras outrora eficazes se “tornaram nao-criveis, uma vez que nao abrem as portas cerradas e nao mudam as coisas” (cap. 9). Como explica no primeiro capitulo, toda representagao articula e exprime uma convic¢ao, a qual funda, por sua vez, a legitimidade da autoridade: 14 onde o crer deixa de estar presente nas representagoes, a autoridade, agora sem fundamento, é logo abandonada e seu poder desmorona, minado do interior. Se o capitulo 3, por sua vez, desqualifica a nogao aceita de “cultura popular”, €é mostrando como ela resultou de uma construgao deliberada com fins politicos: no século XIX, concordava-se em louvar a inocéncia e o vigor da cultura popular quanto mais se tratava de apressar sua morte; melancélico, o capitulo termina com esta certeza: “sem dtivida, sera sempre necessaério um morto para que haja fala”. Na memoria dos celebrantes, nada pode destruir “a beleza do morto”. Mais otimista, 0 capitulo 5 sugere a universidade tor- nar-se “um laboratério que produza uma cultura de massa adequando os métodos as questées e as necessidades”, mas constata que a universidade se refugia de bom grado em uma tarefa mais familiar, em que “se transforma em filtro que opde uma ‘disciplina’ As pressdes”. Para se tornar outra, deveria satisfazer uma condicao prévia: produzir essa cultura em uma lingua que nao seja estranha a grande maioria, algo impensdvel em um meio em que a menor veleidade de simpli- ficar a ortografia provoca uma avalanche de protestos vindos de todas as partes — “a ortografia é uma ortodoxia do passa- ll do” (cap. 6), sempre pronta a lancar batalhées na defesa do “tesouro da lingua francesa”. Relendo este livro, cerca de 20 anos depois de sua primeira edigao, verificamos que os objetos dos quais ele trata ainda estao no centro das nossas preocupacées, ainda que nossos modos de situa-los tenham mudado um pouco. No conjunto, o contevido das analises suportou bem a prova do tempo, o pensamento conserva todo seu vigor e a pena, toda sua perspicacia. Por vezes, aqui ou ali, surge uma palavra que deixou de nos ser familiar. A lingua escrita sofre, também ela, os efeitos da moda, as palavras se imp6em, como que por si, durante um tempo, em certos contextos de reflexao, com base em um certo corpus de textos. Assim ocorre, varias vezes, com “repressao”, um termo familiar aos atores de maio de 1968: “a fungao social — isto é, em primeiro lugar repressora — da cultura letrada” é posta em causa no capitulo 3; mais adiante (cap. 8) a palavra retorna com insisténcia, referindo-se a Herbert Marcuse, que, por sua vez, a tomara emprestada a Freud, uma filiagao que Certeau lembra e comenta. Mais do que a utilizagao repetida de tal expressao hoje esquecida, mais do que as alusées a experiéncias sociais outrora conhecidas de todos, como o caso Lip,* a data dessas paginas revela-se pelas mengées de dois elementos estruturais da vida social, mas cujo papel mu- dou consideravelmente. Ha, em primeiro lugar, tudo aquilo que se relaciona ao “trabalho”, quer se trate da condicao social do trabalho nas cidades (cap. 2) quer do desejo, em 1968, de eliminar “a divisao social do trabalho” (cap. 5). E evidente que Certeau escrevia no quadro de uma socieda- de de pleno emprego, em que era possivel denunciar mais veementemente a alienagao no trabalho, uma vez que este nao faltava a ninguém. 12 Do mesmo modo, quando analisa a situagao da escola (cap. 6) ou a das minorias e de suas culturas regionais (cap. 7), Certeau menciona varias vezes a acao decisiva dos sindica- tos: era verdade na €poca em que, com o pleno emprego, um pequeno numero de confederagées sindicais bem sdlidas podia praticamente tratar de igual para igual as autoridades politicas, o que deixou de sé-lo em virtude da recessao econémica e da perda de credibilidade das organizacées sindicais. A crise das representacées, que Certeau diagnos- ticava nos outros setores da vida social, desde entao atingiu a atividade sindical. Outro exemplo da diferenga de contextos: quando Certeau discute a violéncia (cap. 4), refere-se ao terceiro mundo, as lutas revoluciondrias, as guerras de inde- pendéncia, cita o Vietna, o Chile. Atualmente, pensamos nas violéncias “étnicas” ou nas lutas entre facgdes, na antiga Iugoslavia imersa no horror, na Somalia, nos assas- sinatos dos intelectuais argelinos, nas desgragas sem fim dos palestinos. Nesse capitulo, Certeau fala em termos hegelianos da violéncia, primeiro modo de expressao daqui- lo que depois encontrara seu lugar e sua pertinéncia nos conflitos sociais; hoje, a esse vocabuldrio hegeliano viria antes substituir a questao da anomia e do desespero dos “excluidos”. Sem negar essas marcas de uma €poca, no entanto, podemos sentir uma estranha alegria em companhia de “uma inteligéncia... sem medo, sem desalento e sem orgu- Tho”,? de um espirito que percorre o tecido social com uma imensa curiosidade, com uma secreta ternura também pela multidao anénima. A sua maneira livre de qualquer interes- se, esse livro € essencialmente um fexto politico, uma ligao de liberdade: “a politica nao garante a felicidade nem confe- re significado as coisas. Ela cria ou recusa condicodes de possibilidades. Ela proibe ou permite: torna possivel ou impossivel” (cap. 9). Essa foi verdadeiramente a aspiragao 13 que moveu Michel de Certeau durante sua vida: inventar o possivel, ocupar um espago de movimentagao onde possa surgir uma liberdade. A histéria nos ensina que 0 recurso mais dificil de ser posto em acao é a forca para comegar. Parece-me que essas analises licidas, perspicazes nos co- municam ainda hoje essa forga para comegar, esse primeiro impulso para 0 movimento. Para estabelecer esta nova edicao, baseei-me na se- gunda edicao (Christian Bourgois 1980), da qual o autor fez uma revisao cuidadosa. Introduzi apenas uma pequena modificacao, colocando em seguida os prefacios das duas edig6es, salvo algumas linhas do primeiro, que ja nao ti- nham mais razao de ser. Corrigi alguns erros tipograficos que haviam escapado ao autor em 1980 e acrescentei, entre colchetes no texto, algumas especificag6es que me parece- ram necesséarias aos leitores atuais. No mesmo sentido, completei algumas referéncias em nota de rodapé e acres- centei outras, sempre assinaladas com minhas iniciais, para evitar qualquer confusao. Finalmente, fiz um indice dos autores citados. Salvo o prefacio e a conclusao, os textos deste volume haviam sido publicados anteriormente como artigos isola- dos. Para reuni-los na forma de um livro, em 1974, o autor fez sua revisao e algumas correc6es. Eis as referéncias de sua primeira publicagao: Capitulo 1: “Les révolutions du croyable”, em Esprit, fevereiro de 1969, pp.190-202. Capitulo 2: “L'imaginaire de la ville, fiction ou vérité du bonheur?”, em Recherches et débats, n° 69, intitulado Oui au bonheur, 1970, pp. 67-76. Capitulo 3: “La beauté du mort: Le concept de ‘culture populaire”, em Politique aujourd’hui, dezembro de 1970, pp. 3-23. Capitulo 4: “Le langage de la violence”, em Le Monde Diplomatique, n° 226, janeiro de 1973, p.16. Capitulo 5: “L'université devant la culture de masse”, em Projet, n® 14 47, julho-agosto de 1970, pp. 843-855. Capitulo 6: “La culture et I'enseignement’, ibid., n° 67, julho-agosto de 1972, pp. 831-844. Capitulo 7: “Minorités”, em Sav Breizh. Ca- hiers du combat breton (Quimper), n° 9, julho-agosto de 1972, pp. 31-41. Capitulo 8: “Savoi et société. Une ‘inquié- tude nouvelle’ de Marcuse a mai 68”, em Esprit, outubro de 1968, nimero intitulado Le partage du savoir, pp. 292-312. Capitulo 9: “La culture dans la société”, em Analyse et prévi- sion, ntimero especial intitulado Prospective du développement culturel, outubro de 1973, pp. 180-200; este texto constituia o “relatorio de introducao” preparado para 0 coléquio europeu Prospective du développement culturel (Arc-et-Senans, abril de 1972), no qual Michel de Certeau foi o principal relator. Capitulo 10: “Quelques problémes méthodologiques”, ibid., pp. 13-30; este Ultimo texto foi a conferéncia inaugural do Coléquio de Arc-et-Senans. Luce Giard Notas 1. A bibliografia completa do autor, assim como uma reuniao de estudos sobre sua obra, encontra-se em Luce Giard et al., Le voyage mystique. Michel de Certeau, Paris, Cerf e RSR, 1988. Também podem ser consultados: Luce Giard (org.), Michel de Certeau, Paris, Centre Georges-Pompidou, “Cahiers pour un temps”, 1987; Luce Giard, Hervé Martin e Jacques Revel, Histoire, mystique et politique. Michel de Certeau, Grenoble, Jérome Millon, 1991; Claude Geffré (org.), Michel de Certeau ou la différence chrétienne, Paris, Cerf, Cogitatio fidei, 1991; Luce Giard, “Michel de Certeau”, em J.-F.Mat- téi (org.), Encyclopédie philosophique universelle, III. Les oeuvres philosophiques, Paris, PUF, 2, 1992, pp. 3112-3113. 2. Uma nova edicao, aumentada com outros escritos politicos, foi publicada na mesma coletanea em fevereiro de 1994. 3. Acerca desse tema, ver seu livro (em colaboragao com Dominique Julia e Jacques Revel) Une politique de la langue. La révolution Jrangaise et le patois: L'enquéte de Grégoire, Paris, Gallimard, 1975. 15

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