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Pelo seu rendimento, não necessidade de transformadores volumosos e pesados, são as preferidas para os
equipamentos de consumo.
De fato, o uso de transformadores com núcleos de ferrite, operação em freqüência fixa e não isolamento da rede de
parte de seu circuito, limita seu uso a este tipo de aplicação.
Nas bancadas dos laboratórios de desenvolvimento, para o montador amador ou que está desenvolvendo um
projeto, as fontes lineares ainda são as preferidas.
Neste artigo de nosso livro Fontes de Alimentação, vamos tratar dessas fontes, mostrando quais são suas
vantagens e onde são utilizadas. Também teremos alguns projetos práticos.
Para que o leitor entenda melhor seu funcionamento, iniciaremos com uma breve revisão do funcionamento das
fontes lineares para que elas possam ser comparadas com as fontes digitais.
FONTES LINEARES
Os aparelhos mais antigos como televisores e outros utilizavam fontes do tipo linear.
Nestas fontes, cujo circuito básico é mostrado na figura 1 temos uma etapa retificadora, de filtragem e um circuito
regulador linear que se comporta como um resistor variável ou reostato.
Neste circuito o transistor Q1 controla a corrente na saída.
De acordo com as variações da tensão de saída, um circuito sensor "diz" ao regulador como sua resistência deve
variar, aumentando ou diminuindo de modo a agir sobre o circuito de carga compensando as variações de tensão.
Desta forma, a tensão no circuito de carga pode ser mantida com boa precisão.
Se bem que este tipo de circuito funcione bem e ainda seja usado em muitas aplicações práticas, ele possui
algumas limitações importantes.
Um deles é que a tensão do circuito é dividida entre o elemento regulador, normalmente um transistor de potência e
a carga.
Isso significa que o transistor regulador estará sempre sendo percorrido por uma corrente intensa e submetido a
uma tensão que varia, dissipando assim muita potência na forma de calor.
O rendimento deste tipo de regulador é portanto baixo, com perdas que podem se tornar grandes em circuitos que
exigem altas correntes.
O segundo problema está no próprio custo do circuito que exige a utilização de transistores de potência com altas
capacidades de dissipação e ainda utilizando grandes dissipadores de calor.
O próprio uso de grandes dissipadores de calor traz ainda outro problema adicional: o circuito deve ocupar muito
espaço e ser bem ventilado.
Para superar estes problemas, os equipamentos de consumo que exigem potências elevadas passaram a utilizar um
outro tipo de fonte de alimentação que se mostra muito mais eficiente.
CHAVEADAS OU COMUTADAS
As fontes chaveadas, comutadas ou do inglês SMPS (Switched Mode Power Supply) são fontes que controlam a
tensão numa carga abrindo e fechando um circuito comutador de modo a manter pelo tempo de abertura e
fechamento deste circuito a tensão desejada.
Para entender como isso é possível partimos do diagrama de blocos da figura 2.
Nele temos um transistor que funciona como uma chave controlando a tensão aplicada no circuito de carga.
Este circuito é ligado a um oscilador que gera um sinal retangular mas cuja largura do pulso pode ser controlada por
um circuito sensor.
Se o tempo de condução do transistor for igual ao tempo em que ele permanece desligado, ou seja, se ele operar
com um ciclo ativo de 50%, na média a tensão aplicada na carga será de 50% da tensão dos pulsos conforme
mostra a figura 3.
Figura 3 – A tensão média depende do ciclo ativo
Se a tensão na carga cair, por um aumento de consumo, por exemplo, isso é percebido pelo circuito sensor que
atuando sobre o oscilador faz com que seu ciclo ativo aumente.
Nestas condições, a tensão aplicada aumenta para compensar a queda.
Podemos, portanto, controlar a tensão carga variando a largura do pulso que comanda o transistor comutador.
Este processo de controle é denominado PWM (Pulse Width Modulation) ou Modulação Por Largura de pulso e tem
várias vantagens quando o usamos numa fonte deste tipo.
A mais importante é que o transistor que controla a corrente na carga funciona como uma chave e portando ou está
desligado (corrente nula) ou está ligado (corrente máxima).
Ocorre que, quando o transistor está desligado a corrente sendo nula não há dissipação de calor e quando ele está
ligado sua resistência é mínima, quase zero, e da mesma forma, não há dissipação de calor.
Se o transistor fosse um comutador ideal apresentando resistência nula quando ligado, e infinita quando aberto, e
ainda comutasse instantaneamente, a dissipação de calor nele seria nula, ou seja, não haveria nenhuma perda de
energia ou geração de calor na fonte.
No entanto, isso não ocorre na prática: além de não ter uma resistência nula ao conduzir, o transistor demora certo
tempo para comutar com um comportamento que é dado pela forma de onda da figura 4.
Figura 4 – Momentos em que a dissipação de calor é maior
Temos então que durante o tempo em que a corrente demora para ir de zero até o máximo e vice-versa, o transistor
passa por um estado "intermediário" em que energia é transformada em calor.
Isso significa que mesmo as fontes comutadas geram calor, mas ele é muitas vezes menor que as fontes comuns
lineares.
Nos equipamentos de consumo como televisores, monitores de vídeo, etc., as fontes comutadas podem usar tanto
transistores bipolares de potência como Power FETs e até mesmo SCRs.
Estas fontes se caracterizam pelo seu alto rendimento, não necessitando de grandes dissipadores de calor e
podendo fornecer toda energia que os circuitos de um monitor precisam para o funcionamento normal.
Como Funcionam
Para que o leitor entenda seu princípio de funcionamento, vamos analisar um circuito prático, inicialmente dado em
blocos na figura 5.
O filtro, normalmente é formado por um par de bobinas e capacitores numa configuração típica como a mostrada na
figura 6.
O filtro é importante porque uma fonte chaveada ou comutada, como também é camada, produz variações de
corrente muito grandes quando em funcionamento.
O chaveamento corresponde praticamente a uma carga que drena um sinal quadrado da rede de energia, gerando
assim uma enorme quantidade de harmônicas que podem causar interferências em aparelhos próximos.
Essas interferências, que consistem em componentes de freqüências que vão desde a própria freqüência da rede
até vários megahertz devem ser evitadas.
As bobinas, na configuração indicada, mais os capacitores funcionam como um filtro passa-baixas que só deixa
passar a freqüência da rede, bloqueando tudo que estiver acima, em qualquer sentido.
Na maioria das fontes, a retificação é feita por diodos comuns de silício que podem estar ou não ligados em ponte,
em configurações típicas como a mostrada na figura 7.
Mesmo as fontes que devem fornecer baixas tensões de saída, como as usadas em computadores, videocassetes,
monitores, etc., não usam transformadores, retificando diretamente os 110 V ou 220 V da rede de energia.
Esse é um ponto importante a ser considerado, pois este setor dessas fontes apresenta perigo potencial de choque
se for tocado.
Os fusíveis de proteção são colocados nesta etapa.
Temos a seguir o bloco oscilador que produz o chaveamento da fonte, normalmente sendo formado por circuitos
integrados especificamente projetados para esta função.
Esse bloco é alimentado diretamente a partir da tensão retificada e filtrada do bloco anterior, normalmente passando
por um circuito redutor, formado por resistores, um diodo zener e capacitor de filtro.
Na figura 8 temos uma configuração típica de circuito usado com esta finalidade.
Observe que, como o ciclo ativo do sinal que esse circuito produz deve variar em função da tensão de saída,
mantendo-a constante, existe uma entrada para sensoriamento, que veremos mais adiante como funciona.
O sinal obtido neste circuito oscilador serve para chavear uma etapa de potência que funciona normalmente com
transistores de alta potência, tanto bipolares como de efeito de campo, conforme mostra a figura 9.
Os transistores possuem como carga o enrolamento primário de um transformador com núcleo de ferrite.
Como este circuito de chaveamento funciona diretamente com a tensão retificada e filtrada da rede de energia são
usados transistores de alta potência, capazes de manusear altas correntes sob tensões que podem ultrapassar os
400 V de pico.
O transistor chaveador é o componente mais crítico dessas fontes poois, trabalhando em condições limites
facilmente queima.
Existem variações para esta configuração como fontes encontradas em monitores de vídeo e televisores que, em
lugar do circuito oscilador com um CI e um transistor de potência empregam unicamente um SCR como oscilador de
relaxação.
Esse SCR, ligado numa configuração conforme mostra a figura 10, chaveia a tensão contínua de um capacitor que
se carrega, numa velocidade que pode ser alterada por um sinal de sensoriamento.
Esse transformador pode ter um ou mais secundário, conforme o número de tensões necessárias a alimentação do
aparelho.
Normalmente os secundários podem ser elaborados com fios muito grossos, fornecendo correntes de dezenas de
ampères, como no caso das fontes de computadores.
Na figura 11 temos uma configuração típica para os secundários de uma fonte chaveada de duas tensões.
Figura 11 – Secundários de baixa tensão de uma fonte chaveada
Nesses secundários normalmente a retificação é simples como uma excelente filtragem garantida por um capacitor
eletrolítico de valor muito elevado.
Reguladores de tensão comuns, como os de 3 terminais raramente são usados neste ponto, pois a regulagem da
tensão é feita a partir do chaveamento do próprio transistor no primário do transformador.
Essa regulagem é feita por um bloco sensor que pode ter as mais diversas configurações.
O modo mais simples de se fazer a regulagem consiste em se derivar essa tensão para o circuito oscilador
diretamente, usando para essa finalidade um transistor, conforme mostra a figura 12.
O brilho do LED emissor do acoplador depende da tensão de saída, e esse brilho é sensoriado pelo foto-transistor
do acoplador.
Alterações desse brilho e, portanto, da tensão de saída, alteram a condução do transistor sensor, modificando assim
o ciclo ativo do circuito integrado oscilador.
Variações em torno desta configuração existem, mas como regra geral, os blocos funcionais são os mesmos.
http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/como-funciona/8397-como-funcionam-as-fontes-
chaveadas-art1448
Reparando fontes chaveadas (ART1183)
Detalhes
Escrito por Newton C Braga
Com o aumento do número de computadores em nosso país, as oficinas de reparação passam a ter a possibilidade
de trabalhar com um novo produto. No entanto, não é possível mexer em tudo num computador sem um preparo
específico. Isso, entretanto não deve desanimar o técnico que pode ter em alguns setores do computador a
possibilidade de fazer reparos e até de uma maneira simples. Os monitores de vídeo, amplificadores e as próprias
fontes de alimentação são alguns exemplos. Nesse artigo damos algumas dicas importantes para a reparação das
fontes chaveadas encontradas tanto em computadores como em muitos outros periféricos e mesmo equipamentos
de consumo.
Existem circuitos nos computadores em que qualquer tipo de reparação é bastante problemática, tanto pela
dificuldade em se localizar esses componentes como também pelo modo como são montados. Placas de diversas
camadas, componentes extremamente pequenos (SMD) e com muitos terminais muito próximos são alguns casos
em que a reparação se torna problemática.
No entanto, existem algumas partes dos circuitos em que tanto são usados componentes comuns discretos, de
tamanhos normais, como também sua troca é facilitada pelo modo tradicional como são montados. Isso ocorre, por
exemplo, em monitores de vídeo, em amplificadores multimídia, em alguns circuitos de impressoras e principalmente
nas fontes de alimentação.
Na verdade, essas fontes são relativamente simples de reparar em alguns casos, tanto pela menor complexidade de
seus circuitos e pelo uso de componentes discretos comuns, como pelo modo como esses componentes são
montados.
Dessa forma, um reparo numa fonte é possível em muitos casos, e com pouco custo, possibilitando a recuperação
de um circuito do computador que, se bem que seja relativamente barato, pode ainda sair mais barato se for
reparado.
Ao reparar uma fonte chaveada ou abreviadamente SMPS de Switch Mode Power Supplies, o procedimento a ser
adotado por um técnico é completamente do utilizado por uma fonte comum.
Numa fonte comum, a não ser num pequeno setor de entrada encontramos uma tensão alternada. Nos demais
setores as tensões encontradas são todas contínuas. Assim, para o reparo de uma fonte linear (também dita
analógica), basta medir tensões e tudo está resolvido.
Numa fonte chaveada encontramos sinais, com freqüências que podem superar 1 MHz, o que exige não a
disponibilidade de instrumentos capazes de verificar esses sinais, como um osciloscópio, como também o
conhecimento do profissional das formas de onda que devem ser observadas.
Um outro ponto que também dificulta a análise dessas fontes por parte do técnico menos familiarizado é o fato de
que muitas delas possuem recursos de proteção que as desliga quando alguma coisa está errada.
Assim, a fonte desliga completamente parecendo "morta" quando alguma coisa ocorre e o técnico sem
conhecimento, não sabe por onde começar.
Para saber o que pode e o que não pode ser reparado numa fonte, e se isso compensa, começamos por analisar o
princípio de funcionamento de uma fonte chaveada típica que é mostrado em blocos na figura 1.
É claro que podem ocorrer pequenas variações de uma fonte para outra, conforme o que se denomina a topologia
usada a qual depende da potência de saída, do tipo de circuito que vai ser alimentado e muito mais.
Por exemplo, em lugar do acoplador óptico no bloco de feedback podemos encontrar simplesmente um enrolamento
adicional do transformador comutador. Em lugar de apenas um transistor comutador, podemos encontrar dois em
push-pull, o feedback de controle pode ser obtido de enrolamentos diferentes do transformador e assim por diante.
Uma fonte típica, entretanto tem sempre quatro setores principais que são indicados nesse diagrama de blocos.
Setor 1 - Setor de tensão +B não regulada. Trata-se de um setor linear da fonte que inclui a alimentação contínua, o
circuito de alimentação de standby, e o transformador primário além do transistor comutador.
Setor 2 - Nesse setor encontramos o circuito de partida e também de excitação do transformador. Esse circuito
fornece o sinal de controle para o transistor comutador que é o componente de potência mais importante de toda a
fonte. Nas fontes mais simples esse circuito tem apenas um transistor e um poucos componentes periféricos, mas
nas fontes mais elaboradas podemos até encontrar um microcontrolador que fornece sinais processados para o
transistor comutador.
Setor 3 - Circuitos secundários - são os circuitos que estão depois do transformador, ou seja, alimentados por seus
enrolamentos secundários com retificadores, filtros e eventualmente reguladores lineares de tensão. Esse circuito é
que fornece a alimentação para as cargas da fonte.
Setor 4 - Feedback e controle - nesse setor estão os componentes que controlam a excitação do setor 2 a partor de
informações obtidas na saída dos circuitos do setor 4. Esse circuito faz então a regulagem da tensão de saída,
monitora a alta tensão, liga e desliga o circuito em caso de necessidade e proporciona o isolamento entre a entrada
e saída através do uso de acopladores ópticos, enrolamentos sensores separados ou outros recursos.
Cuidados antes de mexer
Pelos blocos mostrados na primeira figura, o leitor pode perceber que os blocos principais de uma fonte chaveada
não são isolados da rede de energia, por isso, existe sempre o perigo de choques em caso de um toque acidental.
Assim, uma prática altamente recomendável ao se trabalhar com fontes desse tipo, consiste no uso de um
transformador de isolamento. Evidentemente, esse transformador deve estar associado a recursos adicionais como
indicação de tensão de saída e fusíveis de proteção contra curto-circuitos.
Além disso é conveniente estar bem atento para o fato de que existem dois tipos de terra numa fonte chaveada e
que eles não são comuns. Um deles é o terra-quente que esta associado ao terra ou neutro da rede de energia.
Esse terra está normalmente nos setores de entrada da fonte. O outro é o terra do chassis que está associado ao
setor depois do transformador e que está isolado da rede de energia. Verifique sempre em relação à qual deles uma
tensão que deve ser medida está referida.
Um ponto crítico nesses dois terras está, por exemplo, no acoplador óptico. O lado do LED tem o terra associado ao
chassi enquanto que o lado do foto-transistor tem o terra associado à rede, ou seja, é o terra quente.
Procedimentos
Alguns poucos passos básicos permitem mesmo ao técnico menos experiente encontrar problemas de
funcionamento numa fonte chaveada. A seguir vamos tratar dos passos que devem ser dados no diagnóstico de
problemas.
Primeiro Passo
Verifique a fonte de standby (espera). As tensões dessa fonte são importantes pois alimentam o microprocessador.
Se essas tensões estiverem incorretas a fonte não parte. Observe que nem todas as fontes possuem esse recurso.
Lembramos ainda que algumas fontes possuem um setor com transformador separado para essa alimentação.
Verificando que esse setor funciona, muitos componentes suspeitos podem ser descartados. Se não estiver em
ordem podemos suspeitar do CI desse setor que normalmente é um outro comutador, mas de menor potência.
Segundo Passo
O próximo procedimento consiste em se verificar se a parada da fonte se deve a problemas dela mesmo ou do
circuito alimentado. Isso é feito desligando-se a carga que ela alimenta. Com isso é possível verificar se o
desligamento eventual da fonte se deve a um problema de sobrecarga do circuito alimentado por uma falha dele, ou
se o problema e da própria fonte.
Leve em conta que muitas fontes não operam se não tiverem uma corrente mínima de carga, o que significa que
desligá-la simplesmente do circuito alimentado não resultar em nada.,
Uma idéia consiste em se conectar uma pequena lâmpada, que tenha a tensão de saída da fonte no setor testado,
mas uma potência que não seja muito elevada, apenas para fornecer uma carga mínima para o teste de
funcionamento, como mostra a figura 2.
O exemplo dado a seguir serve tanto para o caso de computadores, como para uma fonte chaveada usada em
monitores de vídeo ou mesmo em televisores comuns, que apresenta a mesma configuração.
Para um televisor, por exemplo, em que a tensão chega a mais de 130 V pode-se usar uma lâmpada de 40 a 50 W
comum enquanto que para um computador ou outro periférico de baixa tensão, use uma lâmpada de 12 V ou 18 V
de 500 mA.
Se a tensão com a lâmpada acesa for normal, isso significa que a fonte está funcionando e que o problema pode
estar no circuito que está sendo alimentado.
Se a lâmpada não acender, a fonte não partir,ou ainda, se a lâmpada acender mas desligar em seguida (entra em
shutodown) ou ainda, se a lâmpada tiver um brilho excessivo, indicando sobretensão, então isso indica que existe
algo anormal com a própria fonte. Os próximos passos vão indicar como descobrir o que está errado.
Terceiro Passo
Se ainda não chegarmos à conclusão alguma, o próximo passo consiste em se retirar o sinal de comutação do
transistor de potência (normalmente um FET de potência, montado num dissipador de calor).
Para essa finalidade, normalmente basta levantar um dos terminais dos componentes que acoplam o circuito
gerador PWM à comporta desse transistor. Normalmente existe um resistor para essa finalidade. Com esse
procedimento, os circuitos do setor 3 são desativados e com isso é possível fazer a análise dos demais circuitos da
fonte.
Além disso, garante-se que nenhuma tensão vai sair da fonte quando ela for ligada, podendo sobrecarregar os
circuitos alimentados. Veja que muitas vezes a fonte está ruim e os circuitos alimentados têm uma alimentação
inadequada, podendo danificá-los depois de certo tempo.
Quarto Passo
Passamos então á análise dos circuitos do bloco 1. Esses circuitos incluem a retificação e filtragem de entrada.
Deve-se verificar as tensões até o transistor comutador, verificando se ele recebe alimentação correta. Comece
verificando a tensão de +B no transistor comutador.
O multímetro ou então um osciloscópio são os instrumentos apropriados para se fazer a análise dessa etapa.
Se for constatada uma baixa corrente e uma tensão normal de aproximadamente 160 V se a rede de energia for de
110 V, então a fonte de alimentação, em princípio está boa. Será interessante, antes de passar para a próxima
etapa, verificar se o transistor chaveador não está aberto. Para essa finalidade, retire-o do circuito e faça os testes
convencionais.
Outro ponto ainda desta etapa que deve ser verificado, é o resistor que normalmente existe na fonte (ou emissor) do
transistor que pode estar alterado ou aberto. Se esses componentes estiverem bons, passe ao passo seguinte.
Por outro lado, se não for encontrada tensão alguma e nenhuma corrente então é porque existe algo aberto nesse
setor do circuito. Verifique então os fusíveis, resistores de segurança (fusistores), diodos e capacitores de filtro.
Teste também a continuidade do enrolamento primário do transformador de chaveamento.
Se a tensão da fonte estiver anormalmente baixa, isso pode ser sinal de que existe algum componente alterado ou
em curto na linha de +B. O transistor pode estar em curto, podem existir problemas nos diodos da ponte retificadora,
no capacitor de filtro e outros componentes que devem ser testados. Também deve ser verificada a possibilidade de
um curto do enrolamento primário do transformador com sua carcaça ou com o chassi.
Quinto Passo
O próximo passo consiste em se fazer a análise do circuito de excitação do transistor chaveador. Antes porém
devemos verificar se o circuito integrado que controla isso está funcionando. Para essa finalidade, ele deve receber
a tensão de partida de uma rede divisora a partir do +B. Se essa tensão não existir, verifique os componentes que a
fornecem.
Depois de procedimento, podemos verificar se o oscilador do circuito está funcionando, ligando sua saída ao
osciloscópio para comprovar a presença do sinal comutador. As formas de onda e a freqüência devem coincidir. Um
sinal com muito ruído pode ser difícil de ser analisado ou ter a freqüência medida.
Se houver uma variação da freqüência maior do que 10% do valor previsto, isso pode indicar que o controlador se
encontra com problemas ou algum componente a ele associado. Faça uma verificação.
Observamos que algumas fontes possuem um CI de controle com um pino de teste e que ainda pode ocorrer que
ela fique desabilitada quando sem carga, caso em que o oscilador não funciona. Verifique isso.
Sexto Passo
Uma possibilidade interessante de teste para esse circuito consiste em se simular seu funcionamento aplicando-se
uma tensão externa ao transistor do sensor do acoplador, e verificar se isso faz com que a fonte funcione. A fonte
deve fornecer uma tensão da ordem de alguns volts com limitação de corrente.
A aplicação da tensão no elemento sensor do acoplador óptico vai fazer com que ocorre uma variação da tensão de
saída da fonte, o que pode ser medido facilmente com um multímetro.
Se nenhuma modificação na tensão de saída ou no funcionamento da fonte ocorrer com a aplicação dessa tensão
isso pode ser sinal de que o acoplador óptico se encontra com problemas. Retire-o do circuito para um teste de
funcionamento.
Se o do acoplador estiver funcionando deve ser feito o diagnóstico dos demais componentes dessa etapa. Isso pode
ser feito pela medida das tensões em seus diversos pontos, observando-se que o LED do acoplador precisa de uma
tensão entre 1,6 e 1,8 V para funcionar.
Nesse teste deve ser também analisado o funcionamento de eventuais blocos de shut-down e proteção contra
sobretensão, os quais devem estar funcionando. Por exemplo, uma tensão excessiva na saída faz com que esses
circuitos sejam ativados e a fonte é desligada.
Componentes Usados
Nas fontes chaveadas existem componentes críticos. Se um desses componentes precisar ser substituído o leitor
deve tomar muito cuidado para não utilizar um de menor qualidade ou cujas especificações sejam inferiores ao
original.
Por exemplo, um transistor comutador (MOSFET) pode ter o mesmo tipo, mas diversos graus de qualidade ou de
especificações dados pelo sufixo. Assim, se o original for sufixo A, por exemplo, e usarmos um sufixo B, onde B
indica uma tensão máxima suporta entre dreno e fonte um pouco menor, isso pode comprometer o funcionamento
da fonte.
Da mesma forma, se colocarmos um resistor de 5% num local em que é exigido um resistor de 1%, isso pode afetar
o funcionamento da fonte levando-a a uma nova falha. É claro que nesse caso, existe uma possibilidade
interessante que deve ser utilizada, mas apenas nos casos de emergência.
Na falta de um resistor de 1% de determinado valor, pode-se selecionar com um multímetro de boa precisão, num
lote de resistores de 5% ou mesmo 10% ou que esteja com o valor mais próximo do desejado e utilizá-lo.
Outro ponto importante na substituição de componentes de uma fonte chaveada está na substituição de capacitores.
Os capacitores possuem uma especificação denominada ESR (Equivalent Series Resistance), em português
resistência equivalente em série.
O que ocorre é que o circuito equivalente a um capacitor é o mostrado na figura 4, onde existe uma resistência em
série virtual que nada mais é do que a resistência dos seus terminais e dos próprios eletrodos internos do
componente.
Num bom capacitor a ESR deve ser a menor possível para que não ocorram problemas de instabilidade do circuito,
como regulagem errática, oscilações, shut-down errático e outros. Os capacitores usados nas fontes chaveadas
normalmente são tipos de baixa ESR.
Na substituição devem ser usados tipos equivalentes de baixa ESR, pois a troca por um de ESR elevada pode levar
a novos problemas de funcionamento da fonte. Alguns centavos a mais num capacitor de marca conhecida pode
significar a diferença entre ter uma fonte funcionando normalmente ou apresentar novos problemas.
Conclusão
Se bem que tenham um princípio de funcionamento diferente das fontes analógicas comuns, usem componentes
mais sofisticados, as fontes chaveadas podem ser reparadas com alguma facilidade pelo profissional que esteja bem
preparado.
Esse preparo começa com o conhecimento de seu princípio de funcionamento, passa pela utilização de técnicas e
instrumentos apropriados e termina na escolha certa dos componentes de substituição.
Nesse artigo demos uma breve visão de como o diagnóstico de problemas dessas fontes pode ser feito de maneira
lógica. Variações podem ocorrer em função da topologia de cada fonte, no entanto, a posse do diagrama e também
de bom sensor ajudam muito a cada um saber o que deve fazer diante de uma fonte que não funciona.
http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/projetos/52-artigos-tecnicos/artigos-diversos/4718-
art1183
Carlamenezes19
Aluno
RESPOSTAS
106
PONTOS
121
OBRIGADO
129
Ensino
5+3 pts superior
Os inversores de potência trifásicos são dispositivos que
convertem o sinal contínuo (CC) em alternado (CA). A
conversão trifásica é mais eficiente do que a monofásica,
embora seja mais complexa e mais custosa.
Escolha uma:
a.
lll.
b.
ll e lll.
c.
l.
d.
l e ll.
e.
l, ll e lll.
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CORRETA - Corrigida pelo AVA
ll e lll.
CORRETA - Corrigida pelo AVA.
Elizeuferreirap8hqdl
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O Crânio
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Rsnascimento
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Carlamenezes19
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O Crânio
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Clique I e II são
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como esta II justifica é
a útil
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O Crânio
Ajudante
Muitas pessoas desejam ligar aparelhos de uso doméstico (e portanto projetados para funcionar com 110 V ou 220
V) no carro ou mesmo alimentá-los por pilhas e baterias.
Se bem que tais aparelhos, em geral, tenham consumo elevado e por isso não se recomenda o uso com baterias ou
pilhas, existem situações em que não se pode escapar disso.
É o caso de sistemas de iluminação de emergência que usam lâmpadas fluorescentes, pequenos televisores que
devam ser usados em acampamentos ou locais em que não rede de energia, e até mesmo eletrodomésticos do tipo
barbeador, ventilador, etc.
Para converter a energia disponível em baterias na forma de uma baixa tensão contínua para alta tensão alternada
são usados circuitos denominados inversores ou conversores DC/AC.
Um inversor desse tipo é formado por um circuito oscilador de potência que converte a tensão contínua pura em
tensão contínua pulsante para que ela possa ser aplicada a um transformador.
Isso é necessário pois os transformadores só podem operar com correntes que variam, e uma corrente contínua
pura não passaria por esse componente.
O transformador é o elemento seguinte do circuito e sua finalidade é elevar os pulsos de baixa tensão do oscilador,
obtendo-se em seu secundário uma alta tensão alternada.
É importante observar que na maioria dos circuitos, a tensão alternada não é perfeitamente senoidal, mas sim
dotadas de alguns picos que podem ser perigosos se os aparelhos alimentados forem sensíveis.
Normalmente, os osciladores são otimizados para que a tensão seja a mais próxima possível da senóide, no
entanto, isso nem sempre ocorre.
Outro problema comum nesses circuitos é o fato da freqüência nem sempre ser de 60 Hz. Muitos inversores que se
destinam à lâmpadas fluorescentes e outros aparelhos não sensíveis à freqüência podem operar com freqüências
mais altas, entre 200 e 1000 Hz.
Um ponto crítico no projeto do inversor é a qualidade do transformador. De fato, esse componente determina o
rendimento do circuito e se não for bem dimensionado, a maior parte da energia pode ser perdida na forma de calor.
Energia não se cria
Um fato comum que ocorre com os que pretendem usar inversores é que eles pensam que a energia pode ser
criada. Muitos acham que a partir de um jogo de pilhas ou bateria, pode-se elevar a tensão a ponto dela poder
alimentar grandes televisores, geladeiras e outros aparelhos de alto consumo.
Energia não pode ser criada. A capacidade de fornecimento de energia de baterias e pilhas é bastante limitada. Por
exemplo, se uma bateria pode fornecer uma corrente máxima de 10 A com 12 V, sua potência máxima é 120 W.
Isso, significa que, se convertermos os 12 V dessa bateria para 120 V a corrente máxima teórica será 1 A e nenhum
aparelho de mais de 120 W poderá ser alimentado, conforme mostra a figura 2. Isso, é claro, supondo que 100% da
energia possa ser convertida, o que não ocorre na prática.
Conversão de 100%.
Assim, a maioria dos inversores é de baixa potência e quando operam no limite a duração da carga da bateria ficará
reduzida proporcionalmente.
Veja então que ao usar um inversor é preciso observar que não é possível criar energia, assim, a bateria usada deve
ter potência compatível com o aparelho alimentado e sua autonomia dependerá justamente disso.
Assim, normalmente uma bateria de carro não pode fornecer energia por mais do que umas poucas horas a
qualquer aparelho de consumo mais elevado como, por exemplo, um pequeno televisor. Por outro lado, aparelhos
cujo consumo seja superior a 100 W dificilmente podem ser alimentados mesmo com conversores, pois as baterias é
que não dão conta da energia a ser fornecida.
Por exemplo, para 240 W de potência usando uma bateria de 12 V, mesmo se tivéssemos um conversor de 100%
de rendimento (o que não ocorre na prática) a corrente drenada seria da ordem de 20 ampères! Uma bateria de 30
Ah teria a capacidade de alimentar tal aparelho por apenas 1 hora e meia!
Inversores são indicados apenas para alimentar pequenos equipamentos como lâmpadas fluorescentes em sistemas
de emergência, computadores quando falta energia (no break), ou outros equipamentos cujo consumo não seja
elevado.
Mesmo assim, eles devem ser usados apenas quando não se dispõe da energia da rede de corrente alternada,
observando-se a autonomia da sua fonte de alimentação.
Inversores Comerciais
A qualidade do circuito determina a eficiência do inversor e para os tipos comerciais pode chegar aos 90%. Assim,
para se obter 90 W de energia 10 W são perdidos na forma de calor no próprio circuito.
É preciso observar que muitos tipos de inversores não fornecem uma tensão de saída perfeitamente senoidal de 60
Hz. Estes tipos de inversores não servem para alimentar equipamentos mais sensíveis.
O leitor vai encontrar inversores principalmente em sistemas de iluminação de emergência onde eles usam os 12 V
de uma bateria que fica em carga constante quando a energia está presente, para alimentar lâmpadas fluorescentes.
Algumas aplicações importantes dos inversores:
* Podem ser usados para alimentar aparelhos elétricos comuns a partir de baterias em barcos, carro e na barraca de
camping. Também podem ser usados para a mesma finalidade em locais em que não chega energia convencional,
sendo as baterias carregadas por painéis solares durante o dia.
* Sistema no-break, onde o computador se mantém alimentado por uma bateria ligada a um inversor por tempo
suficiente para se salvar o trabalho quando há um corte de energia. Observe que as baterias desses sistemas são
de pequena autonomia, mantendo o computador ligado por intervalos que variam entre 10 minutos e meia hora, ou
seja, o suficiente para se terminar e salvar um trabalho.
* Sistemas de sinalização com lâmpadas de xenônio em veículos, barcos ou bóias. Nestes sistemas, o inversor
normalmente chega a fornecer tensões que superam os 600 V.
Na figura 3 mostramos um inversor comercial de tipo que pode ser ligado ao acendedor de cigarros de um carro
para alimentar pequenos aparelhos tais como um televisor portátil, um aparelho de barbear ou um dispositivo de
sinalização.
Para o profissional é muito importante saber que tipo de inversor é recomendado para uma determinada aplicação.
Se equipamentos sensíveis forem alimentados de forma indevida podem ocorrer danos.
Damos a seguir as principais especificações de tais aparelhos para as quais o profissional deve estar atento:
a) Potência de saída
O leitor deve estar certo de que o inversor pode fornecer a potência que o aparelho a ser alimentado exige, dando
uma certa margem de segurança para que os componentes não trabalhem no limite. Por exemplo, se vai ser
alimentada uma lâmpada fluorescente de 40 W o inversor deve ser capaz de fornecer pelo menos 50 W de potência.
b) Forma de onda
Muitos inversores fornecem correntes de saída com formas de onda que não são senoidais. Lâmpadas fluorescentes
e incandescentes não são sensíveis às formas de onda mas existem aparelhos que não podem ser usados com
conversores que não tenham uma saída senoidal de 60 Hz.
c) Performance
Deve-se optar pelo inversor que tenha o maior rendimento possível. Normalmente acima de 70%.
d) Isolação
A alta tensão da saída de inversores pode causar choques perigosos. Verifique a qualidade do isolamento do
sistema que alimenta o aparelho externo.
e) Colocação da bateria
Ao instalar um inversor com uma bateria não selada cuide para que ela fique em local ventilado, pois os gases que
ela produz são tóxicos.
f) Conexões
As conexões do inversor à bateria devem ser feitas com fios grossos, pois a corrente normalmente é intensa. O cabo
da bateria ao inversor deve ser o mais curto possível. Na figura 4 mostramos o modo típico de instalação de um
inversor.
Diagnóstico de Problemas
Os transistores de potência dos inversores normalmente são os componentes que mais facilmente queimam neste
tipo de equipamento, pois trabalham com correntes elevadas e não raro bem perto de suas condições-limite.
Ao trocar estes componentes tenha cuidado para verificar se suportam a corrente e a tensão dos originais. Por
exemplo, o sufixo do tipo comprado deve ser o mesmo do que queimou.
Circuito Prático
Na figura 5 damos um circuito simples de um inversor que pode ser usado para alimentar lâmpadas fluorescentes de
7 a 40 W a partir de baterias de automóvel.
Circuito dum inversor, que alimenta uma lâmpada de 40 W.
Com a troca do capacitor C1 na temporização do 555, por um de 10 µF o mesmo circuito gerará pulsos luminosos
servindo para um sistema de sinalização.
Como o circuito usa um transformador comum e seu rendimento não é muito elevado, lâmpadas de 20 a 40 W
acenderão com menor brilho do que aquele que apresentam quando ligadas na rede de energia.
Também é importante observar que o sinal de saída não é senoidal, tem picos maiores do que 110 V ou 220 V,
mesmo usando um transformador para essa tensão e que a freqüência de saída não é de 60 Hz.
Na figura 6 temos a placa de circuito impresso para a montagem do circuito.
Sugestão de placa.
O transistor de efeito de campo MOSFET de potência deve ser dotado de um bom radiador de calor. Qualquer tipo
de canal N para correntes superiores a 3 A e tensões entre dreno e fonte Vds a partir de 200 V pode ser usado sem
problemas. O circuito também funcionará com um TIP31 ou TIP41 mas com um pouco menos de rendimento,
dependendo do transformador.
O transformador tem enrolamento primário de 110 V ou 220 V (recomenda-se 220 V para maior facilidade de
excitação de fluorescentes) com secundário de 12 V com corrente entre 800 mA e 2 A.
Os demais componentes do circuito não são críticos, devendo apenas o leitor atentar para a espessura das trilhas
de maior corrente da placa de circuito impresso.
Esse circuito, dependendo do ajuste de freqüência e do transformador drenará correntes entre 500 mA e 1 A da
bateria. Esse valor permite estimar a autonomia da bateria usada como fonte.
O circuito também funcionará com 4 pilhas grandes recarregáveis ou alcalinas se o transformador for do tipo com
secundário de 6 ou 7,5 V e de 300 mA a 600 mA e, além disso, forem usadas lâmpadas fluorescentes até 15 W.
Cuidado deve ser tomado com o fio de conexão à lâmpada, se ela ficar longe do circuito, devendo os mesmos ser
bem isolados, para que não ocorram perigos de choque.
O trimpot serve para ajustar a freqüência em que o circuito tem máximo rendimento, ou seja, a lâmpada acende com
o máximo de brilho.
É interessante observar que até mesmo lâmpadas fracas que já não mais acendem quando ligadas na rede de
energia, funcionarão neste circuito, pois os picos de alta tensão ionizarão facilmente o gás no seu interior.
CI-1 - 555 - circuito integrado, timer
Q1 - IRF640 ou equivalente - qualquer MOSFET de potência - ver texto
T1 - Transformador com primário de 110/220 V e secundário de 12 V com corrente entre
600 mA e 2 A - ver texto
X1 - lâmpada fluorescente de 7 a 15 W
P1 - 100 k? - trimpot
R1 - 2,2 k? x 1/8 W - resistor - vermelho, vermelho, vermelho
R3 - 4,7 k? x 1/8 W - resistor - amarelo, violeta, vermelho
R4 - 1 k? x 1/8 W - resistor - marrom, preto, vermelho
C1 - 47 nF - capacitor cerâmico ou de poliéster
C2 - 1 000 µF x 16 V - capacitor eletrolítico
F1 - Fusível de 3 A
S1 - Interruptor simples
Diversos:
Caixa para montagem, placa de circuito impresso, radiador de calor para o transistor,
fios, solda, etc.
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Inversor de corrente (Conversor DC/AC) o que é e
qual sua aplicação?
Neste artigo iremos abordar o que é um inversor de energia DC/AC, Como os inversores
de corrente funcionam? e quais são as aplicações dos inversores de Tensão?. Para isso
precisamos entender o princípio de transformação de energia em tensão AC, através de um
inversor de 12 Vcc com transformação para 220Vca.
Uma forma de se controlar com precisão torque e velocidade de um motor trifásico quer seja a partir de uma entrada
de alimentação monofásica, quer seja a partir de uma entrada de alimentação trifásica é através de um inversor de
freqüência.
Os inversores de freqüência possuem uma entrada ligada à rede de energia comum de alimentação e uma saída
que é aplicada ao dispositivo que deve ser alimentado, no caso um motor trifásico, conforme mostra a figura 1.
Ligação do inversor de frequência
Como o controle se faz variando a freqüência e a tensão circuitos com características especiais devem ser usados.
Esses circuitos se baseiam em configurações complexas formadas por dispositivos semicondutores de potência,
dispositivos lógicos de controle, sistemas de proteção e de monitoramento do funcionamento.
Para entendermos melhor como funciona um inversor típico será interessante partir de sua configuração básica,
dada pelo diagrama de blocos da figura 2.
Os blocos básicos têm funções especificas e podem ter configurações levemente diferentes conforme as
características elétricas finais desejadas e também a tecnologia usada pelo fabricante.
a) Retificador
Este bloco retifica a energia trifásica (alternada) disponível na entrada para a alimentação do inversor. A
configuração mais comum é a de uma ponte de diodos em onda completa conforme mostra a figura 3.
Retificador
b) Inversor de potência
Aqui é gerada a tensão trifásica de alimentação do motor usando a tensão contínua do bloco anterior. Conforme
mostra o circuito simplificado da figura 4, são usados transistores (IGBTs) que chaveiam a tensão a partir dos sinais
de gerador PWM (Modulação por Largura de Pulso).
Inversor de potência
Os sinais gerados são trens de pulsos, mas ao serem aplicados numa carga indutiva como um motor, o resultado é
uma forma de onda aproximadamente senoidal.
As características do próprio enrolamento do motor se encarregam de fazer uma suavização da forma de onda que
se torna quase que senoidal.
c) Controle
O bloco de controle gera os pulsos que atuam sobre os transistores de chaveamento. As formas de onda e
freqüência do sinal gerado por este circuito vão determinar a velocidade e potência aplicada ao motor. Na figura 5
temos mostramos as formas de onda que encontramos neste circuito. Veja que sua aplicação numa carga indutiva
resulta numa forma de onda aproximadamente senoidal.
Formas de onda
Sabemos que a tensão da rede de energia pode conter surtos e transientes. Para a proteção desses dispositivos e
do próprio circuito são usados elementos como varistores, TVS e outros componentes do mesmo tipo.
e) Proteção Interna
Este bloco monitora as tensões presentes na saída do retificador. Diante de uma variação perigosa o circuito sinaliza
o bloco de controle de modo que ele possa fazer a proteção, por exemplo, desligando a alimentação.
f) Driver
g) Auto-Boost
Este bloco é monitora as condições de carga do motor determinando o nível de tensão que deve ser aplicado para
se gerar o torque necessário à aplicação.
h) Programação
Trata-se de um painel que apresentam informações gerais como avisos de erro e onde é feita a programação do
modo de funcionamento do motor.
i) Interface (I/O)
Através deste bloco o inversor se comunica com dispositivos externos, por exemplo, um computador ou ainda
microprocessadores ligados à sensores.
j) Controle
Neste bloco são tomadas as decisões em função da programação, de sinais externos e de sinais internos como os
de proteção.
Chaveamento
Para analisar como o circuito gera uma tensão senoidal trifásica a partir de sinais PWM tomemos como ponto de
partida o circuito simplificado da figura 6.
Circuito simplificado.
Tempo V1 V2 V3 Transistores
1 0 +V -V T1, T2, T3
2 -V +V 0 T2, T3, T4
3 -V 0 +V T3, T4, T5
4 0 -V +V T4, T5, T6
5 +V -V 0 T5, T6., T1
6 +V 0 -V T6, T1, T2
Observe que, se o chaveamento for feito da forma indicada serão gerados sinais defasados de 120 graus.
Controlando a Velocidade
Um inversor de freqüência possibilita o controle da velocidade de um motor trifásico através da freqüência da tensão
gerada. A freqüência de operação de um inversor normalmente está entre 0,5 Hz e 400 Hz, dependendo do modelo
e da marca.
Deve-se, entretanto notar que quando a velocidade de um motor é alterada pela variação da freqüência, seu torque
também é modificado.
Para se manter o torque constante basta fazer com que a relação tensão/freqüência ou V/F seja constante.
V/F = constante.
Por exemplo, se a tensão aplicada num motor for de 200 V quando a freqüência for 100 Hz (V/F = 3), alterando a
freqüência para 250 Hz, a tensão aplicada deve ser 400 V.
Na figura 8 temos a curva V/F de um inversor de freqüência comum.
A faixa de valores de tensão e freqüência em que deve operar um motor é programada no bloco de controle.
Programar um inversor é dito "parametrizar" o inversor.
Conforme vimos, para manter o torque quando a velocidade varia basta ter a relação V/F constante. Os inversores
que seguem este padrão de funcionamento são ditos escalares.
Entretanto, em aplicações AC de freqüência muito baixa não é possível manter o torque constante em rotações
muito baixas, dada a própria curva de rendimento do motor.
Para estes motores é preciso haver uma compensação mais complexa da relação tensão/freqüência, que leve em
conta outros fatores como a carga do motor. Para esta finalidade são preferidos os inversores que variam tanto a
tensão como a freqüência mas segundo uma curva que leva em conta o rendimento do motor, principalmente nas
baixas rotações. Estes inversores usam tacômetros ou encoders para sensoriar a velocidade do motor, obtendo
assim uma informação adicional que é processada para se gerar as tensões e freqüências de controle.
Instalação de Inversores
Existem variações como o modo como cada inversor é instalado, mas a configuração geral é a mesma. A figura 9
mostra um exemplo prático.
Exemplo prático.
a) Sempre observar a ordem das ligações. Trocas de fios podem causar a queima do inversor.
b) Se existir uma interface de comunicação Rs232 ou RS485 o cabo de conexão de sinais deve ser o mais curto
possível.
c) O aterramento do inversor deve ser feito com extremo cuidado. A resistência de aterramento deve ser menor do
que 5 ? (norma IEC536).
d) A ventilação do inversor seja excelente.
e) Cabos de alimentação e interface devem passar por dutos separados.
f) A qualidade da energia fornecida ao circuito deve ser observada.
g) Se dispositivos de controle como PCs, PLCs ou CNCs forem usados, devem ter terra comum com o inversor de
freqüência.
h) Se cargas fortemente indutivas fizerem parte da instalação, devem ser previstos supressores de transientes e
surtos.
Parametrização
O número de parâmetros a serem programados depende da marca e tipo, sendo os mais comuns em nosso
mercado os da Siemens, ABB, WEG, Yaskawa, Allen Bradley, Metaltex, etc.
Para a programação normalmente fazemos o acionamento de um certo número de teclas numa seqüência que é
determinada pelo fabricante. Damos a seguir um exemplo típico:
Primeiro parâmetro - acionar tecla para ativar a entrada do parâmetro. Usamos teclas de seta para localizar o valor
do parâmetro o qual é mostrado no painel. Quando o valor é encontrado, pressionando-se a tecla de entrada o valor
se fixa.
Segundo parâmetro - com um novo toque na tecla, habilita-se a entrada de novo parâmetro. Depois disso,
novamente com as setas, localizamos seu valor e o fixamos.
Os principais parâmetros que encontramos nos inversores são:
* Parâmetro P009
* Parâmetro P084
* Parâmetro P083
Programa-se a corrente nominal do motor. Esse valor será usado pelo sistema de proteção contra sobrecarga.
* Parâmetro P003
* Parâmetro P013
* Parâmetro P031
Programa-se a freqüência do JOG. O JOG ou impulso é um recurso usado para fazer uma máquina funcionar em
velocidades muito baixas, facilitando o posicionamento de peças antes de entrar em funcionamento normal. Um
exemplo disso é a fixação de um rolo de papel na máquina antes dele fio começar a ser utilizado no processo.
* Parâmetro P002
Programa a rampa de aceleração, ou seja, o tempo que o motor leva para atingir a velocidade máxima, conforme
mostra a figura 10. Pode variar entre 0 e 650 segundos.
Rampa de aceleração
* Parâmetro P003
* Parâmetro P076
Programa a freqüência do circuito PWM. Esta freqüência pode variar em alguns tipos de 2 em 2 kHz. Deve ser
escolhido deve o menor valor possível para que seja evitada EMI. No entanto, o uso de freqüências muito baixas
pode fazer com que ruídos audíveis sejam produzidos no circuito
Conclusão
O uso de inversores de freqüência torna-se cada vez mais comum, inclusive em aplicações que fogem à indústria
como o controle de sistemas de ar condicionado, etc. Com eles, além do controle preciso dos motores temos um
aproveitamento melhor da energia e muito mais segurança.
http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/automacao-industrial/5443-mec125