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Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão

PJe - Processo Judicial Eletrônico


Consulta Processual

16/04/2018

Número: 0811815-89.2017.8.10.0040
Classe: PROCEDIMENTO COMUM
Órgão julgador: 3ª Vara Cível de Imperatriz
Última distribuição : 09/10/2017
Valor da causa: R$ 10.679,37
Assuntos: Direito de Imagem
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? SIM
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? SIM
Partes Procurador/Terceiro vinculado
CLARISSE LIMA NUNES (AUTOR) GUSTAVO SARAIVA BUENO (ADVOGADO)
BANCO BRADESCO SA (RÉU) RUBENS GASPAR SERRA (ADVOGADO)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
82859 09/10/2017 11:31 Petição Inicial Petição Inicial
10
82859 09/10/2017 11:31 1 - INICIAL Documento Diverso
34
82859 09/10/2017 11:31 2 - DOCUMENTO DE IDENTIFICAÇÃO Documento de Identificação
52
82859 09/10/2017 11:31 3 - COMPROVANTE DE ENDEREÇO Comprovante de Endereço
66
82859 09/10/2017 11:31 4 - TERMO DE ENCERRAMENTOD E CONTA Documento Diverso
89
82860 09/10/2017 11:31 5 - INSCRIÇÃO NO SPC Documento Diverso
19
82860 09/10/2017 11:31 6 - PROCURAÇÃO Procuração
31
83908 17/10/2017 10:59 Despacho Despacho
17
90760 28/11/2017 11:17 Contestação Contestação
89
90761 28/11/2017 11:17 CONTESTAÇÃO - 1700669205 Documento Diverso
47
90761 28/11/2017 11:17 CONTRATO Documento Diverso
54
90761 28/11/2017 11:17 ATOS CONSTITUTIVOS BRADESCO (2) Documento Diverso
61
90761 28/11/2017 11:17 PROCURAÇÃO GERAL 2017.compressed Procuração
72
91173 29/11/2017 18:16 Protocolo Protocolo
15
91173 29/11/2017 18:16 CARTA PREPOSIÇÃO BC BRADESCO Documento de Identificação
49
91173 29/11/2017 18:16 SUBS. BCO BRADESCO Documento de Identificação
53
95580 12/01/2018 10:58 Despacho Despacho
12
10043 15/02/2018 13:24 Despacho Despacho
928
10421 07/03/2018 15:15 Intimação Intimação
262
11068 12/04/2018 17:19 Ata da Audiência Ata da Audiência
939
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CIVIL DA
COMARCA DE IMPERATRIZ/MA

Procedo a juntada, em anexo, de petição em arquivo eletrônico, tipo "Portable


Document Format" (pdf), de qualidade padrão "PDF-A", nos termos do artigo 1º, § 2º, inciso II,
da Lei nº 11.419, de 19 de dezembro de 2006, sendo que eventuais documentos que a
instruem também serão anexados.
Imperatriz/MA, 09 de Outubro de 2017.

GUSTAVO SARAIVA BUENO


OAB/MA 16.270

Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: GUSTAVO SARAIVA BUENO Num. 8285910 - Pág. 1
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Número do documento: 18041615402343300000000000000
SARAIVA BUENO
ADVOCACIA

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA


CIVIL DA COMARCA DE IMPERATRIZ/MA

CLARICE LIMA NUNES, brasileira, casada, inscrita no CPF sob o nº


912.561.433-91 e RG 92309598-5, residente e domiciliada na R. Saveira, nº
63, Corcovado, Montes Altos/MA, por seu advogado que esta subscreve, com
endereço à Rua Godofredo Viana, n° 327, Centro, Imperatriz/MA, vem perante
Vossa Excelência, propor a presente

AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO


POR DANOS MORAIS COM PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA

em face de:
BANCO BRADESCO S/A, inscrita no CNPJ 60.746.948/2527-82
BR-010,URB.IMPERATRIZ, MA endereço: AV. GETULIO VARGAS, 2196 -
CENTRO 65.903-280 - IMPERATRIZ - MA

DO FORO COMPETENTE

A Requerente elege o foro do lugar onde se acha a agência da


Requerida, o qual é o mesmo da celebração da abertura da conta, o que
implica no lugar onde a obrigação deve ser satisfeita.

I – DA TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA, DE NATUREZA


ANTECIPADA

A presente tutela funda-se na inscrição indevida nos cadastros de


proteção ao crédito, fato inequívoco ao direito de obter a imediata retirada dos

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SARAIVA BUENO
ADVOCACIA

cadastros de restrição tendo em vista tratar-se de cobrança já paga pela


Requerente. Nisto reside à probabilidade do direito.
No caso, no dia 19/10/2016 a Requerente dirigiu-se a uma das
agências da Requerida para encerrar sua conta bancária. Na oportunidade foi
informada que deveria quitar o débito de R$ 679,37 (seiscentos e setenta e
nove reais e trinta e sete centavos), oriundo de um contrato financiamento
autuado pelo nº 201374006604800, o que prontamente o fez quando do
encerramento da conta. Contudo, para sua surpresa, após a quitação do débito
e a finalização da conta foi surpreendida novamente com a mesma cobrança.
Dessa maneira, requer a parte autora digne-se Vossa Excelência de
antecipar a tutela pretendida com fundamento no artigo 300 do Código de
Processo Civil, com a imediata retirada do nome da associação Requerente
dos cadastros de proteção ao crédito, haja vista que a permanência do fato em
comento ocasiona risco aos atos da vida cível da Requerente. Fato esse que
evidencia o perigo de dano que se ocasiona com a demora do cumprimento da
obrigação.
Ressalte-se que essa medida não é irreversível, posto que não trará
nenhum prejuízo a promovida.
Destarte, requer a TUTELA ANTECIPADA INAUDITA ALTERA
PARS, determinando a promovida a excluir imediatamente o nome do
promovendo do SPC sob pena de multa diária de R$ 1.000,00 (mil reais) a
favor do autor.

II – DA TUTELA DE EVIDÊNCIA

Nos termos do art. 311 do Código de Processo Civil, a tutela da


evidência será concedida, independentemente da demonstração do perigo de
dano ou de risco ao resultado útil do processo, nas hipóteses aplicáveis ao
vertente caso, quando a petição for instruída com prova documental suficiente
dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz
de gerar dúvida razoável.

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SARAIVA BUENO
ADVOCACIA

Sendo assim, na eventualidade de não ser atendido de imediato o


pedido da autora no que tange à antecipação de tutela de urgência, requer seja
o mesmo pedido reavaliado após a resposta do réu, a título de tutela de
evidência, quando não restará qualquer dúvida quanto ao direito da parte
autora, antecipadamente, o que desde já se requer.

III – DOS FATOS

A Requerente possuía uma conta bancária junta à Requerida em


sua agência à BR-010,URB.IMPERATRIZ/MA endereço: AV. GETULIO
VARGAS, 2196 - CENTRO 65.903-280
No dia 19/10/2016 a Requerente dirigiu-se a uma das agências da
Requerida para encerrar sua conta bancária. Na oportunidade foi informada
que deveria quitar o débito de R$ 679,37 (seiscentos e setenta e nove reais e
trinta e sete centavos), oriundo de um contrato financiamento autuado pelo nº
201374006604800, o que prontamente o fez quando do encerramento da
conta.
Contudo, para sua surpresa, após a quitação do débito e a
finalização da conta foi surpreendida novamente com a mesma cobrança.

IV – DO DIREITO

Em decorrência deste incidente, a Requerente experimentou


situação constrangedora, angustiante, face à indevida inscrição de seu nome
no cadastro de inadimplentes com seus reflexos prejudiciais, sendo suficiente a
ensejar danos morais.
O certo é que até o presente momento, a Requerente permanece
com seu nome registrado no cadastro do SERASA, por conta de um débito
oriundo já pago, e precisa que seja retirado para continuar com suas as
atividades habituais.

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SARAIVA BUENO
ADVOCACIA

Sua conduta, sem dúvida, causou danos à imagem, à honra e ao


bom nome dos Autores que permanecem nos cadastros do SERASA, de forma
absolutamente indevida, eis que nada deve.
Sobre o tema, assim já decidiram os egrégios Tribunais de
Justiça, in verbis:

“RECURSO DE APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO INDENIZATÓRIA POR


ATO ILÍCITO - INÉPCIA DA INICIAL - FALTA DE PEDIDO E CAUSA
DE PEDIR - INOCORRÊNCIA - PRELIMINAR REJEITADA - DANO
MORAL -REMESSA INDEVIDA DE NOME DE CPF DA AUTOR AOS
ÓRGÃOS DE RESTRIÇÃO AO CRÉDITO SERASA E SPC - DÍVIDA
ADIMPLIDA - NEGLIGÊNCIA DO RÉU - CULPA CARACTERIZADA -
OBRIGAÇÃO INDENIZATÓRIA - QUANTUM DEBEATUR FIXADO
COM OBSERVÂNCIA DA RAZOABILIDADE - CUSTAS
PROCESSUAIS E HONRÁRIOS ADVOCATÍCIOS - VERBAS
DEVIDAS PELO REQUERIDO - AUTORA VENCIDA EM PARTE
ÍNFIMA DO PEDIDO - RECURSO IMPROVIDO. Não há falar-se em
extinção do processo sem julgamento do mérito em razão de ser
inepta a inicial, se esta, em seu bojo, atende as exigências do artigo
282, III do CPC, permitindo à parte adversa que apresente sua defesa
de forma integral ou satisfatória. Uma vez comprovada a remessa
indevida do nome e CPF do Autor no Banco de dados de
negativados, em razão de débito já adimplido pelo devedor, aflora-se
a obrigação de indenizar do causador do dano, a título de dano moral,
como forma de compensar os transtornos e humilhação sofridos
perante a sociedade. Nesse caso desnecessária é a demonstração
da ocorrência do dano sofrido uma vez que, caracteriza pela simples
comprovação da remessa indevida. Indenização fixada na r.sentença
que se afigura, in casu justa e razoável, não está sujeita à redução.
Ainda que a Autor tenha sido vencida, embora em parte ínfima do
pedido, as custas processuais e os honorários advocatícios devem
ser suportados apenas pela requerida”. (RAC n. 2198/2004 – Des.
Jurandir Florêncio de Castilho).

“APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO - DANOS MORAIS -


PROCEDÊNCIA - DECISÃO CORRETA - NOME INSCRITO NO SPC
INDEVIDAMENTE - ANTECIPAÇÃO CONCEDIDA - PROVA DO
PREJUÍZO - DESNECESSIDADE - ART. 159 CC DE 1916 - VALOR
FIXADO COMPATÍVEL COM A LESÃO - RECURSO IMPROVIDO. A
indevida inscrição do nome do ofendido no SPC autoriza a
antecipação da tutela para sua exclusão e motiva a indenização por
dano moral, independentemente da prova objetiva do prejuízo. A
fixação do valor indenizatório deve servir para amenizar o sofrimento
do ofendido e também desestimular a repetição do ato lesivo.
Sentença mantida”. (RAC n. 44349/2003 – Dr. Gerson Ferreira Paes).

“INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS - INJUSTA NEGATIVAÇÃO


NO SPC - DEVER DE INDENIZAR - DESNECESSIDADE DE PROVA
DO PREJUÍZO - VALOR DA INDENIZAÇÃO - RECURSOS
IMPROVIDOS. A permanência da inscrição em órgão de restrição ao

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SARAIVA BUENO
ADVOCACIA

crédito, depois de quitada a dívida, acarreta a responsabilidade pela


indenização, independente da prova objetiva do dano. Na fixação da
indenização há que se atentar para a não configuração do
enriquecimento seu causa da vítima”. (RAC n. 18301/2004 – Des.
Evandro Estáblie)

Ademais, o artigo 186 do Código Civil, assim estabelece:

Art. 186 - aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou


imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito.

Bem assim, se vê ser indiscutível a prática de ato ilícito por parte do


requerido, configurador da responsabilidade de reparação dos danos morais
suportados pela Autora.

V – DOS PEDIDOS

Por tudo alegado e provado, e por tudo que ainda se possa provar,
conforme Vossa Excelência ordenar, a autora REQUER se digne Vossa
Excelência em:

a) Conceder TUTELA ANTECIPATÓRIA (Art. 300, do


CPC), inaudita altera pars, obrigando a Ré a excluir
imediatamente o nome da Requerente do SPC, por se tratar de
dívida oriunda de venda casada e prescrita, sob pena de multa
diária de R$ 1.000,00 (mil reais) a favor dos autores.

b) Na eventualidade de não ser atendido de imediato o pedido da


autora no que tange à antecipação de tutela de urgência, requer
seja o mesmo pedido reavaliado após a resposta do réu, a título
de TUTELA DE EVIDÊNCIA nos termos do artigo 311, do CPC;

REQUER AINDA:

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SARAIVA BUENO
ADVOCACIA

c) Determinar a CITAÇÃO da Ré, qualificada no preâmbulo desta


exordial, para que responda a presente lide, caso queira, sob
o rito ordinário, no prazo legal, sob pena de serem presumidos
como verdadeiros os fatos não impugnados e alegados nesta via
judicial;

d) Julgar procedente o pedido de dano moral em benefício à autora


por tudo alegado, no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais) em
favor da Requerente, levando-se em consideração o valor
punitivo para a Ré, bem como o sofrimento e o dano sofrida
pelos Requerentes.

e) Ao final, julgar pela integral PROCEDÊNCIA dos pedidos para


declarar a inexistências do débito de R$ 679,37 (seiscentos e
setenta e nove reais e trinta e sete centavos).

Requer, por oportuno, a ampla produção de prova, especialmente, o


depoimento pessoal Requerente, do representante legal da empresa Ré sob
pena de confesso, juntada de novos documentos, e demais provas em direito
admitidas, não obstante já provadas todas as alegações ora aduzidas.

Dá-se a causa o valor de R$ 10.679,37 (dez mil seiscentos e setenta


e nove reais e trinta e sete centavos)
Respeitosamente, pede deferimento.
Imperatriz/Ma, 09 de Outubro de 2017.

GUSTAVO SARAIVA BUENO


OAB n° 16.270

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Número do documento: 18041615402343300000000000000
Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: GUSTAVO SARAIVA BUENO Num. 8285989 - Pág. 2
https://pje.tjma.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18041615402343300000000000000
Número do documento: 18041615402343300000000000000
Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: GUSTAVO SARAIVA BUENO Num. 8286019 - Pág. 1
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Número do documento: 18041615402343300000000000000
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https://pje.tjma.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18041615402343300000000000000
Número do documento: 18041615402343300000000000000
Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: GUSTAVO SARAIVA BUENO Num. 8286031 - Pág. 1
https://pje.tjma.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18041615402343300000000000000
Número do documento: 18041615402343300000000000000
REG. DISTRIBUIÇÃO Nº: 0811815-89.2017.8.10.0040
REQUERENTE(S): CLARISSE LIMA NUNES
Advogado(s) do reclamante: GUSTAVO SARAIVA BUENO

REQUERIDA(S): BANCO BRADESCO SA

DESPACHO INICIAL

I) Dos benefícios da gratuidade da justiça

Defiro os benefícios da gratuidade da justiça ao requerente, na forma do art. 98, do NCPC, até que
sobrevenha comprovada modificação da situação financeira afirmada.

II) Da tutela provisória de urgência antecipada incidental

Reservo-me para apreciar o pedido de tutela de urgência após o contraditório e ampla defesa, ficando
facultado ao autor a apresentação de caução, nos termos do art. 300, §1º do NCPC.

III) Da audiência de conciliação

Designo audiência de CONCILIAÇÃO para o dia 30/11/2017 às 16h00, nos termos do art. 334, do
Novo Código de Processo Civil, a ser realizada na SALA 3 do 2º Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania de
Imperatriz - CEJUSC - localizado dentro da Faculdade DeVry-FACIMP-Brasil, localizado à Av. Prudente de Morais, s/nº,
Residencial Kubitscheck, Imperatriz-MA.

Ficam as partes advertidas que o não comparecimento injustificado à audiência de conciliação é considerado
ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa de até dos por cento da vantagem econômica
pretendida ou do valor da causa (§ 8º, art. 334, CPC/2015).

IV) Da citação

Cite-se o(a) Requerido(a), com antecedência mínima de 20 (vinte) dias, e intime-se o autor, na pessoa de
seu advogado pelos meios próprios, para comparecerem à audiência ora designada.

Fica o Réu advertido (a) que, na eventualidade da ausência de solução em audiência retro marcada, deverá, a
partir dessa data, apresentar contestação, no prazo de 15 (quinze) dias, sob a pena de revelia, tudo nos termos da petição inicial e
despacho (cópias em anexo). Fica advertido também que caso não seja apresentada defesa, se presumirão aceitos pelo réu como
verdadeiros todos os fatos articulados pelo autor (a) (art. 344 do CPC/2015).

V) Da impugnação à contestação

Apresentada contestação, a parte autora fica desde já intimada, para que se manifeste no prazo de 15 (quinze)
dias, conforme os arts. 350 e 351 do NCPC, podendo a parte autora corrigir eventual irregularidade ou vício sanável no prazo de
30 (trinta) dias, nos termos do art. 352 do NCPC.

Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: JOSE RIBAMAR SERRA Num. 8390817 - Pág. 1
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Número do documento: 18041615402343300000000000000
VI) Do saneamento

Após a apresentação da impugnação, ou esgotado o prazo, as partes devem especificar, NO PRAZO DE


05(CINCO) dias, as provas que pretendem produzir, nos termos do art. 370 do NCPC, justificando-as, sob pena de indeferimento,
conforme o art. 370, parágrafo único, do NCPC.

VII - DOCUMENTOS

Ficam as partes, desde já cientificadas, de que eventuais documentos apresentados em


audiência,deverão ser inseridos no PJE após a realização da audiência.

SERVIRÁ ESTE DESPACHO COMO CARTA DE CITAÇÃO E/OU MANDADO DO REQUERIDO,


nos termos do art. 246, I e II, do NCPC.

Cumpra-se.

Imperatriz/MA, 17 de outubro de 2017.

José Ribamar Serra

Juiz Titular da 3ª Vara Cível

REQUERIDA(S): BANCO BRADESCO SA, no endereço localizado à AV. GETULIO VARGAS, 2196 -CENTRO 65.903-280 -
IMPERATRIZ - MA.

A autenticidade do presente documento pode ser confirmada através de consulta ao site https://pje.tjma.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam, digitando a numeração
que se encontra ao final do presente documento, abaixo do código de barras. De igual modo, os documentos do processo poderão ser acessados por meio do mesmo site, digitando a(s)
respectiva(s) chave(s) abaixo:

Documentos associados ao processo

Título Tipo Chave de acesso**


Petição Inicial Petição Inicial 17100911310216500000007964062
1 - INICIAL Documento Diverso 17100911264492100000007964086
2 - DOCUMENTO DE Documento de
17100911270495600000007964100
IDENTIFICAÇÃO Identificação
Comprovante de
3 - COMPROVANTE DE ENDEREÇO 17100911272163600000007964113
Endereço
4 - TERMO DE ENCERRAMENTOD E
Documento Diverso 17100911280013500000007964135
CONTA
5 - INSCRIÇÃO NO SPC Documento Diverso 17100911284397200000007964162
6 - PROCURAÇÃO Procuração 17100911290604400000007964173

Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: JOSE RIBAMAR SERRA Num. 8390817 - Pág. 2
https://pje.tjma.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18041615402343300000000000000
Número do documento: 18041615402343300000000000000
Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: JOSE RIBAMAR SERRA Num. 8390817 - Pág. 3
https://pje.tjma.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18041615402343300000000000000
Número do documento: 18041615402343300000000000000
SEGUE CONTESTAÇÃO - DOCUMENTOS - PROCURAÇÃO

Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: RUBENS GASPAR SERRA Num. 9076089 - Pág. 1
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 3ª VARA CIVEL
DA COMARCA DE IMPERATRIZ - MA

AUTOS Nº 0811815-89.2017.8.10.0040

BANCO BRADESCO S/A, instituição financeira de direito


privado, com sede na Cidade de Deus, Município e Comarca de Osasco, Estado de
São Paulo, inscrito no CGC/MF sob o nº 60.746.948/0001-12, por seu advogado
que esta subscreve, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, nos
autos da ação em epígrafe, que lhe CLARISSE LIMA NUNES, apresentar sua
CONTESTAÇÃO, o que faz com fundamento no artigo 297 e seguintes do Código
de Processo Civil c/c artigo 30 da Lei nº. 9.099/95, consubstanciada nos motivos de
fato e fundamentos de direito que passa a aduzir:

PRELIMINAR - ILEGIMITIDADE DE PARTE DO RECORRENTE – DA LEGITIMIDADE DA PASSIVA


DO BRADESCO FINANCIAMENTOS CNPJ DIVERGENTE

Ab initio, passa o Banco Bradesco S/A a comprovar sua ilegitimidade ad


causam para figurar no pólo passivo da presente demanda, motivo pelo qual o processo
deverá ser extinto sem julgamento do mérito, nos termos do art. 339 do Código de Processo
Civil. Salienta-se que a ilegitimidade pode ser alegada a qualquer grau, conforme julgado
abaixo:

TJ-RS - Recurso Cível 71005325576 RS (TJ-RS)

Data de publicação: 27/05/2015

Ementa: RECURSO INOMINADO. ELEMENTOS DE PROVA QUE


INDICAM A REALIZAÇÃO DE FRAUDE PERPETUADA POR TERCEIROS,

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USANDO O NOME DA EMPRESA
RECORRENTE. ILEGITIMIDADE PASSIVA CONFIGURADA. ACOLHERAM
A PRELIMINAR E EXTINGUIRAM A AÇÃO,
POR ILEGITIMIDADEPASSIVA, EM RELAÇÃO À RECORRENTE.
(Recurso Cível Nº 71005325576, Quarta Turma Recursal Cível, Turmas
Recursais, Relator: Roberto Behrensdorf Gomes da Silva, Julgado em
22/05/2015).

Encontrado em: Quarta Turma Recursal Cível Diário da Justiça do dia


27/05/2015 - 27/5/2015 Recurso Cível

Trata-se da legitimidade ad causam para propor o recurso, matéria de


ordem pública que poderá ser conhecida de ofício pelo juiz, em qualquer tempo e grau de
jurisdição, sendo uma das condições da ação. Se ausente, acarreta a extinção do processo sem
resolução de mérito, nos termos do disposto no art. 339 do diploma legal citado.

Realmente, restou comprovado que o Banco Bradesco S/A atuou como


mero prestador de serviço no presente caso, sendo totalmente alheio as causas que deram
origem a cobrança das parcelas mensais do contrato firmado entre as partes.

Portanto, está claro que aquelas empresas foram as únicas responsáveis


pelos eventuais danos experimentados pelo recorrido!

Outrossim, sobre as condições da ação e as implicações de sua ausência,


nos ensina o Mestre Nelson Nery Junior, in “Código de Processo Civil Comentado”, 6ª edição,
editora Revista dos Tribunais, pág. 593, a saber:

“ VI: 9. Condições da ação. Para que o juiz possa aferir a quem cabe a
razão no processo, deve examinar questões preliminares que
antecedem lógica e cronologicamente à questão principal: o mérito,
isto é, o pedido. Este é a última questão que, de ordinário, o juiz deve
examinar no processo. Estas questões preliminares dizem respeito ao
próprio exercício do direito de ação (condições da ação) e à
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existência e regularidade da relação jurídica processual (pressupostos
processuais). As condições da ação possibilitam ou impedem o exame
da questão seguinte (mérito). Presente todas, o juiz pode analisar o
mérito, não sem antes verificar se também se encontram presentes
os pressupostos processuais. Ausente uma delas, ou mais de uma,
ocorre o fenômeno da carência de ação (CPC 301 X), ficando o juiz
impedido de examinar o mérito (CPC 267VI). As condições da ação
são três: legitimidade das partes, interesse processual e possibilidade
jurídica do pedido.” (grifo nosso)

O Banco Bradesco é mero intermediária na relação estabelecida entre


as partes e a as demais empresas.

Daí inexiste culpa do Banco Bradesco S/A passível de reparação, e não


havendo culpa, não há falar-se em reparação, logo o pedido formulado pelo requerido em face
ao ora contestante é impossível.

Razão pela qual deverá a presente ação ser extinta sem julgamento,
nos moldes do Art.339 do Código de Processo Civil.

SÍNTESE DOS FATOS

Alega a parte Autora que possui ao encerrar a sua conta descobriu que
tinha um crédito em aberto.

Relata que efetuou o pagamento regularmente, contudo, o banco réu


realizou novamente a cobrança do contrato, além de inseri-la nos órgãos de restrição de
crédito de uma dívida já adimplida, tornando-se a cobrança indevida, além de inscrever seu
nome nos órgãos de restrição de crédito.

Assim requer a declaração de inexigibilidade do débito referente ao


débito, bem como indenização por danos morais.

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Contudo, em que pesem os fatos expostos em sua peça exordial, razão
alguma assiste a Autora, como se passa a demonstrar pelos motivos de fato e fundamento de
direito abaixo aduzidos. Senão vejamos.

DA INÉPCIA DA PETIÇÃO INICIAL – AUSÊNCIA DO COMPROVANTE DE


PAGAMENTO DO TOTAL DA DÍVIDA – PAGAMENTO ATÉ A DATA DO
ENCERRAMENTO DA CONTA

A parte autora não juntou na presente ação os


comprovantes de pagamento da dívida em comento, apenas alegando que pagou todos
os valores que tinham como findo somente 07/03/2018, conforme próprio contrato
anexo e movimentação financeira.

A anotação na restrição, por estar em débito com está


instituição, é totalmente devida.

Há carência de ação por falta de interesse de agir, já que


não há utilidade ou necessidade do provimento jurisdicional em relação ao Banco Réu.

Por mais que nas ações onde se possa aplicar o código


de defesa do consumidor, não é certo a parte não ter nenhum ônus de provar seus
fatos, sob pena de ferir diversos princípios jurídicos.

O comprovante de pagamento ou outro similar é prova que


a parte pode apresentar, sendo o impossível o banco saber se a parte pagou ou não.

Com efeito, é possível notar, que há nos autos, apenas e


tão somente alegações quanto à existência de falha cometida pelo Banco Réu
constituída pela parte autora, não restando nada comprovado junto aos autos.

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Logo, face à incerteza que o autor não comprova o
alegado, NÃO TRAZENDO DOCUMENTOS QUE COMPROVEM AS SUAS
ALEGAÇÕES, tão somente trás seus documentos pessoais, verificar-se-á a
ausência de interesse de agir.

Restando, por isso, impugnada e rejeitada as pretensões da


Autora, deve ser indeferida a inicial e julgada extinta a ação, sem resolução do mérito,
nos termos do inciso VI, do artigo 267 do Código de Processo Civil.

Caso não entenda, requer que o requerido seja intimado a


juntar os extratos do período em que ocorreu o empréstimo.

DO MÉRITO

DA VERDADE DOS FATOS

Destacamos que, conforme termo de encerramento de


CONTA, a parte encerrou a sua conta em 19/10/2016.

Analisando o teor do contrato, verifica-se que a parte, ao


encerrar a sua conta, impossibilitou os descontos do financiamento por ela
aberta, o que ocasionou a dívida e a sua restrição, o que ocasionou o
vencimento antecipado do contrato por falta de pagamento, conforme recortes
abaixo:

Assim, a parte tinha conhecimento que deveria pagar todo o


empréstimo e que na impossibilidade de pagar os restantes dos valores,
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conforme cláusulas, deveria informar o banco:

Analisando o relatório de parcelas em abertas em atraso, bem


como a data do fechamento da conta, em que o Banco ficou impossibilitado de
receber os valores, o Banco não se viu de outra maneira para receber o seu
crédito ao vencer o restante da dívida e solicitar a sua cobrança.

Salientamos que a parte não anexou qualquer comprovante


de pagamento da dívida, apenas alegando que pagou sem qualquer tipo de
comprovação. A lógica é clara que após o fim da conta corrente o banco não
conseguiu mais descontar, o que impossibilitou de receber os valores.

Com o intuito de tornar sua pretensão plausível, o autor


distorceu a realidade dos fatos, conforme se demonstrou.

DA VERDADE DOS FATOS DA INEXISTÊNCIA DE ATO ILÍCITO

Com o intuito de tornar sua pretensão plausível, o autor


distorceu a realidade dos fatos, conforme se demonstra a seguir.

É inquestionável o direito que a todos pertence de buscar


junto ao Poder Judiciário a prestação jurisdicional para situações que por sua
natureza obriguem a tanto, direito este constitucionalmente consagrado em
nosso país.

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Todavia, mister se faz salientar a dramaticidade que o Autor
imputa aos fatos alegados em sua inicial, que não causa outra impressão senão
a tentativa de enriquecimento ilícito e totalmente sem causa, pois
inexiste qualquer tipo de dano que justifique o deferimento do pedido de
condenação nos moldes requeridos na vestibular.

Permissa venia, o fundamento do pedido autoral concentra-se


na alegação de "constrangimentos" sofridos pelo Autor, o que por si só não
conduz ao dano moral tal como reconhecido em nosso ordenamento jurídico.

In casu, o alegado, quando muito, poderia se traduzir numa


situação de mero dissabor, o que no entender dos Tribunais Pátrios não
constitui o dano moral.

De fato, ainda que admitida a hipótese de erro do Banco-Réu,


desde já refutada e suscitada apenas para argumentar, o Autor não carreou
aos autos provas substanciais de que o suposto equívoco, por si só, maculou
de tal forma sua imagem a comprovar a existência de um dano moral.

O Código de Processo Civil, quanto à repartição do ônus da


prova assim dispõe:
Art . 33 3: O ôn u s d a pr o va in cu mb e: I
- a o au t o r , qu an t o ao fa t o co n st itu ti v o
do s eu di r eit o (g ri f ei) I I - a o r éu ,
qu an t o à e xi st ên cia de f at o
imp edi tiv o , m odi fi c ativ o ou e xtin ti v o
do di r ei to d o au to r ;

Surgida a controvérsia entre autor e réu com referência ao


fato e às suas circunstâncias "quaestiones facti" impõe-se a sua prova, cujo
ônus consiste exata e especificamente no dever de provar, com vistas à
formação da convicção do juiz quanto aos fatos alegados pelas partes, eis que
a simples alegação não é suficiente para formar a convicção do juiz "allegatio
et non probatio quasi non allegatio", brocardo latino que expressa a
imprescindibilidade da prova da existência do fato.

Pois bem, o autor não conseguiu demonstrar satisfatoriamente


os fatos constitutivos de seu direito, inexistindo outra alternativa senão ser
julgado totalmente improcedente o pleito formulado.

Aliás, o Autor sequer comprovou o alegado tal como lhe


competia, motivo pelo qual o Banco Demandado refuta veementemente as
alegações e os documentos juntados com a vestibular, tornando-os desde já
controversos, eis que não provam o fundamento do pleito indenizatório.

Diante do exposto, tendo em vista que o alegado não ensejou


qualquer dano moral ao Autor e, na remota hipótese causou apenas uma
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situação de desconforto, mero aborrecimento, não merecerá prosperar o
pedido indenizatório nos moldes requeridos, motivo pelo qual o Banco
Demandado refuta in totum as alegações do Autor.

DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA

Por admitir que, em geral, o consumidor é a parte fraca no


mercado de consumo, a lei inclui entre as medidas protetivas que lhe são
proporcionadas a da possibilidade de inversão do ônus da prova. Mas, o inciso
VIII do art. 6º, do CDC, autoriza essa providência apenas quando o juiz venha
a constatar a verossimilhança da alegação do consumidor, ou sua
hipossuficiência, “segundo as regras ordinárias de experiência”.

Vê-se, logo, “que não se trata de inversão compulsória,


sendo, ao contrário, simples faculdade judicial que pode, ou não, ser
concedida” (Deputado Joaci Goes, Relator do Projeto do CDC). É ao juiz,
portanto, que toca “verificar se estão presentes os pressupostos que o
autorizam a assim proceder”.1

A verossimilhança é juízo de probabilidade extraída de


material probatório de feitio indiciário, do qual se consegue formar a opinião de
ser provavelmente verdadeira a versão do consumidor. Diz o CDC que esse
juízo de verossimilhança haverá de ser feito “segundo as regras ordinárias da
experiência” (art. 6º, VIII). Deve o raciocínio, portanto, partir de dados
concretos que, como indícios, autorizem ser muito provável a veracidade da
versão do consumidor.

Pois bem, in casu, as alegações do autor estão em confronto


com os documentos que acompanharam a inicial, argumentos e provas ora
apresentadas. Sendo assim, vê-se que a inversão não terá cabimento.

Sobre o tema, destaca-se:

Có d ig o d e De f es a do C on s um i do r -
I nv er s ã o do ô n us da p ro v a -
A u sê nc i a de v e ro s s im i l h an ç a -
Co n su m id o r não hi p os s uf i ci e nt e.
PRO V A - Có d ig o de D ef e s a do
Co n su m id o r - I n v er s ã o d o ô nu s -
A rt i go 6º, in c is o V I II , d a r ef e ri d a
no r m a - In a pl i c ab i l id a d e -
A u sê nc i a d e ve r os s im i l h an ç a n a
a le g aç ã o, n ão s e n do o c on s um i do r

1 Nota 1: Voltaire de Lima Moraes, “Dos Direitos Básicos do Consumidor”. In: José Cretella Jr., René Ariel Dotti, (coord.),
Comentários ao Código do Consumidor, cit., pp. 49-50.

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h ip os s uf i ci e nt e - In d en iz a ç ã o
im p ro ce d en te - Re c ur s o n ão
pr ov i do . ( A pe l a çã o C í ve l nº
45 .6 51 -4 - S ã o P a u lo - Ap e l a nt e:
Ed u ar do do s S a nt os A mo r im -
A pe l a d a : Am e r ic a n Ex p re s s do
B r as i l S . A. T u r is m o)

Quanto à hipossuficiência, trata-se de impotência do


consumidor, seja de origem econômica seja de outra natureza, para apurar e
demonstrar a causa do dano cuja responsabilidade é imputada ao fornecedor.
Pressupõe uma situação em que concretamente se estabeleça uma dificuldade
muito grande para o consumidor de desincumbir-se de seu natural ônus
probandi, estando o fornecedor em melhores condições para elucidar o evento
danoso. 2

É o que se vê em expressivo Aresto:

Pr ov a - In ve r s ã o do ô nu s - C ód i go
de D e fe s a do Con s um i do r -
H i pót e s e d o s a uto s em q ue n ã o se
tr at a de co ns u mi d or
h ip os s uf i ci e nt e - Au s ên c i a,
a de m a is , de d a do s, el e me nt o s,
i nd íc i os o u ad m i n íc ul o s q u a i sq u er
qu e p ud e s se m au to r iz ar a
co nc l us ã o no s e nt id o d e q u e a s
a le g aç õ es co nt i d a s n a i n ic i a l s ej a m
ve ro s s ím e i s - Re c ur s o n ão p ro v id o.
(T J SP , A p. 45 .6 51 -4, 10ª C â m. Di r .
Pr iv a d o, R e l. D e s. Souz a Jo s é, ac .
24 .0 6. 19 9 7, J TJ SP 2 0 3/ 1 18 ).

Deste modo, não estão presentes, in casu, a hipossuficiência


que justificaria a medida, tampouco a verossimilhança. É importante destacar
que esses elementos não nascem simplesmente da palavra do consumidor,
pois dependem de reais indícios que trazidos aos autos.

Pela pertinência, oportuna a citação da ementa das Turmas


Recursais dos Juizados Especiais do Estado de Rio de Janeiro:

EME NT A 25 : A f a c i l it aç ã o d a de f es a

2 Nota 4: Cf. Kazuo Watanabe, ob. cit., pp. 617-618.

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do s di r e it os d o co ns u m id or , c om a
re g r a d a i n ve r s ã o d o ô n u s d a
pr ov a , q u a nd o ve ro s sí m i l a
a le g aç ã o ou for el e
h ip os s uf i ci e nt e, n ã o p od e p e rm it i r
qu e s e i n st a l e no J u d ic i á ri o a
"d it a du r a do co n s um i do r" , o n de e le
le v a se m pr e t u d o o qu e pe d e,
me sm o q u a nd o s e u d ir e it o a ch a -s e
ca d uc o, a l ém de não
su f ic i en te m en te pr ov a d o.
De c ad ê nc i a. A pl i c aç ã o d o ar t. 2 6,
I I, d a L e i 80 78 / 90 . ( R ec ur s o nº
17 5- 7 - 2ª T u rm a Re cu r s a l -
U n ân i me - Re l a to r J u iz P au l o
Ma u r íc io Pe r e ir a - Ju l g. 01 / 02 / 99 ).

DO DANO MORAL

Inicialmente, cumpre observar que a responsabilidade civil


está assentada em três elementos que não podem ser analisados
isoladamente, quais sejam: o ato ilícito, decorrente de ação ou omissão do
agente; o dano; e o nexo de causalidade, que é o liame entre o ato ilícito
praticado e o dano sofrido.

O ato ilícito nada mais é do que a infração de um dever legal


ou contratual de conduta por ação ou omissão do agente; o dano é a lesão
(diminuição ou destruição) que, devido a ocorrência de um evento, sofre uma
pessoa, contra a sua vontade, em qualquer bem ou interesse jurídico,
patrimonial ou moral; e o nexo de causalidade é a relação de causa e efeito
entre a conduta do agente e o dano por ele causado.

Com base em tais conceitos, no caso vertente observa-se a


ausência de ato ilícito, exaustivamente fundamentada acima, bem como se
verifica a inexistência de qualquer liame causal entre a ação do Banco-réu e os
supostos danos que o Autor alega ter sofrido, conforme se passa a demonstrar.

Segundo Savatier, dano moral "é qualquer sofrimento humano


que não é causado por uma perda pecuniária, e abrange todo atentado à
reputação da vítima, à sua autoridade legitima, ao seu pudor, à sua segurança
e tranqüilidade, ao seu amor próprio, estético, à integridade de sua
inteligência, as suas afeições, etc"1

1
Traité de La Responsabilité Civile, vol.II, nº 525, in Caio Mario da Silva Pereira, Responsabilidade Civil, Editora
Forense, RJ, 1989.
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Os elementos fáticos e probatórios trazidos aos autos não
permitem que se chame de dano os eventos narrados e não provados na peça
vestibular. Podem até ter causado algum aborrecimento ao Autor,
aborrecimento que não se enquadra na acepção jurídica de dano e não
apresenta os elementos que geram o dever de indenizar.

Os fatos narrados pelo Autor não passam de


momentâneo aborrecimento, tendo-se em vista que não existe nos
autos qualquer espécie de prova da extensão de eventual dano que
tenha sofrido, salientando que a Autora não fez prova do fato
constitutivo do seu direito, conforme determina o artigo 333, I, do
CPC.

A pretensão de indenização por danos morais, nessas


condições, está fadada à improcedência, pois não existe qualquer fato de
responsabilidade atribuível ao Banco Réu que possa ter causado dano moral ao
Autor.

Ainda que se pudesse olvidar que o Banco Réu tenha gerado


algum aborrecimento, este aborrecimento não pode dar ensejo a dano moral,
com o reconhecimento de que um ato praticado no regular exercício de um
direito poderia gerar direito ao dano moral, sob pena do instituto ser
banalizado.

Observe-se, ainda, que na discussão sobre a suscetibilidade


ou não da indenização por danos morais, deve-se considerar que entre os
requisitos primordiais para sua caracterização estão a perdurabilidade e a
intensidade do dano experimentado.

Tais requisitos são necessários e imprescindíveis para a


caracterização desta modalidade de dano, posto que, de outra forma, qualquer
dissabor, transtorno ou inconveniente, sem maiores conseqüências, poderia ser
objeto de indenização por danos morais, o que não se admite. O dano moral,
para existir, deve perdurar no tempo. e para o Autor, certamente, não
perdurou.

Esse entendimento é pacífico no STJ:

"A g r av o r e gi m en t a l. R ec u rs o
es p ec i a l n ã o a dm i ti do . C om p r a n ã o
a ut or iz a d a. C a rt ã o de c ré d it o.
D an o m or a l . Di s sí d io não
co nf i gu r a do . 1. Ped i do de
i nd e niz a ç ão po r da n o mo r a l e m
r az ão d e t er s i do ne g a d a ao a ut or ,
pe l a ad m i ni st r a do r a d e c a rt ã o d e
cr éd i to , a uto r iz a ç ã o p ar a e f et u ar
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com p r a em est a b e le ci m e nt o
com e rc i a l c re d en ci a do . A f i rm ou o
T r ib u n a l qu e " m e ro ab o rr ec i me nt o
de co r re nt e d a n ã o ac e it aç ã o do
ca rt ã o de cr é di to em
es t ab e l ec im e nto cr ed e nc i a do , n ão
se p od e co n s id e r a r c om o d is s a bo r
su f ic i en te a c on f ig u r ar d a no
mo r a l". Ac a t a r a te se r ec ur s a l d e
qu e h o uv e i n de v id a i ns c ri ç ão do
ca rt ã o do r ec or r en te e m li st a d e
cr éd i to su s pe n so co ns t it ui qu e st ã o
de f a to , i nv i á ve l d e a p re ço em s e de
de r ec u rs o es p ec i a l. I nc i dê nc i a d a
Sú mu l a nº 0 7 / STJ . M a nt i do o
en te n di m en to de qu e "o me r o
di s s a bo r n ã o p o d e s e r al ç ad o ao
p at am a r do d a no m or a l , m as
so m en te aq u e l a ag r es s ã o q ue
ex ac e rb a a n at ur a l id a d e d os f at os
da v i d a, c au s a nd o f u n d ad a s
a fl i çõ e s ou an g ú st i a s no es p ír i to
de q u em e l a se di r i ge " (RE s p nº
40 3. 91 9 /M G, Q u a rt a T u rm a,
Re l at o r o S e nh o r M in i st r o C es a r
A sf o r Ro c h a, D J de 04 / 8/ 0 3) .( .. .)
3. A g r av o re g im e nt a l de s pr o vi do .
G r if os no s s os ." 2

Além disso, o Autor não demonstrou ter sido submetido a


qualquer situação realmente danosa, especialmente causada pelo Banco-Réu,
de forma a receber a pretendida reparação, especialmente nos patamares
pretendidos.

No mais, em consonância com a atual jurisprudência do STJ,


para que se imponha o dever de indenizar o dano moral:

" é n ec e s sá ri o ma i s do q u e m e r o
di ssa b or , ma s si m ag re s sã o qu e
e xa c e rb e a "n atu r al i dade d os fat o s da
vi da, cau san d o fu n dada s a fl i çõ e s ou
an gú sti as n o e spí ri to d e qu e m el a s e
di ri ge. " 3

2
AgRg no Ag n.º 537.897- RJ - 3ª Turma - Ministro Relator Carlos Alberto Menezes Direito - Data do julgamento
16.03.2004 - DJ 03.05.2004 p. 154
3
RSTJ 150/382
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Como se percebe não são meros aborrecimentos ou
dissabores que ensejam indenização por dano moral, razão pela qual a ação
deverá ser julgada integralmente improcedente.

Ad argumentandum tantum, caso este não seja o


entendimento deste Ilustre Julgador, o que realmente não se espera ante os
argumentos fáticos e jurídicos aqui expostos, e apenas pelo princípio da
eventualidade, o valor da indenização deve ser fixado com critérios, de forma a
evitar enriquecimento sem causa do Autor.

Com efeito, dentro do princípio da eventualidade, cumpre


informar que os Tribunais, em perfeita harmonia com a doutrina, vêm
decidindo que a fixação do "quantum" da indenização por dano moral deve ser
feita com moderação, proporcionalmente ao grau de culpa e ao nível
socioeconômico do Autor, valendo-se, o Julgador, dos critérios
sugeridos pela doutrina e jurisprudência, bem como da razoabilidade,
do bom senso, atendendo à realidade da vida e às peculiaridades do
caso.

A Quarta Turma do E. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA,


também se pronunciou sobre o tema, afastando a possibilidade de fixação de
indenização em valores exorbitantes. Confira-se a Ementa e trecho do voto
proferido pelo Ministro Jorge Scartezzini:

"PR O C ES SO C IV IL - AGRAV O DE
INS TR UM E N T O - N E GA T IV A DE
PR OV IM E NT O - A GR AV O R E G IM EN TA L -
RE SP O NSA B IL IDA D E C IV IL -
IN D EN IZA ÇÃ O - DA NO S M OR A IS -
QU AN TU M RA ZO Á VE L - VA L OR
MA NT ID O - SÚM U L A 83/S TJ - AR T.
538 , PAR Á GRAF O ÚN IC O D O C PC -
E MBA R G OS PR O T E L AT ÓR IO S - MU L TA -
D ESP R OV IM E NT O .
1 - C om o c edi ç o, o val o r da
i n den i z açã o p o r d an o m o ral su j ei ta - s e
ao c on t r ol e d o Su pe ri o r T ri bu n al de
Ju sti ç a, s en d o c e rt o qu e , n a fi xa ç ão
da i n den i z aç ã o a est e tí tu l o ,
r e c om en d áv el qu e o arbi tr am en t o s ej a
f ei to c om m od e ra çã o ,
pr op o r ci on al m en t e ao g r au d e cu l pa ,
ao n í vel s oci o e c on ômi c o d os au t o r e s
e , ai n da, ao po r t e e con ô mi c o d os
r éu s, o ri en t an d o - s e o juiz pel o s
c ri té ri o s su g e ri do s pel a d ou t ri n a e
pel a j u ri sp ru dên ci a, com
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raz o abi l i dade, v al en d o - s e de sua
e xp e ri ên ci a e d o bo m s en s o , a t en t o à
r eal i dad e da vi da e às p e cu l i ari dad e s
de cad a ca s o .
(.. .) 4 - Ag ra v o r egi m en tal
de sp r o vi do ." 4

Cumpre observar que o Autor não demonstrou efetivamente


os danos que sofreu, vez que são inexistentes, danos que, supostamente,
autorizariam a condenação do Banco Réu a indenizá-lo.

Vale observar, ainda, os seguintes arestos, que tratam de


indenização por dano moral decorrente de morte, para fins de comparação com
o desproporcional pleito do Autor:

"AD MI NIS TR AT IV O –
RE SP O NSA BI LID AD E CIVI L – MO RTE
PO R CH O Q U E EL ÉTR IC O – D A N O
M ORA L – VA L OR D A I ND E NIZ AÇÃ O –
JUR OS D E M ORA – T ER M O I NI CIA L –
SÚM ULA 5 4/S TJ .
1. O v al o r d o dan o m o ra l t em si d o
en f r en tad o n o S TJ c om o es c op o de
at en d e r a s u a d u pla fu n çã o: r e pa ra r o
dan o, bu s c an d o mi n imiz a r a d o r da
víti ma , e pu n i r o o f en s o r , pa ra qu e
n ão vo lt e a r e in c idi r .
(.. .)
4. Ac ór d ã o q ue f ix o u o v a l o r do
d an o m o r al e m R$ 20 .0 0 0, 00 (v i nt e
mi l re a i s ) r e a is q u e s e m a nt ém .
(.. .)
6. R e cu r s o e sp e cial imp r ov id o. 5 Gr if o s
n o ss o s .

Diante do aresto citado acima, constata-se que os Tribunais


Superiores têm grande preocupação em não permitir exageros na fixação do
quantum da indenização a título de dano moral, conforme pode ser observado
no caso abaixo:

"C IV IL . P RO C ES SUA L C IV IL . R E CUR S O


ES P EC IA L . A ÇÃ O D E IND E N IZA ÇÃ O
P OR DA N OS M O RA IS . R E G IST R O
IN D EV ID O E M Ó R G ÃO D E P R OT E ÇÃ O

4
AgRG no Ag 705.190 - RJ - 4ª Turma - Ministro Relator Jorge Scartezzini - Data do julgamento 23.05.2006 - DJ
26.06.2006 p. 154
5
REsp 768.992 - PB - 2ª Turma - Ministra Relatora Eliana Calmon - Data do julgamento - DJ 28.06.2006 p. 247
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AO C R ÉD IT O . D EV O LU ÇÃ O IN D EV ID A
DE C H E QU E . C O NS TRA N G IM E NT O
PR EV IS ÍV EL . E X IST Ê NC IA D E OU TR O S
RE G IS TR OS .
(.. .)
3. Co nf o rm e or i e nt aç ã o p ac if ic a d a
ne st a C o rt e, e a do t ad a p e lo
ac ó rd ã o re co r r id o, "a ex i st ên c i a d e
ou tr a s i ns c ri çõ e s a nt er i o re s em
ca d a st ro s de p ro teç ã o ao c ré d it o
em no me do po st u l an te do s d a n os
mo r a is , n ã o ex cl u i a in d en iz a ç ão ,
d ad o o r ec o nh ec i me nt o da
ex is tê nc i a d a le s ã o". Co nt u do , t a l
f ato d e ve se r s op es a d o n a f ix aç ã o
do v a l o r r ep a r a tó r io . P re c ed e nte s .
4. C on st a t ad o e vi de nt e ex a ge r o o u
m an i fe st a i rr i s ão n a f ix aç ã o, p e l a s
i ns t ân ci a s o rd i n á r i a s, do m on t an te
i nd e niz a tó r io d o d an o mo r a l, e m
fl a g r an te v io l aç ã o a o s p r i nc íp i o s
da r az o ab i l id a de e da
pr o po rc i on a l i d ad e , é p o ss í ve l a
re v i s ão , n es t a C or te , d e a l ud i d a
qu a nt i fi c aç ã o. P r e ce de nt e s.
5. C o ns i d er a do o s pr i nc íp i o s r et ro
me nc i on a do s e a s p ec u l i a ri d a de s
do c as o em q u es t ão ( v al o r d o
ch eq u e d e v ol v id o :R $1 6 7, 00 ;
pe r ío d o de p er m a nê nc i a da
ne g at i v aç ã o : em t or n o d e u m m ê s;
oco r r ên c i a d e ou t r a s i n sc ri çõ e s) , o
qu a nt u m f ix a do p e lo Tr i b un a l a q uo
(R $5 .0 0 0, 00 ) a tít u lo d e d a n os
mo r a is mo st r a -s e ex c e ss i vo , n ã o s e
l im it a n do a j u st a r ep a r aç ã o do s
pr e j uí z o s a dv i n do s do e v en to
d an o so . De st a rt e , p a r a a s s eg u r ar
a o l e s ad o j u st a re p a r aç ã o, s e m
i nco r r er em en r iq u ec im e n to
i nd ev i do , r ed u z o o v a lo r
i nd e niz a tó r io , para f ix á - l o na
qu a nt i a c e rt a de R$ 35 0 ,0 0
(t rez e nt os e c i nq ü en t a r e a i s) .
6. R ec u r s o pa r ci al men t e c on h e ci d o e,

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n e sta p a rt e, p r o vi do ." 6 G ri fo s n o ss o s .

Através da presente demanda de cunho indenizatório, o Autor


pleiteia a condenação do Réu ao pagamento de valor demasiadamente elevado
a título de indenização por danos morais.

Ao pleitear indenização por danos morais deve o Autor


demonstrar especificadamente em que circunstâncias e em qual extensão
sofreu pelos supostos danos morais. Em outras palavras, deve a Autor indicar
de forma clara e específica quais foram os fatos e quais os danos decorrentes
destes fatos que dão ensejo à indenização.

O fato é que não se observa na exordial, o mínimo resquício


de prova por parte do Autor, no sentido de demonstrar efetivamente algum
tipo de abalo psíquico, nada trazendo a título de prova quanto a algum
dissabor que teria sofrido em razão da cobrança, limitando-se apenas e tão
somente a noticiar que sofreu aborrecimentos.

Os Tribunais, inclusive, se voltam para esse fato e impedem


que indenizações sejam concedidas em tais casos, como pode-se verificar
abaixo em expressivo Aresto do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Rio
de Janeiro:

“RE SP O N S A B IL ID A DE C I V IL . D a no
Mo r al . C on f ig u r aç ã o. P r in c íp io d a
Ló gi c a do R az o áv el . N a to r me nt o s a
qu e st ã o de s a b er o q u e co nf i g ur a o
d an o mo r a l, cu m p re ao j u iz se g u ir
a t r i lh a d a ló g ic a do r az o á v el , e m
bu sc a d a s en s i bi l i d ad e ét i co -s oc i a l
no r m al . De ve to m a r po r p ar a d ig m a
o ci d a d ão q u e s e co l oc a a ig u a l
di s t ân ci a do h om em f r i o,
i ns e ns í ve l , e o ho m em de
ex t re m a d a s en s i bi l i d ad e. Ne s s a
l in h a d e p ri nc í p i o, s ó de v e se r
re p ut a do c om o d a no m o r al a d o r,
vex a me , so f ri m en to ou h um i l h aç ã o
qu e, f ug i n do à no r m al i d a de ,
i nt er f ir a i nt e ns a m en te no
com p or t am e nto ps ic o ló g ic o do
i nd iv í d uo , c a u s a nd o - l he af l iç ã o,
a ng ú st i a e de s e qu i l íb r i o em s eu
be m - e st a r, não ,b a st a n do mero

6
REsp 717.017 - PE - 4ª Turma - Ministro Relator Jorge Scartezzi - Data do julgamento 03.10.2006 - DJ 06.11.2006 p.
330 - RDDP vol. 46 p. 108
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di s s a bo r, a bo r r e ci me nt o, m ág o a,
i rr it a ç ão ou s en s i bi l i d ad e
ex ac e rb a d a. (. .. ) A m at é ri a d e
mé r it o ci n ge -s e em s ab e r o q ue
co nf i gu r a e o qu e n ão co n fi g u r a
d an o mo r a l. N a f a lt a d e cr i té r io s
ob j et iv o s, e s s a qu e st ã o ve m s e
to rn a n do to r me nt os a n a do ut r in a e
na j u r is p ru d ên c i a, le v a nd o o
j ul g a do r a s it u a ç ã o de
pe r pl ex i d ad e. U l tr a p as s a d a s as
f as e s d a i r re p a r a bi l i d ad e d o d a no
mo r a l e d a s u a i n ac um u l ab i l id a d e
com o d a no m a te r i al , co r r em os
a go r a o r i sc o de i ng r es s a rm o s n a
f as e d a su a i nd u s tr i a l iz aç ã o, o nd e
o ab o rr ec i me nt o b an a l o u m e r a
se n s ib i l id a d e são a p re s en t ad o s
com o d an o m o r a l, em b u sc a de
i nd e niz a çõ e s mi l i o n ár i a s” ( A có r d ão
pr of e r id o em 13 /0 2 /9 6 na
A pe l a ç ão Cí v el nº 8.2 1 8/ 9 5, d a 2ª
C âm a r a C ív e l do Eg ré g io T ri b un a l
de J us t iç a do Ri o de J a ne i ro ,
Re l at o r D e s. Sé r gi o C a v a li e r i F i lh o,
do c. n º 0 7) .

Portanto, o Banco-Réu, desde logo, requer que a presente


demanda seja a ação julgada totalmente improcedente, tendo-se em vista os
argumento fáticos e jurídicos acima expostos, ou, em última hipótese, que o
valor indenizatório seja fixado moderadamente, de acordo com os critérios
acima expostos.

FIXAÇÃO DO “QUANTUM” INDENIZATÓRIO

Para a configuração ainda de ressarcimento por lesão à moral, há


de ser considerado que a responsabilidade civil se assenta em três elementos
básicos: a ação ou omissão, o resultado lesivo e o nexo de causalidade entre
ambos.
Entretanto, no caso vertente, além da ausência de ato ilícito,
exaustivamente fundamentada acima, verifica-se também a inexistência de
qualquer liame causal entre a ação do Banco Réu e os supostos danos que o Autor
alega ter sofrido, vez que, o objeto fora contratado pelo mesmo.
O pleito de indenização por danos morais, nessas condições, está
fadado à improcedência, pois não existe qualquer fato de responsabilidade
atribuível ao Banco Réu que possa ter causado dano moral ao Autor.

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Observe-se, ainda, que na discussão sobre a suscetibilidade ou
não da indenização por danos morais, deve-se considerar que entre os requisitos
primordiais para sua caracterização estão a perdurabilidade e a intensidade do dano
experimentado.

Nesse sentido, o eminente Desembargador do Tribunal de Justiça


do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cavallieri Filho, no julgamento da Apelação
Cível nº 8218/95, emitiu importante posição com relação a fatos que podem ou não
ensejar indenização por dano moral:

A matéria de mérito cinge-se em saber o que configura


e o que não configura o dano moral. Na falta de
critérios objetivos, essa questão vem se tornando
tormentosa na doutrina e na jurisprudência, levando o
julgador a situação de perplexidade. Ultrapassadas as
fases da irreparabilidade do dano material e da sua
inacumulabilidade com o dano material, corremos agora
o risco de ingressarmos na fase da sua industrialização,
onde o aborrecimento banal ou mera sensibilidade são
apresentados como dano moral, em busca de
indenizações milionárias. Nessa linha de princípio, só
deve ser reputado como dano moral a dor, vexame,
sofrimento ou humilhação que, fugindo à normalidade,
interfira intensamente no comportamento psicológico
do indivíduo, causando-se aflições, angústias e
desequilíbrio em seu bem-estar. Mero dissabor,
aborrecimento, mágoa, irritação ou sensibilidade
exarcebada estão fora da órbita do dano moral,
porquanto, além de fazerem parte da normalidade do
nosso dia-a-dia, no trabalho, no trânsito, entre amigos
e até no ambiente familiar, tais situações não são
intensas e duradouras a ponto de romper o equilíbrio
psicológico do indivíduo. Se assim não se entender,
acabaremos por banalizar o dano moral, ensejando
ações judiciais em busca de indenizações pelos mais
triviais aborrecimentos...

Não bastam meras alegações de dano moral para que se configure


o ilícito e se proceda ao ressarcimento. A garantia constitucional de ressarcimento
não pode ser desvirtuada, como no caso em tela, onde a Autora tenta a falta de
melhores argumentos e provas, utilizar-se da idéia de dano moral presumido que,
como é sabido, não existe.

E mais, não demonstrou ter sido submetido a qualquer situação


realmente danosa, especialmente causada pelo Banco Réu, de forma a receber a
pretendida reparação.

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Com efeito, dentro do princípio da eventualidade, cumpre informar
que os Tribunais, em perfeita harmonia com a doutrina, vêm decidindo que a
fixação do "quantum" da indenização por dano moral deve ser feita com critérios e
moderação.

A Quarta Turma do Egrégio SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA,


também se pronunciou sobre o tema, afastando a possibilidade de fixação de
indenização em valores exorbitantes. Confira-se a Ementa e trecho do voto
proferido pelo Ministro Sálvio de Figueiredo Teixeira:

EMENTA. DIREITO CIVIL. DANO MORAL. INDENIZAÇÃO.


VALOR. FIXAÇÃO. ENUNCIADO Nº 7 DA SÚMULA/STJ.
AGRAVO DESPROVIDO.
É de repudiar-se a pretensão dos que postulam
exorbitâncias inadmissíveis com arrimo no dano moral,
que não tem por escopo favorecer o enriquecimento
indevido.
(...)
O acórdão recorrido, diante das peculiaridades do caso
vertente, estabeleceu a indenização utilizando-se, como
parâmetro, o disposto no art. 1531, CC, por julgá-lo
mais adequado.
Colho do referido aresto os seguintes trechos
elucidativos:'Os fatos em que o Autor se apoia para
pleitear essa indenização se encontram apenas
parcialmente provados, e, ainda assim, lhes foi dado
um exagerado enfoque.
(...)
O douto magistrado partiu de um parâmetro que seria a
condenação ao décuplo do valor que o Banco mandou
anotar como débito do autor, quando, o dobro, já seria
suficiente para a reparação'.
(...)
Ademais, é de assinalar-se que a reparação do dano
moral não pode ensejar o enriquecimento indevido,
sendo de repudiar-se o posicionamento dos que
postulam vantagens fáceis por intermédio dessa via.
Desprovejo o Agravo." (Agravo Regimental no Agravo
de Instrumento nº 108.923 (96/0026531-3)-SP
Relator: Ministro Sálvio de Figueiredo Teixeira
Agravante: Paulo Octávio Baptista Pereira Agravado:
Decisão de fls. 122 Publicado no D.O.U. em 29.10.96)

Nesta esteira, confira-se o acórdão mencionado pelo Ilustre


Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, Dr. Yussef Said
Cahali, in "Dano Moral", 2ª Edição, 1998, Editora Revista dos Tribunais, página
497:
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Quantas pessoas que ocupam certos cargos de
responsabilidade e de confiança são, por vezes,
obrigadas a se submeterem a vistorias, fiscalizações e
outras medidas que as incomodam e as fazem se sentir
insignificantes ou menosprezadas? Como se sente
alguém que se considera importante na escala social e
acima de qualquer suspeita e decide comparecer a um
local de apuração de votos ou a um Tribunal do Júri e é
constrangido pela polícia a busca de armas por ordem
do magistrado que preside os trabalhos? Em que
situação fica uma senhora da alta sociedade que viaja
para o exterior e se vê obrigada pelos fiscais
alfandegários a abrir sua bagagem diante das pessoas
presentes para então expor objetos de uso pessoal, por
vezes, até roupas sujas? Quantas vezes somos
obrigados a abrir as bolsas à entrada de
estabelecimentos bancários, em aeroportos e em
repartições públicas por causa de um sinalzinho que
avisa da existência de objetos suspeitos dentro delas?
Tudo isso, a nosso ver, é constrangimento, é medida
desconfortante, que humilha e envergonha quando se
tem um pouco de dignidade, mas nem por isso
podemos nos opor e nem nos dá o direito de pedir
indenização quando submetidos a qualquer delas. Dir-
se-ia, acompanhando-se o pensamento do prolator da
sentença (ora reformada), que os órgãos responsáveis
por tais constrangimentos têm poder de polícia. Mas
porque então um estabelecimento comercial que se vê
sujeito a furtos e roubos de todas as espécies e a
qualquer hora do dia não pode exercer o seu próprio
poder de polícia como uma medida preventiva? Será
que o seu único direito é esperar que as irregularidades
aconteçam para daí chamar a polícia mal-aparelhada,
que chega horas depois e que não pode estar em todos
os lugares ao mesmo tempo? É claro que não. Cada um
tem o direito de defender a sua segurança e o seu
patrimônio, desde que o faça sem excessos, abusos e
arbitrariedades. Quem não estiver satisfeito, que
procure outros lugares para freqüentar

Em relação à doutrina, cabe conferir a posição de Humberto


Theodoro Jr. sobre o tema:

“Impõe-se rigorosa observância dos padrões adotados


pela doutrina e jurisprudência, inclusive dentro da
experiência registrada no direito comparado para
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evitar-se que as ações de reparação de dano moral se
transformem em expedientes de extorsão ou de
espertezas maliciosas e injustificáveis.” (HUMBERTO
THEODORO JR., Responsabilidade Civil, 4ª ed., Rio de
Janeiro, Aide, 1997, p. 19).”

Ademais, o Autor tão pouco demonstrou bem como não provou de


forma clara, quais foram os danos efetivamente suportados a ensejarem a
condenação do Banco Réu ao pagamento de indenização por danos morais, vez ser
inexistente, já que o Banco Réu agiu regularmente, amparado pelo ordenamento
jurídico.

Conclui-se, portanto, que há uma grande preocupação dos Tribunais


em não permitir exageros na fixação do quantum da indenização a título de dano
moral.

Ao pleitear indenização por danos morais deve o Autor demonstrar


especificadamente em que circunstâncias e em qual extensão sofreu pelos supostos
danos morais. Em outras palavras, deve indicar de forma clara e específica quais
foram os fatos e quais os danos decorrentes destes fatos que dão ensejo à
indenização. O fato é que não se observa na exordial, o mínimo resquício de prova
no sentido de demonstrar efetivamente algum tipo de abalo psíquico, nada
trazendo a título de prova quanto a algum dissabor que teria sofrido, limitando-se a
apenas e tão somente a noticiar que sofreu aborrecimentos e que desconhece tal
cobrança.

Os Tribunais, inclusive, estão voltando-se para esse fato e


começam a impedir que indenizações sejam concedidas em tais casos, como se
pode verificar abaixo em expressivo Aresto do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado
do Rio de Janeiro:

“RESPONSABILIDADE CIVIL. Dano Moral. Configuração.


Princípio da Lógica do Razoável. Na tormentosa questão
de saber o que configura o dano moral, cumpre ao juiz
seguir a trilha da lógica do razoável, em busca da
sensibilidade ético-social normal. Deve tomar por
paradigma o cidadão que se coloca a igual distância do
homem frio, insensível, e o homem de extremada
sensibilidade. Nessa linha de princípio, só deve ser
reputado como dano moral a dor, vexame, sofrimento
ou humilhação que, fugindo à normalidade, interfira
intensamente no comportamento psicológico do
indivíduo, causando-lhe aflição, angústia e desequilíbrio
em seu bem-estar, não, bastando mero dissabor,
aborrecimento, mágoa, irritação ou sensibilidade
exacerbada. (...) A matéria de mérito cinge-se em
saber o que configura e o que não configura dano
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moral. Na falta de critérios objetivos, essa questão vem
se tornando tormentosa na doutrina e na
jurisprudência, levando o julgador a situação de
perplexidade. Ultrapassadas as fases da
irreparabilidade do dano moral e da sua
inacumulabilidade com o dano material, corremos agora
o risco de ingressarmos na fase da sua industrialização,
onde o aborrecimento banal ou mera sensibilidade são
apresentados como dano moral, em busca de
indenizações milionárias” (Acórdão proferido em
13/02/96 na Apelação Cível nº 8.218/95, da 2ª Câmara
Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro,
Relator Des. Sérgio Cavalieri Filho, doc. nº 07).”

Portanto, o Banco Réu requer seja a ação julgada totalmente


improcedente, protestando pontualmente pela indenização pleiteada pelo Autor
à título de reparação por dano moral, bem como, caso restar esta superada,
seja a mesma arbitrada em valor condizente ao caso especifico, à luz dos
princípios da Proporcionalidade e da Razoabilidade.

DO PEDIDO

Diante de todo o exposto, requer seja a presente ação julgada


improcedente, posto a tese esposada pelo autor se encontra desprovida de
qualquer fundamento jurídico e contraria, à evidência, a farta e consagrada
doutrina, jurisprudência e legislação de regência.

Provará o alegado por todos os meios em direito admitidos,


especialmente pelo depoimento pessoal do Autor, prova testemunhal, juntada
de novos documentos e demais que se fizerem necessários.

Por derradeiro, requer que todas as intimações veiculadas no


Diário Oficial ou qualquer outro ato de comunicação no presente processo, sejam
feitas EXCLUSIVAMENTE em nome dos advogados RUBENS GASPAR SERRA,
OAB/SP 119.859, sob pena de nulidade dos atos que vierem a ser praticados, em
consonância com o disposto no parágrafo 1º do artigo 236 do Código de Processo
Civil.

Termos em que, pede e espera deferimento.

Imperatriz/MA, 28 de novembro de 2017.

RUBENS GASPAR SERRA


OAB/SP 119.859
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CARTA E SUBS

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NOMEAÇÃO DE PREPOSTO
Pelo presente instrumento particular, BANCO BRADESCO S/A, inscrito no CNPJ/MF
60.746.948/0001-12, através de seu (s) Procurador (es), nomeia(m) e constitui(em) os senhores(as):
DANIHARLY BAIANO SOUZA RG 0422475820112 e CPF 608.261.053-94, MIRIAM CRISTINA ALVES
BARBOSA RG 19436662002-0 e CPF 013.990.543-09, EDUARDO COELHO MILHOMEM RG
20246532002-7 e CPF 051.345.023-82, TEREZINHA DE JESUS DA COSTA MELO RG 03462232008-0 e
CPF: 046.185.253-55, FRANCISCO LUCAS SOUSA ARAUJO RG 03433973200279 e CPF
05916516371, JOÃO PAULO PEREIRA BARBOSA RG 200401020333-1 e CPF 047.585.693-71,
ADAILDO COSTA SANTOS JUNIOR CPF 022.778.903-24, MATEUS MENDES MACHADO CPF
049.233.533-84, BRUNA SOUSA LIMA RG 037163012009-4 e CPF 053.617.053-30, ANA CAROLYNE
NASCIMENTO DE SOUSA RG 035431122008-6 e CPF 074.752.263-44, JULIANA MONTEIRO PEREIRA
RG 0317911320068 e CPF 038.984.893-02, GILVANILDA LIMA ROCHA CPF 024.797.083-22, URIAS
LIMA SOUSA CPF 931.642.543-34 e RENATA LUCENA CARVALHO CPF 056.822.883-94 , para
representá-lo nos autos dos processos em trâmite no Estado do Maranhão, ficando o aludido
preposto investido de todos os poderes necessários para o fiel e cabal cumprimento do presente
instrumento de representação do Banco, podendo inclusive prestar depoimentos, confessar,

desistir, transigir, firmar compromissos e dar quitação.


São Paulo, 19 de maio de 2017

Av. Dr. Alberto de Oliveira Lima, 144 - 05690-020 - Morumbi - São Paulo - SP - Brasil
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SUBSTABELECIMENTO

Com reserva de idênticos poderes, substabelecemos aos advogados (as) NACIARA


LEITE COELHO 8869, CELMA CRISTINA ALVES BARBOSA BAIANO OAB/MA 5680,
KAMILA STEFANY BANDEIRA DE MIRANDA OAB/MA 15568, RAFAEL BRITO
FRANCO OAB/MA 14576, ANDRE ALMEIDA DA CONCEIÇÃO OAB/MA 15538,
MARCOS PAULO FONSECA DE CARVALHO OAB/MA 16210, CAMILA COTRIM
ALMEIDA OAB/MA 11420, JESSICA MACHADO NUNES OAB/MA 13890, ILANA
LEÃO GOMES OAB/MA 13594, JAIR JOSE SOUSA FONSECA OAB/MA 7276,
WINGRIDY HELEN DE SOUSA REIS OAB/MA 15598 e TATIANE NUNES LIMA
OAB/MA 16107, todos com escritório localizado na Rua Simplício Moreira nº
1076-a, Centro, Imperatriz - MA, plenos poderes que nos foram conferido pelo
BANCO BRADESCO S/A, na Procuração Pública, poderes esses para serem
utilizados nos autos de processos em trâmite no Estado do Maranhão .

São Paulo, 19 de maio de 2017

1
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Número do documento: 18041615402343300000000000000
DECISÃO DE SANEAMENTO

Vistos em Correição.

As partes estão devidamente representadas. Presentes os pressupostos processuais. Não


há irregularidades a sanar, nem nulidades a declarar.

Não vejo necessidade de providências preliminares, uma vez que não há questão
relevante a ser delimitada para decisão de mérito, sendo desnecessária a designação de audiência de
Instrução e Julgamento.

O processo encontra-se pronto para julgamento antecipado do mérito, nos termos do art.
355, do NCPC.

No entanto, para que não haja argumento de cerceamento de defesa, e em


cumprimento ao princípio da não surpresa, insculpido no art. 10, do NCPC, determino a intimação das
partes para, no prazo comum de 05(cinco) dias, dizer se pretendem produzir provas em audiência,
sendo que em caso positivo, devem declarar de forma cristalina a sua imprescindibilidade, sob pena de
indeferimento, nos termos do art. 370, Parágrafo único, do Novo Código de Processo Civil.

Decorridos os prazos acima, voltem-me os autos conclusos para os demais atos.

Cumpra-se.

Imperatriz/MA, 12 de janeiro de 2018

Mário Henrique Mesquita Reis

Juiz Titular da Vara de Execuções Penais

Respondendo pela 3ª Vara Cível

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Número do documento: 18041615402343300000000000000
REG. DISTRIBUIÇÃO Nº:0811815-89.2017.8.10.0040
REQUERENTE(S): CLARISSE LIMA NUNES

ADVOGADO(A): Advogado(s) do reclamante: GUSTAVO SARAIVA BUENO

REQUERIDA(S): BANCO BRADESCO SA


ADVOGADO(A):

DESPACHO – MUTIRÃO DE CONCILIAÇÃO E SANEAMENTO DO


PROCESSO

Visando a celeridade e economia processual, este juízo designa mutirão de conciliação e


saneamento do processo em cooperação com as partes, nos termos dos art. 139, V, do CPC e art. 357, §
3º, do NCPC,para o dia 11 de abril de 2018 às 11h, a ser realizado no gabinete desta 3ª Vara Cível.

Intime-se as partes, na pessoa de seus advogados, pelo DJE.

Cumpra-se.

Imperatriz/MA, 15 de fevereiro de 2018.

José Ribamar Serra

Juiz Titular da 3ª Vara Cível

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PROCESSO: 0811815-89.2017.8.10.0040
AÇÃO: PROCEDIMENTO ORDINÁRIO (7)
REQUERENTE: CLARISSE LIMA NUNES
Advogado(s) do reclamante: GUSTAVO SARAIVA BUENO
REQUERIDO: BANCO BRADESCO SA

Advogado(s) do reclamado: RUBENS GASPAR SERRA

INTIMAÇÃO do(a) advogado(a) acima relacionado(s), para tomar conhecimento do despacho abaixo transcrito:

___________________________________________________________________________________

DESPACHO – MUTIRÃO DE CONCILIAÇÃO E SANEAMENTO DO


PROCESSO

Visando a celeridade e economia processual, este juízo designa mutirão de conciliação e


saneamento do processo em cooperação com as partes, nos termos dos art. 139, V, do CPC e art. 357, §
3º, do NCPC,para o dia 11 de abril de 2018 às 11h, a ser realizado no gabinete desta 3ª Vara Cível.

Intime-se as partes, na pessoa de seus advogados, pelo DJE.

Cumpra-se.

Imperatriz/MA, 15 de fevereiro de 2018.

José Ribamar Serra

Juiz Titular da 3ª Vara Cível

___________________________________________________________________________________

Imperatriz Quarta-feira, 07 de Março de 2018

Do que para constar, eu JOAO VITOR BATISTA CORREA SOUSA, A. Judiciário, redigi.

GEISA COBAS XAVIER

Secretária Judicial
Assino de ordem do MM. Juiz Titular desta 3ª Vara Cível, nos termos do art. 3º, XXV, III, do Provimento nº 001/2007/CGJ/MA.

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Número do documento: 18041615402343300000000000000
TERMO DE AUDIÊNCIA DE MUTIRÃO DE SANEAMENTO COMPARTILHADO

Aos 11 dias do mês de Abril do ano de 2018, às 11:00h, na sala de audiências da 3ª Vara Cível,
onde presente se achava o M.M. Juiz de Direito, o Dr. José Ribamar Serra, Juiz de Direito, Titular da 3ª Vara Cível, e para
Audiência de Mutirão de Saneamento Compartilhado nos autos do processo nº 0811815-89.2017.8.10.0040. Feito o pregão,
presente o requerente CLARISSE LIMA NUNES , assim como seu advogado GUSTAVO SARAIVA BUENO (OAB/MA
-16270).Presentea parte requerida BANCO BRADESCO FINANCIAMENTOS S.A., presente seu preposto ADAILDO COSTA
SANTOS JUNIOR, assim como seu advogado ANDRÉ ALMEIDA DA CONCEIÇÃO (OAB/MA – 15538). Presente os
estagiários Kalil Bueno da Silva. Aberta audiência, o MM Juiz ofertou a oportunidade para as partes conciliarem o litígio por meio
da composição amigável, tendo o banco requerido declarado que não tem proposta de acordo. O MM Juiz passou a sanear o
processo nos seguintes termos: As preliminares serão decididas quando do julgamento do mérito. A questão de fato, é saber se a
requerente comprovou o pagamento do débito exigido pelo requerido para o encerramento da conta, e em caso negativo, se a
negativação do seu nome nos órgãos de proteção ao crédito por esta dívida foi no exercício regular do direito. Cada parte cumprirá
o ônus da prova. Não há questões relevantes para decisão de mérito. Pela parte requerente foi dito que pretende produzir prova pro
meio do extrato da conta da requerente para comprovar eventual adimplemento do débito, não tem nenhum ponto do saneador a
acrescentar. Pela parte requerida nada foi pleiteado sobre produção de provas ema audiência ou fora dela, bem como acréscimo ao
ponto saneador. O MM Juiz passou a proferir a seguinte decisão. O pedido da requerente deve ser indeferido, senão vejamos: A
requerente sustenta que a pedir o encerramento da sua conta perante o requerido, este lhe exigiu o pagamento de encargos
financeiros R$ 679,37 (seiscentos e setenta e nove reais e trinta e sete centavos). A requerente sustenta que pagou este valor, no
entanto não juntou o comprovante quando do pedido inicial, documento indispensável para propositura da ação, segundo as regras
do artigo 320 do CPC. Era dever da requerente juntar este comprovante, vez que a contenda cinge sobre este fato. E este dever
encontra-se imposto no artigo 373, I, do CPC. Assim indefiro o pedido de produção de provas por meio do extrato bancário vez
que este não foi juntado no momento oportuno conforme fundamentação acima. Dou esta decisão por publicada em audiência.
Dou o processo por saneado. Determino que o feito fique concluso para sentença.

MM. Juiz __________________________________________________

Requerente ________________________________________________

Adv. do Requerente ________________________________________

Requerido__________________________________________________

Adv. do Requerido__________________________________________

Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: JOSE RIBAMAR SERRA Num. 11068939 - Pág. 1
https://pje.tjma.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18041615402343300000000000000
Número do documento: 18041615402343300000000000000
Estagiário __________________________________________________

Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: JOSE RIBAMAR SERRA Num. 11068939 - Pág. 2
https://pje.tjma.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18041615402343300000000000000
Número do documento: 18041615402343300000000000000

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