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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO TECOLÓGICO

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA E ALIMENTOS

MOINHOS E BRITADORES

Aluno: Gustavo Topanotti Meller

Florianópolis, outubro de 2009


Sumário
2. Moinhos ................................................................................................................................ 4
2.1. Moinho de Bolas ............................................................................................................... 4
2.2. Moinho Trapezóide (Raymond) ........................................................................................ 5
2.3. Moinho de Discos .............................................................................................................. 6
2.4. Moinho/Britador de Martelos ........................................................................................... 6
2.5. Moinho Criogênico ............................................................................................................ 7
2.6. Moinho de Facas ............................................................................................................... 7
3. Britadores .............................................................................................................................. 7
3.1. Britador Mandíbula ........................................................................................................... 7
3.2. Britador de Impacto / Impacto Vertical ............................................................................ 8
3.3. Britador de Martelos ......................................................................................................... 9
3.4. Britador de Cone /Britador de Cone Hidráulico ................................................................ 9
4. Referencias .......................................................................................................................... 10

Florianópolis, outubro de 2009


1. Introdução

As operações de britagem e moagem fazem parte do um dos processos


mais básicos da engenharia: a fragmentação. Esse processo pode ser usado
para adequação dos minérios as práticas do mercado ou até para uma
separação de componentes de alto e baixo valor agregado (separação física).

Denomina-se britagem os processos que possuem como produto final


partículas sólidas com tamanho de até 1 mm. A moagem é a operação que
produz partículas com tamanhos menores que 1 mm.

Neste trabalho serão apresentados os principais equipamentos utilizados


na indústria, assim como o princípio de funcionamento de cada um.

Florianópolis, outubro de 2009


2. Moinhos

2.1. Moinho de Bolas

O moinho de bolas é uma ferramenta eficiente usada para moer diversos tipos
de materiais em pó fino, ou para selecionar minerais. É muito utilizado na
indústria de materiais para construção, indústria química entre outros.

Existem duas formas de moagem: processo seco e processo úmido. O


moinho de bolas pode ser de tipo tabular ou de tipo fluido, dependendo da
forma em que o material é descarregado.

O moinho de bolas é um equipamento chave utilizado em processos de


remoagem. É utilizado em cimento, produtos de silicato, novos materiais de
construção, materiais a prova de fogo, fertilizantes químicos, metal preto e não
férrico, vidro, cerâmica, etc. Pode moer materiais e minérios que aceitem
processo em seco ou em molhado.

Este moinho de bolas é de tipo horizontal e de grade, com mecanismo


de ação tubular e duas salas de armazenagem, e funciona externamente
através de uma engrenagem. Os materiais entram em espiral e de forma
uniforme na primeira sala de armazenagem através do eixo oco de introdução
de material. Nessa sala há um quadro de escalas que tem instaladas diferentes
especificações de bolas de metal. Quando o corpo de barril rota e produz força
centrífuga, as bolas são elevadas e descem para moer o material. Após essa
primeira britagem grossa, o material entra na segunda sala de armazenagem
para uma nova moagem. No fim do processo, o pó é descarregado pelo
sistema de saída.

O moinho de bolas é constituído por de alimentador, descarregador,


vértice de giro, transmissor (desacelerador, redutora, gerador, controle
elétrico), etc. O eixo oco adota aço de molde e a linha pode ser substituída, de
forma que a marcha rotatória principal processe segundo o molde adotado. O
corpo de barril é desmontável e incorpora quadro de escalas. Esta máquina
possui um funcionamento sólido e confiável.

Ele pode ser empregado tanto em processos em batelada como em


processos contínuos. Para processos contínuos utiliza-se um moinho de
formato cônico, que por sua geometria separa as bolas por tamanho. O

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material é introduzido pelo lado maior e recebe a ação das bolas maiores. Na
parte mais estreita do cone ficam as bolas de menor tamanho, que finalizam o
processo.

2.2. Moinho Trapezóide (Raymond)

O moinho trapezóide de é um dos moinho mais utilizados pela industria. .


Ele superou os defeitos de moinhos tradicionais completamente nas aplicações
capacidade, consumo de energia e tempo de uso por exemplo. Hoje em dia,
tem sido usado na indústria metalúrgica, de energia elétrica, química, civil,
indústria de aço, indústria de carvão entre outros.

O Moinho Trapezóide é usado em muitos campos industriais, dentre


eles, construção, química, fertilizantes químicos, metalúrgica, mineração, não-
metais, abrasivos, cerâmica, aço, tijolos e telhas, indústria de carvão,entre
outros.

Ele pode moer materiais não inflamáveis e não-abrasivos, com fineza


igual ou inferior a 9 na escala Mesh e umidade inferior a 6%. O tamanho do
produto final pode ser ajustado facilmente de 30 a 400 mesh. Pode moer
milhares de materiais, tais como cimentos (calcário e clínquer), quartzo,
feldspato, calcita, gesso, argila calcária, dolomita, grafite, fluoreto de ácido,
minério de fosfato, fosfato de cálcio e magnésio, metal eletrolítico de
manganês, carvão, escória, zircônio, esteatita, granito, mármore, barita,
cerâmica, vidro, entre outros.

No moinho, o ar é introduzido na parte baixa do anel de moagem e


soprado verticalmente, transportando os produtos finos para a área de
classificação. O classificador permite que os materiais pulverizados passem e
as partículas com tamanho superior ao requerido são devolvidas à câmara de
moagem e processadas novamente. Todo o moinho opera em condições de
pressão negativas, que pode maximizar o tempo de uso dos componentes
mecânicos principais e minimiza a manutenção da máquina.

O material é introduzido pela parte lateral do moinho e os rolos fazem a


moagem. Peças curvas, localizadas na parte de baixo do moinho faz com que
as partículas sejam lançadas para cima, entrando em contato com os rolos do
moinho. O giro dos rolos se dá ao redor do eixo principal e do seu próprio eixo,
melhorando o rendimento do moinho.

Esse moinho pode ser acoplado a um sistema de tubulação e


separação, os chamados moinhos superfinos, que são utilizados para

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processos contínuos de moagem e seleção do material moído.

2.3. Moinho de Discos

Usado para moagem em pequena quantidade, ele usa o principio do atrito


do material com as duas placas, em formato de disco, e o atrito entre o
material.

O material é introduzido pelo meio de uma das placas, que fica fixa. Outra
placa, em movimento giratório, entra em contato com o material. Somente as
partículas que tiverem o tamanho menor ou igual ao da distancia das placas
consegue ser selecionado.

Esse moinho proporciona um produto com pouca diferença de tamanho. Por


essa vantagem ele é muito utilizado para teste e análises.

2.4. Moinho/Britador de Martelos

Moinho muito utilizado na moagem/britagem de alimentos, minérios entre


outros. A diferença entre eles é o tamanho de partícula do produto final.

Seu principio de funcionamento consiste em eixo principal, disco, pino-


eixo e martelos.

O motor conduz os rotores a girarem rapidamente dentro da cavidade de


esmagamento. Materiais crus podem adentrar a cavidade através da
abertura do alimentador, e são batidos, pressionados, cortados e triturados
por um martelo de pequeno tamanho e alta velocidade. Há um prato para
peneiração embaixo do rotor, então materiais que possuem um tamanho
menor que a rede da tela serão peneirados para fora e outros serão
deixados para serem martelados e triturados até alcançarem o tamanho
padrão. O tamanho do produto final pode ser ajustado, mudando o prato de
peneiração. A distância entre os rotores e o prato de peneiração também
podem ser ajustados de acordo com diferentes requerimentos.

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O material é moído pelo impacto com os martelos. Alguns tipos possuem
as laterais em forma de escamas, o que proporciona uma fragmentação por
cisalhamento também.

2.5. Moinho Criogênico

Usado para uma moagem muito específica, ele usa o principio do


abaixamento da temperatura para aumentar a rigidez do material e assim,
poder fragmenta-lo. Utiliza, na maioria das vezes, nitrogênio liquido e é de
grande valia na moagem de materiais de alto valor agregado ou que farão
parte deles, como plásticos de engenharia por exemplo.

2.6. Moinho de Facas

Utiliza o mesmo principio do moinho de martelos mas com uma diferença:


como as partes do moedor que entram em contato com o material possue uma
área muito pequena (facas) ele consegue um menor tamanho de partícula.
Uma desvantagem é o alto desgaste das facas e ele não pode ser usado para
materiais de alta dureza, como minérios.

3. Britadores

3.1. Britador Mandíbula

Britadores de mandíbula são utilizados para britar pedra de alta e média


dureza, rochas brandas e minérios, materiais de construção, mármore e
adequados para britagem primária. Pode ser usada em mineração, metalurgia,
construção geral, construção de estradas e trilhos, reservatórios de água,
química, etc.

Através das rodas do motor, o eixo excêntrico é acionado pela correia


triangular e pela roleta para movimentar o queixo móvel da mandíbula. Assim,
os materiais podem ser britados na cavidade de britagem, composta por queixo

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fixo da mandíbula, queixo móvel da mandíbula e nivelador lateral- e
posteriormente descarregados.

A movimentação do queixo móvel produz uma força de compressão do


material contra o queixo fixo ou a carcaça. O material é alimentado pela parte
superior do equipamento. Um desgaste excessivo do material do queixo móvel
é contornado pela utilização de uma placa de sacrifício, colocada em cima do
queixo móvel, que recebe o atrito do material e é trocada quando
necessário,não comprometendo o equipamento por completo.

É utilizado como primeira britagem dos materiais e não possui muita


eficácia quanto ao tamanho de partícula do produto final.

3.2. Britador de Impacto / Impacto Vertical

Amplamente utilizada em mineração, construção e indústria química, é a


escolha ideal para britagem e peneiramento. Este equipamento apresenta
estrutura equilibrada, alta produtividade, fácil operação e manutenção e
desempenho seguro. A maior vantagem do britador de impacto é que produz
um pó de excelente formato cúbico, sem tendência a se deformar e livre de
fissuras.

Quando os materiais são introduzidos na área da barra de impacto, são


britados devido ao impacto da mesma em alta velocidade e são lançados até
as placas de impacto no rotor para britagem secundária. Depois os materiais
são disparados de volta à área da barra de impacto para a terceira britagem. O
processo se repete até que os materiais atingem o tamanho requerido e são
descarregados pela parte inferior da máquina.

O tamanho e a forma dos produtos finais podem ser modificados


ajustando o espaço entre o dispositivo de impacto e o suporte do rotor.

Alguns possuem uma placa móvel na entrada (primeiro impacto).


Quando um material muito grande entra e não consegue ser britado, essa
placa cede espaço por meio de um sistema de molas, permitindo que o
material entre em contato com o martelo e seja britado.

Existem também os de impacto vertical, que são alimentados por cima e


possuem um eixo vertical e não horizontal. O material é colocado sob a ação
da força centrífuga, que joga contra a carcaça do equipamento, britando-o.

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3.3. Britador de Martelos

Possui as mesmas caracteristicas do moinho de martelos (2.4). A única


diferença é tamanho do produto final.

3.4. Britador de Cone /Britador de Cone Hidráulico

O britador cônico é utilizado nas indústrias de metalurgia, construção geral,


construção de estradas, química e de fosfatos. Pode ser aplicado a rochas e
minérios duros e de dureza média, tais como minério de ferro, minério de
cobre, argila, quartzo, granito, rocha sedimentária, etc. O tipo de cavidade de
britagem será determinado pela aplicação dos minérios.

O britador cônico de molas consiste em câmara, mecanismo de


transmissão, eixo oco excêntrico, rolamento, cone de britagem, molas e
estação de pressão hidráulica para ajustar a abertura de descarregamento.
Durante a operação, o motor aciona o eixo excêntrico para girar através de um
eixo horizontal e um par de engrenagens de bisel. O eixo do cone de britagem
se balanceia com a força do eixo excêntrico, de forma que a superfície da
parede de britagem fica periodicamente perto do morteiro de rolo. Desta forma,
os minérios e rochas são pressionados e britados.

Usando o principio de atrito, quando há movimentação do cone, que é


preso a um eixo móvel, o material entra em contato com a carcaça do britador
enquanto, do outro lado do cone, o material é descarregado pelo aumento da
distancia entre a carcaça e o cone.

Existe uma variação desse britador que corrige uma falha de operação.
Se o material é muito grande, pode ocorrer um travamento do cone. Para isso
usa-se um sistema hidráulico para o aumento da distancia cone-carcaça, o que
facilita a britagem ou a eliminação desse tipo de partícula.

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4. Referencias

• - Moinhos Vieira http://www.moinhosvieira.com.br/

• - Micromix http://www.micromix.ind.br/

• - Rone http://www.rone.com.br/

• - SBM http://www.crusher.com.br/

• - Metso http://www.metsominerals.com.br/

• Youtube WWW.youtube.com

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