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aN B POE” AUIS WO OTS TV ESB RE SEZ 3 OM Ee SU] PATRIMONIO [CULTURAL SUBAQUATICO DE EPOCA\ CONTEMPORANEA Cronica de... ARQUEOLOGIA PORTUGUESA Congressos, Actas e Outros sobre a producio e difusdo do discurso arqueolégico Antonio Manuel SP, Silva (soul m Adsincas Lal Sis do Cen Agu de lal Der oppo do aor, ozo lo qua apas do Acro Onin de 90 em lugar em Novernbro de 2017, em Lisboa, T (02° Congreso da Asocasfo dos Arquedlogos Portuguese (Aa. Se atingiro nivel de paricipaco€ enxrega de textos do primeiro, realizado a Novembro de 2013 «em evocacio dos 150 anos da AAR, constiuiré sem qualquer dlvida mais um importance ponto de baango da arquenogia portuguts: ou, melhor dizendo, 4 dsponbilzasio de um i repostécio documentalacessivel para esa avaiagio, 0 que parcelarmente ver sendo ensaiado Recorderos que as Actas do primeiro congreso, vindas a ppablico quase excusivamente em formato digital, resultaram ‘numa colectinea de mais de 1300 pins, correspondendo pero decentena ¢ mea de textos dstribuidos por oitodreas temitica, desde a arqueologia pré-histérica & contemporinca ¢ cabindo pratcamencerodaa geografa nacional, incuindo-e ainda comunicagées sobre quesbes historiogriticas, concepuais¢ merodogicas da investigagio e pritica profisional. * Ten do snadosblanges ura nivel ronal (porexempl Ajo eral, 2013; Boca, 2008 ¢ 2014s Dazesoo eal, 2015; Oto eral, 2015; Posto Sava, 2010; Svs, 2010 quer nel acon (Bucatt, 201) oa sinds vane aspects parle, como 05 dt angulosa de Input ambien BRANCO, 2018) 08 acca dv laos de ordenaments ei pars -shaguada ds bes amuelgios (Sa, 2010), masa muir pare ses balos area cseniimene dads quantavos Inder de inenegic, caraeagio dosages, formas de Brancamenta, os de bls ds reslados, io descend ane dos dados dos dco que conubancian 2 podugo emi. * Com esp di conics i sendoinaugel, de citer hisorograen, publica m2 eva Aqua Hiri, (6465 Lbon, 2012) een, Asso, 2013, as comunicges form pnd ae sos em CD-Rom ¢ cnconeamse dsponies em epeltonrencappl2013 (coaslado em 2017-45-01 Aconvocago destescongresos, pus os quasa An” é naruralment a instuigo mais adequada, vem de cero modo a0 encomto do que sugerimos em crica desta revista hi longos anos (SV, 2001), mas nio podemas dear de deport, na mesma link, a incapacidade dese organizarem encomtos nacionas mas vlrados paras quesées pofisionas eis, secs, 1 ea, mais do dominio das pets arquenlgies que da produgo de discuss hisrviogsfcos desi que desde hi muito se coloca& Associacio Profissonal de Arquetlogos... sem que se veainiciativa ou cepaidade para tl) (Ou sea encontros nos quai ox arqueélogos se eunisem enquano tal, a margem de especilidades ou linhas de investigagio aplicada, corporizando assim am “espitito de classe” que se aprecia em continua decadénciae dspersio desde que, em meados ji da dada de 1990, um grupo de ns ousou reclamar das poderesinsttuides 0 reconhetimento de uma pois ur ens afimava?, * Dus dads dees, ‘Ainda no dominio das , ree os cite madd o tenor € reunids mas specilizadas smisind avons punt corre lamentar, a tahe defoice, cidentequea mus em nada 2 fia de consinuidade dos ines reas as) : asec poison 2 ous congrewos de arqueologia sb inamodaet do vi st éempresarial ea no publicasdo alos pura ces ras dasacuas do primeiro elo dena. (Lisboa, Nov. 2008), considerando 0 quanta eventos como aqude poderiam concorrer para dinamizar, firmare dar credibilidad prfisionl 4 um modelo de pritica da arquelogia hoe em dia quaseexcsvo no nos pais Cronica de... ARQUEOLOGIA PORTUGUESA jena é que em muitos congressos e outrasreunies cientiicas 4 apresentagio dos rabalhos se esuma a uma espécie de casting apresado ¢ multicolrido de apresentags power point, em sesstscontinuas de quase sot exposiivos, onde ao fim de umas quanas necréplesromanas,poveads do Fero, fosss do Bronze ou atefictos em silex, em caleidoscépica iconorrea *, uma boa parte dos asitentes decide sir para tomar café ou por em dia a conversa “Tomanda de empeésine © ceahecidoconco do snropsogo fines oe ‘Cayoas (2014) se bem que nas comunicayes denis o wo a esoei ine diag ao pda sm sgn alg sa 4 zgnesia do conheciment ou Quase sempre, nio i tempo ‘i: em princi, quaue para debate ou exe €reduzido desi sein do dina in a els exces eno, a ier 5 coma exemplifca Candia 8 «quando por ves resa tempo, ropa deers meng a diversidade dos assuntos, sels (Ube 115-16. ‘mesmo em sses emits, ta que ou ulrapasaaabrangncia inelecual dos asiemes ‘ou mesmo o seu niimero na szla. A publicao das comunicagesf raramente assume a forma de acta, rermo praticamente proscito desde qu, em sede de avaiacio académica, alguém esarecidamente dererminou que um capitulo de taisclecineas vale menos ponos no ranking aoa que um mis vistosoe enobrecedor “capitulo de livo”.E desde eno, é vera faclidade com que as publicagies colecivasdeencontos¢ jonnadaspasam avs as comunicagies partes dos mess, fingindo todos desconhece (aucres,edzoes eavaliadors) que é sina a gia de um live avis mos, como sio diferentes ‘0s contedidose bem mais exigenteo papel de um verdadeiro coordenador ou editor naquelas circunstincias, de longe ‘ukrapasando, pla exgénciae dominio dos temas & mera compilago e ordenamenco de uns quantos exes, ni rato desiguais em numerosos aspectos. Ald, quer-nos parecer que o substantive “acs” espelha um ceo sentido dgnidade (no obsanteo term te hoje adores de arcasmo adminsvatvo, mbrando a pouco ataentepritca dos registos manuscitos em espsos livros encaderados para a posteidade) que valoriza mals disusioe a woca de arguments ciemtfcos ~ por vues acalorados ou mesmo excessivamente empenhados~ que a mera regurgitaco lusrada de sondegens € prospecres, pos cerimicos,epigrats ou apelaivas aplcagies recnolégicas& pesquisa arqueoldgica. 12 | sheamodioe sz) | jo 207 66oaas estas reflexées tém a ver [...] coma producao e difusdo de um discurso cientifico e, sobretudo, coma dinamizacdo de uma necessdria massa critica dentro da classe e do debate arqueolégico intrinsec® @ Mas se pouco se discute na maior pare dos congressos e reuniGes afins.. pouco debate interesane consequentemente hi a repiar ¢tarefa mits ves ciclpica de transcrever a intervenes ors somase 2 obrgario—editoralmene pouco grade, reconhecemas ~ da publcago de deena de piginas de didlogos, Fequentemente até repeitivos ou desfocados das questies. Porém, nos tempos que corzem, tl dificuldade pode ser trapassda pela fic grvacio em video das ese sua difisio ‘em plataformastéo universis ¢ emocriticas como as dsponiveis ra Internet, o que als fazem jé (e muito bem) os organizadores e alguns eventos. lodas estas reflexes tém que ver, como se compreende, com a produso dfusio de um dscurso cientficoe, sobrecudo, com a dnamizari de uma necssria mas critica eno da clase «do debate arqueolgico intinseco, Nit temos em mente os muitos coliquis, omadas esses cajo propésit é essencekmentedvulgatvo drgdo a piblico general, Als, nee, comega ase omum a assumida no publicaso das aprsentaées,valorzando-se antes o evento Glreunscrito no espago ¢ no tempo, a acéo “imaterial”, ‘simples congregacio de uma pequena muikdzo de owines ‘perante um painel de uns quantos (mais ou menos) specialists, perspectiva bem mais do agrado de muitas inhas de financiamento a comunidade europeia ede no poucasentidades lacs que © investimento em “acs cua wildade uns no perceber € outros preferem subs por qualquer acs efmera mas amas atrente no ficebok ou no joa lod E nesta mesma linha de raciocinio poderamosevocar também 0 crescent desaparecimen do formato “recensiobibligsfca™ nas publicacbes peribdicas de arqueologia. 0 fendmeno nio & geral ced ainda por certo notéveis cexcepgées *, mas esse tipo de * Besar conslar um Porgut? Desde log, adios “ mote oe CTedcpiocn Ms oportunidade a recensées vindas 2 lume viros anos apés a publicagéoanalisada; mas sobretudo porque, por um lado, a qualidade ea autoridade de uma recensio dependem de especiastasdspestosarediglas(, porventua, cexige maior esforgo que o métito curricular que granjeia, 1a lembradaéptica das avalagbes);e, por our, a exigidade do nosso mo cientfco aumenta a probabilidade e roma aelindrosa 2 evenuaidade deter de apontar eros ou insufciéncias a trabalhos de amigos ou colegas prximos. Po eas circuntincias, boas e exigentes recensées criticas (na peitica uma espécie de peer-review & posteriori ndo si féces de achar; quando muito, ‘encontram-se notas de apresentagio ou resumos relativamente indcuos, mas ou menos simptics consoante as relagées uo conhecimento entre 0 recensor€0 awor a cuja obra fia a resenba critica, Jods estes aspects rflecem, julgamos, 2 evidene fla de debate citicn que cadaver mls grasa na arqueologia poruguesa,limitandose as vias excep a confirma a regra Naturalmente, esta preguiga ou incapaidaderefleiva de uma arqueologia que se tornou par cada ver mas praticantes mero ‘modo de vida e pouco ou nada tem que ver com investigacéo (Siva, 2005), néo se limita a gerar menos resultados”. ££ grandemente responsive pela subalternizacéo da nossa ciéncia 0 nivel dos produtores do terrtéro ¢ pela menoridade cultural com aque por vezes se presenta (JORGE e EsTEVi0, 2013), compromerendo por graces a vocacio a que como ciéncia social ¢ convocada:néo a de meramente transi comunidade as naraivas mais ou menos pluses com que amide entetemas o passad, mas sobretuo a de desairo Piblico (do qual 0 arquedlogo € também parte) para as representagbes¢ insuspeitados horiaontes que o passad, o abject, o vestige outros signos da scvidade rquengica (084) podem spar na nossa Pacino en Satta Apmmnt d AnpuleParimnia, ibo. 10 838) Enna Dipntel em hep coppice, iol ie ‘gone pone 102015 (Constadn en 201705.) TO Fie. St, Aoi Manu 5. (201) ~ "Pena do Acide Arup to Ee Dout Vou, Sagar, imesigc rac’ In PTO. FS. (cor), Agu A Toms Mim dango Nas sh Lehn ota bm 0 Cangee des Congr dt Made 28s 10-2627, Ss Astin Maned P2005) "4 Auywgnsnda tid tA ase” AbMadan, 2 ste. 13: 17-19, Suv, ato Nan. 210) "Um Pssdo ten Fonte, engueeo pcinio anu na Are Meo do Pre” Inne Clu Tc Pr de samt ion de Vani: Cm Mica, p35 Si, Ado Mand. 20 “O Paimini rgelignnos Nove Phas Dic Mais Regi Nor pia ei dep Hit Perms Lande 4198216,

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