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n.

25 – DIAGRAMAS DE VENN

Foi o matemático inglês John Venn (1834-1923) que


criou os diagramas, com o intuito de facilitar a compreensão
na relação de união e intersecção entre conjuntos.

John Venn desenvolveu os diagramas no século XIX,


ampliando e formalizando desenvolvimentos anteriores
de Leibniz e Euler, visto que, o método de Venn superava os
sistemas anteriores em termos de clareza e simplicidade.
Venn foi o primeiro a formalizar o seu uso e a dotá-lo de um
mecanismo de generalização.
Embora seja simples construir diagramas de Venn para
dois ou três conjuntos, surgem dificuldades quando se tenta
usá-los para um número maior.
O próprio Venn não se referia aos diagramas como
sendo da sua autoria, mas sim como círculos eulerianos,
fazendo referência aos diagramas criados por Leonhard
Euler no século XVIII.
Foi a partir da década de 1960, que os diagramas de
Venn eles foram incorporados ao currículo escolar
de matemática, na aprendizagem da teoria dos conjuntos e
de funções, como parte do movimento da Matemática
Moderna.

Vitral no refeitório do Caius


College, Universidade de
Cambridge, em homenagem a
Venn e a seus diagramas.

Fonte: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Diagrama_de_Venn>. Acesso em: 20 maio 2017.

Os Diagramas de Venn são frequentemente usados para


mostrar relações lógicas entre um número finito de conjuntos:
§ o retângulo externo representa o conjunto universal, U (o
conjunto de todos os elementos possíveis);
§ os círculos fechados representam os conjuntos distintos de
elementos.
As propriedades fundamentais de um conjunto podem
ser evidenciadas da seguinte forma:
§ A refere-se à um conjunto de elementos no qual dividimos
algumas características definitivas, e podem ser ilustradas
com a cor vermelha no interior do círculo denotado por A.
§ �∁ , o complemento de A, refere-se ao conjunto contendo
todos os elementos no conjunto universal U que não
pertencem a A. Isto pode ser ilustrado com a cor vermelha
no interior do retângulo, mas fora do círculo A.

Simbolicamente o complementar pode ser representado


por: �∁ , ∁� e �

Relações existentes entre dois conjuntos

A interseção dos conjuntos � e , denotados por � ∩


refere-se ao conjunto contendo apenas elementos que
pertencem ambos � e a .
O que pode ser ilustrado com a cor vermelha, ou seja, a
interseção de dois círculos � e .

Dois conjuntos são ditos como disjuntos se eles não


possuem elementos em comum e sua interseção for vazia,
denotamos � ∩ = ∅.
A união dos conjuntos � e , denotados � ∪ , refere-se
ao conjunto contendo todos os elementos distintos no qual
pertencem à � ou .
Isto pode ser ilustrado com a cor vermelha em ambos os
círculos � e , incluindo sua interseção (desde que todos os
elementos da interseção pertencem ambos a � e a , eles
devem ser listados uma única vez quando se estiver
descrevendo os elementos da união).

Observe que, a união de A e �∁ contém o conjunto


universal inteiro U. Logo, � ∪ �∁ = .

Como não há elementos comuns a ambos A e �∁ , temos


que estes dois conjuntos são disjuntos e então � ∩ �∁ = ∅.

Observe que:
§ a interseção de �∁ e ∁
resulta no complemento de � ∪ .
§ já a união de �∁ e ∁
resulta no complemento de � ∩ .

Estas propriedades são conhecidas como Leis de De


Morgan:
(� ∪ )∁ = �∁ ∩ ∁
(� ∩ )∁ = �∁ ∪ ∁

LEIS DE AUGUSTUS DE MORGAN

1. O complementar da união de dois conjuntos A e B é a


intersecção dos complementares desses conjuntos.

(� ∪ )∁ = �∁ ∩ ∁
(� ∪ )∁ = / ∈ e ∉ (� ∪ )

(� ∪ )∁ = / ∈ e ( ∉ � e ∉ )

(� ∪ )∁ = / ∈ ˄ ( ∉ � ˄ ∉ )

(� ∪ )∁ = /( ∈ ˄ ∉ �) ˄ ( ∈ ˄ ∉ )

Logo, (� ∪ )∁ = / ∈ �∁ ˄ ∈ ∁

(� ∪ )∁ = �∁ ∩ ∁

2. O complementar da união de uma coleção finita de


conjuntos é a intersecção dos complementares desses
conjuntos.

(�1 ∪ �2 ∪ … ∪ � )∁ = �1 ∁ ∩ �2 ∁ ∩ … ∩ � ∁

3. O complementar da intersecção de dois conjuntos A e B é


a união dos complementares desses conjuntos.

(� ∩ )∁ = �∁ ∪ ∁

(� ∩ )∁ = / ∈ e ∉ (� ∩ )

(� ∩ )∁ = / ∈ e ( ∉ � ou ∉ )

(� ∩ )∁ = /( ∈ e ∉ �) ou ( ∈ e ∉ )

(� ∩ )∁ = /( ∈ ˄ ∉ �) ˅ ( ∈ ˄ ∉ )

Logo, (� ∩ )∁ = / ∈ �∁ ou ∈ ∁

(� ∩ )∁ = �∁ ∪ ∁
4. O complementar da intersecção de uma coleção finita de
conjuntos é a união dos complementares desses
conjuntos.

(�1 ∩ �2 ∩ … ∩ � )∁ = �1 ∁ ∪ �2 ∁ ∪ … ∪ � ∁

Resumindo:

Venn procurou encontrar formas de diagramas capazes


de representar mais do que três conjuntos. Desenvolveu
também um método geral para qualquer número de
conjuntos, em que cada curva sucessiva delimita um conjunto
que perpassa todos os outros.

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