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ESCOLA DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA, GESTÃO DE NEGÓCIOS E MEIO AMBIENTE
MESTRADO EM SISTEMAS DE GESTÃO
Orientador:
Prof. Marcelo Jasmim Meiriño, D.Sc.
Niterói
2016
Ficha Catalográfica
CDD 620.82
Aos meus avós, Joaquim e Mirtes.
AGRADECIMENTOS
AD Absenteísmo doença
AET Análise Ergonômica do Trabalho
CID M Classificação Internacional de Doenças - Distúrbios osteomusculares
CTP Com Tempo Perdido
DISON Divisão de Sondagem (programação operacional)
DORT Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho
IEA Associação Internacional de Ergonomia
LER Lesão por Esforços Repetitivos
NASA-TLX National Aeronautics and Space Administration- Task Load Index
NRs Normas Regulamentadoras
RH Recursos Humanos
SESMT Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho
SESI Serviço Social da Indústria
SPS-6 Stanford Presenteeism Scale
RESUMO
SUMÁRIO
RESUMO .......................................................................................................................................................... 10
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................. 13
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA ........................................................................................................ 13
1.2 SITUAÇÃO PROBLEMA .......................................................................................................................... 15
1.3 OBJETIVOS ............................................................................................................................................... 16
1.3.1 Objetivo Geral .................................................................................................................................... 16
1.3.2 Objetivos Específicos .......................................................................................................................... 16
1.5 RELEVÂNCIA DA PESQUISA: ................................................................................................................ 16
1.6 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO .................................................................................................................. 17
1.7 ESTRUTURA DO TRABALHO ............................................................................................................... 17
2. REVISÃO DA LITERATURA ..................................................................................................................... 19
2.1 ERGONOMIA ............................................................................................................................................. 19
2.2 ERGONOMIA E GESTÃO DO ABSENTEÍSMO E PRESENTEÍSMO ................................................... 19
2.3 ABSENTEÍSMO E PRESENTEÍSMO ....................................................................................................... 21
2.3.1 Quantificação do Absenteísmo .......................................................................................................... 27
2.3.2 O custo do presenteísmo..................................................................................................................... 28
2.3.3 A Influência do Presenteísmo no Absenteísmo ................................................................................ 29
2.3.4 Quantificação do Índíce de Presenteísmo ......................................................................................... 29
2.3.5 O Absenteísmo e a Ergonomia........................................................................................................... 31
2.4 Como Mitigar o Absenteísmo? .................................................................................................................... 32
3. METODOLOGIA.......................................................................................................................................... 35
3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA ........................................................................................................... 35
3.2 UNIVERSO E AMOSTRA ........................................................................................................................ 36
3.3 INSTRUMENTOS E COLETAS DE DADOS .......................................................................................... 40
3.4 ANALISE E TRATAMENTO DOS DADOS............................................................................................. 42
3.5 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................................................... 43
3.5.1 Levantamento bibliográfico e as fontes de informação utilizadas final – 2016 ........................... 434
4 ESTUDO DE CASO ...................................................................................................................................... 46
4.1 BREVE DESCRIÇÃO DA EMPRESA ...................................................................................................... 46
4.2 ANÁLISE DOS RESULTADOS ................................................................................................................ 48
5. CONCLUSÃO ................................................................................................................................................63
REFERÊNCIAS ................................................................................................................................................ 65
13
1 INTRODUÇÃO
angústia, irritação, depressão, insônia, estresse, distúrbios gástricos, etc. Com isto, há
queda de qualidade, produtividade e prejuízos para a empresa.
Sintoma silencioso da realidade na linha de produção, seja num canteiro de
fábrica seja num escritório, o presenteísmo pode ocasionar maiores danos do que o
absenteísmo. Tido como um indicador de estresse, depressão e, por vezes, de falta de
engajamento, o presenteísmo costuma ter efeitos negativos sobre a produtividade.
Embora possa chegar cedo e sair tarde, de fato o trabalhador está mental e
emocionalmente ausente. Trata-se de um fenômeno pouco diagnosticado e para o qual
poucos pedem ajuda.
Para Penatti, Zago e Quelhas (2006) as medidas preventivas são essenciais
para o sucesso do combate e minimização dos níveis de absenteísmo nas
empresas, neste aspecto seria interessante focar os aspectos ergonômicos e sua
importância dentro do contexto de absenteísmo. Para estes autores, a Ergonomia
tem como um dos seus principais campos de investigação a concepção de meios de
trabalho adaptados às características fisiológicas e psicológicas dos trabalhadores
à atividade, sendo então necessário garantir boas condições laborais, a fim de
manter e promover a saúde, bem como obter uma eficácia desejável.
1.3 OBJETIVOS
2. REVISÃO DA LITERATURA
2.1 ERGONOMIA
Vilela et al. (2011) cita que de uma forma geral as ações de vigilância em
Saúde do Trabalhador preconizam a importância da investigação do processo e a
organização do trabalho em sua relação com a saúde. No entanto essa diretriz não se
traduz em uma metodologia dominada pelos profissionais desses serviços. Uma
referência comum nas áreas do trabalho e da saúde são as NRs (Normas
Regulamentadoras) definidas pela Portaria 3214/78 do Ministério do Trabalho e
Emprego e usadas como base para regular as condições de trabalho e prevenção de
20
alguns não recorrem ao médico para conseguirem licença, preferindo mascarar seus
desconfortos músculo-esqueléticos e permanecerem no trabalho.
Diante dos vieses decorrentes do uso exclusivo do índice de absenteísmo, é
necessário recorrer aos dados do índice de “presenteísmo” para uma avaliação
adequada das condições de saúde no trabalho. O índice de “presenteísmo” refere-se
aos operadores que estão presentes em seu trabalho e executam suas atividades,
porém, apresentam distúrbios ou sintomas equivalentes aos de operadores doentes
afastados. Esses operadores não faltam ao trabalho devido aos distúrbios não
atingirem graus incapacitantes, mas adotam recursos e estratégias para amenizarem os
sintomas danosos (dores músculoesqueléticas) a médio e longo prazo (VILELA et al.,
2011).
Segundo Buckerman e Laukkanen (2009), o absenteísmo e o presenteísmo são
semelhantes no que diz respeito à produtividade. No caso do absenteísmo, os
empregados ausentam-se do trabalho por motivo de doença e, no caso do
presenteísmo, estão presentes no trabalho apesar de sua doença.
Neste aspecto, para as empresas, que querem permanecer no mercado
competitivo, é de suma importância um planejamento voltado para o combate dos
fatores do absenteísmo e do presenteísmo, haja vista a relação evidente entre esses
fatores e a baixa qualidade dos serviços prestados nos diferentes ramos de produção
(DALL’INHA, 2006).
Para Penatti, Zago e Quelhas (2006) o absenteísmo, genericamente se refere à
ausência do trabalhador no local de trabalho. Dentre os denominados, fatores
humanos no processo de trabalho, que incluem as chamadas doenças
ocupacionais e a rotatividade, o absenteísmo se situa entre os efeitos mais danosos ao
processo de trabalho, ao suporte social do trabalhador. O absenteísmo
caracteriza-se, nesse sentido, como tendo um duplo efeito: do ponto de vista do
trabalhador, a possibilidade de desconto no salário, de demissão ou de outros
problemas correlatos; do ponto de vista da organização do trabalho, a
dificuldade de realização do trabalho previsto e os prejuízos por ventura
decorrentes.
27
Onde:
Número de horas/homem trabalhadas é o número total de horas trabalhadas, pelos
profissionais de enfermagem previstas no período considerado. Número de
horas/homem ausentes é o número mensal de horas ausentes dos profissionais, dividido
pelo número de horas trabalhadas. Número de horas/homem ausentes considera todas as
faltas, inclusive as justificadas, todas as licenças por doença, doação de sangue,
alistamento eleitoral e militar, atendimento à convocação judicial e as suspensões
motivadas pela aplicação de medidas disciplinares. Não inclui férias e licenças legais
acima de 15 dias ininterruptos (KURCGANT, et al 2015).
Pesquisas realizadas por Goetzel et al, 2004, demonstraram que os custos por
perdas de produtividade no trabalho nos Estados Unidos da América – EUA foram
considerados mais altos que aqueles os custos com o absenteísmo. Os decorrentes do
presenteísmo foram maiores que os custos médicos, na maioria das condições de agravo
à saúde, representando de 18 a 60% do total dos custos para as condições de saúde mais
onerosas para o país, dentre as quais: enxaqueca, câncer doenças cardíacas, alergias,
artrite, asma, diabetes, hipertensão e infecções respiratórias.
Hemp, (2004), traz mais detalhadamente questões desses custos nos EUA. As
faltas ao trabalho não necessariamente estão relacionadas a questões médicas que
possam prejudicar o desempenho do funcionário. Estar presente e não produzir torna-se
mais oneroso que o absenteísmo, pois é capaz de reduzir a produtividade no trabalho em
um terço, ou mais. No Brasil, não há estudos que demonstrem esses custos.
29
numa escala do tipo-Likert com cinco níveis de resposta (de 1 – discordo totalmente, a 5
– concordo totalmente). Esta é uma das mais interessantes medidas disponíveis para
estimar as perdas de produtividade laboral e tem sido um dos instrumentos mais
utilizados para medir o presenteísmo.
A estrutura da escala integra duas dimensões de presenteísmo, com três itens
cada. A primeira encontra-se associada à quantidade de trabalho, que é efetuado quando
o empregado está sob a influência das causas do presentismo. A segunda diz respeito à
capacidade de concentração das pessoas quando se manifestam os sintomas do
presenteísmo (MARTINEZ et al., 2007).
De acordo com Paschoalin, at al, (2013), a avaliação do presenteísmo permitirá
complementar o entendimento da complexa rede de causalidade envolvida no fenômeno
de adoecimento dos Trabalhadores. Ainda segundo os autores, por ser um instrumento
específico para avaliar o presenteísmo, diferente de outros instrumentos descritos na
literatura, o SPS-6 (Stanford Presenteeism Scale) possibilita mensurar a influência de
problemas de saúde na qualidade de trabalho e no desempenho do trabalhador,
mostrando-se um instrumento de fácil entendimento, favorecendo o seu preenchimento
e análise.
O rigoroso cuidado realizado em todas as etapas de adaptação do SPS-6 permite
constatar-se que o SPS-6 apresentou propriedades psicométricas adequadas e
comparáveis aos estudos internacionais, sendo indicada sua aplicação em futuros
estudos de mensuração e investigação do presenteísmo (PASCHOALIN, AT AL, 2013).
Segundo Thorwarth, Arisha e Harper (2009), um número crescente de pacotes de
softwares de simulação podem ser aplicados ao processo de otimização. Entretanto, suas
aplicações concentram-se na fabricação e instalação de produção e, raramente, tratam da
dinâmica do trabalho, tais como carga de trabalho e flexibilidade das tarefas dos
empregados, em que verifica-se menor atenção.
Este modelo pode ser utilizado não apenas para medir a qualidade dos serviços
prestados, mas pode ser um direcionador dos custos para identificar o número adequado
de empregados dentro de uma empresa para cada atividade e horários diferentes de
trabalho para se manter um equilíbrio, em que o estresse, um causador do presenteísmo,
é reduzido, bem como são reduzidas as consequências negativas do absenteísmo e
consequentemente os custos da produção (THORWARTH; ARISHA; HARPER, 2009).
31
3. METODOLOGIA
Dados percentuais
Fonte: a autora
Dados percentuais
Fonte: a autora
Dados percentuais
Fonte: a autora
38
Dados percentuais
Fonte: a autora
Gráfico 05 – Escolaridade
HORÁRIO OPERACIONAL
Organização de estrutura
funcional e organograma
Cadastro e controle de
funcionários
Treinamentos (realização,
avaliação ou controle)
Organização de
departamento pessoal (folha
de pagamento, holerite e
controle de horas extras e
registro de ponto)
Recrutamento e seleção
(processo seletivo)
Fonte: a autora
A figura 01 ilustra essas fases definida por Bardin, 2006, mostrando as etapas
de coleta de dados.
43
Fonte: a autora
Trabalhos Trabalhos
Fonte de Tipo de Ano de Palavras-chave ou
encontrados Selecionados
pesquisa documento Publicação termos utilizados
(no) (no)
Web of Absenteeism
Todos 2010 à 2015 38 11
science AND ergonomics
45
Absenteeism
Scopus Todos 2010 à 2015 66 09
AND ergonomics
Absenteeism OR
Engineering
Todos 2010 à 2016 Ausentism AND 32 05
Village
ergonomics
Ausentismo AND
Scielo Todos 2010 à 2016 64 18
Absenteísmo
Fonte: A autora.
4 ESTUDO DE CASO
Trata-se de um grupo formado por três empresas, que atuam nos segmentos de
pesquisa mineral, sondagem de solo e produção de bentonita. No primeiro segmento,
a empresa oferece serviços em quatro categorias, laboratório ambiental, laboratório
geoquímico, laboratório metalúrgico e outsourcing. No seguimento de sondagem, a
empresa fornece serviços para diversas necessidades. Nesse ramo de atuação, são
oferecidos aos clientes serviços de sondagem diamantada e rotopercussiva, além dos
serviços de construção de poços nas modalidades direcional, air core, screw core e
over coring. No terceiro seguimento, o de produção de bentonita, a empresa trabalha
com argilas para fluído de perfuração, pelotização de minério de ferro e fundição.
Atualmente a empresa possui uma capacidade instalada para a produção de 100.000
ton/ano.
Atualmente a possui cerca de 1324 empregados divididos em obras em
diversas localidades.
Entre os anos de 2012 à inicio de 2014 foi realizada na empresa uma Análise
Ergonomica do Trabalho.
De acordo com os critérios das referências técnico-legais em que se baseou o
estudo realizado previamente (AET), a empresa apresentou fortes indícios de pontos
de verificação ergonômica.
pesquisa feita com todos os trabalhadores da empresa e entre eles alguns detinham
informações importantes a cerca da saúde da percepção de saúde dos trabalhadores e
quanto ao absenteísmo:
Fonte: AET
Fonte: AET
50
Fonte: AET
Fonte: AET
51
Fonte: AET
Fonte: AET
ETAPA 1 - INVESTIGAÇÃO
LITERATURA
PROPOSTA SITUAÇÃO ATUAL MEDIDAS DE CONTROLE
CIENTÍFICA
Ausência de fundamentos
epidemiológicos
contextualizados que se Sistemática
Fundamentação Traçar um panorama do local de
destinam a traçar um adotada no
Epidemiológica trabalho, indicando a presença
panorama do local de Diagnóstico de
Adequada Da de doenças e fatores de risco
trabalho, indicando a Saúde e Estilo de
População que podem influenciar no
presença de doenças e fatores Vida, criada pelo
Trabalhadora absenteísmo/presenteismo.
de risco que podem SESI (2012)
influenciar no
absenteísmo/presenteismo.
Investigação
Ocorreram picos de
sobre os picos de Calil, at al, (2015),
apresentação de atestados
ocorrências Martiniano (2012)
vinculados ao CID M, nos
sazonais para e Martinez et al.
meses de Março e Abril do
aprofundamento (2007).
ano de 2014, 2015.
das informações.
LITERATURA
PROPOSTA SITUAÇÃO ATUAL MEDIDAS DE CONTROLE
CIENTÍFICA
O controle inadequado da
programação da produção faz Medidas processuais,
Atenção a
com que trabalhadores administrativas ou disciplinares,
Organização do
permaneçam por mais tempo medidas preventivas orientadas
Trabalho.
em período de folga Quelhas, Zago e para o indivíduo, medidas
Melhoria na
remunerada ou inativos nos Penatti, (2006). preventivas orientadas para o
Integração Entre
alojamentos da empresa, se ambiente de trabalho físico e
os Empregados e
tornando representantes do psicossocial e medidas
a Organização.
absenteísmo e presenteísmo reintegrativas.
não catalogados.
59
Fonte: A Autora
1) Identificação do absenteísmo/presenteísmo:
Assim como exposto no quadro 09, Calil, et al, (2015), afirmam que o
mapeamento adequado do absenteísmo/presenteismo e suas causas permitem refletir
sobre as condições laborais e a elaboração de políticas e estratégias de gestão de
pessoas.
É importante lembrar que segundo Inoue et al. (2008) para que as empresas
consigam identificar o real motivo das ausências dos seus empregados, faz-se
necessário um estudo mais detalhado das causas e consequências do absenteísmo. Além
disso, de acordo com Martiniano (2012), as empresas que direcionam medidas
excessivas à redução do absenteísmo, ocasionam um aumento de presenteísmo, que a
longo prazo podem aumentar o afastamento por doenças (absenteísmo prolongado).
De acordo com Martinez et al. (2007), há um instrumento que permite a
avaliação do Presenteísmo, Stanford Presenteeism Scale-6 (SPS-6) demonstrado como
uma das medidas de investigação na etapa 1 do Quadro 09. A escala do SPS-6 é
constituída por 6 afirmações baseadas numa escala do tipoLikert com cinco níveis de
resposta (de 1 – discordo totalmente, a 5 – concordo totalmente). Esta é uma das mais
interessantes medidas disponíveis para estimar as perdas de produtividade laboral e tem
sido um dos instrumentos mais utilizados para medir o presenteísmo.
Outro contribuinte importante para o aprofundamento das informações à cerca
do absenteísmo/presenteismo é o uso das Ferramentas de Análise Ergonômicas. Reitera-
se a colocação de Vilela et al. (2011) que diz que a ergonomia da atividade contribuiu
para compreender as causas organizacionais ultrapassando os aspectos normativos da
60
vigilância tradicional, o que indica sua importância para tornar mais efetivas as ações de
vigilância para a prevenção.
Como citado nas etapas 01 e 02 do Quadro 09, através do programa de
Ergonomia pode ser avaliado profundamente, monitorado e estimulado a melhoria
continua das condições de trabalho. Porém mais que isso, promoverá a análise
continuada dos indicadores e das justificativas dos casos de absenteísmo e rotatividade
existente. Isso se dá através de um ciclo de análises contínuas das condições de
trabalho, composta por grupos representativos da empresa.
Citado como um importante meio para fundamentação epidemiológica na
empresa (Quadro 9 - etapa 1) a sistemática adotada no Diagnóstico de Saúde e Estilo de
Vida, criada pelo SESI (2012), é um meio para clarear a situação da empresa com
relação aos índices de absenteísmo e presenteísmo, levando em conta os diversos outros
fatores que exercem influência. Tem fundamentos epidemiológicos e se destina a traçar
um panorama do local de trabalho, indicando a presença de doenças e fatores de risco
que podem influenciar no absenteísmo, no presenteísmo e nos custos (de produção ou
assistenciais).
Neste diagnóstico de saúde e estilo de vida, assim como descrito na página 33
deste estudo, os seguintes fatores são analisados:
• Dados socioeconômicos, demográficos e culturais.
• Alimentação.
• Tabagismo.
• Consumo de bebidas alcoólicas.
• Morbidade referida.
• Utilização e acesso a serviços de saúde.
• Comportamento preventivo.
• Características do trabalho: horários, turnos, absenteísmo.
• Qualidade do sono.
• Desconforto osteomuscular.
• Presença de desconforto mental leve .
• Auto avaliação da saúde.
• Medidas de peso, altura, circunferência abdominal, pressão arterial e saúde
bucal.
61
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
GEHRING JUNIOR, G.; CORRÊA FILHO, H. R.; VIEIRA NETO, J. D.; FERREIRA,
N. A.; VIEIRA, S.V. R. Absenteísmo - doença entre profissionais de enfermagem da
rede básica do SUS Campinas. Revista brasileira de epidemiologia, São Paulo, v.10,
n.3, set. 2007.
HEMP, P. Presenteeism: At Work – but out of it. Harvard Business Review, v. 82, n.
10, p. 49-58, 2004.
IIDA, I. Ergonomia: projeto e produção. 2.ed. São Paulo: Edgard Blucher, 2005.
Conceituação foi aprovada por unanimidade na Reunião do Conselho Científico da
International Ergonomics Association (IEA) de 01 de agosto de 2000, em San Diego,
USA.
MARQUES DO, PEREIRA MS, SOUZA ACS, VILA VSC, ALMEIDA CCOF,
OLIVEIRA EC. Absenteeism – illness of the nursing staff of a university hospital. Rev
Bras Enferm. 2015;68(5):594-600. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/0034-
7167.2015680516.
WU, Z.; WENG, M. X. Multiagent Scheduling Method With Earliness and Tardiness
Objectives in Flexible Job Shops IEEE Transactions on Systems, Man, and
Cybernetics— Part B: Cybernetics, v.35, n. 2, p. 293-301, 2005.