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Sumário
UNIDADE I - CONCEITOS, PRINCÍPIOS E HISTÓRIA DA CONTABILIDADE PÚBLICA NO
BRASIL ................................................................................................................................................. 4
UNIDADE II– PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO, SIAFI E SIAFEM ........ 20
1
2.5 - SIAFI e SIAFEM .......................................................................................................................... 26
3.3.2 PRINCÍPIOS........................................................................................................................... 50
2
Dos Limites da dívida pública e das operações de crédito: .................................................... 64
3
UNIDADE I - CONCEITOS, PRINCÍPIOS E HISTÓRIA DA
CONTABILIDADE PÚBLICA NO BRASIL
O orçamento público;
O patrimônio público;
Os atos administrativos; e
Os custos no setor público.
4
foram editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade objetivando adequar a
contabilidade pública brasileira às normas globais.
Fonte: MPOG
5
Já a figura 2 abaixo elenca as empresas estatais federais
DEPENDENTES:
Fonte: MPOG
6
(b) parcialmente, as demais entidades do setor público, para garantir
procedimentos suficientes de prestação de contas e instrumentalização do
controle social.
Vale salientar o que a NBCT 16.1 define como sendo entidades do setor
público:
Entidade do Setor Público: órgãos, fundos e pessoas jurídicas de direito
público ou que, possuindo personalidade jurídica de direito privado,
recebam, guardem, movimentem, gerenciem ou apliquem dinheiros, bens e
valores públicos, na execução de suas atividades. Equiparam-se, para
efeito contábil, as pessoas físicas que recebam subvenção, benefício, ou
incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público. (Redação dada pela
Resolução CFC nº. 1.268/09)
Funciona assim:
UC Consolidada
UC Originária 1 UC Originária 2
UC
UC Unificada 1 Descentralizada
3
UC
Descentralizada
1
UC
Descentralizada
2
7
1.4 PATRIMÔNIO PÚBLICO
(a) Ativos são recursos controlados pela entidade como resultado de eventos
passados e do qual se espera que resultem para a entidade benefícios
econômicos futuros ou potencial de serviços;
8
Os demais passivos devem ser classificados como não circulante.
1. ATIVO 2. PASSIVO
2.1. ATIVO CIRCULANTE 2.1. PASSIVO CIRCULANTE
2.2. ATIIVO NÃO CIRCULANTE 2.2. PASSIVO NÃO
CIRCULANTE
2.3. PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Bens Públicos
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
9
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são
inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei
determinar.
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído,
conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração
pertencerem.
10
II - a despesa e a assunção de compromisso serão registradas segundo o
regime de competência, apurando-se, em caráter complementar, o resultado
dos fluxos financeiros pelo regime de caixa;
a) Aquisição:
PL = ATIVO – PASSIVO
b) Pagamento da despesa:
11
Nesse caso, também não ocorre a variação patrimonial diminutiva.
Portanto, também não ocorreu a despesa.
c) Distribuição do material:
a) Prestação do serviço:
b) Pagamento do serviço:
12
a) Aquisição do imobilizado:
O MCASP reforça que a parte que se refere à CASP inicia-se no art. 85º
da lei 4320/1964 conforme se observa a seguir:
13
Observa-se que, além do registro dos fatos ligados à execução
orçamentária, deve-se proceder à evidenciação dos fatos ligados à
administração financeira e patrimonial, de maneira que os fatos modificativos
sejam levados à conta de resultado e que as informações contábeis permitam o
conhecimento da composição patrimonial e dos resultados econômicos e
financeiros de determinado exercício.
Nesse sentido, a contabilidade deve evidenciar, tempestivamente, os
fatos ligados à administração orçamentária, financeira e patrimonial, gerando
informações que permitam o conhecimento da composição patrimonial e dos
resultados econômicos e financeiros.
Portanto, com o objetivo de evidenciar o impacto no patrimônio, deve
haver o registro da variação patrimonial aumentativa, independentemente da
execução orçamentária, em função do fato gerador.
O reconhecimento do crédito apresenta como principal dificuldade a
determinação do momento de ocorrência do fato gerador. No entanto, no âmbito
da atividade tributária, pode-se utilizar o momento do lançamento como
referência para o seu reconhecimento, pois é por esse procedimento que:
Resumindo:
14
• Princípio da Entidade;
• Princípio da Continuidade;
• Princípio da Oportunidade;
• Princípio do Registro pelo Valor Original;
• Princípio da Competência;
• Princípio da Prudência.
Registro pelo Valor Original: nos registros dos atos e fatos contábeis será
considerado o valor original dos componentes patrimoniais (Resolução CFC nº
750/93 – 1.111/07).
15
falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação
contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário
ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da informação.
Disposições gerais;
Contabilidade orçamentária e financeira;
Contabilidade patrimonial; e
Balanços e demonstrações contábeis.
16
Quintana1 (2011), declara que a LRF procura destacar a importância do
planejamento e da transparência, que são essenciais à boa gestão, dando
publicidade a todas as despesas realizadas. Quando abordamos essencialmente
aspectos de natureza contábil, a LRF procura determinar normas para
escrituração e consolidação das contas, na busca do aprimoramento do controle
e da evidenciação das contas públicas.
Não obstante os méritos desses dois diplomas legais já citados, a
contabilidade pública brasileira ainda carecia de maior e mais moderna
regulamentação, quando a analisamos sob o enfoque patrimonial. Isso sem falar
da necessidade do alinhamento das práticas contábeis aplicadas no Brasil aos
padrões internacionais.
Dessa forma, o Conselho Federal de Contabilidade publica a Resolução
nº 1.111/2007 e aprova o apêndice II da Resolução CFC nº 750/93 sobre os
Princípios de Contabilidade, sob a perspectiva do setor público. Posteriormente,
já em 2010, altera substancialmente a Resolução CFC nº 750/93, incluindo novo
conteúdo para quase todos os Princípios de Contabilidade.
Silva2 (2009) destaca que, mesmo não sendo aprovados por leis
primárias, os princípios de contabilidade constituem a doutrina, com regras
derivadas da função contábil que mostram como atingir seus objetivos.
Buscando a adequada aplicação das Normas Brasileiras de Contabilidade
à luz dos Princípios de Contabilidade, a Resolução CFC nº 1.282/2010 atualizou
e consolidou a Resolução CFC nº 750/93, em harmonia com a NBC T 1, norma
brasileira que converge com o padrão internacional.
A NBC T 1 estabelece como pressupostos básicos o regime de
competência e a continuidade, para a preparação das demonstrações, as quais,
para serem úteis aos usuários, deverão apresentar as características qualitativas
das demonstrações contábeis, além de definir os elementos diretamente
relacionados com a mensuração da posição patrimonial e de resultado, e
estabelecer os critérios de reconhecimento de ativos, passivos, receitas e
despesas (ROSA3, 2011, p. 309).
Silva4 (2011, p. 355) declara que “a edição dos Princípios de
Contabilidade sob a perspectiva do setor público e das Normas Brasileiras de
Contabilidade aplicadas ao setor público representa uma nova etapa da
Contabilidade Pública”.
Para que se viabilizasse a contento esse processo foi editada a Portaria
nº 184/2008, que dispõe sobre as diretrizes a serem observadas no setor público
(pelos entes públicos) quanto aos procedimentos, práticas, elaboração e
1
QUINTANA, Alexandre Costa. Contabilidade pública: de acordo com as novas normas brasileiras de
contabilidade aplicadas ao setor público e a lei de responsabilidade fiscal. São Paulo: Atlas, 2011.
2
SILVA, Lino Martins da. Contabilidade governamental: um enfoque administrativo da nova
contabilidade pública. 8º ed. São Paulo: Atlas, 2009.
3
ROSA, Maria Berenice. Contabilidade do setor público. São Paulo: Atlas, 2011.
4
SILVA. Lino Martins da. Contabilidade governamental: um enfoque administrativo da nova
contabilidade pública. 9ª ed. São Paulo: Atlas, 2011.
17
divulgação das demonstrações contábeis, de forma a torná-los convergentes
com as Normas Internacionais de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público. A
Portaria previa as seguintes ações para aprimorar o processo de convergência:
5
International Federation of Accountants: Organização global da profissão de contabilidade dedicada
a servir o interesse público, fortalecendo a profissão e contribuindo para o desenvolvimento de fortes
economias internacionais.
18
Em 2009, o Decreto nº 6.976 estabeleceu mais alguns objetivos com o
intuito de promover as adequações necessárias para a convergência aos
padrões internacionais de contabilidade. Eis alguns dos mais importantes:
19
a) Diretriz 1 - Promover o Desenvolvimento Conceitual da Contabilidade
Aplicada ao Setor Público no Brasil.
b) Diretriz 2 - Estimular a Convergência às Normas Internacionais de
Contabilidade aplicadas ao Setor Público (IPSAS).
c) Diretriz 3 - Fortalecer institucionalmente a Contabilidade Aplicada ao
Setor Público.
Em 2011 foi publicada a portaria STN 828 que alterou o prazo para adoção
das partes do Manual. Em 2016 foram publicadas: Portaria Conjunta SOF/STN
nº 2/2016 (Aprova a Parte I) e Portaria STN nº 840/2016 (Aprova a Parte Geral
e as Partes II, III, IV e V) que definem que o MCASP 7ª edição deve ser utilizado
por todos os entes da federação em 2017 (conf. art. 3º da Portaria SOF/STN nº
2/2016).
São estes os volumes do MCASP:
21
h) Contribuir para a adequada tomada de decisão e para a racionalização
de custos no setor público; e
i) Contribuir para a transparência da gestão fiscal e para o controle social.
22
b) Natureza de Informação Patrimonial: registra, processa e evidencia os
fatos financeiros e não financeiros relacionados com a composição do
patrimônio público e suas variações qualitativas e quantitativas.
c) Natureza de Informação de Controle: registra, processa e evidencia os
atos de gestão cujos efeitos possam produzir modificações no
patrimônio da entidade do setor público, bem como aqueles com
funções específicas de controle.
23
A estrutura básica do Plano de Contas da União em nível de classe e
grupo consiste na seguinte disposição:
24
5.3 – Inscrição de Restos a
Pagar
a) Código: estrutura numérica que identifica cada uma das contas que
compõem o plano de contas.
b) Título / Nome: designação que identifica o objeto de uma conta.
c) Função: descrição da natureza dos atos e fatos registráveis na conta.
d) Natureza do Saldo: identifica se a conta tem saldo devedor, credor ou
ambos.
o Conta Devedora: possui saldo predominantemente devedor.
o Conta Credora: possui saldo predominantemente credor.
o Conta Mista / Híbrida: possui saldo devedor ou credor.
[...]
25
§ 2º Entende-se por superávit financeiro a diferença positiva entre o ativo
financeiro e o passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos
créditos adicionais transferidos e as operações de credito a eles vinculadas.
Art. 105
[...]
26
Lima e Castro6 (2006, p.99) detalham que até 1986, o Governo Federal
convivia com diversos problemas de natureza administrativa na gestão de seus
recursos. Nesse ano, foram criados grupos de trabalho com o objetivo de
preparar o Ministério da Fazenda para executar o orçamento unificado de 1987.
Segundo os autores, à época, diversos obstáculos foram identificados na busca
desse propósito dentre os quais destacam-se:
6
Lima, Diana V. & CASTRO, Róbison G. de. Contabilidade Públical: integrando União, Estados e
Municípios (SIAFI e SIAFEM). 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2006.
27
desde que receba os créditos orçamentários e os recursos financeiros da
Unidade por ela responsável.
2.5.3 Objetivos
28
Permitir o registro contábil dos balancetes dos estados e municípios e de
suas supervisionadas;
Permitir o controle da dívida interna e externa, bem como o das
transferências negociadas;
Integrar e compatibilizar as informações no âmbito do Governo Federal;
Permitir o acompanhamento e a avaliação do uso dos recursos públicos;
e
Proporcionar a transparência dos gastos do Governo Federal.
29
permite optar, a critério do Ministério ou órgão respectivo, se suas
Unidades devem ou
não ficar sujeitas aos limites específicos do OGU na realização de
suas despesas.
30
Nota de sistema: Registra os eventos contábeis automaticamente.
Ordem bancária: Destina-se ao pagamento de compromissos e a
liberação de recursos financeiros para adiantamento de suprimento de
fundos.
31
Ocorre que, conforme já abordamos em nosso item 4.3.1, atualmente a
Secretaria do Tesouro Nacional optou por trabalhar com “naturezas de
informação”, que são:
a) Orçamentária
b) Patrimonial
c) De controle.
3.2.1 INTRODUÇÃO
a. Balanço Orçamentário;
b. Balanço Financeiro;
c. Balanço Patrimonial;
d. Demonstração das Variações Patrimoniais;
e. Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC); e
f. Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL).
32
As estruturas das demonstrações contábeis contidas nos anexos da Lei
nº 4.320/1964 foram atualizadas pela Portaria STN nº 438/2012, em consonância
com os novos padrões da Contabilidade Aplicada ao Setor Público (CASP). Em
função da atualização dos anexos da Lei nº 4.320/1964, somente os
demonstrativos enumerados no parágrafo anterior serão exigidos para fins de
apresentação das demonstrações contábeis nos termos deste Manual.
A Parte V – Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público
(DCASP) do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP) tem
como objetivo padronizar a estrutura e as definições dos elementos que
compõem as DCASP. Tais padrões devem ser observados pela União, estados,
Distrito Federal e municípios, permitindo a evidenciação, a análise e a
consolidação das contas públicas em âmbito nacional, em consonância com o
Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP).
A estrutura observa o disposto na Lei nº 4.320/1964, na Lei Complementar
nº 101/2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), na Lei nº 10.180/2001
(Sistema de Administração Financeira e de Contabilidade Federal) e as Normas
Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público (NBCT 16) editadas pelo
Conselho Federal de Contabilidade (CFC).
a. Quadro Principal;
b. Quadro da Execução dos Restos a Pagar Não Processados; e
c. Quadro da Execução dos Restos a Pagar Processados.
33
especiais e extraordinários que tiveram o ato de autorização promulgado nos
últimos quatro meses do ano anterior, caso em que esses créditos serão
reabertos nos limites de seus saldos e incorporados ao orçamento do exercício
financeiro em referência.
Esse desequilíbrio ocorre porque o superávit financeiro de exercícios
anteriores, quando utilizado como fonte de recursos para abertura de créditos
adicionais, não pode ser demonstrado como parte da receita orçamentária do
Balanço Orçamentário que integra o cálculo do resultado orçamentário. O
superávit financeiro não é receita do exercício de referência, pois já o foi em
exercício anterior, mas constitui disponibilidade para utilização no exercício de
referência. Por outro lado, as despesas executadas à conta do superávit
financeiro são despesas do exercício de referência, por força legal, visto que não
foram empenhadas no exercício anterior.
Esse desequilíbrio também ocorre pela reabertura de créditos adicionais
porque aumentam a despesa fixada sem necessidade de nova arrecadação.
Tanto o superávit financeiro utilizado quanto a reabertura de créditos adicionais
estão detalhados no campo Saldo de Exercícios Anteriores, do Balanço
Orçamentário.
Dessa forma, no momento inicial da execução orçamentária, tem-se, em
geral, o equilíbrio entre receita prevista e despesa fixada. No entanto, iniciada a
execução do orçamento, quando há superávit financeiro de exercícios
anteriores, tem-se um recurso disponível para abertura de créditos para as
despesas não fixadas ou não totalmente contempladas pela lei orçamentária.
O equilíbrio entre receita prevista e despesa fixada no Balanço
Orçamentário pode ser verificado (sem influenciar o seu resultado) somando-se
os valores da linha Total e da linha Saldos de Exercícios Anteriores, constantes
da coluna Previsão Atualizada, e confrontando-se esse montante com o total da
coluna Dotação Atualizada.
Recomenda-se a utilização de notas explicativas para esclarecimentos a
respeito da utilização do superávit financeiro e de reabertura de créditos
especiais e extraordinários, bem como suas influências no resultado
orçamentário, de forma a possibilitar a correta interpretação das informações.
34
35
36
37
38
3.2.3. BALANÇO FINANCEIRO
39
forma, a variação negativa não significa, necessariamente, um mau
desempenho, pois pode decorrer de uma redução no endividamento. Portanto,
a análise deve ser feita conjuntamente com o Balanço Patrimonial, considerando
os fatores mencionados e as demais variáveis orçamentárias e
extraorçamentárias.
A discriminação por fonte / destinação de recurso permite evidenciar a
origem e a aplicação dos recursos financeiros referentes à receita e despesa
orçamentárias.
40
41
3.2.4 BALANÇO PATRIMONIAL
INTRODUÇÃO
a. Quadro Principal;
b. Quadro dos Ativos e Passivos Financeiros e Permanentes;
c. Quadro das Contas de Compensação (controle); e
d. Quadro do Superávit / Déficit Financeiro.
O Balanço Patrimonial permite análises diversas acerca da situação
patrimonial da entidade, como sua liquidez e seu endividamento, dentre outros.
42
43
44
3.2.5 DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS
INTRODUÇÃO
45
modelo auxilia o recebimento das contas anuais por meio do Siconfi para fins de
consolidação.
ESTRUTURA
46
MODELO ANALÍTICO
47
48
3.3 – LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL
3.3.1 OBJETIVOS
Estabelecer regras acerca das finanças públicas direcionando o uso dos
recursos públicos para a responsabilidade na gestão fiscal;
Introduzir novos paradigmas na gestão fiscal, baseados na
responsabilidade e na transparência;
Dar regulamentação e atuar na consolidação dos instrumentos legais já
em vigor;
Criar penalidades e permitir que sejam passíveis de punição os
administradores públicos que desobedecerem ou descumprirem suas
regras ou agirem com dano ao erário público.
Estabelecer limites, critérios e condições para a renúncia de receitas,
despesas com pessoal, dívidas consolidada e mobiliária, operações de
crédito, concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar.
Reduzir o montante da dívida pública buscando a obtenção de superávits
primários e criando restrições ao processo de endividamento público.
a. Federal
b. Estadual
c. Municipal
d. Distrito Federal
49
pessoal e capital, excetuando-se apenas os casos de recebimento de recursos
de capital com vistas a aumento de participação acionária.
3.3.2 PRINCÍPIOS
50
d) da receita industrial – decorrente de atividades industriais exploradas
pelo ente público;
e) das receitas agropecuárias – provenientes das atividades ou
explorações agropecuárias (produção vegetal e animal e derivados,
beneficiamento ou transformações desses produtos, em instalações
nos próprios estabelecimentos);
f) da receita de serviços – aquela que provém da prestação de serviços
de comércio, transporte, serviços hospitalares e congêneres;
g) das transferências correntes – as recebidas de outras pessoas de
direito público, inclusive as de origem constitucional (CF, arts, 157 ao
159 e 162) ou legal (convênios e semelhantes) ou advindas de
pessoas privadas, quando destinadas a atender a despesas de
manutenção e funcionamento, nas condições estabelecidas pelos
repassadores ou pela própria administração da entidade e que se
destinam a atender a despesas correntes;
h) outras receitas correntes – são as provenientes de multas, juros de
mora, indenizações e restituições, da cobrança da dívida ativa e
outras;
i) receitas da Lei Complementar nº 87 (Lei Kandir) – conforme o § 1º,
serão computados os valores pagos ou recebidos em decorrência
dessa Lei;
j) valores recebidos e pagos do FUNDEF (acrescer apenas a eventual
diferença positiva entre as parcelas recebidas do Fundo e as
contribuições para a sua formação, ou seja, o resultado líquido
positivo).
51
receitas provenientes da compensação financeira dos diversos regimes
de previdência social;
Em relação aos estados do Amapá e Roraima, bem como do Distrito
Federal, também não serão considerados os recursos recebidos da União
para atendimento de despesas com pessoal, tendo em vista que é a União
que custeia a folha de pessoal do Poder Judiciário e do Ministério Público
do Distrito Federal e Territórios, bem como dos servidores da segurança
pública do Distrito Federal.
A RECEITA CORRENTE LÍQUIDA serve de base para o cálculo dos
limites estabelecidos na LRF e será apurada somando-se as receitas
arrecadadas no mês em referência e nos onze meses anteriores,
excluídas as duplicidades.
Receita Corrente Líquida (RCL) é o denominador sobre o qual se calculam
fundamentais restrições financeiras para todos os entes da Federação.
Quanto mais alentada essa receita, maior as possibilidades de gastos
com pessoal, de assunção de dívidas e garantias, de pagar precatórios
judiciais e parcelamentos de débitos previdenciários.
A RCL também serve de parâmetro para referenciar os limites e mínimos
da Constituição, da Lei de Responsabilidade Fiscal e de Resoluções do
Senado.
Sob a Lei de Responsabilidade Fiscal, a RCL é o nível que se deve levar
em consideração para o cálculo da reserva de contingência; além disso,
representa o parâmetro que os entes públicos deverão seguir no que diz
respeito às despesas com pessoal, de acordo com 5 (cinco) vertentes:
o Limite global (teto): União: 50% da RCL; Estados e Municípios:
60% da RCL.
o Limite por Poder estatal (subteto): sobredito teto é repartido
entre os Poderes conforme o art. 20 da LRF (ex.: no Município,
Poder Executivo; 54% da RCL; Poder Legislativo: 6% da RCL).
o Limite prudencial, que, se atingido, impede, salvo exceções, a
contratação de servidores, as alterações salariais, os planos de
carreira e a concessão de vantagens funcionais. Isso ocorrerá
sempre que as despesas atingirem 95% dos subtetos atribuídos a
cada Poder.
o Limite de alerta, que, se alcançado, faz com que os Tribunais de
Contas notifiquem o Poder sob risco de desvio fiscal: 90% dos
sobreditos subtetos [5].
o Limite de último ano de mandato: nos derradeiros 180 dias da
gestão, não se pode expedir ato aumentando a taxa da despesa
de pessoal (art. 21, parágrafo único da LRF).
52
Além disso, também serve de parâmetro para limitação à dívida
líquida consolidada (de longo prazo) da União, Estados e Municípios
e à dívida pública mobiliária.
53
III - os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou
de créditos adicionais, autorizados em Lei;
54
No que diz respeito à criação de despesas de caráter continuado é
importante esclarecer que a mesma não poderá ser efetivada sem que sejam
primeiramente tomadas as medidas abaixo assinaladas na lei.
55
subsídios, proventos da aposentadoria ou reforma, pensões, adicionais,
gratificações, horas-extras, vantagens pessoais de qualquer natureza, encargos
sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades de previdência.”
56
o da arrecadação de contribuição de segurados;
o da compensação financeira que trata da organização da previdência
social sob a forma de regime geral;
o das demais receitas diretamente arrecadadas por fundo vinculado a tal
finalidade, inclusive o produto da alienação de bens, direitos e ativos, bem
como seu superávit financeiro.
Federal
Legislativo.................2,5%7
Judiciário..................6,0%8
Executivo..................40,9%
Ministério Público..........0,6%
Estadual
Legislativo.................3,0%
Judiciário..................6,0%
Executivo..................49,0%
Ministério Público..........2,0%
Municipal
7
O § 1º do art. 20 determina que nas hipóteses dos incisos I,a, II, a e III, a, a divisão entre o Poder Legislativo e o
Tribunal de Contas dar-se-á de forma proporcional à média das despesas com pessoal, em percentual da receita
corrente líquida, verificados nos três exercícios financeiros imediatamente anteriores ao da publicação da LC
101/2000.
8
para o Poder Judiciário (incisos I, b e II, b) e por força do § 3º do mesmo art. 20, adota-se a mesma regra do § 1º,
objeto da nota de rodapé anterior.
57
Legislativo.................6,0%9
Executivo..................54,0%
É nulo o ato que provoque aumento das despesas com pessoal e não atenda:
9
nos casos de Tribunais de Contas Municipais (Rio de Janeiro e São Paulo), de acordo com o § 4º, as alíneas a e c do
inciso II, serão, respectivamente, acrescidos e reduzidos em 0,4%.
58
A verificação do limite será realizada ao final de cada quadrimestre.
Em relação ao controle das despesas com pessoal temos 3
momentos que vc precisa saber:
59
ato normativo motivado de cada um dos poderes especifique a atividade
funcional, o órgão, ou unidade administrativa.
A Lei nº 9801, de 14/06/99, dispõe sobre as normas gerais para a perda
de cargo público por servidores estáveis devido ao excesso de despesas, os
quais, de forma impessoal, serão escolhidos dentre aqueles de menor tempo de
serviço público, maior remuneração e menor idade.
60
Governo, que prevê a adoção de parâmetros contábeis e atuariais para o
equilíbrio financeiro.
A propósito, a citada Lei fixa limite para os regimes próprios de previdência
social, que não poderá exceder a 12% da sua receita corrente líquida, em cada
exercício financeiro, combinado com o art. 69 da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Conceito
Entrega de recursos correntes ou de capital 1' a outro ente, a título de
cooperação, auxílio ou assistência financeira, que não decorra de determinação
constitucional (em respeito ao princípio federativo), legal ou os destinados ao
Sistema Único de Saúde (em razão da Política Nacional de Saúde).
Art. 25. Para efeito desta Lei Complementar, entende-se por transferência
voluntária a entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente da
Federação, a título de cooperação, auxílio ou assistência financeira, que não
decorra de determinação constitucional, legal ou os destinados ao Sistema
Único de Saúde.
Exigências e vedações
1
Observar os conceitos do art. 11 da Lei nº 4.320/64.
61
Observância dos limites das dívidas consolidada e mobiliária, de
operações de crédito, inclusive por antecipação de receita (ARO)- ver o
art.29 e seguintes da LRF, de inscrição de restos a pagar (ver art. 36 da Lei
nº 4.320/64, c.c. art. 42 da LRF)) e de despesa total com pessoal (arts. 19
e 20 da LRF); e,
Previsão orçamentária de contrapartida (neste caso a obrigação é
múltipla, isto é, tanto deve existir previsão orçamentária do ente
transferidor, quando da contrapartida do ente beneficiário. Sobre isso, na
LDO do Estado do Rio Grande do Norte existe a indicação do percentual
mínimo que será aceito pelo Estado para as referidas transferências.
Aplicação de sanções
Condições
62
a) autorização através de lei específica
b) atender as condições estabelecidas na Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO);
c) estar prevista no orçamento (LOA) ou em seus créditos
adicionais;
d) não realizar transferências para pagamento de pessoal;
e) se achar em dia quanto a pagamento de tributos e empréstimos,
bem como quanto a prestação de contas de recursos
anteriormente recebidos;
f) cumprimento dos limites constitucionais relativos à saúde e à
educação;
g) observância dos limites das dívidas, de operações de crédito,
de inscrição de restos a pagar e de despesa total com pessoal.;
e,
h) previsão orçamentária de contrapartida.
DA DÍVIDA E DO ENDIVIDAMENTO
63
percentual da Receita Corrente Líquida (RCL), para cada uma das esferas do
governo, abrangendo todos os integrantes da federação.
CONCEITOS BÁSICOS:
64
Senado Federal: Proposta de limites globais para o montante da dívida
consolidada da União, dos estados, dos municípios e do Distrito Federal, bem
como dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito
externo e interno na União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios,
das suas autarquias e demais entidades controladas pelo Poder público
federal, além de dispor sobre limites e condições para a concessão de
garantia da União em operações de crédito externo e interno e também
estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária
dos estados do Distrito Federal e dos municípios.
Congresso Nacional: projeto de lei que estabeleça limites para o montante da
dívida mobiliária federal, acompanhado da demonstração de sua adequação
aos limites fixados para a dívida consolidada da União.
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O ente interessado formalizará seu pleito fundamentando-o em parecer
de seus órgãos técnicos e jurídicos, demonstrando a relação custo-benefício, o
interesse econômico e social da operação e o atendimento das seguintes
condições:
São vedados:
Novação ocorre:
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II- Financiar, direta ou indiretamente, despesas correntes;
III- Refinanciar dívidas não contraídas junto à própria
instituição concedente.
PROIBIÇÃO:
Da Garantia e da Contragarantia:
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superior à garantia a ser recebida, e, adicionalmente, a plena adimplência para
com o ente garantidor, observado o seguinte:
os planos de governo;
os orçamentos (PPA, LDO e LOA);
as diretrizes orçamentárias;
as prestações de contas e balanços gerais;
os pareceres dos órgãos competentes, inclusive os prévios do
Tribunal de Contas;
o relatório resumido da execução orçamentária;
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o relatório da gestão fiscal; e
as versões simplificadas desses documentos.
Demonstrativo da execução:
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a) das receitas, por categoria econômica e fonte, especificando a previsão
inicial, a previsão atualizada para o exercício, a receita realizada no
bimestre, a realizada no exercício e a previsão a realizar;
b) despesas, por categoria econômica e grupo de natureza da despesa,
discriminando dotação inicial, dotação para o exercício, despesa
empenhada e liquidada, no bimestre e no exercício; e
c) despesas, por função e subfunção (art. 52 e incisos)
I - da limitação de empenho;
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II - da frustração de receitas, especificando as medidas de combate à
sonegação e à evasão fiscal, adotadas e a adotar, e as ações de fiscalização
e cobrança.
Art. 54. Ao final de cada quadrimestre será emitido pelos titulares dos
Poderes e órgãos referidos no art. 20 Relatório de Gestão Fiscal, assinado
pelo:
c) concessão de garantias;
1) liquidadas;
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2) empenhadas e não liquidadas, inscritas por atenderem a uma das
condições do inciso II do art. 41;
Prestações de Contas
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Fiscalização da Gestão Fiscal
III - medidas adotadas para o retorno da despesa total com pessoal ao respectivo
limite;
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