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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFACVEST

CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA


WAGNER VELHO MARTINS

RESOLUÇÃO DE UM PROBLEMA UTILIZANDO AS FERRAMENTAS DA


QUALIDADE

LAGES
2018
SUMÁRIO

1. PROBLEMA ........................................................................................................................ 3
2. ESTRATIFICAÇÃO ........................................................................................................... 3
3. DIAGRAMA DE CAUSA E EFEITO ............................................................................... 4
4. PLANO DE AÇÃO.............................................................................................................. 6
5. ACOMPANHAMENTO ..................................................................................................... 7
6. BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................. 8
1. PROBLEMA

Um problema é uma determinada questão ou um determinado assunto que requer


uma solução. Apesar de muitas pessoas verem os problemas como algo ruim, são eles
que nos ajudam a identificar aquilo que pode ser melhorado e alcançar maiores
resultados em nossas empresas, ou até mesmo na vida pessoal.

O objetivo desse trabalho é utilizar das ferramentas básicas da qualidade para


entendermos mais sobre como o problema ocorre e, realizado o diagnóstico, tentarmos
solucioná-lo.

Como exemplo, vamos considerar um problema típico nas empresas: “Uma


empresa fictícia recebeu durante alguns meses do ano pedidos além de sua capacidade
produtiva atual.”

2. ESTRATIFICAÇÃO

A Estratificação seria uma forma de agrupar dados com objetivos comuns,


dividindo-os em subgrupos, baseado nas características que as diferenciam
individualmente, os chamados “Fatores de Estratificação”. A principal oportunidade que
uma análise por estratificação apresenta é a separação dos dados de maneira simples e
objetiva (Estratos), permitindo uma análise mais focada, onde as principais causas de
variabilidade são os possíveis fatores de estratificação.

O principal objetivo da estratificação seria encontrar padrões que ajudem a


entender os modos causais e as variações dos processos estudados, permitindo uma
melhor compreensão do problema, indicando oportunidade de melhoria e controle nos
processos.

No problema que estamos estudando, vamos estratificar o processo de fabricação


e os pedidos mensais.
Fluxograma do processo

Máquina 01:

3 peças por hora Máquina 02:

5 peças por hora Máquina 03:


Máquina 01:
11 peças por hora
3 peças por hora Máquina 02:

5 peças por hora


Máquina 01:

3 peças por hora

Analisando o fluxograma de produção, percebemos que as máquinas 01 são o


gargalo, limitando a produção da empresa a 9 peças por hora. Como a fábrica trabalha
em um único turno de 8,8 horas de segunda à sexta, mensalmente temos uma produção
de 1702 peças de capacidade máxima. Mas devido a algumas paradas a capacidade
efetiva dessa empresa é diminuída em 25%, caindo para 1276 peças.

Além da capacidade produtiva, outra informação importante é a quantidade de


peças pedidas por mês, que pode ser verificada na tabela abaixo:

Mês Pedidos
Maio 1800 peças
Junho 2000 peças
Julho 2500 peças
Agosto 3600 peças

3. DIAGRAMA DE CAUSA E EFEITO

O Diagrama de Causa e Efeito é uma das mais importantes Ferramentas da


Qualidade. Está principalmente ligada à análise de falhas ou dispersão de resultados,
seja em equipamentos, sistemas ou processos. Sua principal função é indicar quais as
causas que podem influenciar um determinado efeito.

Conhecido como Diagrama de Ishikawa, nome de seu idealizador o engenheiro


químico Kaoru Ishikawa em 1943, ou ainda, Diagrama Espinha-de-peixe, devido a seu
formato bem característico, teve em seu início o estudo baseado em 4 Grandes Causas e
no decorrer dos anos seria aperfeiçoado, chegando a uma análise atual de 6 grandes
Causas, descrita em algumas literaturas como Análise 6M´s.
Métodos: O primeiro “M” está relacionado aos Métodos utilizados para a
realização da atividade. Seriam os padrões, procedimentos, instrução, etc., todo
documento que norteia a ação do executor. Em alguns casos não existe um “documento
formal” para a realização de uma determinada atividade, mas sim um “costume
operacional” que passa pelas diferentes gerações de colaboradores da empresa, que pode
ser considerado como um método de trabalho;

Máquinas: Está relacionada a falhas em equipamentos, máquinas que realizam a


determinada atividade de produzir algo, mas que, por motivos operacionais ou de
manutenção, não cumprem parcial ou integralmente sua função, comprometendo a
qualidade ou colapsando todo o processo;

Materiais: Quando existe a interferência dos materiais ou da matéria-prima


utilizada no processo. Normalmente está ligada aos fornecedores, por isso, muito
cuidado ao associar as possíveis causas a este “M”, em muitos casos é preciso uma
análise bem detalhada e aprofundada para esta determinação. Por isso, caso chegue a
esta conclusão, chame o seu fornecedor para uma conversa e o inclua na análise da
falha;

Mão-de-obra: está relacionada diretamente à capacitação, motivação ou até


mesmo a pressão exercida sobre colaborador por resultados. O primeiro quando não
existe ou há falha no treinamento realizado para a execução da tarefa, o segundo quando
o colaborador se sente desestimulado na empresa e deixa de realizar a tarefa ou a realiza
com a chamada “má vontade”, e o terceiro quando o mesmo descumpre um padrão ou
procedimento para tentar agilizar o processo, pulando etapas que aparentemente na sua
percepção seriam desnecessárias, ou até mesmo quando se propõe a realizar uma
atividade que não seria de sua responsabilidade;

Meio Ambiente: Este “M” está relacionado a duas condições básicas para a
execução de qualquer tarefa, o Meio Ambiente em si, que seria a situação climática do
ambiente (calor, umidade, particulados em suspensão, etc.), o e Ambiente de trabalho, a
chamada Ergonomia (dimensionamento das áreas e postos de trabalho, posicionamento
dos equipamentos, etc.);

Medida: Quando a causa está relacionada aos instrumentos de medição das


condições operacionais “Padrão”, a credibilidade de suas informações, calibração, a
confiabilidade e a fidelidade da variação dos indicadores, ao acompanhamento dos
mesmos, a periodicidade e a repetitividade dos resultados, etc.

A análise deve ser realizada com pessoas qualificadas, conhecedoras do


processo, utilizando a técnica do Brainstorm, ou tempestade de ideias, para que o
máximo de informações possa ser reunida e utilizada no diagrama. Apesar disso, não
podemos considerar essa situação como regra, em alguns casos a participação de
agentes externos pode contribuir com a análise, justamente pelo fato de não estarem
inseridos no processo, permitindo a introdução de ideias novas, que fogem a rotina
cotidiana do setor.
A seguir temos um diagrama com algumas causas do problema que estamos
estudando:

4. PLANO DE AÇÃO

Após identificarmos as causas do nosso problema devemos tomar ações para


solucioná-lo. Um plano de ação é, basicamente, a definição estratégica de ações que
devem ser feitas por indivíduos envolvidos em um negócio para que juntos possam
chegar a um objetivo maior. Ele pode ser aplicado em uma determinada área da
empresa, por uma determinada equipe, mas também para toda a organização.

Para esta etapa utilizaremos a ferramenta 5W2H. Ele é um acrônimo utilizado


para representar as diretrizes utilizadas para a formatação de um plano de ação
empresarial. Os 5Ws são: What, Why, Where, When, Who — em bom português: o
que, por que, onde, quando e quem. E os 2H são: How e Howmuch — como e quanto.

Consta que o 5W2H surgiu no Japão, a partir da busca por qualidade em


algumas empresas fabricantes de automóveis. Amplamente utilizada para diversos fins,
a ferramenta passou a ser adotada como um mapa de ações, que ajuda os gestores à
medida em que eles respondem às sete perguntas nela contida.
Sua simplicidade de execução e de explicação aos membros da equipe são
excelentes justificativas para utilizá-la. Além disso, a ferramenta facilita e agiliza a
comunicação entre líderes e liderados ao passo em que se propõe a guiar a construção e
a viabilização de ações de todos os tipos e proporções.

5. ACOMPANHAMENTO

Uma vez que o plano é estabelecido e compartilhado com a equipe, e as


realizações são agendadas, o próximo passo é o acompanhamento para garantir que as
ações que foram tomadas estão surtindo o efeito desejado. É importante manter a coluna
STATUS do plano de ação sempre atualizada, para sabermos se as ações estão dentro
do prazo estabelecido.

Além disso, no caso do problema proposto, podemos verificar a quantidade de


peças produzida frequentemente para garantirmos que as ações tomadas foram
suficientes para aumentar a produção e assim a empresa possa atender os pedidos.
6. BIBLIOGRAFIA

GESTÃO POR PROCESSOS. Ferramentas da Qualidade – Diagrama de Causa e


Efeito e Estratificação. Disponível em: https://blog.mettzer.com/referencia-de-sites-e-
artigos-online/ Acesso em: 20 de maio de 2018.

BLOG DA QUALIDADE. Como identificar problemas no processo. Disponível em:


http://www.blogdaqualidade.com.br/como-identificar-problemas-no-processo/ Acesso
em: 20 de maio de 2018.

UCJ. As Sete Ferramentas da Qualidade para Empresas: Resolução de Problemas.


Disponível em: http://ucj.com.br/as-sete-ferramentas-da-qualidade-para-empresas/
Acesso em: 20 de maio de 2018.

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