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Avisos do Banco Nacional de Angola

2014

Deveres gerais de informação na prestação de serviços e


produtos financeiros - Aviso n.º 2/14, de 28 de Março
SUMÁRIO:
Estabelece os requisitos mínimos de informação sobre os serviços e produtos financeiros que
devem ser disponibilizados ao público pelas instituições financeiras bancárias supervisionadas pelo
Banco Nacional de Angola, com sede ou sucursal em território nacional. Revoga todas as disposições
que contrariem o disposto no presente Aviso.

APROVADO POR:
Aviso n.º 2/14, de 28 de Março

Preâmbulo
Considerando a necessidade de se estabelecerem os requisitos mínimos de informação que as
instituições financeiras devem satisfazer na prestação e divulgação ao público das condições em
que prestam os seus serviços; 
Nos termos das disposições constantes da alínea f) do número 1 do artigo 21º da Lei nº 16/10 de
15 de Julho, Lei do Banco Nacional de Angola, conjugado com o número 2 o artigo 57º e o
número 1 do artigo 58º, ambos da Lei nº 13/05 de 30 de Setembro, Lei das Instituições
Financeiras; 

DETERMINO: 

Artigo 1.º Objecto e âmbito de aplicação


O presente Aviso estabelece os requisitos mínimos de informação sobre os serviços e produtos
financeiros que devem ser disponibilizados ao público pelas instituições financeiras bancárias
supervisionadas pelo Banco Nacional de Angola, com sede ou sucursal em território nacional. 

Artigo 2.º Definições


Para efeitos do presente Aviso, entende-se por: 

a) Cliente: pessoa singular ou colectiva, grupo de pessoas singulares ou colectivas, públicas ou


privadas, coligadas ou não, agindo em conjunto, vinculadas contratualmente a uma instituição
financeira a quem esta coloca à disposição, produtos ou serviços. 
b) Comissões: as prestações pecuniárias exigíveis aos clientes pelas instituições financeiras como
retribuição pelos serviços por elas prestados, ou subcontratados a terceiros, no âmbito da sua
actividade. 
c) Crédito: acto pelo qual uma instituição financeira bancária ou não bancária agindo, a título
oneroso, coloca ou promete colocar fundos a disposição de uma pessoa singular ou colectiva
contra a promessa desta lhe restituir na data de vencimento ou contrai, no interesse da mesma,
uma obrigação por assinatura, tal como uma garantia. 

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d) Empréstimo: contrato pelo qual uma das partes coloca a disposição da outras fundos para que
a restitua. 
e) Indexante: índice contratado para a actualização monetária dos valores. 
f) Data-valor: data de contabilização de uma operação, isto é, data a partir da qual uma operação
começa efectivamente a ser tomada em conta nos cálculos da instituição financeira e pode ser
diferente da sua data de realização. 
g) Data de disponibilização: momento a partir do qual o titular pode livremente proceder à
movimentação dos fundos depositados ou transferidos para a sua conta de depósito à ordem,
sem estar sujeito ao pagamento de juros pela mobilização desses fundos. 
h) Despesas: os encargos suportados pelas instituições financeiras, que lhes são exigíveis por
terceiros, e repercutíveis nos clientes, nomeadamente os pagamentos a Conservatórias,
Cartórios Notariais ou que tenham natureza fiscal. 
i) Depósito: contrato pelo qual uma entidade (depositante) confia dinheiro a uma instituição
financeira bancária (depositária), a qual fica com o direito de dispor dele para os seus negócios,
assumindo a responsabilidade de o restituir, com ou sem juro, no prazo convencionado. 
j) Dia útil: dia da semana, de segunda-feira a sexta-feira, exceptuando os feriados nacionais. 
k) Tabela de Comissões e Despesas: a componente do preçário que contém os valores máximos
de todas as comissões e o valor indicativo das principais despesas exigíveis aos clientes no
âmbito da comercialização dos produtos e serviços financeiros pelas instituições financeiras, bem
como a informação complementar relativa a data-valor e datas de disponibilização de valores
creditados em contas de depósito.  
l) Tabela de Taxas de Juros: a componente do preçário que incorpora a informação relativa às
taxas representativas praticadas pelas instituições financeiras nas operações mais habituais, bem
como a informação complementar relativa às convenções subjacentes ao cálculo dos juros e aos
critérios de arredondamento das taxas de juro. 
m) Meio de comunicação à distância: qualquer meio de comunicação que possa ser utilizado sem
a presença física e simultânea da instituição financeira e do cliente. 
n) Preçário: conjunto de informação, permanentemente actualizada, relativa às condições gerais
com efeitos patrimoniais dos produtos e serviços financeiros, disponibilizado ao público pelas
instituições financeiras e composto pelo Preçário de Comissões e Despesas e pelo Preçário de
Taxas de Juro. 
o) Produtos e serviços financeiros: todos aqueles que sejam comercializados pelas instituições
financeiras, sujeitas à supervisão do Banco Nacional de Angola junto do público. 
p) Suporte duradouro: qualquer instrumento que permita ao cliente armazenar informações que
lhe sejam pessoalmente dirigidas, de modo a que este, no futuro, possa aceder facilmente à
informação armazenada durante um período de tempo adequado aos fins a que esta se destina,
e assim, reproduzir essa informação de forma integral e inalterada. 
q) Transparência: padrão de comportamento que deve ser observado pelas instituições
financeiras na prestação de informação e divulgação ao público das condições gerais em que
prestam os seus produtos e serviços financeiros. 
r) Taxa Anual de Encargos Efectiva Global - (TAEG): custo total efectivo do crédito, incluindo os
juros, comissões, impostos, taxas, seguros, além das demais despesas cobradas ao consumidor
ligadas directamente à utilização do crédito. 
s) Taxa de juro: é o preço do dinheiro que o tomador deve pagar ao proprietário do capital
emprestado, durante um determinado período de tempo, expresso em percentagem. 
t) Taxa de juro preferencial: a taxa de juro que as instituições financeiras, em cada momento,
pratiquem com os seus clientes de menor risco em operações de crédito de curto prazo. 
u) Taxa de juro variável: a taxa de juro que varia em função da duração do empréstimo, calculada
com base na taxa de juro de referência (LUIBOR), a qual se adiciona ou se subtrai uma margem
fixa ou spread. 
v) Taxa representativas: taxas de juro que, com maior frequência, as instituições financeiras
praticam para as operações mais habituais, em função da sua natureza, finalidade e prazo. 

Artigo 3.º Deveres de informação

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1. As instituições financeiras devem prestar ao público informações sobre os serviços e produtos


que comercializam, de forma visível, completa, verdadeira, actual e inequívoca, devendo estas
serem expressas em linguagem clara e objectiva. 
2. Para garantir a transparência e a comparabilidade dos produtos oferecidos, as informações
referidas no número anterior devem ser prestadas aos clientes antes da celebração do contrato,
no momento da sua celebração e durante a sua vigência, e devem incluir a especificação correcta
das características do produto, taxas, comissões e despesas, bem como os riscos que os mesmos
apresentam.  
3. As instituições financeiras devem dispor de um Preçário completo das condições gerais com
efeitos patrimoniais de realização das operações e dos produtos e serviços financeiros
comercializados junto do público. 

Artigo 4.º Dever de assistência


1. As instituições financeiras devem prestar aos clientes informações adequadas e completas
sobre a correcta utilização dos produtos e serviços oferecidos, possibilitando a avaliação da
adaptação do contrato proposto às suas necessidades e situação financeira. 

Artigo 5.º Outros deveres


Os contratos celebrados entre as instituições financeiras e os seus clientes devem conter toda a
informação referente aos termos e condições aplicáveis aos produtos ser redigidos de forma
clara e concisa, devendo a instituição financeira fornecer ao cliente um exemplar do contrato e
outros comprovativos relacionados com as operações realizadas. 

Artigo 6.º Cumprimento dos deveres


1. Os deveres gerais, acima estabelecidos, devem ser igualmente observados sempre que as
instituições financeiras prestarem os seus serviços por intermédio de terceiros. 

Artigo 7.º Preçário


1. O Preçário é composto pela Tabela de Comissões e Despesas e pela Tabela de Taxas de Juro,
sendo os seus campos preenchidos conforme o leque de operações compreendidas no objecto
de actividade da respectiva instituição financeira.  
2. A informação referida no número 1 do presente artigo deve permitir conhecer,
nomeadamente: 

a) O valor máximo de todas as comissões exigíveis aos clientes; 


b) O valor indicativo das principais despesas; 
c) As taxas representativas praticadas pelas instituições financeiras nas operações mais habituais
e as convenções mais relevantes com efeitos patrimoniais, nomeadamente, data-valor e data de
disponibilização relativas à movimentação de conta de depósito, o número de dias subjacentes
ao cálculo dos juros e ao arredondamento da taxa de juro; 
d) A Taxa Anual de Encargos Efectiva Global (TAEG), que resulte da realização das operações de
crédito; 

3. O Banco Nacional de Angola fixará, por Instrutivo, os quadros que compõem as tabelas
referidas no número 1 do presente artigo, o modo de preenchimento dos mesmos e os
procedimentos que as instituições financeiras devem seguir para efeitos de divulgação pública e
reporte ao Banco Nacional de Angola. 

Artigo 8.º Dever de informação no âmbito da divulgação do


Preçário

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1. As instituições financeiras devem manter o seu preçário organizado, nos termos do artigo
anterior, em todos os balcões e locais de atendimento ao público, em lugar bem visível e de
acesso directo, em dispositivo de consulta fácil e directa, incluindo a publicação com recursos e
meios electrónicos. 
2. As instituições financeiras devem disponibilizar o Preçário completo e actualizado nos seus
sítios da Internet, em local bem visível, de acesso directo e de forma facilmente identificável, sem
necessidade de registo prévio pelos interessados. 
3. Sem prejuízo do disposto no número anterior, sempre que as instituições financeiras se
relacionem com os seus clientes através de meios de comunicação à distância, as informações
relativas às condições gerais com efeitos patrimoniais dos produtos e serviços financeiros
comercializados, desse modo, devem ser disponibilizadas em tempo útil e previamente à sua
vinculação a uma proposta ou a um contrato.  
4. Sempre que as instituições financeiras prestarem os seus serviços por intermédio de terceiros,
devem disponibilizar aos seus clientes o Preçário completo e actualizado das operações que
praticam em local bem visível e de acesso directo, de forma facilmente identificável e em tempo
útil. 

Artigo 9.º Outros deveres de informação


1. A divulgação do Preçário não isenta as instituições financeiras do cumprimento de outros
deveres de informação fixados em diplomas legais ou regulamentares, a prestar aos clientes
previamente à aquisição de qualquer produto ou prestação de serviço financeiro.  
2. Nos termos da Lei e regulamentação em vigor, sempre que nos contratos celebrados com
clientes, seja conferido às instituições financeiras o direito de modificar por sua iniciativa as
condições contratuais através da alteração do Preçário, devem aquelas comunicar aos
respectivos clientes o teor dessas alterações, com uma antecedência mínima de 30 (trinta) dias
relativamente à data pretendida para a sua aplicação, sem prejuízo dos prazos legais ou
regularmente fixados. 
3. Sem prejuízo do disposto na Lei ou regulamentos em vigor, as instituições financeiras devem
assegurar que a informação prestada, nos termos do número anterior, permite aos clientes
identificar e aceitar as condições que foram objecto de alteração.  

Artigo 10.º Tabela de Comissões e Despesas


1. A Tabela de Comissões e Despesas deve conter a informação actualizada de todas as
comissões exigíveis aos clientes relativamente aos produtos e serviços financeiros
comercializados pelas instituições financeiras.  
2. Devem ainda ser incluídas nesta tabela o valor indicativo das principais despesas.  
3. O Preçário de cada instituição financeira será também objecto de divulgação pelo Banco
Nacional de Angola no Portal do Consumidor de Produtos e Serviços Financeiros. 
4. As instituições financeiras apenas podem cobrar aos seus clientes as comissões que estejam
expressamente previstas na Tabela de Comissões e Despesas que disponibilizam ao público, nos
termos do presente Aviso. 
5. As instituições financeiras não podem cobrar quaisquer valores a título de comissões
superiores aos previstos na respectiva Tabela de Comissões e Despesas. 

Artigo 11.º Tabela de Taxas de Juro


1. As informações constantes na Tabela de Taxas de Juro devem ser actualizadas de acordo com
as condições de mercado, permitindo ao público conhecer as taxas representativas, aplicadas
pelas instituições financeiras nas operações que habitualmente praticam.  
2. A tabela de Taxas de Juro deve ainda conter os seguintes elementos: 

a) A taxa de juro preferencial, sempre que esta seja utilizada pela instituição, na sua prática
comercial; 
b) Os indexantes utilizados nas operações de crédito e de depósito com taxa variável,

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identificados pelas respectivas designações. 

Artigo 12.º Informações complementares


1. As informações complementares abrangem os elementos mencionados na alínea c) do
número 2, do artigo 7º do presente Aviso. 
2. No que respeita a data-valor e a data de disponibilização de valores creditados em contas de
depósito à ordem, a obrigação de publicitação, através da Tabela de Comissões e Despesas,
abrange, nomeadamente, as seguintes operações: 

a) Depósitos em numerário, efectuados nos balcões; 


b) Depósitos de valores sobre a própria instituição ou instituições financeiras diferentes; 
c) Transferências intrabancárias e interbancárias; 
d) Remessas de valores; 
e) Valores à cobrança ou operações que envolvam a liquidação de fundos entre instituições
financeiras; 
f) Operações de desconto. 

3. As indicações relativas às convenções subjacentes ao cálculo dos juros e ao arredondamento


das taxas de juro utilizadas pelas instituições financeiras devem ser apresentadas na Tabela de
Taxas de Juro. 

Artigo 13.º Envio do preçário


1. As instituições financeiras devem remeter ao Banco Nacional de Angola, nos termos a fixar por
Instrutivo, o Preçário das operações por elas praticadas.  
2. Sempre que sejam efectuadas alterações ao conteúdo do Preçário referido no número
anterior, as instituições financeiras devem, igualmente, enviar ao Banco Nacional de Angola o
Preçário das operações, devidamente alterado, com uma antecedência mínima a fixar através de
Instrutivo.  
3. Após o envio do Preçário das operações alterado nos termos do número anterior, as
instituições devem na data pretendida para a aplicação dessas alterações, assegurar a
actualização do Preçário em todos os canais de divulgação do mesmo. 
4. As instituições financeiras são responsáveis, perante o Banco Nacional de Angola e perante
terceiros, pela exactidão, veracidade e actualidade da informação prestada no Preçário. 

Artigo 14.º Cumprimento do dever de informação


1. Compete às instituições financeiras a prova do efectivo cumprimento dos deveres de
informação previstos no presente Aviso. 
2. As instituições financeiras podem cumprir os deveres de informação previstos no número 3 do
artigo 5º, mediante a prestação de informação em papel e/ou em qualquer outro suporte
duradouro, excepto se o cliente solicitar, de forma expressa, a prestação de informação em
papel. 
3. As informações referidas no número 2 do artigo 9º devem ser prestadas aos clientes através
do suporte e meio de comunicação contratualmente acordado, ou, na ausência de disposição
contratual, através do suporte e do meio habitualmente utilizado, salvo se o cliente autorizar, de
forma expressa, a alteração do suporte e do meio de comunicação a ser utilizado para o efeito. 
4. As instituições financeiras devem informar os seus clientes sobre a obrigatoriedade de
comunicação de quaisquer alterações dos seus meios de contacto, para assegurar que os
mesmos recebam, efectivamente, as informações referidas nos números anteriores. 
5. As instituições financeiras devem efectuar as actualizações necessárias decorrentes da
informação recebida, de acordo com o número anterior, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, a partir

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da data da sua recepção. 

Artigo 15.º Regime transitório


Para permitir a adequação ao novo formato de apresentação do preçário, de acordo com o
disposto no número 4 do artigo 3.º e no número 1 do artigo 4.º, ambos do presente Aviso, é
concedido às instituições financeiras o prazo de 60 dias, a contar da data de entrada em vigor do
presente Aviso. 

Artigo 16.º Infracções


A violação ao disposto no presente Aviso é punível nos termos da Lei das Instituições
Financeiras. 

Artigo 17.º Dúvidas e omissões


As dúvidas e omissões que se suscitarem na interpretação e aplicação do presente Aviso são
resolvidas pelo Banco Nacional de Angola. 

Artigo 18.º Norma revogatória


Ficam revogadas todas as disposições que contrariem o disposto no presente Aviso. 

Artigo 19.º Entrada em vigor


O presente Aviso entra em vigor 30 dias após a sua publicação. 

PUBLIQUE-SE. 
Luanda, aos 20 de Março de 2014. 
O GOVERNADOR, JOSÉ DE LIMA MASSANO 

Procedimentos de importação e exportação de moeda


estrangeira, bem como de cheques de viagem a serem
observados pelas Instituições Financeiras Bancárias - Aviso
n.º 1/14, de 3 de Fevereiro
SUMÁRIO:
Estabelece os procedimentos de importação e exportação de moeda estrangeira, bem como de
cheques de viagem a serem observados pelas Instituições Financeiras Bancárias. - Revoga o Aviso n.º
11/99, de 4 de Junho e o Aviso n.º 3/10, de 18 de Novembro.

APROVADO POR:
Aviso n.º 1/14, de 3 de Fevereiro

Preâmbulo
No âmbito da monitorização do crescimento dos meios de pagamento e havendo necessidade de
reduzir as vulnerabilidades impostas à economia nacional pela circulação de moeda estrangeira,
toma-se essencial regular as operações de importação e exportação de moeda estrangeira das
instituições financeiras bancárias, bem como definir a informação que deve ser prestada ao
Banco Nacional de Angola;
Nos termos das disposições combinadas dos artigos 14.º e 16.º da Lei n.º 5/97, de 27 de Junho -
Lei Cambial e do artigo 70.º da Lei n.º 13/05, de 30 de Setembro - Lei das Instituições Financeiras;
No uso da competência que me é conferida pelo disposto na alínea d) do n.º 1 do artigo 51.º da
Lei 16/10, de 15 de Julho - Lei do Banco Nacional de Angola, determino:

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Artigo 1.º Objecto e âmbito


1. O presente Aviso estabelece os procedimentos de importação e exportação de moeda
estrangeira, bem como de cheques de viagem, a serem a observados pelas instituições
financeiras referidas no número seguinte.
2. Para efeitos do disposto no presente Aviso, apenas as instituições financeiras bancárias estão
autorizadas a efectuar a importação e exportação de moeda estrangeira e de cheques de viagem.

Artigo 2.º Licenciamento


1. A importação e exportação de moeda estrangeira, bem como de cheques de viagem, estão
sujeitas ao licenciamento prévio do Banco Nacional de Angola.
2. A licença é válida por 60 (sessenta) dias a partir da data da sua emissão, podendo ter
utilizações parciais até ao limite do montante licenciado.
3. Após a utilização do valor total da licença ou o termo da sua validade, as instituições
financeiras bancárias devem remetê-las ao Banco Nacional de Angola. Departamento de
Controlo Cambial, no prazo de 8 (oito) dias úteis, com as devidas anotações de utilização.

Artigo 3.º Instrução dos pedidos de licenciamento


1. Os pedidos de licenciamento de importação de notas e moedas estrangeiras, bem como de
cheques de viagem devem ser dirigidos ao Banco Nacional de Angola, Departamento de Controlo
Cambial, indicando os seguintes elementos:

a) Moeda estrangeira e montante:


b) Instituição financeira fornecedora e país de proveniência;
c) Elementos que suportam a necessidade da importação, fazendo referência aos respectivos
saldos de caixa à data do pedido anterior e à data actual.

2. Para o licenciamento de exportação de moeda estrangeira e de cheques de viagem, as


instituições financeiras bancárias devem dirigir o respectivo pedido ao Banco Nacional de Angola.
Departamento de Controlo Cambial acompanhado da seguinte informação:

a) Razões que suportam a necessidade da operação;


b) Instituição financeira destinatária e país respectivo;
c) Moeda estrangeira e montante.

Artigo 4.º Aprovação dos pedidos


O Banco Nacional de Angola deve comunicar à instituição financeira bancária a sua decisão, no
prazo de 5 (cinco) dias úteis a contar da entrada do pedido.

Artigo 5.º Dever de informação


1. As instituições financeiras bancárias devem informar ao Banco Nacional de Angola cada
operação de importação e exportação de moeda estrangeira.
2. A informação referida no número anterior deve ser remetida ao Banco Nacional de Angola,
através do Sistema de Supervisão das Instituições Financeiras - SSIF, até ao último dia útil da
semana em que ocorreu a operação, nos moldes definidos nos Anexos 1 e 2 ao presente Aviso.
3. Enquanto não se verificar a disponibilidade do SSIF, a referida informação deve ser enviada em
ficheiro electrónico em formato Excel, através do endereço electrónico dcc@bna.ao.

Artigo 6.º Responsabilidade da instituição


1. As instituições financeiras bancárias estão obrigadas a realizar todas as diligências necessárias
com vista a garantir a autenticidade da moeda estrangeira e dos cheques de viagem importados
e disponibilizados nos seus balcões.
2. No acto de desalfandegamento ou desembaraço aduaneiro, devem as instituições financeiras

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bancárias cumprir com os procedimentos administrativos estabelecidos pelas autoridades


competentes.
3. As instituições financeiras bancárias são responsáveis pela informação prestada ao Banco
Nacional de Angola, bem como pela manutenção de documentos comprovativos que justifiquem
a realização das operações, nos termos da Lei n.º 13/05, de 30 de Setembro - Lei das Instituições
Financeiras.

Artigo 7.º Contravenções


As contravenções ao disposto no presente Aviso são puníveis nos termos da Lei n.º 5/97, de 27 de
Junho, e da Lei n.º 13/05, de 30 de Setembro, respectivamente, Lei Cambial e Lei das Instituições
Financeiras, sem prejuízo de outra legislação aplicável.

Artigo 8.º Dúvidas e omissões


As dúvidas e omissões decorrentes da interpretação do presente Aviso serão resolvidas pelo
Banco Nacional de Angola.

Artigo 9.º Revogação


Ficam revogados o Aviso n.º 11/99, de 4 de Junho, e o Aviso n.º 3/10, de 18 de Novembro.

Artigo 10.º Entrada em vigor


O presente Aviso entra em vigor 30 dias após a sua publicação.

Publique-se.
Luanda, aos 17 de Janeiro de 2014.
O Governador, José de Lima Massano.

ANEXOS

ANEXO 1 Importação e Exportação de notas e moedas


metálicas estrangeiras

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ANEXO 2 Importação e Exportação de cheques de viagem

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O Governador, José de Lima Massano.

2013

Capital Social de instituições financeiras - Aviso n.º 14/13, de


2 de Dezembro
SUMÁRIO:
Determina que as instituições financeiras bancárias autorizadas a funcionar, pelo Banco Nacional de
Angola, devem ter o seu capital social integralmente realizado em moeda nacional, bem como
manter o capital social e os fundos próprios regulamentar (FPR) no valor mínimo de Kz:
2.500.000.000,00. - Revoga a alínea a) do número 1, do artigo 1.º do Aviso n.º 4/07 de 26 de
Setembro.

APROVADO POR:
Aviso n.º 14/13, de 2 de Dezembro

Preâmbulo
Considerando a necessidade de se ajustar o enquadramento dos valores mínimos de capital
social e fundos próprios regulamentares das instituições financeiras bancárias, sujeitas à
supervisão do Banco Nacional de Angola, estabelecidos pelo Aviso n.º 4/07, de 26 de Setembro.
Nos termos das disposições combinadas das alíneas d) e f) do n.º 1 do artigo 21.º e do n.º 1 do

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artigo 51.º, ambos da Lei n.º 16/10, de 15 de Julho — Lei do Banco Nacional de Angola,
conjugados com o disposto na Lei das Instituições Financeiras, determino:

Artigo 1.º Capital social mínimo das instituições financeiras


bancárias
As instituições financeiras bancárias autorizadas a funcionar, pelo Banco Nacional de Angola,
devem ter o seu capital social integralmente realizado em moeda nacional, bem como manter o
capital social e os Fundos Próprios Regulamentar (FPR) no valor mínimo de Kz: 2.500.000.000,00
(dois mil milhões e quinhentos milhões de kwanzas).

Artigo 2.º Ajustes


As instituições financeiras bancárias em funcionamento, cujo capital social e fundos próprios
regulamentares sejam inferiores ao mínimo estabelecido no artigo anterior, devem proceder ao
ajuste até ao dia 30 de Junho de 2014.

Artigo 3.º Norma revogatória


Fica revogada a alínea a) do n.º 1 do artigo 1.º do Aviso n.º 4/07, de 26 de Setembro.

Artigo 4.º Entrada em vigor


O presente Aviso entra em vigor na data da sua publicação.

Publique-se.
Luanda, aos 15 de Novembro de 2013.
O Governador, José de Lima Massano.

Negócios e transações relativas a viagens, transferências


correntes e pagamentos ao estrangeiro - Aviso n.º 13/13, de
6 de Agosto
SUMÁRIO:
Estabelece as regras e procedimentos que devem ser observados na realização de actos, negócios
ou transacções relacionados com viagens, e transferências correntes, bem como pagamentos de
serviços e rendimentos quando se efectuarem entre o território nacional e o estrangeiro, ou entre
residentes e não residentes. - Revoga o Instrutivo n.º 1/06, de 10 de Janeiro, bem como o instrutivo
n.º 1/10, de 16 de Março e todas as disposições normativas que contrariem o estabelecido no
presente Aviso. 

APROVADO POR:
Aviso n.º 13/13, de 6 de Agosto

Preâmbulo
Havendo necessidade de se proceder à simplificação dos procedimentos para a realização de
operações cambiais de invisíveis correntes, estabelecidas pelo Decreto n.º 21/98, de 24 de Julho,
visando conferir maior eficiência e flexibilidade à realização de pagamentos e transferências para
o exterior, alinhando-os à nova conjuntura económica, sem prejuízo do monitoramento por parte
da Autoridade Cambial.
Ao abrigo das disposições conjugadas do n.º 2 do artigo 28.º da Lei n.º 5/97, de 27 de Junho — Lei
Cambial e do artigo 40.º da Lei n.º 16/10, de 15 de Julho, Lei do Banco Nacional de Angola,
determino:

CAPÍTULO I Disposições Gerais e Comuns

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SECÇÃO I Objecto, Âmbito, Definições e Classificação

Artigo 1.º Objecto


O presente Aviso estabelece as regras e procedimentos que devem ser observados na
realização de actos, negócios ou transacções relacionados com viagens, e transferências
correntes, bem como pagamentos de serviços e rendimentos quando se efectuarem entre
o território nacional e o estrangeiro, ou entre residentes e não residentes.

Artigo 2.º Âmbito


1. São destinatários das disposições constantes do presente Aviso os intervenientes na
realização de operações cambiais de invisíveis correntes na República de Angola,
nomeadamente:

a) Pessoas singulares ou colectivas titulares de direitos e obrigações no âmbito das


referidas operações;
b) Instituições financeiras intermediárias nas referidas operações.

2. As disposições previstas no presente Aviso abrangem:

a) Os actos, negócios, contratos e transacções;


b) Os procedimentos de registo, aprovação e acompanhamento, relativos ao previsto na
alínea anterior;
c) Os procedimentos para identificação de clientes e requisitos documentais para
execução das operações.

3. O presente Aviso não é aplicável às operações de invisíveis correntes realizadas pelas


entidades abrangidas pela Lei n.º 2/12, de 13 de Janeiro, Lei Sobre o Regime Cambial
Aplicável ao Sector Petrolífero, às transacções relacionadas com as transferências de
lucros e dividendos de não residentes resultantes de aplicações financeiras e de capitais,
os prémios de jogos e as transferências para a segurança social e fundos de pensões, que
se regem por regulamentação própria.

Artigo 3.º Definições


Para efeito do presente Aviso entende-se por:

1. Cobertura cambial: disponibilidade em moeda estrangeira que se destina à liquidação


de operação cambial.
2. Contrato de Fretamento: Acordo em que o proprietário ou armador do navio, aeronave
ou outro meio de transporte - o fretador - se obriga a ceder à outra parte - afretador ou
carregador - o uso de todo o equipamento de transporte.
3. Factura comercial: documento de carácter legal, sujeito às leis internacionais, emitido
pelo próprio exportador de serviços, em papel timbrado da empresa com a descrição
factura comercial, e tem por objectivo registar as características da transacção realizada
entre ambas as partes. É utilizada pelo importador para a liquidação da operação junto da
instituição financeira intermediária, entre outros.
4. Factura proforma: documento emitido pelo exportador, em carácter preliminar a pedido
do importador, que tem por objectivo fornecer informação ao comprador e às autoridades
competentes do País deste, sobre os detalhes da transacção. Contém os elementos da
factura definitiva mas não gera a obrigação de pagamento.
5. Instituição financeira: instituição financeira bancária ou não, que nos termos da Lei n.º
13/05, de 30 de Setembro, pode exercer o comércio de câmbios no âmbito do seu objecto
social e que tenha sido licenciada para o efeito pelo Banco Nacional de Angola.
6. Liquidação cambial: pagamento ou outra forma de extinção de obrigação cambial.

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7. Licenciamento: processo administrativo, por via do qual é concedida autorização à


instituição financeira para liquidação de operação de invisível corrente, que no âmbito do
presente Aviso não esteja dispensada de prévia autorização do Banco Nacional de Angola.
8. Não residente Cambial: conforme definido no n.º 2 do artigo 4.º da Lei n.º 5/97, de 27 de
Junho, Lei Cambial.
9. Operação cambial: qualquer acto, negócio ou transacção realizado entre residente e não
residente cambial, que eventualmente resulte em pagamento ou recebimento sobre o
exterior, ou que simplesmente seja qualificado por lei como tal.
10. Operações de invisíveis correntes: quaisquer transacções correntes que não sejam de
mercadorias, nomeadamente relativas a viagens e transferências de natureza corrente,
pagamento e recebimento de serviços e rendimentos, quando se efectuarem entre o
território nacional e o estrangeiro ou entre residentes e não residentes, cujo prazo de
vencimento não seja superior a 360 dias.
11. Prova de capacidade financeira: procedimento a adoptar pela instituição financeira
intermediária na operação, objectivando a identificação e o conhecimento da origem,
assim como a constituição do património e dos recursos financeiros do ordenante de
operação abrangida pelo presente Aviso.
12. Registo cambial: recolha, processamento electrónico e manutenção de informação
essencial relativa a uma operação cambial, no Sistema Integrado de Operações Cambiais
(SINOC).
13. Rendimentos: recebimentos pela utilização de factores de produção, nomeadamente,
terra, trabalho e capital.
14. Residente cambial: conforme definido no n.º 1 do artigo 4.º da Lei n.º 5/97, de 27 de
Junho, Lei Cambial.
15. Serviços: prestação de assistência ou realização de tarefas por uma entidade não
residente a favor de outra residente ou vice-versa, ou a utilização de um bem em
circunstâncias análogas sem que haja transferência da propriedade do referido bem.
16. Sistema Integrado de Operações Cambiais (SINOC): sistema automatizado de
informação disponibilizado pelo Banco Nacional de Angola, às instituições financeiras,
para a aprovação e licenciamento dos contratos cambiais e registo dos pagamentos e
recebimentos efectuados.
17. Transferência para apoio familiar ou manutenção de pessoas físicas: envio de fundos
por entidade residente cambial, destinado à manutenção de familiares directos que
tenham dependência financeira de residentes no País.
18. Transferências correntes: referem-se aos fluxos financeiros remetidos ao exterior do
País por entidades do sector público ou privado, sem contrapartida de mercadorias,
serviços, aplicações financeiras ou investimento, designadamente:

a) As transacções correntes entre governos e/ou organismos internacionais, tais como as


doações, as contribuições periódicas a organizações regionais e internacionais, as taxas, e
multas, a concessão de licenças diversas (de pesca, caça e exploração de outros recursos)
assim como as transferências de carácter administrativo;
b) As transferências para apoio familiar, fins educacionais, científicos e culturais,
tratamento de saúde, contribuições periódicas a órgãos de classe, bem como outras
transferências de idêntica natureza.

19. Transferências para fins educacionais, científicos e culturais: envio de fundos por
entidade residente cambial, com a finalidade de cobrir gastos de pessoas que residem
habitualmente no País e que se encontrem no exterior a cumprir programas de formação
académica, profissional ou científica, incluindo-se aqui as bolsas de estudo. As referidas
transferências, para além das despesas de matrícula ou propina escolar, incluem também
os custos de acomodação, alimentação, transporte e outros da mesma natureza.
20. Transferências para tratamento de saúde: envio de fundos por entidade residente
cambial, destinado à cobertura de gastos com tratamento de saúde no exterior do país,
incluindo o ressarcimento de despesas já efectuadas, bem como a realização de exames
médicos e outros serviços médicos e laboratoriais.

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21. Verificação da natureza e legitimidade da transacção: conjunto de medidas antifraude


que têm como objectivo identificar situações suspeitas com base no conhecimento do
perfil do rendimento ou dos negócios e regularidade de movimentação financeira do
ordenador.
22. Viagens: compreendem as despesas relacionadas com alojamento, alimentação e
transporte, durante a estada do viajante no País de acolhimento, desde que o período de
permanência seja inferior a um ano.

Artigo 4.º Classificação


1. Para efeito do disposto no presente Aviso, as operações de invisíveis correntes ficam
subdivididas em:

a) Viagens e transferências;
b) Serviços e rendimentos.

2. As operações de invisíveis correntes podem ser ordenadas por residentes cambiais ou


por não residentes cambiais, nos termos definidos no presente Aviso.

SECÇÃO II Princípios

Artigo 5.º Intermediação Financeira


1. A intermediação das operações de invisíveis correntes só pode ser efectuada por uma
instituição autorizada a exercer o comércio de câmbios pelo Banco Nacional de Angola, no
âmbito da legislação em vigor.

Artigo 6.º Cobertura Cambial das Operações


A cobertura cambial para a liquidação de operações de invisíveis correntes deve processar
-se da seguinte forma:

a) Pela utilização dos fundos em moeda estrangeira disponíveis na conta bancária do


ordenador;
b) Por débito da conta em moeda nacional no momento da liquidação da transacção, de
transferência para o exterior ou entrega em mão da moeda estrangeira, quando se tratar
de transacção para viagens;
c) Por utilização de cartão electrónico de pagamento internacional nos termos definidos no
presente Aviso e do estabelecido em regulamentação própria.

Artigo 7.º Pedidos para a Realização de Operações


Para a realização das transacções objecto do presente Aviso, devem as pessoas singulares
ou colectivas, solicitar por carta ou documento equivalente, à instituição financeira
interveniente, a compra de moeda estrangeira e/ou a transferência para o fim pretendido,
remetendo para cada tipo de operação, os documentos mencionados no Anexo que é
parte integrante do presente Aviso.

Artigo 8.º Condições Prévias à Realização de Operações


Cambiais
1. Previamente à sua execução ou registo para efeito de aprovação pelo Banco Nacional de
Angola, as instituições financeiras, devem certificar-se do tipo de operação, fundamento e
legitimidade, capacidade financeira do ordenador, bem como identificar o beneficiário
efectivo.
2. Para efeito do estabelecido no ponto 1 do presente artigo, e quando a documentação
fornecida não for suficientemente esclarecedora quanto a natureza ou legitimidade da
operação, as instituições financeiras ou o Banco Nacional de Angola, reservam-se o direito

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de solicitar elementos adicionais.


3. Sempre que as operações abrangidas pelo presente Aviso, suscitarem dúvidas nos
termos do ponto 1 acima, as Instituições financeiras, devem abster-se da execução até
esclarecimento pelo ordenador, podendo remeter à apreciação do Banco Nacional de
Angola qualquer que seja o seu montante.

Artigo 9.º Dispensa de Licenciamento


1. Sem prejuízo do registo no SINOC, podem as instituições financeiras, sem prévia
autorização do Banco Nacional de Angola, vender moeda estrangeira e/ou executar os
pagamentos ou transferências sobre o exterior decorrentes do seguinte:

a) Serviços e rendimentos, incluindo rendimentos de capital, ordenados pelos seguintes


órgãos do Estado:

i. Procuradoria Geral da República;


ii. Assembleia Nacional;
iii. Órgãos da Administração Central do Estado, nomeadamente, Presidência da República,
Vice-Presidência da República e Departamentos Ministeriais;
iv. Órgãos superiores de administração da Justiça.

b) Serviços aprovados no âmbito da regulamentação sobre a Contratação de Serviços de


Assistência Técnica Estrangeira ou de Gestão;
c) Serviços de transporte de mercadorias importadas;
d) Indemnizações referentes a mercadorias exportadas e respectivos serviços de
resseguros, nos limites estabelecidos ou a estabelecer em regulamentação específica;
e) Operações ordenadas por companhias estrangeiras de Aviação que exerçam actividade
em Angola no âmbito de acordos bilaterais, ou seus representantes, quando actuando em
nome destas;
f) Facturas de contratos aprovados pelo Banco Nacional de Angola;
g) Serviços decorrentes de contratos de montante inferior ou igual a Kz: 100.000.000,00
(cem milhões de Kwanzas) ou o equivalente em outra moeda, que não os mencionados
nas alíneas anteriores;
h) Serviços decorrentes de contratos de montante inferior ou igual a Kz: 300.000.000,00
(trezentos milhões de Kwanzas) ou o equivalente em outra moeda, que não os
mencionados nas alíneas anteriores e cujos ordenantes sejam empresas prestadoras de
serviços ao sector petrolífero, devidamente registadas e/ou com contrato programa
celebrado com o Ministério dos Petróleos;
i) Viagens e transferências nos termos do presente Aviso, sem prejuízo dos termos, limites
e condições sobre comércio de câmbios estabelecidos no Aviso n.º 7/13, de 22 de Abril e
no Instrutivo n.º 13/13, de 31 de Julho;
j) Transferências relacionadas com remessas de valores para o exterior do país, sem
prejuízo dos limites estabelecidos no Aviso n.º 6/13, de 22 de Abril;
k) Transferências para compensação, de serviços de remessas instruídas por instituições
financeiras prestadoras de serviços de remessas de valores autorizadas pelo Banco
Nacional Angola.

Artigo 10.º Transacções Sujeitas a Licenciamento


1. Estão sujeitas à prévia autorização do Banco Nacional de Angola as transacções
seguintes:

a) Os actos, negócios ou contratos decorrentes de serviços de montante superior a Kz:


300.000.000,00 (trezentos milhões de Kwanzas) ou o equivalente em outra moeda, cujos
ordenadores sejam empresas prestadoras de serviços ao sector petrolífero, devidamente
registadas e/ou com contrato programa celebrado com o Ministério dos Petróleos;
b) Os demais actos, negócios ou contratos relativos a serviços de montante superior a Kz:

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100.000.000,00 (cem milhões de Kwanzas) ou o equivalente em outra moeda;


c) As transferências de rendimentos de aplicações financeiras e de capitais;
d) Os reembolsos devidos pela anulação de contratos e por pagamentos indevidos.

2. As operações definidas nas alíneas f) e g), do artigo 9.º, que tenham o mesmo
ordenador, natureza e fim, e que no período de um ano beneficiem uma mesma entidade,
são consideradas parcelas de um mesmo contrato, estando, por isso, sujeitas a
licenciamento prévio do BNA, quando o seu somatório ultrapasse os limites previstos nas
referidas alíneas.
3. São igualmente parcelamentos, os actos, negócios ou contratos que tenham o mesmo
ordenador, natureza e fim beneficiário, estabelecidos por diversos períodos iguais e
sucessivos ou apenas consecutivos.

Artigo 11.º Registo dos Contratos, das Transacções, Codificação


e Taxa de Câmbio
1. As instituições financeiras devem registar os contratos no SINOC antes da execução de
qualquer operação relacionada com os mesmos, ou para efeito de aprovação pelo Banco
Nacional de Angola.
2. Relativamente ao registo das transacções, o mesmo deve ser efectuado no dia em que
estas forem executadas.
3. O Banco Nacional de Angola estabelece, para efeitos operacionais, a tabela classificativa
das operações cambiais, indicando os respectivos códigos e definições das categorias
classificativas, com a descrição detalhada das operações objecto do presente Aviso.
4. Para efeito de registo no SINOC e apuramento dos montantes, estabelecidos nas alíneas
f) e g) do artigo 9.º, a) e b) do ponto 1 do artigo 10.º, pontos 1, 2 e 3, do artigo 16.º, bem
como do ponto 2 do artigo 19.º, os actos, negócios, contratos ou transacções celebrados
em moeda estrangeira, são convertidos à taxa de câmbio média de referência publicada
pelo Banco Nacional de Angola no seu sítio electrónico, à data de submissão ou registo.
5. As instituições financeiras são responsáveis pelos registos que efectuarem no SINOC,
devendo assegurar-se que a documentação inserida é a necessária para cada tipo de
operação.

Artigo 12.º Aprovação dos Contratos


1. Para efeito de aprovação dos contratos e transacções sujeitas a licenciamento prévio do
Banco Nacional de Angola, as instituições financeiras bancárias devem remeter os pedidos
via SINOC, conforme referido no n.º 1 do artigo 11.º .
2. A aprovação, rejeição ou solicitação de elementos adicionais para o licenciamento, será
comunicada à instituição financeira interveniente na operação, no prazo de 8 (oito) dias
úteis a contar da data de submissão do pedido no SINOC, ou se for o caso, da recepção
das informações complementares solicitadas aos requerentes.
3. Quando o estabelecido no ponto 2 do presente artigo não for cumprido, é permitido à
instituição financeira executar a operação, desde que assegure que a mesma cumpre com
todos os requisitos necessários à sua realização e se responsabilize pela sua boa
execução.
4. A não recepção, pelo Banco Nacional de Angola, no prazo de 15 dias, das informações
complementares que tenha solicitado, dá lugar à anulação do pedido de licenciamento.

CAPÍTULO II Operações de Residentes Cambiais

SECÇÃO I Viagens e Transferências

Artigo 13.º Dos Sujeitos Abrangidos

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A presente secção aplica-se às transacções de entidades residentes cambiais quer sejam


públicas ou privadas, relacionadas com viagens ao exterior do País e transferências de
natureza corrente.

Artigo 14.º Viagens e Transferências do Sector Público


1. Para efeito do presente Aviso, nas operações, ordenadas pelo sector público enquadram
-se:

a) As relacionadas com viagens em serviço ou formação realizadas por funcionários dos


órgãos do aparelho central do Estado bem como de todas as outras entidades do sector
público;
b) As doações concedidas a outros governos, as contribuições a organizações
internacionais, e todas as transferências de carácter administrativo que não tenham
contrapartida, ordenadas por órgãos do Estado, e entidades do sector público;
c) As realizadas para fins educacionais científicos e culturais, tratamento de saúde,
contribuições a entidades de classe e outras transferências de entidades do sector público.

Artigo 15.º Viagens e Transferências Privadas


1. Para efeito do presente Aviso, nas operações, ordenadas pelo sector privado
enquadram-se:

a) as relacionadas com viagens de carácter pessoal, nos termos do artigo 16.º do presente
Aviso;
b) As relacionadas com viagens em serviço ou formação de funcionários de entidades que
actuam no sector privado;
c) As relacionadas com apoio familiar, contribuições a entidades de classe e outras
transferências de carácter privado;
d) As relacionadas com fins educacionais, científicos, culturais e tratamento de saúde.

2. As operações ordenadas por pessoas singulares residentes cambiais destinam-se à


cobertura de gastos próprios e de seus familiares directos, e estão sujeitas a limites nos
termos do artigo 16.º, quando aplicável.

Artigo 16.º Montantes Anuais


1. O volume de operações para viagens, efectuadas no mesmo ano civil por pessoas
singulares residentes cambiais maiores de 18 anos, não deve ultrapassar o montante
cumulativo de Kz: 25.000.000,00 (vinte e cinco milhões de Kwanzas) quando ordenado ou
feito em nome da mesma pessoa, independentemente do instrumento de pagamento
utilizado (cartão electrónico de pagamento, transferência bancária, moeda em mão ou
cheque sobre o estrangeiro).
2. As operações relativas a despesas de viagem pessoal, em benefício de pessoas
singulares residentes cambiais menores de 18 anos, não devem ultrapassar o montante
cumulativo de Kz: 6.000.000,00 (seis milhões de Kwanzas) para cada ano civil.
3. Por cada ano civil, o volume de operações destinadas às transferências previstas na
alínea c) do ponto 1 do artigo 15.º, ordenadas por uma mesma pessoa, não devem
ultrapassar o montante cumulativo de Kz: 12.000.000,00 (doze milhões de Kwanzas), por
cada ano civil. Estas operações apenas podem ser ordenadas por pessoas singulares
residentes cambiais maiores de 18 anos.
4. As operações relativas a despesas de saúde e educação não estão sujeitos a limites
quando os pagamentos forem directamente efectuados aos estabelecimentos de saúde ou
de ensino, com base em suportes documentais, nos termos do anexo ao presente Aviso.
5. O Banco Nacional de Angola apreciará as solicitações justificadas de remessa de
recursos adicionais, podendo, excepcionalmente, autorizar transferências acima dos
montantes estabelecidos.

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Artigo 17.º Instrumentos de Pagamento Admissíveis


1. No processamento das operações objecto do presente Aviso, é permitida a utilização de
ordem de pagamento, cartão electrónico de pagamento internacional, cheque nominativo
não endossável ou outros instrumentos de pagamento internacional de natureza análoga.
2. É igualmente, permitida a transferência de valores para a conta do ordenador no
exterior do país, quando esta se destinar à cobertura de gastos de viagem dentro dos
montantes estabelecidos no presente Aviso. No caso de pessoas singulares residentes
cambiais menores de 18 anos, a moeda estrangeira adquirida para cobertura de gastos de
viagem pode ser transferida para a conta dos respectivos progenitores ou representantes
legais devidamente mandatados.
3. Apenas é admitida a entrega de moeda em mão, quando os valores se destinarem a
custear despesas de viagem no exterior, se o ordenante assim o pretender e o montante
não ultrapassar os limites estabelecidos na regulamentação sobre entrada e saída de
numerário no País.

SECÇÃO II Serviços e Rendimentos

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