justificativa.
O projeto sobre a identificação da linguagem abordada nas questões do Enem 2017
é um projeto que tem como finalidade mostrar as dificuldades que essa linguagem pode trazer
e como podemos melhorar para ajudar os futuros vestibulandos.
Os enunciados de forma extensa complica ou ajuda na resolução das questões ?
Bom na maioria das vezes os alunos se atrapalham com os enunciados por eles terem uma
extensão que o aluno começa a ler e quando termina não lembra mais o que foi abordado no
inicio do texto. Uma realidade que poderia ser mudada ou melhor avaliada, pois assim
ajudaria os futuros vestibulandos na interpretação e na resolução das questões.
introdução :
O ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio foi aplicado pela primeira vez em
1998 e tinha o objetivo de avaliar o desempenho dos estudantes, procurando melhorar a
qualidade do ensino fundamental.
Em 1998 o Enem contou apenas com 157 mil inscritos, enquanto somente 115 mil
participaram. Sua edição de 2015 mostra sua evolução, com 7 milhões de inscritos,
apresentando o resultado de todos esses anos de aplicação e de aumento de credibilidade, bem
como no seu formato, que evolui gradativamente, fugindo do estereótipo de uma avaliação
decorativa para uma avaliação mais abrangente, considerando a multidisciplinaridade como
ferramenta básica para medir o conhecimento dos alunos.
Durante sua história, o Enem conseguiu superar barreiras importantes, como a isenção do
pagamento de taxa de inscrição para pessoas de baixa renda, tendo apoio das secretarias
estaduais de Educação, de escolas do ensino médio e de instituições de ensino superior, que
foram, aos poucos, buscando novos meios de conceder vagas aos alunos que mais se
destacaram no Enem.
A partir de 2004 o Ministério da Educação criou o Programa Universidade para Todos, o
ProUni, vinculando a concessão de bolsas à nota obtida pelo aluno no Enem e, com isso, em
2005 o Enem teve 2,2 milhões de participantes, chegando à marca de 2,8 milhões em 2006,
vindo então num crescente que, a cada ano, supera o ano anterior, criando novos recordes de
participação.
Ainda hoje as Universidades podem organizar os seus próprios processos seletivos, mas a
maior parte já substituiu o antigo vestibular pela nota obtida no Enem, o que garante à maior
parte dos candidatos tanto uma bolsa integral quanto parcial, conseguindo assim realizar o
sonho de ter o diploma de nível superior.
Nesses últimos dez anos o Enem conseguiu acompanhar as mudanças ocorridas, tornando-se
não apenas um instrumento de avaliação, mas mostrando que é possível criar alterações no
ensino fundamental e médio para que o aluno chegue ao seu final com a necessária amplitude
de visão, exigida para um profissional de nível superior.
As instituições de ensino superior públicas começaram a usar a nota do Enem para seleção em
seus cursos a partir de 2009, principalmente em virtude das mudanças ocorridas na prova, já
que essas mudanças foram aplicadas nos currículos do ensino médico, comprovando que o
ensino médio poderia ser não apenas um curso a mais no currículo essencial para um aluno,
mas uma preparação para o ensino superior.
Firmando mais a função social e democrática do Enem para os brasileiros, o exame também
serve, atualmente, como certificado de conclusão do Ensino Médio, podendo ser utilizado
pelas pessoas que, por qualquer motivo, pararam de estudar sem ter concluído esse nível
escolar. A essas pessoas também é garantido o ingresso no ensino superior, seja que idade
tenha.
Enem, um novo modelo de avaliação.
O modelo adotado atualmente pelo Enem foi desenvolvido para dar ênfase à aferição das
estruturas mentais, não apenas na memória, fazendo com que usemos na teoria as práticas que
construímos continuamente para todas as nossas atividades. Assim, a preparação dada pelo
ensino médio para participar do Enem tem como objetivo principal não o conhecimento das
matérias, mas a compreensão da totalidade de suas aplicações na vida pessoal e profissional.
A prova do Enem tornou-se interdisciplinar e contextualizada. Enquanto outros exames, como
alguns vestibulares ainda fazem, valorizam mais a memória do aluno e dos conteúdos, o
Enem coloca o estudante diante de situações e problemas, exigindo que ele aplique os mais
diversos conceitos para sua solução.
O grande sucesso que mostra a utilidade do Enem é sua forma de avaliação: não medindo a
capacidade do estudante em acumular informações, mas sim verificando sua capacidade de
refletir, valorizando sua autonomia na hora de tomar decisões e fazer as próprias escolhas.
Referencial teórico:
A área de ciências da natureza, por apresentar em sua grande parte disciplinas
quantitativas, têm como ênfase métodos de ensino que visam o desenvolvimento de
habilidades matemáticas se apoiando na capacidade de repetição e memorização do aluno.
Ademais, no que desrespeito aoensino da química, muitas das vezes professores acabam por
postergar o desenvolvimento de estratégias, como a utilização de técnicas de leitura, que
facilitariam o processo de compreensão dos conteúdos e resultando em uma melhora na
capacidade de aprender, possibilitando ao estudante ir além da simples recepção de
informações.
No ensino da Química, embora apresente uma enorme importância, a prática de leitura e
discussão argumentativa são pouco trabalhadas o que, consequentemente, leva a uma
aprendizagem pautada na aquisição de informação e memorização de fórmulas.
No âmbito escolar, um dos principais objetivos ao se realizar uma atividade de leitura é
fazer com que o aluno entenda e consiga avaliar o que se leu. Deste modo, o texto, que na
concepção de Beaugrande (1997) é um evento comunicativo na qual ações linguísticas,
culturais e sociais são mobilizadas durante o processo cognitivo do leitor, no qual ativa
conhecimentos, que podem ter natureza linguística, interacional e enciclopédico, armazenados
em sua memória pelo qual auxilia durante o processo de compreensão e construção de
sentido. Para Koch e Elias (2006) existem três tipos de conhecimento que é ativado durante o
processo de leitura cujo o sentido de um texto não está propriamente acabado, mas é
construído com base no conhecimento do leitor esperando que o mesmo seja capaz de
compreender.
O conhecimento linguístico trata-se do conhecimento sobre a língua em quanto código,
utilizado durante o processo de leitura para atribuir sentido ao mesmo no qual o indivíduo
adquiriu durante toda sua vida através de diversas práticas comunicativas.
Conhecimento interacional ocorre quando interagimos com a linguagem de maneira
específica em cada situação, ou seja, quando decorre da ativação das formas de interação e do
contato anterior do leitor com o que está sendo colocado diante dele, de forma a construir
sentido.
Desta forma, para cumprir seu propósito comunicativo um texto depende não somente
do uso do conhecimento linguístico e interacional, mas também de conhecimento
enciclopédico que se trata dos conhecimentos armazenados em nossa memória organizado de
maneira personalizada com base no que foi adquirido através de fala, experiências e vivências
variadas.
Contudo, vale salientar que durante o processo de leitura é essencial que se integre os
sistemas de conhecimentos para que se obtenha uma compreensão efetiva do que se lê.
(KOCH, Ingedore V. e ELIAS, Vanda M. Ler e Escrever – estratégias de produção textual.
São Paulo: Contexto, 2009.)
A pesquisa conta com o estudo qualitativo realizado com alunos ingressantes no curso de
Licenciatura em Quimica 2018.1, que se voluntariaram, do Instituto Federal de Educação,Ciência e
tecnologia do Piauí (IFPI) campus Teresina central.
Terá como intrumento de coleta as provas refrente ao Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) de
2017 no qual será feito: um levantamento das questões de quimica; um questionario fechado para
identificar o perfil dos interlocutores; um questionario aberto a fim de identificar as implicalções da
linguaguem presente nos enuciados na formulação das respostas ligada ao conhecimento da
quimica. Como metodo de analise dos dados obtidos será utilizado a analise de conteudo
BARDIN,(2012).