Português – 9º ano
1ª parte: Introdução (III, 118-119): o Poeta caracteriza o acontecimento (“caso triste e dino da
memória” – III, 118); apresenta Inês de Castro como “mísera e mesquinha” – III, 118 e aquela que
“despois de ser morta foi Rainha” – III, 118; invoca o Amor como uma força superior aos homens, que os
conduz à fatalidade e que se alimenta do sofrimento humano.
2ª parte: Vida de Inês de Castro (III, 120-121): descrição da felicidade vivida por Inês, apenas
manchada pela saudade, que, durante o dia, lhe ocupava o pensamento e, durante a noite, a fazia
sonhar.
3ª parte: Razões justificativas da morte de Inês de Castro (III, 122-123): o narrador afirma que
D. Pedro não desejava casar-se com outras mulheres, pelo que o Rei decidiu matar Inês. Julgou que,
assim, acabaria também com a paixão do filho.
4ª parte: Os algozes trazem Inês junto do Rei (III, 124-125): o Rei sente piedade de Inês, mas o
povo não o deixa mudar a sua decisão de mandar matá-la. Inês surge banhada em lágrimas e
atormentada pelo receio de deixar os filhos órfãos.
5ª parte: O discurso de Inês (III, 126-129): Inês tenta convencer o Rei a não a matar:
1º momento: Inês pede ao Rei que tenha piedade dos seus filhos, salvando-a, pois os
animais selvagens, incapazes de sentimentos humanos, conseguiram mostrar piedade
com crianças: a loba salvou Rómulo e Remo, findadores de Roma, e as aves alimentaram
a rainha Semíramis.
2º momento: Inês apela ao espírito de justiça do Rei, que soube dar a morte aos Mouros,
porque a mereceram, pelo que deveria também saber dar a vida a quem não cometeu
erros e, logo, não merece morrer.
3º momento: Inês apresenta alternativas à morte: o desterro num território gélido (Sibéria)
ou tórrido (Líbia) ou mesmo entre animais selvagens.
4º momento: Inês invoca o amor de mãe e de mulher e a orfandade futura dosseus filhos,
apelando aos sentimentos do Rei.
6ª parte: Reação do rei ao discurso de Inês (III, 130): o Rei queria perdoar Inês, mas os algozes
(“peitos carniceiros” – III, 130) e o “pertinaz povo” – III, 130 não lhe permitem que recue.
7ª parte: Morte de Inês (III, 131-132): é feita uma comparação entre duas figuras que sofreram
uma morte injusta: Policena, que foi morta por Pirro, e Inês, que é assassinada pelos “brutos matadores”
(III, 132).
8ª parte: Conclusão – Intervenção do Poeta (III, 133-135): o Poeta mostra-se revoltado contra o
desfecho do caso narrado: invoca o Sol (III, 133), que, segundo ele, não deveria ter brilhado naquele dia
trágico, comparando a execução de Inês à trágica história de Tiestes, que comeu os próprios filhos sem o
saber; invoca os “côncavos vales” (III, 133), que prolongaram o eco dos gritos de Inês; compara a morte
de Inês ao desfalecimento de uma flor “cortada / antes do tempo” (III, 134); refere a natureza, que chora a
morte da sua confidente.
Indícios de lirismo
O Amor é o culpado da morte de Inês.
A natureza comunga com a protagonista sentimentos de felicidade ou tristeza.
Recurso a metáforas e comparações que estão ligadas à natureza.