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1 - Em relação à obstipação indique a resposta certa.

1. Na grande maioria dos casos (provávelmente >90%) não existem causas


subjacentes e a obstipação responde à hidratação, exercício físico e
suplementos de fibras dietéticas (15 a 25g/dia).
2. Em cerca de 20% dos casos a obstipação é considerada grave ou “intractável”.
3. Os marcadores radio-opacos não têm qualquer valor no diagnóstico da
obstipação.
4. A frequência das dejecções constitui o único critério clínico no diagnóstico da
obstipação.
5. O exame rectal tem pouca importância no diagnóstico diferencial da obstipação.

2 - Em relação à hemorragia gastrointestinal indique a resposta certa.


1. A esofagite erosiva compreende cerca de 25% dos casos de hemorragia
gastrointestinal alta.
2. A presença de vaso visível no fundo de uma úlcera gástrica sangrante não
influencia o risco de recidiva hemorrágica.
3. A incidência de hospitalização por hemorragia gastrointestinal baixa (a jusante do
ligamento de Treitz) é superior à da hemorragia gastrointestinal alta.
4. A enteroclise e a cápsula endoscópica têm pouco valor diagnóstico nas
hemorragias de causa oculta ou obscura.
5. A hemorragia do tracto gastrointestinal pode manifestar-se clinicamente de 5
maneiras diferentes; hematemeses, melenas, hemotoquezia, sangue oculto e
sintomas de perda de sangue ou anemia.

3 - Qual das seguintes patologias não é causa de hiperbilirrubinémia indirecta?


1. Hemoglobinúria paroxística nocturna
2. Síndroma de Dubin-Johnson
3. Síndroma de Crigler Najjar I
4. Síndroma de Gilbert
5. Esferocitose hereditária
4 - Qual dos seguintes síndromes que condicionam polipos gastrintestinais, não é
causa de adenomas?
1. Síndroma de Peutz-Jeghers
2. Síndroma de Turcot
3. Síndroma de Lynch
4. Polipose juvenil
5. Síndroma de Gardner

5 - No que se refere à esofagite por Cândida Albicans, escolha a afirmação errada.


1. O envolvimento oral é obrigatório.
2. Raramente pode complicar-se com hemorragia, estenose ou mesmo
perfuração esofágica.
3. O exame histológico é frequentemente negativo.
4. O tratamento empírico é possível nos casos suspeitos.
5. Estes doentes podem ser assintomáticos.

6 - Em relação à clínica da doença ulcerosa péptica, escolha a afirmação errada.


1. A dor nocturna atinge cerca de 2/3 dos doentes com UD.
2. A náusea e a perda de peso ocorrem com mais frequência na UG.
3. A maioria os doentes com dispepsia submetidos a endoscopia digestiva alta
revela uma úlcera.
4. A dor epigástrica precipitada pela ingesta alimentar é mais característica da
úlcera gástrica (UG).
5. A epigastralgia na úlcera duodenal (UD) ocorre sobretudo 90 minutos a 3
horas após as refeições.

7 - Qual dos seguintes testes para a detecção do Helicobacter pylori não é útil na
confirmação precoce da sua erradicação
1. Serologia
2. Teste Respiratório
3. Histologia
4. Cultura
5. Teste da urease

8 - A obstipação pode ser sintoma de colite ulcerosa (CU). Escolha a situação clínica
em que ela ocorre.
1. Pancolite
2. Proctite
3. CU com carácter fistulizante
4. CU com manifestações extra-intestinais
5. Após terapêutica com antibióticos

9 - Em relação com os polipos da vesícula biliar (PVB), escolha a afirmação errada.


1. Em adultos a prevalência dos PVB é cerca de 5%.
2. Os PVB são mais frequentes no sexo feminino.
3. PVB > 10mm têm indicação cirúrgica.
4. A presença de sintomas relacionados com os PVB recomenda a cirurgia.
5. É necessário seguimento ecográfico para monitorizar o crescimento dos PVB.

10 - Qual dos seguintes exames deve ser considerado o melhor para a avaliação
inicial das complicações da pancreatite aguda?
1. RX abdominal
2. Ressonância magnética nuclear (RMN) abdominal
3. Ecoendoscopia dirigida ao pâncreas
4. Colangiopancreatografia endoscópica retrógrada (CPRE)
5. Tomografia axial computorizada (TAC) abdominal

11 – Assinale a resposta errada. No estudo funcional do pâncreas:


1. O teste combinado da secretina-CCK permite diagnosticar lesões avançadas
2. O doseamento sérico de tripsinogénio é pouco específico
3. A elastase pode ser doseada nas fezes
4. O teste da secretina detecta afecções difusas do pâncreas
5. O teste da secretina não permite o diagnóstico diferencial entre pancreatite
crónica e neoplasia do pâncreas

12 – Assinale a resposta errada. A afecção hepática do doente com SIDA pode


resultar de:
1. Hepatite a citomegalovírus
2. Granulomatose hepática por co-infecção B
3. Colangiopatia por criptosporídeos
4. Co-infecção C
5. Efeito hepatotóxico da terapêutica retro-viral

13 – Assinale a resposta errada. O desenvolvimento de uma hipertensão portal num


doente hepático conhecido, revela-se por:
1. Ascite
2. Encefalopatia
3. Varizes esofágicas
4. Hepatomegália
5. Esplenomegália

14 – Assinale a resposta errada. A cirrose biliar secundária:


1. É uma complicação da colangite primária esclerosante
2. Pode ser provocada por uma pancreatite crónica
3. Tem um quadro clínico distinto da cirrose biliar primária
4. Tem um quadro clínico caracterizado por icterícia e prurido
5. A febre é indicativo de colangite

15 – Assinale a resposta errada. Sendo o álcool um hepatotóxico directo:


1. A hepatite alcoólica (HA) ocorre em grande percentagem dos consumidores
2. As mulheres são mais susceptíveis que os homens
3. A hepatotoxicidade traduz-se por quadros de esteatose, hepatite e cirrose
4. A hepatite alcoólica grave ocorre com hipoalbuminemia e insuficiência renal
5. A pentoxifilina é uma alternativa à terapêutica corticóide na hepatite alcoólica

16 – Assinale a resposta errada. A hepatite medicamentosa com predomínio do


quadro colestático é provocada por:
1. Isoniazida
2. Contraceptivos orais
3. Esteroides anabolizantes
4. Eritromicina
5. Cloropromazina

17 – Assinale a resposta errada. A peritonite aguda:


1. Infecciosa pode resultar de uma hérnia encarcerada
2. Bacteriana e espontânea ocorre nos cirróticos com ascite e concentração
elevada de proteínas no líquido ascítico
3. Asséptica pode ser uma complicação do lupus eritematoso
4. Química pode infectar-se secundariamente
5. Asséptica pode ser causada pela presença de sangue no peritoneu

18 – Assinale a resposta errada. Na oclusão intestinal aguda:


1. A peritonite desenvolve-se devido à isquémia e translocação bacteriana
2. Pode ocorrer restrição ventilatória com atelectasia pulmonar subsequente
3. A morte pode ser consequência do choque hipovolémico
4. Grande parte do gás acumulado tem origem na fermentação
5. Do delgado, pode realizar-se o trânsito intestinal com bário

19 - Em relação às alterações da função gastrointestinal indique a resposta certa.


1. A disfagia, que se define como “dificuldade em iniciar a deglutição”, está sempre
presente quando o esófago não se pode distender para além dos 2,5cm.
2. Se existir história clínica suspeita de disfagia mecânica, os métodos de
diagnóstico incluem o estudo radiológico com deglutição de bário, a
esofagogastroscopia e as biópsias endoscópicas.
3. De entre as causas de nauseas e vómitos incluem-se as alterações da função
motora como obstrução pilórica , pancreatite ou obstrução do intestino delgado.
O cisapride e a domperidona estão indicados nestas situações.
4. O refluxo ácido gastro-esofágico e a disfagia funcional são as causas menos
comuns de indigestão. A eficácia da erradicação do Helicobacter pylori na
dispepsia funcional está claramente demonstrada, admitindo-se que mais de
40% dos casos se relacionem com o Helicobacter pylori.
5. Estimulantes da motilidade como a metoclopramida e a eritromicina têm papel
muito importante no tratamento da doença de refluxo gastro-esofágico.

20 - Em relação à diarreia indique a resposta certa.

1. Cerca de 30% das diarreias agudas, caracterizadas por uma duração inferior a 3
semanas, são causadas por agentes infecciosos e raramente se acompanham
de dores abdominais.
2. A diarreia crónica, cuja prevalência nos estados Unidos foi estimada entre 10% e
15%, define-se como a eliminação de fezes moles e/ou líquidas por um período
superior a 10 semanas.
3. Consideram-se causas major de diarreia crónica, de acordo com o mecanismo
fisiopatológico predominante, as causas secretoras, osmóticas, esteatorreicas e
inflamatórias.
4. No sindroma do intestino irritável caracteristicamente surgem dejecções
nocturnas, raramente a diarreia alterna com obstipação, as dejecções não
aliviam as dores abdominais e verifica-se frequentemente perda de peso.
5. A diarreia diabética não responde ao tratamento com clonidina ou com agonistas
alfa2-adrenérgicos.

21 - No que respeita à Pneumonite de Hipersensibilidade (PH), assinale a resposta


correcta:
1. O exame do líquido de lavado broncoalveolar (LLBA) revela alveolite linfocitária,
com aumento da relação CD4/CD8.
2. A realização de teste de provocação é um elemento diagnóstico essencial.
3. O estudo funcional respiratório revela um aumento dos Volumes pulmonares e
alteração da difusão.
4. No tratamento da PH, a identificação do agente causal e a sua evicção não são
elementos fundamentais.
5. Na sua forma aguda pode apresentar-se com tosse, febre, arrepios e prostração
6 a 8 horas após exposição a determinado antigénio.

22 - Em relação aos agentes etiológicos mais frequentemente identificados nos


doentes hospitalizados com Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC),
assinale a resposta errada:
1. Str. pneumoniae
2. H. influenza
3. Legionella pneumophila
4. Pseudomonas aeruginosa
5. C. pneumoniae

23 - São considerados critérios de gravidade da Pneumonia Adquirida na


Comunidade, segundo a British Thoracic Society todos os seguintes excepto:
1. Ureia (BUN) superior a 7 mmol/L.
2. Pressão arterial sistólica inferior a 90mmHg, e diastólica inferior a 60mmHg.
3. Presença de fervores na auscultação.
4. Confusão.
5. Frequência respiratória superior a 30 cpm.

24 - Em relação às bronquiectasias, assinale a resposta correcta:


1. Tosse persistente, expectoração purulenta e hemoptises constituem sintomas
frequentes.
2. A broncografia é, actualmente, o principal meio diagnóstico.
3. A existência de infecções de repetição constitui, por si só, a principal indicação
para terapêutica cirúrgica ou para embolização arterial brônquica.
4. Nos casos que cursam com hemoptises graves, o recurso à cirurgia não está
indicado.
5. Ao contrário das infecções virais e bacterianas, as infecções por M.
tuberculosis ou por micobactérias não tuberculosas não são causa de
bronquiectasias.

25 - Relativamente à patologia pleural identifique a afirmação errada:


1. A causa mais frequente de derrame pleural é a insuficiência cardíaca
ventricular esquerda.
2. O carcinoma do pulmão, o carcinoma da mama e o linfoma são responsáveis
por 75% dos derrames pleurais malignos.
3. O pneumotorax espontâneo primário, que geralmente é devido a ruptura de
pequenas bolhas subpleurais apicais, ocorre raramente em fumadores.
4. No quilotorax a toracocentese revela líquido pleural de aspecto leitoso e na
analise bioquímica do líquido o nível de trigliceridios é superior a 110 mg/dL.
5. Na pleurite tuberculosa o líquido pleural é um exsudato com predomínio de
linfocitos.

26 - Relativamente ao tromboembolismo pulmonar (TEP) assinale a afirmação


errada:
1. A insuficiência cardíaca direita raramente é causa de morte no TEP.
2. A ocorrência de dispneia, hipotensão, cianose e síncope sugere TEP massivo.
3. A síndroma coronária aguda, a pneumonia, a pericardite, o pneumotorax e a
hipertensão pulmonar primária são diagnóstico diferencial do TEP.
4. Obesidade, tabagismo, contraceptivos orais, cirurgia e trauma são algumas das
predisposições adquiridas para TEP.
5. Aumento da resistência vascular pulmonar, alteração das trocas gasosas e
hiperventilação alveolar podem ser efeitos fisiopatologicos do TEP.
27 - As exacerbações são importantes na história natural da DPOC. Identifique a
afirmação errada:
1. As Infecções víricas respiratórias estão presentes em 1/3 dos casos
2. Não se identificam causas precipitantes em 20 a 30 % dos casos
3. Os corticoides inalados reduzem a frequência das exacerbações em 25 a 30%.
4. A administração continuada de antibióticos não mostrou benefício
5. A avaliação seriada da função respiratória é muito importante no diagnóstico e
abordagem das exacerbações

28 - Podem desencadear crise de asma as seguintes situações, excepto uma:


1. Aspirina
2. Poluição atmosférica
3. Infecção respiratória vírica
4. Exercício físico
5. Inalação de Β2 agonistas

29 – Indique qual das abordagens terapêuticas da DPOC abaixo citadas, não se


encontra recomendada:
1. Imunoterapia específica
2. N - acetilcisteína
3. Oxigenioterapia
4. Cessação tabágica
5. Anticolinérgicos inalados

30 – Indique qual das situações clínicas abaixo referidas não entra no diagnóstico
diferencial da Asma:
1. Aspiração de corpo estranho
2. Insuficiência cardíaca ventricular esquerda agudizada
3. Abcesso pulmonar
4. Obstrução tumoral das vias aéreas superiores
5. Edema laríngeo
31 - Em relação à dispneia indique a afirmação errada:
1. Na forma aguda de pneumonite de hipersensibilidade a dispneia ocorre 6 a 8
horas após a exposição ao antigenio;
2. O doente com dispneia apresenta sempre hiperventilação;
3. A dispneia pode apresentar períodos de exacerbação e de remissão.
4. A doença cardíaca crónica pode causar dispneia de apresentação crónica;
5. Faz parte da tríade clássica de sintomas da asma;

32- São considerados efeitos da hipóxia todos os seguintes excepto um:


1. Aumento do ácido láctico causando acidose metabólica;
2. Policitémia secundária;
3. Vasodilatação ao nível dos tecidos
4. Fadiga;
5. Vasodilatação da artéria pulmonar;

33 - Em relação às hemoptises indique a afirmação errada:


1. As malformações arteriovenosas pulmonares podem causar hemoptises;
2. Ocorrem em 50% a 70% dos casos de bronquiectasias;
3. A estenose mitral pode causar hemoptises;
4. Na abordagem da hemorragia de grande volume, a broncoscopia rígida é
preferível em relação à broncofibroscopia;
5. Na abordagem diagnóstica das hemoptises a tomografia computorizada do tórax
não tem justificação.

34 - Indique a afirmação errada em relação à asma:


1. As vias aéreas podem apresentar edema e inflamação eosinofílica mesmo em
doentes assintomáticos;
2. A asma tem predomínio pelo sexo masculino durante a infância;
3. Os antagonistas beta-adrenérgicos fazem parte do grupo de fármacos mais
frequentemente associados a episódios agudos de asma;
4. A hipocápnia associada a acidose respiratória faz parte do quadro
fisiopatológico do episódio agudo de asma;
5. A crise asmática pode acompanhar-se de atelectasia do pulmão

35 - No tratamento da asma indique a afirmação errada:


1. O efeito dos corticoides sistémicos na crise aguda não é imediato;
2. No tratamento de manutenção a dose de corticoide inalado estabelecida para
cada doente deve se mantida fixa ao longo do tempo;
3. É cada vez mais utilizada a associação de beta-2 agonistas de longa acção
com corticoides inalados;
4. O principal efeito secundário dos beta-2 agonistas é o tremor;
5. Em situações agudas os beta-2 agonistas devem ser administrados pela via
inalatória.

36 - Relativamente ao diagnóstico e tratamento da pneumonia indique a afirmação


incorrecta:
1. A pesquisa de antigénio urinário para Legionella pneumophila serogrupo 1 é
actualmente o método de diagnóstico mais usado para pneumonia a
legionella (doença dos Legionários);
2. A pontuação da escala de PORT (pneumonia patient outcomes research
team) tem vindo a ser usada como guia de decisão do local de tratamento;
3. A tomografia computorizada do tórax pode revelar alterações não
visualizadas na radiografia de tórax;
4. O início precoce da antibioterapia está associado a menor mortalidade;
5. Os testes serológicos para Mycoplasma pneumoniae, vírus influenza e
parainfluenza são recomendados como exames de rotina na abordagem da
pneumonia.

37 - Causas de infiltrados pulmonares com eosinofilia, são todas as seguintes,


excepto uma:
1. Pulmão do fazendeiro;
2. Síndrome de Loeffler;
3. Pneumonia eosinofílica aguda;
4. Granulomatose alérgica de Churg e Strauss;
5. Aspergilose broncopulmonar alérgica

38 - Em relação à doença pulmonar obstructiva crónica (DPOC) indique a afirmação


errada:
1. A deficiência grave em alfa-1 anti-tripsina é um factor de risco comprovado de
DPOC;
2. A existência de redução crónica do débito (fluxo) aéreo não é essencial para
a definição de DPOC;
3. A hipoxémia da DPOC geralmente corrige-se com pequeno acréscimo da
fracção inspiratória de oxigénio (FIO2);
4. O principal local de aumento da resistência aérea são as pequenas vias
aéreas com diâmetro menor ou igual a 2mm
5. O fumo do tabaco é o principal factor causal, com resposta individual variável;

39 - Ao efectuar o exame físico torácico dum doente com pneumotórax, espera


encontrar todos os seguintes sinais, excepto:
1. Diminuição do murmúrio vesicular
2. Diminuição do frémito à palpação
3. Ausência de ruídos adventícios
4. Macicez à percussão
5. Diminuição da transmissão das vibrações vocais

40 - Em relação às alterações dos padrões de ventilação pulmonar, assinale a


resposta certa:
1. Na doença obstrutiva, a Capacidade Pulmonar Total encontra-se normal ou
aumentada.
2. No padrão obstrutivo, o Volume Residual está frequentemente diminuído.
3. No padrão restritivo, existe um aumento dos Volumes Pulmonares,
fundamentalmente da Capacidade Pulmonar Total e da Capacidade Vital.
4. A Asma e a Bronquite Crónica estão associadas a um padrão restritivo.
5. A Fibrose Pulmonar Idiopática e a Cifoscoliose estão associadas a um padrão
obstrutivo.

41. Num doente assintomático de 40 anos com um sopro diastólico de baixa


frequência mais audível no ápex:
1. Pode apresentar um eritema malar com um fácies azulado
2. Pode chegar aos 60 anos assintomático, especialmente se viver no mundo
ocidental
3. Todos os doentes devem ser submetidos a cirurgia para evitar o risco de
embolização
4. Deve ser sempre utilizada a digoxina para melhoria sintomática
5. Deve ser submetido a cateterismo cardíaco para esclarecimento diagnóstico.

42. Um doente de 70 anos com insuficiência cardíaca diastólica aguda:


1. Tem um ecocardiograma com fracção de ejecção superior a 50%
2. Deverá sempre fazer um IECA
3. O pró-BNP é normalmente baixo ao contrário da insuficiência cardíaca
sistólica
4. Os digitálicos são fundamentais na melhoria sintomática destes doentes
5. É mais frequnte em homens com cardiopatia isquémica

43. Num doente com insuficiência cardíaca qual das seguintes é falsa:
1. Tem indicação para fazer anticoagulação.
2. Os ARA’s podem substituir os IECA’s no caso de intolerância, pois são
igualmente eficazes
3. Os Beta – bloqueantes melhoram o prognóstico e devem ser administrados
em doentes em classe II/III da NYHA
4. A dieta deste doente deve ser hipossalina, para evitar a retenção hídrica e
aumentar a eficácia dos diuréticos
5. A vacina da gripe e pneumococica são importantes na prevenção das
infecções respiratórias

44. Qual das seguintes patologias raramente se manifesta por dispneia:


1. Cifoescoliose grave
2. Insuficiência cardíaca
3. Acidose metabólica
4. Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica
5. Tromboembolismo pulmonar

45. Nos enfartes do miocárdio sem supradesnivelamento do segmento ST, qual das
seguintes condições não é recomendação Classe I para uma estratégia invasiva
precoce?
1. Fracção de ejecção < 40%
2. Depressão do ST de novo
3. Intervenção coronária percutânea (PCI) há mais de 6 meses
4. Diminuição da tensão arterial
5. Elevação da troponina T

46. Relativamente a dados epidemiológicos e fisiopatológicos é verdade que:


1. A frequência da hipertensão arterial secundária é de cerca de 18% na
população geral
2. Na população geral, a prevalência da hipertensão arterial é inferior a 16%
(mesmo em Portugal),
3. Na 6ª década de vida, a prevalência de hipertensão arterial em mulheres é
idêntica à prevalência estimada nos homens
4. Cerca de 60% dos doentes com hipertensão arterial essencial são sensíveis à
ingestão de sal
5. A hipertensão arterial de causa endócrina associa-se a um aumento
significativo da pressão de pulso
47. Escolha a afirmação mais correcta:
1. A hipertensão arterial acelerada caracteriza-se por se associar a lesões agudas
de órgão alvo e fundo de olho grau IV (classificação de Keith-Wagner-Barker)
2. Na investigação da possível causa da hipertensão arterial, a presença de um
pulso femoral de características normais exclui a necessidade de medição da
pressão arterial num doente hipertenso com 28 anos de idade
3. Uma pressão arterial sistólica média de 138 mmHg obtida durante a
monitorização ambulatória durante 24 h (MAPA) associa-se a um risco
cardiovascular 4 vezes superior, que será ainda mais elevado nos casos de o
doente ser um hipertenso non-dipper
4. Num doente hipertenso de alto risco, deve ser considerada a hipótese de iniciar
tratamento combinado com baixas doses de um inibidor da enzima conversora
da angiotensina e de um antagonista do cálcio
5. Num doente diabético com pressões arteriais de 182/76 mmHg sustentadas
devem ser excluídas causas de hipertensão arterial secundária antes de se
proceder ao início do tratamento com lisinopril

48. Escolha a afirmação mais correcta:


1. Os doentes com espondilite anquilosante, ou artrite reumatóide, ou artrite
psoriática, ou com síndrome de Reiter, podem ter associadamente dilatação da
aorta ascendente e da aorta descendente
2. A maioria dos aneurismas da aorta torácica são assintomáticos e têm indicação
para reparação cirúrgica, na generalidade dos doentes, se tiverem um diâmetro
maior do que 6 cm e nos doentes com síndrome de Marfan se este for maior do
que 5 cm
3. A dissecção aórtica tipo B (classificação de Stanford) tem habitualmente
indicação cirúrgica que no entanto pode ser diferida por vários dias
4. A aortite sifilítica tem como lesão inicial um lesão granulomatosa que envolve a
intima e a média da parede da aorta
5. A arterite de células gigantes embora possa estar associada a polimialgia
reumática não se complica de insuficiência valvular aórtica e é muitas vezes
resistente à corticoterapia

49. No contexto de enfarte agudo do miocárdio, qual das seguintes situações


clínicas é indicação clara (classe I) para implantação de “pacemaker” definitivo?
1. Bloqueio auriculoventricular, de segundo ou terceiro grau, persistente e
sintomático.
2. Bloqueio auriculoventricular nodal, de segundo ou terceiro grau, persistente.
3. Bloqueio auriculoventricular de primeiro grau persistente, na presença de
bloqueio de ramo antigo.
4. Bloqueio fascicular anterior esquerdo adquirido, na ausência de bloqueio
auriculoventricular.
5. Bloqueio auriculoventricular transitório, na presença de bloqueio fascicular
anterior esquerdo isolado.

50. Em relação à fibrilhação auricular, assinale a afirmação errada:


1. Há ausência das ondas “c” no pulso venoso jugular.
2. O primeiro som cardíaco tem habitualmente intensidade variável.
3. Nos casos com indicação para hipocoagulação e cardioversão eléctrica, a
hipocoagulação deve ser efectuada algumas semanas antes e mantida
algumas semanas após a cardioversão.
4. O objectivo do tratamento, quando não se consegue reverter a fibrilhação
auricular a ritmo sinusal é o controlo da resposta ventricular.
5. É caracterizada por actividade auricular desorganizada, sem ondas “P” no
electrocardiograma.

51. O Edema Pulmonar por aumento da pressão capilar pulmonar pode decorrer de
todas as situações, excepto uma:
1. Estenose mitral
2. Insuficiência ventricular esquerda
3. Insuficiência tricúspide
4. Estenose Aórtica
5. Crise hipertensiva

52. O Pulso alternante é característico duma das seguintes situações:


1. Disfunção ventricular esquerda grave
2. Estenose mitral
3. Tamponamento cardíaco
4. Contracção ventricular prematura
5. Estenose aórtica

53. A manobra de valsalva aumenta a intensidade do sopro numa das seguintes


situações:
1. Estenose Aórtica
2. Insuficiência Aórtica
3. Cardiomiopatia hipertrofica
4. Estenose mitral
5. Comunicação interventricular

54. Um sopro holossistólico pode auscultar-se em todas as situações referidas,


excepto uma:
1. Estenose Aórtica
2. Regurgitação mitral
3. Alguns Shunts aorto – pulmonares
4. Regurgitação tricúspide
5. Comunicação interventricular

55. Todos os seguintes são critérios de Hipertrofia ventricular esquerda, no


electrocardiograma, excepto um, qual?
1. Sv1 + Rv5 ou Rv6 ≥ 35 mm
2. Rv5 ou Rv6 ≥ 25 mm
3. R a VF ≥ 20mm
4. R ≥ S em V1
5. RI + SIII ≥ 25 mm

56. A hiperkaliémia pode gerar no Electrocardiograma todas as alterações seguintes,


excepto uma:
1. Ondas T acuminadas (em tenda)
2. Prolongamento do intervalo Q – T
3. Alterações da condução A – V
4. Diminuição da amplitude da onda P
5. Alargamento do QRS

57. O supra desnivelamento do segmento ST pode surgir em todas as situações,


excepto uma:
1. Pericardite aguda
2. Hipertermia
3. Enfarte agudo do miocárdio
4. Repolarização precoce (variante do padrão normal)
5. Miocardite

58. Em que circunstâncias a fibrinólise não está contra - indicada no contexto de


enfarte agudo do miocárdio:
1. História de AVC não hemorrágico no último ano.
2. Doente com menstruação activa.
3. TA > 180 ( sistólica ) e > 110 (diastólica ).
4. Dissecção aguda da aorta.
5. Hemorragia digestiva alta.
59. Num doente com hipertensão arterial quais dos seguintes testes não fazem parte
da avaliação inicial:
1. ECG
2. Ureia e Creatinina séricas
3. Potássio sérico
4. Urina II
5. Clearance de Creatinina

60. Num doente com má resposta à terapêutica anti – hipertensora todos os


seguintes factores deverão ser excluidos, excepto:
1. Má adesão à terapêutica.
2. Uso de antidiabéticos orais.
3. Uso de contraceptivos orais.
4. Uso de corticosteroides
5. Uso de simpaticométicos orais.

61. Qual das seguintes glomerulonefrites mediadas por imuno-complexos não se


acompanha habitualmente de hipocomplementémia?
1. Glomerulonefrite pós-infecciosa.
2. Crioglobulinémia mista.
3. Nefrite do shunt.
4. Nefrite lúpica.
5. Púrpura de Henoch-Schölein.

62. Em relação às glomerulopatias qual das seguintes afirmações está correcta?


1. A glomerulopatia membranosa evolui em dez a quinze anos para insuficiência
renal crónica terminal em mais de 50% dos casos.
2. A glomerulonefrite mesangioproliferativa é responsável por 5 a 10% dos
casos de síndroma nefrótico idiopático.
3. A glomeruloesclerose focal e segmentar ao recorrer frequentemente no
transplante renal pode levar à perda do enxerto em até cerca de 50% dos
casos.
4. A incidência da glomerulonefrite membrano-proliferativa tipo I está a aumentar
nas sociedades ocidentais na última década dado o incremento da infecção
pelo vírus da hepatite C.
5. A doença por lesão mínima quando é induzida por drogas raramente se
associa a nefrite intersticial.

63. Em relação aos aspectos patológicos das glomerulopatias todas as afirmações


são falsas excepto uma, assinale-a:
1. Na doença por lesão mínima é frequente a proliferação mesangial com
depósitos de IgA.
2. Na glomeruloesclerose focal e segmentar as lesões morfológicas predominam
nos glomérulos justa-medulares.
3. Na glomerulopatia membranosa a proliferação celular glomerular é típica.
4. Os principais constituintes dos depósitos intramembranosos da
glomerulonefrite membranoproliferativa tipo II (doença de depósitos densos)
são as imunoglobulinas.
5. Na glomerulonefrite membranoproliferativa tipo I não se observa reduplicação
da membrana basal glomerular, ao contrário da do tipo II.

64. Um homem de 65 anos é internado com um quadro de síndroma nefrótico,


creatinina plasmática de 2mg/dl e uma gamapatia monoclonal. Das seguintes
hipóteses diagnósticas qual é a menos provável?
1. Doença dos depósitos de cadeias leves.
2. Amiloidose de cadeias leves (AL).
3. Glomerulopatia fibrilhar-imunotactóide.
4. Crioglobulinémia mista.
5. Mieloma múltiplo com rim de mieloma (nefropatia dos cilindros).
65. No síndrome nefrótico por glomerulonefrite membranosa, assinale a afirmação
verdadeira:
1. É a causa mais rara de síndrome nefrótico idiopático em adultos.
2. A proteinúria é, a maior parte das vezes, selectiva.
3. Raramente está associada a doenças sistémicas, infecções, malignidade ou
fármacos como o ouro e a penicilamina.
4. A idade, o sexo, e a existência de hipertensão à data do diagnóstico,
influenciam o prognóstico.
5. A terapêutica com ciclofosfamida não demonstrou qualquer eficácia na
redução da proteinúria e/ou no ritmo de diminuição da taxa de filtração
glomerular

66 . Em relação à nefropatia diabética, é falso que:


1. A fisiopatologia da nefropatia na diabetes mellitus tipo 1 é absolutamente
distinta da diabetes mellitus tipo 2.
2. A microalbuminúria é a primeira manifestação da lesão da barreira
glomerular.
3. As alterações histológicas mais precoces são o espessamento da membrana
basal glomerular e a expansão do mesângio.
4. A terapêutica baseia-se essencialmente no controlo da glicémia, da tensão
arterial e da pressão capilar glomerular.
5. Todos os doentes diabéticos, com mais de doze anos de idade e
microalbuminúria, devem ser medicados com um inibidor da enzima de
conversão da angiotensina, mesmo na ausência de hipertensão arterial.

67 . Na estenose da artéria renal/doença renal isquémica, assinale a afirmação


falsa:
1. Na mulher jovem a estenose da artéria renal deve-se sobretudo à displasia
fibromuscular.
2. Os inibidores da enzima de conversão da angiotensina são utilizados no
diagnóstico desta anomalia.
3. Na suspeita de estenose da artéria renal, o primeiro exame a realizar é a
angioressonância com gadolínio.
4. A angioplastia percutânea transluminal apresenta uma taxa de 50% de cura
nos jovens com displasia fibromuscular.
5. A principal causa, no doente de meia-idade e no idoso, deve-se a uma placa
de ateroma na origem da artéria renal.

68 . Em relação à doença renal poliquística autosómica dominante, é verdade que:


1. A anomalia genética encontra-se exclusivamente ligada ao cromossoma 16.
2. A doença pode apresentar-se em qualquer idade mas a sintomatologia surge
mais frequentemente a partir da 3ª ou 4ª década.
3. A hipertensão arterial é rara no adulto.
4. As manifestações extra-renais poupam o sistema nervoso central.
5. A urografia intra-venosa é o exame imagiológico mais adequado para o
diagnóstico.

69 . Na nefropatia por analgésicos, assinale a afirmação verdadeira:


1. A morfologia é caracterizada por necrose papilar e glomerulonefrite
mesangioproliferativa.
2. A piúria persistente em urina estéril é um indicador importante para o
diagnóstico.
3. A proteinúria é, quase sempre, nefrótica.
4. Apesar da progressão para a insuficiência renal os rins mantêm dimensões
normais e sem deformidades.
5. Encontra-se associada à ingestão de pequenas quantidades da combinação
de fenacetina com ácido acetilsalicílico.

70 . Em relação ao tratamento da infecção do tracto urinário, assinale a afirmação


verdadeira:
1. O desaparecimento da sintomatologia é indicador do desaparecimento da
infecção.
2. Em geral, todas as infecções urinárias devem começar por fazer
antibioterapia durante um curto período de tempo.
3. Na mulher, à excepção da cistite não complicada, o exame bacteriológico da
urina deve preceder sempre a terapêutica antibiótica empírica.
4. A bacteriúria assintomática do idoso é frequente e justifica sempre
terapêutica antibiótica.
5. O doente com cateterismo vesical e bacteriúria assintomática tem sempre
indicação para terapêutica antibiótica.

71 . Em relação aos síndromas nefrológicos major qual das seguintes afirmação é


verdadeira?
1. Na uropatia obstrutiva pode existir poliúria.
2. A Nefrite aguda caracteriza-se por hematúria, azotémia, hipertensão arterial,
oligúria e proteinúria superior a 3,5 gramas nas 24 horas.
3. O síndroma nefrótico caracteriza-se por proteinúria superior a 3,5 gramas nas
24 horas, hipoalbuminémia, hipertensão arterial e edema.
4. A hipertensão arterial nunca é causa de proteinúria ou de cilindros no
sedimento urinário.
5. Na insuficiência renal de curso rapidamente progressivo em regra não existe
oligúria ou anúria.

72. Em relação à azotémia pré-renal qual das seguintes afirmações é falsa?


1. Surge nas situações em que há redução da perfusão renal.
2. Pode ser complicação das situações clínicas em que há vasodilatação
periférica.
3. Os doentes sob terapêutica com inibidores da enzima de conversão têm
maior risco de fazerem insuficiência renal aguda quando há redução do
volume plasmático.
4. Os doentes sob terapêutica com anti-inflamatórios não esteróides têm maior
risco de fazerem insuficiência renal aguda quando há redução do volume
plasmático porque estes provocam vasodilatação renal.
5. A hipoperfusão renal prolongada pode levar à necrose tubular aguda.

73. Em relação às hiponatrémia qual das seguintes afirmações é verdadeira?


1. Na Diabetes Mellitus mal controlada a hiperglicémia induz aumento da
concentração plasmática de sódio.
2. A hiponatrémia induzida por diuréticos é mais frequente com as tiazidas do
que com os diuréticos de ansa (furosemida).
3. A insuficiência de insulina não é causa de pseudo hiponatrémia.
4. A polidipsia primária não causa hiponatrémia hipoosmolal.
5. O síndroma de secreção inapropriada da hormona anti-diurética provoca, em
regra, uma pseudo hiponatrémia.

74. Qual das seguintes situações clínicas não é causa de acidose metabólica com
hiato aniónico aumentado?
1. Cetoacidose diabética.
2. Cetoacidose etanólica.
3. Intoxicação por metanol.
4. Acidose tubular renal distal.
5. Insuficiência renal crónica.

75. Relativamente à evolução progressiva da insuficiência renal crónica qual das


seguintes afirmações é falsa?
1. Os níveis plasmáticos de creatinina em regra só se elevam acima dos limites
do normal quando a função renal está reduzida em mais de 50%.
2. O aumento da excreção tubular de fósforo e potássio impede que os seus
níveis séricos estejam aumentados antes da função renal se reduzir a 25%.
3. Os mecanismos de adaptação glomerular (hipertrofia, hiperfiltração)
conduzem à sua progressiva esclerose.
4. A hipernatrémia é precoce, bastando a função renal estar diminuída em 25%.
5. A fracção de excreção do sódio pode subir até 30% nas fases avançadas.
76. Relativamente à osteíte fibrosa quística na insuficiência renal crónica qual das
seguintes afirmações é verdadeira?
1. A hiperfosfatémia e a redução da produção renal do metabolito activo da
vitamina D3 estão implicados na sua patogénese.
2. É uma doença de baixa remodelação óssea.
3. É a mais frequente depois da osteomalácia.
4. A acidose metabólica não contribui para o seu desenvolvimento e gravidade.
5. Surge quando os níveis séricos de parathormona são muito baixos.

77. São causas de resistência à terapêutica com eritropoietina na insuficiência renal


crónica todas as seguintes situações menos uma, qual?
1. Hiperparatiroidismo.
2. Toxicidade pelo alumínio.
3. Hemólise.
4. Transfusão de sangue.
5. Hiperhomocisteinémia.

78. São factores de risco para disfunção precoce do transplante renal todos excepto
um:
1. Idade do dador superior a 60 anos.
2. Glomeruloesclerose superior a 20% na biopsia renal do dador.
3. Elevado nível de anticorpos reactivos do dador contra um painel de antigénios
da população geral.
4. Um tempo de isquémia fria do rim do dador superior a 24horas.
5. Receptor que perdeu um transplante prévio antes do terceiro mês.

79. Relativamente às complicações infecciosas do transplante renal qual das


afirmações é falsa?
1. A utilização de antibióticos macrólidos nos doentes sob inibidores da
calcineurina diminui os níveis destes fármacos.
2. O envolvimento da orofaringe por Candida não obriga à terapêutica com anti-
fúngicos sis-témicos.
3. A administração de anticorpos monoclonais anti-CD3 aumenta o risco de
activação do citomegalovirus em doentes imunes ao vírus.
4. A profilaxia do Pneumocistis carinii com trimetoprim-sulfametoxazol é muito
eficaz.
5. As infecções urinárias são mais frequentes no primeiro mês de transplante.

80. Em relação às complicações do transplante renal qual das seguintes afirmações


é falsa?
1. As infecções são a principal causa de morte nos doentes transplantados em
contraste com os doentes em diálise onde predominam as doenças
cardiovasculares.
2. A toxicidade dos inibidores da calcineurina é uma das causas de hipertensão
arterial nos doentes transplantados.
3. A utilização de inibidores da enzima de conversão da angiotensina poderá ter
um efeito benéfico na taxa de progressão da disfunção crónica do transplante.
4. O risco de doença maligna aumenta proporcionalmente à imunossupressão
cumulativa.
5. Muitos dos doentes transplantados renais com anemia têm má função do
enxerto.

81. Qual a causa mais importante de morbilidade e de mortalidade durante a


quimioterapia de indução de leucemias mielóides agudas?
1. Complicações infecciosas
2. Síndroma de lise tumoral
3. Infiltração leucémica de orgão
4. Complicações hemorrágicas
5. Toxicidade directa da quimioterapia
82. Qual dos seguintes achados NÃO define fase acelerada da leucemia mielóide
crónica?
1. Presença de 10 a 20% de blastos no sangue periférico ou medular
2. Contagem de plaquetas < 100 000/μl
3. Anemia progressiva não explicável por hemorragia ou pela quimioterapia
4. Eosinofilia no sangue periférico ou medular > 20%
5. Evolução citogenética clonal

83. Qual das seguintes afirmações é FALSA nas leucemias linfoblásticas agudas
com a t(4;11)?
1. São de mau prognóstico
2. São mais frequentes no sexo feminino
3. Estão associadas a hiperleucocitose
4. Estão associadas a morfologia L1
5. Ocorrem em idades mais avançadas

84. Relativamente à leucemia de células pilosas, qual a afirmação FALSA?


1. Tipicamente apresenta-se com pancitopenia
2. A esplenomegalia é rara
3. A medula óssea é geralmente difícil de aspirar
4. Os doentes são susceptíveis a infecções pouco comuns
5. A maioria dos doentes obtêm remissões completas com cladribina

85. Na leucemia linfocítica crónica, a classificação de Rai é um dos sistemas de


estadiamento mais usados. O estadio 0 (zero), caracteriza-se pela presença de:
1. Adenomegálias periféricas
2. Plaquetas < 100 G/l
3. Esplenomegália discreta
4. Hemoglobina < 12 g/dl
5. Linfocitose CD19 +, CD5 +
86. No que respeita ao linfoma de células do manto, assinale a afirmação falsa:
1. A maioria dos doentes sobrevive mais de 5 anos após o diagnóstico
2. O tratamento deve incluir rituximab + poliquimioterapia
3. Há expressão aumentada do gene bcl-1
4. O linfoma do manto é composto por células CD19 +, CD5 +
5. A maioria dos doentes, apresenta doença generalizada na altura do
diagnóstico

87. Relativamente à presença de contaminação bacteriana dos componentes


sanguíneos transfundidos, assinale a afirmação falsa:
1. Pode originar choque séptico e coagulação intravascular disseminada
2. É mais frequente nas transfusões de glóbulos vermelhos
3. Quando se trata de infecções por gram negativos, há infusão de endotoxinas
4. A transfusão deve ser imediatamente interrompida
5. Devem ser feitas hemoculturas e culturas do componente em transfusão

88. Na púrpura trombótica trombocitopénica, é falso que:


1. Pode dever-se ao uso de antiagregantes plaquetares
2. O seu tratamento primário assenta na corticoterapia
3. Cursa com anemia hemolítica microangiopática
4. Está associada a alterações renais e neurológicas
5. É geralmente de causa autoimune

89. O factor V Leiden é a causa mais frequente de trombofilia no mundo ocidental.


Nesta afecção é verdadeiro que:
1. Tem origem numa delecção parcial do gene do factor V
2. 15% da população mundial é heterozigótica para esta mutação
3. Os heterozigóticos não têm maior risco de trombose venosa que a população
geral
4. Os contraceptivos orais duplicam aproximadamente o risco de trombose
venosa nos heterozigóticos
5. O risco de trombose arterial está significativamente aumentado, quer nos
homozigóticos, quer nos heterozigóticos

90. Comparando as heparinas de baixo peso molecular com as heparinas não


fraccionadas, é verdadeiro que as primeiras:
1. Têm menor actividade anti-Xa
2. São igualmente monitorizadas através do tempo de tromboplastina parcial
3. Induzem menos trombocitopenias
4. São igualmente indutoras de osteopenia
5. São mais fáceis de neutralizar pelo sulfato de protamina

91. Assinale a afirmação verdadeira em relação à anemia perniciosa:


1. A destruição das células parietais do estômago por linfócitos T citotóxicos
contribui para a sua patogénese
2. O helicobacter pylori tem sido implicado na destruição das células parietais
gástricas
3. A medula óssea é hipocelular, com um aumento da relação mielóide/eritróide
4. A incidência é particularmente elevada no sul da Europa e Ásia
5. A presença de anticorpos contra a célula parietal do estômago é um achado
específico da doença

92. A drepanocitose é uma hemoglobinopatia estrutural caracterizada por (assinale


a afirmação correcta):
1. Fenómenos vaso-oclusivos que só raramente afectam o rim e a retina
2. Presença de esplenomegalia, leucocitose e anemia hemolítica na maioria dos
doentes
3. Acidentes vasculares cerebrais, mais frequentes na idade adulta do que na
infância
4. Episódios repetidos de dor torácica aguda que podem levar a hipertensão
pulmonar e “cor pulmonale”
5. Constituir indicação para transplantação hematopoiética alogénica em todos
os casos diagnosticados na infância

93. A presença de dacriocitos, eritrócitos nucleados e policromasia no esfregaço de


sangue periférico sugere a presença de uma das seguintes situações; assinale-a:
1. Anemia hemolítica por deficiência de Desidrogenase da Glicose 6 fosfato
2. Anemia hemolítica microangiopática
3. Fibrose medular
4. Ausência de baço
5. Doença hepática

94. Em relação às anemias hemolíticas é verdade que:


1. A hiperbilirrubinémia não conjugada é patognomónica destas situações
2. A maioria das anemias hemolíticas por defeito extra-corpuscular é adquirida
3. A presença de esferocitos no esfregaço do sangue periférico permite o
diagnóstico de esferocitose hereditária
4. A descida dos níveis de haptoglobina ocorre apenas na hemólise
intravascular
5. É de esperar positividade do teste de Coombs em todos os casos

95. A hemoglobinúria paroxística nocturna caracteriza-se por (assinale a afirmação


correcta):
1. Ser uma forma de anemia hemolítica hereditária, causada por um defeito
intracorpuscular
2. Acompanhar-se raramente de carência de ferro
3. A anemia constituir uma alteração laboratorial isolada, devendo a presença
de granulocitopenia e de trombocitopenia excluir o diagnóstico
4. As tromboses venosas afectarem predominantemente as veias periféricas dos
membros inferiores
5. O teste mais útil para o diagnóstico ser a análise citofluorométrica para
detecção de proteínas ancoradas às membranas celulares pelo glicosil-
fosfatidil-inositol

96. Num homem de 40 anos, não fumador, com uma massa eritrocitária de 39ml/kg,
saturação arterial de O2 de 98% e níveis séricos de eritropoietina elevados (100
U/dl), qual a causa mais provável da eritrocitose?
1. Hemangioma do cerebelo
2. Cardiopatia congénita com shunt direito-esquerdo
3. Doença pulmonar obstrutiva crónica
4. Doente portador de hemoglobina com baixa afinidade para o oxigénio
5. Osteossarcoma

97. Na avaliação dos quadros de adenopatias é verdade que:


1. Os gânglios palpáveis na região axilar têm habitualmente uma etiologia
maligna
2. Os gânglios atingidos por linfomas tendem a estar fixos e ser duros e
dolorosos
3. As adenopatias mediastínicas podem manifestar-se por rouquidão, disfagia e
edema da face e pescoço
4. As adenopatias supra-claviculares não necessitam habitualmente de biópsia
5. As adenopatias retroperitoneais são frequentemente causadas por processos
inflamatórios benignos

98. Qual a afirmação VERDADEIRA sobre aplasia pura da série eritróide?


1. A maioria dos casos ocorre em associação com timoma
2. A maioria dos doentes com a forma idiopática não responde à
imunossupressão
3. Na forma associada ao parvovírus B19 o diagnóstico é feito pela detecção de
anticorpos contra o vírus no sangue
4. Para a infecção persistente por parvovírus B19 a imunoglobulina e.v. é
ineficaz
5. Nos casos de timoma a anemia pode subsistir após a excisão do tumor

99. Qual a afirmação FALSA relativamente às síndromas mielodisplásicas?


1. A anemia é o achado dominante no curso inicial da doença
2. A esplenomegalia ocorre em 20% dos doentes
3. A febre e a perda de peso são mais característicos de mielodisplasia do que
de síndroma mieloproliferativa
4. Não é rara a coexistência de síndromas autoimunes
5. A anemia sideroblástica pode estar relacionada com alterações nos genes
mitocondriais

100. Qual dos seguintes factores NÃO está implicado na etiologia das leucemias
mielóides agudas?
1. Vírus
2. Exposição a medicamentos citostáticos
3. Exposição ao benzeno
4. Factores hereditários
5. Radiações

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