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FACULDADE DE E NGENHARIA DA U NIVERSIDADE DO P ORTO

Eficiência Energética na Escola


Secundária Filipa de Vilhena

Telma Patrícia dos Santos Borges Martins

PARA A PRECIAÇÃO POR J ÚRI

Mestrado Integrado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores

Orientador: António Carlos Sepúlveda Machado e Moura (Prof. Dr.)


Co-orientador: Fernando Ramos (Eng.o )

20 de Janeiro de 2017

c Telma Patrícia dos Santos Borges Martins, 2017
Resumo

Nos últimos anos, é crescente a preocupação com o ambiente, sendo imprescindível reduzir
o consumo de energias provenientes de combustíveis fósseis e, consequentemente, diminuir as
emissões de CO2 e outros gases nocivos ao meio.
Esta dissertação tem como objetivo basilar o estudo da eficiência energética da Escola Secun-
dária Filipa de Vilhena, com o intuito de perceber até que ponto é possível a sua maximização,
contribuindo, não só para uma poupança anual no valor da fatura energética, mas também para o
uso racional da energia e para o desenvolvimento sustentável do planeta. Assim, são abordadas
as áreas da iluminação, tarifários, aquecimento, arrefecimento e ventilação (AVAC), qualidade de
energia, sendo também estudada a possibilidade de instalar painéis fotovoltaicos com o intuito de
se reduzir o consumo de energia da rede.
Inicialmente, é feita uma revisão bibliográfica sobre as áreas-alvo anteriormente mencionadas,
onde são referidos conceitos importantes à sua compreensão. De seguida, é apresentado o caso de
estudo, onde é possível perceber que existem diversas medidas que devem ser tomadas. Propõe-
se efetuar pequenas alterações, consideradas benéficas para o edifício escolar, nomeadamente no
sistema tarifário e na iluminação, capazes de originar poupanças anuais consideráveis. Apresenta-
se ainda, o projeto fotovoltaico e o estudo da qualidade da energia da instalação. Por fim, faz-se
uma análise aos equipamentos de AVAC disponíveis.

Palavras-Chave: AVAC, Eficiência Energética, Edifício Escolar, Iluminação, Sistema Tarifá-


rio de Eletricidade, Projeto fotovoltaico, Qualidade de Energia Elétrica

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Abstract

In these last years, it is growing the concern for the environment. It is imperative to reduce
the energy consumption of fossil fuels and consequently decrease the CO2 emissions and other
harmful gases to the planet.
This dissertation aims at basing the study of the Secondary School Filipa de Vilhena’s energy
efficiency. We will try to understand if it is possible to extent its maximization, contributing not
only to an annual assessment, but also to the rational use of energy and to a sustainable develop-
ment. With this purpose, areas such as lighting, tariffs, Heating, ventilation and air conditioning
(HVAC) and energy quality are addressed. Finally, we will study the possibility of installing pho-
tovoltaic panels, in order to reduce the energy consumption from the grid.
Initially, a bibliographical review is made. We will focus on understanding the basic concepts
underlying the energy areas mentioned above. Next, the case study is presented and we will
point out suggestions that should be taken. It is proposed to make small changes, beneficial to
the building, in its tariff system and lighting that can result in considerable annual savings. The
photovoltaic project and the study of the installation’s energy quality are also presented. Finally,
it is made an analysis of the HVAC equipment available.

Keywords: Electricity Tariff System, Electric Power Quality, Energy Efficiency, HVAC, Ligh-
ting, Photovoltaic Project, School Building

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Agradecimentos

Em primeiro lugar, agradeço ao meu orientador, Professor Machado e Moura, não só pela
oportunidade concedida e contribuição para o sucesso da minha etapa final enquanto estudante,
mas, também por todos os ensinamentos que me transmitiu durante o curso, que me fizeram evo-
luir enquanto futura engenheira e, ainda mais importante, enquanto ser humano. É, sem dúvida
alguma, um exemplo a seguir, que contagia todos os que tiveram o prazer de o conhecer.
Em segundo lugar, agradeço ao Engenheiro Fernando Ramos, que me possibilitou estudar um
tema na área de que mais gosto, em ambiente empresarial. Obrigada por me ter aberto as portas
e por, dentro delas, me ter prestado todo o apoio necessário. Foram meses de muito trabalho que
me permitiram aprender muito e me deixaram ansiosa por novos desafios e projetos.
Aos que dividiram dias de trabalho comigo na MANVIA, em especial aos Engenheiros Tiago
Fernandes e Nuno Pereira e ao João Antunes os quais, humildemente, me ensinaram muito e
ajudaram a ultrapassar obstáculos que foram aparecendo.
À direção da Escola Secundária Filipa de Vilhena, por me acolher sempre que necessitei e me
disponibilizar o material necessário para a realização desta dissertação.
A todos os amigos, em especial à Vera Santos, que me apoiam diariamente e contribuem para
o meu crescimento enquanto pessoa.
À minha ”tia” Cristina, pelas novas perspetivas que me dá do mundo, e das pessoas, e pelo
apoio prestado neste meu pequeno percurso.

A todos, o meu Muito Obrigada!

Telma Martins

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“A human being should be able to change a diaper, plan an invasion, butcher a hog,
conn a ship, design a building, write a sonnet, balance accounts, build a wall,
set a bone,comfort the dying, take orders, give orders, cooperate, act alone, solve equations,
analyze a new problem, pitch manure, program a computer, cook a tasty meal,
fight efficiently, and die gallantly.
Specialization is for insects.”

Robert Heinlein

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Conteúdo

1 Introdução 1
1.1 Motivação e Objetivos da Dissertação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.2 Estrutura da Dissertação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.3 MANVIA-Manutenção e Exploração de Instalações e Construção . . . . . . . . 6

2 Eficiência Energética e o Setor Elétrico Português 9


2.1 Fases de uma Auditoria Energética . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.2 Redução da Fatura Energética . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.2.1 Análise da Fatura Energética . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.2.2 Energia Reativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.2.3 Setor Elétrico Português . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.2.4 Eficiência Energética . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

3 Iluminação 17
3.1 Características das Lâmpadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
3.2 Iluminância e Iluminância Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
3.3 Tipos de Lâmpadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
3.3.1 Lâmpadas de Incandescência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
3.3.2 Lâmpadas de Halogéneo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
3.3.3 Lâmpadas de Descarga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
3.3.4 Lâmpada Fluorescente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
3.3.5 Lâmpada Fluorescente Compacta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
3.3.6 LED: Díodos Emissores de Luz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3.4 Luminárias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3.5 Sistemas de Gestão de Iluminação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
3.5.1 Gestão por Sistema Horário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
3.5.2 Gestão por Deteção Automática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
3.6 Equipamentos Auxiliares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29

4 AVAC 31
4.1 Caracterização dos sistemas de AVAC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
4.1.1 Sistemas ”Tudo-Ar” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
4.1.2 Sistemas ”Tudo-Água” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
4.1.3 Sistemas ”Ar-Água” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36

5 Sistemas Fotovoltaicos 37
5.1 Caracterização dos Sistemas Fotovoltaicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
5.1.1 Painéis Fotovoltaicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38

ix
x CONTEÚDO

5.1.2 Bateria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
5.1.3 Regulador de Carga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
5.1.4 Controlador de Carga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
5.1.5 Inversor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
5.1.6 Condutores e Cabos Elétricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
5.1.7 Quadros Elétricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
5.1.8 Dispositivos de Proteção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41

6 Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de Energia Elétrica 43

7 Qualidade da Energia 45
7.1 Desequilíbrio de tensão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
7.2 Cavas (ocos) de tensão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
7.3 Variações rápidas e cíclicas de tensão (efeito “flicker”) . . . . . . . . . . . . . . 47
7.4 Oscilações e variações de frequência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
7.5 Sobretensões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
7.6 Distorção da onda de tensão pela presença de Harmónicos . . . . . . . . . . . . 48

8 Caso de Estudo 49
8.1 Análise do Tarifário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
8.2 Iluminação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
8.2.1 Qualidade da Iluminação Atual e Possível Redução de Potência . . . . . 56
8.2.2 Troca das Lâmpadas Existentes por Lâmpadas LED . . . . . . . . . . . . 67
8.3 Qualidade da Energia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
8.3.1 Poluição Harmónica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
8.3.2 Tensão nas Fases . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
8.3.3 Frequência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
8.3.4 Energia Reativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
8.3.5 Equilíbrio da Tensão e da Corrente nas 3 Fases . . . . . . . . . . . . . . 76
8.4 Projeto Painéis Fotovoltaicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
8.4.1 Painel Solar a Implementar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79
8.4.2 Sombreamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79
8.4.3 Configuração de painéis no Telhado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79
8.4.4 Inversor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80
8.4.5 Número máximo e mínimo de painéis por string . . . . . . . . . . . . . 80
8.4.6 Número máximo de fileiras em paralelo . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
8.4.7 Dimensionamento dos Inversores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
8.4.8 Dimensionamento dos cabos e proteções . . . . . . . . . . . . . . . . . 82
8.4.9 Sombreamento e entre Filas Paralelas de Painéis . . . . . . . . . . . . . 90
8.4.10 Configuração de painéis na cobertura do Campo de Jogos . . . . . . . . . 91
8.4.11 Inversor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91
8.4.12 Número máximo e mínimo de painéis por string . . . . . . . . . . . . . 92
8.4.13 Dimensionamento dos Inversores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92
8.4.14 Dimensionamento dos cabos e proteções . . . . . . . . . . . . . . . . . 93
8.4.15 Análise Económica e Considerações Gerais . . . . . . . . . . . . . . . . 95
8.4.16 Conclusão Regimes UPP e UPAC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98
8.5 Sistemas AVAC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99
8.5.1 Equipamentos AVAC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99
CONTEÚDO xi

9 Conclusões e Trabalho Futuro 103


9.1 Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103
9.2 Satisfação dos Objetivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104
9.3 Trabalho Futuro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105

A Caracterização Espaços da Escola 107

B Tarifário 113

C Certificados de Calibração do Luxímetro e do Analisador de Redes 115

D Equipamentos - Sistema Fotovoltaico 129

Referências 155
xii CONTEÚDO
Lista de Figuras

1.1 Histórico Mensal da Evolução da Temperatura Terrestre, segundo dados da NASA


GISS e NOAA NCEI [1] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.2 Consumo e energia primária em Portugal (ktep) [2] . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.3 Taxa de dependência energética em Portugal [2] . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1.4 Consumo total de energia por setor de atividade [2] . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.5 Logótipo da empresa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

2.1 Energia Reativa: Esquema exemplificativo [3] . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11


2.2 Fator de Potência em função de ϕ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.3 Compensação Global (à esquerda), Parcial (ao centro) e Local (à direita) [3] . . . 13

3.1 Distinção diferentes tipos de cor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18


3.2 índice de Restituição de Cor típico para diferentes tipos de lâmpadas . . . . . . . 19
3.3 Distinção entre Luminância e Iluminância . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
3.4 Lâmpada de Halogéneo [4] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
3.5 Lâmpada de Luz Mista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
3.6 Lâmpada de Vapor de Sódio de Alta Pressão [5] . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
3.7 Lâmpada de Vapor de Mercúrio de Alta Pressão [6] . . . . . . . . . . . . . . . . 23
3.8 Lâmpada de Vapor de Mercúrio de Iodetos Metálicos [6] . . . . . . . . . . . . . 24
3.9 Lâmpada de Vapor de Sódio de Baixa Pressão [6] . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
3.10 Lâmpada Fluorescente [6] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
3.11 Esquema do Posiocionamento do Balastro [7] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29

4.1 Caldeira (à esquerda) e Chiller (à direita) da Escola Secundária Filipa de Vilhena 32


4.2 UTA-Escola Secundária Filipa de Vilhena . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
4.3 Sistema ”multi-split” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
4.4 VAV (à esquerda), Ventiloconvector (ao centro) e UTA (à direita) . . . . . . . . . 35

5.1 Exemplo esquemático de Sistema PV ligado à rede (à esquerda), autónomo (ao


centro) e híbrido (à direita) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
5.2 String de Painéis Fotovoltaicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39

6.1 Modelo de etiqueta energética de uma lâmpada (à esquerda) e de uma luminária


(à direita) [ [8] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43

7.1 Exemplo de uma Cava de Tensão [9] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46

8.1 Energia Ativa Consumida pela Escola . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54


8.2 Sala de Aula desenhada no DIALux (à esquerda) vs. Sala de Aula Real (à direita) 57
8.3 Controlo da Iluminação no Bloco/Corpo B, piso -1 . . . . . . . . . . . . . . . . 58

xiii
xiv LISTA DE FIGURAS

8.4 Controlo da Iluminação no Bloco/Corpo C, piso 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . 58


8.5 Escala de cores usada nas figuras deste sub-capítulo, via DIALux . . . . . . . . . 59
8.6 Distribuição dos Valores de Iluminância na Cantina para o caso A Atual . . . . . 59
8.7 Distribuição dos Valores de Iluminância na Cantina para o caso B Atual - Legenda
8.11 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
8.8 Escala de cores, via DIALux . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
8.9 Arquivo Geral desenhado em 3D no DIALux - Legenda 8.11 . . . . . . . . . . 61
8.10 Distribuição da Iluminância no Laboratório de Química . . . . . . . . . . . . . . 63
8.11 Escala de cores, via DIALux . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
8.12 Distribuição da Iluminância média atual numa Sala de Aula (visualização em 3D) 63
8.13 Indicação Lâmpadas a Desligar - A222 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
8.14 Conexão do Equipamento a um sistema trifásico com neutro [10] . . . . . . . . 69
8.15 TDH QGBT (à esquerda), Corte Geral (ao centro) e Quadro Parcial (à direita) . . 70
8.16 Harmónicos de Tensão de ordem 3 (à esquerda), 5 (ao centro) e 7 (à direita) -
QGBT (em cima), Corte Geral (no meio) e QBP 1.1 (em baixo) - (3 Fases) . . . . 71
8.17 Harmónicos de Corrente de ordem 3 (à esquerda), 5 (ao centro) e 7 (à direita) -
QGBT (em cima), Corte Geral (no meio) e QBP 1.1 (em baixo) (3 Fases) . . . . 73
8.18 TDHi no QGBT (à esquerda), no Corte Geral (ao centro) e no QBP 1.1 (à direita) 73
8.19 Filtro Ativo Paralelo: Esquema de funcionamento . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
8.20 Filtro Ativo Paralelo: Princípio de funcionamento [11] [12] . . . . . . . . . . . 74
8.21 Tensão QGBT (à esquerda), Corte Geral (ao centro) e QBP 1.1 (à direita) . . . . 75
8.22 Frequência do QGBT (a cinzento), do Corte Geral (a azul) e do QBP 1.1 (a vermelho) 75
8.23 Fator de Potência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76
8.24 Corrente (3 fases) no QGBT (à esquerda), Corte Geral (ao centro) e QBP 1.1 (à
direita) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
8.25 Espaço disponível para instalação dos Painéis (a amarelo), via Google Maps . . . 78
8.26 Irradiação no local da instalação para o ângulo/azimute ótimos (à esquerda) e para
um ângulo de 26o (à direita) (Gráficos obtidos pelo PVGIS) . . . . . . . . . . . . 78
8.27 Configuração das strings no telhado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82
8.28 Fusível-Hager . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
8.29 Corta-circuitos porta fusíveis-Hager . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
8.30 Interruptor-Hager . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85
8.31 Quadro 52-C4 do RTIEBT . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86
8.32 Esquema Geral de ligação, via Sunny Design . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87
8.33 Dimensionamento Cabos CC, via Sunny Design . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87
8.34 Dimensionamento Cabos LV1 (Cabos AC do inversor para o QE), via Sunny Design 87
8.35 Dimensionamento Cabos LV2 (Cabo AC do QE para o QGBT), via Sunny Design 87
8.36 Interruptor AC tetrapolar 125A - Hager . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88
8.37 Disjuntor 50 A - Hager . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89
8.38 Irradiação no local da instalação para o ângulo/azimute ótimos (Gráfico obtido
pelo PVGIS) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90
8.39 Dimensionamento para inversor de 15kW (à esquerda) e de 20kW (direita) via
Sunny Design . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92
8.40 Configuração das strings na cobertura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92
8.41 Via Quadro 52-C30 do RTIEBT . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94
8.42 Rendimento Energético por mês . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97
8.43 Poupanca Efetiva obtida com o Sistema Fotovoltaico . . . . . . . . . . . . . . . 97
8.44 Comparação Regime UPP e Regime UPAC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99
LISTA DE FIGURAS xv

8.45 Esquema da Caldeira presente na Escola . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100


8.46 Esquema da UTA Administração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101
8.47 Esquema da UTA Aulas A3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101

A.1 Estudo Redução de Potência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111

B.1 Tarifário ENDESA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 113

D.1 Preço Cabos- Via Catálogo Cabelte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 148


D.2 Características Fusível LF315PV- Hager . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 149
D.3 Componentes PV: Características Corta-Circuitos p.Fusíveis L501PV - Hager . . 149
D.4 Componentes PV: Características Vector estanque 36M VE312SN- Hager . . . . 150
D.5 Componentes PV: Características Vector estanque 8/10M VE110SN- Hager . . . 150
D.6 Componentes PV: Características Interruptor SB432PV- Hager . . . . . . . . . . 151
D.7 Componentes PV: Características Interruptor Diferencial CDC463A- Hager . . . 151
D.8 Componentes PV: Características Interruptor HA451- Hager . . . . . . . . . . . 152
D.9 Componentes PV: Características Disjuntor HMX450 - Hager . . . . . . . . . . 152
D.10 Componentes PV: Características Caixa.QE FL73SP- Hager . . . . . . . . . . . 153
D.11 Componentes PV: Montantes UN03A - Hager . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 153
D.12 Componentes PV: Características Montantes UN07A - Hager . . . . . . . . . . . 154
xvi LISTA DE FIGURAS
Lista de Tabelas

3.1 IRC em Função de Ra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18


3.2 Iluminância Média Recomendada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

8.1 Corpo A, Piso -1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50


8.2 Corpo A, Piso 0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
8.3 Corpo A, Piso 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
8.4 Corpo A, Piso 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
8.5 Comparação Tarifários Eletricidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
8.6 Iluminação: Corpo B, Piso -1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
8.7 Poupança total obtida através de redução de potência nos espaços com retorno
económico viável . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
8.8 Simulações de Implementação de LED’s . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
8.9 Viabilidade Económica Implementação de LEDs nas zonas de circulação . . . . 68
8.10 Limite Distorção de Tensão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71
8.11 Limite Distorção de Corrente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72
8.12 Características Elétricas do Painel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79
8.13 Orçamento Projeto Fotovoltaico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96
8.14 Retorno Investimento - UPP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98

9.1 Resumo do Projeto Fotovoltaico como UPAC e UPP . . . . . . . . . . . . . . . 104

A.1 Corpo B, Piso -1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108


A.2 Corpo B, Piso 0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 109
A.3 Corpo B, Bloco 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 109
A.4 Corpo C, Piso -1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110
A.5 Corpo C, Piso 0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110

xvii
xviii LISTA DE TABELAS
Abreviaturas e Símbolos

o Grau
A Ampere
AD Armário de Distribuição
AC Corrente Alternada
APA Agência Portuguesa do Ambiente
AQS Águas Quentes Sanitárias
AT Alta Tensão
AVAC Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado
BT Baixa Tensão
cd Candela
CO2 Dióxido de Carbono
COP Coeficiente de Performance
DGEG Direção Geral de Energia e Geologia
DL Decreto-lei
EER Índice de Eficiência de Energia
EN Norma Europeia
E.U.A. Estados Unidos da América
FP Fator de Potência
GEE Gases com Efeito de Estufa
GISS Instituto Goddard de Estudos Espaciais
GWh Gigawatt-hora
IEE Índice de Eficiência Energética
INDC Pretendida Contribuição Nacionalmente Determinada
IRC Índice de Restituição de Cores
K Grau Kelvin
lm Lúmen
m Metro
MAT Muito Alta Tensão
min minuto
MT Média Tensão
NASA Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço
NOAA Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos E.U.A.
NCEI Centro Nacional de Informação Ambiental dos E.U.A.
OECD Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico
PEX Polietileno Reticulado
PT Posto de Transformação

xix
xx ABREVIATURAS E SÍMBOLOS

Pt Potência Ativa Total


PVC Policloreto de Vinilo
QE Quadro Elétrico
QGBT Quadro Geral de Baixa Tensão
Qt Potência Reativa Total
s segundo
Sa Potência Aparente
THD Taxa de Distorção Harmónica
TIC Tecnologias da Informação e Comunicação
W Watt
U.E. União Europeia
Un Tensão Nominal
UPSs Sistemas de Alimentação Ininterrupta
UTA Unidade de Tratamento de Ar
UVC Unidade Ventiloconvectora
V Volt
Capítulo 1

Introdução

Eficiência Energética traduz-se na redução de perdas na conversão, transporte, transmissão e


uso de energia, desde a extração da fonte primária até ao seu uso final, assim como na redução
da demanda energética, sem comprometer a qualidade do serviço. Consequentemente, é possível
investir e melhora-la a vários níveis, que englobam a produção da energia e o seu uso. [13]
Na primeira década do século XX é assinado, por todos os estados-membro da União Europeia,
o Pacote Europeu Energia/Clima 20-20-20, que define três metas a serem atingidas até 2020 [14]:

• Redução de 20% de emissão de gases com efeito de estufa, em comparação com 1990;

• Aumento em 20% de energias renováveis no mix energético;

• Menos 20% de consumo energético, em resultado do aumento da eficiência, fazendo uso de,
pelo menos, 10% de biocombustíveis nos transportes.

Na segunda década do século, mais precisamente em Dezembro de 2015, 195 países apro-
vam o "Acordo de Paris", que constitui o primeiro marco jurídico universal contra o aquecimento
global. O documento da 21a Conferência do Clima (COP21) das Nações Unidas, reflete o maior
entendimento na área, desde o Protocolo de Quioto (assinado em 1997), e é de caráter vincula-
tivo até 2020, definindo, pela primeira vez, um acordo válido para todas as nações, que terão de
organizar estratégias para limitar o aumento médio da temperatura da Terra até 2o C (idealmente
1,5o C) até 2100. [15]
Na Figura 1.1, é possível verificar a variação mensal destes valores para os anos de 2000, 2014,
2015 e primeiro semestre de 2016.
Dos 162 compromissos que refletem as contribuições nacionalmente determinadas (INDC),
106 indicam intenções nacionais em aumentar o desenvolvimento de energia renovável, dos quais
74 apontam objetivos específicos para a produção renovável, AVAC e tecnologias no setor dos
transportes. Alguns incluem, ainda, mecanismos específicos para que sejam feitos avanços na
área das renováveis e da eficiência energética. [13]
Na Figura 1.3, que representa o consumo de energia primária em Portugal (em ktep) de 2005 a
2014, é possível constatar a diminuição do consumo de combustíveis de origem fóssil e o aumento

1
2 Introdução

Figura 1.1: Histórico Mensal da Evolução da Temperatura Terrestre, segundo dados da NASA
GISS e NOAA NCEI [1]

da utilização de energias renováveis (hídrica, eólica, solar, geotérmica e biomassa) na produção


de energia, contribuindo para o decréscimo da taxa de dependência energética, que pode ser visu-
alizada na figura 1.3.

Figura 1.2: Consumo e energia primária em Portugal (ktep) [2]

Nesse mesmo período de tempo, verifica-se, em Portugal, uma descida acentuada das emissões
de gases com efeito de estufa em relação a 1990. Segundo a Agência Portuguesa do Ambiente
(APA), as emissões passam de 45% para 8%, números que refletem o cumprimento de uma das
metas propostas.
O setor da energia é o principal responsável pelas emissões de GEE, representando quase
70% das emissões nacionais. Dentro deste setor, a produção de energia é uma das fontes mais
importantes, constituindo cerca de 23% do total das emissões.
Em Portugal, é possível encontrar com facilidade recursos naturais como o sol, vento, mar,
florestas e a biomassa, uma grande vantagem para a produção de energia no setor da eletricidade,
Introdução 3

Figura 1.3: Taxa de dependência energética em Portugal [2]

nomeadamente, através de painéis fotovoltaicos e centrais eólicas, o que contribui ainda para o
aumento do mix energético.
De 2004 a 2014, regista-se um aumento da produção de energia a partir destas fontes de 19,2%
para 27,0% . Ainda neste período, a dependência energética do país decresce de 84,1% para 72,4%
[2].
Em 2015, a energia renovável e a eficiência energética foram apontadas como pilares im-
portantes no compromisso mundial para acabar com a pobreza, proteger o ambiente e assegurar
prosperidade para todos. Nesse ano, vários países por todo o Mundo, incluindo Portugal, definiram
metas económicas para a implementação de energias renováveis [13], sendo que neste período a
produção de energia elétrica a partir de fontes renováveis decresceu 20% e, devido ao aumento de
consumo no setor eletroprodutor, as importações, sobretudo de carvão e gás natural, aumentaram.
Tais fatores, foram cruciais para o aumento da dependência energética nesse ano (78,3%). [16]
A nível mundial, no primeiro trimestre de 2016, o investimento em energias renováveis decres-
ceu 12,5% comparativamente ao mesmo período de 2015. Na Europa, o mesmo não se sucedeu,
contrariando a tendência dos últimos tempos. Os grandes investimentos feitos no início de 2016,
deveram-se, principalmente, aos projetos em produção de energia eólica.
O mercado da tecnologia fotovoltaica cresceu 25% ao longo de 2014, alcançando 50GW.
Estima-se que 22 países tenham tido capacidade suficiente, no fim de 2015, para fazer face a
mais de 1% das suas necessidades elétricas, tendo alguns deles alcançado valores superiores a 6%.
Os investimentos feitos na área da energia solar, também cresceram significativamente entre 2005
4 Introdução

e 2011 e, apesar de sofrerem um decaimento até 2014, acabam por aumentar e registar o valor
mais alto no ano seguinte.
Em 2015, a energia usada para aquecimento constituiu praticamente metade do consumo ener-
gético mundial total. Consumo esse, que tem vindo a aumentar, à semelhança do consumo de
energia para arrefecimento, que se relaciona com o aumento da temperatura média global. Nesse
ano, na U.E., 18% do consumo energético para um destes dois fins, foi proveniente de fontes re-
nováveis. O maior crescimento no uso de energia deste tipo para aquecimento deu-se na Europa,
onde, desde 2008, a média anual aumenta quase 5%. Contudo, em 2015, devido à crise económica,
ao abrandamento no setor da construção e à descida nos preços do petróleo, esse crescimento desa-
celerou. No entanto, em algumas áreas, e em alguns países, essa desaceleração foi menos sentida.
No caso da França, Finlândia e Polónia, o mercado de bombas de calor, continua em crescimento.
Inúmeras políticas foram implementadas em vários governos por todo o mundo, com o ob-
jetivo de melhorar a eficiência energética nos setores de edifícios, transporte e indústria. Essas
políticas, que incluem metas, regulamentos, normas e incentivos fiscais, visam a tomada de ações
de eficiência de energia. Tal pode ser conseguido, por exemplo, através da divulgação de conheci-
mento associado ao tema, ou de subsídios de energia.
Atualmente, quase todos os países têm políticas que incentivam o desenvolvimento das ener-
gias renováveis. Essas políticas, continuam em desenvolvimento e incentivam o investimento e
inovação na área energética.
Na Figura 1.4, que representa o consumo total de energia por setor de atividade, é possível ve-
rificar que uma parcela importante deste consumo, diz respeito aos serviços onde estão englobadas
as escolas, objeto de estudo desta dissertação.

Figura 1.4: Consumo total de energia por setor de atividade [2]

A demanda de energia total num edifício, depende de fatores que incluem os equipamentos de
AVAC e a iluminação usada. Há várias opções disponíveis para a reduzir e para tornar o edifício
1.1 Motivação e Objetivos da Dissertação 5

mais eficiente energeticamente, algo que está a ser feito atualmente. Estima-se que melhorar a
eficiência energética em edifícios na União Europeia (35% dos quais têm mais que 50 anos),
poderia reduzir o consumo de energia nesta região em 5-6%. Em países da OECD, a eficiência da
energia usada nas residências aumentou 15% entre 2002 e 2012. Os novos edifícios construídos
em 2015 na U.E. consumiram cerca de metade da energia, comparativamente ao que os edifícios
construídos nos anos 80 consumiram. [13]
A eficiência energética, além de trazer benefícios financeiros, promove a diversificação do mix
energético e o aumento da sustentabilidade associada à produção, transporte e consumo de energia
e, como tal, deve ser explorada e posta em prática, para que as metas propostas no Pacote Euro-
peu Energia/Clima 20-20-20 sejam atingidas, garantindo, assim, o progresso social, o equilíbrio
ambiental e o sucesso económico. [17]

1.1 Motivação e Objetivos da Dissertação


Esta dissertação consiste na análise da eficiência energética da Escola Secundária Filipa de
Vilhena. Assim sendo, serão estudadas as condições do ativo, com a finalidade de perceber quais
poderão ser melhoradas, para que a energia seja utilizada, potencializando ao máximo a sua efici-
ência e respeitando todas as normas que se aplicarem, de modo a garantir o conforto e bem-estar
de todos os utilizadores. Parametrizando a finalidade principal deste estudo, previamente descrita,
surgem como objetivos:

• Caracterização da Escola e dos espaços que a constituem (i);

• Avaliação do tarifário de eletricidade utilizado e verificação do melhor fornecedor de energia


para o respetivo ciclo horário (ii);

• Análise dos sistemas de iluminação instalados (iii);

• Análise da qualidade de energia (iv);

• Realização do projeto fotovoltaico, de forma a minimizar a dependência energética da rede


(v);

• Análise dos sistemas de AVAC (Aquecimento, Ventilação, Arrefecimento e Ar Condicio-


nado), com o objetivo de verificar se os mesmos são eficientes e/ou podem sofrer alterações,
de modo a maximizar a eficiência energética global do edifício escolar (vi);

• Análise económica, determinação do período de retorno do investimento e elaboração do


conjunto de propostas de intervenção que se considerem importantes aplicar (vii).

1.2 Estrutura da Dissertação


Para além da introdução, que tem a finalidade de contextualizar o trabalho que se desenrolará,
esta dissertação contém mais 8 capítulos.
6 Introdução

Do capítulos 2 a 7, é descrito o estado da arte. São apresentados trabalhos relacionados com


diversos temas, benéficos à elaboração do estudo que se seguirá. Nesses temas, englobam-se
as faturas energéticas e conceitos importantes para a sua análise, como energia reativa e fator
de potência, e o setor elétrico português. Aborda-se, também, a área da iluminação, avaliando
diferentes parâmetros que com esta se relacionam e caracterizam-se diversas tecnologias e equi-
pamentos. Descrevem-se os sistemas de aquecimento, ventilação e ar condicionado, de modo a
facilitar a análise aos aparelhos da Escola em estudo. É feita uma caracterização dos sistemas
solares fotovoltaicos, importante para a elaboração do projeto desenvolvido. Apresentam-se pro-
blemas relacionados com a qualidade da energia como desequilíbrios, cavas e variações rápidas
e cíclicas de tensão, oscilações e variações de frequência, sobretensões e distorções de onda de
tensão decorrente da presença de harmónicos.
No capítulo 8, encontra-se o caso de estudo, no qual são abordadas as várias áreas contidas nos
vários objetivos propostos, caracterizando o Edifício Escolar. Retrata-se a análise feita às faturas
de energia, e respetivas conclusões. Aborda-se a iluminação presente, analisada com o propósito
de propor medidas mais eficientes do que as que vigoram. Apresenta-se o projeto fotovoltaico
elaborado e, por fim, apresentam-se os equipamentos AVAC e respetiva análise.
No capítulo 9, é elaborada a conclusão do trabalho realizado, assim como apresentadas as
propostas de trabalho futuro que se consideram colmatar o estudo realizado.

1.3 MANVIA-Manutenção e Exploração de Instalações e Constru-


ção

Figura 1.5: Logótipo da empresa

Esta dissertação de mestrado, elaborada em ambiente empresarial, teve colaboração da MAN-


VIA.
Esta empresa, iniciou as suas atividades em 1998, integrando-se no Grupo Mota-Engil, dois
anos depois. Em 2005, torna-se uma sociedade anónima que atua em várias áreas da manutenção,
onde se enquadram os edifícios, indústria, ambiente e energia.
A MANVIA, nos seus serviços de manutenção, engloba atividades como:

• Facility Management;

• Gestão e execução de manutenção de instalações e equipamentos;

• Gestão de contratos externos;

• Conceção, implementação e auditoria de planos de manutenção programada;


1.3 MANVIA-Manutenção e Exploração de Instalações e Construção 7

• Gestão Técnica da manutenção;

• Manutenção de equipamentos eletromecânicos;

• Gestão, operação e manutenção de centrais de cogeração, incluindo respetivos estudos de


viabilidade;

• Manutenção de gás, águas e esgotos;

• Instalações de segurança;

• Certificação energética;

• Diagnósticos elétricos.

É uma empresa certificada e inovadora, da qual fazem parte mais de 600 especialistas com
conhecimentos de negócio na área da manutenção, estando presente nos mercados nacional e
internacional.
Do seu portfólio, fazem parte, entre outros, o Metro do Porto, a Casa da Música, várias auto-
estradas e centros comerciais e a Parque Escolar, a qual permitiu recolher alguns dados importantes
para o estudo da eficiência energética da Escola Secundária Filipa de Vilhena.
O objetivo da empresa é ser uma referência nos mercados em que se insere, visando acrescentar
valor económico, social e ambiental às atividades dos seus clientes.
8 Introdução
Capítulo 2

Eficiência Energética e o Setor Elétrico


Português

Para otimizar a gestão da energia, é necessário conhecer todos os aspetos que com ela estão
relacionados. Para tal, não basta analisar, por exemplo, as faturas da energia para saber quanto se
consome. É preciso perceber o porquê desses consumos, onde se consome e como se consome.
Uma auditoria energética, requer que se analisem, em detalhe, as condições de utilização de
energia presentes na instalação a auditar, se avalie o estado em que se encontram os equipamentos
e respetiva manutenção, se elabore um conjunto de medidas técnica e economicamente viáveis
que permitam a redução do consumo ou da fatura mensal e se faça a certificação energética.
Assim, é da responsabilidade do auditor, identificar as áreas onde existem desperdícios e indi-
car soluções viáveis, considerando as restrições organizacionais e financeiras existentes.

2.1 Fases de uma Auditoria Energética

Inicialmente, é necessário preparar a auditoria de modo a aumentar a qualidade final da mesma.


Tendo isto em conta, deve-se conhecer o espaço (e se possível visitá-lo previamente), recolher
dados dos últimos anos (como faturas de eletricidade, por exemplo) e ponderar acerca das medidas
que, se aplicadas, melhorariam a eficiência do local.
Numa segunda fase, procede-se à intervenção no local, onde devem ser caracterizados os equi-
pamentos produtores/consumidores de energia; determinar os consumos dos vários setores, os di-
agramas globais de carga da instalação consumidora e os consumos específicos; elaborar balanços
energéticos e propor medidas técnicas viáveis de redução de consumos.
Posteriormente, é necessário tratar a informação recolhida de modo a gerar conclusões acerca
dos consumos, rendimentos energéticos, intensidades energéticas, soluções tecnológicas, técnico-
económicas e organizacionais.
Por fim, procede-se à elaboração do relatório de auditoria energética, onde é contemplada toda
a informação pertinente de forma organizada e coerente. [18]

9
10 Eficiência Energética e o Setor Elétrico Português

2.2 Redução da Fatura Energética


Existem várias formas de reduzir a fatura energética: comprando energia mais barata e consu-
mindo menos energia. [19]
No primeiro caso, é possível trocar de fornecedor ou renegociar com o atual, de modo a obter
uma melhor proposta; adequar o tarifário; substituir o tipo de energia consumida; reduzir picos de
consumo ( principalmente nas horas de ponta onde o preço é mais elevado); eliminar penalizações
do fornecedor, como por exemplo, pela energia reativa; fazer transferência de cargas de perío-
dos mais altos para períodos mais baixos; gerir a energia no local, usando energias renováveis
(recorrendo, por exemplo, à instalação de painéis fotovoltaicos).
No segundo caso, é possível aumentar a eficiência dos equipamentos, melhorando os pro-
cedimentos operacionais, efetuando uma manutenção adequada ou instalando equipamentos de
eficiência superior e sensibilizar os utilizadores para o uso racional da energia.

2.2.1 Análise da Fatura Energética

Uma das responsabilidades do gestor de energia, que cada edifício deve ter, é a análise das
faturas de energia e a avaliação dos desvios de consumo e variações de preço entre os mesmos in-
tervalos de tempo, ação que leva à verificação do contrato que melhor satisfaz os perfis de consumo
apresentados.
Num estabelecimento escolar, é possível encontrar, geralmente, vários tipos de faturas: a fatura
de energia elétrica, a fatura de gás e a fatura da água.
A fatura de energia elétrica fornece informação importante sobre o perfil de consumo mensal
de uma instalação, potência da instalação, perfil de consumo, entre outras. Através desta análise,
é possível gerar medidas de eficiência energética como [20]:

• Mudar o tipo de ciclo da instalação para o mais apropriado;

• Promover ações de deslastre do consumo no período de ponta para outro período com custos
mais reduzidos;

• Detetar, caso existam, desvios nos padrões de consumo;

• Avaliar o consumo de energia reativa, mantendo-o acima do valor regulamentado.

2.2.2 Energia Reativa

Todos os equipamentos elétricos alimentados em corrente alternada consomem energia ativa.


No entanto, existem certos equipamentos, como ventiladores, transformadores e sistemas de ilu-
minação, que geram energia reativa, a qual é cobrada pelo fornecedor de energia elétrica, apesar
de não produzir trabalho. Convém, como tal, anular estes consumos dos equipamentos escolares,
corrigindo o fator de potência.
A potência ativa é dada por:
2.2 Redução da Fatura Energética 11

P = V × I × cos(ϕ)(W ) (2.1)

A potência aparente é dada por:

S = V × I × (VA) (2.2)

A potência reativa é dada por:

Q = S × sen(ϕ)(VAr) (2.3)

Figura 2.1: Energia Reativa: Esquema exemplificativo [3]

Em 26 de Abril de 2010, foi publicado, no Diário da República, o Despacho no 7253/2010,


onde são definidas novas regras no que diz respeito à forma de faturação da energia reativa. [21]
Para o seu cálculo, utiliza-se o fator tg(ϕ), que se define como a razão entre a energia reativa
e a energia ativa, medidas no mesmo período. Quanto maior for a tg(ϕ), menor será o fator de
potência e maior será a energia reativa a transitar nas redes. [22]
Assim, valores altos de fator de potência (perto de 1,00) indicam que está sendo utilizada
pouca energia reativa em relação à energia ativa, por sua vez, valores baixos de fator potência
indicam que há excesso de energia reativa.
12 Eficiência Energética e o Setor Elétrico Português

Os principais problemas que advém da sua existência são [12]:

• Custos mais elevados da fatura elétrica;

• Aumento das perdas e das correntes na linha de transmissão;

• Maiores quedas de tensão na linha de alimentação;

• Sobreaquecimento dos cabos.

O fator de potência (entre 0 e 1) é a razão entre a Potência Ativa e a Potência Aparente.


O cosseno do ângulo que mede o desfasamento entre as ondas de tensão e corrente, cos(ϕ)(figura
2.2), é dado pela razão entre a Potência Ativa da fundamental e a a Potência Aparente da Funda-
mental. O fator de potência pode ser relacionado com o cos(ϕ) à frequência fundamental, sendo
que ambos diferem, quando na presença de harmónicos.
O fator de potência, indica o grau de eficiência do uso dos sistemas elétricos. Valores altos
de FP, indicam uso eficiente da energia elétrica, enquanto valores baixos indicam ineficiência da
mesma, além de representar uma sobrecarga para todo sistema elétrico.

Figura 2.2: Fator de Potência em função de ϕ

Valores de tan(ϕ) inferiores a 0,3 (ou, por dedução, se cos(ϕ)>0,96) indicam que a instalação
pagará energia reativa.
Para o corrigir, usam-se equipamentos na instalação, geralmente baterias de condensadores,
devido ao fator económico. As vantagens do uso de condensadores são [23] [20]:

• Custo inferior em relação aos compensadores síncronos e aos conversores eletrónicos de


potência;

• Simplicidade de instalação e manutenção;

• Perdas reduzidas.

A compensação, em Baixa Tensão, pode ser feita global, parcial ou localmente (figura 2.3).
2.2 Redução da Fatura Energética 13

Na compensação global, ou central, a bateria de condensadores é ligada à entrada da instalação


(QGBT). Aplica-se em casos onde a carga é estável e contínua, como em instalações com muitos
recetores de baixa e média potência cujos equipamentos não trabalham todos ao mesmo tempo.
Este tipo de compensação, permite uma boa adaptação aos escalões de potência reativa necessária,
quando usada uma compensação automática, permitindo manter o fator de potência acima do
limite mínimo. Contudo, a potência reativa, nos cabos de alimentação dos quadros parciais, não é
suprimida, pelo que as perdas e quedas de tensão se mantém.

Figura 2.3: Compensação Global (à esquerda), Parcial (ao centro) e Local (à direita) [3]

Na compensação parcial, ou setorial, são usadas várias baterias de condensadores ligadas aos
barramentos dos quadros parciais da instalação. Aplica-se a instalações com diferentes regimes
de carga, nos vários setores. Neste tipo de compensação já existe uma redução da potência reativa
nos cabos de alimentação dos vários quadros, o que contribui para a redução das correntes, das
perdas e das quedas de tensão.
Na compensação local, ou individual, as baterias ligam-se diretamente às entradas dos rece-
tores indutivos (motores, etc.) Aplica-se quando existe um recetor com potência considerável
comparativamente à potência total instalada. Este tipo de compensação permite reduzir a potência
reativa e reduzir as correntes, as perdas e as quedas de tensão nos vários cabos que alimentam a
instalação. [3]

2.2.3 Setor Elétrico Português


Em Portugal, a produção de energia elétrica permite concorrência, segundo planeamento de
acordo com a lógica do mercado. Nesta concorrência, estão incluídos também produtores espa-
nhóis.
Desde 2006, todos os clientes (quase 6,1 milhões em Portugal Continental), têm liberdade
para escolher o seu fornecedor de energia. A esmagadora maioria desses são consumidores em
Baixa Tensão, 23500 consomem em Média Tensão e cerca de 350 consomem em Alta e Muito
Alta Tensão.
O mercado está dividido em dois regimes:

• Produção em regime ordinário - PRO (i);

• Produção em regime especial -PRE (ii);


14 Eficiência Energética e o Setor Elétrico Português

A PRO (i), diz respeito à produção de eletricidade com base em fontes não renováveis, en-
quanto que a PRE, recorre a energias renováveis e a cogeração.
Relativamente ao mix de produção, tem-se assistido ao aumento do peso da produção em
regime especial, salientando-se o papel da energia produzida a partir de fontes renováveis.
A energia produzida de forma distribuída é injetada diretamente na rede, enquanto a restante
é entregue à rede de transporte.
A distribuição desta energia é garantida pela rede nacional de transporte (RNT), que tem liga-
ção com a rede espanhola possibilitando trocas comerciais entre ambas, através de linhas MAT. A
interligação entre a RNT e as instalações dos consumidores, é feita pela EDP Distribuição e algu-
mas cooperativas. Em regime de mercado, as principais empresas de comercialização em Portugal
são a EDP Comercial, a Endesa, a Iberdrola e a União Fenosa.
Relativamente às opções tarifárias, existem várias estruturas, sendo que as tarifas para cada
atividade regulada, cuja fixação compete à ERSE, são [24]:

• Uso Global do Sistema (UGS): Relativa a custos com a operação do sistema e custos provo-
cados por medidas de política energética, ambiental ou de interesse económico geral (apli-
cada pelo operador da rede de transporte e paga pelos operadores das redes de distribuição);

• Uso da Rede de Transporte (URT): Diz respeito aos custos com a operação e manutenção
das redes de transporte;

• Uso da Rede de Distribuição (URD): Onde se englobam os custos associados ao planea-


mento, operação e manutenção das redes de distribuição, pagos pelos clientes (alta, média e
baixa tensão);

• Acesso às Redes: Custos de uso das redes e serviços associados (aplicada pelos operadores
das redes de distribuição e paga pelos clientes em MAT, AT, MT e BT);

• Venda do Operador da Rede de Transporte: Diz respeito à prestação dos serviços de sistema
e transporte (Aplicada pelo operador da rede de transporte aos operadores das redes de
distribuição);

• Comercialização: Relativa a custos com as estruturas comerciais de venda de energia elé-


trica aos clientes dos comercializadores de último recurso;

• Energia: Engloba custos com a obtenção de eletricidade para fornecimento dos clientes
(aplicada pelo comercializador de último recurso e paga pelos seus clientes);

• Tarifas transitórias de Venda a Clientes Finais em Portugal continental: aplicada pelos co-
mercializadores de último recurso aos seus clientes em Portugal continental.

Existe, ainda, a tarifa social de fornecimento de eletricidade que se aplica aos clientes finais
com direito à aplicação de um desconto na tarifa de acesso às redes em regime de baixa tensão
2.2 Redução da Fatura Energética 15

normal, que pretende reduzir barreiras ao acesso à energia elétrica a consumidores vulneráveis,
com consumos reduzidos.
As tarifas de acesso às redes, compostas pelas tarifas UGS, URT e URD (as quais são exercidas
em regime de monopólio), são pagas por todos os consumidores finais. Estas tarifas, são calculadas
através do somatório de cada variável de faturação e atividade com a tarifa correspondente.
Para um cliente final, existe a possibilidade de optar entre o mercado regulado e o mercado
livre. No primeiro, o custo de energia engloba as tarifas de acesso à rede, as tarifas de energia e de
comercialização, enquanto que no segundo, o custo energético é negociado com o comercializador.
A Tarifa de Uso Global do Sistema é composta por duas parcelas. A parcela I engloba os custos
associados à gestão do sistema, apresentando um preço de energia sem diferenciação por período
horário. A parcela II, a aplicar ao operador da rede de distribuição em MT e AT, associa-se aos
custos resultantes de implementação de medidas de política energética, ambiental e de interesse
económico geral e tem preço único de energia, sem distinção entre os períodos horários.
A Tarifa de Uso da Rede de Transporte, aplica-se aos produtores em MAT, AT e MT e é
composta por preços de energia ativa (Eur/kWh). A tarifa URT aplicada ao operador da rede de
distribuição em MT e AT apresenta preços de potência contratada e em horas de ponta, preços de
energia ativa, diferenciados por período horário, e preços de energia reativa indutiva e capacitiva.
As tarifas de Uso da Rede de distribuição estão englobadas nos preços de potência contratada
e em horas de ponta, nos preços de energia ativa diferenciados por período horário e de energia
reativa. [24]
A Tarifa de Energia é composta por diferentes preços de energia ativa para quatro períodos
horários: Ponta (P), Cheia (C), Vazio Normal (VZ) e Super Vazio (SV).
Os contratos de aquisição de energia são acordos (aprovados pela ERSE) para distribuição
energética dos comercializadores aos consumidores.
Para uma instalação alimentada em média tensão existe a possibilidade de optar entre três
ciclos horários distintos, Ciclo Diário, Ciclo Semanal e Ciclo Semanal Opcional, os quais ajustam
os períodos horários em determinadas horas.
O ciclo diário caracteriza-se por uma distribuição igual pelos 7 dias da semana, o que é vanta-
joso para instalações utilizadas apenas nos 5 dias úteis.
Se existir funcionamento durante o fim-de-semana, o melhor ciclo será o semanal, visto que
irão ser alcançados benefícios, aos sábados e domingos, ao nível dos tarifários. Os feriados naci-
onais são considerados como períodos de vazio.
Neste caso, a energia reativa consumida ou fornecida à rede, também é faturada, bem como a
potência contratada e a potência em horas de ponta.

2.2.4 Eficiência Energética

Para aplicar melhorias de eficiência energética, pode ser necessário investir em: novos bens
(como veículos, edifícios ou equipamentos); em novas aplicações de eletricidade ou em novos
processos industriais; em isolamentos; em instrumentos de controlo e medida; e em cogeração.
16 Eficiência Energética e o Setor Elétrico Português

São medidas que envolvem um investimento considerável e que, como tal, só devem ser aplicadas
quando o retorno do mesmo é compensatório.
Além destas medidas, há que alterar comportamentos. Se houver, por exemplo, uma redução
do consumo de água quente e do nível da temperatura interior (através do uso de aparelhos de
aquecimento) ou o aumento da mesma (através de aparelhos de arrefecimento), o valor da fatura
elétrica vai diminuir consideravelmente.
Capítulo 3

Iluminação

Neste sub-capítulo, abordam-se conceitos relacionados com iluminação, alternativas disponí-


veis e respetivas características e formas de aumentar a eficiência energética nesta área.
A luz natural, idealmente, deve ser a usada em espaços interiores com utilização humana, para
o conforto dos mesmos. É, também, a mais eficiente energeticamente, contudo existe a necessi-
dade de ser complementada por sistemas de luz artificial. Estes, devem ser projetados, tendo em
conta as necessidades de iluminação de forma eficaz e flexível, respeitando as normas que lhes
dizem respeito, garantindo que são cumpridas as exigências de conforto, eficiência energética e
sustentabilidade. Para tal é necessário: [25] [26]

• Respeitar os valores de iluminância média recomendados, para que o desempenho das dife-
rentes tarefas, por parte dos utilizadores dos espaços, não baixe de performance;

• Garantir as condições de conforto visual para evitar problemas de encandeamento;

• Não prescindir do bom ambiente interior, como elevar em demasia a temperatura em prol
de maior aproveitamento da iluminação ou menor consumo energético;

• Aproveitar ao máximo a utilização da luz natural, garantindo que a luz artificial é usada
apenas quando as necessidades de iluminação não são satisfeitas pela primeira.

A instalação de iluminação pode ter fraca eficiência energética, devido a vários fatores como:

• Lâmpadas de fraco rendimento;

• Armaduras de iluminação pouco eficientes;

• Balastros pouco eficientes.

3.1 Características das Lâmpadas


Do ponto de vista luminotécnico podem ser consideradas as seguintes características das lâm-
padas [27] [28]:

17
18 Iluminação

• Rendimento luminoso: Indica a razão entre o fluxo luminoso emitido pela lâmpada e a
potência elétrica absorvida. Exprime-se em [lm/W] (lúmen/Watt) e varia entre 8 lm/W e
200 lm/W;

• Temperatura de cor: Indica a cor aparente da luz emitida e é expressa em [K] (graus Kel-
vin); A tonalidade de cor emitida pode ser branco quente, branco neutro ou branco frio que
depende da sua classificação (figura 3.1: quente, intermédia ou fria, respetivamente. Por
sua vez, a classificação depende da temperatura da cor: menor que 3300 [K], entre 3330
[K] e 5300 [k] ou maior que 5300 [k], respetivamente. Por exemplo, numa lâmpada do tipo
”Master TL-D Super 80 49W/830”, os dois últimos dígitos do número ”830” indicam que
a temperatura de cor da lâmpada é de 3000K, ou seja, emite uma cor de tonalidade branco
quente.

Figura 3.1: Distinção diferentes tipos de cor

• Restituição de cores: Indica a capacidade de uma fonte luminosa reproduzir, fielmente, as


cores de um objeto ou de uma superfície iluminada. É expressa pelo “índice de restituição de
cores” (IRC), que vem expresso entre 0 e 100, onde 100 significa que as cores se reproduzem
perfeitamente, e quanto mais nos aproximamos de 0, maior dispersão sobre existirá todas as
cores, piorando a sua reprodução. Por exemplo, numa lâmpada do tipo ”Master TL-D Super
80 49W/830”, o primeiro dígito do número ”830” indica que a Ra (valor médio de oito cores
do IRC) da lâmpada é superior a 80, ou seja, que a sua restituição cromática é muito boa.

Tabela 3.1: IRC em Função de Ra

IRC RA
Pobre >0 <60
Bom >60 <80
Muiro Bom >80 <90
Excelente >90 <100
3.2 Iluminância e Iluminância Média 19

Figura 3.2: índice de Restituição de Cor típico para diferentes tipos de lâmpadas

• Luminância (ou brilho): Exprime o brilho da fonte luminosa em função das suas dimensões
e é a razão entre a intensidade luminosa na direção dos olhos do observador e a área visível
da fonte luminosa (vista do ponto de observação);

• Duração de vida média: Indica o número de horas, após as quais, 50% de um lote significa-
tivo de lâmpadas acesas deixa de emitir fluxo luminoso;

3.2 Iluminância e Iluminância Média

Os conceitos de Iluminância e Iluminância Média não devem ser confundidos com Luminân-
cia. A Iluminância, medida em [lux] (equivalente a lúmen por metro quadrado), representa a
relação entre o fluxo luminoso incidente numa superfície e a área sobre a qual este incide.
Assim, visto que a quantidade de luz que chega a cada ponto localizado no mesmo espaço é
diferente, o resultado será vários valores de iluminância.

Figura 3.3: Distinção entre Luminância e Iluminância

A iluminação pode ser crucial na eficiência energética dos edifícios, contudo não se podem
descurar as condições luminosas exigidas para a realização das atividades que recorrem ao sentido
visual.
20 Iluminação

Realizando várias medições, com recurso ao luxímetro, é possível determinar a iluminância


média do espaço. Tal pode ser feito de várias formas. A mais simples é através da média entre os
valores de iluminância medidos.
No Manual de Instalações Técnicas da Parque Escolar é possível consultar os diversos valores
de Iluminância Média recomendados para cada local de um estabelecimento escolar. Valores esses
que diferem de acordo com a atividade desempenhada nesse espaço.
É possível consultar na tabela 3.2 alguns desses valores.

Tabela 3.2: Iluminância Média Recomendada

Designação do Espaço Nível Médio de Ilum. (Lux)


Sala de Aula Normal 300
Sala de Aula TIC 300
Laboratório (Fis./Quim.) 500
Reprografia 300
Biblioteca/Zona de Leitura 500
Auditório 500
Ginásio 300
Casas de Banho 200
Zonas de Circulação 100
Refeitório 200

3.3 Tipos de Lâmpadas

3.3.1 Lâmpadas de Incandescência

A lâmpada de Incandescência é a mais básica e antiga, sendo, cada vez menos usada, devido
ao elevado consumo.
É constituída por um filamento, ampola, gás de enchimento, suporte de vidro e casquilho.
O filamento é a parte constituinte da lâmpada responsável por emitir a luz visível. Deve aguen-
tar temperaturas o mais altas possível, visto que quanto maior a temperatura do filamento, maior
será a luz produzida e maior será o rendimento da lâmpada. A temperatura do material, originada
pela passagem de corrente elétrica, depende da resistência. Quanto maior a resistência, maior será
a temperatura atingida, pelo que se usam materiais com elevada resistividade (tungsténio).
A ampola é o invólucro que envolve a lâmpada, cuja função é o armazenamento do gás de
enchimento e a distribuição do fluxo luminoso, podendo este ser transparente ou opalino, e com
diversas formas.
O gás de enchimento é responsável por reduzir a vaporização do filamento, sendo colocado
dentro da ampola, envolvendo o filamento. Os gases mais usados são o Azoto, Árgon ou o Crípton,
conseguindo-se maiores temperaturas de funcionamento e consequentemente maiores rendimen-
tos.
O casquilho, também chamado de base, faz a ligação ao suporte.
3.3 Tipos de Lâmpadas 21

A lâmpada de incandescência apresenta muito boa restituição de cores; temperatura de cor


igual a 2700 [K], emitindo uma tonalidade quente; e baixo preço. A luz emitida por estas lâmpadas
é dotada de níveis de luminância entre os 500 e os 2000 cd/m2, aproximadamente. Estes valores
são prejudiciais à visão e capazes de causar encandeamento. Tem ligação direta à rede e diferentes
formas e cores. Apresenta, aproximadamente, 1000 horas como duração média de vida, pelo
que é considerada de baixa duração. A sua eficiência é bastante baixa, ficando pelos 2–5%, não
produzindo mais que 35 luméns de luz por watt de eletricidade. Em consequência, cerca de 95%
de eletricidade consumida pela lâmpada é convertida em calor. [29] [27] [30]
Principais tipos:

• Vidro soprado;

• Vidro prensado;

• Refletoras.

3.3.2 Lâmpadas de Halogéneo

Figura 3.4: Lâmpada de Halogéneo [4]

O funcionamento deste tipo de lâmpadas é baseado no ciclo de halogéneo regenerativo. Os


seus componentes e princípio de funcionamento são semelhantes aos da lâmpada de incandescên-
cia, mas nestas, o gás que envolve o filamento contém halogéneo ou compostos de halogenados,
permitindo que o ciclo de halogéneo regenerativo atue. As moléculas do filamento de tungsténio
(que se desprendem com o uso) são capturadas pelo composto halogéneo e quando esse composto
se aproxima do filamento, é decomposto pela alta temperatura do filamento, restituindo a molécula
de tungsténio, sobre o filamento da lâmpada, promovendo a sua regeneração, fazendo com que o
seu desgaste seja mais lento.
Considerando a mesma potência, o tamanho desta é inferior ao da lâmpada de incandescência.
Utiliza gás de enchimento como o flúor, bromo ou iodo. O seu rendimento é cerca de 25 [lm/W],
apresenta muito boa restituição de cores, temperatura de cor de 3000 [K] e duração de vida média
(entre 2000 e 4000 horas).
22 Iluminação

Oferece a possibilidade de ligação direta à rede ou a alimentação por tensão reduzida. Requer
cuidados no seu manuseamento devido à ausência de duplo invólucro (tipo normal). [27], [30]
Principais tipos:

• normais;

• de duplo invólucro;

• de tensão reduzida;

• com refletor interno (normais e dicroicas);

3.3.3 Lâmpadas de Descarga

3.3.3.1 Luz mista

Figura 3.5: Lâmpada de Luz Mista

A lâmpada de luz mista é uma combinação da lâmpada de vapor de mercúrio de alta pressão
e da lâmpada incandescente, e é constituída por um bulbo que contém um tubo de descarga ligado
em série com um filamento de tungsténio. O tubo de descarga das lâmpadas de mercúrio é utili-
zado para emitir o fluxo luminoso, enquanto o filamento incandescente serve para o arranque da
lâmpada.
A sua eficiência é superior à da lâmpada de incandescência, variando entre os 20 e 30 lm/W,
sendo por isso muito utilizada como alternativa a esta última. Apresenta índice de restituição de
cores de, aproximadamente, 60 e duração de vida (2000 horas) média. Permite ligação directa
à rede. Este tipo de lâmpada, que apresenta diversas formas e cores, é usada em iluminação de
estabelecimentos comerciais, principalmente em montras. [27]
3.3 Tipos de Lâmpadas 23

3.3.3.2 Vapor de Sódio de Alta Pressão

Figura 3.6: Lâmpada de Vapor de Sódio de Alta Pressão [5]

Emitem luz de aparência amarelo-alaranjada e o seu rendimento pode chegar a 150 lm/W.
Possui um índice de restituição de cores entre 25 e 60, índice de restituição de cores médio
elevado (IRC cerca de 80), temperatura de cor entre 1900 e 2500 o K e duração de vida longa
(podendo atingir 20 000 horas).
Necessitam de aparelhagem auxiliar (balastro para limitar as correntes de arranque, arrancador
que proporciona um pico de tensão para a lâmpada arrancar e condensador) e de tempo de arranque
e de re-arranque de 5 e 1 minutos, respetivamente. O seu preço é mais elevado do que o das de
mercúrio, possuindo também um maior rendimento luminoso. São principalmente usadas em
iluminação pública e em iluminação industrial. [27] [30]

3.3.3.3 Vapor de Mercúrio de Alta Pressão

Figura 3.7: Lâmpada de Vapor de Mercúrio de Alta Pressão [6]


24 Iluminação

As lâmpadas de vapor de mercúrio de alta pressão emitem luz de aparência branca-azulada.


São constituídas por um tubo de descarga transparente, inserido num bulbo de vidro. O seu rendi-
mento varia entre 36 e 60 lm/W e o índice de restituição de cores entre 40 e 57. A duração de vida
é superior a 10 000, podendo chegar às 12 000 horas, sendo, por isso, considerada uma lâmpada de
duração de vida média. A sua temperatura de cor oscila entre os 3800 e os 4100 K. O tempo de ar-
ranque e de re-arranque é de, respetivamente, 4 e 6 minutos. Necessitam de aparelhagem auxiliar
(balastro e condensador) para correto funcionamento. Têm aplicação industrial e pública (onde
têm vindo a ser substituídas pelas lâmpadas de vapor de sódio de alta pressão que têm rendimento
superior). [27]

3.3.3.4 Vapor de Mercúrio de Iodetos Metálicos

Figura 3.8: Lâmpada de Vapor de Mercúrio de Iodetos Metálicos [6]

As lâmpadas de mercúrio de iodetos metálicos, além de proporcionarem uma boa restituição


de cores, garantem um rendimento luminoso elevado e uma vida útil elevada, podendo chegar
às 11 000 horas. Apresenta um excelente índice de reprodução de cores, na ordem dos 85-90,
eficiência elevada e rendimento luminoso até 96 lm/W. A sua temperatura de cor, varia entre os
3000 e os 6500 K. Porém, esta tecnologia necessita de aparelhos auxiliares (balastro, arrancador e
condensador) e tem um custo elevado, pelo que é essencialmente aplicada em espaços exteriores
que exigem elevada acuidade visual. [31] [30]
3.3 Tipos de Lâmpadas 25

3.3.3.5 Lâmpada de Vapor de Sódio de Baixa Pressão

Figura 3.9: Lâmpada de Vapor de Sódio de Baixa Pressão [6]

São as lâmpadas de maior rendimento luminoso, atingindo os 200 lúmen por watt. Tem um
índice de restituição de cores praticamente nulo. Esta lâmpada produz uma luz monocromática
(amarela-alaranjada) - característica indesejada em espaços interiores-, sendo aplicada, maiorita-
riamente, em iluminação de vigilância ou em iluminação pública que não exija elevada acuidade
visual. Têm uma temperatura de cor de cerca 1700 o K e uma duração de vida tipicamente de
18000 horas.

A luminância emitida permanece constante ao longo da sua vida, mas o consumo de eletrici-
dade aumenta ligeiramente no seu fim, devido à degradação dos elétrodos. [29] [27]

3.3.3.6 Lâmpada de Indução Magnética

As lâmpadas de indução não têm elétrodos, mas sim um núcleo de ferrite, que gera um campo
magnético que induz uma corrente elétrica no gás, provocando a sua ionização e a emissão de
radiação luminosa visível. Funcionam a alta frequência, o que permite obter uma luz confortável
e sem oscilações.

A luz é, normalmente, branca com temperatura de cor em torno dos 4000 o K, podendo durar
entre 50000 e 100000 horas.

Têm um tempo de arranque e de re-arranque rápido e sem cintilação.

Necessitam de aparelhagem auxiliar (gerador de alta frequência externo).

São usadas principalmente em iluminação de túneis e iluminação de naves industriais muito


altas, com manutenção difícil. [29] [27] [32]
26 Iluminação

3.3.4 Lâmpada Fluorescente

Figura 3.10: Lâmpada Fluorescente [6]

A lâmpada fluorescente, é uma lâmpada de vapor de mercúrio de baixa pressão, que se tornou
popular nos anos 70 e hoje se encontra em cerca de 80% da luz artificial mundial. Tem um
bom índice de restituição de cores (entre 85 e 95), temperatura de cor variável entre 2700 e 5000
oK e duração de vida longa (10000 horas, podendo atingir 50000 horas dependendo o tipo de
revestimento).
Atualmente as lâmpadas fluorescentes são constituídas por um tubo de descarga com 26 mm
de diâmetro (tipo T8), são tri-fosfóricas e têm apenas 3 mg de mercúrio; ou, no caso das de última
geração, um tubo de descarga com 16 mm de diâmetro (tipo T5), um novo pó tri-fósforo que
garante um melhor rendimento e uma melhor restituição de cores.
O seu rendimento pode chegar a 100 lúmen por watt e a sua eficiência usualmente varia entre
6,5% e 14,5%. Necessita de aparelhagem auxiliar (balastro magnético e condensador ou balastro
eletrónico). É necessário recorrer ao uso de balastros para fazer o controlo da tensão que permite
ligar a lâmpada e para limitar variações de corrente, impedindo que a resistência do gás condutor
decresça.
São as lâmpadas mais utilizadas em iluminação interior, com uma larga gama de temperatura
de cor. [29] [27]

3.3.5 Lâmpada Fluorescente Compacta

A lâmpada fluorescente compacta é considerada uma lâmpada de baixo consumo e de baixa


emissão térmica. O seu principio de funcionamento é idêntico ao das fluorescentes normais, mas
tem, pelo menos, um tubo de descarga para tornar a lâmpada mais compacta. O seu rendimento é
menor que o da anterior, devido ao tamanho do tubo de descarga.
Apesar de atingir um valor superior de temperatura de cor, as suas características não diferem
muito da lâmpada fluorescente.
É possível encontra-las com casquilho para substituição direta das lâmpadas de incandescência
e ligação direta à rede e com refletor interno para substituição das lâmpadas de halogéneo com
refletor interno; com balastro externo, convencional ou eletrónico; com casquilho de 4 contatos
3.4 Luminárias 27

para utilização com balastro eletrónico, permitindo uma regulação contínua do fluxo luminoso,
possível possibilitando o seu uso em armaduras de iluminação de emergência. [29] [27]

3.3.6 LED: Díodos Emissores de Luz

Um díodo é um dispositivo eletrónico composto por dois materiais distintos, ambos semicon-
dutores, que permitem que a corrente elétrica circula numa única direção. A luz é o resultado da
libertação de energia provocada por este movimento.
Os LEDs convencionais são feitos a partir de diversos materiais semicondutores inorgânicos,
produzindo várias cores.
Este tipo de lâmpada tem uma eficácia que varia entre os 65 e os 100 lúmen por watt (eficiência
de até 15%) e um período de vida longo (até 50000 horas).
A luz é gerada através do aquecimento dos semicondutores devido ao movimento dos eletrões
que se encontram no seu interior, provocado por uma tensão que lhe é aplicada.
Apesar do custo inicial ser elevado, quando bem aplicados, os LEDs acabam por compensar,
devido ao seu baixo consumo energético e manutenção reduzida.Para além destes aspetos, per-
mitem maiores efeitos estéticos, com maior impacto que os meios convencionais e não contém
mercúrio.
É cada vez mais vulgar a utilização desta tecnologia em iluminação de emergência e ilumina-
ção decorativa. [29] [28]

3.4 Luminárias

As luminárias são o equipamento que contém a lâmpada, modificando a distribuição do fluxo


luminoso que esta produz no espaço onde se encontra [33].
É composta pelo recetáculo para a fonte luminosa, pelos dispositivos que modificam a distri-
buição espacial do fluxo luminoso (refletores, refratores) e pela carcaça, órgãos acessórios e de
complementação [33].
É pretendido que esta otimize o desempenho do sistema de iluminação artificial, pelo que a sua
eficiência e características devem ser avaliadas. A luminária absorve uma parte da luz emitida pela
lâmpada, pelo que, quanto menor for essa parte, maior será a sua eficiência. Para tal, deve ser tido
em consideração que a escolha dos materiais de que é composta, a refletância da sua superfície, a
sua forma, os dispositivos de proteção da lâmpada e o seu estado de conservação têm influência
neste aspeto. [33]
Assim, através de dispositivos como refletores, refratores ou difusores, a luminária pode ser
responsável por controlar, distribuir e filtrar o fluxo luminoso ou reduzir a quantidade de luz em
certas direções.
28 Iluminação

3.5 Sistemas de Gestão de Iluminação

Os sistemas de comando automatizado permitem um maior conforto e, em muitos casos, uma


maior eficiência da energia e rendimento do espaço.

3.5.1 Gestão por Sistema Horário

A gestão horária pode ser aplicada através da utilização de um automático de escada, de um


interruptor horário ou astronómico, ou recorrendo a uma gestão técnica centralizada.
A utilização de automático de escada, como o nome indica, é usado em zonas de circulação,
como escadas. Nestes locais, a presença contínua de pessoas não é frequente, pelo que este sistema
é ativado através de um botão de pressão e desligado automaticamente. O tempo após o qual este
desliga a iluminação é predefinido, tendo em conta as características do local. Tem ainda um
contacto de marcha forçada (interruptor), que permite a sua ativação permanente nos casos em
que se justifica.
A utilização de um interruptor horário, que pode ser analógico ou digital, destina-se a controlar
a iluminação de zonas como uma cantina, que está em funcionamento no período de almoço e/ou à
noite. Interagem em paralelo com outros comandos locais, como interruptores simples ou sistemas
de gestão centralizada.
O uso de um interruptor astronómico é programado baseando-se na latitude ou longitude, não
necessitando de célula fotoelétrica.
Os sistemas de Gestão Técnica Centralizada (GTC) permitem fazer uma gestão adequada,
monitorizando, controlando, comandando e gerindo, de forma integrada, as várias instalações
existentes no edifício. O sistema permite otimizar o funcionamento dos equipamentos respeitando
as necessidades de conforto de cada utilizador. No caso de anomalia ou avaria, é capaz de alertar
o serviço de manutenção, para que sejam tomadas as medidas necessárias à sua correção.
O sistema de GTC inclui um software, que permite coordenar as diversas instalações exis-
tentes, e encontra-se, geralmente, em grandes edifícios de serviços. Estima-se que estes sistemas
permitam poupanças entre 15 e 20%. [34].

3.5.2 Gestão por Deteção Automática

Como exemplos deste tipo de sistemas temos os que recorrem a interruptores crepusculares ou
variadores, ou a detetores de movimento/presença.
O interruptor crepuscular liga ou desliga o circuito, consoante a presença de luz natural, com
auxílio de uma célula fotoelétrica instalada no exterior.
O interruptor variador permite variar a intensidade luminosa presente em determinado espaço.
O detetor de movimento/presença pode pertencer a uma das seguintes categorias: Sistemas
por deteção de infravermelhos, sensores ultrassónicos e detetores de dupla tecnologia.
Os sistemas por deteção de infravermelhos detetam que um local está ocupado, através da
diferença de temperatura emitida pelo corpo humano e a temperatura da área em redor.
3.6 Equipamentos Auxiliares 29

Os sensores ultrassónicos são detetores de movimento volumétrico, para detetar que um dado
espaço está ocupado. São constituídos por vários componentes: transmissor, recetores e processa-
dores eletrónicos que permitem transmitir um som acima do intervalo do ouvido humano e medir
o tempo que leva para as ondas regressarem.
Os detetores de dupla tecnologia são uma junção de ambas as anteriores, permitindo uma
melhor funcionalidade, maior eficiência e segurança.

3.6 Equipamentos Auxiliares


3.6.0.1 Reatores (Balastros)

Com o objetivo de aumentar a tensão durante a ignição e reduzir a intensidade de corrente


durante o funcionamento da lâmpada, os reatores podem ser do tipo eletromagnético ou eletrónico.
O segundo tipo é mais eficiente na conversão de potência elétrica em potência luminosa. A maioria
das tecnologias de iluminação requer balastro, pelo que a sua escolha tem grande interesse no
estudo da iluminação. [29]

Figura 3.11: Esquema do Posiocionamento do Balastro [7]

O uso do balastro eletrónico, devido ao seu funcionamento a alta frequência com menores
perdas de calor, supõe uma economia de cerca de 25% de energia em comparação com um eletro-
magnético tradicional equivalente.
Usar balastros eletrónicos com arranque por pré-aquecimento leva ao aumento da durabilidade
da lâmpada em 50%, comparando com um balastro eletromagnético tradicional.
Assim, o uso de balastros eletrónicos, além contribuir para a diminuição dos gastos de eletri-
cidade e da necessidade de efetuar manutenções, ainda ajuda a reduzir as emissões de CO2 para a
atmosfera e o volume de lâmpadas a reciclar.

3.6.0.2 Ignitores (arrancador)

Dispositivo presente, por exemplo, na lâmpada de vapor de sódio para, durante a ignição,
fornecer um pico de tensão aos elétrodos da lâmpada, que é sobreposto à tensão da rede.
30 Iluminação

3.6.0.3 Sensor de Presença

Dispositivo que assegura que a luz é desligada quando as salas estão desocupadas, gerando
economias significativas, em locais de ocupação intermitente/imprevisível.

3.6.0.4 Dimmers

Aparelho capaz de controlar a potência fornecida à lâmpada (normalmente lâmpadas incan-


descentes), através de um circuito eletrónico. É possível encontrar reatores com esta função em
lâmpadas fluorescentes. [33]
Capítulo 4

AVAC

Os sistemas de aquecimento, ventilação e ar condicionado (AVAC), usados para controlar


internamente as condições ambientais, consomem uma grande percentagem de energia pelo que
devem ser tidos em atenção em estudos de eficiência energética.
Uma otimização das técnicas de controlo dos equipamentos de AVAC e manutenção para de-
teção de falhas/substituição de componentes, pode resultar em significativas reduções dos seus
consumos energéticos. [35].
Este setor está dependente de uma grande variedade de sistemas mecânicos, elétricos e eletró-
nicos, que permitem controlar os valores de temperatura, humidade e a qualidade do ar no interior
de um espaço, entre outros.
Usualmente, os estabelecimentos escolares são dotados de alguns destes sistemas que devem
ser estudados, de modo a garantir que o seu desempenho energético se encontra otimizado. Para
tal, segundo as Normas de Utilização dos Sistemas de Climatização, algumas soluções são pro-
postas, como [20]:

• Manter a temperatura dos termostatos inferior a 21o C, no Inverno, e superior a 23o C, no


Verão;

• Manter as janelas fechadas, no caso dos sistemas de aquecimento ou arrefecimento estarem


em funcionamento;

• Reduzir a temperatura de aquecimento/arrefecimento quando o local não está em utilização;

• Instalar os sensores de temperatura (exceto os exteriores que devem ser instalados numa
parede orientada a Norte ao abrigo da luz solar/fontes de calor) e termostatos longe de
janelas, fontes de calor ou passagens de ar;

• Avaliar se o sistema de climatização dispõe de programação temporal e proceder à sua


análise, ou instalar dispositivos eletrónicos para ajustes semanais, diários e horários, caso
seja benéfico;

• Reduzir as fontes de calor indesejadas, como tubagens mal isoladas;

31
32 AVAC

• Verificar periodicamente se todo o sistema de ventilação está a funcionar corretamente, ajus-


tando, por exemplo, os variadores dos ventiladores à velocidade adequada;

• Escolher equipamentos de alto desempenho, com classificação energética elevada. Nos


sistemas de ar condicionado, optar por equipamentos com elevado COP (Coeficiente de
Performance) e EER (Índice de Eficiência de Energia).

4.1 Caracterização dos sistemas de AVAC


Os equipamentos de AVAC dividem-se nos seguintes sistemas:
Primários: onde estão englobados os equipamentos geradores de calor/frio que (através de
bombas e ventiladores) alimentam um subsistema ou sistema secundário. Como exemplo de sis-
temas primários temos:

Figura 4.1: Caldeira (à esquerda) e Chiller (à direita) da Escola Secundária Filipa de Vilhena

• Chiller, que produz frio - É responsável pelo arrefecimento de água destinada a arrefecer o
local pretendido.

• Bomba de Calor, que produz calor ou frio - As bombas realizam a circulação dos fluídos no
estado líquido.

• Caldeira, que produz calor - Este equipamento eleva a temperatura de um fluído, permi-
tindo, ou não, que este atinja o ponto de ebulição. A escolha do fluido térmico, depende da
temperatura de trabalho necessário. (Para temperaturas inferiores a 80o C utiliza-se água a
baixa pressão; Para temperaturas superiores recorre-se a vapor, água sobrepressurizada ou
fluido térmico).

• Depósitos de Inércia, que conservam calor ou frio - São um reservatório de inércia para
acumulação de água, para sistemas de aquecimento ou climatização.

• Torres de arrefecimento - Podem ser de convecção natural ou forçada. As do primeiro tipo,


usam-se para grandes potências e não se aplicam em utilizações de climatização. As torres
de convecção forçada, usam um ventilador de insuflação à entrada ou um ventilador de
exaustão à saída da torre.Este tipo de equipamento é usado (nos sistemas frigoríficos que
4.1 Caracterização dos sistemas de AVAC 33

utilizam um condensador arrefecido a água) para arrefecer a água previamente aquecida no


condensador de unidades de produção de frio.

Secundários: sistemas de distribuição ou captação de energia, onde se encontram, por exem-


plo, as UTAN’s (Unidade de Tratamento de Ar Novo) que tratam o ar novo, filtrando-o, aquecendo-
o, arrefecendo-o, humedecendo-o ou desumidificando-o, para ser fornecido ao edifício com mais
ou menos recuperação.

Unidades de Tratamento de Ar e de Tratamento de Ar Novo

Figura 4.2: UTA-Escola Secundária Filipa de Vilhena

A unidade de tratamento de ar novo é um equipamento que permite renovar o ar para os


espaços, cujos sistemas de climatização não conseguem cobrir as necessidades de caudal de ar
novo.
A unidade de tratamento de ar, à semelhança da anterior, é responsável pelo tratamento do
ar, sendo que esta efetua, também, a climatização do espaços. As Unidades de Tratamento de Ar
(UTA’s) são equipamentos de AVAC que permitem, através de um controlador eletrónico que as
monitoriza e controla, obter valores de temperatura e humidade no local predefinido.
É, também, possível classificar os sistemas de AVAC como individuais ou centralizados.
O primeiro, é equivalente a um ou vários aparelho/s, servindo cada um apenas um espaço do
edifício, como por exemplo aparelhos de janela ou aparelhos “splits”.
No caso de um sistema de unidades individuais, sistemas ”split”, apenas se climatiza um es-
paço do edifício, recorrendo a uma unidade exterior, que permuta energia térmica com uma única
unidade interior.

Figura 4.3: Sistema ”multi-split”


34 AVAC

Já nos sistemas “multi-split”, a unidade exterior permuta energia térmica para climatizar gran-
des zonas abertas, ou um número reduzido de espaços, através de um único fluido.
Um sistema centralizado (ventiloconvectores e radiadores), serve a totalidade ou a maioria
do edifício e a climatização dos locais é efetuada através dum fluido térmico (ar, água ou fluido
refrigerante), que pode ser o mesmo, ou não, que o que circula no circuito primário, através dos
equipamentos terminais em contacto direto com o ambiente dos locais a climatizar. [36]
Há autores que admitem um terceiro grupo específico, ao qual chamam de sistemas semi-
centralizados ou sistemas modulares. Incluem-se neste caso, os sistemas de volume de refrigerante
variável, nos quais o refrigerante vai até aos locais a climatizar (existência de um só circuito).
Um sistema deste tipo climatiza, normalmente, entre quatro a sessenta e quatro zonas dis-
tintas interiores e apenas uma unidade exterior, pelo que é defendido que não seja classificado
diretamente como sistema centralizado. [36] Um sistema de Volume de Refrigerante Variável
(VRV), considerado um sistema modular, é constituído por uma ou mais unidades exteriores e
várias unidades interiores, e recorre a um circuito de fluido frigorigéneo, destinado aos espaços a
climatizar.
Quanto ao fluído térmico, os sistemas centralizados podem ser classificados em "Tudo-Ar",
“Tudo – Água” e “Ar - água”.

4.1.1 Sistemas ”Tudo-Ar”

Num sistema ”Tudo-Ar”, o ar é aquecido ou arrefecido com auxílio de uma Unidade de Tra-
tamento de Ar (UTA), para ser, posteriormente, distribuído por uma rede de condutas nos locais a
climatizar. A velocidade do ar pode atingir os 14m/s, sendo neste caso necessário utilizar caixas de
expansão e dispositivos de insuflação especiais. [36] É aplicado a edifícios onde é necessário um
controlo individual das condições do ar de divisão para divisão (hospitais, escolas, etc) ou onde
é exigido um controlo rigoroso da humidade, temperatura e qualidade do ar (salas de operações,
bibliotecas, etc).
Os sistemas tudo-ar podem ser classificados em [36]:

• Sistemas com volume de ar constante (VAC);

• Sistemas com uma só zona;

• Sistemas com várias zonas (com baterias de reaquecimento);

• Sistemas com volume de ar variável (VAV);

• Sistemas com duas tubagens;

Os sistemas do tipo Volume de Ar Constante (VAC) são responsáveis por elevados consumos
de energia para a ventilação, pelo que são cada vez menos usados.
Nos sistemas com uma só zona, o ar é tratado na UTA e, posteriormente, distribuído através
da rede de condutas, a uma ou mais divisões.
4.1 Caracterização dos sistemas de AVAC 35

Os sistemas com várias zonas, são adequados para edifícios que possuam zonas distintas,
cujas necessidades sejam diferentes (edifícios com várias fachadas) ou para espaços com uma
carga térmica interna elevada e com flutuações repentinas e de grande intensidade.

Figura 4.4: VAV (à esquerda), Ventiloconvector (ao centro) e UTA (à direita)

Nas instalações de Volume de Ar Variável (VAV), a temperatura do ar insuflado é constante,


enquanto o caudal de ar insuflado é feito de forma a garantir a remoção da carga térmica existente.
A variação do caudal é feita nas unidades terminais, o que permite compensar a carga térmica de
cada local. Estes sistemas são normalmente aplicados em situações em que as cargas térmicas de
diferentes locais do mesmo edifício sofrem flutuações diferentes.
Nas instalações do tipo VAV, o caudal de ar aspirado deve ter em conta as flutuações do caudal
de ar insuflado, evitando variações de pressão indesejáveis.
Uma variante deste sistema é o do tipo VTV, que possui o pleno retorno ou um by-pass ao
retorno, permitindo a variação da temperatura do caudal principal. No entanto, requerem um
sistema de gestão para controlar o seu funcionamento.
Nas instalações de sistemas com duas tubagens, o ar é submetido a um pré-tratamento na UTA
e, posteriormente, distribuído por duas condutas, sendo uma delas equipada com uma bateria de
aquecimento e a outra com uma bateria de arrefecimento. Apesar de permitir uma compensação
mais eficaz das cargas térmicas de cada uma das zonas do edifício pela variação da temperatura
do ar insuflado, o seu custo é elevado, requer um maior espaço disponível para a rede de condutas,
apresenta nível de ruído e consumos de energia elevados e controlo complexo.

4.1.2 Sistemas ”Tudo-Água”

Nos sistemas do tipo “Tudo – Água”, o calor ou o frio são levados ao local a climatizar,
respetivamente, por água quente, previamente aquecida, ou água fria previamente refrigerada.
Neste tipo de sistema é comum utilizar-se, por exemplo, ventiloconvetores ou painéis radian-
tes. O arrefecimento e desumidificação são feitos pela passagem de água fria na bateria, sendo
que o arrefecimento pode ser feito na mesma bateria, ou numa outra destinada ao efeito. A água
que circula na bateria será fornecida por um equipamento central, de arrefecimento e aquecimento
(chiller e caldeira). A humidificação não é praticada nestes sistemas, mas poderá ser feita separa-
damente através de humidificador.
36 AVAC

A maior vantagem dos sistemas tudo água é a sua grande flexibilidade na adaptação a diferen-
tes tipos de edifícios. É de notar que nestes sistemas não existe um circuito de distribuição de ar
novo pelos espaços.

4.1.3 Sistemas ”Ar-Água”


Nos sistemas a “Ar - água”, usa-se um fluído intermédio (água) para transportar energia calo-
rífica até aos locais que se pretendem climatizar.
A água é aquecida numa unidade central (caldeira ou bomba de calor) e arrefecida num chiller.
A carga térmica do local a climatizar é compensada por um equipamento local que arrefece ou
aquece o ar ambiente a partir da água, arrefecida ou aquecida respetivamente. [36]
Os sistemas que utilizam a água como fluido intermédio podem dividir-se em [36]:

• Climatização usando pavimentos radiantes;

• Climatização com paredes ou tetos radiantes;

• Sistemas de climatização com ventiloconvectores, injetoconvectores ou vigas arrefecidas.


Capítulo 5

Sistemas Fotovoltaicos

A aplicação de energias renováveis constitui uma das medidas que podem ser tomadas não só
para o aumento da eficiência energética, mas também para garantir a sustentabilidade do planeta.
A produção anual de energia de origem fotovoltaica cresceu de 5GWh em 2006 para 627GWh
em 2014, sendo que em 2015 se atingiram aproximadamente 800GWh. [37]

5.1 Caracterização dos Sistemas Fotovoltaicos

Os sistemas fotovoltaicos podem ser divididos em sistemas ligados à rede e em sistemas autó-
nomos.
No primeiro caso, a energia elétrica produzida pelo sistema é injetada na rede pública de dis-
tribuição de eletricidade. Por outro lado, no segundo caso, pode ser necessário recorrer a baterias
ou sistemas híbridos para efetuar o armazenamento e como meios de apoio complementares de
produção de energia. Esta necessidade, surge do facto da energia produzida não corresponder
(maioritariamente) à procura pontual de energia do consumidor (necessidades de energia à noite,
por exemplo).
Os sistemas autónomos, geralmente, são mais pequenos que os sistemas ligados à rede e são
passíveis de serem encontrados em sistemas de eletricidade pertencentes a hospitais, escolas, etc.
Os sistemas ligados à rede não requerem o uso de bateria para armazenar energia, visto que
esta é toda entregue à rede. Este tipo de sistema leva a que haja uma redução de perdas e de
investimentos em linhas de transmissão, dado que o local de produção é próximo do local de
consumo.
Os sistemas autónomos, ou isolados, podem ter, ou não, armazenamento. Num sistema au-
tónomo sem armazenamento de energia, os recetores consomem de imediato a energia produzida
pelos módulos fotovoltaicos. Podem ser comutados à rede elétrica, caso não exista radiação no
momento, o que os torna mais eficazes e permite reduzir custos.
Os sistemas isolados são constituídos por um conjunto de painéis, regulador de carga, uma ou
mais baterias e inversor. O uso de baterias para armazenamento de energia torna este sistema mais
caro face ao anterior. [38]

37
38 Sistemas Fotovoltaicos

Figura 5.1: Exemplo esquemático de Sistema PV ligado à rede (à esquerda), autónomo (ao centro)
e híbrido (à direita)

Existe a possibilidade de optar entre dois regimes de produção distribuída:

• Unidades de Produção em Autoconsumo (UPAC): a energia produzida é injetada na instala-


ção de consumo sendo eventuais excedentes injetados na rede;

• Unidades de Pequena Produção (UPP): a energia produzida é totalmente injetada na rede.

5.1.1 Painéis Fotovoltaicos

A célula fotovoltaica é o constituinte mais pequeno de um painel fotovoltaico e funciona


quando a luz incide sobre certas substâncias e desloca eletrões que, circulando livremente de
átomo para átomo, formam uma corrente elétrica que pode ser armazenada. [38]
Distinguem-se três tipos principais de células FV: as monocristalinas (atualmente as mais usa-
das [39]), as policristalinas e as de silício amorfo.
As células de silício monocristalino são obtidas a partir de barras cilíndricas de silício mono-
cristalino produzidas em fornos especiais. A sua eficiência na conversão da luz solar em eletrici-
dade varia entre 15% e 18%.
As células de silício policristalino são produzidas a partir de blocos de silício obtidos por fusão
de pedaços de silício puro em moldes especiais, que arrefecem lentamente e solidificam. Deste
modo, os átomos não se organizam num único cristal, sendo formada uma estrutura policristalina
com superfícies de separação entre os cristais. A sua eficiência pode chegar aos 15%.
As células de silício amorfo são obtidas através da deposição de camadas muito finas de silício
sobre superfícies de vidro ou metal. A sua eficiência varia entre os 5% e os 7%. [38]
Na curva característica desta célula estão englobados três pontos [40]:

• MPP (Ponto de Potência Máxima): é o ponto da curva característica, onde a célula funciona
à máxima potência (este ponto varia com as condições meteorológicas);

• ICC (Corrente de Curto-Circuito): é, aproximadamente, entre 5% a 15% maior do que a


corrente MPP;
5.1 Caracterização dos Sistemas Fotovoltaicos 39

• VOC (Tensão de Circuito Aberto): para células cristalinas, representa aproximadamente 0,5
a 0,6 V e, para células amorfas, aproximadamente 0,6 a 0,9 V.

Figura 5.2: String de Painéis Fotovoltaicos

Os módulos fotovoltaicos (agrupamento de células) são combinados entre si, em séries e pa-
ralelos. Os módulos ligados em séries constituem as strings, também chamadas de fileiras. Neste
tipo de ligação há um aumento da tensão de saída do painel, mantendo-se constante a corrente elé-
trica. Por outro lado, a ligação em paralelo permite manter o nível de tensão e aumentar a corrente
elétrica. Ao conjunto total de módulos fotovoltaicos dá-se a designação de gerador fotovoltaico.
Para minimizar as perdas de potência no sistema, apenas se devem usar módulos do mesmo
tipo.
Em termos de manutenção e conservação, estes devem ser controlados anualmente verificando-
se a segurança das conexões elétricas, se as ligações mecânicas estão intactas, a fixação dos painéis
e a existência de corrosão. A chuva é normalmente suficiente para manter limpa a superfície dos
módulos.

5.1.1.1 Sombreamento dos Módulos Fotovoltaicos

Em muitos sistemas ligados à rede, existem certos períodos de sombreamento difíceis de evi-
tar. Estes devem ser tidos em conta quando se dimensiona a instalação de modo a determinar as
possíveis perdas pela exposição à sombra.
As sombras projetadas sobre os painéis podem classificar-se em sombras temporárias, sombras
causadas pela localização da instalação e sombras causadas pelo edifício.
A curva característica do painel é modificada em função do sombreamento a que está sujeito.
Desta forma, o MPP irá ser desviado, surgindo uma redução de potência. Este sombreamento pode
originar graves danos, tanto na eficiência como na segurança do módulo FV. Se uma célula ficar
totalmente obscurecida, passará a estar inversamente polarizada, atuando como uma carga elétrica
e convertendo a energia em calor. Ao maior valor de intensidade e corrente que pode fluir através
dela, chama-se corrente de curto-circuito. Se a corrente se desviar da célula solar, através de uma
derivação de corrente por meio de um díodo by-pass, o aparecimento das tensões inversas elevadas
indesejadas, é impedido [38].
40 Sistemas Fotovoltaicos

5.1.2 Bateria

A produção de energia e o seu consumo, na sua maioria, não coincidem, pelo que o armaze-
namento de energia, através de baterias, é um componente importante de um sistema autónomo.
Este equipamento, permite que se utilize energia, por ele armazenada, à noite.

5.1.3 Regulador de Carga

Nas instalações fotovoltaicas, o regulador de carga tem a função de proteger as baterias contra
as sobrecargas e impede que estas continuem a receber carga do painel uma vez atingida a sua
carga máxima, prevenindo a deteriozação das mesmas. Além destas funções, alguns reguladores
de carga dispõe de funções adicionais como alarmes e monitorização.

5.1.4 Controlador de Carga

Um controlador de carga pode ter funções como:

• Otimizar a carga da bateria;

• Fornecer informação do estado da carga;

• Proteger contra sobrecargas. Para tal, o controlador pode [40]:

1. desligar o gerador fotovoltaico quando é ultrapassada a tensão máxima de carga;

2. estabelecer um curto-circuito no gerador fotovoltaico (controlador "Shunt");

3. ajustar a tensão (controlador de carga MPP);

5.1.5 Inversor

O inversor solar, que estabelece a ligação entre o gerador fotovoltaico e a rede AC, converte
o sinal elétrico DC do gerador num sinal elétrico AC, ajustando-o para a frequência e nível de
tensão da rede.
Para fornecer a maior potência possível, o inversor deve funcionar no ponto MPP do gerador
fotovoltaico.
Alguns inversores também têm função de regulador de carga das baterias, dispensando o uso
de regulador na instalação.

5.1.6 Condutores e Cabos Elétricos

Para o correto dimensionamento de um sistema fotovoltaico é necessário ter em conta o di-


mensionamento da cablagem que este exige. A sua escolha deve ser feita de forma a conferir ao
cabo as características e qualidades desejadas, técnica e economicamente.
5.1 Caracterização dos Sistemas Fotovoltaicos 41

Um condutor é formado pela alma condutora e pela camada isolante. A alma condutora pode
ter diferentes tipos de metais condutores, secções nominais e composições, que condicionam a
flexibilidade e a resistência do condutor.
Se o condutor possui revestimento exterior, o qual assegura a proteção química e mecânica
do cabo, é chamado de cabo monopolar. Um cabo multipolar é formado por vários condutores,
os quais são eletricamente distintos. Esse revestimento pode ser feito através de vários materiais
isolantes como o PVC, PE e PEX.
O Polietileno Reticulado (PEX) oferece melhor estabilidade térmica e melhores características
mecânicas, permitindo admitir para este material temperaturas máximas da alma de 90o C em
regime permanente.
O Policloreto de Vinilo (PVC), apresenta boas características elétricas (rigidez e resistência de
isolamento) e mecânicas (resistência à corrosão, envelhecimento, etc.), mas também gera perdas
dielétricas. Admite uma temperatura máxima em regime permanente de 70o C.
As misturas à base de PVC são muito utilizadas em baixa tensão, havendo a possibilidade do
seu emprego em média tensão, em tensões de serviço até 10kV.

5.1.7 Quadros Elétricos


A um conjunto de equipamentos convenientemente agrupados, destinados a proteger, coman-
dar ou controlar instalações elétricas, dá-se o nome de quadro elétrico.
É nestes quadros que se encontram os dispositivos para proteção dos circuitos elétricos contra
sobreintensidades e para proteção das pessoas contra contactos diretos ou indiretos [38].

5.1.8 Dispositivos de Proteção


Os dispositivos de proteção têm a função de proteger os elementos que constituem a instalação
elétrica contra diferentes tipos de defeitos que possa ocorrer, sendo que os principais tipos de
defeitos que podem ocorrer num circuito são: sobreintensidades, sobretensões e subtensões.
Para proteger os circuitos contra sobreintensidades são usados disjuntores de baixa tensão ou
corta-circuitos fusíveis, que interrompem, automaticamente, a passagem da corrente no circuito.
Esta proteção evita que haja um sobreaquecimento dos condutores, o que poderia originar um
incêndio.
42 Sistemas Fotovoltaicos
Capítulo 6

Plano de Promoção da Eficiência no


Consumo de Energia Elétrica

Na área da iluminação, nas edições do Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de


Energia Elétrica de 2007 a 2012, foi promovida a utilização de lâmpadas fluorescentes compactas
(LFC) em residências, enquanto que no PPEC 2013-2014 foi promovida a lâmpada incandescente
melhorada de classe “C” ao invés da primeira. Tendo em conta os critérios de valorização no PPEC
2017-2018, a iluminação dicroica de halogénio standard deverá ser substituída pela iluminação
LED. [41]
Uma forma de poder comparar lâmpadas e luminárias é através do Índice de Eficiência Energé-
tica (IEE), que compara quantos luméns são gerados por watt absorvido. Essa informação é dada
através das suas etiquetas energéticas, ilustradas na figura, onde A++ representa uma lâmpada
mais eficiente que uma de classe E. [8].

Figura 6.1: Modelo de etiqueta energética de uma lâmpada (à esquerda) e de uma luminária (à
direita) [ [8]

O cálculo para a classificação energética, é feito segundo o procedimento especificado na


norma UNE 50285:1999, em função da potência e do fluxo luminoso da lâmpada. [28]

43
44 Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de Energia Elétrica

Quanto aos sistemas de aquecimento e arrefecimento, valoriza-se o uso de sistemas eficientes,


designadamente a aplicação de bombas de calor em alternativa aos meios tradicionais.
Incentiva-se medidas inovadoras de gestão de procura como controlo dos consumos de stand-
by, controlo de potência, controlo de variáveis ambientais (temperatura ambiente), utilização de
equipamentos de contagem com informação sobre o consumo, preço e emissões de CO2.
A promoção de medidas de eficiência energética, à semelhança das acima referidas, no setor
do Estado (como a Escola Secundária Filipa de Vilhena), também será valorizada, dadas as metas
de eficiência energética traçadas para este setor a quem também pertencem as maiores falhas de
mercado. As medidas a valorizar no setor do Estado são [41]:

• Instalação de painéis solares, visando uma redução no consumo elétrico, em aplicações de


aquecimento de água e climatização de espaços;

• A instalação de sistemas de gestão de iluminação pública;

• A substituição de balastros eletromagnéticos, de luminárias ineficientes e a instalação de


semáforos de LED.

O comportamento dos consumidores deve ser tido em conta, devendo continuar a ser promo-
vidas medidas para mudança do comportamento, no que diz respeito à consciencialização ener-
gética nas escolas, em casa e no trabalho. Esta consciencialização contribui para o decréscimo
do desconhecimento das tecnologias mais eficientes e dos seus potenciais benefícios. É usual a
população evitar introduzir novas tecnologias por não as conhecer ou por serem, na sua maioria,
dispendiosas. É importante que se relacione esse investimento inicial com a redução dos custos de
funcionamento.
Outra dificuldade do uso destas tecnologias, prende-se no facto de serem escassos os incentivos
envolvidos na seleção de equipamentos e gestão de energia das instalações.
A utilização racional de energia, visa oferecer o mesmo nível de produção de bens, serviços
e conforto, recorrendo a tecnologias que geram consumos menores de energia diminuindo, assim,
as emissões poluentes, incluindo os gases de efeito de estufa. Além destas vantagens, é criada uma
maior competitividade entre as empresas, reduzidas a fatura e dependência energéticas do país e a
intensidade energética da economia.
Capítulo 7

Qualidade da Energia

Relativamente ao fornecimento de energia, idealmente, obter-se-ia uma onda de tensão de


qualidade, ou seja, com uma tensão sinusoidal, com frequência de 50Hz, equilibrada e com valor
eficaz dentro dos limites contratuais. No entanto, na prática, não é possível assegurar que assim
seja.
Entre os problemas de qualidade de energia, a interrupção do fornecimento constitui o de maior
gravidade, uma vez que afeta todos os equipamentos ligados à rede elétrica, exceto se alimentados
por UPSs (Sistemas de Alimentação Ininterrupta) ou geradores de emergência.
Contudo, existem outros problemas que afetam a operação de alguns equipamentos. Para
regulamentar este tipo de perturbações nas redes/instalações, foi criada a EN 50160 onde se defi-
nem/descrevem quais os parâmetros essenciais a controlar para as situações seguintes:

• Desequilíbrio de tensão (i);

• Cavas de Tensão (ii);

• Variações rápidas e cíclicas de tensão (efeito “flicker”) (iii);

• Oscilações e variações de frequência (iv);

• Sobretensões (v);

• Distorção de onda de tensão decorrente da presença de harmónicos (vi).

7.1 Desequilíbrio de tensão

O desequilíbrio de tensão acontece quando os valores eficazes das tensões ou os ângulos de


desfasamento entre fases consecutivas não são todos iguais, o que poderá ter origem em diversas
situações como:

• Uma distribuição não equitativa das cargas monofásicas;

45
46 Qualidade da Energia

• Possibilidade de existência de enrolamentos dos transformadores com impedâncias assimé-


tricas;

• Existência de sobrecargas ou desequilíbrios em diversos equipamentos;

• Existência de curto-circuitos entre fase e neutro que não tenham sido detetados.

Os desequilíbrios de tensão nas instalações cujos equipamentos são monofásicos, são bastante
comuns, podendo provocar os seguintes problemas:

• Sobrecargas nos condutores;

• Sobreaquecimento nas máquinas rotativas;

• Diminuição na capacidade de transporte das canalizações elétricas;

• Mau funcionamento de sistemas eletrónicos.

7.2 Cavas (ocos) de tensão


Segundo a norma EN 50160, uma cava de tensão consiste numa redução temporária de tensão,
para um valor situado entre 90 % e 1% do seu valor eficaz, durante um período entre 10ms e 1
min. Este período é o tempo que decorre desde o instante em que a tensão eficaz, decresce abaixo
do valor de tensão de arranque, até ao instante em que atinge o limite final.
Não está estabelecido um número típico de cavas numa instalação, mas, admite-se esperar um
valor entre as dezenas e um milhar por ano. [9].

Figura 7.1: Exemplo de uma Cava de Tensão [9]

A ocorrência de cavas pode ser devida à ocorrência de um arranque de uma carga de grande
dimensão como de um motor de potência muito elevada ou devida a problemas nas redes de
transporte e distribuição provocados, por exemplo, pela ocorrência de descargas atmosféricas.
Destas perturbações podem surgir problemas como:

• Perturbações nos contatores;

• Reset de variadores de velocidade;


7.3 Variações rápidas e cíclicas de tensão (efeito “flicker”) 47

• Reset de redes de comunicações;

• Reset de autómatos e sistemas de supervisão.

7.3 Variações rápidas e cíclicas de tensão (efeito “flicker”)


Segundo a norma EN 50160, uma flutuação de tensão é uma série de alterações da tensão,
as quais estão, normalmente, associadas ao efeito de “flicker” (perceção visual da ocorrência de
variações de luminosidade).
O efeito de “flicker” é normalmente devido a flutuações de tensão resultantes de quedas de
tensão rápidas (em aparelhos como geradores eólicos, ventiladores de grande potência, etc.), que
provocam flutuações visíveis na iluminação.
O principal problema gerado pelas flutuações de tensão, dá-se quando se atingem variações
de luminância elevadas o que, além de desagradável, pode provocar ou agravar problemas de
saúde. [12]

7.4 Oscilações e variações de frequência


As oscilações de frequência, relacionadas com a tipologia das cargas e da capacidade dos
dispositivos de comando e controlo em se adaptarem às necessidades, não são muito comuns.
Estas variações podem ser provocadas devido à falta de estabilidade entre a capacidade produ-
tiva e as necessidades de absorção de energia, à ocorrência de avarias numa central de produção
de energia, à colocação de uma linha de transporte fora de serviço ou à diminuição brusca de
consumo.
Os principais problemas que advém destas perturbações são [12]:

• Alteração do funcionamento dos equipamentos que dependem da frequência como referen-


cial temporal;

• Sobreaquecimento de fontes de alimentação;

• Variação da potência debitada pelos motores AC.

7.5 Sobretensões
Uma sobretensão é o aparecimento importuno de uma variação no valor instantâneo da ampli-
tude de tensão e podem ser classificadas como sendo de baixa ou alta frequência. As sobretensões
de baixa frequência são as que ocorrem com frequência igual à da rede, as sobretensões de alta
frequência são as que ocorrem com frequência superior.
Os sistemas elétricos de energia podem ser alvo de uma sobretensão devido a, por exemplo,
descargas atmosféricas.
Em consequência, podem surgir problemas como:
48 Qualidade da Energia

• Danos no isolamento elétrico em equipamentos como cabos;

• Avarias e anomalias no funcionamento de dispositivos elétricos;

• Problemas de memória nos sistemas digitais;

• Atuação indesejável de centrais de alarme.

7.6 Distorção da onda de tensão pela presença de Harmónicos


A presença de harmónicos, é detetada através da deformação da onda de tensão ou da onda
de corrente e é responsável por aumentos dos custos de energia, envelhecimento dos materiais e
perdas de produtividade.
As correntes harmónicas são geradas pelas cargas não-lineares, que por sua vez, pela sua
circulação geram tensões harmónicas e uma deformação na tensão de alimentação.
As cargas lineares são as cargas em que a forma de onda de tensão e corrente se mantêm
sinusoidais. Geralmente, este tipo de cargas são constituídas por resistências, indutâncias e capa-
citâncias.
As cargas não-lineares, correspondem às cargas que absorvem corrente com forma de onda
distinta da forma de onda da tensão que as alimenta (sinusoidal). Este tipo de cargas são essenci-
almente constituídas por eletrónica de potência (diodos, transistores e tiristores) que está presente
em equipamentos industriais como máquinas de solda, computadores, ou iluminação.
Perturbações como o aquecimento dos condutores elétricos, sobreaquecimento dos condutores
de neutro, devido à soma dos harmónicos de 3a ordem, tensão elevada entre o neutro e terra e
disparos de dispositivos de proteção, podem ser causadas pela presença de harmónicos.
O impacto económico resultante desta presença é refletido, por exemplo, no aumento dos
custos energéticos (a existência de harmónicos leva a que seja necessário um nível de potência su-
perior a contratar); à diminuição do tempo de vida útil dos equipamentos/materiais ou à ocorrência
de disparos intempestivos, levando à paragem de instalações. [12]
Capítulo 8

Caso de Estudo

É objeto de estudo desta dissertação a Escola Secundária Filipa de Vilhena, no Porto.

A escola requalificada passa, em 2009, a ter capacidade para 42 turmas, contando para isso
com 43 salas de aula, 5 laboratórios, ginásio requalificado, campo de jogos coberto, auditório,
biblioteca, espaço polivalente, refeitório, bar, campo de jogos coberto, entre outros. [42]

A sua estrutura é dividida em três blocos, os quais chamados de ”Corpo A”, ”Corpo B” e
”Corpo C”. Recorrendo ao software AutoCAD e às plantas do edifício, é possível analisar melhor
cada um destes espaços.

O corpo A, é o bloco de maior dimensão, constituído por quatro pisos cujos espaços e respeti-
vas áreas podem ser observados nas tabelas abaixo apresentadas.

No Piso -1 deste bloco, é possível encontrar o polivalente, a sala de música, a sala de ginástica
e vários espaços destinados a arrumar material.

49
50 Caso de Estudo

Tabela 8.1: Corpo A, Piso -1

CÓDIGO DESIGNAÇÃO DIMENSÃO[m2]


a-100 Aprendizagem Informal 26.78
a-101 Circulação 66.09
a-102 Circulação 57.14
a-103 Circulação 189.22
a-104 Circulação 3.55
a-105 Sala Aula 51.84
a-106 Sala Aula 52.33
a-107 Sala Aula 52.33
a-107 Sala de Música 69.87
a-110 Sala Ginástica/Exp. 105.30
a-111 Auditório/Polivalente 105.12
a-113 Sala Pessoal 28.30
a-114 Vest. Pessoal Fem. 10.18
a-115 Vest. Pessoal Masc. 10.76
a-116 Arr. Mat. Ext. 8.73
a-117 Arrecadação 4.63
a-118 Arrecadação 10.59
a-119 Arrumos 24.59
a-120 Arrecadação 4.97
a-121 Arrecadação 2.62
a-122 Área Técnica 6.24
Caso de Estudo 51

Tabela 8.2: Corpo A, Piso 0

CÓDIGO DESIGNAÇÃO DIMENSÃO[m2]


a002 Circulação 45.88
a003 Circulação 171.16
a004 Circulação 6.20
a006 Circulação 13.08
a008 Circulação 29.56
a009 Secr. Dir. 11.14
A10 Secretaria 59.59
a011 Gab. Admin. 11.42
a011 Circulação 70.6
a012 SASE 13.13
a013 Área administrativa 37.58
A013 Gab. Cont. 12.88
A014 Arquivo 12.88
A015 Conselho Geral 26.77
a016 Gab. Dir. 27.35
a017 Sala Direção 52.80
a018 Gab. Atend. 9.27
a019 Gab. Atend. 11.64
a020 Gab. Atend. 11.87
a021 Gab. Dir. Turma 35.84
a022 Gab. Psic. 26.63
A023 Ass. Pais 26.13
a024 Sala Reuniões 34.65
a025 Sala Trab.Prof.1 35.15
a026 Sala Trab.Prof.2 34.82
a027 Sala Trab.Prof.3 35.15
a028 Sala Reuniões 34.82
a029 Sala Reuniões 29.70
a30 Sala Prof. 86.41
a031 i.s. Prof. Fem. 12.47
a032 i.s. Prof. Masc. 12.86
A033 I.S 3.85
a034 Servidor 13.67
A035 Arrumos 2.29
a036 Espaço Técn. 4.77

No Piso 0 do Corpo A, é possível encontrar os espaços destinados ao trabalho dos docentes,


tal como salas de professores, gabinetes de atendimento, salas de reunião e salas destinadas à
administração.
52 Caso de Estudo

Tabela 8.3: Corpo A, Piso 1

CÓDIGO DESIGNAÇÃO DIMENSÃO[m2]


a101 Circulação 69.34
a103 Circulação 199.41
a103b Circulação 4.94
a104+a102 Aprend. Informal+Circ. 30.83+44.27
a105 Sala Aula 57.67
a106 Sala Aula 50.41
a107 Sala Aula 52.7
a108 Sala Aula 50.41
a109 Sala Aula 52.80
a110 Sala Aula 49.93
a111 Sala Aula 52.80
a112 Sala Aula 60.06
a113 Sala Aula 52.80
a114 Sala Aula 50.74
a115 Sala Aula 50.14
a116 Sala Aula 53.46
a117 Sala Aula 50.43
a118 Sala Trab. Prof.5 35.17
a119 I.S.Fem. 26.94
a120 I.S.Masc. 26.24
a121 Arr. 4.97
a122 Área Técnica 8.83
8.1 Análise do Tarifário 53

Tabela 8.4: Corpo A, Piso 2

CÓDIGO DESIGNAÇÃO DIMENSÃO[m2]


a202 Circulação 44.27
a203a Circulação 4.94
a203 Circulação 199.81
a204 Acesso Cobertura 29.95
a205 Sala Aula 57.67
a206 Sala Aula 49.93
a207 Sala Aula 52.80
a208 Sala Aula 49.93
a209 Sala Aula 52.80
a210 Sala Aula 49.93
a211 Sala Aula 52.80
a212 Sala Aula 60.06
a213 Sala Aula 52.80
a214 Sala Aula 50.74
a215 Sala Aula 50.41
a216 Sala Aula 52.80
a217 Sala Aula 50.41
a218 Sala trab. Prof.6 34.65
a219 I.S. Fem. 26.94
a220 I.S.Masc. 26.23
a221 Arr. 4.94
a222 Aprend. Informal 26.92

Nos pisos 1 e 2 do Corpo A, encontram-se a maioria das salas de aula da escola.


A cantina, a cafetaria e respetivos espaços de confeção e preparação, localizam-se no Piso
-1 do Bloco B. É também neste espaço que estão a reprografia e o PT. No Piso 0 encontram-se
a biblioteca e vários laboratórios. No piso 1 é possível ter acesso às salas de TIC, à oficina de
informática, aos estúdios de multimédia e às salas de desenho técnico.
No Piso 0 do Corpo C está localizado, entre outros, o ginásio da escola destinado às aulas de
educação física e atividades noturnas. No piso -1 encontram-se os balneários.
A constituição dos Corpos B e C pode ser consultada com mais pormenor nos anexos.

8.1 Análise do Tarifário

Atualmente, devido à liberalização do mercado de energia, é possível optar entre diversas


tarifas e fornecedores de modo a escolher a opção contratual tarifária mais vantajosa. Determinar
esta opção, é de extrema importância, pois pode ser possível diminuir o valor da fatura energética,
sem que para isso seja necessário qualquer tipo de investimento.
O edifício em estudo, tem potência requisitada de 292,95 kVA e potência instalada de 630,00
kVA. A potência contratada sofreu alteração em Dezembro de 2015, passando de 292,95 kW para
130,34 kW. O ciclo horário mantém-se: ciclo Semanal com feriados.
54 Caso de Estudo

Foram estudadas faturas da escola do ano de 2016. Apenas foram tidas em conta faturas dos
últimos meses devido a mudança contratual efetuada pela Escola.

Figura 8.1: Energia Ativa Consumida pela Escola

Verifica-se que a maioria destes consumos são feitos nos períodos de Cheia e Ponta ( 8.1),
períodos esses que coincidem com o período de funcionamento da escola. Nos períodos em que o
edifício não está em funcionamento, existe na mesma energia consumida devido a equipamentos
que nunca são utilizados.
Inicialmente, comparou-se o presente tarifário com outros da mesma entidade, neste caso, a
E.D.P., chegando à conclusão que não existe uma melhor solução do que a que já vigora atual-
mente. Uma mudança para um destes tarifários, poderia trazer o aumento indesejável desde 14%
até 29%, aproximadamente ( 8.5).
De seguida, foram estudados tarifários de média tensão de outras empresas, concluindo-se
que é possível reduzir alguns euros na fatura. O tarifário estudado da Endesa, oferece o valor de
poupança mais alto, quase 8% ( 8.5).

Tabela 8.5: Comparação Tarifários Eletricidade

EDP EDP EDP


Atual
Universal Universal Universal
EDP Endesa Iberdrola Fenosa
Longas Médias Curtas
Comercial
Util. Util. Util.
Total a
Pagar 10500.3 9728.02 10228.8 9803.9 12322.0 12520.1 14654.7
(Eur.)
Atual 10500.5 10500.5 10500.5 10500.5 10500.5 10500.5 10500.5
Desvio
-0.1 -772.4 -271.7 -696.8 1821.6 2019.6 4154.3
(Euros)
Diferença
0.0 -7.94 -2.7 -7.11 14.78 16.13 28.4
(%)

Em média, a escola gasta 3722 euros por mês em faturas de eletricidade. Assim, num ano,
gasta um valor próximo a 44665 euros. Com o tarifário proposto, esse valor passaria a ser de
41119 euros, ou seja, seria possível poupar 3546,6 euros anualmente.
8.2 Iluminação 55

A partir da análise das faturas é ainda possível verificar que anualmente a faturação da energia
reativa não chega a 0,6% do total, valor este, no qual tem influência a bateria de condensadores
instalada.

8.2 Iluminação

Em grande parte dos edifícios, o sistema de iluminação encontra-se fora dos padrões técnicos
adequados, devido a iluminação em excesso, falta de aproveitamento da iluminação artificial, uso
de equipamentos com baixa eficiência luminosa, falta de interruptores, ausência de manutenção
e/ou hábitos de uso inadequados. [33]

A Iluminação dos estabelecimentos escolares constitui uma parcela importante do consumo


de energia, tendo um impacto elevado no consumo total da instalação.

Uma das medidas mais genéricas para a redução de consumos, é a consciencialização dos uti-
lizadores para a correta utilização das luzes, desligando-as quando não forem necessárias. Como
tal, é sugerido que se façam campanhas informativas e se disponibilize informação pertinente, em
locais estratégicos.

Outras formas de reduzir no setor em questão são: aproveitar o máximo de luz natural, dimi-
nuindo a utilização de iluminação artificial; pintar os interiores dos espaços com cores claras para
favorecer a reflexão da luz; escolher luminárias com superfícies refletoras de alto desempenho;
fazer uma limpeza adequada às entradas de luz natural, lâmpadas e luminárias; utilizar sensores
de presença em espaços que assim justifiquem; usar equipamentos que permitam regular o fluxo
luminoso, principalmente em casos com predominância de iluminação natural; usar balastros ele-
trónicos nas lâmpadas de fluorescentes tubulares; utilizar lâmpadas de descarga do tipo de vapor
de sódio de alta pressão em locais com tetos altos; verificar os níveis de iluminação; posicionar os
locais de trabalho de forma estratégica; instalar dispositivos de controlo (interruptores temporiza-
dos; controlo automático, programado mediante hora; fotocélula) caso o seu uso seja justificado;
substituição eficiente de lâmpadas.

Iluminação no Edifício

A partir da análise das plantas do edifício (com data de 2010), em que se recorreu ao Auto-
CAD, foi possível determinar, segundo o projeto, a dimensão dos diferentes espaços, o número de
luminárias neles existentes e o seu tipo. Apresentam-se, de seguida , os dados atuais recolhidos,
relativos ao piso 1 do Corpo B (os restantes dados estão disponíveis para consulta em anexo).
56 Caso de Estudo

Tabela 8.6: Iluminação: Corpo B, Piso -1

Código Designação Dimensão Luminária Quantidade


b101 Circulação 26.71 A2.1 2
b102 Circulação 168.13 a2.1+a2.2 14+8
b103 Circulação 57.70 a2.2 9
b105 Desenho Técnico/Geom. 80.79 A1.2 12
b105 Desenho Técnico/Geom. 100.27 a1.2 15
b105 Desenho Técnico/Geom. 100.02 a1.2 15
b105 Desenho Técnico/Geom. 81.34 a1.2 12
b109 Estúdio Multimédia 80.61 a1.2 12
b109 Estúdio Multimédia 33.96 a1.2 6
b110 Oficina Informática 62.81 a1.1 12
b111 Salas TIC 53.68 a1.1 9
b112 Salas TIC 55.17 a1.1 9
b113 Salas TIC 53.54 a1.2 9
b114 Arr. Eq.Inf. 9.49 a5 1
b115 Arr. Eq. Áudio 7.54 a5 1
b116 Anexos/Arquivos 34.09 a5 3
b117 Anexos/Arquivos 5.61 a5 1
b118 Anexos/Arquivos 13.12 A5 2
b119 Arr. 2.0 a12 1
b120 Circ. 3.08 a4 1
b121 Acesso Cobertura 11.18 a5 1
b122 Área Técnica 7.23 a5 1

Deste modo, foi possível verificar que a escola tem 1204 luminárias, das quais 624 estão no
Corpo A, 476 no Corpo B e 104 no Corpo C. Há predominância de luminárias do tipo A1.2 e A2.1.
O equipamento A1.2 corresponde a um aparelho de iluminação para instalação saliente com
uma lâmpada fluorescente do tipo T5 de 49W, da cor 840 da Trilux e o tipo A1.1 a uma similar de
potência 35W.
O equipamento A2.1, corresponde a uma luminária com 50 mm, para montagem em caixa
de gesso cartonado no teto falso e uma lâmpada fluorescente do tipo T5 de 35W, da cor 840, da
Tupoli. O tipo A2.2 corresponde a uma luminária idêntica, mas com uma lâmpada de 49W.
O aparelho de iluminação A4 serve para instalação encastrada em tetos, tem IP54 (Fornecem
um grau de proteção contra a poeira e salpicos de água) e é equipado com balastro eletrónico e
uma lâmpada fluorescente compacta com 14W, de cor 840.
O equipamento do tipo A5, destinado a montagem saliente no teto, tem IP 65 (Proteção à
prova de poeira e contra jatos de água), sendo equipado com balastro eletrónico e uma lâmpada
fluorescente T5 de 49 W da cor 840.

8.2.1 Qualidade da Iluminação Atual e Possível Redução de Potência

Para avaliar a qualidade da Iluminação Atual, recorreu-se ao DIALux e a medições presenciais,


com auxílio de um luxímetro (Modelo: DL-201 da Tenmars).
8.2 Iluminação 57

O DIALux é um software disponível gratuitamente, que visa auxiliar em projetos de ilumina-


ção, transversal às marcas dos fabricantes, permitindo calcular os níveis de iluminância máxima e
mínima, a uniformidade da iluminação e a quantidade de luminárias necessárias para respeitar a
iluminância média requerida no Manual da Parque Escolar.
O luxímetro é um aparelho de medição que consegue medir a iluminância de determinado lo-
cal, através da medição da intensidade de luz que chega ao seu sensor. (O certificado de calibração
do equipamento utilizado encontra-se em anexo).
Quando se verificou que os valores de iluminância média se encontravam elevados comparati-
vamente aos valores de referência, estudou-se a hipótese de reduzir a potência instalada no espaço.
Nos casos em que assim foi possível, foi feito o estudo económico de modo a verificar se a solução
proposta seria ou não viável.
No DIALux, foi preciso ter em conta a geometria do espaço, a distribuição fotométrica das
luminárias, a altura do plano de trabalho, o coeficiente de reflexão das superfícies e a altura a que
se encontra a luminária e o seu tipo. Como tal, não existiu necessidade de proceder ao desenho e
cálculo de todos os espaços da escola, visto que muitos deles (como as salas de aulas, por exemplo)
são semelhantes. De seguida, é possível perceber o tipo de metodologia usada para alguns dos 93
espaços-tipo analisados.

Figura 8.2: Sala de Aula desenhada no DIALux (à esquerda) vs. Sala de Aula Real (à direita)

De acordo com o Manual da Parque Escolar, definiu-se o grau de reflexão do teto, paredes
e pavimento como sendo 70%, 50% e 20%, respetivamente, e o Plano de Uso/trabalho (Height)
e a Zona Marginal (Wall Zone) como 0,8 e 0,4 metros, respetivamente. A uniformidade (valor
mínimo/valor máximo) deve ser de 0,5, excluindo uma moldura de 40 cm em torno de todo o
local. A zona de cálculo para efeitos de uniformidade exclui, como recomendado, uma moldura
de 40cm em torno de toda a sala. Ainda neste manual, é sugerido que a redução/aumento do nível
de iluminação nos espaços de ensino seja feito por substituição de lâmpadas. No entanto, serão
analisadas outras soluções, no caso de somente a substituição não ser possível ou não resolver o
problema.
De acordo com a norma EN 60081, consideram-se os valores de fluxo luminoso nominal das
lâmpadas para a temperatura standard, 25o C.
58 Caso de Estudo

A análise à iluminação depende, entre outros fatores, do horário e do local em estudo. O seu
controlo é feito com auxílio da GTC (Gestão Técnica Centralizada), que controla os vários tipos
de circuitos de iluminação: permanente, por intervalo, dependente de sensor, noturna e manual.

Figura 8.3: Controlo da Iluminação no Bloco/Corpo B, piso -1

Após análise, concluiu-se que a iluminação permanente está em uso durante 17 horas por dia.
Este tipo de iluminação (que pode ser encontrado em corredores e na cantina), caracteriza-se por
estar sempre ligado, usando apenas uma percentagem das lâmpadas existentes no espaço.

Figura 8.4: Controlo da Iluminação no Bloco/Corpo C, piso 1

A iluminação de intervalos liga todas as lâmpadas existentes e funciona, como o nome indica,
por intervalos, ao longo do dia. Estes intervalos variam entre 10 e 30 minutos e ao fim de um dia
somam 180 minutos, ou seja, 3 horas. Pode ser encontrada nos corredores, local onde há maior
movimento durante esses períodos de funcionamento.
Além destes dois tipos, podemos encontrar também a iluminação crepuscular que recorre, tal
como o nome indica, a um sensor que ativa o circuito, consoante a luminosidade natural no espaço.
Pode ser encontrada no ginásio e cantina, por exemplo.
8.2 Iluminação 59

Existe ainda a iluminação noturna, em funcionamento no ginásio e nos acessos a este, que se
caracteriza por estar ligada à noite.
Noutros tipos de espaços, como salas de aulas, em que cada uma contém um quadro elétrico,
o controlo da iluminação é feito pelos usuários (professores). Considerar-se-á que o seu funciona-
mento ocorre durante 8 horas diárias, visto que este período é variável ao longo do ano.
A escala de cores usada ao longo deste sub-capítulo, para interpretação dos níveis de ilumi-
nância determinados pelo DIALux, pode ser vista na figura 8.11.

Figura 8.5: Escala de cores usada nas figuras deste sub-capítulo, via DIALux

Restaurante/Cafetaria (Polivalente)

Mais conhecido por cantina, este espaço tem 307, 03m2 e está equipado com 47 lâmpadas
fluorescentes do tipo T5, na sua maioria de 49W, da cor 840. Inicialmente, todas as lâmpadas
eram de 35W, mas, devido a avaria, foram sendo trocadas por lâmpadas de potência superior.
Para este local o valor de referência é de 200 lux.
Durante as horas com menor incidência de luz natural (Caso B), ambos os circuitos estão
ligados. Porém, nos períodos com maior incidência, apenas um circuito está em funcionamento
(Caso A). Este controlo é feito, como referido anteriormente, pelo software GTC, com auxílio de
um sensor crepuscular.
Para o Caso A (funcionamento durante o dia, na presença de luz natural), no DIALux, obtém-
se uma iluminância média de 873 lux, a qual é muito superior ao valor de referência (200 lux),
e uniformidade (0,18), sendo este bastante inferior ao valor mínimo. Na figura 8.6 é possível
visualizar a distribuição destes valores.

Figura 8.6: Distribuição dos Valores de Iluminância na Cantina para o caso A Atual

Para o caso B (período com pouca luz natural), no DIALux, obtém-se uma iluminância média
de 378 lux (também acima do valor mínimo) e uniformidade 0,35.
Com auxílio do luxímetro, foi possível também medir o valor da iluminância para este lo-
cal (durante um período com pouca incidência de luz natural, com apenas um circuito ligado).
Determina-se que a iluminância média, para o mesmo, é de 270 lux.
60 Caso de Estudo

Usando uma lâmpada com 35W de potência, é possível obter uma iluminância média de 197
lux e uniformidade de 0,32, para o pior caso (sem iluminação natural), não necessitando de usar o
outro circuito.
Assim, à poupança gerada pela redução de potência de algumas lâmpadas de 49W para 35W,
soma-se a poupança gerada pela retirada do circuito de iluminação crepuscular ( do qual fazem
parte 16 lâmpadas).

Figura 8.7: Distribuição dos Valores de Iluminância na Cantina para o caso B Atual - Legenda
8.11

Figura 8.8: Escala de cores, via DIALux

Quanto ao valor da uniformidade, é possível melhorá-lo, se se alterar a programação do GTC,


ligando permanentemente as lâmpadas da terceira fila (as lâmpadas mais afastadas das janelas),
em vez de estarem intercaladas, intercalar as da segunda fila em vez de estarem todas acesas e
desligar as da fila mais próxima da janela.

Sala de Alunos (Polivalente)

O polivalente tem 223, 63m2 e está equipado com 9 lâmpadas fluorescentes T5 de 35W, da cor
840.
Para este local, o valor de referência é de 200 lux.
Para o Caso A, no DIALux, obtém-se uma iluminância média de 294 lux, apenas um pouco
superior ao valor de referência que é de 200 lux.
Na figura seguinte, é possível visualizar a distribuição destes valores.
Ainda para este caso, efetuou-se a medição com auxílio do luxímetro, obtendo-se 270 lux.
Para o caso B (que está em funcionamento quando não há luz natural, devido ao sensor cre-
puscular), o DIALux calcula uma iluminância média de 192 lux e uniformidade 0,36.
Não é possível baixar a potência das lâmpadas, uma vez que, no caso B, o valor está já ligei-
ramente abaixo do limite.
8.2 Iluminação 61

Arquivo Geral

Este espaço, de 81, 32m2 , não tem luz natural e conta com 6 luminárias do tipo MHPP 04 149
BE da EEE, com uma lâmpada fluorescente T5 de 49 W, da cor 840. O valor de referência para
este espaço é 200 lux.

Figura 8.9: Arquivo Geral desenhado em 3D no DIALux - Legenda 8.11

Após análise no DIALux conclui-se que, atualmente, o arquivo conta com uma iluminância
média de 199 lux e uniformidade de 0,25. O valor da iluminância foi confirmado, com recurso ao
luxímetro, no qual se obteve 172 lux, não sendo possível baixar a potência instalada neste local.

Arrecadação Geral

A arrecadação geral, de 81, 47m2 , que (há semelhança do espaço anterior), não tem luz natural,
conta com 8 luminárias do tipo MHPP 04 149 BE da EEE com uma lâmpada fluorescente T5 de
49 W da cor 840.
A sua iluminância média, obtida através do luxímetro é de 168 lux e no DIALux, é de 228 lux
e o uniformidade 0,36. O valor de referência para este espaço é bastante inferior: 100 lux.
Usando a mesma luminária, com uma lâmpada de menor potência (35w) é possível diminuir a
iluminância média para 134 lux.

Corredor (Circulação Piso -1 Corpo A)

Neste corredor, há iluminação do tipo permanente e por intervalo, sendo necessário analisar
os dois casos.
Durante os períodos com mais movimento, de acordo com a programação do GTC, estão
acesas 30 lâmpadas de 35w, nos quais, através do DIALux, foi possível concluir que este espaço
fica com uma iluminância média de 278 lux, sendo bastante superior ao recomendado (100 lux) e
com uniformidade de 0,30.
62 Caso de Estudo

Durante os períodos de menor circulação, dessas 30 lâmpadas apenas estão em funcionamento


15. Fazendo o cálculo da iluminância no software, obtemos o valor de 140 lux, o qual foi confir-
mado com o luxímetro, obtendo-se 165 lux.
Através desta última simulação, percebe-se que é prescindível o uso do circuito de iluminação
por intervalo que engloba 15 lâmpadas.

Circulação Piso -2 Bloco B

Esta zona de circulação, de 6, 87m2 , dá acesso às cisternas do piso -2 do Corpo B.


Após proceder à análise do espaço no DIALux, verifica-se que este espaço tem uma luminância
de 165 lux e uniformidade de 0,56. Foi referido acima que, para zonas de circulação o valor de
iluminância média recomendado no manual da parque escolar é de 100 lux. No entanto, este
espaço é dotado de escadas, pelo que a recomendação passa a ser 150 lux. Assim sendo, não é
possível reduzir a potência das lâmpadas, já que o valor real apenas se encontra aproximadamente
9% acima.

Corredor Circulação Piso 0 Bloco A

Neste espaço, temos dois circuitos: um de ligação permanente, constituído por 12 luminárias
com 35w de potência, e um de ligação por intervalo, onde, além dessas 12 luminárias, ficam ativas
11 do mesmo tipo.
No primeiro caso, analisando teoricamente no DIALux, obteve-se uma iluminância média de
134 lux e no segundo, onde os 2 circuitos estão ativos, de 255 lux. O valor da iluminância, no
primeiro caso, foi confirmado com recurso ao luxímetro onde se obteve 170 lux.
Para este espaço, aconselha-se um valor de 100 lux, não se verificando a necessidade de haver
utilização do segundo circuito. Assim, esta proposta resultará na desativação do segundo circuito,
nas respetivas três horas diárias de uso.

Laboratório de Química

O manual de projeto de instalações técnicas da Parque Escolar, recomenda que este espaço
tenha uma iluminância média de 500 lux.
No DIALux, é possível verificar, que este espaço apresenta uma iluminância média teórica de
531 lux e uniformidade de 0,49. Assim sendo, verificou-se que não é possível reduzir a potência
das lâmpadas do laboratório.
Apresenta-se (figura 8.10) a distribuição da iluminância neste local.
8.2 Iluminação 63

Figura 8.10: Distribuição da Iluminância no Laboratório de Química

Figura 8.11: Escala de cores, via DIALux

Recorrendo ao luxímetro, confirmou-se que este valor se encontra dentro dos limites recomen-
dados numa situação com alguma (pouca) luz natural, obtendo-se um valor muito próximo de 590
lux.

Salas de Aula

Verifica-se que o sistema de iluminação presente atualmente nas salas de aula, de aproximada-
mente 50 metros quadrados, é composto por 9 luminárias com 1 lâmpada T5 de 49w cada, gerando
uma iluminância de 577 lux (medido com o luxímetro, é de 518 lux) . A distribuição dos valores
de Iluminância média pode ser visualizada na figura 8.12

Figura 8.12: Distribuição da Iluminância média atual numa Sala de Aula (visualização em 3D)
64 Caso de Estudo

O valor recomendado para uma sala de aula é 300 lux, respetivamente, encontrando-se os
valores teórico e real, bastante acima. No entanto, se a sala de aula for usada por adultos ou tiver
frequência noturna, o recomendado são 500 lux. Entende-se que a sala tenha sido projetada para
este último valor. Por um lado, estes espaços podem passar a ser usados para aulas à noite e, por
outro, a partir das 17h (principalmente de Inverno) já não há luz natural.
Se se reduzir a potência dessas lâmpadas para 35w, obtêm-se 399 lux, valor este, inferior ao
desejado.

Gabinete (de psicologia)

Num gabinete, é recomendado uma iluminância média de 500 lux. No piso 0 do corpo A,
existem vários espaços desta tipologia. Um dos estudados, denominado Gabinete de Psicologia,
tem 26,63m2 , 3 janelas e 4 luminárias com uma lâmpada fluorescente cada do tipo T5 de 35W.
No DIALux, verifica-se que este espaço, tem, atualmente, uma iluminância média de 322 lux,
sendo inferior ao nível recomendado. No entanto, é necessário ter em atenção as condições em
que este valor foi determinado, antes de se decidir aumentar a potência das lâmpadas.
Ora, no DIALux, caso a iluminação não funcione por intervalos ou com recurso a sensores
(crepuscular, por exemplo), todos os cálculos são feitos para o pior caso possível, ou seja, sem
iluminação natural. Na prática, este é um dos espaços em que essa iluminação média será inferior
ao valor teórico dado pelo software, na medida em que, estamos perante uma sala dotada de 3
janelas que é usada durante o dia.
Repetindo o cálculo tendo em conta esta situação, é possível verificar que a sala tem uma
iluminância média de 477 lux, nos dias de céu encoberto e, para a luminosidade média de um dia,
tem mais de 2000 lux. Assim, conclui-se que não é necessário aumentar a potência das lâmpadas.

Salas TIC

Numa sala onde computadores são usados com frequência é sugerido que a iluminância média
seja de 300 lux para conforto e bem-estar do utilizador.
Uma das sala de TIC, situada no piso 1 do Corpo B, com 53, 68m2 , tem 9 luminárias com uma
lâmpada T5, de 35W cada.
A iluminância média obtida no DIALux é de 317, valor dentro da margem dos 20% em compa-
ração com o desejado. Tendo em conta a comparação entre este valor e o recomendado, decidiu-se
não efetuar alterações ao sistema de iluminação deste espaço.
No entanto, existe uma sala de TIC, com a mesma tipologia mas que em vez de 35W, possui
lâmpadas com 49W de potência. Para este espaço, a iluminância média obtida no DIALux é de
412 lux e, na realidade, com recurso ao luxímetro, num dia com pouca luz natural, é de 483 lux,
isto é, um pouco acima do valor desejado. Assim, é possível reduzir a potência das lâmpadas para
35W, à semelhança da sala de TIC, primeiramente estudada.
8.2 Iluminação 65

8.2.1.1 Análise Económica

A troca da luminária, exigida por exemplo na troca de uma lâmpada de 35W para uma de 28W
devido às respetivas dimensões, torna a solução inviável. O valor elevado que se obteria nesses
casos é justificado pelo preço do equipamento e da mão de obra.
O retorno em alguns espaços é zero devido à respetiva solução passar por desligar um dos
circuitos existentes ou, uma ou mais, lâmpadas.
O retorno económico da aplicação dessas propostas foi calculado, com recurso ao Microsoft
Office Excel, de acordo com os conceitos e equações que se seguem.

Potência total consumida

O cálculo da potência total consumida em dado local, no caso de apenas um tipo de sistema
de iluminação, é dado pela multiplicação entre o número de lâmpadas existentes nesse espaço e a
respetiva potência.

PotenciaTotal(W ) = N o Lampadas × Plampada(W ) (8.1)

Consumo Anual

O consumo anual desse espaço, pode ser calculado multiplicando a PotênciaTotal pelo número
de horas por ano em que essa lâmpada está acesa. Nesta estimativa, foi tido em conta o uso diário
e anual de cada espaço. Por exemplo, considerou-se que as luzes estão acesas durante 8 horas, 150
dias por ano numa sala de aula, enquanto que na cafetaria estão acesas durante 195 dias por ano.
Por sua vez, nas arrecadações com pouca utilização, apenas se considerou uma hora por dia.
Considerou-se o ano letivo de 2016/17 e respetivas interrupções.

ConsumoAnual(kW h) = PotenciaTotal × no Horas/Ano (8.2)

Custo Anual

O Custo anual é dado pela multiplicação entre o Consumo Anual e o Preço e foi calculado
tanto para a situação atual como para a solução proposta.

CustoAnual(Euros) = Preco ×ConsumoAnual (8.3)

Poupança Anual

A poupança anual, foi calculada através da diferença entre o Custo Anual Atual e o Custo
Anual da Solução.
66 Caso de Estudo

PoupancaAnual(Euros) = CustoAnualAtual −CustoAnualSolucao (8.4)

Investimento

O investimento necessário para implementar a solução, foi calculado multiplicando o número


de lâmpadas necessárias e o preço de cada uma.

De notar que, neste parâmetro, foi tido em atenção as lâmpadas que saem de serviço, ficando
disponíveis para serem colocadas noutros espaços, não sendo necessário, desta forma, comprar o
número total de lâmpadas essenciais, nos espaços que requerem redução de potência.

No mercado, a oferta de diferentes tipos de lâmpadas é grande. Decidiu-se pela marca OS-
RAM, que se concluiu, após comparação com outras, ser a que tem a melhor relação quali-
dade/preço. Todas as lâmpadas escolhidas são de classe A+.

Investimento(Euros) = (N o Lamp × PrecoLamp) + (CustoLuminaria + MaodeObra)(8.5)

Retorno

Por fim, calculou-se o período necessário para o retorno que é obtido pela razão entre o Inves-
timento e a Poupança Anual.

Retorno(Anos) = Investimento/PoupancaAnual (8.6)

Após fazer a análise económica para os possíveis espaços, concluiu-se que, devido ao retorno
ser inferior a 6 anos, apenas é viável fazer alterações na iluminação de 10 espaços, os quais se
encontram resumidos na tabela 8.7 com o respetivo retorno e poupança anual obtida pela solução
proposta.
8.2 Iluminação 67

Tabela 8.7: Poupança total obtida através de redução de potência nos espaços com retorno econó-
mico viável

Custo Anual Custo Anual Retorno Poupança


Atual Solução Económico Anual
(Eur.) (Eur.) (Anos) (Eur.)
a222 aprend.informal 26.79 16.07 0 10.72
B112 reprog 53.58 38.27 2.82 15.31
b111 loja conv 53.58 38.27 2.82 15.31
a-107 sala de musica 64.3 45.93 4.70 18.37
a30 sala prof. 43.06 34.45 0 8.61
a003 Circulação 27.36 0 0 27.36
a-103+a-102 circulação 84.58 0 0 84.58
b109 restaurante/cafetaria 156.15 79.1 0.40 77.06
b002 circulação 62.69 34.83 0 27.86

Assim, conclui-se que, através da implementação das 9 propostas, é possível poupar anual-
mente cerca de 285 euros.
Destes espaços, os correspondestes aos códigos a-107, a222, b111, b112 e b002 não estão
referidos no subcapítulo referente à Qualidade da Iluminação Atual. Todos eles foram sujeitos à
mesma avaliação. A solução para eles proposta é, sucintamente, apresentada de seguida.

• a-107: Redução da potência das 12 lâmpadas de 49W para 35W;

• a222: Desativação de 2 lâmpadas, representadas por "1"e "2"na figura 8.13;

• b111 e b112: Redução da potência das 6 lâmpadas de 49W para 35W;

• b002: Desativação do circuito correspondente à iluminação por intervalo.

Figura 8.13: Indicação Lâmpadas a Desligar - A222

8.2.2 Troca das Lâmpadas Existentes por Lâmpadas LED


Estudou-se a viabilidade da troca das lâmpadas existentes por lâmpadas LED. Analisando
vários cenários, diferentes tipos de lâmpadas LED e seus respetivos preços, conclui-se o tempo de
retorno deste investimento ronda os 12 anos. Para esta estimativa foi usada uma folha de cálculo
EXCEL, para gerar o retorno e a poupança anual.
68 Caso de Estudo

Apesar de a poupança aumentar bastante, comparativamente com a redução de potência com


outro tipo de lâmpadas, o período de retorno é muito superior pois, para efetuar esta troca, é
necessário proceder também à troca da luminária existente devido às diferentes características dos
LEDs, comparativamente às soluções atuais, por exemplo, a nível de fotometria.
Estima-se que, tendo em conta o custo das luminárias e o preço de mão de obra, esta medida
passaria a ter um período de retorno superior a 50 anos.
Apresenta-se, de seguida, uma tabela com várias simulações para o cálculo do período de
retorno e da poupança anual com implementação de LED’s, onde as colunas "No ", "CA. Atual"e
"CA.LEDs"indicam o número de lâmpadas, o consumo anual atual e o consumo anual da solução
com LEDs, respetivamente.

Tabela 8.8: Simulações de Implementação de LED’s

Caso No Hor/Ano CA.Atual CA.LEDs Investimento Poupança/Ano Retorno


A 10 2000 980 330 2933.2 59.23 49.52
B 10 1600 784 264 2933.2 47.39 61.90
C 10 1200 588 198 2933.2 35.54 82.54
D 20 1600 1568 660 5866.4 94.77 61.90
E 40 1600 3136 1056 11732.8 189.54 61.90

2000 horas por ano (Hor/Ano), significa que o espaço está a fazer uso da iluminação artificial
durante 10 horas por dia, 200 dias por ano; 1600hor/ano, representa um espaço com iluminação
usada 8 horas por dia, durante 200 dias; 1200 hor/ano, diz respeito a um local com luzes acesas
durante 8horas por dia por um período de 150 dias. As unidades dos vários parâmetros mantém-se.
De notar que, quanto maior o número de lâmpadas e o período de funcionamento do local,
maior é a poupança anual obtida pela implementação de LEDs (assim como na redução de potência
com outro tipo de lâmpadas).
Chega-se, assim, à conclusão de que a troca das lâmpadas existentes por lâmpadas LED, com
troca de luminária, não é viável. Contudo, é possível fazer esta substituição, sem necessidade de
troca do restante equipamento, em espaços, como corredores, que não exigem a mesma qualidade
de luz que, por exemplo, uma sala de aula.
Neste estudo, conclui-se que, é possível poupar anualmente 1024 euros (tabela 8.9) nas zonas
de circulação caso se substituam as lâmpadas existentes por LED’s. Esta medida tem um período
de retorno inferior a 8 anos, pelo que se considera aceitável, visto que este tipo de lâmpadas tem
um tempo de vida elevado. Este cálculo foi feito para 168 lâmpadas. Este valor corresponde ao
somatório de todas as lâmpadas pertencentes à iluminação permanente.

Tabela 8.9: Viabilidade Económica Implementação de LEDs nas zonas de circulação

Potência
Potência Custo Custo
Anual Poupança
Anual Anual Anual Investimento Retorno
Consumida Anual
Consumida Atual Solução
Solução
19992.00 9424.80 1821.77 858.83 7277.76 1024.17 7.11
8.3 Qualidade da Energia 69

8.3 Qualidade da Energia


Para analisar o comportamento da instalação em termos de qualidade energética, recorreu-se
a um analisador de rede. Este equipamento é capaz de fazer leituras e efetuar o registo, de 10 em
10 minutos, dos seguintes parâmetros:

• Tensão nas fases (i);

• Corrente nas fases e no neutro (ii);

• Potência ativa total (iii);

• Potência reativa total (iv);

• Potência aparente (v);

• Fator de potência (vi);

• Taxa de distorção harmónica (vii);

• Harmónicos de corrente e tensão (viii).

Para o esquema de ligação, representado na figura 8.14 , foi tido em consideração o manual
do equipamento utilizado para análise, o GSC 53N, o qual se manteve em funcionamento em
intervalos mínimos de 24 horas. Esta ligação, é feita tendo em conta que estamos presentes de um
sistema trifásico com neutro.
Foram recolhidos dados de três locais, os quais se consideraram ser os mais relevantes: QGBT,
Corte Geral e QBP 1.1. Onde, QGBT representa o quadro geral de baixa tensão ligado ao PT. O
corte geral está no quadro elétrico que alimenta os três blocos e sucede ao QGBT. QBP 1.1 é a
sigla que representa o quadro parcial do piso 1 do corpo B a que estão ligados, por exemplo, outros
quadros parciais e o chiller.

Figura 8.14: Conexão do Equipamento a um sistema trifásico com neutro [10]


70 Caso de Estudo

Para visualizar os dados recolhidos pelo GSC 53N, foi utilizado o software Topview. Esta
ferramenta permite fazer o download da informação e visualizá-la tanto numa tabela como num
gráfico.

8.3.1 Poluição Harmónica

8.3.1.1 Taxa de Distorção Harmónica de Tensão

Segundo a Norma NE/EN 50160, que define, no ponto de fornecimento ao consumidor, as


características principais da tensão para as redes públicas de abastecimento de energia em baixa-
tensão e média-tensão, a taxa de distorção harmónica não deve ultrapassar 8%em 95% dos perío-
dos de 10 minutos.

Figura 8.15: TDH QGBT (à esquerda), Corte Geral (ao centro) e Quadro Parcial (à direita)

É possível verificar pela figura 8.15, na imagem à esquerda, que representa a TDH medida
através da ligação do analisador ao QGBT durante 4 dias, que este limite não é ultrapassado nas 3
fases. O valor mais alto é de 4,55% e ocorre na fase 3.

Este limite também não é ultrapassado no Corte Geral do Quadro que alimenta os 3 blocos,
nem no Quadro Parcial como se pode constatar pela mesma figura. Nestes casos, a TDH não chega
a 3,55% e a 3,67%, respetivamente.

8.3.1.2 Valor máximo dos harmónicos de tensão

A norma EN50160, estabelece para cada ordem harmónica uma amplitude relativa (valor li-
mite) que pode ser consultada na tabela 8.10.
8.3 Qualidade da Energia 71

Tabela 8.10: Limite Distorção de Tensão

Valores das tensões harmónicas individuais nos pontos de entrega até


à ordem 25 expressas em percentagem da tensão fundamental U1
Harmónicas ímpares Harmónicas Pares
Ordem Amplitude Ordem Amplitude Ordem Amplitude
h Relativa Uh h Relativa Uh h Relativa Uh
5 6,0% 3 5,0% 2 2,0%
7 5,0% 9 1,5% 4 1,0%
11 3,5% 15 0,5% 6...24 0,5%
13 3,0% 21 0,5%
17 2,0%
19 1,5%
23 1,5%
25 1,5%

Após análise e tratamento dos valores obtidos com auxílio do analisador de rede, verifica-se
que os harmónicos de ordem 3, 5 e 7 se encontram dentro dos limites, como é possível verificar
pela figura 8.16, onde todos os valores se encontram abaixo de 5% (ordem 3 e 7) e 6% (ordem 5)
como desejado.

Figura 8.16: Harmónicos de Tensão de ordem 3 (à esquerda), 5 (ao centro) e 7 (à direita) - QGBT
(em cima), Corte Geral (no meio) e QBP 1.1 (em baixo) - (3 Fases)
72 Caso de Estudo

8.3.1.3 Valor máximo de distorção harmónica de corrente (THDI) e valor máximo dos har-
mónicos de corrente

Segundo o IEEE standard 519-1992, os valores máximos da taxa de distorção harmónica de


corrente e das correntes harmónicas individuais apresentam-se na tabela da figura 8.11.

Tabela 8.11: Limite Distorção de Corrente

Máxima corrente harmónica em % da corrente de carga


Harmónicos ímpares
Icc/IL 11 11n23 n23 23n25 n35 THDi (%)
Icc/IL20 4 2 1,5 0,6 0,3 5
20Icc/IL50 7 3,5 2,5 1 0,5 8
50Icc/IL100 10 4,5 4 1,5 0,7 12
100Icc/IL1000 12 5,5 5 2 1 15
Icc/IL1000 15 7 6 2,5 1,4 20

Onde, Icc representa a corrente de curto-circuito, IL o valor da componente fundamental da


corrente, TDHi a taxa de distorção harmónica de corrente e n a ordem do harmónico.

Sabe-se que, no posto de transformação de serviço público mais próximo, o PTD PRT 262, a
potência de curto-circuito previsível no seu barramento BT é de 17,36 MVA.

Com este valor, é possível calcular a corrente de curto-circuito necessária a este estudo.

1000 × Scc (MVA)


Icc = √ (8.7)
3 ×Un (kV )

130, 34(kW )
IL = √ (8.8)
FP × 3 ×Un (kV )

Icc
= 133, 2 (8.9)
IL

Assim, a partir da tabela, verifica-se que o valor limite da THDI é de 15% e que o limite
máximo das correntes harmónicas individuais de 3a , 5a e 7a ordem é de 12%.

Nos gráficos das figura 8.17 e 8.18, verifica-se que os limites máximos das correntes harmó-
nicos individuais das ordens analisadas são obedecidos. Contudo, o limite da Taxa de Distorção
Harmónica de Corrente não é respeitado.
8.3 Qualidade da Energia 73

Figura 8.17: Harmónicos de Corrente de ordem 3 (à esquerda), 5 (ao centro) e 7 (à direita) - QGBT
(em cima), Corte Geral (no meio) e QBP 1.1 (em baixo) (3 Fases)

Figura 8.18: TDHi no QGBT (à esquerda), no Corte Geral (ao centro) e no QBP 1.1 (à direita)

No QGBT, a TDHi atinge o valor máximo de 31,16%, na fase 2, e os harmónicos de corrente


ordem 3, 5 e 7 atingem, respetivamente, 10,2% (fase 1), 6% (fase 2) e 5% (fase 3).
Um valor de THDi compreendido entre 10 e 50% revela uma poluição harmónica significativa,
revelando que existe risco de aquecimento, o qual implica o sobredimensionamento dos cabos e
das fontes, podendo levar ao aumento dos seus custos.
Uma solução para corrigir problemas de poluição harmónica, é o uso de filtros, ativos ou
passivos.
Os filtros passivos, constituídos por uma indutância e um condensador (LC), usualmente ins-
talados em paralelo com a fonte poluidora, é dimensionado de modo a que a sua impedância seja
nula para a frequência que se quer eliminar e baixa para as restantes. Este tipo de filtro proporciona
um caminho alternativo para as correntes harmónicas circularem. Contudo, apenas corrige esse
problema, não permitindo variações de carga, uma vez que o espectro harmónico a filtrar seria
alterado.
74 Caso de Estudo

Os filtros ativos, podem ser considerados como sendo de um dos seguintes tipos [12]: paralelo,
série, híbrido ou universal.
Para compensar os harmónicos de corrente, normalmente, usa-se o filtro ativo paralelo, en-
quanto que, se recorre ao ativo em série em casos de problemas nos harmónicos de tensão.
O filtro ativo universal é uma junção destes dois tipos o que permite resolver ambos os proble-
mas.
O filtro híbrido é constituído por filtros ativos e passivos, o que eleva a sua eficácia.
Para o efeito desejado, tem interesse o filtro ativo paralelo. Este tipo de filtro é constituído,
basicamente, por um controlador e um inversor. O controlador mede as tensões e correntes por fase
da rede e calcula as correntes de referência para o inversor. O inversor, recebendo estas correntes,
gera as correntes necessárias introduzindo-as nas linhas do sistema elétrico, de modo a compensar
as existentes na rede (figuras 8.19 e 8.20) .

Figura 8.19: Filtro Ativo Paralelo: Esquema de funcionamento

Figura 8.20: Filtro Ativo Paralelo: Princípio de funcionamento [11] [12]

Este tipo de filtro permite ainda compensar a potência reativa e equilibrar as correntes das três
fases, eliminando a corrente no neutro.
8.3 Qualidade da Energia 75

8.3.2 Tensão nas Fases

Figura 8.21: Tensão QGBT (à esquerda), Corte Geral (ao centro) e QBP 1.1 (à direita)

De acordo com a Norma NE/EN 50160, a Variação da tensão de alimentação, não conside-
rando as interrupções, de 95% dos valores eficazes médios de 10 min para cada período de uma
semana devem situar-se entre 90% Un e 110% Un, onde Un representa a tensão nominal: 230V.
As tensões nas fases analisadas, V1, V2 e V3, encontram-se de acordo com a norma, como se
pode verificar pela figura 8.21, relativa às tensões registadas no Quadro Geral de Baixa Tensão,
no Corte Geral e no Quadro Elétrico.
O valor máximo registado é de 240,6V e o mínimo de 227,5V, ambos inferiores a 253V e
superiores a 207V.

8.3.3 Frequência
Idealmente, a frequência deve ser igual a 50 Hz. Em condições normais o valor médio medido
em intervalos de 15 minutos, segundo a norma NE/EN 50160 deve estar:

• Entre 49,5 e 50,5 Hz durante 95% de uma semana;

• Entre 47 e 52 Hz durante 100% de uma semana.

Figura 8.22: Frequência do QGBT (a cinzento), do Corte Geral (a azul) e do QBP 1.1 (a vermelho)

Para os casos estudados, ambas as condições são satisfeitas. Na figura 8.22, é possível verificar
que estes limites são obedecidos.

8.3.4 Energia Reativa


Como foi dito no capítulo de análise das faturas de energia, a faturação da energia reativa não
chega a 0,6%, menos que 1% do total. A instalação elétrica já possui uma fonte de potência reativa
76 Caso de Estudo

(bateria de condensadores), como foi dito anteriormente. Este equipamento, faz a compensação
da energia reativa, gerando uma potência oposta à consumida pelos motores, transformadores,
iluminação fluorescente, entre outros.
A correção do fator de potência deve ser feita por escalões de potência, ajustados aos consumos
da instalação, o qual pode ser avaliado recorrendo a um analisador de rede.
Assim, sabendo que o fator de potência é dado pela equação 8.10, foi possível proceder ao
seu cálculo e à sua análise.

P
FP = (8.10)
S

Onde, FP representa o valor do fator de potência dado instante, P é a potência ativa (W) e S a
potência aparente (VA).
Tendo em conta que, o analisador de rede nos fornece a tensão, corrente e potência aparente,
foi possível calcular os valores de FP, os quais estão refletidos na figura 8.23.

Figura 8.23: Fator de Potência

O nível máximo de energia reativa permitido sem cobrança, está associado ao fator de potência
de referência de 0,96.
É possível observar que, o fator de potência é menor que o valor de referência apenas num
período de 10 minutos .

8.3.5 Equilíbrio da Tensão e da Corrente nas 3 Fases

A partir dos dados recolhidos, foi possível concluir que a tensão se encontra equilibrada nas
três fases dos locais analisados, como ilustram as figuras 8.21.
8.4 Projeto Painéis Fotovoltaicos 77

Quanto às correntes, no QGBT a fase 3 encontra-se mais carregada e no Corte-Geral é na fase


1 que está um número superior de carga. Tal pode ser verificado pela figura 8.24, que exemplifica
estas variações durante um dia.

Figura 8.24: Corrente (3 fases) no QGBT (à esquerda), Corte Geral (ao centro) e QBP 1.1 (à
direita)

Este desequilíbrio provoca um aumento da corrente no neutro, o que, além de gerar mais
perdas, leva à necessidade de escolher um cabo com secção de neutro maior.
Para corrigir este problema seria necessário analisar todos os quadros da escola, com todos os
equipamentos monofásicos em funcionamento, de modo a distribuir igualmente a potência pelas
3 fases.

8.4 Projeto Painéis Fotovoltaicos

Nesta secção, será apresentado o estudo do projeto de painéis fotovoltaicos, em dois regimes:
UPAC (no qual são instalados painéis para produção de energia destinada a consumo próprio.
Com este sistema, pretende-se diminuir a dependência da escola à rede, fazendo com que consuma
energia gerada por si mesma.) e UPP (onde se vende o total de energia produzida à rede).
Um sistema em regime UPAC deve obedecer a duas restrições, impostas no Decreto-Lei no
153/2014 de 20 de Outubro de 2014:

• O tamanho do sistema fotovoltaico tem que ser inferior à potência contratada (130,24 kW);

• O total de produção fotovoltaica não pode ser superior ao consumo anual total de energia
(O consumo anual total de energia, estimado a partir das faturas de eletricidade, é de 296
MWh).

Para a instalação do sistema fotovoltaico, será utilizado um dos telhados da escola que ainda
não se encontra ocupado com outros equipamentos e está orientado a Sul; e a cobertura do campo
de jogos (cujo dimensionamento se sucede ao do primeiro local). Ambos os espaços podem ser
visualizados na figura 8.25.
78 Caso de Estudo

Figura 8.25: Espaço disponível para instalação dos Painéis (a amarelo), via Google Maps

Painéis Fotovoltaicos no Telhado

Foi aproveitado o ângulo de inclinação do telhado, 26o , para a colocação dos painéis sobre o
mesmo.
A diferença entre este ângulo e o ângulo ótimo foi analisada no software PVGIS. Ambos
podem ser consultados na figura 8.26.

Figura 8.26: Irradiação no local da instalação para o ângulo/azimute ótimos (à esquerda) e para
um ângulo de 26o (à direita) (Gráficos obtidos pelo PVGIS)

Apesar do ângulo ótimo para a instalação dos painéis rondar os 35o , a diferença em termos de
produção de eletricidade comparativamente a um ângulo de 26o não é significativa, pelo que se
decide manter este último ângulo devido ao aumento da viabilidade económica.
A hora de pico solar (energia solar captada que é recolhida durante uma determinada hora do
dia e é indicada em horas [38]), pode variar entre 3 a 6 horas/dia, dependendo do mês e local
de instalação. Pelos gráficos do PVGIS, verifica-se ainda que, durante as restantes horas onde há
radiação, também há aproveitamento energético, mas, em menor quantidade.
8.4 Projeto Painéis Fotovoltaicos 79

8.4.1 Painel Solar a Implementar

O painel solar usado no projeto fotovoltaico é o MPRIME G Séries GENIUS 4BB da Martifer
Solar de 250W, e é fabricado em Portugal, sendo esta uma das principais razões para a sua escolha.
A marca em questão é conhecida no mercado por oferecer garantia de linearidade de performance
por 25 anos (no primeiro ano pode ocorrer um decréscimo de nunca superior a 3,00% e a partir do
segundo ano a redução não pode exceder 0,68% da produção do painel) e garantia de produto de
10 anos.
As dimensões do painel são: 1640 x 992 x 40 mm.

Características Elétricas do Painel

Os dados da tabela 8.12 são válidos para a temperatura de 25o (condição standard).

Tabela 8.12: Características Elétricas do Painel

Potência Nominal (Pnom) 250Wp


Tolerância de Potência 0/+4,99W
Corrente do MPP (Impp) 8,32A
Tensão do MPP (Vmpp) 30V
Tensão em Circuito Aberto (Voc) 37,3V
Corrente em Curto-Circuito (Isc) 8,91 A
Eficiência do módulo 15,4 %
Tensão Máxima do Sistema (Vsyst) 1000V
Corrente Máxima do Fusível (If) 15A
NOCT 45o (+/-3)
Coeficientes de Temperatura:
Power Y(PNOM) -0,43% / o C
Voltage BETA(Voc) -0,33% /o C
Current ALFA(Isc) +0,06%/o C

8.4.2 Sombreamento

No processo de captação da energia solar, deve-se ter especial cuidado com sombreamentos,
para evitar que haja energia perdida devido a obstáculos que dificultam que esta seja captada.
Nos espaços livres para montagem deste sistema, não existe sombreamento causado por, por
exemplo, árvores ou edifícios e, tendo em conta que os painéis não têm inclinação relativamente à
superfície onde são colocados, não existe auto-sombreamento, isto é, sombreamento causado por
uma fileira de painéis, nos painéis da linha paralela seguinte.

8.4.3 Configuração de painéis no Telhado

As dimensões da cobertura são de 11m por 56,69m (na menor aresta do comprimento).
Otimizando o espaço disponível, tendo em conta as suas dimensões, e espaço para manutenção
dos painéis, decide-se colocar, maioritariamente, os painéis horizontalmente. Contudo, existem
80 Caso de Estudo

painéis que se colocarão na vertical, de forma a rentabilizar ao máximo o espaço disponível. Esta
disposição permite usar 203 painéis.
Nas faturas analisadas, o valor máximo para a potência consumida da escola é de 72,66 kWp
(e a média mensal é de 65,17 kWp). Por forma a calcular o número ótimo de painéis, majora-se
este valor em 20%, porque os painéis solares têm rendimento baixo, obtendo-se 87,2 kW.
Conclui-se que, para atingir este valor, seria necessário instalar mais 145 painéis. Estes são
projetados na cobertura, como abordado mais à frente.

8.4.4 Inversor

O inversor escolhido é o SMA Sunny Tripower 25000TL-30.


A marca SMA é líder no setor da energia solar, sendo um dos principais fabricantes de in-
versores fotovoltaicos da indústria da energia solar. A empresa, que tem sede na Alemanha, está
presente nos cinco continentes (América, Europa, África, Ásia, Oceania).
O inversor usado, trifásico, através da sua tecnologia Multi-String, adequa-se facilmente à
configuração de módulos desejada. As suas duas entradas MPP foram uma vantagem neste di-
mensionamento permitindo diminuir o uso de inversores.
É extremamente flexível, podendo ser usado no dimensionamento de sistemas desde 25 kW
até à gama dos megawatts.
O Sunny Tripower obedece à Diretiva de Média Tensão, pelo que oferece elevada fiabilidade na
gestão da rede. Permite a deteção de falhas em strings e tem função integrável de proteção contra
descargas atmosféricas.Tem alto rendimento, rendimento máximo acima dos 98% e oferece fácil
encaixe e fixação para os cabos de fileira.
Tem ainda garantia de 5 anos.
A escolha da potência foi feita, analisando a razão nominal e recorrendo ao Sunny Design,
considerando o número total de inversores exigido para o sistema.
A sua folha de características pode ser consultada em anexo.

8.4.5 Número máximo e mínimo de painéis por string

É importante calcular o número mínimo de painéis por string para se garantir que a tensão
de entrada do inversor é maior que a tensão em circuito aberto da string, no caso de haver uma
interrupção abrupta do sistema fotovoltaico, onde a tensão em circuito aberto é enorme. Estes
dois valores, são determinados com base na escolha do inversor (apresentado nos subcapítulos
seguintes), tendo em conta a potência de saída do módulo.
O número máximo de painéis por string é dado pela razão entre a tensão de entrada do inversor
e a tensão em circuito aberto do módulo à sua temperatura mínima. Já o número mínimo de
painéis, é dado pela razão entre a tensão mínima de entrada do inversor e a tensão do MPP à
temperatura de 70o C.
8.4 Projeto Painéis Fotovoltaicos 81

Para tal, calcula-se a tensão em circuito aberto do painel e a tensão do MPPT, para o caso de
temperatura mínima e máxima mais desfavorável. Consideraram-se os valores mínimo e máximo
teóricos de -10o C e 70o C. O valor standard para a temperatura é 25o C.

∆T × β
V ca(−10) = (1 − ) ×Voc = 41, 608V
100

∆T × β
V mpp(70) = (1 − ) ×V mpp = 33, 465V
100

VminDcinv
Nminpaineis = = 4, 48 ≈ 5painis/string
V mpp(70)

VmaxDcinv
Nmaxpaineis = = 24, 03 ≈ 24painis/string
V ca(−10)

Onde, VminDcinv = 150V e VmaxDcinv = 1000V, de acordo com a folha de características do inver-
sor.

8.4.6 Número máximo de fileiras em paralelo

O inversor escolhido, possui dois MPPs. O número máximo de fileiras em paralelo, para cada
um deles, é calculado com o objetivo de garantir que a corrente gerada não excede o limite máximo
da corrente de entrada do inversor.
O número máximo de fileiras é determinado pela razão entre os valores máximos da corrente
do inversor e da fileira de módulos.

Imaxinv 33
= = 3, 97 ≈ 3 f ileirasemparalelo (8.11)
In f ileira 8, 32

Onde, Imaxinv é a corrente máxima DC admissível pelo inversor (A) e In f ileira é a corrente
nominal de cada fileira (A).
Conclui-se que, cada MPP de cada inversor pode ter 3 filas em paralelo.

8.4.7 Dimensionamento dos Inversores

A configuração final do sistema, foi elaborada com auxílio do Sunny Design, o qual sugeriu
uma solução para o número total de strings e de painéis por string.
Este software, sugere o uso de 2 inversores. O primeiro, deve usar uma entrada MPP com 3
strings de 21 painéis e, a outra, com 2 strings de 19 painéis. A um dos MPPs do segundo inversor,
devem ser ligadas 3 strings com 20 painéis e, ao outro MPP, 2 strings com 21 painéis cada. Assim,
nesta solução, temos um total de 10 strings e um total de 203 painéis.
82 Caso de Estudo

As razões de potência nominal são de 100% e 101%, valores estes que obedecem ao intervalo
desejado de 70% e 120% da potência fotovoltaica.
Como o inversor deve ser protegido da exposição direta dos raios solares, da chuva e de ou-
tros fatores externos, decidiu-se instala-los no último piso do respetivo bloco, perto do acesso ao
telhado mais próximo do QGBT.
Configuração das strings no telhado

Figura 8.27: Configuração das strings no telhado

8.4.8 Dimensionamento dos cabos e proteções

8.4.8.1 Cabos DC

A cablagem é formada por elementos condutores, que transmitem eletrões, através dela. De-
vido a este movimento, por melhor que seja a condutividade elétrica do material, surgem perdas
que geram calor nos cabos e se traduzem em quedas de tensão. A queda de tensão dependerá da
resistência do condutor e da intensidade de corrente que o percorre.
Assim, para o correto dimensionamento da cablagem, é importante que sejam respeitados os
limites fixados pela tensão nominal e pela intensidade de corrente, os quais variam, dependendo
do layout dos painéis fotovoltaicos.
Deste modo, é necessário que a escolha dos cabos seja devidamente ajustada às grandezas
elétricas, mecânicas e térmicas a que estes irão estar sujeitos. No exterior, os cabos de policloreto
de vinilo não deverão ser usados, visto que, apesar do material halogeneizado PVC ser frequente-
mente usado em instalações elétricas, este gera impactos no ambiente.
A queda de tensão máxima admissível nas linhas, está limitada a 1% da tensão nominal do
sistema solar fotovoltaico, para as condições standard, segundo a norma VDE 0100 Parte 712.
É importante que este limite seja respeitado, de forma a que as perdas de potência, através dos
cabos DC, sejam mínimas. De acordo com a norma Europeia IEC 60364-7-712, estes cabos, que
fazem a ligação entre os módulos fotovoltaicos e os inversores, têm que ser capazes de suportar
uma sobrecarga de corrente até 25% superior à corrente de curto-circuito dos painéis, exigindo
que o seu dimensionamento obedeça à condição da queda de tensão (equação 8.12).

Iz = 1, 25 × Icc(ST D) PV (8.12)
8.4 Projeto Painéis Fotovoltaicos 83

O valor da corrente do cabo obtém-se nas tabelas fornecidas pelos fabricantes de cabos elétri-
cos, podendo ser afetado, ou não, por um ou mais fatores de correção para a situação de montagem
e condições locais.
Por fim, a secção mínima de cabo (em mm2 ), pode ser calculada através da equação 8.13.

2×L×I
S> (8.13)
e×σ

Onde, L é o comprimento do cabo (63,2 metros) e representa o comprimento do cabo no caso


mais desfavorável, σ é a condutividade do cobre (56 m/(Ω × mm2 ), I é a corrente nominal (A) e e
(V) garante que a condição de queda de tensão (máximo de 1%) é cumprida com base na equação
8.14.

e = 0, 01 ×V (8.14)

Onde, V corresponde à tensão de uma fileira (V).


Conclui-se que, respeitando ambas as condições, o cabo terá que ter secção superior a 3,8mm2 .
Através do Sunny Design, este valor foi também calculado. O programa calcula-o de forma
automática, tendo em conta os valores fornecidos. O valor por este sugerido é de 4mm2 , o que vai
de encontro ao cálculo efetuado. Além deste valor, é também apresentado o valor da queda de ten-
são, 5,1 V, que representa menos de 1% de potência dissipada (valor dentro do limite, cumprindo
também esta condição).
Recorrendo ao AutoCAD, estima-se que sejam necessário 1180 metros de cabo com 4mm2 .

8.4.8.2 Proteção do Lado DC

Os cabos anteriormente dimensionados, devem estar, segundo a Norma Europeia IEC 60364-
7-712, protegidos contra curto-circuitos e defeitos à terra. Recomenda-se o uso de cabos isoladores
monopolares para os condutores positivos e negativos, de forma a obter uma proteção de terra e
de curto-circuito eficaz. A utilização de fusíveis de fileira, deve ser feita em sistemas de 4 ou mais
fileiras. Devem ser incluídos nos circuitos positivos e negativos destes cabos. Nos sistemas com
menor número de fileiras, não é necessário incluir este equipamento dado que se demonstrou que
a possibilidade de haver uma geração de corrente de defeito alta é nula, para que induza correntes
inversas passivas de causar um mau funcionamento do sistema [38].

Fusíveis

Dimensionaram-se os fusíveis, obedecendo às equações 8.15 e 8.16.

V f usvel > 1, 15 × N ×Voc (8.15)


84 Caso de Estudo

Onde, V f usvel representa a tensão do fusível (V), N é número de painéis/string e Voc é a tensão
em circuito aberto do painel (V).

In ≥ 1, 5 × Isc × M (8.16)

Onde, In é a corrente nominal do fusível (A) e Isc é a corrente de curto circuito do painel (A),
dada na folha de características, e M é o número de fileiras. Neste caso, M é 1 visto que se terá
uma fileira por fusível.
Conclui-se que V f usvel terá que ser superior a 900.8V (caso mais desfavorável) e In superior a
13,37 A.

Figura 8.28: Fusível-Hager

O equipamento escolhido é da marca Hager, cuja referência é LF315PV, possuindo 1000V e


15A.
Cada string, deve sempre ter 2 fusíveis, um para o terminal positivo, e outro para o negativo,
do cabo. Desta forma, são necessários 20 fusíveis.

Corta-circuitos porta fusíveis

Figura 8.29: Corta-circuitos porta fusíveis-Hager

Cada fusível terá um corta-circuitos porta fusíveis, que o alojará, com referência L501PV. As
folhas de características podem ser consultadas em anexo.
8.4 Projeto Painéis Fotovoltaicos 85

Interruptor DC

Além do equipamento anteriormente mencionado, é também necessário dimensionar os inter-


ruptores de corte DC, garantindo que este funciona à tensão máxima em circuito aberto à tempe-
ratura de -10o C e para suportar uma corrente até 25% da corrente máxima do sistema, tendo em
conta as equações 8.17 e 8.18. Este aparelho de corte, tem a função de isolar, manualmente,
o gerador fotovoltaico, sendo esta uma ação necessária durante a sua instalação, manutenção e
reparação, devendo ser instalado antes do inversor e interromper tanto o polo positivo como o polo
negativo.

Vn ≥ Uca(−10o ) × N (8.17)

InDC > 1, 25 × ICCFV (8.18)

Onde Vn representa a tensão nominal do interruptor, Uca(−10o ) é a tensão em circuito aberto do


painel à temperatura de -10o C, N é o número de painéis por string, InDC é a corrente do interruptor
e ICCFV é a corrente de curto circuito de uma string.
Assim, os interruptores de corte DC deverão suportar uma tensão superior a 873,77 V e cor-
rente superior a 11,14A.

Figura 8.30: Interruptor-Hager

O interruptor DC escolhido é da marca Hager, cuja referência é SB43PV, tem 4 polos, uma
tensão de 1000 VDC e uma corrente de 32 A. Cada um pode ser usado em duas strings, pelo que
são necessários cinco interruptores para este sistema.

8.4.8.3 Cabos do lado AC

Os cabos AC, destinados a fazer a ligação entre o inversor e o quadro elétrico, devem suportar
uma corrente superior à corrente máxima de saída dos inversores que é de 36,2A.
86 Caso de Estudo

O cabo de ligação ao AD foi dimensionado para um comprimento de 2,5m, dada a possibili-


dade deste ser colocado próximo dos inversores.
O RTIEBT estipula uma secção mínima de 6mm2 para cabos de ramal.
A condição de queda de tensão máxima, que não pode ultrapassar 1%, deve respeitar a equação
8.19:

∆V = rF (90oC) × L × Ib (8.19)

Onde, ∆V representa a queda de tensão num condutor, rF (90o C) é a resistência linear do


condutor de fase para a temperatura máxima de funcionamento (PEX) e Ib é a corrente de serviço
da canalização.
Através do dimensionamento do cabo, realizado automaticamente no Sunny Design, obteve-se
que a secção mínima que garante que a queda de tensão é inferior a 1% é de 6mm2 .
A condição de aquecimento, a segunda condição a ser satisfeita, segundo o RTIEBT, para um
cabo de 6mm2 (cabo trifásico com condutores de secção circular, com isolamento a PEX, que será
fixado na parede), dita que a corrente máxima admissível será de 52A (figura 8.31). Este valor
tem em conta o método de referência C (determinado com base no quadro 52H do RTIEBT), e é
suficiente para respeitar a corrente máxima de saída do inversor.

Figura 8.31: Quadro 52-C4 do RTIEBT

São necessários 5 metros deste tipo de cabo.


Por sua vez, o cabo AC que faz a ligação entre o armário de distribuição e o QGBT, deve
suportar a soma das correntes de saída dos inversores (72,4 A).
Este, foi dimensionado, por excesso, para um comprimento de 81m, valor determinado recor-
rendo ao AutoCAD.
O inversor escolhido é trifásico, pelo que as fases da sua saída podem ser ligadas às respetivas
fases do quadro, não originando desequilíbrios entre elas.
Recorrendo, novamente, ao Sunny Design é possível obter a secção por ele calculada. O
programa garante que a condição da queda de tensão é satisfeita com um cabo de 50mm2 .
8.4 Projeto Painéis Fotovoltaicos 87

Consultando, uma vez mais, o quadro 52-C4 do RTIEBT (figura 8.31), é possível verificar
que, um cabo com características semelhantes ao anterior (método de referência C), com esta
secção, suporta uma corrente de 179A, satisfazendo a condição de aquecimento.
Nas figuras 8.33, 8.34 e 8.35, encontra-se o dimensionamento para estes cabos, elaborado
com auxílio do Sunny Design.

Figura 8.32: Esquema Geral de ligação, via Sunny Design

Figura 8.33: Dimensionamento Cabos CC, via Sunny Design

Figura 8.34: Dimensionamento Cabos LV1 (Cabos AC do inversor para o QE), via Sunny Design

Figura 8.35: Dimensionamento Cabos LV2 (Cabo AC do QE para o QGBT), via Sunny Design

Em conclusão, os cabos escolhidos são da marca Cabelte e têm as seguintes referências e


necessidades:

• 1180 metros de cabo com referência XV 4G4, para o cabo CC;

• 5 metros de cabo com referência XV 4G6, para o cabo LV1;


88 Caso de Estudo

• 81 metros de cabo com referência XV 3X50+25, para o cabo LV2.

8.4.8.4 Proteção do Lado AC

Interruptor Omnipolar Geral

O sistema deverá estar protegido com um interruptor omnipolar Geral, no QGBT, com poder
de corte suficiente tendo em conta a equação 8.20.

P × cos(ϕ)
I= (8.20)
V

Onde P representa a Potência de pico da instalação e é dada pela multiplicação entre o número
de painéis por fileira, a potência de cada painel, o número de fileiras ligadas a cada inversor e o
número de inversores (21 × 250W × 5 × 2 = 26250W ), V representa a tensão dada por 3 × 230V e
o cosϕ é unitário.
Assim, este interruptor deve suportar uma corrente de serviço de 76,1 A.

Figura 8.36: Interruptor AC tetrapolar 125A - Hager

O interruptor escolhido é de 125A, da marca Hager, e tem referência HA451. A sua folha de
características pode ser consultada em anexo.

Disjuntor AC

Os cabos que fazem a ligação dos inversores ao AD, devem possuir disjuntores AC que satis-
façam a condição de sobrecarga do cabo, que tem que obedecer a: 8.21

Is ≤ In ≤ Iz (8.21)

I2 ≤ 1, 45 × Iz (8.22)
8.4 Projeto Painéis Fotovoltaicos 89

Onde, Is representa a corrente de serviço (36,2A), In indica o calibre da proteção e I2 é a


corrente convencional de funcionamento da proteção e Iz é a corrente admissível na canalização
(76,1 A).

Figura 8.37: Disjuntor 50 A - Hager

Tendo em conta as equações 8.21 e 8.22, escolheu-se usar um disjuntor tetrapolar de 50 A


(figura 8.37), com referência HMX450, da marca Hager.

Interruptor Diferencial AC

Recomenda-se que, a sensibilidade geral do interruptor diferencial seja de 30mA, coincidente


com os valores típicos das correntes residuais capacitivas em sistemas fotovoltaicos. Sugere-
se o equipamento tetrapolar com 63A de intensidade nominal, da marca Hager, com referência
CDC463A.
São necessários 2 interruptores diferenciais e 2 disjuntores destes tipos, cujas folhas de carac-
terísticas se encontram em anexo.

8.4.8.5 Ligação à terra e equipotencialização

Num sistema ligado à rede, onde existe uma interligação com o sistema da rede de distribuição,
as potências usadas são elevadas e, tendo em conta a estrutura metálica de suporte dos painéis, é
aconselhável fazer a sua ligação à terra.
A ligação à terra não é o suficiente para impedir a corrente de atravessar elementos condutores
estranhos à instalação, pelo que se efetua a ligação equipotencial. A ligação equipotencial une
todas as partes condutores da construção e canalizações (gás, água e aquecimento) com a terra.
A ligação do condutor geral, deve ser feita pelo caminho mais curto (em linha reta e verti-
cal), para evitar gerar correntes de retorno e ser colocada separadamente face aos restantes cabos
elétricos.
Este cabo deverá ter secção de 16mm2 . Sugere-se o cabo XV 4G16, da Cabelte, do qual devem
ser adquiridos 50 metros para garantir que se faz a ligação, dos painéis e do QE, ao sistema de
terras da escola.

Painéis Fotovoltaicos na Cobertura

Como referido na secção anterior, seriam necessários instalar mais 145 painéis para atingir o
número ótimo pretendido.
90 Caso de Estudo

Para a sua instalação, será utilizada a cobertura (sem inclinação) do campo de jogos com
aproximadamente 1000 metros quadrados. No entanto, esta cobertura não possui as características
de construção necessárias para suportar um sistema deste tipo.
O projeto seguinte, reflete um estudo teórico para uma cobertura de um material adequado
a uma instalação deste género, havendo sempre a possibilidade de reconstruir a cobertura atual
para atender às necessidades requeridas, tendo em atenção o aumento do tempo de retorno do
investimento.
Recorrendo ao software PVGIS, foi possível calcular o ângulo e o azimute ótimos, 34o e 1o
respetivamente, e estimar a irradiação no local da instalação que pode ser visualizada na figura.

Figura 8.38: Irradiação no local da instalação para o ângulo/azimute ótimos (Gráfico obtido pelo
PVGIS)

Apesar do valor máximo de irradiação média ser obtido com um ângulo de 0 graus, a irradi-
ação média é superior na maioria dos meses do ano no plano com ângulo ótimo do que com o
ângulo horizontal. Assim, conclui-se que o ângulo ótimo para a instalação dos painéis é de 34o
minimizando a escassez do recurso solar, o que aumenta a viabilidade de concretização do projeto.
O painel solar para implementação será o mesmo.

8.4.9 Sombreamento e entre Filas Paralelas de Painéis

Nos espaços livres para montagem deste sistema, não existe sombreamento causado por, por
exemplo, árvores ou edifícios.
No entanto, tendo em conta que os painéis têm inclinação, é importante ter em conta o auto-
sombreamento sendo, por isso, necessário calcular a distância entre painéis de linhas paralelas
consecutivas, a qual pode ser determinada pela equação 8.23.

sin(α)
d = b × (cos(β ) + )2 (8.23)
tan(β )
8.4 Projeto Painéis Fotovoltaicos 91

Onde, d é o afastamento entre fileiras dos módulos FV (m), b é a altura do módulo fotovoltaico
(m), alfa é o ângulo de inclinação dos módulos (o ), e beta representa o ângulo de altura mínima
do sol (o ).
A altura do painel fotovoltaico pode ser calculada através da equação 8.24.

b = sin(34) × m (8.24)

onde, m representa a largura ou comprimento do painel, consoante a disposição dos mesmos.


Assim sendo, L é igual a 0,93m caso os painéis sejam colocados na vertical e 0,56m caso sejam
colocados horizontalmente.
O valor do ângulo de altura mínima do sol pode ser calculado através da expressão 8.25.

sin(β ) = sin(lat) × sin(ds) + cos(lat) × cos(ds) × cos(hs) (8.25)

Onde, lat representa o valor do ângulo correspondente à latitude da escola (41.16637453o ); ds


indica o ângulo da declinação solar o qual, no hemisfério Norte, para o Solstício de Inverno, é de
-23.45o ; hs é o ângulo horário solar na hora para a qual o cálculo é realizado, neste caso 12 horas
e é 0o .
Assim, β é igual a 25,38o e d é igual a 1,94m ou 1.17m, respetivamente, consoante a posição
do painel.

8.4.10 Configuração de painéis na cobertura do Campo de Jogos

As dimensões da cobertura são de 24m por 44,8m.


Antes de continuar o dimensionamento do sistema fotovoltaico, foi feita uma análise às 2
configurações disponíveis, de modo a perceber qual a mais vantajosa.
Para o caso de se colocarem os painéis horizontalmente, estes têm que ter uma distância de
2,26m entre filas paralelas. Assim sendo, na cobertura não se poderiam colocar mais que 260
painéis.
Na disposição vertical de painéis, estes têm que distanciar 3,75m entre filas paralelas conse-
cutivas. Para esta configuração, não é possível colocar mais que 264 painéis.
Em qualquer uma destas disposições, é atingido o número pretendido de painéis, ou seja, 145
painéis, pelo que se decidiu avançar com o dimensionamento dos painéis colocados na vertical.

8.4.11 Inversor

Foram escolhidos dois inversores, da mesma marca que os anteriores, SMA Sunny Tripower
15000TL-30 e SMA Sunny Tripower 20000TL-30. Para esta escolha, recorreu-se, novamente, ao
Sunny Design.
A sugestão de dimensionamento do programa pode ser consultada na figura 8.39.
92 Caso de Estudo

Figura 8.39: Dimensionamento para inversor de 15kW (à esquerda) e de 20kW (direita) via Sunny
Design

8.4.12 Número máximo e mínimo de painéis por string

Tendo em conta que as tensões máxima e mínima de entrada dos inversores são as mesmas que
as do inversor de 25kW, e que o painel solar é o mesmo, o número máximo e mínimo de painéis
por string é o mesmo que o calculado para o telhado.

8.4.13 Dimensionamento dos Inversores

É possível verificar que a configuração final do sistema, elaborada pelo Sunny Design, obedece
aos limites para o número máximo e mínimo de painéis calculados teoricamente.
Assim, a solução para este sistema será usar 2 inversores:STP 20000 TL-30 e STP 15000
TL-30.
Estes inversores, devem ser colocados em baixo da cobertura, dentro de uma instalação que
os proteja da exposição direta a raios solares, chuva e outras fatores capazes de diminuir sua vida
útil.
Configuração das strings na cobertura

Figura 8.40: Configuração das strings na cobertura


8.4 Projeto Painéis Fotovoltaicos 93

8.4.14 Dimensionamento dos cabos e proteções

8.4.14.1 Cabos DC

O dimensionamento dos cabos obedece às regras anteriores, pelo que, as equações que se
aplicam, são as mesmas.
Estes cabos devem ser dimensionados para o caso mais desfavorável, atendendo à equação
8.12. Como tal, considerou-se o maior comprimento de cabo necessário, que corresponde a 58m.
Como serão colocados ao sol, têm que ter em atenção, segundo o R.T.I.E.B.T., dois fatores de
correção: O primeiro devido a esta exposição (0,9) e o segundo devido à temperatura ambiente
(0,94).
Assim sendo, a corrente que o cabo deverá transportar será de 13,06A.
Como a queda de tensão está limitada a 1%, o valor máximo para e, dado pela equação 8.14,
é de 6,66 V, onde V (635,25V) corresponde à tensão de uma fileira.
A secção mínima de cabo que garante que esta condição é satisfeita, calculada para um cabo
com 58 metros, é de 4 mm2 (equação 8.13).
O valor sugerido pelo SunnyDesign também é de 4mm2 , o que está de acordo com o calculado.
Além deste valor, são também apresentados os valores das quedas de tensão, 4,3 V e 4,8V, que
representam menos que 1% de potência relativa dissipada, como desejado.
Este sistema, composto por 7 strings, necessita de 750 metros de cabo DC (referência XV
4G4, da Cabelte).

8.4.14.2 Proteção do Lado DC

Para proteção das fileiras de painéis, é necessário instalar fusíveis e interruptores com as mes-
mas características aos dimensionados para os painéis do telhado, visto que o caso mais desfavo-
rável é idêntico.
Assim, conclui-se que, como cada string deve sempre ter 2 fusíveis, são necessários mais 14
fusíveis, 14 corta fusíveis e 4 interruptores DC com as mesmas referências.

8.4.14.3 Cabos do lado AC

Os cabos AC, destinados a fazer a ligação entre os inversores e o quadro elétrico, devem
suportar uma corrente superior à corrente máxima de saída dos inversores que, neste caso, é de 29
A.
Este cabo foi dimensionado para um comprimento de 3m, valor estimado considerando que os
inversores são instalados ao lado do quadro.
A secção mínima terá que ser de 6mm2 , por ser um cabo de ramal, a qual suporta a corrente
necessária, respeitando a condição de aquecimento e a condição da queda de tensão (que é da
ordem dos 0,10% para ambos os cabos). Serão necessários 6 metros deste cabo (referência XV
4G6, da Cabelte).
94 Caso de Estudo

O cabo AC, que fará a ligação entre o QE e o QGBT, terá que suportar uma corrente máxima
de 58A.
Recorrendo, novamente, ao Sunny Design é possível obter a secção por ele calculada. O
programa garante que se satisfaz a condição da queda de tensão com um cabo de 70mm2 .
Este cabo será enterrado no solo (referência 61, quadro 52-G do RTIEBT).

Figura 8.41: Via Quadro 52-C30 do RTIEBT

Para cabos enterrados, os valores indicados para as correntes devem ser multiplicados por 0,8.
Esta secção, permite ao cabo, segundo o quadro 52-C30 do RTIEBT (método de referência D,
isolamento a PEX), suportar uma corrente de 254 A ×0,8 (figura 8.41), o que satisfaz a condição
necessária de aquecimento.
São necessários 138 metros deste tipo de cabo. Sugere-se o cabo, com referência XV 3x70+35,
da Cabelte.

8.4.14.4 Proteção do Lado AC

Interruptor Omnipolar Geral

O interruptor omnipolar geral, no QGBT, com poder de corte suficiente, tendo em conta a
equação 8.20, onde a potência de pico da instalação é 36750W, deve suportar uma corrente de
serviço de 53,3 A. Sugere-se o mesmo equipamento, da marca Hager, com referência HA451.

Disjuntor e Interruptor AC

A corrente de serviço é 36,2A e a corrente máxima admissível na canalização é 53,3 A.


Assim, sugerem-se equipamentos de 50 A e 63 A, respetivamente, com a mesma referência do
caso anterior: HMX450 e CDC463.
Conclui-se que, são necessários 2 interruptores diferenciais e 2 disjuntores com estas caracte-
rísticas para proteção dos cabos que fazem a ligação dos inversores ao QGBT.
8.4 Projeto Painéis Fotovoltaicos 95

Ligação à terra e equipotencialização

Sugere-se adquirir 40 metros de cabo XV 4G16, da Cabelte para fazer a ligação, dos painéis e
do QE, ao sistema de terras da escola.

8.4.14.5 Quadros Elétricos

Para este sistema, serão necessários três quadros elétricos. Um deles, para o sistema no te-
lhado, de dimensão mais reduzida, onde se colocarão as proteções. Os outros dois, para o sistema
da cobertura. Estes últimos, serão colocados em céu aberto, pelo que devem estar protegidos con-
tra raios UV e, além das proteções, irão armazenar os inversores, pelo que as suas dimensões são
superiores às do primeiro.

8.4.15 Análise Económica e Considerações Gerais

Neste subcapítulo, faz-se a apresentação da análise económica do sistema fotovoltaico, anteri-


ormente dimensionado.
96 Caso de Estudo

Tabela 8.13: Orçamento Projeto Fotovoltaico

Equipamento Referência Quantidade Preço (Eur.) Preço Total

Cabos (km)
XV 4G4 1.93 835.6 1612.708
XV 4G6 0.011 3123.2 34.36
XV 3*50+25 0.081 20444.9 1656.04
XV 3*70+25 0.138 28820.4 3977.22
XV 4G16 0.09 7761.3
Fusíveis LF315PV 34 6.13 208.42
Corta-circuitos Porta fusíveis L501PV 34 5.06 172.04
Interruptor DC SB43PV 9 193.22 1738.98
Interruptor Geral AC HA451 2 104.28 208.56
Diferencial AC CDC463 4 51.62 206.48
Disjuntor AC HMX450 4 223.12 892.48

Inversor STP 25000 TL 2 4695.47 9390.94


STP 15000 TL 1 4243.31 4243.31
STP 20000 TL 1 4109.77 4109.77

Painéis PV 348 160 55680

Estrutura QE (Telhado) FL713L 1 126.11 126.11


Montantes (Telhado) UN03A 1 25.46 25.46
Unid. Modulares (Telhado) VE110SN 2 33.1 66.2
Estrutura QE (Cobertura) FL73SP 2 891.29 1782.58
Montantes (Cobertura) UN07A 2 40.23 80.46
Unid. Modulares (Cobertura) VE312SN 1 101.52 101.52

Suporte Painéis 203 39 7917


145 52.47 7608.33

Mão de Obra 12Eur/H *Paineis 1 2088 2088


TOTAL: 104625.5

Assim, prevê-se que, o custo do investimento para este sistema seja de 104626 euros.
O programa Sunny Design, permite estimar vários valores de carácter económico envolvidos
num sistema fotovoltaico. Como seria de esperar, o sistema tem maior rendimento energético no
verão, o que contribui para que o consumo de energia da rede seja menor durante estes meses
(figura 8.42).
Com o sistema fotovoltaico, o programa estima que os custos anuais de eletricidade passem
de 44400 euros para 28546 euros e que, em 20 anos, esses custos, sem implementação do sistema,
sejam de 80191 euros. Assim, os custos evitados, no primeiro ano, poderiam chegar aos 15800
euros, aproximadamente.
8.4 Projeto Painéis Fotovoltaicos 97

Figura 8.42: Rendimento Energético por mês

Figura 8.43: Poupanca Efetiva obtida com o Sistema Fotovoltaico

Em 20 anos, tendo em conta fatores como a poupança total em custos de eletricidade e a taxa
de encarecimento da eletricidade, prevê-se uma poupança de 438 mil euros. O programa assume
a taxa de encarecimento como sendo 3%.
O Sunny Design prevê ainda que o tempo de amortização deste investimento seja de 6 anos.
Para este cálculo são acumulados os custos incorridos por cada ano. Além disso, são ainda adicio-
nadas as restantes taxas. 6 anos é então o período aproximado a partir do qual a poupança efetiva
passa a ser positiva.
Considerando o custo anual da operação e manutenção do sistema 1% do investimento inicial,
o período de retorno aproximado aumentaria para 7 anos, concluindo que, mesmo assim, este é
um bom investimento.
O tempo de vida típico de um sistema com estas características, em instalações sem gran-
des problemas de desgaste ambiental, com manutenção adequada, assume-se como sendo de 25
anos, pelo que o projeto geraria lucro durante 18 anos (17 anos considerando manutenção), face à
situação atual.
Considerando este sistema uma Unidade de Pequena Produção (UPP), onde a totalidade da
energia elétrica ativa produzida pela UPP (134 MWh) é entregue à Rede Elétrica de Serviço Pú-
blico, sendo remunerada pela tarifa atribuída com base num modelo de licitação, no qual os con-
correntes oferecem descontos à tarifa de referência (95 Eur/MWh), seria possível obter um 12730
Eur.
98 Caso de Estudo

Usando a mesma taxa de inflação que no caso anterior, o retorno do investimento aumentaria
para 8 anos.

Tabela 8.14: Retorno Investimento - UPP

Ano Lucro Anual (Eur.) Saldo (Eur.)


0 0.00 -104625.00
1 12730.00 -91895.00
2 13111.90 -78783.10
3 13505.26 -65277.84
4 13910.41 -51367.43
5 14327.73 -37039.70
6 14757.56 -22282.14
7 15200.29 -7081.86
8 15656.29 8574.44
9 16125.98 24700.42
10 16609.76 41310.18
11 17108.06 58418.24
12 17621.30 76039.54
13 18149.94 94189.47
14 18694.43 112883.91
15 19255.27 132139.17
16 19832.93 151972.10
17 20427.91 172400.01
18 21040.75 193440.76
19 21671.97 215112.74
20 22322.13 237434.87

8.4.16 Conclusão Regimes UPP e UPAC

Conclui-se que, existe maior benefício no projeto deste sistema num regime de autoconsumo
(onde o período de retorno do investimento é menor e é possível uma maior poupança ao fim de
20 anos, figura 8.44) que de pequena produção.
8.5 Sistemas AVAC 99

Figura 8.44: Comparação Regime UPP e Regime UPAC

8.5 Sistemas AVAC

A escola em estudo, possui um software de Gestão Técnica Centralizada (GTC), que controla
em tempo real o estado dos equipamentos de iluminação e AVAC.

8.5.1 Equipamentos AVAC

Na Escola alvo de estudo desta dissertação, existem diversos equipamentos destinados ao


aquecimento, arrefecimento e ventilação de várias áreas que a constituem.

A correta manutenção destes equipamentos, não só, aumenta os seus ciclos de vida, como
também, permite obter uma redução nos seus consumos.

De seguida, apresentam-se esses equipamentos, respetivas funções e horários de funciona-


mento.

8.5.1.1 Caldeira

A caldeira, ligada ao sistema de distribuição de água, acumula água quente nos depósitos
destinada aos banhos e à cozinha. Apresenta-se, na figura 8.45, o esquema de funcionamento
deste equipamento.
100 Caso de Estudo

Figura 8.45: Esquema da Caldeira presente na Escola

A temperatura média do depósito DPAQS1, ligado aos painéis solares, é 22o ; da saída de água
dos painéis é 48o ; do retorno de água do circuito de AQS é 67o e do coletor à saída da caldeira é
71o .
O edifício escolar tem painéis solar térmicos, os quais permitem reduzir custos devido à redu-
ção do funcionamento deste equipamento. Quando a temperatura do depósito de água, aquecida
com auxílio destes, é superior à temperatura da água existente nos depósito DAQS, existe uma
permuta entre os fluídos através da abertura de uma válvula.
Encontra-se em funcionamento de segunda a sexta, das 7h30 às 20h00.
O tempo de atraso no seu arranque e na sua paragem é de 5 minutos.

8.5.1.2 Chiller

O Chiller tem como consumidores a UVC 0.1 e a UTA Adm, colmatando as necessidades
de água quente em ambas, sendo que, apenas a Unidade de Tratamento de Ar, se encontra em
funcionamento e, apenas para ventilação, como se pode perceber de seguida.
A temperatura de entrada da água tem uma média de 8o , de saída da água tem uma média de
7o e a temperatura do depósito tem uma média de 12o .
O seu funcionamento, está programado no GTC de segunda a sexta, das 7h30 às 20h30, sendo
que, normalmente, encontra-se desligado manualmente, visando a redução dos custos.

8.5.1.3 UTA’s

Desta escola, fazem parte 8 Unidades de Tratamento de Ar.


A UTA da administração está em funcionamento entre as 8h07 e as 21h, de segunda a sexta. O
valor alvo da temperatura, está programado para os 18o , sendo que na 8.46 é possível visualizar o
esquema do seu funcionamento. Neste exemplo, a válvula da UTA está a 100%, aberta. De facto,
este equipamento encontra-se apenas a fazer a ventilação do espaço. De notar, que à programação
do GTC sobrepõe-se configurações manuais.
8.5 Sistemas AVAC 101

Figura 8.46: Esquema da UTA Administração

Pela 8.46 também fica percetível que este equipamento oferece a possibilidade de reaproveitar
o ar quente diminuindo, assim, as necessidades de água quente.
As UTA’s Aulas A1, A2 e A4 estão programadas para os 20o , enquanto que a UTA Aulas A3
está programada para os 22o . Todas se encontram em funcionamento durante vários períodos nos
dias úteis, perfazendo um total aproximado de 3h diárias. São ligadas poucos minutos após as 10h
e desligadas às 17h30.

Figura 8.47: Esquema da UTA Aulas A3

Na 8.47 é possível visualizar o esquema de funcionamento da UTA AulaS A3. Repara-se que
a válvula está a 7%, ou seja, a temperatura do ar do retorno está muito próxima à do set-point.
Verifica-se que, a água entra no circuito a 67,4o e sai a 28,4o . A diferença entre estas temperaturas
é usada para aquecer a sala. Os 13,6o indicam a temperatura exterior.

8.5.1.4 Caldeira Mural

A caldeira Mural, que consiste numa caldeira a gás aplicada numa parede, alimenta as 6
UVC existentes, sendo que apenas a UVC 2.2 se encontra operacional, com necessidades de água
102 Caso de Estudo

quente.

8.5.1.5 UVC 2.2

A única Unidade Ventiloconvectora em funcionamento é a 2.2 cujas temperaturas médias de


insuflação do ar e ambiente são de 15o e 17o , respetivamente. Esta unidade presta auxílio às UTA’s
e é, essencialmente, o mesmo que uma UTA localizada do teto da área pretendida.
O facto de algumas UVC’s se encontrarem desligadas, pode ser explicado pelas respetivas
UTAs não precisarem de auxílio para fazer face às suas necessidades.
Capítulo 9

Conclusões e Trabalho Futuro

Este capítulo final sintetiza as conclusões que resultaram da elaboração desta dissertação.
Além disso, sugerem-se possíveis trabalhos futuros relacionados com o tema.

9.1 Conclusão

Recorde-se que o principal objetivo proposto para esta dissertação prendia-se com a análise da
eficiência energética de um edifício escolar, com o principal objetivo de estudar a possibilidade de
minimizar os custos associados ao consumo de energia, obedecendo uma política sustentável.

Faturas de Energia

Quanto à faturação energética, concluiu-se que a opção tarifária em vigor não é a melhor. No
estudo comparativo entre várias tarifas de várias empresas, constatou-se que o tarifário disponível
pela Endesa permite reduzir a fatura mensal em quase 8%, resultando numa poupança anual de
cerca de 770 euros.

Iluminação

Neste sub-capítulo, inicialmente, estudou-se a possibilidade de redução de potência das lâm-


padas existentes. Estimou-se que, no total, apenas é possível obter uma poupança anual de 285
euros, aplicando medidas a 9 espaços, para os quais o retorno da implementação desta medida é
inferior a 6 anos.
De seguida, estudou-se a possibilidade de implementar LEDs, devido ao maior rendimento que
apresentam. Concluiu-se que esta solução é viável, se implementada nos espaços de circulação,
onde existe maior movimento. Esta medida permite uma poupança anual superior a 1000 euros,
com um retorno de 7 anos, aproximadamente.

103
104 Conclusões e Trabalho Futuro

Qualidade da Energia

A análise à qualidade de energia da escola revelou que, existem aspetos que devem ser corri-
gidos:

• Poluição Harmónica: A taxa de distorção harmónica de corrente toma valores superiores ao


limite. Este problema deve ser analisado tendo em atenção que a substituição das lâmpadas
fluorescentes, por lâmpadas LED, gerará alterações (indesejadas) neste parâmetro.

• Equilíbrio da Corrente: As cargas não são distribuídas de forma uniforme.

Projeto Fotovoltaico

A implementação do projeto fotovoltaico como UPAC mostrou ser mais vantajosa que como
UPP (tabela 9.1), podendo permitir um lucro de 438 mil euros, em 20 anos. Apesar do elevado
investimento inicial necessário, o retorno da implementação desta proposta é obtido em 7 anos.

Tabela 9.1: Resumo do Projeto Fotovoltaico como UPAC e UPP

UPAC UPP
Investimento,(Eur) 104626 104626
Poupança Anual (Eur) 15800 12730
Retorno (anos) 6 8
Lucro (Eur) (em 20 anos) 438000 237434

AVAC

Os sistemas de AVAC, mostraram-se otimizados, não sendo possível aplicar medidas capazes
de originar poupanças à escola, mantendo os níveis de conforto. O chiller permanece desligado
durante a maioria do ano letivo e a caldeira apenas funciona quando necessário, pelo que não se
justificou alterar o seu horário para funcionamento por intervalos. Esta está já também conectada a
um sistema de painéis solares que lhe oferecem auxílio no aquecimento da água. Os diversos set-
points da temperatura já estão abaixo do recomendado pelo que não foi possível propor a descida
(no Inverno) de, pelo menos, 1o C.

9.2 Satisfação dos Objetivos

Considera-se que os objetivos inicialmente propostos foram atingidos com sucesso. Apesar
da elevada dimensão e abrangência desta dissertação, foi possível estudar cada uma das áreas,
cumprindo as metas desejadas.
9.3 Trabalho Futuro 105

9.3 Trabalho Futuro


Como trabalho futuro, sugere-se o estudo exaustivo à qualidade da energia elétrica da insta-
lação, com o objetivo de corrigir os valores da taxa de distorção harmónica de corrente, que se
encontram superiores ao valor limite, e o desequilibro das correntes entre fases. Para tal, para o
primeiro caso, será necessário determinar a origem deste problema, colocando um equipamento
capaz de analisar todo o espetro harmónico, de todos os quadros da escola e, para o segundo caso,
será necessário a análise destes quadros com todos os equipamentos monofásicos em funciona-
mento.
Propõe-se, também, o redimensionamento da bateria de condensadores e o estudo da possibili-
dade de alteração dos seus escalões de compensação, de modo a evitar a penalização na faturação
pela energia reativa.
106 Conclusões e Trabalho Futuro
Anexo A

Caracterização Espaços da Escola

107
108 Caracterização Espaços da Escola

Tabela A.1: Corpo B, Piso -1

CÓDIGO DESIGNAÇÃO DIMENSÃO[m2]


b101 Circulação 13.59
b102 Circulação 22.52
b103 Circulação 29.96
b104 Circulação 40.97
b105 Circulação 4.69
b106 Circulação 14.02
b107 Circ. 3.04
b108 Circulação 11.90
b109 Restaurante/Cafetaria (Polivalente) 307.03
b110 Sala Alunos (Polivalente) 223.63
b111 Loja Conv. 40.52
B112 Reprografia 33.49
b113 Rádio Escola 11.87
b114 Vest. Pess.Masc. 7.98
B115 Vest.Pes.Fem 7.98
b116 Armazém de Géneros 26.34
b117 Of. Manutenção 34.99
b118 Pátio 24.96
b119 Pátio 7.81
b120 Copa 6.83
b121 Arr. Mat. Limp. 3.58
b122 Lavagem 12.24
b123 Confeção 34.18
b124 Preparação 22.55
b125 Arr. 15.64
b126 I.S.Masc. 21.18
b127 I.S.Fem. 22.13
b128 I.S.Def. 5.43
b129 Arr. 6.04
b130 Arq. Geral 81.32
b131 Arq. Geral 6.67
b132 Arr. Geral 81.47
b133 Lixo 5.56
b134 Lixos 57.30
b135 PT 26.76
b136 PRM Contador 4.10
b137 Fotovoltaicos 12.50
Caracterização Espaços da Escola 109

Tabela A.2: Corpo B, Piso 0

CÓDIGO DESIGNAÇÃO DIMENSÃO[m2]


b001 Circulação 38.01
b002 Circulação 168.77
b003 Circulação 9.33
b004 Biblioteca 250.56
b005 Laboratório Física 81.05
b007 Laboratório Polivalente 81.48
b008 Laboratório Bio./Geologia 81.34
b009 Laboratório Química 82.07
b010 Sala Trab. Prof. 23.89
b012 Sala Preparação 34.29
b013 Sala Preparação 34.29
b014 Arquivo 41.92
b015 Gabinete 17.44
b016 Circ. 3.08
b017 Área técnica 6.33

Tabela A.3: Corpo B, Bloco 1

CÓDIGO DESIGNAÇÃO DIMENSÃO[m2]


b101 Circulação 26.71
b102 Circulação 168.13
b103 Circulação 57.70
b105 Desenho Técnico/Geom. 80.79
b105 Desenho Técnico/Geom. 100.27
b105 Desenho Técnico/Geom. 100.02
b105 Desenho Técnico/Geom. 81.34
b109 Estúdio Multimédia 80.61
b109 Estúdio Multimédia 33.96
b110 Oficina Informática 62.81
b111 Salas TIC 53.68
b112 Salas TIC 55.17
b113 Salas TIC 53.54
b114 Arr. Eq. Inf. 9.49
b115 Arr. Eq. Áudio 7.54
b116 Anexos/Arquivos 34.09
b117 Anexos/Arquivos 5.61
b118 Anexos/Arquivos 13.12
b119 Arr. 2.0
b120 Circ. 3.08
b121 Acesso Cobertura 11.18
b122 Área Técnica 7.23
110 Caracterização Espaços da Escola

Tabela A.4: Corpo C, Piso -1

CÓDIGO DESIGNAÇÃO DIMENSÃO[m2]


c101 Circulação 39.54
c103 Circulação 103.99
c104 Circulação 27.25
c105 Circulação 41.22
c105a Circ. 2.22
c105 b Circ. 2.03
c106 Vest/Baln. Masc. 57.02
c107 Vest/Baln. Masc. 62.04
c108 Vest./Baln.Fem. 50.05
c109 Vest./Baln.Fem. 61.13
c110 Posto Médico 14.79
c111 Func. 3.06
c112 Arr. 3.18
c113 I.S.Def. 6.73
c114 Arq.Mat.Ed.Fís. 18.67
c116 Recreio Coberto 72.87

Tabela A.5: Corpo C, Piso 0

{CÓDIGO} {DESIGNAÇÃO} {DIMENSÃO [m2]}


c001 Circulação 43.72
c003 Circulação 12.15
c004 Circulação 108.22
c005 Ginásio 278.98
c006 Sala de Aparelhos 43.88
c007 Arq.Mat.Ed.Fís. 17.21
c008 Sala Expressões 72.87
Caracterização Espaços da Escola 111

Figura A.1: Estudo Redução de Potência


112 Caracterização Espaços da Escola
Anexo B

Tarifário

Figura B.1: Tarifário ENDESA

113
114 Tarifário
115
116 Certificados de Calibração do Luxímetro e do Analisador de Redes

Anexo C

Certificados de Calibração do
Luxímetro e do Analisador de Redes

Laboratório de Calibração em
Metrologia Electro-Física
Instalações
Certificado de Calibração

Este documento só pode ser reproduzido na íntegra, excepto quando autorização por escrito do ISQ. This document may not be reproduced other than in full, except with the prior written aproval of the issuing laboratory.
de Oeiras

O IPAC é signatário do Acordo de Reconhecimento Mútuo da EA e do ILAC para ensaios, calibrações e inspeções. IPAC is a signatory to the EA MLA anda ILAC MRA for testing, calibration and inspection
Data de Emissão 2016-04-15 Certificado nº. COPT350/16 Página 1 de 3

Equipamento: Luxímetro
Marca: Tenmars Nº ident.: ---
Modelo: DL-201 Nº série: 030605149
Indicação: Digital

Cliente Manvia - Manutenção e Exploração de Instalações e Construção S.A.


Rua Mário Dionísio, 2
2796-957 Linda-A-Velha

Data de 2016-04-15
Calibração

Condições Temperatura: 23,0 ºC Humidade relativa: 58,0 %


Ambientais

Procedimento PO.M-DM/OPT 01 (Ed. E).

Rastreabilidade Iluminância, Fonte de Radiação OL 462, Luxímetro Padrão LO003/LO004, rastreados ao NPL,
Inglaterra.

Estado Não foram identificados aspectos relevantes que afectassem os resultados.


do equipamento

Resultados Encontram-se apresentados na(s) página(s) seguinte(s).


A incerteza expandida apresentada, está expressa pela incerteza-padrão multiplicada pelo
factor de expansão k=2, o qual para uma distribuição normal corresponde a uma probabilidade
de expansão de, aproximadamente, 95%.
A incerteza foi calculada de acordo com o documento EA-4/02.

Calibrado por Responsável pela Validação


DM/064.2/07

David Silva Silva Gomes (Responsável Técnico)

instituto de soldadura labmetro@isq.pt http://metrologia.isq.pt


e qualidade
Lisboa: Av. Prof. Cavaco Silva, 33 • Taguspark • 2740-120 Oeiras • Portugal Porto: Rua do Mirante, 258 • 4415-491 Grijó • Portugal
Tels.: +351 21 422 90 34/81 86/90 20 • Fax: +351 21 422 81 02 Tels.: +351 22 747 19 10/50 • Fax: +351 22 747 19 19/745 57 78
Certificados de Calibração do Luxímetro e do Analisador de Redes 117

Laboratório de Calibração em
Metrologia Electro-Física
Certificado de Calibração

Este documento só pode ser reproduzido na íntegra, excepto quando autorização por escrito do ISQ. This document may not be reproduced other than in full, except with the prior written aproval of the issuing laboratory.
O IPAC é signatário do Acordo de Reconhecimento Mútuo da EA e do ILAC para ensaios, calibrações e inspeções. IPAC is a signatory to the EA MLA anda ILAC MRA for testing, calibration and inspection
n.º COPT350/16 Página 2 de 3

Método de calibração

A calibração de luxímetros é realizada num banco fotométrico por comparação com um detector de referência, usando
uma fonte de radiação com uma lâmpada de incandescência com filamento de tungsténio em atmosfera gasosa com
temperatura de cor de 2856K (Iluminante A da CEI), que produz níveis de iluminância, com incidência normal sobre a
superfície do detector.

Resultados obtidos

Os resultados obtidos são apresentados na tabela seguinte.


Da tabela resultaram os gráficos representados nas folhas seguintes. Em abcissas apresentam-se os valores correctos
de Iluminância (Valor padrão), e em ordenadas, os valores medidos com o Luxímetro. Para uma mais fácil e melhor
compreensão destes resultados, representa-se também a recta de resposta ideal (45º).
Os valores correctos obtêm-se multiplicando o factor de correcção pela leitura no equipamento.

Iluminância

Escala de Valor de Valor do Incerteza


Erro
medição referência equipamento Expandida

2000 lx 305,5 lx 271 lx -11,4 % ± 1,6 %


811,3 lx 719 lx -11,4 % ± 1,5 %
1325 lx 1174 lx -11,4 % ± 1,5 %
1830 lx 1621 lx -11,4 % ± 1,5 %

200 lx 32,11 lx 28,3 lx -11,9 % ± 1,5 %


82,02 lx 72,3 lx -11,9 % ± 1,5 %
132,3 lx 116,6 lx -11,9 % ± 1,5 %
184,0 lx 162,1 lx -11,9 % ± 1,5 %

Calibrado por Responsável pela Validação


DM/064.2/07

David Silva Silva Gomes (Responsável Técnico)

instituto de soldadura labmetro@isq.pt http://metrologia.isq.pt


e qualidade
Lisboa: Av. Prof. Cavaco Silva, 33 • Taguspark • 2740-120 Oeiras • Portugal Porto: Rua do Mirante, 258 • 4415-491 Grijó • Portugal
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118 Certificados de Calibração do Luxímetro e do Analisador de Redes

Laboratório de Calibração em
Metrologia Electro-Física
Certificado de Calibração

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n.º COPT350/16 Página 3 de 3

Iluminância (lx)
2000
Calibração da escala de 2000 lx
1800

1600 Factor de correcção: 1,1287


Leitura no equipamento (lx)

1400

1200

1000

800

600

400

200 Leit. equipamento


Incerteza
0
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000

Valor Padrão (lx)

Iluminância (lx)
200
Calibração da escala de 200 lx

175
Factor de correcção: 1,1350
Leitura no equipamento (lx)

150

125

100

75

50

25
Leit. equipamento
Incerteza
0
0 25 50 75 100 125 150 175 200

Valor Padrão (lx)

Calibrado por Responsável pela Validação


DM/064.2/07

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Certificados de Calibração do Luxímetro e do Analisador de Redes 119

Laboratório de Calibração em
Metrologia Electro-Física
Certificado de Calibração

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Data 28.07.2016 Certificado nº. CELE3964/16 Página 1 de 9

Equipamento ANALISADOR DE ENERGIA


Marca: HT ITALIA Nº ident.: ---
Modelo: GSC 53N Nº série: 06024393
Indicação: Digital

Cliente MANVIA MANUTENÇÃO E EXPLORAÇÃO DE INSTALAÇÕES E CONSTRUÇÃO SA


RUA MÁRIO DIONÍSIO, 2
2799-557 LINDA-A-VELHA

Data de 28.07.2016
Calibração

Condições Temperatura: 21,1 ºC Humidade relativa: 53,9 %


Ambientais

Procedimento PO.M-DM/ELEC: 02 (Ed. I), 03 (Ed. H), 04 (Ed. K), 05 (Ed. J)

Rastreabilidade Wavetek 7001, rastreado ao Instituto Português da Qualidade (Portugal). Fluke 5790A,
rastreado à 1A CAL, Kassel (Alemanha, Dakks). DC > 1000V: Elabo 94-8A, rastreado à Elabo
GmbH (Alemanha, Dakks)
Fluke 5790A e Fluke A40/A40A, rastreado à 1A CAL, Kassel (Alemanha, Dakks). Fluke Y5020,
rastreado ao Instituto Português da Qualidade (Portugal). AC > 1000V: Elabo 94-8A, rastreado
à Elabo GmbH (Alemanha, Dakks).
Resistências-padrão Tinsley/Guildline, rastreado ao Instituto Português da Qualidade
(Portugal).
Zera COM3003, rastreado ao Federal Institute of Metrology METAS (Suiça).

Resultados Encontram-se apresentados na(s) folha(s) em anexo.


A incerteza expandida apresentada, está expressa pela incerteza-padrão multiplicada pelo
factor de expansão k=2, o qual para uma distribuição normal corresponde a uma probabilidade
de, aproximadamente, 95%. A incerteza foi calculada de acordo com o documento EA-4/02.

Nota 1 : O equipamento encontra-se dentro da tolerância de referência.

Nota 2 : Especificação de fabricante nos testes realizados.

Calibrado por Responsável pela Validação


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Sónia Silva Jorge Silva (Técnico)

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120 Certificados de Calibração do Luxímetro e do Analisador de Redes

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Metrologia Electro-Física
Continuação de Certificado

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nº. CELE3964/16 Página 2 de 9

Resistência (Low Ω)

Valor Leitura no Erro + Inc.


Escala Erro Tolerância Incerteza
padrão equipamento %Tolerância

20 Ω Short 0,00 Ω --- --- --- ---


0,25 Ω 0,25 Ω 0,00 Ω ± 0,03 Ω ± 0,01 Ω 33 %
50 Ω 50,3 Ω 0,3 Ω ± 1,2 Ω ± 0,1 Ω 33 %

Tensão de ensaio sobre uma resistência de 20MΩ

Valor Valor
Incerteza
padrão nominal

53,5 V 50 V ± 0,3 V
107,3 V 100 V ± 0,3 V
26,6 V 250 V ± 0,3 V
525,7 V 500 V ± 0,4 V
1271,0 V 1000 V ± 0,6 V

Isolamento (RISO)

Gama / Valor Leitura no Erro + Inc.


Erro Tolerância Incerteza
Função padrão equipamento %Tolerância

500 V/MΩ 0,22 MΩ 0,22 MΩ 0,00 MΩ ± 0,02 MΩ ± 0,01 MΩ 50 %


1,8 MΩ 1,80 MΩ 0,00 MΩ ± 0,06 MΩ ± 0,01 MΩ 17 %

1000 V/MΩ 5 MΩ 5,01 MΩ 0,01 MΩ ± 0,12 MΩ ± 0,09 MΩ 83 %


30 MΩ 30,2 MΩ 0,2 MΩ ± 0,8 MΩ ± 0,2 MΩ 50 %
77 MΩ 77,1 MΩ 0,1 MΩ ± 1,7 MΩ ± 0,2 MΩ 18 %
1500 MΩ 1491 MΩ -9 MΩ ± 77 MΩ ± 1 MΩ 13 %

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Certificados de Calibração do Luxímetro e do Analisador de Redes 121

Laboratório de Calibração em
Metrologia Electro-Física
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RCD

Valor Valor Erro + Inc.


Erro Tolerância Incerteza
padrão seleccionado %Tolerância

10,50 mA 10 mA -0,50 mA ± 2,00 mA ± 0,02 mA 26 %


30,17 mA 30 mA -0,17 mA ± 3,00 mA ± 0,04 mA 7 %
102,0 mA 100 mA -2,0 mA ± 4,0 mA ± 0,2 mA 55 %

Resistência (Earth)

Valor Leitura no Erro + Inc.


Escala Erro Tolerância Incerteza
padrão equipamento %Tolerância

20 Ω Short 0,10 Ω --- --- --- ---


0,1 Ω 0,11 Ω 0,01 Ω 0,04 Ω ± 0,01 Ω 50 %

200 Ω 120 Ω 119,9 Ω -0,1 Ω 6,3 Ω ± 0,1 Ω 3 %

2000 Ω 300 Ω 299 Ω -1 Ω 18 Ω ±1 Ω 11 %


1800 Ω 1803 Ω 3 Ω 93 Ω ±1 Ω 4 %

Tensão alternada (B1-B4)

Valor Leitura no Erro + Inc.


Escala Erro Tolerância Incerteza
padrão equipamento %Tolerância

600 V 100 V/50Hz 99,8 V -0,2 V ± 0,7 V ± 0,1 V 43 %


230 V/50Hz 230,2 V 0,2 V ± 1,4 V ± 0,2 V 29 %
400 V/50Hz 398,4 V -1,6 V ± 2,2 V ± 0,3 V 86 %

Calibrado por Responsável pela Validação


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122 Certificados de Calibração do Luxímetro e do Analisador de Redes

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Tensão alternada (B2-B4)

Valor Leitura no Erro + Inc.


Escala Erro Tolerância Incerteza
padrão equipamento %Tolerância

600 V 100 V/50Hz 99,9 V -0,1 V ± 0,7 V ± 0,1 V 29 %


230 V/50Hz 230,2 V 0,2 V ± 1,4 V ± 0,2 V 29 %
400 V/50Hz 398,7 V -1,3 V ± 2,2 V ± 0,3 V 73 %

Tensão alternada (B3-B4)

Valor Leitura no Erro + Inc.


Escala Erro Tolerância Incerteza
padrão equipamento %Tolerância

600 V 100 V/50Hz 99,9 V -0,1 V ± 0,7 V ± 0,1 V 29 %


230 V/50Hz 230,1 V 0,1 V ± 1,4 V ± 0,2 V 21 %
400 V/50Hz 398,9 V -1,1 V ± 2,2 V ± 0,3 V 64 %

(I1) Pinça nº série: H05180348285


(I2) Pinça nº série:H05312246385
(I3) Pinça nº série: H05312245085

Corrente alternada (I1)

Valor Leitura no Erro + Inc.


Escala Erro Tolerância Incerteza
padrão equipamento % Tolerância

3000 A 45 A/50Hz 45,0 A 0,0 A ± 0,5 A ± 0,3 A 60 %


100 A/50Hz 99,4 A -0,6 A ± 1,0 A ± 0,4 A 100 %
250 A/50Hz 249,4 A -0,6 A ± 2,5 A ± 0,9 A 60 %
400 A/50Hz 398,7 A -1,3 A ± 4,0 A ± 1,3 A 65 %
530 A/50Hz 529,2 A -0,8 A ± 5,3 A ± 1,7 A 47 %

Calibrado por Responsável pela Validação


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Corrente alternada (I2)

Valor Leitura no Erro + Inc.


Escala Erro Tolerância Incerteza
padrão equipamento % Tolerância

3000 A 45 A/50Hz 45,1 A 0,1 A ± 0,5 A ± 0,3 A 80 %


100 A/50Hz 99,6 A -0,4 A ± 1,0 A ± 0,4 A 80 %
250 A/50Hz 250,0 A 0,0 A ± 2,5 A ± 0,9 A 36 %
400 A/50Hz 399,8 A -0,2 A ± 4,0 A ± 1,3 A 37 %
530 A/50Hz 530,5 A 0,5 A ± 5,4 A ± 1,7 A 41 %

Corrente alternada (I3)

Valor Leitura no Erro + Inc.


Escala Erro Tolerância Incerteza
padrão equipamento % Tolerância

3000 A 45 A/50Hz 44,9 A -0,1 A ± 0,5 A ± 0,3 A 80 %


100 A/50Hz 99,4 A -0,6 A ± 1,0 A ± 0,4 A 100 %
250 A/50Hz 249,2 A -0,8 A ± 2,5 A ± 0,9 A 68 %
400 A/50Hz 398,2 A -1,8 A ± 4,0 A ± 1,3 A 78 %
530 A/50Hz 528,6 A -1,4 A ± 5,3 A ± 1,7 A 58 %

Potência Activa Monofásica - Indutivo (B1B4-I1) (Corrente alternada @ 50 Hz)

Valor padrão Leitura no equipamento Erro + Inc.


Erro Tolerância Incerteza
V A cos ϕ kW V A cos ϕ kW %Tolerância

230 45 0,5 5,175 230,1 44,8 0,50 5,209 0,034 kW ± 0,193 kW ± 0,028 kW 32 %
100 0,5 11,50 230,1 99,4 0,50 11,51 0,01 kW ± 0,43 kW ± 0,07 kW 19 %
250 0,5 28,75 230,1 249,4 0,50 28,96 0,21 kW ± 1,07 kW ± 0,16 kW 34 %
400 0,5 46,00 230,1 399,9 0,50 46,18 0,18 kW ± 1,71 kW ± 0,25 kW 25 %
530 0,5 60,95 230,1 530,6 0,50 61,12 0,17 kW ± 2,27 kW ± 0,33 kW 22 %

Calibrado por Responsável pela Validação


DM/064.2/07

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Potência Activa Monofásica - Indutivo (B2B4-I2) (Corrente alternada @ 50 Hz)

Valor padrão Leitura no equipamento Erro + Inc.


Erro Tolerância Incerteza
V A cos ϕ kW V A cos ϕ kW %Tolerância

230 45 0,5 5,175 230,1 45,2 0,50 5,321 0,146 kW ± 0,197 kW ± 0,028 kW 88 %
100 0,5 11,50 230,1 99,7 0,50 11,67 0,17 kW ± 0,43 kW ± 0,07 kW 55 %
250 0,5 28,75 230,1 250,3 0,50 29,18 0,43 kW ± 1,08 kW ± 0,16 kW 55 %
400 0,5 46,00 230,1 399,2 0,50 46,24 0,24 kW ± 1,71 kW ± 0,25 kW 29 %
530 0,5 60,95 230,1 529,7 0,50 61,49 0,54 kW ± 2,28 kW ± 0,33 kW 38 %

Potência Activa Monofásica - Indutivo (B3B4-I3) (Corrente alternada @ 50 Hz)

Valor padrão Leitura no equipamento Erro + Inc.


Erro Tolerância Incerteza
V A cos ϕ kW V A cos ϕ kW %Tolerância

230 45 0,5 5,175 230,1 45,2 0,50 5,272 0,097 kW ± 0,195 kW ± 0,028 kW 64 %
100 0,5 11,50 230,1 99,4 0,50 11,56 0,06 kW ± 0,43 kW ± 0,07 kW 30 %
250 0,5 28,75 230,1 249,1 0,50 28,93 0,18 kW ± 1,07 kW ± 0,16 kW 32 %
400 0,5 46,00 230,1 396,6 0,50 45,73 -0,27 kW ± 1,70 kW ± 0,25 kW 31 %
530 0,5 60,95 230,1 526,3 0,50 60,71 -0,24 kW ± 2,25 kW ± 0,33 kW 25 %

Potência Reactiva - Indutivo (B1B4-I1) (Corrente alternada @ 50 Hz)

Valor padrão Leitura no equipamento Erro + Inc.


Erro Tolerância Incerteza
V A cos ϕ kVAr V A cos ϕ kVAr %Tolerância

230 45 0,5 8,963 230,1 44,8 0,50 8,921 -0,042 kVAr ± 0,048 kVAr ± 0,048 kVAr 27 %
100 0,5 19,92 230,1 99,4 0,50 19,76 -0,16 kVAr ± 0,11 kVAr ± 0,11 kVAr 37 %
250 0,5 49,80 230,1 249,4 0,50 49,56 -0,24 kVAr ± 0,27 kVAr ± 0,27 kVAr 28 %
400 0,5 79,67 230,1 399,9 0,50 79,46 -0,21 kVAr ± 0,43 kVAr ± 0,43 kVAr 22 %
530 0,5 105,6 230,1 530,6 0,50 105,5 -0,1 kVAr ± 0,6 kVAr ± 0,6 kVAr 18 %

Calibrado por Responsável pela Validação


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Certificados de Calibração do Luxímetro e do Analisador de Redes 125

Laboratório de Calibração em
Metrologia Electro-Física
Continuação de Certificado

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Potência Reactiva - Indutivo (B2B4-I2) (Corrente alternada @ 50 Hz)

Valor padrão Leitura no equipamento Erro + Inc.


Erro Tolerância Incerteza
V A cos ϕ kVAr V A cos ϕ kVAr %Tolerância

230 45 0,5 8,963 230,1 45,2 0,50 8,958 -0,005 kVAr ± 0,332 kVAr ± 0,048 kVAr 16 %
100 0,5 19,92 230,1 99,7 0,50 19,75 -0,17 kVAr ± 0,73 kVAr ± 0,11 kVAr 38 %
250 0,5 49,80 230,1 250,3 0,50 49,61 -0,19 kVAr ± 1,84 kVAr ± 0,27 kVAr 25 %
400 0,5 79,67 230,1 399,2 0,50 79,25 -0,42 kVAr ± 2,94 kVAr ± 0,43 kVAr 29 %
530 0,5 105,6 230,1 529,7 0,50 105,2 -0,4 kVAr ± 3,9 kVAr ± 0,6 kVAr 26 %

Potência Reactiva - Indutivo (B3B4-I3) (Corrente alternada @ 50 Hz)

Valor padrão Leitura no equipamento Erro + Inc.


Erro Tolerância Incerteza
V A cos ϕ kVAr V A cos ϕ kVAr %Tolerância

230 45 0,5 8,963 230,1 45,2 0,50 8,977 0,014 kVAr ± 0,333 kVAr ± 0,048 kVAr 19 %
100 0,5 19,92 230,1 99,4 0,50 19,72 -0,20 kVAr ± 0,73 kVAr ± 0,11 kVAr 42 %
250 0,5 49,80 230,1 249,1 0,50 49,44 -0,36 kVAr ± 1,83 kVAr ± 0,27 kVAr 34 %
400 0,5 79,67 230,1 396,6 0,50 78,87 -0,80 kVAr ± 2,92 kVAr ± 0,43 kVAr 42 %
530 0,5 105,6 230,1 526,3 0,50 104,7 -0,9 kVAr ± 3,9 kVAr ± 0,6 kVAr 39 %

Potência Activa Monofásica - Capacitivo (B1B4-I1) (Corrente alternada @ 50 Hz)

Valor padrão Leitura no equipamento Erro + Inc.


Erro Tolerância Incerteza
V A cos ϕ kW V A cos ϕ kW %Tolerância

230 45 0,5 5,2 230,1 45,2 0,50 5,197 0,022 kW ± 0,193 kW ± 0,028 kW 26 %
100 0,5 11,5 230,1 99,7 0,50 11,36 -0,14 kW ± 0,42 kW ± 0,07 kW 50 %
250 0,5 28,8 230,1 99,8 0,50 28,51 -0,24 kW ± 1,06 kW ± 0,16 kW 38 %
400 0,5 46,0 230,1 399,2 0,50 45,08 -0,92 kW ± 1,67 kW ± 0,25 kW 70 %
530 0,5 61,0 230,1 529,7 0,50 60,02 -0,93 kW ± 2,23 kW ± 0,33 kW 57 %

Calibrado por Responsável pela Validação


DM/064.2/07

Sónia Silva Jorge Silva (Técnico)

instituto de soldadura labmetro@isq.pt http://metrologia.isq.pt


e qualidade
Lisboa: Av. Prof. Cavaco Silva, 33 • Taguspark • 2740-120 Oeiras • Portugal Porto: Rua do Mirante, 258 • 4415-491 Grijó • Portugal
Tels.: +351 21 422 90 34/81 86/90 20 • Fax: +351 21 422 81 02 Tels.: +351 22 747 19 10/50 • Fax: +351 22 747 19 19/745 57 78
126 Certificados de Calibração do Luxímetro e do Analisador de Redes

Laboratório de Calibração em
Metrologia Electro-Física
Continuação de Certificado

Este documento só pode ser reproduzido na íntegra, excepto quando autorização por escrito do ISQ. This document may not be reproduced other than in full, except with the prior written aproval of the issuing laboratory.
O IPAC é signatário do Acordo de Reconhecimento Mútuo da EA e do ILAC para ensaios, calibrações e inspeções. IPAC is a signatory to the EA MLA anda ILAC MRA for testing, calibration and inspection
nº. CELE3964/16 Página 8 de 9

Potência Activa Monofásica - Capacitivo (B2B4-I2) (Corrente alternada @ 50 Hz)

Valor padrão Leitura no equipamento Erro + Inc.


Erro Tolerância Incerteza
V A cos ϕ kW V A cos ϕ kW %Tolerância

230 45 0,5 5,2 230,1 45,3 0,50 5,238 0,063 kW ± 0,194 kW ± 0,028 kW 47 %
100 0,5 11,5 230,1 100,1 0,50 11,49 -0,01 kW ± 0,43 kW ± 0,07 kW 19 %
250 0,5 28,8 230,1 251,5 0,50 28,81 0,06 kW ± 1,07 kW ± 0,16 kW 21 %
400 0,5 46,0 230,1 401,9 0,50 45,52 -0,48 kW ± 1,69 kW ± 0,25 kW 43 %
530 0,5 61,0 230,1 532,7 0,50 60,62 -0,33 kW ± 2,25 kW ± 0,33 kW 29 %

Potência Activa Monofásica - Capacitivo (B3B4-I3) (Corrente alternada @ 50 Hz)

Valor padrão Leitura no equipamento Erro + Inc.


Erro Tolerância Incerteza
V A cos ϕ kW V A cos ϕ kW %Tolerância

230 45 0,5 5,2 230,1 44,7 0,50 5,181 0,006 kW ± 0,192 kW ± 0,028 kW 18 %
100 0,5 11,5 230,1 98,8 0,50 11,34 -0,16 kW ± 0,42 kW ± 0,07 kW 55 %
250 0,5 28,8 230,1 248,4 0,50 28,41 -0,34 kW ± 1,05 kW ± 0,16 kW 47 %
400 0,5 46,0 230,1 396,3 0,50 44,95 -1,05 kW ± 1,67 kW ± 0,25 kW 78 %
530 0,5 61,0 230,1 526,3 0,50 59,84 -1,11 kW ± 2,22 kW ± 0,33 kW 65 %

Potência Reactiva - Capacitivo (B1B4-I1) (Corrente alternada @ 50 Hz)

Valor padrão Leitura no equipamento Erro + Inc.


Erro Tolerância Incerteza
V A cos ϕ kVAr V A cos ϕ kVAr %Tolerância

230 45 0,5 -8,835 230,1 45,2 0,50 -9,011 -0,176 kVAr ± 0,334 kVAr ± 0,047 kVAr 67 %
100 0,5 -19,92 230,1 99,7 0,50 -19,91 0,01 kVAr ± 0,74 kVAr ± 0,11 kVAr 16 %
250 0,5 -49,80 230,1 99,8 0,50 -49,97 -0,17 kVAr ± 1,85 kVAr ± 0,27 kVAr 24 %
400 0,5 -79,67 230,1 399,2 0,50 -79,93 -0,26 kVAr ± 2,96 kVAr ± 0,43 kVAr 23 %
530 0,5 -105,6 230,1 529,7 0,50 -105,5 0,1 kVAr ± 3,9 kVAr ± 0,6 kVAr 18 %

Calibrado por Responsável pela Validação


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Certificados de Calibração do Luxímetro e do Analisador de Redes 127

Laboratório de Calibração em
Metrologia Electro-Física
Continuação de Certificado

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O IPAC é signatário do Acordo de Reconhecimento Mútuo da EA e do ILAC para ensaios, calibrações e inspeções. IPAC is a signatory to the EA MLA anda ILAC MRA for testing, calibration and inspection
nº. CELE3964/16 Página 9 de 9

Potência Reactiva - Capacitivo (B2B4-I2) (Corrente alternada @ 50 Hz)

Valor padrão Leitura no equipamento Erro + Inc.


Erro Tolerância Incerteza
V A cos ϕ kVAr V A cos ϕ kVAr %Tolerância

230 45 0,5 -8,835 230,1 45,3 0,50 -9,029 -0,189 kVAr ± 0,335 kVAr ± 0,047 kVAr 70 %
100 0,5 -19,92 230,1 100,1 0,50 -19,99 -0,07 kVAr ± 0,74 kVAr ± 0,11 kVAr 24 %
250 0,5 -49,80 230,1 251,5 0,50 -50,20 -0,40 kVAr ± 1,86 kVAr ± 0,27 kVAr 36 %
400 0,5 -79,67 230,1 401,9 0,50 -80,26 -0,59 kVAr ± 2,98 kVAr ± 0,43 kVAr 34 %
530 0,5 -105,6 230,1 532,7 0,50 -106,6 -1,0 kVAr ± 4,0 kVAr ± 0,6 kVAr 41 %

Potência Reactiva - Capacitivo (B3B4-I3) (Corrente alternada @ 50 Hz)

Valor padrão Leitura no equipamento Erro + Inc.


Erro Tolerância Incerteza
V A cos ϕ kVAr V A cos ϕ kVAr %Tolerância

230 45 0,5 -8,841 230,1 44,7 0,50 -8,888 -0,047 kVAr ± 0,329 kVAr ± 0,047 kVAr 29 %
100 0,5 -19,92 230,1 98,8 0,50 -19,71 0,21 kVAr ± 0,73 kVAr ± 0,11 kVAr 44 %
250 0,5 -49,80 230,1 248,4 0,50 -49,55 0,25 kVAr ± 1,84 kVAr ± 0,27 kVAr 28 %
400 0,5 -79,67 230,1 396,3 0,50 -79,20 0,47 kVAr ± 2,94 kVAr ± 0,43 kVAr 31 %
530 0,5 -105,6 230,1 526,3 0,50 -105,1 0,5 kVAr ± 3,9 kVAr ± 0,6 kVAr 27 %

(!) NOTA: O laboratório não se encontra acreditado nos pontos assinalados.

Na calibração, foram utilizados os acessórios identificados com uma etiqueta de calibração igual à do equipamento.

Calibrado por Responsável pela Validação


DM/064.2/07

Sónia Silva Jorge Silva (Técnico)

instituto de soldadura labmetro@isq.pt http://metrologia.isq.pt


e qualidade
Lisboa: Av. Prof. Cavaco Silva, 33 • Taguspark • 2740-120 Oeiras • Portugal Porto: Rua do Mirante, 258 • 4415-491 Grijó • Portugal
Tels.: +351 21 422 90 34/81 86/90 20 • Fax: +351 21 422 81 02 Tels.: +351 22 747 19 10/50 • Fax: +351 22 747 19 19/745 57 78
128 Certificados de Calibração do Luxímetro e do Analisador de Redes
129
130 Equipamentos - Sistema Fotovoltaico

Anexo D

Equipamentos - Sistema Fotovoltaico

MPRIME G Séries GENIUS 4BB


250 / 255 / 260 / 265

PONTOS FORTES DOS MÓDULOS MPRIME

Excelente desempenho com pouca luz

Tolerância potência positiva 0~+5 Watts

Adequando para situações de carga mecânica extrema


5400
Pa até 5400 Pa

100% dos módulos fotovoltaicos testados e inspecionados


por sistema de Electroluminiscência (E.L. Tester)

Resistência
Ammonia
Resistente à amónia
Amónia
Resistant

Salt-mist
Corrosão
Muito resistente à corrosão salina
Resistant
Salina

Certificado por Garantia


25
Anos
Garantia do produto: 10 anos.
Garantia
Linear Garantia de desempenho linear: 25 anos.

CERTIFICAÇÃO
100%

• Certificado TÜV 97%

95%
• Certificado MCS
• IEC 61215(ed.2) 90%

• IEC 61730-1(ed.1) & IEC 61730-2(ed.1)


85%
• Corrosão salina (IEC 61701e Amónia (IEC 62716)
Valor acrescentado da MPrime
80%

75%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25

Garantia linear de desempenho MPrime


Garantia standard de desempenho

WWW.MPRIMESOLAR.COM
Equipamentos - Sistema Fotovoltaico 131

ESPECIFICAÇÕES ELÉTRICAS
Potência Nominal (Wp) PNOM 250 255 260 265
Tolerância Potência Positiva 0~+5W
Corrente em MPP (A) IMPP 8,32 8,43 8,52 8,59

Tensão MPP (V) VMPP/UMPP 30,0 30,2 30,5 30,8

Tensão de Circuito Aberto (V) VOC/UOC 37,3 37,6 37,8 38,1

Corrente de Circuito Aberto (A) ISC 8,91 8,99 9,06 9,16

Eficiência do Módulo η (%) 15,4 15,7 16,0 16,3

Tensão Máxima do Sistema (V) VSYST IEC:1000 / UL:1000

Valor Máximo de Fusível de String (A) I 15


Temperatura do módulo permitida -40ºC até +85ºC
em serviço contínuo
NOCT (ºC) 46±2

Coeficientes de Temperatura:
Potência γ(PNOM) -0,43%/ºC

Tensão β(Voc) -0,33% /ºC

Corrente α(Isc) +0,06%/ºC

* Valores em Condições de Teste Padrão STC: massa de ar AM 1,5G, irradiância 1000 W/m2 e temperatura da célula (25º±2)ºC.

ESPECIFICAÇÕES MECÂNICAS DIMENSÕES Todos os valores estão em mm

Dimensões 1640 x 992 x 40 mm / 64,57” x 39,06” x 1,57”


60
Peso 18,5 kg / 40,7 lb 8 furos de
drenagem

Células Solares Policristalinas de 6 polegadas (156 x 156 mm) Cabo


900mm

Conexão Células 60 células (6 x 10)


Transparente e temperado 8 furos de
secção A-A
Vidro com 3,2 mm de espessura (0,13”) montagem

Moldura Liga de alumínio anodizado 6 furos de


ligação terra ø5

Células 3 díodos
Caixa de Junção IP-65 ou IP-67
560 885 1385
Cabo Comprimento 900mm* diâmetro 4 mm² cada
Conectores Compatível com MC4

* Cabo de 1200mm: tempo de entrega pendente de confirmação.

EMBALAGEM
Módulos por palete 26 módulos

Paletes por contentor 28 paletes


Módulos por contentor 728 módulos

CURVAS I-V
Curva I-V em Diferentes Níveis de Irradiância

ATENÇÃO: Leia as instruções de segurança e de instalação antes de utilizar o produto. (disponiveis em WWW.MPRIMESOLAR.COM).

NOTA: As especificações incluídas neste documento estão sujeitas a alterações sem aviso prévio por parte da empresa.
Em caso de conflitos/problemas que possam surgir devido a erros de interpretação, as condições que prevalecem são as descritas na versão original (inglês). PT065-TCD-GSGEN4B/01/12.15(EN)

MPRIME SOLAR SOLUTIONS, S.A. ZONA INDUSTRIAL, APARTADO 17 / 3684-001 OLIVEIRA DE FRADES, PORTUGAL
TEL. +351 232 811 381 FAX. +352 232 767 750 INFO.PT@MPRIMESOLAR.COM WWW.MPRIMESOLAR.COM
132 Equipamentos - Sistema Fotovoltaico

Sunny Tripower
15000TL / 20000TL / 25000TL
STP 15000TL-30 / STP 20000TL-30 / STP 25000TL-30

Rentável Seguro Flexível Inovador


• Rendimento máximo de 98,4% • Descarregador de sobretensões CC • Tensão de entrada CC até 1000 V • Funções de gestão da rede orientadas
integrável (SPD tipo II) • Dimensionamento preciso do sistema para o futuro graças ao Integrated
graças ao conceito multistring Plant Control
• Visor opcional • Disponibilização de potência reactiva
a qualquer hora (Q on Demand 24/7)

Sunny Tripower
15000TL / 20000TL / 25000TL
O especialista flexível para grandes sistemas comerciais e centrais fotovoltaicas
O Sunny Tripower é o inversor ideal para grandes sistemas fotovoltaicos na área comercial e industrial. A sua eficiência
de 98,4% permite-lhe não só assegurar rendimentos extraordinariamente elevados, como também oferecer uma elevada
flexibilidade de dimensionamento e compatibilidade com muitos módulos fotovoltaicos disponíveis, graças ao seu conceito
multistring aliado a um intervalo de tensão de entrada alargado.
A orientação para o futuro traduz-se na integração de novas funções de gestão da rede como, p. ex., o Integrated Plant
Control, que permite ao inversor executar sozinho uma regulação da potência reactiva no ponto de ligação à rede. Com
isto, deixam de ser necessárias unidades de regulação superiores, reduzindo os custos do sistema. Outra novidade é a dis-
ponibilização de potência reactiva a qualquer hora (Q on Demand 24/7).
Equipamentos - Sistema Fotovoltaico 133

Sunny Tripower
15000TL / 20000TL / 25000TL

Sunny Tripower
Dados técnicos
15000TL
Entrada (CC)
Potência CC máx. (a cos φ = 1) / potência atribuída CC 15330 W / 15330 W
Tensão máx. de entrada 1000 V
Intervalo de tensão MPP / tensão atribuída de entrada 240 V a 800 V / 600 V
Tensão mín. de entrada / tensão de entrada inicial 150 V / 188 V
Corrente máx. de entrada Entrada A / Entrada B 33 A / 33 A
Número de entradas MPP independentes / strings por entrada MPP 2 / A:3; B:3
Saída (CA)
Potência atribuída (a 230 V, 50 Hz) 15000 W
Potência aparente CA máx. 15000 VA
Tensão nominal CA 3 / N / PE; 220 V / 380 V
3 / N / PE; 230 V / 400 V
3 / N / PE; 240 V / 415 V
Intervalo de tensão CA 180 V a 280 V
Frequência de rede CA / intervalo 50 Hz / 44 Hz a 55 Hz
60 Hz / 54 Hz a 65 Hz
Frequência de rede atribuída / tensão de rede atribuída 50 Hz / 230 V
Corrente máx. de saída / corrente atribuída de saída 29 A / 21,7 A
Factor de potência na potência atribuída / Factor de desfasamento ajustável 1 / 0 sobreexcitado a 0 subexcitado
THD ≤ 3%
Fases de injecção / fases de ligação 3/3
Rendimento
Rendimento máx. / europeu 98,4% / 98,0%
Dispositivos de protecção
Ponto de seccionamento no lado de entrada ●
Monitorização da ligação à terra / monitorização da rede ●/●
Descarregador de sobretensões CC: SPD tipo II ○
Protecção contra inversão de polaridade CC / Resistência a curtos-circuitos CA / Galvanicamente separado ●/●/—
Unidade de monitorização de corrente residual sensível a todas as correntes ●
Classe de protecção (conforme a IEC 62109-1) / categoria de sobretensão (conforme a IEC 62109-1) I / AC: III; DC: II
Dados gerais
Dimensões (L / A / P) 661 / 682 / 264 mm (26,0 / 26,9 / 10,4 inch)
Peso 61 kg (134,48 lb)
Gama de temperatura de serviço −25 °C a +60 °C (−13 °F a +140 °F)
Emissões sonoras, típicas 51 dB(A)
Autoconsumo (noite) 1W
Topologia / princípio de refrigeração Sem transformador / OptiCool
Grau de protecção (conforme a IEC 60529) IP65
Classe de condições ambientais (conforme a IEC 60721-3-4) 4K4H
Valor máximo admissível da humidade relativa (sem condensação) 100%
Equipamento / função / acessórios
Ligação CC / ligação CA SUNCLIX / terminal de mola
Visor ○
Interface: RS485, Speedwire/Webconnect ○/●
Interface de dados: SMA Modbus / SunSpec Modbus ●/●
Relé multifunções / Power Control Module ○/○
OptiTrack Global Peak / Integrated Plant Control / Q on Demand 24/7 ●/●/●
Capacidade off-grid / Compatível com SMA Fuel Save Controller ●/●
Garantia: 5 / 10 / 15 / 20  anos ●/○/○/○
Homologações e certificados previstos ANRE 30, AS 4777, BDEW 2008, C10/11:2012, CE, CEI 0-16, CEI 0-21, EN 50438:2013*,
G59/3, IEC 60068-2-x, IEC 61727, IEC 62109-1/2, IEC 62116, NBR 16149,
NEN EN 50438, NRS 097-2-1, PPC, RD 1699/413, RD 661/2007, Res. n°7:2013, SI4777,
*  Não se aplica a todos os anexos nacionais da EN 50438
TOR D4, TR 3.2.2, UTE C15-712-1, VDE 0126-1-1, VDE-AR-N 4105, VFR 2014

Designação do modelo STP 15000TL-30


134 Equipamentos - Sistema Fotovoltaico

Curva de rendimento Acessórios

Interface RS485 Power Control Module


DM-485CB-10 PWCMOD-10

Descarregador de sobre-
tensões CC tipo II, entrada A e B
DCSPD KIT3-10

Relé multifunções
MFR01-10

● Equipamento de série ○ Opcional — Não disponível


Dados em condições nominais
Versão: Maio de 2016

Sunny Tripower Sunny Tripower


Dados técnicos
20000TL 25000TL
entrada (CC)
Potência CC máx. (a cos φ = 1) / potência atribuída CC 20440 W / 20440 W 25550 W / 25550 W
Tensão máx. de entrada 1000 V 1000 V
Intervalo de tensão MPP / tensão atribuída de entrada 320 V a 800 V / 600 V 390 V a 800 V / 600 V
Tensão mín. de entrada / tensão de entrada inicial 150 V / 188 V 150 V / 188 V
Corrente máx. de entrada Entrada A / Entrada B 33 A / 33 A 33 A / 33 A
Número de entradas MPP independentes / strings por entrada MPP 2 / A:3; B:3 2 / A:3; B:3
Saída (CA)
Potência atribuída (a 230 V, 50 Hz) 20000 W 25000 W
Potência aparente CA máx. 20000 VA 25000 VA
Tensão nominal CA 3 / N / PE; 220 V / 380 V
3 / N / PE; 230 V / 400 V
3 / N / PE; 240 V / 415 V
Intervalo de tensão CA 180 V a 280 V
Frequência de rede CA / intervalo 50 Hz / 44 Hz a 55 Hz
60 Hz / 54 Hz a 65 Hz
Frequência de rede atribuída / tensão de rede atribuída 50 Hz / 230 V
Corrente máx. de saída / corrente atribuída de saída 29 A / 29 A 36,2 A / 36,2 A
Factor de potência na potência atribuída / Factor de desfasamento ajustável 1 / 0 sobreexcitado a 0 subexcitado
THD ≤ 3%
Fases de injecção / fases de ligação 3/3
rendimento
Rendimento máx. / europeu 98,4% / 98,0% 98,3% / 98,1%
Dispositivos de protecção
Ponto de seccionamento no lado de entrada ●
Monitorização da ligação à terra / monitorização da rede ●/●
Descarregador de sobretensões CC: SPD tipo II ○
Protecção contra inversão de polaridade CC / Resistência a curtos-circuitos CA / Galvanicamente separado ●/●/—
Unidade de monitorização de corrente residual sensível a todas as correntes ●
Classe de protecção (conforme a IEC 62109-1) / categoria de sobretensão (conforme a IEC 62109-1) I / AC: III; DC: II
Dados gerais
Dimensões (L / A / P) 661 / 682 / 264 mm (26,0 / 26,9 / 10,4 in)
Peso 61 kg (134,48 lb)
Gama de temperatura de serviço −25°C a +60°C (−13°F a +140°F)
Emissões sonoras, típicas 51 dB(A)
Autoconsumo (noite) 1 W
Topologia / princípio de refrigeração Sem transformador / OptiCool
Grau de protecção (conforme a IEC 60529) IP65
Classe de condições ambientais (conforme a IEC 60721-3-4) 4K4H
Valor máximo admissível da humidade relativa (sem condensação) 100%
equipamento / função / acessórios
Ligação CC / ligação CA SUNCLIX / terminal de mola
Visor ○
Interface: RS485, Speedwire/Webconnect ○/●
Interface de dados: SMA Modbus / SunSpec Modbus ●/●
Relé multifunções / Power Control Module ○/○
OptiTrack Global Peak / Integrated Plant Control / Q on Demand 24/7 ●/●/●
Capacidade off-grid / Compatível com SMA Fuel Save Controller ●/●
Garantia: 5 / 10 / 15 / 20  anos ●/○/○/○
Homologações e certificados (mais a pedido) ANRE 30, AS 4777, BDEW 2008, C10/11:2012, CE, CEI 0-16, CEI 0-21, EN 50438:2013*,
G59/3, IEC 60068-2-x, IEC 61727, IEC 62109-1/2, IEC 62116, MEA 2013, NBR 16149,
NEN EN 50438, NRS 097-2-1, PEA 2013, PPC, RD 1699/413, RD 661/2007, Res. n°7:2013,
*  Não se aplica a todos os anexos nacionais da EN 50438
SI4777, TOR D4, TR 3.2.2, UTE C15-712-1, VDE 0126-1-1, VDE-AR-N 4105, VFR 2014

Designação do modelo STP 20000TL-30 STP 25000TL-30


Equipamentos - Sistema Fotovoltaico

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135

STP25000TL-30-DPT1622-V30 SMA e Sunny Tripower são marcas registadas da SMA Solar Technology AG. SUNCLIX é uma marca registada da PHOENIX CONTACT GmbH & Co. KG. Impresso em papel FSC.
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136 Equipamentos - Sistema Fotovoltaico

TABELA DE PREÇOS
15 DE MARÇO DE 2016

Arcozelo, Vila Nova de Gaia, 15 de Março de 2016


Equipamentos - Sistema Fotovoltaico 137

TABELA CABOS E CONDUTORES DE COBRE

CABOS E CONDUTORES RÍGIDOS


PÁGINA
H05V-U (300/500V) 1
H07V-U (450/750V) 1
H07V-R (450/750V) 1
05VVH2-U (300/500V) (1) 1
XS (0,6/1kV) 2
XV monocondutores (0,6/1kV) 2
XV (0,6/1kV) (≤ 6mm2) 2
XV (0,6/1kV) (> 6mm2) 3
XAV (0,6/1kV) 4

CABOS E CONDUTORES FLEXÍVEIS


PÁGINA
H05V-K (300/500V) 5
H07V-K (450/750V) 5
H05VV-F (300/500V) 5

ÍNDICE
RV-K (0,6/1kV) 6
H07Z1-K(AS) (450/750V) 7
RZ1-K(AS) / FXZ1(frt,zh) (0,6/1kV) 7
SZ1-K(AS+) (0,6/1kV) 8
RZ1-K(AS+) / FXZ1(frs,zh) (0,6/1kV) 8

TABELA CABOS E CONDUTORES DE ALUMÍNIO

PÁGINA
LXS (0,6/1kV) 9
LXV (0,6/1kV) 9
LSVAV (0,6/1kV) 10
LSVV (0,6/1kV) 10
LVAV (0,6/1kV) 10

(1) Anterior designação PT-N05VVH2-U

Arcozelo, Vila Nova de Gaia, 15 de Março de 2016


138 Equipamentos - Sistema Fotovoltaico

H05V-U (300/500V) nº cond. X secção Preço (€/km)


H05V-U 1X1 138,90

H07V-U (450/750V) nº cond. X secção Preço (€/km)


H07V-U 1X1,5 169,30

H07V-U 1X2,5 271,30

CABOS E CONDUTORES DE COBRE RÍGIDOS


H07V-U 1X4 455,80

H07V-U 1X6 666,30

H07V-R (450/750V) nº cond. X secção Preço (€/km)


H07V-R 1X10 1.150,30

H07V-R 1X16 1.768,90

H07V-R 1X25 2.821,50

H07V-R 1X35 3.928,40

H07V-R 1X50 5.274,00

H07V-R 1X70 7.531,20

H07V-R 1X95 10.352,70

H07V-R 1X120 12.935,40

H07V-R 1X150 15.843,70

H07V-R 1X185 19.967,40

H07V-R 1X240 26.259,40

(2)
05VVH2-U (300/500V) nº cond. X secção Preço (€/km)
05VVH2-U 2X1,5 488,30

05VVH2-U 3G1,5 694,50

05VVH2-U 2X2,5 722,70

05VVH2-U 3G2,5 1.078,70 1

Arcozelo, Vila Nova de Gaia, 15 de Março de 2016


Equipamentos - Sistema Fotovoltaico 139

XS (0,6/1kV) nº cond. X secção Preço (€/km)


XS 2X4 1.187,20

XS 2X6 1.705,90

XS 4X6 3.409,70

XV (0,6/1kV) nº cond. X secção Preço (€/km)


XV (0,6/1kV) 1X10 1.258,80

U-1000 R2V XV 1X16 1.860,00

U-1000 R2V XV 1X25 2.843,20

CABOS E CONDUTORES DE COBRE RÍGIDOS


U-1000 R2V XV 1X35 3.950,10

U-1000 R2V XV 1X50 5.339,10

U-1000 R2V XV 1X70 7.681,00

U-1000 R2V XV 1X95 10.396,10

U-1000 R2V XV 1X120 13.239,30

U-1000 R2V XV 1X150 16.102,00

U-1000 R2V XV 1X185 20.143,20

U-1000 R2V XV 1X240 26.391,80

U-1000 R2V XV 2X1,5 586,00


U-1000 R2V XV 3G1,5 718,40
U-1000 R2V XV 4G1,5 976,70
U-1000 R2V XV 5G1,5 1.193,70
U-1000 R2V XV 2X2,5 839,90
U-1000 R2V XV 3G2,5 1.076,50
U-1000 R2V XV 4G2,5 1.441,10
U-1000 R2V XV 5G2,5 1.768,90
U-1000 R2V XV 2X4 1.245,80
U-1000 R2V XV 3G4 1.688,60
U-1000 R2V XV 4G4 2.207,30
U-1000 R2V XV 5G4 2.682,60
XV (0,6/1kV) 2X6 1.701,60
XV (0,6/1kV) 3G6 2.387,40
XV (0,6/1kV) 4G6 3.123,20
XV (0,6/1kV) 5G6 3.885,00 2

Arcozelo, Vila Nova de Gaia, 15 de Março de 2016


140 Equipamentos - Sistema Fotovoltaico

XV (0,6/1kV) nº cond. X secção Preço (€/km)


U-1000 R2V XV 2X10 2.741,20
U-1000 R2V XV 3G10 3.832,90
U-1000 R2V XV 4G10 5.150,30
U-1000 R2V XV 5G10 6.202,90
U-1000 R2V XV 2X16 4.275,60
U-1000 R2V XV 3G16 6.044,50
U-1000 R2V XV 4G16 7.761,30
U-1000 R2V XV 5G16 9.651,70

CABOS E CONDUTORES DE COBRE RÍGIDOS


U-1000 R2V XV 4G25 12.080,30
U-1000 R2V XV 5G25 15.047,20
U-1000 R2V XV 4G35 16.809,50
U-1000 R2V XV 5G35 20.996,20

XV 3X16+10 7.338,00
XV 3X25+16 11.509,50
XV 3X35+16 15.047,20
XV 3X50+25 20.444,90
XV 3X70+35 28.820,40
XV 3X95+50 39.633,20
XV 3X120+70 50.411,30
XV 3X150+70 61.449,80
XV 3X185+95 78.819,30
XV 3X240+120 100.516,50

XV 3X16+2G10 8.488,30
XV 3X25+2G16 13.313,10
XV 3X35+2G16 16.861,60
XV 3X50+2G25 23.698,30
XV 3X70+2G35 33.697,20
XV 3X95+2G50 46.168,20
XV 3X120+2G70 60.438,40
XV 3X150+2G70 70.584,90
XV 3X185+2G95 88.974,50
XV 3X240+2G120 115.987,00 3

Arcozelo, Vila Nova de Gaia, 15 de Março de 2016


Equipamentos - Sistema Fotovoltaico 141

XAV (0,6/1kV) nº cond. X secção Preço (€/km)


XAV 2X1,5 1.106,90
XAV 3G1,5 ou 3X1,5 1.293,50
XAV 4G1,5 ou 4X1,5 1.517,10
XAV 5G1,5 1.747,20
XAV 2X2,5 1.350,00
XAV 3G2,5 ou 3X2,5 1.666,80
XAV 4G2,5 ou 4X2,5 2.053,20
XAV 5G2,5 2.357,00
XAV 2X4 1.762,30
XAV 3G4 ou 3X4 2.270,20
XAV 4G4 ou 4X4 2.758,50
XAV 5G4 3.409,70
XAV 2X6 2.216,00
XAV 3G6 ou 3X6 3.051,50
XAV 4G6 ou 4X6 3.715,70

CABOS E CONDUTORES DE COBRE RÍGIDOS


XAV 5G6 4.523,10

XAV 2X10 3.246,90


XAV 3G10 ou 3X10 4.466,60
XAV 4G10 ou 4X10 5.745,00
XAV 5G10 7.121,00
XAV 2X16 4.907,20
XAV 3G16 ou 3X16 6.689,10
XAV 4G16 ou 4X16 8.603,40
XAV 5G16 10.446,00

XAV 3X16+10 7.657,10


XAV 3X25+16 11.869,80
XAV 3X35+16 15.722,20
XAV 3X50+25 21.417,30
XAV 3X70+35 30.074,90
XAV 3X95+50 42.192,10
XAV 3X120+70 53.041,80
XAV 3X150+70 65.148,10
XAV 3X185+95 83.010,30
XAV 3X240+120 105.187,20

XAV 3X16+2G10 9.271,80


XAV 3X25+2G16 13.844,80
XAV 3X35+2G16 17.473,70
XAV 3X50+2G25 24.536,10
XAV 3X70+2G35 36.145,40
XAV 3X95+2G50 49.152,50
XAV 3X120+2G70 63.134,00
XAV 3X150+2G70 73.940,30
XAV 3X185+2G95 94.107,40

XAV 3X240+2G120 122.031,50 4

Arcozelo, Vila Nova de Gaia, 15 de Março de 2016


142 Equipamentos - Sistema Fotovoltaico

H05V-K (300/500V) nº cond. X secção Preço (€/km)


H05V-K 1X0,5 100,40

H05V-K 1X0,75 135,60

H05V-K 1X1 165,50

H07V-K (450/750V) nº cond. X secção Preço (€/km)


H07V-K 1X1,5 219,80

H07V-K 1X2,5 363,50

H07V-K 1X4 567,00

H07V-K 1X6 835,60

H07V-K 1X10 1.405,30

CABOS E CONDUTORES DE COBRE FLEXÍVEIS


H07V-K 1X16 2.208,40

H07V-K 1X25 3.516,00

H07V-K 1X35 4.937,60

H07V-K 1X50 7.124,30

H05VV-F (300/500V) nº cond. X secção Preço (€/km)


H05VV-F 2X0,75 442,20

H05VV-F 3G0,75 583,30

H05VV-F 4G0,75 735,20

H05VV-F 5G0,75 949,50

H05VV-F 2X1 520,90

H05VV-F 3G1 689,10

H05VV-F 4G1 908,80

H05VV-F 5G1 1.128,60

H05VV-F 2X1,5 675,50

H05VV-F 3G1,5 811,20

H05VV-F 4G1,5 1.172,00

H05VV-F 5G1,5 1.413,50

H05VV-F 2X2,5 1.011,90

H05VV-F 3G2,5 1.285,90

H05VV-F 4G2,5 1.771,60

H05VV-F 5G2,5 2.135,10

H05VV-F 2X4 1.492,10

H05VV-F 3G4 2.124,30

H05VV-F 4G4 2.756,40

H05VV-F 5G4 3.440,00 5

Arcozelo, Vila Nova de Gaia, 15 de Março de 2016


Equipamentos - Sistema Fotovoltaico 143

RV-K (0,6/1kV) nº cond. X secção Preço (€/km)


RV-K 1X6 1.003,80

RV-K 1X10 1.546,40

RV-K 1X16 2.278,90

RV-K 1X25 3.592,00

RV-K 1X35 4.913,20

RV-K 1X50 6.996,70

RV-K 1X70 9.606,60

RV-K 1X95 12.916,40

RV-K 1X120 16.549,10

RV-K 1X150 20.412,40

RV-K 1X185 25.040,70

CABOS E CONDUTORES DE COBRE FLEXÍVEIS


RV-K 1X240 32.992,40

RV-K (0,6/1kV) nº cond. X secção Preço (€/km)


RV-K 2X1,5 710,80

RV-K 3G1,5 892,60

RV-K 4G1,5 1.193,70

RV-K 5G1,5 1.492,10

RV-K 2X2,5 1.047,20

RV-K 3G2,5 1.340,20

RV-K 4G2,5 1.796,00

RV-K 5G2,5 2.216,50

RV-K 2X4 1.557,20

RV-K 3G4 2.048,30

RV-K 4G4 2.656,00

RV-K 5G4 3.282,70


RV-K 2X6 2.164,90
RV-K 3G6 2.905,60
RV-K 4G6 3.787,30
RV-K 5G6 4.666,30

RV-K 2X10 3.445,50


RV-K 3G10 4.734,10
RV-K 4G10 6.280,50
RV-K 5G10 7.696,70
RV-K 2X16 5.366,30
RV-K 3G16 7.531,20
RV-K 4G16 9.546,90
RV-K 5G16 11.937,10
RV-K 5G25 19.248,50
RV-K 5G35 26.703,70 6

Arcozelo, Vila Nova de Gaia, 15 de Março de 2016


144 Equipamentos - Sistema Fotovoltaico

H07Z1-K(AS) (450/750V) nº cond. X secção Preço (€/km)


H07Z1-K(AS) 1X1,5 238,70

H07Z1-K(AS) 1X2,5 388,00

H07Z1-K(AS) 1X4 599,60

H07Z1-K(AS) 1X6 879,00

H07Z1-K(AS) 1X10 1.489,40

H07Z1-K(AS) 1X16 2.346,70

H07Z1-K(AS) 1X25 3.602,80

H07Z1-K(AS) 1X35 5.032,60

H07Z1-K(AS) 1X50 7.314,20

RZ1-K(AS) / FXZ1(frt,zh)
nº cond. X secção Preço (€/km)
(0,6/1kV)
RZ1-K(AS) 1X10 1.709,20

RZ1-K(AS) 1X16 2.523,10

RZ1-K(AS) 1X25 3.879,50

RZ1-K(AS) 1X35 5.293,00

CABOS E CONDUTORES DE COBRE FLEXÍVEIS


RZ1-K(AS) 1X50 7.487,80

RZ1-K(AS) 1X70 10.143,80

RZ1-K(AS) 1X95 13.212,20

RZ1-K(AS) 1X120 16.823,10

RZ1-K(AS) 1X150 20.930,50

RZ1-K(AS) 1X185 25.860,00

RZ1-K(AS) 1X240 33.695,10

RZ1-K(AS) 2X1,5 841,00


RZ1-K(AS) 3G1,5 974,00
RZ1-K(AS) 4G1,5 1.299,50
RZ1-K(AS) 5G1,5 1.562,70
RZ1-K(AS) 2X2,5 1.172,00
RZ1-K(AS) 3G2,5 1.435,20
RZ1-K(AS) 4G2,5 1.888,20
RZ1-K(AS) 5G2,5 2.297,90
RZ1-K(AS) 2X4 1.752,60
RZ1-K(AS) 3G4 2.192,10
RZ1-K(AS) 4G4 2.873,00
RZ1-K(AS) 5G4 3.535,00
RZ1-K(AS) 2X6 2.382,00
RZ1-K(AS) 3G6 3.065,70
RZ1-K(AS) 4G6 3.879,50
RZ1-K(AS) 5G6 4.910,50

RZ1-K(AS) 2X10 3.743,90


RZ1-K(AS) 3G10 5.103,10
RZ1-K(AS) 4G10 6.500,30
RZ1-K(AS) 5G10 7.976,10
RZ1-K(AS) 2X16 6.014,70
RZ1-K(AS) 3G16 7.837,80
RZ1-K(AS) 4G16 9.953,90
RZ1-K(AS) 5G16 12.452,50
RZ1-K(AS) 5G25 19.641,90
RZ1-K(AS) 5G35 28.079,20 7

Arcozelo, Vila Nova de Gaia, 15 de Março de 2016


Equipamentos - Sistema Fotovoltaico 145

SZ1-K(AS+) (0,6/1kV) nº cond. X secção Preço (€/km)


SZ1-K(AS+) 2X1,5 1.519,30
SZ1-K(AS+) 3G1,5 1.912,60
SZ1-K(AS+) 4G1,5 2.390,10
SZ1-K(AS+) 5G1,5 3.003,30
SZ1-K(AS+) 2X2,5 1.877,40
SZ1-K(AS+) 3G2,5 2.479,70
SZ1-K(AS+) 4G2,5 3.190,50
SZ1-K(AS+) 5G2,5 4.036,90
SZ1-K(AS+) 2X4 2.661,40
SZ1-K(AS+) 3G4 3.589,30

CABOS E CONDUTORES DE COBRE FLEXÍVEIS


SZ1-K(AS+) 4G4 4.962,00
SZ1-K(AS+) 5G4 5.767,80
SZ1-K(AS+) 2X6 3.478,00
SZ1-K(AS+) 3G6 4.527,90
SZ1-K(AS+) 4G6 6.296,80
SZ1-K(AS+) 5G6 7.791,60

RZ1-K(AS+) / FXZ1(frs,zh)
nº cond. X secção Preço (€/km)
(0,6/1kV)
RZ1-K(AS+) 1X10 2.251,80
RZ1-K(AS+) 1X16 3.144,30
RZ1-K(AS+) 1X25 4.612,00
RZ1-K(AS+) 1X35 6.185,60
RZ1-K(AS+) 1X50 8.491,60
RZ1-K(AS+) 1X70 11.448,70
RZ1-K(AS+) 1X95 14.826,40
RZ1-K(AS+) 1X120 18.909,40
RZ1-K(AS+) 1X150 23.114,50
RZ1-K(AS+) 1X185 28.130,80
RZ1-K(AS+) 1X240 35.702,70

RZ1-K(AS+) 3G10 6.820,40


RZ1-K(AS+) 4G10 9.218,70
RZ1-K(AS+) 5G10 11.283,20
RZ1-K(AS+) 3G16 10.206,20
RZ1-K(AS+) 4G16 13.274,60
RZ1-K(AS+) 5G16 15.870,90
RZ1-K(AS+) 5G25 25.127,50
RZ1-K(AS+) 5G35 33.760,20 8

Arcozelo, Vila Nova de Gaia, 15 de Março de 2016


146 Equipamentos - Sistema Fotovoltaico

LXS (0,6/1kV) nº cond. X secção Preço (€/km)


LXS 2X16 714,40
LXS 4X16 1.374,60
LXS 5X16 1.682,00
LXS 4X25 1.971,40
LXS 4X35 2.640,60
LXS 4X50 3.309,80
LXS 4X70 4.684,40
LXS 4X95 6.040,90

LXS 4X25+16 2.224,60


LXS 4X35+16 2.966,20
LXS 4X50+16 3.581,10
LXS 4X70+16 5.009,90
LXS 4X95+16 6.438,80

CABOS E CONDUTORES DE ALUMÍNIO


LXV (0,6/1kV) nº cond. X secção Preço (€/km)
LXV 1X16 379,80
LXV 1X25 515,50
LXV 1X35 678,20
LXV 1X50 832,00
LXV 1X70 1.175,60
LXV 1X95 1.537,30
LXV 1X120 1.935,30
LXV 1X150 2.351,20
LXV 1X185 2.821,50
LXV 1X240 3.671,60
LXV 1X300 4.485,40
LXV 1X400 5.715,30
LXV 1X500 7.288,80
LXV 1X630 9.224,10

LXV 4X16 1.591,60


LXV 5G16 2.188,50

LXV 3X25+16 2.315,10


LXV 3X35+16 2.875,70
LXV 3X50+25 3.544,90
LXV 3X70+35 4.720,60
LXV 3X95+50 6.203,70
LXV 3X120+70 7.415,40
LXV 3X150+70 8.898,50
LXV 3X185+95 11.105,10
LXV 3X240+120 14.053,20

LXV 3X25+2G16 2.749,10 9

Arcozelo, Vila Nova de Gaia, 15 de Março de 2016


Equipamentos - Sistema Fotovoltaico 147

LSVV (0,6/1kV) nº cond. X secção Preço (€/km)


LSVV 1X280 4.774,80
LSVV 1X380 6.872,90
LSVV 1X480 9.820,90
LSVV 1X600 14.288,30

LVAV (0,6/1kV) nº cond. X secção Preço (€/km)

CABOS E CONDUTORES DE ALUMÍNIO


LVAV 3X25+16 2.948,10
LVAV 3X35+16 3.548,60
LVAV 3X50+25 4.431,20
LVAV 3X70+35 5.643,00
LVAV 3X95+50 7.704,80
LVAV 3X120+70 9.658,20
LVAV 3X150+70 11.358,30
LVAV 3X185+95 13.384,00
LVAV 3X240+120 16.133,10

LSVAV (0,6/1kV) nº cond. X secção Preço (€/km)


LSVAV 2X16 1.627,80
LSVAV 4X16 2.224,60
LSVAV 5G16 2.676,80
LSVAV 4X25 3.129,00
LSVAV 4X35 3.798,20
LSVAV 4X50 4.702,50
LSVAV 4X70 6.909,00
LSVAV 4X95 8.211,20
LSVAV 4X120 11.087,00
LSVAV 4X150 13.275,50
LSVAV 4X185 16.494,80
LSVAV 4X240 20.076,00 10

Arcozelo, Vila Nova de Gaia, 15 de Março de 2016


148 Equipamentos - Sistema Fotovoltaico

Figura D.1: Preço Cabos- Via Catálogo Cabelte


Equipamentos - Sistema Fotovoltaico 149

Figura D.2: Características Fusível LF315PV- Hager

Figura D.3: Componentes PV: Características Corta-Circuitos p.Fusíveis L501PV - Hager


150 Equipamentos - Sistema Fotovoltaico

Figura D.4: Componentes PV: Características Vector estanque 36M VE312SN- Hager

Figura D.5: Componentes PV: Características Vector estanque 8/10M VE110SN- Hager
Equipamentos - Sistema Fotovoltaico 151

Figura D.6: Componentes PV: Características Interruptor SB432PV- Hager

Figura D.7: Componentes PV: Características Interruptor Diferencial CDC463A- Hager


152 Equipamentos - Sistema Fotovoltaico

Figura D.8: Componentes PV: Características Interruptor HA451- Hager

Figura D.9: Componentes PV: Características Disjuntor HMX450 - Hager


Equipamentos - Sistema Fotovoltaico 153

Figura D.10: Componentes PV: Características Caixa.QE FL73SP- Hager

Figura D.11: Componentes PV: Montantes UN03A - Hager


154 Equipamentos - Sistema Fotovoltaico

Figura D.12: Componentes PV: Características Montantes UN07A - Hager


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