20 de Janeiro de 2017
c Telma Patrícia dos Santos Borges Martins, 2017
Resumo
Nos últimos anos, é crescente a preocupação com o ambiente, sendo imprescindível reduzir
o consumo de energias provenientes de combustíveis fósseis e, consequentemente, diminuir as
emissões de CO2 e outros gases nocivos ao meio.
Esta dissertação tem como objetivo basilar o estudo da eficiência energética da Escola Secun-
dária Filipa de Vilhena, com o intuito de perceber até que ponto é possível a sua maximização,
contribuindo, não só para uma poupança anual no valor da fatura energética, mas também para o
uso racional da energia e para o desenvolvimento sustentável do planeta. Assim, são abordadas
as áreas da iluminação, tarifários, aquecimento, arrefecimento e ventilação (AVAC), qualidade de
energia, sendo também estudada a possibilidade de instalar painéis fotovoltaicos com o intuito de
se reduzir o consumo de energia da rede.
Inicialmente, é feita uma revisão bibliográfica sobre as áreas-alvo anteriormente mencionadas,
onde são referidos conceitos importantes à sua compreensão. De seguida, é apresentado o caso de
estudo, onde é possível perceber que existem diversas medidas que devem ser tomadas. Propõe-
se efetuar pequenas alterações, consideradas benéficas para o edifício escolar, nomeadamente no
sistema tarifário e na iluminação, capazes de originar poupanças anuais consideráveis. Apresenta-
se ainda, o projeto fotovoltaico e o estudo da qualidade da energia da instalação. Por fim, faz-se
uma análise aos equipamentos de AVAC disponíveis.
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ii
Abstract
In these last years, it is growing the concern for the environment. It is imperative to reduce
the energy consumption of fossil fuels and consequently decrease the CO2 emissions and other
harmful gases to the planet.
This dissertation aims at basing the study of the Secondary School Filipa de Vilhena’s energy
efficiency. We will try to understand if it is possible to extent its maximization, contributing not
only to an annual assessment, but also to the rational use of energy and to a sustainable develop-
ment. With this purpose, areas such as lighting, tariffs, Heating, ventilation and air conditioning
(HVAC) and energy quality are addressed. Finally, we will study the possibility of installing pho-
tovoltaic panels, in order to reduce the energy consumption from the grid.
Initially, a bibliographical review is made. We will focus on understanding the basic concepts
underlying the energy areas mentioned above. Next, the case study is presented and we will
point out suggestions that should be taken. It is proposed to make small changes, beneficial to
the building, in its tariff system and lighting that can result in considerable annual savings. The
photovoltaic project and the study of the installation’s energy quality are also presented. Finally,
it is made an analysis of the HVAC equipment available.
Keywords: Electricity Tariff System, Electric Power Quality, Energy Efficiency, HVAC, Ligh-
ting, Photovoltaic Project, School Building
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iv
Agradecimentos
Em primeiro lugar, agradeço ao meu orientador, Professor Machado e Moura, não só pela
oportunidade concedida e contribuição para o sucesso da minha etapa final enquanto estudante,
mas, também por todos os ensinamentos que me transmitiu durante o curso, que me fizeram evo-
luir enquanto futura engenheira e, ainda mais importante, enquanto ser humano. É, sem dúvida
alguma, um exemplo a seguir, que contagia todos os que tiveram o prazer de o conhecer.
Em segundo lugar, agradeço ao Engenheiro Fernando Ramos, que me possibilitou estudar um
tema na área de que mais gosto, em ambiente empresarial. Obrigada por me ter aberto as portas
e por, dentro delas, me ter prestado todo o apoio necessário. Foram meses de muito trabalho que
me permitiram aprender muito e me deixaram ansiosa por novos desafios e projetos.
Aos que dividiram dias de trabalho comigo na MANVIA, em especial aos Engenheiros Tiago
Fernandes e Nuno Pereira e ao João Antunes os quais, humildemente, me ensinaram muito e
ajudaram a ultrapassar obstáculos que foram aparecendo.
À direção da Escola Secundária Filipa de Vilhena, por me acolher sempre que necessitei e me
disponibilizar o material necessário para a realização desta dissertação.
A todos os amigos, em especial à Vera Santos, que me apoiam diariamente e contribuem para
o meu crescimento enquanto pessoa.
À minha ”tia” Cristina, pelas novas perspetivas que me dá do mundo, e das pessoas, e pelo
apoio prestado neste meu pequeno percurso.
Telma Martins
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vi
“A human being should be able to change a diaper, plan an invasion, butcher a hog,
conn a ship, design a building, write a sonnet, balance accounts, build a wall,
set a bone,comfort the dying, take orders, give orders, cooperate, act alone, solve equations,
analyze a new problem, pitch manure, program a computer, cook a tasty meal,
fight efficiently, and die gallantly.
Specialization is for insects.”
Robert Heinlein
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viii
Conteúdo
1 Introdução 1
1.1 Motivação e Objetivos da Dissertação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.2 Estrutura da Dissertação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.3 MANVIA-Manutenção e Exploração de Instalações e Construção . . . . . . . . 6
3 Iluminação 17
3.1 Características das Lâmpadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
3.2 Iluminância e Iluminância Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
3.3 Tipos de Lâmpadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
3.3.1 Lâmpadas de Incandescência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
3.3.2 Lâmpadas de Halogéneo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
3.3.3 Lâmpadas de Descarga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
3.3.4 Lâmpada Fluorescente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
3.3.5 Lâmpada Fluorescente Compacta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
3.3.6 LED: Díodos Emissores de Luz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3.4 Luminárias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3.5 Sistemas de Gestão de Iluminação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
3.5.1 Gestão por Sistema Horário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
3.5.2 Gestão por Deteção Automática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
3.6 Equipamentos Auxiliares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
4 AVAC 31
4.1 Caracterização dos sistemas de AVAC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
4.1.1 Sistemas ”Tudo-Ar” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
4.1.2 Sistemas ”Tudo-Água” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
4.1.3 Sistemas ”Ar-Água” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
5 Sistemas Fotovoltaicos 37
5.1 Caracterização dos Sistemas Fotovoltaicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
5.1.1 Painéis Fotovoltaicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
ix
x CONTEÚDO
5.1.2 Bateria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
5.1.3 Regulador de Carga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
5.1.4 Controlador de Carga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
5.1.5 Inversor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
5.1.6 Condutores e Cabos Elétricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
5.1.7 Quadros Elétricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
5.1.8 Dispositivos de Proteção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
7 Qualidade da Energia 45
7.1 Desequilíbrio de tensão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
7.2 Cavas (ocos) de tensão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
7.3 Variações rápidas e cíclicas de tensão (efeito “flicker”) . . . . . . . . . . . . . . 47
7.4 Oscilações e variações de frequência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
7.5 Sobretensões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
7.6 Distorção da onda de tensão pela presença de Harmónicos . . . . . . . . . . . . 48
8 Caso de Estudo 49
8.1 Análise do Tarifário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
8.2 Iluminação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
8.2.1 Qualidade da Iluminação Atual e Possível Redução de Potência . . . . . 56
8.2.2 Troca das Lâmpadas Existentes por Lâmpadas LED . . . . . . . . . . . . 67
8.3 Qualidade da Energia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
8.3.1 Poluição Harmónica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
8.3.2 Tensão nas Fases . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
8.3.3 Frequência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
8.3.4 Energia Reativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
8.3.5 Equilíbrio da Tensão e da Corrente nas 3 Fases . . . . . . . . . . . . . . 76
8.4 Projeto Painéis Fotovoltaicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
8.4.1 Painel Solar a Implementar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79
8.4.2 Sombreamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79
8.4.3 Configuração de painéis no Telhado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79
8.4.4 Inversor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80
8.4.5 Número máximo e mínimo de painéis por string . . . . . . . . . . . . . 80
8.4.6 Número máximo de fileiras em paralelo . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
8.4.7 Dimensionamento dos Inversores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
8.4.8 Dimensionamento dos cabos e proteções . . . . . . . . . . . . . . . . . 82
8.4.9 Sombreamento e entre Filas Paralelas de Painéis . . . . . . . . . . . . . 90
8.4.10 Configuração de painéis na cobertura do Campo de Jogos . . . . . . . . . 91
8.4.11 Inversor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91
8.4.12 Número máximo e mínimo de painéis por string . . . . . . . . . . . . . 92
8.4.13 Dimensionamento dos Inversores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92
8.4.14 Dimensionamento dos cabos e proteções . . . . . . . . . . . . . . . . . 93
8.4.15 Análise Económica e Considerações Gerais . . . . . . . . . . . . . . . . 95
8.4.16 Conclusão Regimes UPP e UPAC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98
8.5 Sistemas AVAC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99
8.5.1 Equipamentos AVAC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99
CONTEÚDO xi
B Tarifário 113
Referências 155
xii CONTEÚDO
Lista de Figuras
xiii
xiv LISTA DE FIGURAS
xvii
xviii LISTA DE TABELAS
Abreviaturas e Símbolos
o Grau
A Ampere
AD Armário de Distribuição
AC Corrente Alternada
APA Agência Portuguesa do Ambiente
AQS Águas Quentes Sanitárias
AT Alta Tensão
AVAC Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado
BT Baixa Tensão
cd Candela
CO2 Dióxido de Carbono
COP Coeficiente de Performance
DGEG Direção Geral de Energia e Geologia
DL Decreto-lei
EER Índice de Eficiência de Energia
EN Norma Europeia
E.U.A. Estados Unidos da América
FP Fator de Potência
GEE Gases com Efeito de Estufa
GISS Instituto Goddard de Estudos Espaciais
GWh Gigawatt-hora
IEE Índice de Eficiência Energética
INDC Pretendida Contribuição Nacionalmente Determinada
IRC Índice de Restituição de Cores
K Grau Kelvin
lm Lúmen
m Metro
MAT Muito Alta Tensão
min minuto
MT Média Tensão
NASA Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço
NOAA Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos E.U.A.
NCEI Centro Nacional de Informação Ambiental dos E.U.A.
OECD Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico
PEX Polietileno Reticulado
PT Posto de Transformação
xix
xx ABREVIATURAS E SÍMBOLOS
Introdução
• Redução de 20% de emissão de gases com efeito de estufa, em comparação com 1990;
• Menos 20% de consumo energético, em resultado do aumento da eficiência, fazendo uso de,
pelo menos, 10% de biocombustíveis nos transportes.
Na segunda década do século, mais precisamente em Dezembro de 2015, 195 países apro-
vam o "Acordo de Paris", que constitui o primeiro marco jurídico universal contra o aquecimento
global. O documento da 21a Conferência do Clima (COP21) das Nações Unidas, reflete o maior
entendimento na área, desde o Protocolo de Quioto (assinado em 1997), e é de caráter vincula-
tivo até 2020, definindo, pela primeira vez, um acordo válido para todas as nações, que terão de
organizar estratégias para limitar o aumento médio da temperatura da Terra até 2o C (idealmente
1,5o C) até 2100. [15]
Na Figura 1.1, é possível verificar a variação mensal destes valores para os anos de 2000, 2014,
2015 e primeiro semestre de 2016.
Dos 162 compromissos que refletem as contribuições nacionalmente determinadas (INDC),
106 indicam intenções nacionais em aumentar o desenvolvimento de energia renovável, dos quais
74 apontam objetivos específicos para a produção renovável, AVAC e tecnologias no setor dos
transportes. Alguns incluem, ainda, mecanismos específicos para que sejam feitos avanços na
área das renováveis e da eficiência energética. [13]
Na Figura 1.3, que representa o consumo de energia primária em Portugal (em ktep) de 2005 a
2014, é possível constatar a diminuição do consumo de combustíveis de origem fóssil e o aumento
1
2 Introdução
Figura 1.1: Histórico Mensal da Evolução da Temperatura Terrestre, segundo dados da NASA
GISS e NOAA NCEI [1]
Nesse mesmo período de tempo, verifica-se, em Portugal, uma descida acentuada das emissões
de gases com efeito de estufa em relação a 1990. Segundo a Agência Portuguesa do Ambiente
(APA), as emissões passam de 45% para 8%, números que refletem o cumprimento de uma das
metas propostas.
O setor da energia é o principal responsável pelas emissões de GEE, representando quase
70% das emissões nacionais. Dentro deste setor, a produção de energia é uma das fontes mais
importantes, constituindo cerca de 23% do total das emissões.
Em Portugal, é possível encontrar com facilidade recursos naturais como o sol, vento, mar,
florestas e a biomassa, uma grande vantagem para a produção de energia no setor da eletricidade,
Introdução 3
nomeadamente, através de painéis fotovoltaicos e centrais eólicas, o que contribui ainda para o
aumento do mix energético.
De 2004 a 2014, regista-se um aumento da produção de energia a partir destas fontes de 19,2%
para 27,0% . Ainda neste período, a dependência energética do país decresce de 84,1% para 72,4%
[2].
Em 2015, a energia renovável e a eficiência energética foram apontadas como pilares im-
portantes no compromisso mundial para acabar com a pobreza, proteger o ambiente e assegurar
prosperidade para todos. Nesse ano, vários países por todo o Mundo, incluindo Portugal, definiram
metas económicas para a implementação de energias renováveis [13], sendo que neste período a
produção de energia elétrica a partir de fontes renováveis decresceu 20% e, devido ao aumento de
consumo no setor eletroprodutor, as importações, sobretudo de carvão e gás natural, aumentaram.
Tais fatores, foram cruciais para o aumento da dependência energética nesse ano (78,3%). [16]
A nível mundial, no primeiro trimestre de 2016, o investimento em energias renováveis decres-
ceu 12,5% comparativamente ao mesmo período de 2015. Na Europa, o mesmo não se sucedeu,
contrariando a tendência dos últimos tempos. Os grandes investimentos feitos no início de 2016,
deveram-se, principalmente, aos projetos em produção de energia eólica.
O mercado da tecnologia fotovoltaica cresceu 25% ao longo de 2014, alcançando 50GW.
Estima-se que 22 países tenham tido capacidade suficiente, no fim de 2015, para fazer face a
mais de 1% das suas necessidades elétricas, tendo alguns deles alcançado valores superiores a 6%.
Os investimentos feitos na área da energia solar, também cresceram significativamente entre 2005
4 Introdução
e 2011 e, apesar de sofrerem um decaimento até 2014, acabam por aumentar e registar o valor
mais alto no ano seguinte.
Em 2015, a energia usada para aquecimento constituiu praticamente metade do consumo ener-
gético mundial total. Consumo esse, que tem vindo a aumentar, à semelhança do consumo de
energia para arrefecimento, que se relaciona com o aumento da temperatura média global. Nesse
ano, na U.E., 18% do consumo energético para um destes dois fins, foi proveniente de fontes re-
nováveis. O maior crescimento no uso de energia deste tipo para aquecimento deu-se na Europa,
onde, desde 2008, a média anual aumenta quase 5%. Contudo, em 2015, devido à crise económica,
ao abrandamento no setor da construção e à descida nos preços do petróleo, esse crescimento desa-
celerou. No entanto, em algumas áreas, e em alguns países, essa desaceleração foi menos sentida.
No caso da França, Finlândia e Polónia, o mercado de bombas de calor, continua em crescimento.
Inúmeras políticas foram implementadas em vários governos por todo o mundo, com o ob-
jetivo de melhorar a eficiência energética nos setores de edifícios, transporte e indústria. Essas
políticas, que incluem metas, regulamentos, normas e incentivos fiscais, visam a tomada de ações
de eficiência de energia. Tal pode ser conseguido, por exemplo, através da divulgação de conheci-
mento associado ao tema, ou de subsídios de energia.
Atualmente, quase todos os países têm políticas que incentivam o desenvolvimento das ener-
gias renováveis. Essas políticas, continuam em desenvolvimento e incentivam o investimento e
inovação na área energética.
Na Figura 1.4, que representa o consumo total de energia por setor de atividade, é possível ve-
rificar que uma parcela importante deste consumo, diz respeito aos serviços onde estão englobadas
as escolas, objeto de estudo desta dissertação.
A demanda de energia total num edifício, depende de fatores que incluem os equipamentos de
AVAC e a iluminação usada. Há várias opções disponíveis para a reduzir e para tornar o edifício
1.1 Motivação e Objetivos da Dissertação 5
mais eficiente energeticamente, algo que está a ser feito atualmente. Estima-se que melhorar a
eficiência energética em edifícios na União Europeia (35% dos quais têm mais que 50 anos),
poderia reduzir o consumo de energia nesta região em 5-6%. Em países da OECD, a eficiência da
energia usada nas residências aumentou 15% entre 2002 e 2012. Os novos edifícios construídos
em 2015 na U.E. consumiram cerca de metade da energia, comparativamente ao que os edifícios
construídos nos anos 80 consumiram. [13]
A eficiência energética, além de trazer benefícios financeiros, promove a diversificação do mix
energético e o aumento da sustentabilidade associada à produção, transporte e consumo de energia
e, como tal, deve ser explorada e posta em prática, para que as metas propostas no Pacote Euro-
peu Energia/Clima 20-20-20 sejam atingidas, garantindo, assim, o progresso social, o equilíbrio
ambiental e o sucesso económico. [17]
• Facility Management;
• Instalações de segurança;
• Certificação energética;
• Diagnósticos elétricos.
É uma empresa certificada e inovadora, da qual fazem parte mais de 600 especialistas com
conhecimentos de negócio na área da manutenção, estando presente nos mercados nacional e
internacional.
Do seu portfólio, fazem parte, entre outros, o Metro do Porto, a Casa da Música, várias auto-
estradas e centros comerciais e a Parque Escolar, a qual permitiu recolher alguns dados importantes
para o estudo da eficiência energética da Escola Secundária Filipa de Vilhena.
O objetivo da empresa é ser uma referência nos mercados em que se insere, visando acrescentar
valor económico, social e ambiental às atividades dos seus clientes.
8 Introdução
Capítulo 2
Para otimizar a gestão da energia, é necessário conhecer todos os aspetos que com ela estão
relacionados. Para tal, não basta analisar, por exemplo, as faturas da energia para saber quanto se
consome. É preciso perceber o porquê desses consumos, onde se consome e como se consome.
Uma auditoria energética, requer que se analisem, em detalhe, as condições de utilização de
energia presentes na instalação a auditar, se avalie o estado em que se encontram os equipamentos
e respetiva manutenção, se elabore um conjunto de medidas técnica e economicamente viáveis
que permitam a redução do consumo ou da fatura mensal e se faça a certificação energética.
Assim, é da responsabilidade do auditor, identificar as áreas onde existem desperdícios e indi-
car soluções viáveis, considerando as restrições organizacionais e financeiras existentes.
9
10 Eficiência Energética e o Setor Elétrico Português
Uma das responsabilidades do gestor de energia, que cada edifício deve ter, é a análise das
faturas de energia e a avaliação dos desvios de consumo e variações de preço entre os mesmos in-
tervalos de tempo, ação que leva à verificação do contrato que melhor satisfaz os perfis de consumo
apresentados.
Num estabelecimento escolar, é possível encontrar, geralmente, vários tipos de faturas: a fatura
de energia elétrica, a fatura de gás e a fatura da água.
A fatura de energia elétrica fornece informação importante sobre o perfil de consumo mensal
de uma instalação, potência da instalação, perfil de consumo, entre outras. Através desta análise,
é possível gerar medidas de eficiência energética como [20]:
• Promover ações de deslastre do consumo no período de ponta para outro período com custos
mais reduzidos;
P = V × I × cos(ϕ)(W ) (2.1)
S = V × I × (VA) (2.2)
Q = S × sen(ϕ)(VAr) (2.3)
Valores de tan(ϕ) inferiores a 0,3 (ou, por dedução, se cos(ϕ)>0,96) indicam que a instalação
pagará energia reativa.
Para o corrigir, usam-se equipamentos na instalação, geralmente baterias de condensadores,
devido ao fator económico. As vantagens do uso de condensadores são [23] [20]:
• Perdas reduzidas.
A compensação, em Baixa Tensão, pode ser feita global, parcial ou localmente (figura 2.3).
2.2 Redução da Fatura Energética 13
Figura 2.3: Compensação Global (à esquerda), Parcial (ao centro) e Local (à direita) [3]
Na compensação parcial, ou setorial, são usadas várias baterias de condensadores ligadas aos
barramentos dos quadros parciais da instalação. Aplica-se a instalações com diferentes regimes
de carga, nos vários setores. Neste tipo de compensação já existe uma redução da potência reativa
nos cabos de alimentação dos vários quadros, o que contribui para a redução das correntes, das
perdas e das quedas de tensão.
Na compensação local, ou individual, as baterias ligam-se diretamente às entradas dos rece-
tores indutivos (motores, etc.) Aplica-se quando existe um recetor com potência considerável
comparativamente à potência total instalada. Este tipo de compensação permite reduzir a potência
reativa e reduzir as correntes, as perdas e as quedas de tensão nos vários cabos que alimentam a
instalação. [3]
A PRO (i), diz respeito à produção de eletricidade com base em fontes não renováveis, en-
quanto que a PRE, recorre a energias renováveis e a cogeração.
Relativamente ao mix de produção, tem-se assistido ao aumento do peso da produção em
regime especial, salientando-se o papel da energia produzida a partir de fontes renováveis.
A energia produzida de forma distribuída é injetada diretamente na rede, enquanto a restante
é entregue à rede de transporte.
A distribuição desta energia é garantida pela rede nacional de transporte (RNT), que tem liga-
ção com a rede espanhola possibilitando trocas comerciais entre ambas, através de linhas MAT. A
interligação entre a RNT e as instalações dos consumidores, é feita pela EDP Distribuição e algu-
mas cooperativas. Em regime de mercado, as principais empresas de comercialização em Portugal
são a EDP Comercial, a Endesa, a Iberdrola e a União Fenosa.
Relativamente às opções tarifárias, existem várias estruturas, sendo que as tarifas para cada
atividade regulada, cuja fixação compete à ERSE, são [24]:
• Uso Global do Sistema (UGS): Relativa a custos com a operação do sistema e custos provo-
cados por medidas de política energética, ambiental ou de interesse económico geral (apli-
cada pelo operador da rede de transporte e paga pelos operadores das redes de distribuição);
• Uso da Rede de Transporte (URT): Diz respeito aos custos com a operação e manutenção
das redes de transporte;
• Acesso às Redes: Custos de uso das redes e serviços associados (aplicada pelos operadores
das redes de distribuição e paga pelos clientes em MAT, AT, MT e BT);
• Venda do Operador da Rede de Transporte: Diz respeito à prestação dos serviços de sistema
e transporte (Aplicada pelo operador da rede de transporte aos operadores das redes de
distribuição);
• Energia: Engloba custos com a obtenção de eletricidade para fornecimento dos clientes
(aplicada pelo comercializador de último recurso e paga pelos seus clientes);
• Tarifas transitórias de Venda a Clientes Finais em Portugal continental: aplicada pelos co-
mercializadores de último recurso aos seus clientes em Portugal continental.
Existe, ainda, a tarifa social de fornecimento de eletricidade que se aplica aos clientes finais
com direito à aplicação de um desconto na tarifa de acesso às redes em regime de baixa tensão
2.2 Redução da Fatura Energética 15
normal, que pretende reduzir barreiras ao acesso à energia elétrica a consumidores vulneráveis,
com consumos reduzidos.
As tarifas de acesso às redes, compostas pelas tarifas UGS, URT e URD (as quais são exercidas
em regime de monopólio), são pagas por todos os consumidores finais. Estas tarifas, são calculadas
através do somatório de cada variável de faturação e atividade com a tarifa correspondente.
Para um cliente final, existe a possibilidade de optar entre o mercado regulado e o mercado
livre. No primeiro, o custo de energia engloba as tarifas de acesso à rede, as tarifas de energia e de
comercialização, enquanto que no segundo, o custo energético é negociado com o comercializador.
A Tarifa de Uso Global do Sistema é composta por duas parcelas. A parcela I engloba os custos
associados à gestão do sistema, apresentando um preço de energia sem diferenciação por período
horário. A parcela II, a aplicar ao operador da rede de distribuição em MT e AT, associa-se aos
custos resultantes de implementação de medidas de política energética, ambiental e de interesse
económico geral e tem preço único de energia, sem distinção entre os períodos horários.
A Tarifa de Uso da Rede de Transporte, aplica-se aos produtores em MAT, AT e MT e é
composta por preços de energia ativa (Eur/kWh). A tarifa URT aplicada ao operador da rede de
distribuição em MT e AT apresenta preços de potência contratada e em horas de ponta, preços de
energia ativa, diferenciados por período horário, e preços de energia reativa indutiva e capacitiva.
As tarifas de Uso da Rede de distribuição estão englobadas nos preços de potência contratada
e em horas de ponta, nos preços de energia ativa diferenciados por período horário e de energia
reativa. [24]
A Tarifa de Energia é composta por diferentes preços de energia ativa para quatro períodos
horários: Ponta (P), Cheia (C), Vazio Normal (VZ) e Super Vazio (SV).
Os contratos de aquisição de energia são acordos (aprovados pela ERSE) para distribuição
energética dos comercializadores aos consumidores.
Para uma instalação alimentada em média tensão existe a possibilidade de optar entre três
ciclos horários distintos, Ciclo Diário, Ciclo Semanal e Ciclo Semanal Opcional, os quais ajustam
os períodos horários em determinadas horas.
O ciclo diário caracteriza-se por uma distribuição igual pelos 7 dias da semana, o que é vanta-
joso para instalações utilizadas apenas nos 5 dias úteis.
Se existir funcionamento durante o fim-de-semana, o melhor ciclo será o semanal, visto que
irão ser alcançados benefícios, aos sábados e domingos, ao nível dos tarifários. Os feriados naci-
onais são considerados como períodos de vazio.
Neste caso, a energia reativa consumida ou fornecida à rede, também é faturada, bem como a
potência contratada e a potência em horas de ponta.
Para aplicar melhorias de eficiência energética, pode ser necessário investir em: novos bens
(como veículos, edifícios ou equipamentos); em novas aplicações de eletricidade ou em novos
processos industriais; em isolamentos; em instrumentos de controlo e medida; e em cogeração.
16 Eficiência Energética e o Setor Elétrico Português
São medidas que envolvem um investimento considerável e que, como tal, só devem ser aplicadas
quando o retorno do mesmo é compensatório.
Além destas medidas, há que alterar comportamentos. Se houver, por exemplo, uma redução
do consumo de água quente e do nível da temperatura interior (através do uso de aparelhos de
aquecimento) ou o aumento da mesma (através de aparelhos de arrefecimento), o valor da fatura
elétrica vai diminuir consideravelmente.
Capítulo 3
Iluminação
• Respeitar os valores de iluminância média recomendados, para que o desempenho das dife-
rentes tarefas, por parte dos utilizadores dos espaços, não baixe de performance;
• Não prescindir do bom ambiente interior, como elevar em demasia a temperatura em prol
de maior aproveitamento da iluminação ou menor consumo energético;
• Aproveitar ao máximo a utilização da luz natural, garantindo que a luz artificial é usada
apenas quando as necessidades de iluminação não são satisfeitas pela primeira.
A instalação de iluminação pode ter fraca eficiência energética, devido a vários fatores como:
17
18 Iluminação
• Rendimento luminoso: Indica a razão entre o fluxo luminoso emitido pela lâmpada e a
potência elétrica absorvida. Exprime-se em [lm/W] (lúmen/Watt) e varia entre 8 lm/W e
200 lm/W;
• Temperatura de cor: Indica a cor aparente da luz emitida e é expressa em [K] (graus Kel-
vin); A tonalidade de cor emitida pode ser branco quente, branco neutro ou branco frio que
depende da sua classificação (figura 3.1: quente, intermédia ou fria, respetivamente. Por
sua vez, a classificação depende da temperatura da cor: menor que 3300 [K], entre 3330
[K] e 5300 [k] ou maior que 5300 [k], respetivamente. Por exemplo, numa lâmpada do tipo
”Master TL-D Super 80 49W/830”, os dois últimos dígitos do número ”830” indicam que
a temperatura de cor da lâmpada é de 3000K, ou seja, emite uma cor de tonalidade branco
quente.
IRC RA
Pobre >0 <60
Bom >60 <80
Muiro Bom >80 <90
Excelente >90 <100
3.2 Iluminância e Iluminância Média 19
Figura 3.2: índice de Restituição de Cor típico para diferentes tipos de lâmpadas
• Luminância (ou brilho): Exprime o brilho da fonte luminosa em função das suas dimensões
e é a razão entre a intensidade luminosa na direção dos olhos do observador e a área visível
da fonte luminosa (vista do ponto de observação);
• Duração de vida média: Indica o número de horas, após as quais, 50% de um lote significa-
tivo de lâmpadas acesas deixa de emitir fluxo luminoso;
Os conceitos de Iluminância e Iluminância Média não devem ser confundidos com Luminân-
cia. A Iluminância, medida em [lux] (equivalente a lúmen por metro quadrado), representa a
relação entre o fluxo luminoso incidente numa superfície e a área sobre a qual este incide.
Assim, visto que a quantidade de luz que chega a cada ponto localizado no mesmo espaço é
diferente, o resultado será vários valores de iluminância.
A iluminação pode ser crucial na eficiência energética dos edifícios, contudo não se podem
descurar as condições luminosas exigidas para a realização das atividades que recorrem ao sentido
visual.
20 Iluminação
A lâmpada de Incandescência é a mais básica e antiga, sendo, cada vez menos usada, devido
ao elevado consumo.
É constituída por um filamento, ampola, gás de enchimento, suporte de vidro e casquilho.
O filamento é a parte constituinte da lâmpada responsável por emitir a luz visível. Deve aguen-
tar temperaturas o mais altas possível, visto que quanto maior a temperatura do filamento, maior
será a luz produzida e maior será o rendimento da lâmpada. A temperatura do material, originada
pela passagem de corrente elétrica, depende da resistência. Quanto maior a resistência, maior será
a temperatura atingida, pelo que se usam materiais com elevada resistividade (tungsténio).
A ampola é o invólucro que envolve a lâmpada, cuja função é o armazenamento do gás de
enchimento e a distribuição do fluxo luminoso, podendo este ser transparente ou opalino, e com
diversas formas.
O gás de enchimento é responsável por reduzir a vaporização do filamento, sendo colocado
dentro da ampola, envolvendo o filamento. Os gases mais usados são o Azoto, Árgon ou o Crípton,
conseguindo-se maiores temperaturas de funcionamento e consequentemente maiores rendimen-
tos.
O casquilho, também chamado de base, faz a ligação ao suporte.
3.3 Tipos de Lâmpadas 21
• Vidro soprado;
• Vidro prensado;
• Refletoras.
Oferece a possibilidade de ligação direta à rede ou a alimentação por tensão reduzida. Requer
cuidados no seu manuseamento devido à ausência de duplo invólucro (tipo normal). [27], [30]
Principais tipos:
• normais;
• de duplo invólucro;
• de tensão reduzida;
A lâmpada de luz mista é uma combinação da lâmpada de vapor de mercúrio de alta pressão
e da lâmpada incandescente, e é constituída por um bulbo que contém um tubo de descarga ligado
em série com um filamento de tungsténio. O tubo de descarga das lâmpadas de mercúrio é utili-
zado para emitir o fluxo luminoso, enquanto o filamento incandescente serve para o arranque da
lâmpada.
A sua eficiência é superior à da lâmpada de incandescência, variando entre os 20 e 30 lm/W,
sendo por isso muito utilizada como alternativa a esta última. Apresenta índice de restituição de
cores de, aproximadamente, 60 e duração de vida (2000 horas) média. Permite ligação directa
à rede. Este tipo de lâmpada, que apresenta diversas formas e cores, é usada em iluminação de
estabelecimentos comerciais, principalmente em montras. [27]
3.3 Tipos de Lâmpadas 23
Emitem luz de aparência amarelo-alaranjada e o seu rendimento pode chegar a 150 lm/W.
Possui um índice de restituição de cores entre 25 e 60, índice de restituição de cores médio
elevado (IRC cerca de 80), temperatura de cor entre 1900 e 2500 o K e duração de vida longa
(podendo atingir 20 000 horas).
Necessitam de aparelhagem auxiliar (balastro para limitar as correntes de arranque, arrancador
que proporciona um pico de tensão para a lâmpada arrancar e condensador) e de tempo de arranque
e de re-arranque de 5 e 1 minutos, respetivamente. O seu preço é mais elevado do que o das de
mercúrio, possuindo também um maior rendimento luminoso. São principalmente usadas em
iluminação pública e em iluminação industrial. [27] [30]
São as lâmpadas de maior rendimento luminoso, atingindo os 200 lúmen por watt. Tem um
índice de restituição de cores praticamente nulo. Esta lâmpada produz uma luz monocromática
(amarela-alaranjada) - característica indesejada em espaços interiores-, sendo aplicada, maiorita-
riamente, em iluminação de vigilância ou em iluminação pública que não exija elevada acuidade
visual. Têm uma temperatura de cor de cerca 1700 o K e uma duração de vida tipicamente de
18000 horas.
A luminância emitida permanece constante ao longo da sua vida, mas o consumo de eletrici-
dade aumenta ligeiramente no seu fim, devido à degradação dos elétrodos. [29] [27]
As lâmpadas de indução não têm elétrodos, mas sim um núcleo de ferrite, que gera um campo
magnético que induz uma corrente elétrica no gás, provocando a sua ionização e a emissão de
radiação luminosa visível. Funcionam a alta frequência, o que permite obter uma luz confortável
e sem oscilações.
A luz é, normalmente, branca com temperatura de cor em torno dos 4000 o K, podendo durar
entre 50000 e 100000 horas.
A lâmpada fluorescente, é uma lâmpada de vapor de mercúrio de baixa pressão, que se tornou
popular nos anos 70 e hoje se encontra em cerca de 80% da luz artificial mundial. Tem um
bom índice de restituição de cores (entre 85 e 95), temperatura de cor variável entre 2700 e 5000
oK e duração de vida longa (10000 horas, podendo atingir 50000 horas dependendo o tipo de
revestimento).
Atualmente as lâmpadas fluorescentes são constituídas por um tubo de descarga com 26 mm
de diâmetro (tipo T8), são tri-fosfóricas e têm apenas 3 mg de mercúrio; ou, no caso das de última
geração, um tubo de descarga com 16 mm de diâmetro (tipo T5), um novo pó tri-fósforo que
garante um melhor rendimento e uma melhor restituição de cores.
O seu rendimento pode chegar a 100 lúmen por watt e a sua eficiência usualmente varia entre
6,5% e 14,5%. Necessita de aparelhagem auxiliar (balastro magnético e condensador ou balastro
eletrónico). É necessário recorrer ao uso de balastros para fazer o controlo da tensão que permite
ligar a lâmpada e para limitar variações de corrente, impedindo que a resistência do gás condutor
decresça.
São as lâmpadas mais utilizadas em iluminação interior, com uma larga gama de temperatura
de cor. [29] [27]
para utilização com balastro eletrónico, permitindo uma regulação contínua do fluxo luminoso,
possível possibilitando o seu uso em armaduras de iluminação de emergência. [29] [27]
Um díodo é um dispositivo eletrónico composto por dois materiais distintos, ambos semicon-
dutores, que permitem que a corrente elétrica circula numa única direção. A luz é o resultado da
libertação de energia provocada por este movimento.
Os LEDs convencionais são feitos a partir de diversos materiais semicondutores inorgânicos,
produzindo várias cores.
Este tipo de lâmpada tem uma eficácia que varia entre os 65 e os 100 lúmen por watt (eficiência
de até 15%) e um período de vida longo (até 50000 horas).
A luz é gerada através do aquecimento dos semicondutores devido ao movimento dos eletrões
que se encontram no seu interior, provocado por uma tensão que lhe é aplicada.
Apesar do custo inicial ser elevado, quando bem aplicados, os LEDs acabam por compensar,
devido ao seu baixo consumo energético e manutenção reduzida.Para além destes aspetos, per-
mitem maiores efeitos estéticos, com maior impacto que os meios convencionais e não contém
mercúrio.
É cada vez mais vulgar a utilização desta tecnologia em iluminação de emergência e ilumina-
ção decorativa. [29] [28]
3.4 Luminárias
Como exemplos deste tipo de sistemas temos os que recorrem a interruptores crepusculares ou
variadores, ou a detetores de movimento/presença.
O interruptor crepuscular liga ou desliga o circuito, consoante a presença de luz natural, com
auxílio de uma célula fotoelétrica instalada no exterior.
O interruptor variador permite variar a intensidade luminosa presente em determinado espaço.
O detetor de movimento/presença pode pertencer a uma das seguintes categorias: Sistemas
por deteção de infravermelhos, sensores ultrassónicos e detetores de dupla tecnologia.
Os sistemas por deteção de infravermelhos detetam que um local está ocupado, através da
diferença de temperatura emitida pelo corpo humano e a temperatura da área em redor.
3.6 Equipamentos Auxiliares 29
Os sensores ultrassónicos são detetores de movimento volumétrico, para detetar que um dado
espaço está ocupado. São constituídos por vários componentes: transmissor, recetores e processa-
dores eletrónicos que permitem transmitir um som acima do intervalo do ouvido humano e medir
o tempo que leva para as ondas regressarem.
Os detetores de dupla tecnologia são uma junção de ambas as anteriores, permitindo uma
melhor funcionalidade, maior eficiência e segurança.
O uso do balastro eletrónico, devido ao seu funcionamento a alta frequência com menores
perdas de calor, supõe uma economia de cerca de 25% de energia em comparação com um eletro-
magnético tradicional equivalente.
Usar balastros eletrónicos com arranque por pré-aquecimento leva ao aumento da durabilidade
da lâmpada em 50%, comparando com um balastro eletromagnético tradicional.
Assim, o uso de balastros eletrónicos, além contribuir para a diminuição dos gastos de eletri-
cidade e da necessidade de efetuar manutenções, ainda ajuda a reduzir as emissões de CO2 para a
atmosfera e o volume de lâmpadas a reciclar.
Dispositivo presente, por exemplo, na lâmpada de vapor de sódio para, durante a ignição,
fornecer um pico de tensão aos elétrodos da lâmpada, que é sobreposto à tensão da rede.
30 Iluminação
Dispositivo que assegura que a luz é desligada quando as salas estão desocupadas, gerando
economias significativas, em locais de ocupação intermitente/imprevisível.
3.6.0.4 Dimmers
AVAC
• Instalar os sensores de temperatura (exceto os exteriores que devem ser instalados numa
parede orientada a Norte ao abrigo da luz solar/fontes de calor) e termostatos longe de
janelas, fontes de calor ou passagens de ar;
31
32 AVAC
Figura 4.1: Caldeira (à esquerda) e Chiller (à direita) da Escola Secundária Filipa de Vilhena
• Chiller, que produz frio - É responsável pelo arrefecimento de água destinada a arrefecer o
local pretendido.
• Bomba de Calor, que produz calor ou frio - As bombas realizam a circulação dos fluídos no
estado líquido.
• Caldeira, que produz calor - Este equipamento eleva a temperatura de um fluído, permi-
tindo, ou não, que este atinja o ponto de ebulição. A escolha do fluido térmico, depende da
temperatura de trabalho necessário. (Para temperaturas inferiores a 80o C utiliza-se água a
baixa pressão; Para temperaturas superiores recorre-se a vapor, água sobrepressurizada ou
fluido térmico).
• Depósitos de Inércia, que conservam calor ou frio - São um reservatório de inércia para
acumulação de água, para sistemas de aquecimento ou climatização.
Já nos sistemas “multi-split”, a unidade exterior permuta energia térmica para climatizar gran-
des zonas abertas, ou um número reduzido de espaços, através de um único fluido.
Um sistema centralizado (ventiloconvectores e radiadores), serve a totalidade ou a maioria
do edifício e a climatização dos locais é efetuada através dum fluido térmico (ar, água ou fluido
refrigerante), que pode ser o mesmo, ou não, que o que circula no circuito primário, através dos
equipamentos terminais em contacto direto com o ambiente dos locais a climatizar. [36]
Há autores que admitem um terceiro grupo específico, ao qual chamam de sistemas semi-
centralizados ou sistemas modulares. Incluem-se neste caso, os sistemas de volume de refrigerante
variável, nos quais o refrigerante vai até aos locais a climatizar (existência de um só circuito).
Um sistema deste tipo climatiza, normalmente, entre quatro a sessenta e quatro zonas dis-
tintas interiores e apenas uma unidade exterior, pelo que é defendido que não seja classificado
diretamente como sistema centralizado. [36] Um sistema de Volume de Refrigerante Variável
(VRV), considerado um sistema modular, é constituído por uma ou mais unidades exteriores e
várias unidades interiores, e recorre a um circuito de fluido frigorigéneo, destinado aos espaços a
climatizar.
Quanto ao fluído térmico, os sistemas centralizados podem ser classificados em "Tudo-Ar",
“Tudo – Água” e “Ar - água”.
Num sistema ”Tudo-Ar”, o ar é aquecido ou arrefecido com auxílio de uma Unidade de Tra-
tamento de Ar (UTA), para ser, posteriormente, distribuído por uma rede de condutas nos locais a
climatizar. A velocidade do ar pode atingir os 14m/s, sendo neste caso necessário utilizar caixas de
expansão e dispositivos de insuflação especiais. [36] É aplicado a edifícios onde é necessário um
controlo individual das condições do ar de divisão para divisão (hospitais, escolas, etc) ou onde
é exigido um controlo rigoroso da humidade, temperatura e qualidade do ar (salas de operações,
bibliotecas, etc).
Os sistemas tudo-ar podem ser classificados em [36]:
Os sistemas do tipo Volume de Ar Constante (VAC) são responsáveis por elevados consumos
de energia para a ventilação, pelo que são cada vez menos usados.
Nos sistemas com uma só zona, o ar é tratado na UTA e, posteriormente, distribuído através
da rede de condutas, a uma ou mais divisões.
4.1 Caracterização dos sistemas de AVAC 35
Os sistemas com várias zonas, são adequados para edifícios que possuam zonas distintas,
cujas necessidades sejam diferentes (edifícios com várias fachadas) ou para espaços com uma
carga térmica interna elevada e com flutuações repentinas e de grande intensidade.
Nos sistemas do tipo “Tudo – Água”, o calor ou o frio são levados ao local a climatizar,
respetivamente, por água quente, previamente aquecida, ou água fria previamente refrigerada.
Neste tipo de sistema é comum utilizar-se, por exemplo, ventiloconvetores ou painéis radian-
tes. O arrefecimento e desumidificação são feitos pela passagem de água fria na bateria, sendo
que o arrefecimento pode ser feito na mesma bateria, ou numa outra destinada ao efeito. A água
que circula na bateria será fornecida por um equipamento central, de arrefecimento e aquecimento
(chiller e caldeira). A humidificação não é praticada nestes sistemas, mas poderá ser feita separa-
damente através de humidificador.
36 AVAC
A maior vantagem dos sistemas tudo água é a sua grande flexibilidade na adaptação a diferen-
tes tipos de edifícios. É de notar que nestes sistemas não existe um circuito de distribuição de ar
novo pelos espaços.
Sistemas Fotovoltaicos
A aplicação de energias renováveis constitui uma das medidas que podem ser tomadas não só
para o aumento da eficiência energética, mas também para garantir a sustentabilidade do planeta.
A produção anual de energia de origem fotovoltaica cresceu de 5GWh em 2006 para 627GWh
em 2014, sendo que em 2015 se atingiram aproximadamente 800GWh. [37]
Os sistemas fotovoltaicos podem ser divididos em sistemas ligados à rede e em sistemas autó-
nomos.
No primeiro caso, a energia elétrica produzida pelo sistema é injetada na rede pública de dis-
tribuição de eletricidade. Por outro lado, no segundo caso, pode ser necessário recorrer a baterias
ou sistemas híbridos para efetuar o armazenamento e como meios de apoio complementares de
produção de energia. Esta necessidade, surge do facto da energia produzida não corresponder
(maioritariamente) à procura pontual de energia do consumidor (necessidades de energia à noite,
por exemplo).
Os sistemas autónomos, geralmente, são mais pequenos que os sistemas ligados à rede e são
passíveis de serem encontrados em sistemas de eletricidade pertencentes a hospitais, escolas, etc.
Os sistemas ligados à rede não requerem o uso de bateria para armazenar energia, visto que
esta é toda entregue à rede. Este tipo de sistema leva a que haja uma redução de perdas e de
investimentos em linhas de transmissão, dado que o local de produção é próximo do local de
consumo.
Os sistemas autónomos, ou isolados, podem ter, ou não, armazenamento. Num sistema au-
tónomo sem armazenamento de energia, os recetores consomem de imediato a energia produzida
pelos módulos fotovoltaicos. Podem ser comutados à rede elétrica, caso não exista radiação no
momento, o que os torna mais eficazes e permite reduzir custos.
Os sistemas isolados são constituídos por um conjunto de painéis, regulador de carga, uma ou
mais baterias e inversor. O uso de baterias para armazenamento de energia torna este sistema mais
caro face ao anterior. [38]
37
38 Sistemas Fotovoltaicos
Figura 5.1: Exemplo esquemático de Sistema PV ligado à rede (à esquerda), autónomo (ao centro)
e híbrido (à direita)
• MPP (Ponto de Potência Máxima): é o ponto da curva característica, onde a célula funciona
à máxima potência (este ponto varia com as condições meteorológicas);
• VOC (Tensão de Circuito Aberto): para células cristalinas, representa aproximadamente 0,5
a 0,6 V e, para células amorfas, aproximadamente 0,6 a 0,9 V.
Os módulos fotovoltaicos (agrupamento de células) são combinados entre si, em séries e pa-
ralelos. Os módulos ligados em séries constituem as strings, também chamadas de fileiras. Neste
tipo de ligação há um aumento da tensão de saída do painel, mantendo-se constante a corrente elé-
trica. Por outro lado, a ligação em paralelo permite manter o nível de tensão e aumentar a corrente
elétrica. Ao conjunto total de módulos fotovoltaicos dá-se a designação de gerador fotovoltaico.
Para minimizar as perdas de potência no sistema, apenas se devem usar módulos do mesmo
tipo.
Em termos de manutenção e conservação, estes devem ser controlados anualmente verificando-
se a segurança das conexões elétricas, se as ligações mecânicas estão intactas, a fixação dos painéis
e a existência de corrosão. A chuva é normalmente suficiente para manter limpa a superfície dos
módulos.
Em muitos sistemas ligados à rede, existem certos períodos de sombreamento difíceis de evi-
tar. Estes devem ser tidos em conta quando se dimensiona a instalação de modo a determinar as
possíveis perdas pela exposição à sombra.
As sombras projetadas sobre os painéis podem classificar-se em sombras temporárias, sombras
causadas pela localização da instalação e sombras causadas pelo edifício.
A curva característica do painel é modificada em função do sombreamento a que está sujeito.
Desta forma, o MPP irá ser desviado, surgindo uma redução de potência. Este sombreamento pode
originar graves danos, tanto na eficiência como na segurança do módulo FV. Se uma célula ficar
totalmente obscurecida, passará a estar inversamente polarizada, atuando como uma carga elétrica
e convertendo a energia em calor. Ao maior valor de intensidade e corrente que pode fluir através
dela, chama-se corrente de curto-circuito. Se a corrente se desviar da célula solar, através de uma
derivação de corrente por meio de um díodo by-pass, o aparecimento das tensões inversas elevadas
indesejadas, é impedido [38].
40 Sistemas Fotovoltaicos
5.1.2 Bateria
A produção de energia e o seu consumo, na sua maioria, não coincidem, pelo que o armaze-
namento de energia, através de baterias, é um componente importante de um sistema autónomo.
Este equipamento, permite que se utilize energia, por ele armazenada, à noite.
Nas instalações fotovoltaicas, o regulador de carga tem a função de proteger as baterias contra
as sobrecargas e impede que estas continuem a receber carga do painel uma vez atingida a sua
carga máxima, prevenindo a deteriozação das mesmas. Além destas funções, alguns reguladores
de carga dispõe de funções adicionais como alarmes e monitorização.
5.1.5 Inversor
O inversor solar, que estabelece a ligação entre o gerador fotovoltaico e a rede AC, converte
o sinal elétrico DC do gerador num sinal elétrico AC, ajustando-o para a frequência e nível de
tensão da rede.
Para fornecer a maior potência possível, o inversor deve funcionar no ponto MPP do gerador
fotovoltaico.
Alguns inversores também têm função de regulador de carga das baterias, dispensando o uso
de regulador na instalação.
Um condutor é formado pela alma condutora e pela camada isolante. A alma condutora pode
ter diferentes tipos de metais condutores, secções nominais e composições, que condicionam a
flexibilidade e a resistência do condutor.
Se o condutor possui revestimento exterior, o qual assegura a proteção química e mecânica
do cabo, é chamado de cabo monopolar. Um cabo multipolar é formado por vários condutores,
os quais são eletricamente distintos. Esse revestimento pode ser feito através de vários materiais
isolantes como o PVC, PE e PEX.
O Polietileno Reticulado (PEX) oferece melhor estabilidade térmica e melhores características
mecânicas, permitindo admitir para este material temperaturas máximas da alma de 90o C em
regime permanente.
O Policloreto de Vinilo (PVC), apresenta boas características elétricas (rigidez e resistência de
isolamento) e mecânicas (resistência à corrosão, envelhecimento, etc.), mas também gera perdas
dielétricas. Admite uma temperatura máxima em regime permanente de 70o C.
As misturas à base de PVC são muito utilizadas em baixa tensão, havendo a possibilidade do
seu emprego em média tensão, em tensões de serviço até 10kV.
Figura 6.1: Modelo de etiqueta energética de uma lâmpada (à esquerda) e de uma luminária (à
direita) [ [8]
43
44 Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de Energia Elétrica
O comportamento dos consumidores deve ser tido em conta, devendo continuar a ser promo-
vidas medidas para mudança do comportamento, no que diz respeito à consciencialização ener-
gética nas escolas, em casa e no trabalho. Esta consciencialização contribui para o decréscimo
do desconhecimento das tecnologias mais eficientes e dos seus potenciais benefícios. É usual a
população evitar introduzir novas tecnologias por não as conhecer ou por serem, na sua maioria,
dispendiosas. É importante que se relacione esse investimento inicial com a redução dos custos de
funcionamento.
Outra dificuldade do uso destas tecnologias, prende-se no facto de serem escassos os incentivos
envolvidos na seleção de equipamentos e gestão de energia das instalações.
A utilização racional de energia, visa oferecer o mesmo nível de produção de bens, serviços
e conforto, recorrendo a tecnologias que geram consumos menores de energia diminuindo, assim,
as emissões poluentes, incluindo os gases de efeito de estufa. Além destas vantagens, é criada uma
maior competitividade entre as empresas, reduzidas a fatura e dependência energéticas do país e a
intensidade energética da economia.
Capítulo 7
Qualidade da Energia
• Sobretensões (v);
45
46 Qualidade da Energia
• Existência de curto-circuitos entre fase e neutro que não tenham sido detetados.
Os desequilíbrios de tensão nas instalações cujos equipamentos são monofásicos, são bastante
comuns, podendo provocar os seguintes problemas:
A ocorrência de cavas pode ser devida à ocorrência de um arranque de uma carga de grande
dimensão como de um motor de potência muito elevada ou devida a problemas nas redes de
transporte e distribuição provocados, por exemplo, pela ocorrência de descargas atmosféricas.
Destas perturbações podem surgir problemas como:
7.5 Sobretensões
Uma sobretensão é o aparecimento importuno de uma variação no valor instantâneo da ampli-
tude de tensão e podem ser classificadas como sendo de baixa ou alta frequência. As sobretensões
de baixa frequência são as que ocorrem com frequência igual à da rede, as sobretensões de alta
frequência são as que ocorrem com frequência superior.
Os sistemas elétricos de energia podem ser alvo de uma sobretensão devido a, por exemplo,
descargas atmosféricas.
Em consequência, podem surgir problemas como:
48 Qualidade da Energia
Caso de Estudo
A escola requalificada passa, em 2009, a ter capacidade para 42 turmas, contando para isso
com 43 salas de aula, 5 laboratórios, ginásio requalificado, campo de jogos coberto, auditório,
biblioteca, espaço polivalente, refeitório, bar, campo de jogos coberto, entre outros. [42]
A sua estrutura é dividida em três blocos, os quais chamados de ”Corpo A”, ”Corpo B” e
”Corpo C”. Recorrendo ao software AutoCAD e às plantas do edifício, é possível analisar melhor
cada um destes espaços.
O corpo A, é o bloco de maior dimensão, constituído por quatro pisos cujos espaços e respeti-
vas áreas podem ser observados nas tabelas abaixo apresentadas.
No Piso -1 deste bloco, é possível encontrar o polivalente, a sala de música, a sala de ginástica
e vários espaços destinados a arrumar material.
49
50 Caso de Estudo
Foram estudadas faturas da escola do ano de 2016. Apenas foram tidas em conta faturas dos
últimos meses devido a mudança contratual efetuada pela Escola.
Verifica-se que a maioria destes consumos são feitos nos períodos de Cheia e Ponta ( 8.1),
períodos esses que coincidem com o período de funcionamento da escola. Nos períodos em que o
edifício não está em funcionamento, existe na mesma energia consumida devido a equipamentos
que nunca são utilizados.
Inicialmente, comparou-se o presente tarifário com outros da mesma entidade, neste caso, a
E.D.P., chegando à conclusão que não existe uma melhor solução do que a que já vigora atual-
mente. Uma mudança para um destes tarifários, poderia trazer o aumento indesejável desde 14%
até 29%, aproximadamente ( 8.5).
De seguida, foram estudados tarifários de média tensão de outras empresas, concluindo-se
que é possível reduzir alguns euros na fatura. O tarifário estudado da Endesa, oferece o valor de
poupança mais alto, quase 8% ( 8.5).
Em média, a escola gasta 3722 euros por mês em faturas de eletricidade. Assim, num ano,
gasta um valor próximo a 44665 euros. Com o tarifário proposto, esse valor passaria a ser de
41119 euros, ou seja, seria possível poupar 3546,6 euros anualmente.
8.2 Iluminação 55
A partir da análise das faturas é ainda possível verificar que anualmente a faturação da energia
reativa não chega a 0,6% do total, valor este, no qual tem influência a bateria de condensadores
instalada.
8.2 Iluminação
Em grande parte dos edifícios, o sistema de iluminação encontra-se fora dos padrões técnicos
adequados, devido a iluminação em excesso, falta de aproveitamento da iluminação artificial, uso
de equipamentos com baixa eficiência luminosa, falta de interruptores, ausência de manutenção
e/ou hábitos de uso inadequados. [33]
Uma das medidas mais genéricas para a redução de consumos, é a consciencialização dos uti-
lizadores para a correta utilização das luzes, desligando-as quando não forem necessárias. Como
tal, é sugerido que se façam campanhas informativas e se disponibilize informação pertinente, em
locais estratégicos.
Outras formas de reduzir no setor em questão são: aproveitar o máximo de luz natural, dimi-
nuindo a utilização de iluminação artificial; pintar os interiores dos espaços com cores claras para
favorecer a reflexão da luz; escolher luminárias com superfícies refletoras de alto desempenho;
fazer uma limpeza adequada às entradas de luz natural, lâmpadas e luminárias; utilizar sensores
de presença em espaços que assim justifiquem; usar equipamentos que permitam regular o fluxo
luminoso, principalmente em casos com predominância de iluminação natural; usar balastros ele-
trónicos nas lâmpadas de fluorescentes tubulares; utilizar lâmpadas de descarga do tipo de vapor
de sódio de alta pressão em locais com tetos altos; verificar os níveis de iluminação; posicionar os
locais de trabalho de forma estratégica; instalar dispositivos de controlo (interruptores temporiza-
dos; controlo automático, programado mediante hora; fotocélula) caso o seu uso seja justificado;
substituição eficiente de lâmpadas.
Iluminação no Edifício
A partir da análise das plantas do edifício (com data de 2010), em que se recorreu ao Auto-
CAD, foi possível determinar, segundo o projeto, a dimensão dos diferentes espaços, o número de
luminárias neles existentes e o seu tipo. Apresentam-se, de seguida , os dados atuais recolhidos,
relativos ao piso 1 do Corpo B (os restantes dados estão disponíveis para consulta em anexo).
56 Caso de Estudo
Deste modo, foi possível verificar que a escola tem 1204 luminárias, das quais 624 estão no
Corpo A, 476 no Corpo B e 104 no Corpo C. Há predominância de luminárias do tipo A1.2 e A2.1.
O equipamento A1.2 corresponde a um aparelho de iluminação para instalação saliente com
uma lâmpada fluorescente do tipo T5 de 49W, da cor 840 da Trilux e o tipo A1.1 a uma similar de
potência 35W.
O equipamento A2.1, corresponde a uma luminária com 50 mm, para montagem em caixa
de gesso cartonado no teto falso e uma lâmpada fluorescente do tipo T5 de 35W, da cor 840, da
Tupoli. O tipo A2.2 corresponde a uma luminária idêntica, mas com uma lâmpada de 49W.
O aparelho de iluminação A4 serve para instalação encastrada em tetos, tem IP54 (Fornecem
um grau de proteção contra a poeira e salpicos de água) e é equipado com balastro eletrónico e
uma lâmpada fluorescente compacta com 14W, de cor 840.
O equipamento do tipo A5, destinado a montagem saliente no teto, tem IP 65 (Proteção à
prova de poeira e contra jatos de água), sendo equipado com balastro eletrónico e uma lâmpada
fluorescente T5 de 49 W da cor 840.
Figura 8.2: Sala de Aula desenhada no DIALux (à esquerda) vs. Sala de Aula Real (à direita)
De acordo com o Manual da Parque Escolar, definiu-se o grau de reflexão do teto, paredes
e pavimento como sendo 70%, 50% e 20%, respetivamente, e o Plano de Uso/trabalho (Height)
e a Zona Marginal (Wall Zone) como 0,8 e 0,4 metros, respetivamente. A uniformidade (valor
mínimo/valor máximo) deve ser de 0,5, excluindo uma moldura de 40 cm em torno de todo o
local. A zona de cálculo para efeitos de uniformidade exclui, como recomendado, uma moldura
de 40cm em torno de toda a sala. Ainda neste manual, é sugerido que a redução/aumento do nível
de iluminação nos espaços de ensino seja feito por substituição de lâmpadas. No entanto, serão
analisadas outras soluções, no caso de somente a substituição não ser possível ou não resolver o
problema.
De acordo com a norma EN 60081, consideram-se os valores de fluxo luminoso nominal das
lâmpadas para a temperatura standard, 25o C.
58 Caso de Estudo
A análise à iluminação depende, entre outros fatores, do horário e do local em estudo. O seu
controlo é feito com auxílio da GTC (Gestão Técnica Centralizada), que controla os vários tipos
de circuitos de iluminação: permanente, por intervalo, dependente de sensor, noturna e manual.
Após análise, concluiu-se que a iluminação permanente está em uso durante 17 horas por dia.
Este tipo de iluminação (que pode ser encontrado em corredores e na cantina), caracteriza-se por
estar sempre ligado, usando apenas uma percentagem das lâmpadas existentes no espaço.
A iluminação de intervalos liga todas as lâmpadas existentes e funciona, como o nome indica,
por intervalos, ao longo do dia. Estes intervalos variam entre 10 e 30 minutos e ao fim de um dia
somam 180 minutos, ou seja, 3 horas. Pode ser encontrada nos corredores, local onde há maior
movimento durante esses períodos de funcionamento.
Além destes dois tipos, podemos encontrar também a iluminação crepuscular que recorre, tal
como o nome indica, a um sensor que ativa o circuito, consoante a luminosidade natural no espaço.
Pode ser encontrada no ginásio e cantina, por exemplo.
8.2 Iluminação 59
Existe ainda a iluminação noturna, em funcionamento no ginásio e nos acessos a este, que se
caracteriza por estar ligada à noite.
Noutros tipos de espaços, como salas de aulas, em que cada uma contém um quadro elétrico,
o controlo da iluminação é feito pelos usuários (professores). Considerar-se-á que o seu funciona-
mento ocorre durante 8 horas diárias, visto que este período é variável ao longo do ano.
A escala de cores usada ao longo deste sub-capítulo, para interpretação dos níveis de ilumi-
nância determinados pelo DIALux, pode ser vista na figura 8.11.
Figura 8.5: Escala de cores usada nas figuras deste sub-capítulo, via DIALux
Restaurante/Cafetaria (Polivalente)
Mais conhecido por cantina, este espaço tem 307, 03m2 e está equipado com 47 lâmpadas
fluorescentes do tipo T5, na sua maioria de 49W, da cor 840. Inicialmente, todas as lâmpadas
eram de 35W, mas, devido a avaria, foram sendo trocadas por lâmpadas de potência superior.
Para este local o valor de referência é de 200 lux.
Durante as horas com menor incidência de luz natural (Caso B), ambos os circuitos estão
ligados. Porém, nos períodos com maior incidência, apenas um circuito está em funcionamento
(Caso A). Este controlo é feito, como referido anteriormente, pelo software GTC, com auxílio de
um sensor crepuscular.
Para o Caso A (funcionamento durante o dia, na presença de luz natural), no DIALux, obtém-
se uma iluminância média de 873 lux, a qual é muito superior ao valor de referência (200 lux),
e uniformidade (0,18), sendo este bastante inferior ao valor mínimo. Na figura 8.6 é possível
visualizar a distribuição destes valores.
Figura 8.6: Distribuição dos Valores de Iluminância na Cantina para o caso A Atual
Para o caso B (período com pouca luz natural), no DIALux, obtém-se uma iluminância média
de 378 lux (também acima do valor mínimo) e uniformidade 0,35.
Com auxílio do luxímetro, foi possível também medir o valor da iluminância para este lo-
cal (durante um período com pouca incidência de luz natural, com apenas um circuito ligado).
Determina-se que a iluminância média, para o mesmo, é de 270 lux.
60 Caso de Estudo
Usando uma lâmpada com 35W de potência, é possível obter uma iluminância média de 197
lux e uniformidade de 0,32, para o pior caso (sem iluminação natural), não necessitando de usar o
outro circuito.
Assim, à poupança gerada pela redução de potência de algumas lâmpadas de 49W para 35W,
soma-se a poupança gerada pela retirada do circuito de iluminação crepuscular ( do qual fazem
parte 16 lâmpadas).
Figura 8.7: Distribuição dos Valores de Iluminância na Cantina para o caso B Atual - Legenda
8.11
O polivalente tem 223, 63m2 e está equipado com 9 lâmpadas fluorescentes T5 de 35W, da cor
840.
Para este local, o valor de referência é de 200 lux.
Para o Caso A, no DIALux, obtém-se uma iluminância média de 294 lux, apenas um pouco
superior ao valor de referência que é de 200 lux.
Na figura seguinte, é possível visualizar a distribuição destes valores.
Ainda para este caso, efetuou-se a medição com auxílio do luxímetro, obtendo-se 270 lux.
Para o caso B (que está em funcionamento quando não há luz natural, devido ao sensor cre-
puscular), o DIALux calcula uma iluminância média de 192 lux e uniformidade 0,36.
Não é possível baixar a potência das lâmpadas, uma vez que, no caso B, o valor está já ligei-
ramente abaixo do limite.
8.2 Iluminação 61
Arquivo Geral
Este espaço, de 81, 32m2 , não tem luz natural e conta com 6 luminárias do tipo MHPP 04 149
BE da EEE, com uma lâmpada fluorescente T5 de 49 W, da cor 840. O valor de referência para
este espaço é 200 lux.
Após análise no DIALux conclui-se que, atualmente, o arquivo conta com uma iluminância
média de 199 lux e uniformidade de 0,25. O valor da iluminância foi confirmado, com recurso ao
luxímetro, no qual se obteve 172 lux, não sendo possível baixar a potência instalada neste local.
Arrecadação Geral
A arrecadação geral, de 81, 47m2 , que (há semelhança do espaço anterior), não tem luz natural,
conta com 8 luminárias do tipo MHPP 04 149 BE da EEE com uma lâmpada fluorescente T5 de
49 W da cor 840.
A sua iluminância média, obtida através do luxímetro é de 168 lux e no DIALux, é de 228 lux
e o uniformidade 0,36. O valor de referência para este espaço é bastante inferior: 100 lux.
Usando a mesma luminária, com uma lâmpada de menor potência (35w) é possível diminuir a
iluminância média para 134 lux.
Neste corredor, há iluminação do tipo permanente e por intervalo, sendo necessário analisar
os dois casos.
Durante os períodos com mais movimento, de acordo com a programação do GTC, estão
acesas 30 lâmpadas de 35w, nos quais, através do DIALux, foi possível concluir que este espaço
fica com uma iluminância média de 278 lux, sendo bastante superior ao recomendado (100 lux) e
com uniformidade de 0,30.
62 Caso de Estudo
Neste espaço, temos dois circuitos: um de ligação permanente, constituído por 12 luminárias
com 35w de potência, e um de ligação por intervalo, onde, além dessas 12 luminárias, ficam ativas
11 do mesmo tipo.
No primeiro caso, analisando teoricamente no DIALux, obteve-se uma iluminância média de
134 lux e no segundo, onde os 2 circuitos estão ativos, de 255 lux. O valor da iluminância, no
primeiro caso, foi confirmado com recurso ao luxímetro onde se obteve 170 lux.
Para este espaço, aconselha-se um valor de 100 lux, não se verificando a necessidade de haver
utilização do segundo circuito. Assim, esta proposta resultará na desativação do segundo circuito,
nas respetivas três horas diárias de uso.
Laboratório de Química
O manual de projeto de instalações técnicas da Parque Escolar, recomenda que este espaço
tenha uma iluminância média de 500 lux.
No DIALux, é possível verificar, que este espaço apresenta uma iluminância média teórica de
531 lux e uniformidade de 0,49. Assim sendo, verificou-se que não é possível reduzir a potência
das lâmpadas do laboratório.
Apresenta-se (figura 8.10) a distribuição da iluminância neste local.
8.2 Iluminação 63
Recorrendo ao luxímetro, confirmou-se que este valor se encontra dentro dos limites recomen-
dados numa situação com alguma (pouca) luz natural, obtendo-se um valor muito próximo de 590
lux.
Salas de Aula
Verifica-se que o sistema de iluminação presente atualmente nas salas de aula, de aproximada-
mente 50 metros quadrados, é composto por 9 luminárias com 1 lâmpada T5 de 49w cada, gerando
uma iluminância de 577 lux (medido com o luxímetro, é de 518 lux) . A distribuição dos valores
de Iluminância média pode ser visualizada na figura 8.12
Figura 8.12: Distribuição da Iluminância média atual numa Sala de Aula (visualização em 3D)
64 Caso de Estudo
O valor recomendado para uma sala de aula é 300 lux, respetivamente, encontrando-se os
valores teórico e real, bastante acima. No entanto, se a sala de aula for usada por adultos ou tiver
frequência noturna, o recomendado são 500 lux. Entende-se que a sala tenha sido projetada para
este último valor. Por um lado, estes espaços podem passar a ser usados para aulas à noite e, por
outro, a partir das 17h (principalmente de Inverno) já não há luz natural.
Se se reduzir a potência dessas lâmpadas para 35w, obtêm-se 399 lux, valor este, inferior ao
desejado.
Num gabinete, é recomendado uma iluminância média de 500 lux. No piso 0 do corpo A,
existem vários espaços desta tipologia. Um dos estudados, denominado Gabinete de Psicologia,
tem 26,63m2 , 3 janelas e 4 luminárias com uma lâmpada fluorescente cada do tipo T5 de 35W.
No DIALux, verifica-se que este espaço, tem, atualmente, uma iluminância média de 322 lux,
sendo inferior ao nível recomendado. No entanto, é necessário ter em atenção as condições em
que este valor foi determinado, antes de se decidir aumentar a potência das lâmpadas.
Ora, no DIALux, caso a iluminação não funcione por intervalos ou com recurso a sensores
(crepuscular, por exemplo), todos os cálculos são feitos para o pior caso possível, ou seja, sem
iluminação natural. Na prática, este é um dos espaços em que essa iluminação média será inferior
ao valor teórico dado pelo software, na medida em que, estamos perante uma sala dotada de 3
janelas que é usada durante o dia.
Repetindo o cálculo tendo em conta esta situação, é possível verificar que a sala tem uma
iluminância média de 477 lux, nos dias de céu encoberto e, para a luminosidade média de um dia,
tem mais de 2000 lux. Assim, conclui-se que não é necessário aumentar a potência das lâmpadas.
Salas TIC
Numa sala onde computadores são usados com frequência é sugerido que a iluminância média
seja de 300 lux para conforto e bem-estar do utilizador.
Uma das sala de TIC, situada no piso 1 do Corpo B, com 53, 68m2 , tem 9 luminárias com uma
lâmpada T5, de 35W cada.
A iluminância média obtida no DIALux é de 317, valor dentro da margem dos 20% em compa-
ração com o desejado. Tendo em conta a comparação entre este valor e o recomendado, decidiu-se
não efetuar alterações ao sistema de iluminação deste espaço.
No entanto, existe uma sala de TIC, com a mesma tipologia mas que em vez de 35W, possui
lâmpadas com 49W de potência. Para este espaço, a iluminância média obtida no DIALux é de
412 lux e, na realidade, com recurso ao luxímetro, num dia com pouca luz natural, é de 483 lux,
isto é, um pouco acima do valor desejado. Assim, é possível reduzir a potência das lâmpadas para
35W, à semelhança da sala de TIC, primeiramente estudada.
8.2 Iluminação 65
A troca da luminária, exigida por exemplo na troca de uma lâmpada de 35W para uma de 28W
devido às respetivas dimensões, torna a solução inviável. O valor elevado que se obteria nesses
casos é justificado pelo preço do equipamento e da mão de obra.
O retorno em alguns espaços é zero devido à respetiva solução passar por desligar um dos
circuitos existentes ou, uma ou mais, lâmpadas.
O retorno económico da aplicação dessas propostas foi calculado, com recurso ao Microsoft
Office Excel, de acordo com os conceitos e equações que se seguem.
O cálculo da potência total consumida em dado local, no caso de apenas um tipo de sistema
de iluminação, é dado pela multiplicação entre o número de lâmpadas existentes nesse espaço e a
respetiva potência.
Consumo Anual
O consumo anual desse espaço, pode ser calculado multiplicando a PotênciaTotal pelo número
de horas por ano em que essa lâmpada está acesa. Nesta estimativa, foi tido em conta o uso diário
e anual de cada espaço. Por exemplo, considerou-se que as luzes estão acesas durante 8 horas, 150
dias por ano numa sala de aula, enquanto que na cafetaria estão acesas durante 195 dias por ano.
Por sua vez, nas arrecadações com pouca utilização, apenas se considerou uma hora por dia.
Considerou-se o ano letivo de 2016/17 e respetivas interrupções.
Custo Anual
O Custo anual é dado pela multiplicação entre o Consumo Anual e o Preço e foi calculado
tanto para a situação atual como para a solução proposta.
Poupança Anual
A poupança anual, foi calculada através da diferença entre o Custo Anual Atual e o Custo
Anual da Solução.
66 Caso de Estudo
Investimento
De notar que, neste parâmetro, foi tido em atenção as lâmpadas que saem de serviço, ficando
disponíveis para serem colocadas noutros espaços, não sendo necessário, desta forma, comprar o
número total de lâmpadas essenciais, nos espaços que requerem redução de potência.
No mercado, a oferta de diferentes tipos de lâmpadas é grande. Decidiu-se pela marca OS-
RAM, que se concluiu, após comparação com outras, ser a que tem a melhor relação quali-
dade/preço. Todas as lâmpadas escolhidas são de classe A+.
Retorno
Por fim, calculou-se o período necessário para o retorno que é obtido pela razão entre o Inves-
timento e a Poupança Anual.
Após fazer a análise económica para os possíveis espaços, concluiu-se que, devido ao retorno
ser inferior a 6 anos, apenas é viável fazer alterações na iluminação de 10 espaços, os quais se
encontram resumidos na tabela 8.7 com o respetivo retorno e poupança anual obtida pela solução
proposta.
8.2 Iluminação 67
Tabela 8.7: Poupança total obtida através de redução de potência nos espaços com retorno econó-
mico viável
Assim, conclui-se que, através da implementação das 9 propostas, é possível poupar anual-
mente cerca de 285 euros.
Destes espaços, os correspondestes aos códigos a-107, a222, b111, b112 e b002 não estão
referidos no subcapítulo referente à Qualidade da Iluminação Atual. Todos eles foram sujeitos à
mesma avaliação. A solução para eles proposta é, sucintamente, apresentada de seguida.
2000 horas por ano (Hor/Ano), significa que o espaço está a fazer uso da iluminação artificial
durante 10 horas por dia, 200 dias por ano; 1600hor/ano, representa um espaço com iluminação
usada 8 horas por dia, durante 200 dias; 1200 hor/ano, diz respeito a um local com luzes acesas
durante 8horas por dia por um período de 150 dias. As unidades dos vários parâmetros mantém-se.
De notar que, quanto maior o número de lâmpadas e o período de funcionamento do local,
maior é a poupança anual obtida pela implementação de LEDs (assim como na redução de potência
com outro tipo de lâmpadas).
Chega-se, assim, à conclusão de que a troca das lâmpadas existentes por lâmpadas LED, com
troca de luminária, não é viável. Contudo, é possível fazer esta substituição, sem necessidade de
troca do restante equipamento, em espaços, como corredores, que não exigem a mesma qualidade
de luz que, por exemplo, uma sala de aula.
Neste estudo, conclui-se que, é possível poupar anualmente 1024 euros (tabela 8.9) nas zonas
de circulação caso se substituam as lâmpadas existentes por LED’s. Esta medida tem um período
de retorno inferior a 8 anos, pelo que se considera aceitável, visto que este tipo de lâmpadas tem
um tempo de vida elevado. Este cálculo foi feito para 168 lâmpadas. Este valor corresponde ao
somatório de todas as lâmpadas pertencentes à iluminação permanente.
Potência
Potência Custo Custo
Anual Poupança
Anual Anual Anual Investimento Retorno
Consumida Anual
Consumida Atual Solução
Solução
19992.00 9424.80 1821.77 858.83 7277.76 1024.17 7.11
8.3 Qualidade da Energia 69
Para o esquema de ligação, representado na figura 8.14 , foi tido em consideração o manual
do equipamento utilizado para análise, o GSC 53N, o qual se manteve em funcionamento em
intervalos mínimos de 24 horas. Esta ligação, é feita tendo em conta que estamos presentes de um
sistema trifásico com neutro.
Foram recolhidos dados de três locais, os quais se consideraram ser os mais relevantes: QGBT,
Corte Geral e QBP 1.1. Onde, QGBT representa o quadro geral de baixa tensão ligado ao PT. O
corte geral está no quadro elétrico que alimenta os três blocos e sucede ao QGBT. QBP 1.1 é a
sigla que representa o quadro parcial do piso 1 do corpo B a que estão ligados, por exemplo, outros
quadros parciais e o chiller.
Para visualizar os dados recolhidos pelo GSC 53N, foi utilizado o software Topview. Esta
ferramenta permite fazer o download da informação e visualizá-la tanto numa tabela como num
gráfico.
Figura 8.15: TDH QGBT (à esquerda), Corte Geral (ao centro) e Quadro Parcial (à direita)
É possível verificar pela figura 8.15, na imagem à esquerda, que representa a TDH medida
através da ligação do analisador ao QGBT durante 4 dias, que este limite não é ultrapassado nas 3
fases. O valor mais alto é de 4,55% e ocorre na fase 3.
Este limite também não é ultrapassado no Corte Geral do Quadro que alimenta os 3 blocos,
nem no Quadro Parcial como se pode constatar pela mesma figura. Nestes casos, a TDH não chega
a 3,55% e a 3,67%, respetivamente.
A norma EN50160, estabelece para cada ordem harmónica uma amplitude relativa (valor li-
mite) que pode ser consultada na tabela 8.10.
8.3 Qualidade da Energia 71
Após análise e tratamento dos valores obtidos com auxílio do analisador de rede, verifica-se
que os harmónicos de ordem 3, 5 e 7 se encontram dentro dos limites, como é possível verificar
pela figura 8.16, onde todos os valores se encontram abaixo de 5% (ordem 3 e 7) e 6% (ordem 5)
como desejado.
Figura 8.16: Harmónicos de Tensão de ordem 3 (à esquerda), 5 (ao centro) e 7 (à direita) - QGBT
(em cima), Corte Geral (no meio) e QBP 1.1 (em baixo) - (3 Fases)
72 Caso de Estudo
8.3.1.3 Valor máximo de distorção harmónica de corrente (THDI) e valor máximo dos har-
mónicos de corrente
Sabe-se que, no posto de transformação de serviço público mais próximo, o PTD PRT 262, a
potência de curto-circuito previsível no seu barramento BT é de 17,36 MVA.
Com este valor, é possível calcular a corrente de curto-circuito necessária a este estudo.
130, 34(kW )
IL = √ (8.8)
FP × 3 ×Un (kV )
Icc
= 133, 2 (8.9)
IL
Assim, a partir da tabela, verifica-se que o valor limite da THDI é de 15% e que o limite
máximo das correntes harmónicas individuais de 3a , 5a e 7a ordem é de 12%.
Nos gráficos das figura 8.17 e 8.18, verifica-se que os limites máximos das correntes harmó-
nicos individuais das ordens analisadas são obedecidos. Contudo, o limite da Taxa de Distorção
Harmónica de Corrente não é respeitado.
8.3 Qualidade da Energia 73
Figura 8.17: Harmónicos de Corrente de ordem 3 (à esquerda), 5 (ao centro) e 7 (à direita) - QGBT
(em cima), Corte Geral (no meio) e QBP 1.1 (em baixo) (3 Fases)
Figura 8.18: TDHi no QGBT (à esquerda), no Corte Geral (ao centro) e no QBP 1.1 (à direita)
Os filtros ativos, podem ser considerados como sendo de um dos seguintes tipos [12]: paralelo,
série, híbrido ou universal.
Para compensar os harmónicos de corrente, normalmente, usa-se o filtro ativo paralelo, en-
quanto que, se recorre ao ativo em série em casos de problemas nos harmónicos de tensão.
O filtro ativo universal é uma junção destes dois tipos o que permite resolver ambos os proble-
mas.
O filtro híbrido é constituído por filtros ativos e passivos, o que eleva a sua eficácia.
Para o efeito desejado, tem interesse o filtro ativo paralelo. Este tipo de filtro é constituído,
basicamente, por um controlador e um inversor. O controlador mede as tensões e correntes por fase
da rede e calcula as correntes de referência para o inversor. O inversor, recebendo estas correntes,
gera as correntes necessárias introduzindo-as nas linhas do sistema elétrico, de modo a compensar
as existentes na rede (figuras 8.19 e 8.20) .
Este tipo de filtro permite ainda compensar a potência reativa e equilibrar as correntes das três
fases, eliminando a corrente no neutro.
8.3 Qualidade da Energia 75
Figura 8.21: Tensão QGBT (à esquerda), Corte Geral (ao centro) e QBP 1.1 (à direita)
De acordo com a Norma NE/EN 50160, a Variação da tensão de alimentação, não conside-
rando as interrupções, de 95% dos valores eficazes médios de 10 min para cada período de uma
semana devem situar-se entre 90% Un e 110% Un, onde Un representa a tensão nominal: 230V.
As tensões nas fases analisadas, V1, V2 e V3, encontram-se de acordo com a norma, como se
pode verificar pela figura 8.21, relativa às tensões registadas no Quadro Geral de Baixa Tensão,
no Corte Geral e no Quadro Elétrico.
O valor máximo registado é de 240,6V e o mínimo de 227,5V, ambos inferiores a 253V e
superiores a 207V.
8.3.3 Frequência
Idealmente, a frequência deve ser igual a 50 Hz. Em condições normais o valor médio medido
em intervalos de 15 minutos, segundo a norma NE/EN 50160 deve estar:
Figura 8.22: Frequência do QGBT (a cinzento), do Corte Geral (a azul) e do QBP 1.1 (a vermelho)
Para os casos estudados, ambas as condições são satisfeitas. Na figura 8.22, é possível verificar
que estes limites são obedecidos.
(bateria de condensadores), como foi dito anteriormente. Este equipamento, faz a compensação
da energia reativa, gerando uma potência oposta à consumida pelos motores, transformadores,
iluminação fluorescente, entre outros.
A correção do fator de potência deve ser feita por escalões de potência, ajustados aos consumos
da instalação, o qual pode ser avaliado recorrendo a um analisador de rede.
Assim, sabendo que o fator de potência é dado pela equação 8.10, foi possível proceder ao
seu cálculo e à sua análise.
P
FP = (8.10)
S
Onde, FP representa o valor do fator de potência dado instante, P é a potência ativa (W) e S a
potência aparente (VA).
Tendo em conta que, o analisador de rede nos fornece a tensão, corrente e potência aparente,
foi possível calcular os valores de FP, os quais estão refletidos na figura 8.23.
O nível máximo de energia reativa permitido sem cobrança, está associado ao fator de potência
de referência de 0,96.
É possível observar que, o fator de potência é menor que o valor de referência apenas num
período de 10 minutos .
A partir dos dados recolhidos, foi possível concluir que a tensão se encontra equilibrada nas
três fases dos locais analisados, como ilustram as figuras 8.21.
8.4 Projeto Painéis Fotovoltaicos 77
Figura 8.24: Corrente (3 fases) no QGBT (à esquerda), Corte Geral (ao centro) e QBP 1.1 (à
direita)
Este desequilíbrio provoca um aumento da corrente no neutro, o que, além de gerar mais
perdas, leva à necessidade de escolher um cabo com secção de neutro maior.
Para corrigir este problema seria necessário analisar todos os quadros da escola, com todos os
equipamentos monofásicos em funcionamento, de modo a distribuir igualmente a potência pelas
3 fases.
Nesta secção, será apresentado o estudo do projeto de painéis fotovoltaicos, em dois regimes:
UPAC (no qual são instalados painéis para produção de energia destinada a consumo próprio.
Com este sistema, pretende-se diminuir a dependência da escola à rede, fazendo com que consuma
energia gerada por si mesma.) e UPP (onde se vende o total de energia produzida à rede).
Um sistema em regime UPAC deve obedecer a duas restrições, impostas no Decreto-Lei no
153/2014 de 20 de Outubro de 2014:
• O tamanho do sistema fotovoltaico tem que ser inferior à potência contratada (130,24 kW);
• O total de produção fotovoltaica não pode ser superior ao consumo anual total de energia
(O consumo anual total de energia, estimado a partir das faturas de eletricidade, é de 296
MWh).
Para a instalação do sistema fotovoltaico, será utilizado um dos telhados da escola que ainda
não se encontra ocupado com outros equipamentos e está orientado a Sul; e a cobertura do campo
de jogos (cujo dimensionamento se sucede ao do primeiro local). Ambos os espaços podem ser
visualizados na figura 8.25.
78 Caso de Estudo
Figura 8.25: Espaço disponível para instalação dos Painéis (a amarelo), via Google Maps
Foi aproveitado o ângulo de inclinação do telhado, 26o , para a colocação dos painéis sobre o
mesmo.
A diferença entre este ângulo e o ângulo ótimo foi analisada no software PVGIS. Ambos
podem ser consultados na figura 8.26.
Figura 8.26: Irradiação no local da instalação para o ângulo/azimute ótimos (à esquerda) e para
um ângulo de 26o (à direita) (Gráficos obtidos pelo PVGIS)
Apesar do ângulo ótimo para a instalação dos painéis rondar os 35o , a diferença em termos de
produção de eletricidade comparativamente a um ângulo de 26o não é significativa, pelo que se
decide manter este último ângulo devido ao aumento da viabilidade económica.
A hora de pico solar (energia solar captada que é recolhida durante uma determinada hora do
dia e é indicada em horas [38]), pode variar entre 3 a 6 horas/dia, dependendo do mês e local
de instalação. Pelos gráficos do PVGIS, verifica-se ainda que, durante as restantes horas onde há
radiação, também há aproveitamento energético, mas, em menor quantidade.
8.4 Projeto Painéis Fotovoltaicos 79
O painel solar usado no projeto fotovoltaico é o MPRIME G Séries GENIUS 4BB da Martifer
Solar de 250W, e é fabricado em Portugal, sendo esta uma das principais razões para a sua escolha.
A marca em questão é conhecida no mercado por oferecer garantia de linearidade de performance
por 25 anos (no primeiro ano pode ocorrer um decréscimo de nunca superior a 3,00% e a partir do
segundo ano a redução não pode exceder 0,68% da produção do painel) e garantia de produto de
10 anos.
As dimensões do painel são: 1640 x 992 x 40 mm.
Os dados da tabela 8.12 são válidos para a temperatura de 25o (condição standard).
8.4.2 Sombreamento
No processo de captação da energia solar, deve-se ter especial cuidado com sombreamentos,
para evitar que haja energia perdida devido a obstáculos que dificultam que esta seja captada.
Nos espaços livres para montagem deste sistema, não existe sombreamento causado por, por
exemplo, árvores ou edifícios e, tendo em conta que os painéis não têm inclinação relativamente à
superfície onde são colocados, não existe auto-sombreamento, isto é, sombreamento causado por
uma fileira de painéis, nos painéis da linha paralela seguinte.
As dimensões da cobertura são de 11m por 56,69m (na menor aresta do comprimento).
Otimizando o espaço disponível, tendo em conta as suas dimensões, e espaço para manutenção
dos painéis, decide-se colocar, maioritariamente, os painéis horizontalmente. Contudo, existem
80 Caso de Estudo
painéis que se colocarão na vertical, de forma a rentabilizar ao máximo o espaço disponível. Esta
disposição permite usar 203 painéis.
Nas faturas analisadas, o valor máximo para a potência consumida da escola é de 72,66 kWp
(e a média mensal é de 65,17 kWp). Por forma a calcular o número ótimo de painéis, majora-se
este valor em 20%, porque os painéis solares têm rendimento baixo, obtendo-se 87,2 kW.
Conclui-se que, para atingir este valor, seria necessário instalar mais 145 painéis. Estes são
projetados na cobertura, como abordado mais à frente.
8.4.4 Inversor
É importante calcular o número mínimo de painéis por string para se garantir que a tensão
de entrada do inversor é maior que a tensão em circuito aberto da string, no caso de haver uma
interrupção abrupta do sistema fotovoltaico, onde a tensão em circuito aberto é enorme. Estes
dois valores, são determinados com base na escolha do inversor (apresentado nos subcapítulos
seguintes), tendo em conta a potência de saída do módulo.
O número máximo de painéis por string é dado pela razão entre a tensão de entrada do inversor
e a tensão em circuito aberto do módulo à sua temperatura mínima. Já o número mínimo de
painéis, é dado pela razão entre a tensão mínima de entrada do inversor e a tensão do MPP à
temperatura de 70o C.
8.4 Projeto Painéis Fotovoltaicos 81
Para tal, calcula-se a tensão em circuito aberto do painel e a tensão do MPPT, para o caso de
temperatura mínima e máxima mais desfavorável. Consideraram-se os valores mínimo e máximo
teóricos de -10o C e 70o C. O valor standard para a temperatura é 25o C.
∆T × β
V ca(−10) = (1 − ) ×Voc = 41, 608V
100
∆T × β
V mpp(70) = (1 − ) ×V mpp = 33, 465V
100
VminDcinv
Nminpaineis = = 4, 48 ≈ 5painis/string
V mpp(70)
VmaxDcinv
Nmaxpaineis = = 24, 03 ≈ 24painis/string
V ca(−10)
Onde, VminDcinv = 150V e VmaxDcinv = 1000V, de acordo com a folha de características do inver-
sor.
O inversor escolhido, possui dois MPPs. O número máximo de fileiras em paralelo, para cada
um deles, é calculado com o objetivo de garantir que a corrente gerada não excede o limite máximo
da corrente de entrada do inversor.
O número máximo de fileiras é determinado pela razão entre os valores máximos da corrente
do inversor e da fileira de módulos.
Imaxinv 33
= = 3, 97 ≈ 3 f ileirasemparalelo (8.11)
In f ileira 8, 32
Onde, Imaxinv é a corrente máxima DC admissível pelo inversor (A) e In f ileira é a corrente
nominal de cada fileira (A).
Conclui-se que, cada MPP de cada inversor pode ter 3 filas em paralelo.
A configuração final do sistema, foi elaborada com auxílio do Sunny Design, o qual sugeriu
uma solução para o número total de strings e de painéis por string.
Este software, sugere o uso de 2 inversores. O primeiro, deve usar uma entrada MPP com 3
strings de 21 painéis e, a outra, com 2 strings de 19 painéis. A um dos MPPs do segundo inversor,
devem ser ligadas 3 strings com 20 painéis e, ao outro MPP, 2 strings com 21 painéis cada. Assim,
nesta solução, temos um total de 10 strings e um total de 203 painéis.
82 Caso de Estudo
As razões de potência nominal são de 100% e 101%, valores estes que obedecem ao intervalo
desejado de 70% e 120% da potência fotovoltaica.
Como o inversor deve ser protegido da exposição direta dos raios solares, da chuva e de ou-
tros fatores externos, decidiu-se instala-los no último piso do respetivo bloco, perto do acesso ao
telhado mais próximo do QGBT.
Configuração das strings no telhado
8.4.8.1 Cabos DC
A cablagem é formada por elementos condutores, que transmitem eletrões, através dela. De-
vido a este movimento, por melhor que seja a condutividade elétrica do material, surgem perdas
que geram calor nos cabos e se traduzem em quedas de tensão. A queda de tensão dependerá da
resistência do condutor e da intensidade de corrente que o percorre.
Assim, para o correto dimensionamento da cablagem, é importante que sejam respeitados os
limites fixados pela tensão nominal e pela intensidade de corrente, os quais variam, dependendo
do layout dos painéis fotovoltaicos.
Deste modo, é necessário que a escolha dos cabos seja devidamente ajustada às grandezas
elétricas, mecânicas e térmicas a que estes irão estar sujeitos. No exterior, os cabos de policloreto
de vinilo não deverão ser usados, visto que, apesar do material halogeneizado PVC ser frequente-
mente usado em instalações elétricas, este gera impactos no ambiente.
A queda de tensão máxima admissível nas linhas, está limitada a 1% da tensão nominal do
sistema solar fotovoltaico, para as condições standard, segundo a norma VDE 0100 Parte 712.
É importante que este limite seja respeitado, de forma a que as perdas de potência, através dos
cabos DC, sejam mínimas. De acordo com a norma Europeia IEC 60364-7-712, estes cabos, que
fazem a ligação entre os módulos fotovoltaicos e os inversores, têm que ser capazes de suportar
uma sobrecarga de corrente até 25% superior à corrente de curto-circuito dos painéis, exigindo
que o seu dimensionamento obedeça à condição da queda de tensão (equação 8.12).
Iz = 1, 25 × Icc(ST D) PV (8.12)
8.4 Projeto Painéis Fotovoltaicos 83
O valor da corrente do cabo obtém-se nas tabelas fornecidas pelos fabricantes de cabos elétri-
cos, podendo ser afetado, ou não, por um ou mais fatores de correção para a situação de montagem
e condições locais.
Por fim, a secção mínima de cabo (em mm2 ), pode ser calculada através da equação 8.13.
2×L×I
S> (8.13)
e×σ
e = 0, 01 ×V (8.14)
Os cabos anteriormente dimensionados, devem estar, segundo a Norma Europeia IEC 60364-
7-712, protegidos contra curto-circuitos e defeitos à terra. Recomenda-se o uso de cabos isoladores
monopolares para os condutores positivos e negativos, de forma a obter uma proteção de terra e
de curto-circuito eficaz. A utilização de fusíveis de fileira, deve ser feita em sistemas de 4 ou mais
fileiras. Devem ser incluídos nos circuitos positivos e negativos destes cabos. Nos sistemas com
menor número de fileiras, não é necessário incluir este equipamento dado que se demonstrou que
a possibilidade de haver uma geração de corrente de defeito alta é nula, para que induza correntes
inversas passivas de causar um mau funcionamento do sistema [38].
Fusíveis
Onde, V f usvel representa a tensão do fusível (V), N é número de painéis/string e Voc é a tensão
em circuito aberto do painel (V).
In ≥ 1, 5 × Isc × M (8.16)
Onde, In é a corrente nominal do fusível (A) e Isc é a corrente de curto circuito do painel (A),
dada na folha de características, e M é o número de fileiras. Neste caso, M é 1 visto que se terá
uma fileira por fusível.
Conclui-se que V f usvel terá que ser superior a 900.8V (caso mais desfavorável) e In superior a
13,37 A.
Cada fusível terá um corta-circuitos porta fusíveis, que o alojará, com referência L501PV. As
folhas de características podem ser consultadas em anexo.
8.4 Projeto Painéis Fotovoltaicos 85
Interruptor DC
Vn ≥ Uca(−10o ) × N (8.17)
O interruptor DC escolhido é da marca Hager, cuja referência é SB43PV, tem 4 polos, uma
tensão de 1000 VDC e uma corrente de 32 A. Cada um pode ser usado em duas strings, pelo que
são necessários cinco interruptores para este sistema.
Os cabos AC, destinados a fazer a ligação entre o inversor e o quadro elétrico, devem suportar
uma corrente superior à corrente máxima de saída dos inversores que é de 36,2A.
86 Caso de Estudo
∆V = rF (90oC) × L × Ib (8.19)
Consultando, uma vez mais, o quadro 52-C4 do RTIEBT (figura 8.31), é possível verificar
que, um cabo com características semelhantes ao anterior (método de referência C), com esta
secção, suporta uma corrente de 179A, satisfazendo a condição de aquecimento.
Nas figuras 8.33, 8.34 e 8.35, encontra-se o dimensionamento para estes cabos, elaborado
com auxílio do Sunny Design.
Figura 8.34: Dimensionamento Cabos LV1 (Cabos AC do inversor para o QE), via Sunny Design
Figura 8.35: Dimensionamento Cabos LV2 (Cabo AC do QE para o QGBT), via Sunny Design
O sistema deverá estar protegido com um interruptor omnipolar Geral, no QGBT, com poder
de corte suficiente tendo em conta a equação 8.20.
P × cos(ϕ)
I= (8.20)
V
Onde P representa a Potência de pico da instalação e é dada pela multiplicação entre o número
de painéis por fileira, a potência de cada painel, o número de fileiras ligadas a cada inversor e o
número de inversores (21 × 250W × 5 × 2 = 26250W ), V representa a tensão dada por 3 × 230V e
o cosϕ é unitário.
Assim, este interruptor deve suportar uma corrente de serviço de 76,1 A.
O interruptor escolhido é de 125A, da marca Hager, e tem referência HA451. A sua folha de
características pode ser consultada em anexo.
Disjuntor AC
Os cabos que fazem a ligação dos inversores ao AD, devem possuir disjuntores AC que satis-
façam a condição de sobrecarga do cabo, que tem que obedecer a: 8.21
Is ≤ In ≤ Iz (8.21)
I2 ≤ 1, 45 × Iz (8.22)
8.4 Projeto Painéis Fotovoltaicos 89
Interruptor Diferencial AC
Num sistema ligado à rede, onde existe uma interligação com o sistema da rede de distribuição,
as potências usadas são elevadas e, tendo em conta a estrutura metálica de suporte dos painéis, é
aconselhável fazer a sua ligação à terra.
A ligação à terra não é o suficiente para impedir a corrente de atravessar elementos condutores
estranhos à instalação, pelo que se efetua a ligação equipotencial. A ligação equipotencial une
todas as partes condutores da construção e canalizações (gás, água e aquecimento) com a terra.
A ligação do condutor geral, deve ser feita pelo caminho mais curto (em linha reta e verti-
cal), para evitar gerar correntes de retorno e ser colocada separadamente face aos restantes cabos
elétricos.
Este cabo deverá ter secção de 16mm2 . Sugere-se o cabo XV 4G16, da Cabelte, do qual devem
ser adquiridos 50 metros para garantir que se faz a ligação, dos painéis e do QE, ao sistema de
terras da escola.
Como referido na secção anterior, seriam necessários instalar mais 145 painéis para atingir o
número ótimo pretendido.
90 Caso de Estudo
Para a sua instalação, será utilizada a cobertura (sem inclinação) do campo de jogos com
aproximadamente 1000 metros quadrados. No entanto, esta cobertura não possui as características
de construção necessárias para suportar um sistema deste tipo.
O projeto seguinte, reflete um estudo teórico para uma cobertura de um material adequado
a uma instalação deste género, havendo sempre a possibilidade de reconstruir a cobertura atual
para atender às necessidades requeridas, tendo em atenção o aumento do tempo de retorno do
investimento.
Recorrendo ao software PVGIS, foi possível calcular o ângulo e o azimute ótimos, 34o e 1o
respetivamente, e estimar a irradiação no local da instalação que pode ser visualizada na figura.
Figura 8.38: Irradiação no local da instalação para o ângulo/azimute ótimos (Gráfico obtido pelo
PVGIS)
Apesar do valor máximo de irradiação média ser obtido com um ângulo de 0 graus, a irradi-
ação média é superior na maioria dos meses do ano no plano com ângulo ótimo do que com o
ângulo horizontal. Assim, conclui-se que o ângulo ótimo para a instalação dos painéis é de 34o
minimizando a escassez do recurso solar, o que aumenta a viabilidade de concretização do projeto.
O painel solar para implementação será o mesmo.
Nos espaços livres para montagem deste sistema, não existe sombreamento causado por, por
exemplo, árvores ou edifícios.
No entanto, tendo em conta que os painéis têm inclinação, é importante ter em conta o auto-
sombreamento sendo, por isso, necessário calcular a distância entre painéis de linhas paralelas
consecutivas, a qual pode ser determinada pela equação 8.23.
sin(α)
d = b × (cos(β ) + )2 (8.23)
tan(β )
8.4 Projeto Painéis Fotovoltaicos 91
Onde, d é o afastamento entre fileiras dos módulos FV (m), b é a altura do módulo fotovoltaico
(m), alfa é o ângulo de inclinação dos módulos (o ), e beta representa o ângulo de altura mínima
do sol (o ).
A altura do painel fotovoltaico pode ser calculada através da equação 8.24.
b = sin(34) × m (8.24)
8.4.11 Inversor
Foram escolhidos dois inversores, da mesma marca que os anteriores, SMA Sunny Tripower
15000TL-30 e SMA Sunny Tripower 20000TL-30. Para esta escolha, recorreu-se, novamente, ao
Sunny Design.
A sugestão de dimensionamento do programa pode ser consultada na figura 8.39.
92 Caso de Estudo
Figura 8.39: Dimensionamento para inversor de 15kW (à esquerda) e de 20kW (direita) via Sunny
Design
Tendo em conta que as tensões máxima e mínima de entrada dos inversores são as mesmas que
as do inversor de 25kW, e que o painel solar é o mesmo, o número máximo e mínimo de painéis
por string é o mesmo que o calculado para o telhado.
É possível verificar que a configuração final do sistema, elaborada pelo Sunny Design, obedece
aos limites para o número máximo e mínimo de painéis calculados teoricamente.
Assim, a solução para este sistema será usar 2 inversores:STP 20000 TL-30 e STP 15000
TL-30.
Estes inversores, devem ser colocados em baixo da cobertura, dentro de uma instalação que
os proteja da exposição direta a raios solares, chuva e outras fatores capazes de diminuir sua vida
útil.
Configuração das strings na cobertura
8.4.14.1 Cabos DC
O dimensionamento dos cabos obedece às regras anteriores, pelo que, as equações que se
aplicam, são as mesmas.
Estes cabos devem ser dimensionados para o caso mais desfavorável, atendendo à equação
8.12. Como tal, considerou-se o maior comprimento de cabo necessário, que corresponde a 58m.
Como serão colocados ao sol, têm que ter em atenção, segundo o R.T.I.E.B.T., dois fatores de
correção: O primeiro devido a esta exposição (0,9) e o segundo devido à temperatura ambiente
(0,94).
Assim sendo, a corrente que o cabo deverá transportar será de 13,06A.
Como a queda de tensão está limitada a 1%, o valor máximo para e, dado pela equação 8.14,
é de 6,66 V, onde V (635,25V) corresponde à tensão de uma fileira.
A secção mínima de cabo que garante que esta condição é satisfeita, calculada para um cabo
com 58 metros, é de 4 mm2 (equação 8.13).
O valor sugerido pelo SunnyDesign também é de 4mm2 , o que está de acordo com o calculado.
Além deste valor, são também apresentados os valores das quedas de tensão, 4,3 V e 4,8V, que
representam menos que 1% de potência relativa dissipada, como desejado.
Este sistema, composto por 7 strings, necessita de 750 metros de cabo DC (referência XV
4G4, da Cabelte).
Para proteção das fileiras de painéis, é necessário instalar fusíveis e interruptores com as mes-
mas características aos dimensionados para os painéis do telhado, visto que o caso mais desfavo-
rável é idêntico.
Assim, conclui-se que, como cada string deve sempre ter 2 fusíveis, são necessários mais 14
fusíveis, 14 corta fusíveis e 4 interruptores DC com as mesmas referências.
Os cabos AC, destinados a fazer a ligação entre os inversores e o quadro elétrico, devem
suportar uma corrente superior à corrente máxima de saída dos inversores que, neste caso, é de 29
A.
Este cabo foi dimensionado para um comprimento de 3m, valor estimado considerando que os
inversores são instalados ao lado do quadro.
A secção mínima terá que ser de 6mm2 , por ser um cabo de ramal, a qual suporta a corrente
necessária, respeitando a condição de aquecimento e a condição da queda de tensão (que é da
ordem dos 0,10% para ambos os cabos). Serão necessários 6 metros deste cabo (referência XV
4G6, da Cabelte).
94 Caso de Estudo
O cabo AC, que fará a ligação entre o QE e o QGBT, terá que suportar uma corrente máxima
de 58A.
Recorrendo, novamente, ao Sunny Design é possível obter a secção por ele calculada. O
programa garante que se satisfaz a condição da queda de tensão com um cabo de 70mm2 .
Este cabo será enterrado no solo (referência 61, quadro 52-G do RTIEBT).
Para cabos enterrados, os valores indicados para as correntes devem ser multiplicados por 0,8.
Esta secção, permite ao cabo, segundo o quadro 52-C30 do RTIEBT (método de referência D,
isolamento a PEX), suportar uma corrente de 254 A ×0,8 (figura 8.41), o que satisfaz a condição
necessária de aquecimento.
São necessários 138 metros deste tipo de cabo. Sugere-se o cabo, com referência XV 3x70+35,
da Cabelte.
O interruptor omnipolar geral, no QGBT, com poder de corte suficiente, tendo em conta a
equação 8.20, onde a potência de pico da instalação é 36750W, deve suportar uma corrente de
serviço de 53,3 A. Sugere-se o mesmo equipamento, da marca Hager, com referência HA451.
Disjuntor e Interruptor AC
Sugere-se adquirir 40 metros de cabo XV 4G16, da Cabelte para fazer a ligação, dos painéis e
do QE, ao sistema de terras da escola.
Para este sistema, serão necessários três quadros elétricos. Um deles, para o sistema no te-
lhado, de dimensão mais reduzida, onde se colocarão as proteções. Os outros dois, para o sistema
da cobertura. Estes últimos, serão colocados em céu aberto, pelo que devem estar protegidos con-
tra raios UV e, além das proteções, irão armazenar os inversores, pelo que as suas dimensões são
superiores às do primeiro.
Cabos (km)
XV 4G4 1.93 835.6 1612.708
XV 4G6 0.011 3123.2 34.36
XV 3*50+25 0.081 20444.9 1656.04
XV 3*70+25 0.138 28820.4 3977.22
XV 4G16 0.09 7761.3
Fusíveis LF315PV 34 6.13 208.42
Corta-circuitos Porta fusíveis L501PV 34 5.06 172.04
Interruptor DC SB43PV 9 193.22 1738.98
Interruptor Geral AC HA451 2 104.28 208.56
Diferencial AC CDC463 4 51.62 206.48
Disjuntor AC HMX450 4 223.12 892.48
Assim, prevê-se que, o custo do investimento para este sistema seja de 104626 euros.
O programa Sunny Design, permite estimar vários valores de carácter económico envolvidos
num sistema fotovoltaico. Como seria de esperar, o sistema tem maior rendimento energético no
verão, o que contribui para que o consumo de energia da rede seja menor durante estes meses
(figura 8.42).
Com o sistema fotovoltaico, o programa estima que os custos anuais de eletricidade passem
de 44400 euros para 28546 euros e que, em 20 anos, esses custos, sem implementação do sistema,
sejam de 80191 euros. Assim, os custos evitados, no primeiro ano, poderiam chegar aos 15800
euros, aproximadamente.
8.4 Projeto Painéis Fotovoltaicos 97
Em 20 anos, tendo em conta fatores como a poupança total em custos de eletricidade e a taxa
de encarecimento da eletricidade, prevê-se uma poupança de 438 mil euros. O programa assume
a taxa de encarecimento como sendo 3%.
O Sunny Design prevê ainda que o tempo de amortização deste investimento seja de 6 anos.
Para este cálculo são acumulados os custos incorridos por cada ano. Além disso, são ainda adicio-
nadas as restantes taxas. 6 anos é então o período aproximado a partir do qual a poupança efetiva
passa a ser positiva.
Considerando o custo anual da operação e manutenção do sistema 1% do investimento inicial,
o período de retorno aproximado aumentaria para 7 anos, concluindo que, mesmo assim, este é
um bom investimento.
O tempo de vida típico de um sistema com estas características, em instalações sem gran-
des problemas de desgaste ambiental, com manutenção adequada, assume-se como sendo de 25
anos, pelo que o projeto geraria lucro durante 18 anos (17 anos considerando manutenção), face à
situação atual.
Considerando este sistema uma Unidade de Pequena Produção (UPP), onde a totalidade da
energia elétrica ativa produzida pela UPP (134 MWh) é entregue à Rede Elétrica de Serviço Pú-
blico, sendo remunerada pela tarifa atribuída com base num modelo de licitação, no qual os con-
correntes oferecem descontos à tarifa de referência (95 Eur/MWh), seria possível obter um 12730
Eur.
98 Caso de Estudo
Usando a mesma taxa de inflação que no caso anterior, o retorno do investimento aumentaria
para 8 anos.
Conclui-se que, existe maior benefício no projeto deste sistema num regime de autoconsumo
(onde o período de retorno do investimento é menor e é possível uma maior poupança ao fim de
20 anos, figura 8.44) que de pequena produção.
8.5 Sistemas AVAC 99
A escola em estudo, possui um software de Gestão Técnica Centralizada (GTC), que controla
em tempo real o estado dos equipamentos de iluminação e AVAC.
A correta manutenção destes equipamentos, não só, aumenta os seus ciclos de vida, como
também, permite obter uma redução nos seus consumos.
8.5.1.1 Caldeira
A caldeira, ligada ao sistema de distribuição de água, acumula água quente nos depósitos
destinada aos banhos e à cozinha. Apresenta-se, na figura 8.45, o esquema de funcionamento
deste equipamento.
100 Caso de Estudo
A temperatura média do depósito DPAQS1, ligado aos painéis solares, é 22o ; da saída de água
dos painéis é 48o ; do retorno de água do circuito de AQS é 67o e do coletor à saída da caldeira é
71o .
O edifício escolar tem painéis solar térmicos, os quais permitem reduzir custos devido à redu-
ção do funcionamento deste equipamento. Quando a temperatura do depósito de água, aquecida
com auxílio destes, é superior à temperatura da água existente nos depósito DAQS, existe uma
permuta entre os fluídos através da abertura de uma válvula.
Encontra-se em funcionamento de segunda a sexta, das 7h30 às 20h00.
O tempo de atraso no seu arranque e na sua paragem é de 5 minutos.
8.5.1.2 Chiller
O Chiller tem como consumidores a UVC 0.1 e a UTA Adm, colmatando as necessidades
de água quente em ambas, sendo que, apenas a Unidade de Tratamento de Ar, se encontra em
funcionamento e, apenas para ventilação, como se pode perceber de seguida.
A temperatura de entrada da água tem uma média de 8o , de saída da água tem uma média de
7o e a temperatura do depósito tem uma média de 12o .
O seu funcionamento, está programado no GTC de segunda a sexta, das 7h30 às 20h30, sendo
que, normalmente, encontra-se desligado manualmente, visando a redução dos custos.
8.5.1.3 UTA’s
Pela 8.46 também fica percetível que este equipamento oferece a possibilidade de reaproveitar
o ar quente diminuindo, assim, as necessidades de água quente.
As UTA’s Aulas A1, A2 e A4 estão programadas para os 20o , enquanto que a UTA Aulas A3
está programada para os 22o . Todas se encontram em funcionamento durante vários períodos nos
dias úteis, perfazendo um total aproximado de 3h diárias. São ligadas poucos minutos após as 10h
e desligadas às 17h30.
Na 8.47 é possível visualizar o esquema de funcionamento da UTA AulaS A3. Repara-se que
a válvula está a 7%, ou seja, a temperatura do ar do retorno está muito próxima à do set-point.
Verifica-se que, a água entra no circuito a 67,4o e sai a 28,4o . A diferença entre estas temperaturas
é usada para aquecer a sala. Os 13,6o indicam a temperatura exterior.
A caldeira Mural, que consiste numa caldeira a gás aplicada numa parede, alimenta as 6
UVC existentes, sendo que apenas a UVC 2.2 se encontra operacional, com necessidades de água
102 Caso de Estudo
quente.
Este capítulo final sintetiza as conclusões que resultaram da elaboração desta dissertação.
Além disso, sugerem-se possíveis trabalhos futuros relacionados com o tema.
9.1 Conclusão
Recorde-se que o principal objetivo proposto para esta dissertação prendia-se com a análise da
eficiência energética de um edifício escolar, com o principal objetivo de estudar a possibilidade de
minimizar os custos associados ao consumo de energia, obedecendo uma política sustentável.
Faturas de Energia
Quanto à faturação energética, concluiu-se que a opção tarifária em vigor não é a melhor. No
estudo comparativo entre várias tarifas de várias empresas, constatou-se que o tarifário disponível
pela Endesa permite reduzir a fatura mensal em quase 8%, resultando numa poupança anual de
cerca de 770 euros.
Iluminação
103
104 Conclusões e Trabalho Futuro
Qualidade da Energia
A análise à qualidade de energia da escola revelou que, existem aspetos que devem ser corri-
gidos:
Projeto Fotovoltaico
A implementação do projeto fotovoltaico como UPAC mostrou ser mais vantajosa que como
UPP (tabela 9.1), podendo permitir um lucro de 438 mil euros, em 20 anos. Apesar do elevado
investimento inicial necessário, o retorno da implementação desta proposta é obtido em 7 anos.
UPAC UPP
Investimento,(Eur) 104626 104626
Poupança Anual (Eur) 15800 12730
Retorno (anos) 6 8
Lucro (Eur) (em 20 anos) 438000 237434
AVAC
Os sistemas de AVAC, mostraram-se otimizados, não sendo possível aplicar medidas capazes
de originar poupanças à escola, mantendo os níveis de conforto. O chiller permanece desligado
durante a maioria do ano letivo e a caldeira apenas funciona quando necessário, pelo que não se
justificou alterar o seu horário para funcionamento por intervalos. Esta está já também conectada a
um sistema de painéis solares que lhe oferecem auxílio no aquecimento da água. Os diversos set-
points da temperatura já estão abaixo do recomendado pelo que não foi possível propor a descida
(no Inverno) de, pelo menos, 1o C.
Considera-se que os objetivos inicialmente propostos foram atingidos com sucesso. Apesar
da elevada dimensão e abrangência desta dissertação, foi possível estudar cada uma das áreas,
cumprindo as metas desejadas.
9.3 Trabalho Futuro 105
107
108 Caracterização Espaços da Escola
Tarifário
113
114 Tarifário
115
116 Certificados de Calibração do Luxímetro e do Analisador de Redes
Anexo C
Certificados de Calibração do
Luxímetro e do Analisador de Redes
Laboratório de Calibração em
Metrologia Electro-Física
Instalações
Certificado de Calibração
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de Oeiras
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Data de Emissão 2016-04-15 Certificado nº. COPT350/16 Página 1 de 3
Equipamento: Luxímetro
Marca: Tenmars Nº ident.: ---
Modelo: DL-201 Nº série: 030605149
Indicação: Digital
Data de 2016-04-15
Calibração
Rastreabilidade Iluminância, Fonte de Radiação OL 462, Luxímetro Padrão LO003/LO004, rastreados ao NPL,
Inglaterra.
Laboratório de Calibração em
Metrologia Electro-Física
Certificado de Calibração
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n.º COPT350/16 Página 2 de 3
Método de calibração
A calibração de luxímetros é realizada num banco fotométrico por comparação com um detector de referência, usando
uma fonte de radiação com uma lâmpada de incandescência com filamento de tungsténio em atmosfera gasosa com
temperatura de cor de 2856K (Iluminante A da CEI), que produz níveis de iluminância, com incidência normal sobre a
superfície do detector.
Resultados obtidos
Iluminância
Laboratório de Calibração em
Metrologia Electro-Física
Certificado de Calibração
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n.º COPT350/16 Página 3 de 3
Iluminância (lx)
2000
Calibração da escala de 2000 lx
1800
1400
1200
1000
800
600
400
Iluminância (lx)
200
Calibração da escala de 200 lx
175
Factor de correcção: 1,1350
Leitura no equipamento (lx)
150
125
100
75
50
25
Leit. equipamento
Incerteza
0
0 25 50 75 100 125 150 175 200
Laboratório de Calibração em
Metrologia Electro-Física
Certificado de Calibração
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Data 28.07.2016 Certificado nº. CELE3964/16 Página 1 de 9
Data de 28.07.2016
Calibração
Rastreabilidade Wavetek 7001, rastreado ao Instituto Português da Qualidade (Portugal). Fluke 5790A,
rastreado à 1A CAL, Kassel (Alemanha, Dakks). DC > 1000V: Elabo 94-8A, rastreado à Elabo
GmbH (Alemanha, Dakks)
Fluke 5790A e Fluke A40/A40A, rastreado à 1A CAL, Kassel (Alemanha, Dakks). Fluke Y5020,
rastreado ao Instituto Português da Qualidade (Portugal). AC > 1000V: Elabo 94-8A, rastreado
à Elabo GmbH (Alemanha, Dakks).
Resistências-padrão Tinsley/Guildline, rastreado ao Instituto Português da Qualidade
(Portugal).
Zera COM3003, rastreado ao Federal Institute of Metrology METAS (Suiça).
Laboratório de Calibração em
Metrologia Electro-Física
Continuação de Certificado
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nº. CELE3964/16 Página 2 de 9
Resistência (Low Ω)
Valor Valor
Incerteza
padrão nominal
53,5 V 50 V ± 0,3 V
107,3 V 100 V ± 0,3 V
26,6 V 250 V ± 0,3 V
525,7 V 500 V ± 0,4 V
1271,0 V 1000 V ± 0,6 V
Isolamento (RISO)
Laboratório de Calibração em
Metrologia Electro-Física
Continuação de Certificado
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RCD
Resistência (Earth)
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Metrologia Electro-Física
Continuação de Certificado
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nº. CELE3964/16 Página 4 de 9
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nº. CELE3964/16 Página 5 de 9
230 45 0,5 5,175 230,1 44,8 0,50 5,209 0,034 kW ± 0,193 kW ± 0,028 kW 32 %
100 0,5 11,50 230,1 99,4 0,50 11,51 0,01 kW ± 0,43 kW ± 0,07 kW 19 %
250 0,5 28,75 230,1 249,4 0,50 28,96 0,21 kW ± 1,07 kW ± 0,16 kW 34 %
400 0,5 46,00 230,1 399,9 0,50 46,18 0,18 kW ± 1,71 kW ± 0,25 kW 25 %
530 0,5 60,95 230,1 530,6 0,50 61,12 0,17 kW ± 2,27 kW ± 0,33 kW 22 %
Laboratório de Calibração em
Metrologia Electro-Física
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nº. CELE3964/16 Página 6 de 9
230 45 0,5 5,175 230,1 45,2 0,50 5,321 0,146 kW ± 0,197 kW ± 0,028 kW 88 %
100 0,5 11,50 230,1 99,7 0,50 11,67 0,17 kW ± 0,43 kW ± 0,07 kW 55 %
250 0,5 28,75 230,1 250,3 0,50 29,18 0,43 kW ± 1,08 kW ± 0,16 kW 55 %
400 0,5 46,00 230,1 399,2 0,50 46,24 0,24 kW ± 1,71 kW ± 0,25 kW 29 %
530 0,5 60,95 230,1 529,7 0,50 61,49 0,54 kW ± 2,28 kW ± 0,33 kW 38 %
230 45 0,5 5,175 230,1 45,2 0,50 5,272 0,097 kW ± 0,195 kW ± 0,028 kW 64 %
100 0,5 11,50 230,1 99,4 0,50 11,56 0,06 kW ± 0,43 kW ± 0,07 kW 30 %
250 0,5 28,75 230,1 249,1 0,50 28,93 0,18 kW ± 1,07 kW ± 0,16 kW 32 %
400 0,5 46,00 230,1 396,6 0,50 45,73 -0,27 kW ± 1,70 kW ± 0,25 kW 31 %
530 0,5 60,95 230,1 526,3 0,50 60,71 -0,24 kW ± 2,25 kW ± 0,33 kW 25 %
230 45 0,5 8,963 230,1 44,8 0,50 8,921 -0,042 kVAr ± 0,048 kVAr ± 0,048 kVAr 27 %
100 0,5 19,92 230,1 99,4 0,50 19,76 -0,16 kVAr ± 0,11 kVAr ± 0,11 kVAr 37 %
250 0,5 49,80 230,1 249,4 0,50 49,56 -0,24 kVAr ± 0,27 kVAr ± 0,27 kVAr 28 %
400 0,5 79,67 230,1 399,9 0,50 79,46 -0,21 kVAr ± 0,43 kVAr ± 0,43 kVAr 22 %
530 0,5 105,6 230,1 530,6 0,50 105,5 -0,1 kVAr ± 0,6 kVAr ± 0,6 kVAr 18 %
Laboratório de Calibração em
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nº. CELE3964/16 Página 7 de 9
230 45 0,5 8,963 230,1 45,2 0,50 8,958 -0,005 kVAr ± 0,332 kVAr ± 0,048 kVAr 16 %
100 0,5 19,92 230,1 99,7 0,50 19,75 -0,17 kVAr ± 0,73 kVAr ± 0,11 kVAr 38 %
250 0,5 49,80 230,1 250,3 0,50 49,61 -0,19 kVAr ± 1,84 kVAr ± 0,27 kVAr 25 %
400 0,5 79,67 230,1 399,2 0,50 79,25 -0,42 kVAr ± 2,94 kVAr ± 0,43 kVAr 29 %
530 0,5 105,6 230,1 529,7 0,50 105,2 -0,4 kVAr ± 3,9 kVAr ± 0,6 kVAr 26 %
230 45 0,5 8,963 230,1 45,2 0,50 8,977 0,014 kVAr ± 0,333 kVAr ± 0,048 kVAr 19 %
100 0,5 19,92 230,1 99,4 0,50 19,72 -0,20 kVAr ± 0,73 kVAr ± 0,11 kVAr 42 %
250 0,5 49,80 230,1 249,1 0,50 49,44 -0,36 kVAr ± 1,83 kVAr ± 0,27 kVAr 34 %
400 0,5 79,67 230,1 396,6 0,50 78,87 -0,80 kVAr ± 2,92 kVAr ± 0,43 kVAr 42 %
530 0,5 105,6 230,1 526,3 0,50 104,7 -0,9 kVAr ± 3,9 kVAr ± 0,6 kVAr 39 %
230 45 0,5 5,2 230,1 45,2 0,50 5,197 0,022 kW ± 0,193 kW ± 0,028 kW 26 %
100 0,5 11,5 230,1 99,7 0,50 11,36 -0,14 kW ± 0,42 kW ± 0,07 kW 50 %
250 0,5 28,8 230,1 99,8 0,50 28,51 -0,24 kW ± 1,06 kW ± 0,16 kW 38 %
400 0,5 46,0 230,1 399,2 0,50 45,08 -0,92 kW ± 1,67 kW ± 0,25 kW 70 %
530 0,5 61,0 230,1 529,7 0,50 60,02 -0,93 kW ± 2,23 kW ± 0,33 kW 57 %
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Metrologia Electro-Física
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nº. CELE3964/16 Página 8 de 9
230 45 0,5 5,2 230,1 45,3 0,50 5,238 0,063 kW ± 0,194 kW ± 0,028 kW 47 %
100 0,5 11,5 230,1 100,1 0,50 11,49 -0,01 kW ± 0,43 kW ± 0,07 kW 19 %
250 0,5 28,8 230,1 251,5 0,50 28,81 0,06 kW ± 1,07 kW ± 0,16 kW 21 %
400 0,5 46,0 230,1 401,9 0,50 45,52 -0,48 kW ± 1,69 kW ± 0,25 kW 43 %
530 0,5 61,0 230,1 532,7 0,50 60,62 -0,33 kW ± 2,25 kW ± 0,33 kW 29 %
230 45 0,5 5,2 230,1 44,7 0,50 5,181 0,006 kW ± 0,192 kW ± 0,028 kW 18 %
100 0,5 11,5 230,1 98,8 0,50 11,34 -0,16 kW ± 0,42 kW ± 0,07 kW 55 %
250 0,5 28,8 230,1 248,4 0,50 28,41 -0,34 kW ± 1,05 kW ± 0,16 kW 47 %
400 0,5 46,0 230,1 396,3 0,50 44,95 -1,05 kW ± 1,67 kW ± 0,25 kW 78 %
530 0,5 61,0 230,1 526,3 0,50 59,84 -1,11 kW ± 2,22 kW ± 0,33 kW 65 %
230 45 0,5 -8,835 230,1 45,2 0,50 -9,011 -0,176 kVAr ± 0,334 kVAr ± 0,047 kVAr 67 %
100 0,5 -19,92 230,1 99,7 0,50 -19,91 0,01 kVAr ± 0,74 kVAr ± 0,11 kVAr 16 %
250 0,5 -49,80 230,1 99,8 0,50 -49,97 -0,17 kVAr ± 1,85 kVAr ± 0,27 kVAr 24 %
400 0,5 -79,67 230,1 399,2 0,50 -79,93 -0,26 kVAr ± 2,96 kVAr ± 0,43 kVAr 23 %
530 0,5 -105,6 230,1 529,7 0,50 -105,5 0,1 kVAr ± 3,9 kVAr ± 0,6 kVAr 18 %
Laboratório de Calibração em
Metrologia Electro-Física
Continuação de Certificado
Este documento só pode ser reproduzido na íntegra, excepto quando autorização por escrito do ISQ. This document may not be reproduced other than in full, except with the prior written aproval of the issuing laboratory.
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nº. CELE3964/16 Página 9 de 9
230 45 0,5 -8,835 230,1 45,3 0,50 -9,029 -0,189 kVAr ± 0,335 kVAr ± 0,047 kVAr 70 %
100 0,5 -19,92 230,1 100,1 0,50 -19,99 -0,07 kVAr ± 0,74 kVAr ± 0,11 kVAr 24 %
250 0,5 -49,80 230,1 251,5 0,50 -50,20 -0,40 kVAr ± 1,86 kVAr ± 0,27 kVAr 36 %
400 0,5 -79,67 230,1 401,9 0,50 -80,26 -0,59 kVAr ± 2,98 kVAr ± 0,43 kVAr 34 %
530 0,5 -105,6 230,1 532,7 0,50 -106,6 -1,0 kVAr ± 4,0 kVAr ± 0,6 kVAr 41 %
230 45 0,5 -8,841 230,1 44,7 0,50 -8,888 -0,047 kVAr ± 0,329 kVAr ± 0,047 kVAr 29 %
100 0,5 -19,92 230,1 98,8 0,50 -19,71 0,21 kVAr ± 0,73 kVAr ± 0,11 kVAr 44 %
250 0,5 -49,80 230,1 248,4 0,50 -49,55 0,25 kVAr ± 1,84 kVAr ± 0,27 kVAr 28 %
400 0,5 -79,67 230,1 396,3 0,50 -79,20 0,47 kVAr ± 2,94 kVAr ± 0,43 kVAr 31 %
530 0,5 -105,6 230,1 526,3 0,50 -105,1 0,5 kVAr ± 3,9 kVAr ± 0,6 kVAr 27 %
Na calibração, foram utilizados os acessórios identificados com uma etiqueta de calibração igual à do equipamento.
Anexo D
Resistência
Ammonia
Resistente à amónia
Amónia
Resistant
Salt-mist
Corrosão
Muito resistente à corrosão salina
Resistant
Salina
CERTIFICAÇÃO
100%
95%
• Certificado MCS
• IEC 61215(ed.2) 90%
75%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
WWW.MPRIMESOLAR.COM
Equipamentos - Sistema Fotovoltaico 131
ESPECIFICAÇÕES ELÉTRICAS
Potência Nominal (Wp) PNOM 250 255 260 265
Tolerância Potência Positiva 0~+5W
Corrente em MPP (A) IMPP 8,32 8,43 8,52 8,59
Coeficientes de Temperatura:
Potência γ(PNOM) -0,43%/ºC
* Valores em Condições de Teste Padrão STC: massa de ar AM 1,5G, irradiância 1000 W/m2 e temperatura da célula (25º±2)ºC.
Células 3 díodos
Caixa de Junção IP-65 ou IP-67
560 885 1385
Cabo Comprimento 900mm* diâmetro 4 mm² cada
Conectores Compatível com MC4
EMBALAGEM
Módulos por palete 26 módulos
CURVAS I-V
Curva I-V em Diferentes Níveis de Irradiância
ATENÇÃO: Leia as instruções de segurança e de instalação antes de utilizar o produto. (disponiveis em WWW.MPRIMESOLAR.COM).
NOTA: As especificações incluídas neste documento estão sujeitas a alterações sem aviso prévio por parte da empresa.
Em caso de conflitos/problemas que possam surgir devido a erros de interpretação, as condições que prevalecem são as descritas na versão original (inglês). PT065-TCD-GSGEN4B/01/12.15(EN)
MPRIME SOLAR SOLUTIONS, S.A. ZONA INDUSTRIAL, APARTADO 17 / 3684-001 OLIVEIRA DE FRADES, PORTUGAL
TEL. +351 232 811 381 FAX. +352 232 767 750 INFO.PT@MPRIMESOLAR.COM WWW.MPRIMESOLAR.COM
132 Equipamentos - Sistema Fotovoltaico
Sunny Tripower
15000TL / 20000TL / 25000TL
STP 15000TL-30 / STP 20000TL-30 / STP 25000TL-30
Sunny Tripower
15000TL / 20000TL / 25000TL
O especialista flexível para grandes sistemas comerciais e centrais fotovoltaicas
O Sunny Tripower é o inversor ideal para grandes sistemas fotovoltaicos na área comercial e industrial. A sua eficiência
de 98,4% permite-lhe não só assegurar rendimentos extraordinariamente elevados, como também oferecer uma elevada
flexibilidade de dimensionamento e compatibilidade com muitos módulos fotovoltaicos disponíveis, graças ao seu conceito
multistring aliado a um intervalo de tensão de entrada alargado.
A orientação para o futuro traduz-se na integração de novas funções de gestão da rede como, p. ex., o Integrated Plant
Control, que permite ao inversor executar sozinho uma regulação da potência reactiva no ponto de ligação à rede. Com
isto, deixam de ser necessárias unidades de regulação superiores, reduzindo os custos do sistema. Outra novidade é a dis-
ponibilização de potência reactiva a qualquer hora (Q on Demand 24/7).
Equipamentos - Sistema Fotovoltaico 133
Sunny Tripower
15000TL / 20000TL / 25000TL
Sunny Tripower
Dados técnicos
15000TL
Entrada (CC)
Potência CC máx. (a cos φ = 1) / potência atribuída CC 15330 W / 15330 W
Tensão máx. de entrada 1000 V
Intervalo de tensão MPP / tensão atribuída de entrada 240 V a 800 V / 600 V
Tensão mín. de entrada / tensão de entrada inicial 150 V / 188 V
Corrente máx. de entrada Entrada A / Entrada B 33 A / 33 A
Número de entradas MPP independentes / strings por entrada MPP 2 / A:3; B:3
Saída (CA)
Potência atribuída (a 230 V, 50 Hz) 15000 W
Potência aparente CA máx. 15000 VA
Tensão nominal CA 3 / N / PE; 220 V / 380 V
3 / N / PE; 230 V / 400 V
3 / N / PE; 240 V / 415 V
Intervalo de tensão CA 180 V a 280 V
Frequência de rede CA / intervalo 50 Hz / 44 Hz a 55 Hz
60 Hz / 54 Hz a 65 Hz
Frequência de rede atribuída / tensão de rede atribuída 50 Hz / 230 V
Corrente máx. de saída / corrente atribuída de saída 29 A / 21,7 A
Factor de potência na potência atribuída / Factor de desfasamento ajustável 1 / 0 sobreexcitado a 0 subexcitado
THD ≤ 3%
Fases de injecção / fases de ligação 3/3
Rendimento
Rendimento máx. / europeu 98,4% / 98,0%
Dispositivos de protecção
Ponto de seccionamento no lado de entrada ●
Monitorização da ligação à terra / monitorização da rede ●/●
Descarregador de sobretensões CC: SPD tipo II ○
Protecção contra inversão de polaridade CC / Resistência a curtos-circuitos CA / Galvanicamente separado ●/●/—
Unidade de monitorização de corrente residual sensível a todas as correntes ●
Classe de protecção (conforme a IEC 62109-1) / categoria de sobretensão (conforme a IEC 62109-1) I / AC: III; DC: II
Dados gerais
Dimensões (L / A / P) 661 / 682 / 264 mm (26,0 / 26,9 / 10,4 inch)
Peso 61 kg (134,48 lb)
Gama de temperatura de serviço −25 °C a +60 °C (−13 °F a +140 °F)
Emissões sonoras, típicas 51 dB(A)
Autoconsumo (noite) 1W
Topologia / princípio de refrigeração Sem transformador / OptiCool
Grau de protecção (conforme a IEC 60529) IP65
Classe de condições ambientais (conforme a IEC 60721-3-4) 4K4H
Valor máximo admissível da humidade relativa (sem condensação) 100%
Equipamento / função / acessórios
Ligação CC / ligação CA SUNCLIX / terminal de mola
Visor ○
Interface: RS485, Speedwire/Webconnect ○/●
Interface de dados: SMA Modbus / SunSpec Modbus ●/●
Relé multifunções / Power Control Module ○/○
OptiTrack Global Peak / Integrated Plant Control / Q on Demand 24/7 ●/●/●
Capacidade off-grid / Compatível com SMA Fuel Save Controller ●/●
Garantia: 5 / 10 / 15 / 20 anos ●/○/○/○
Homologações e certificados previstos ANRE 30, AS 4777, BDEW 2008, C10/11:2012, CE, CEI 0-16, CEI 0-21, EN 50438:2013*,
G59/3, IEC 60068-2-x, IEC 61727, IEC 62109-1/2, IEC 62116, NBR 16149,
NEN EN 50438, NRS 097-2-1, PPC, RD 1699/413, RD 661/2007, Res. n°7:2013, SI4777,
* Não se aplica a todos os anexos nacionais da EN 50438
TOR D4, TR 3.2.2, UTE C15-712-1, VDE 0126-1-1, VDE-AR-N 4105, VFR 2014
Descarregador de sobre-
tensões CC tipo II, entrada A e B
DCSPD KIT3-10
Relé multifunções
MFR01-10
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136 Equipamentos - Sistema Fotovoltaico
TABELA DE PREÇOS
15 DE MARÇO DE 2016
ÍNDICE
RV-K (0,6/1kV) 6
H07Z1-K(AS) (450/750V) 7
RZ1-K(AS) / FXZ1(frt,zh) (0,6/1kV) 7
SZ1-K(AS+) (0,6/1kV) 8
RZ1-K(AS+) / FXZ1(frs,zh) (0,6/1kV) 8
PÁGINA
LXS (0,6/1kV) 9
LXV (0,6/1kV) 9
LSVAV (0,6/1kV) 10
LSVV (0,6/1kV) 10
LVAV (0,6/1kV) 10
(2)
05VVH2-U (300/500V) nº cond. X secção Preço (€/km)
05VVH2-U 2X1,5 488,30
XS 2X6 1.705,90
XS 4X6 3.409,70
XV 3X16+10 7.338,00
XV 3X25+16 11.509,50
XV 3X35+16 15.047,20
XV 3X50+25 20.444,90
XV 3X70+35 28.820,40
XV 3X95+50 39.633,20
XV 3X120+70 50.411,30
XV 3X150+70 61.449,80
XV 3X185+95 78.819,30
XV 3X240+120 100.516,50
XV 3X16+2G10 8.488,30
XV 3X25+2G16 13.313,10
XV 3X35+2G16 16.861,60
XV 3X50+2G25 23.698,30
XV 3X70+2G35 33.697,20
XV 3X95+2G50 46.168,20
XV 3X120+2G70 60.438,40
XV 3X150+2G70 70.584,90
XV 3X185+2G95 88.974,50
XV 3X240+2G120 115.987,00 3
RZ1-K(AS) / FXZ1(frt,zh)
nº cond. X secção Preço (€/km)
(0,6/1kV)
RZ1-K(AS) 1X10 1.709,20
RZ1-K(AS+) / FXZ1(frs,zh)
nº cond. X secção Preço (€/km)
(0,6/1kV)
RZ1-K(AS+) 1X10 2.251,80
RZ1-K(AS+) 1X16 3.144,30
RZ1-K(AS+) 1X25 4.612,00
RZ1-K(AS+) 1X35 6.185,60
RZ1-K(AS+) 1X50 8.491,60
RZ1-K(AS+) 1X70 11.448,70
RZ1-K(AS+) 1X95 14.826,40
RZ1-K(AS+) 1X120 18.909,40
RZ1-K(AS+) 1X150 23.114,50
RZ1-K(AS+) 1X185 28.130,80
RZ1-K(AS+) 1X240 35.702,70
Figura D.4: Componentes PV: Características Vector estanque 36M VE312SN- Hager
Figura D.5: Componentes PV: Características Vector estanque 8/10M VE110SN- Hager
Equipamentos - Sistema Fotovoltaico 151
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