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f (x, y) = x2 + y 2 − 1,
f (x, y) = x2 + y 2 − 1 = 0. (2.33)
Sabemos que a equação acima não define y como função de x e nem x como função de y. Mas se
a, b ∈ R − {0} com |a| < 1 e b > 0 são tais que
f (a, b) = 0.
y
6
1
b
-
−1 a 1 x
−1
Então existem intervalos A = (a − ε, a + ε) ⊂ [−1, 1], e B ∋ b tais que para todo x ∈ A, existe
um único y ∈ B tal que
f (x, y) = 0.
• y = h(x);
• f (x, h(x)) = 0.
Particularmente no caso da equação (2.33) temos que h : A → B é definida, para todo x ∈ A, por
√
f (x) = 1 − x2 .
Análise no Rn 75
∂f (x, y) ∂f (a, b)
= 2y =⇒ = 2b 6= 0
∂y ∂y
e
∂f (x, y) ∂f (a, b)
= 2x =⇒ = 2a 6= 0.
∂x ∂y
No caso geral consideremos
f : Rn × Rm → Rm
(x1 , x2 , . . . , xn , y1 , y2 , . . . , ym ) 7→ f (x, y) = (f1 (x, y), . . . , fm (x, y)).
| {z } | {z }
em m incógnitas
(y1 , y2 , . . . , ym ) = y ∈ Rm
dependentes de n variáveis
(x1 , x2 , . . . , xn ) ∈ Rn .
”Em quais condições podemos garantir que a cada x próximo de a, existe um único
y = y(x) próximo de b tal que tal que
fi (x, y(x)) = 0,
O próximo exemplo mostra que a unicidade na pergunta acima pode não acontecer.
76 Marcos Roberto Teixeira Primo
f (x, y) = x2 − y 2 .
Temos que
f (0, 0) = 0
tais que
f (x, y1 (x)) = 0 e f (x, y2 (x)) = 0.
Vamos começar a responder a pergunta acima para o caso em que f é uma transformação
linear. Dado T ∈ L(Rn × Rm , Rm ) definamos
T 1 : Rn → R m
x 7−→ T1 (x) = T (x1 , . . . , xn , 0, 0, . . . , 0)
e
T 2 : Rm → R m
y 7−→ T2 (y) = T (0, 0, . . . , 0, y1 , . . . , ym ).
f : Ω ⊂ Rn × Rm → Rm
(x, y) 7−→ f (x, y) = (f1 (x, y), . . . , fm (x, y))
e como acima,
Df (a, b) : Rn × Rm → Rm
(h, k) 7−→ Df (a, b)(h, k) = D1 f (a, b)(h) + D2 f (a, b)(h, k),
Análise no Rn 77
onde D1 f (a, b)(h) = Df (a, b)(h, 0) e D2 f (a, b)(k) = Df (a, b)(0, k). Por outro lado, a matriz
associada a Df (a, b) é a matriz jacobiana de f em (a,b) dada por
∂f (a,b)
1 (a,b) 1 (a,b) ∂f1 (a,b)
1
∂x1
. . . ∂f∂x n
| ∂f∂y 1
... ∂ym
.. ... .. .. ... ..
Jf (a, b) = . . | . . .
∂fm (a,b) (a,b)
∂x1
. . . ∂fm
∂xn
| ∂fm∂y(a,b)
1
... ∂fm (a,b)
∂ym
Assim, a matriz
∂fi
J2 f (a, b) = (a, b) m×m
∂yj
é a matriz jacobiana da função
fa : Ωa ⊂ Rm → Rm
y 7−→ fa (y) = f (a, y)
no ponto y = b e a matriz
∂fi
J1 f (a, b) = (a, b) m×n
∂xj
é a matriz jacobiana da função
fb : Ωb ⊂ Rm → Rm
y 7−→ fb (x) = f (x, b)
Df (a, b)(h, k) = Jf (a, b)hk = J1 f (a, b)h + J2 f (a, b)k = D1 f (a, b)(h) + D2 f (a, b)(k),
f (a, b) = 0
e
∂fi
det (a, b) m×m 6= 0 (D2 f (a, b) ∈ LI (Rm , Rm )),
∂yj
então
(x, y) ∈ U e f (x, y) = 0.
78 Marcos Roberto Teixeira Primo
(ii) A aplicação g : V → Rm definida no item anterior é uma aplicação C 1 no aberto V tal que
g(a) = b;
f (x, g(x)) = 0, ∀x ∈ V ;
Dg(a) = (D2 f (a, b))−1 ◦ D1 f (a, b).
Exercı́cio 2.88. Seja f : U ⊂ R2 → R uma função contı́nua definida no aberto U ⊂ R2 tal que
Vamos aplicar agora o Teorema da Função Implı́cita para sistemas não lineares.
3
x + y 3 − 3y + z = −3.
Vamos usar o Teorema da Função Implı́cita para mostramos que podemos encontrar y e z como
função de x, em uma vizinhança de (−1, 1, 0).