Tozer (1897-1963) pastoreou igrejas da Aliança Cristã e
Missionária por mais de 30 anos. Apesar de não ter freqüentado seminário, seu amplo conhecimento bíblico, o forte impacto de sua pregação e a prolífica criação literária (escreveu mais de 40 livros) renderam-lhe a concessão de dois doutorados honorários. Tozer é reputado entre os maiores pregadores de todos os tempos. A Cruz Antiga e a Nova - A cruz antiga não fazia barganhas com o mundo. Para a jactanciosa carne de Adão, ela sig-nificava o fim da jornada. Punha em execução a sentença imposta pela lei do Sinai. A nova cruz não se opõe à raça humana; ao contrario, é uma companheira amigável e, se corretamente entendida, é fonte de oceanos de boa e limpa diversão e de inocente prazer. A nova cruz estimula uma abordagem evangelística nova e inteiramente diversa. O evange-lista não exige renuncia da velha vida para que se possa receber a nova. Ele não prega con-trastes; prega similaridades. A nova cruz não destrói o pecador; redireciona-o. Aparelha-o para um modo de viver mais limpo e mais belo e poupa o seu respeito próprio. A filosofia que está por trás desse tipo de coisa pode ser sincera, mas sua sinceridade não a faz menos falsa. É falsa porque é cega. Falta- lhe por completo todo o significado da cruz. A antiga cruz é um símbolo de morte. Ela representa o abrupto e violento fim do ser humano. Na época dos romanos, o homem que tomava sua cruz e se punha a caminho já tinha dito adeus a seus amigos. Não voltaria. Estava saindo para o termino de tudo. Deus oferece vida, não porem uma velha vida melhorada. A vida que Ele oferece é vida posterior à morte. É vida que se mantém sempre no lado oposto ao da cruz. Quem quiser possui-la, terá de passar sob a vara.. Terá de repudiar-se a si próprio e aquiescer-se à justa sentença de Deus que o condena.