ÍNDICE
ASSUNTO PAG.
Noções de física
Alavancas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
Ângulo de atrito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05
Cargas radiais admissíveis. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
Coeficiente de atrito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 02
Coeficiente de atrito de deslizamento. . . . . . . . . . . . . 03
Coeficiente de atrito de rolamento. . . . . . . . . . . . . . . 03
Conversão de unidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
Força de aceleração. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 06
Força de atrito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 02
Energia cinética. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Energia cinética rotacional. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
Equivalência N/kgf . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 02
Momento de aceleração e frenagem . . . . . . . . . . . . . . 09
Momento de inércia de massa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
Noções de força. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 02
Noções de potência. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
Noções de torque. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 07
Plano inclinado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05
Potência absorvida. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
Radiano/seg - rpm . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
Roldanas e polias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
Verificação da potência absorvida pelo motor . . . . . . 18
1
NOÇÕES DE FORÇA
Chama-se força a tudo que é capaz de modificar o movimento ou repouso de um corpo.
A intensidade da força pode ser medida em kgf (kilograma força) ou N (Newton).
l N é a força necessária para deslocar no espaço um corpo de massa 1 kg acelerando a 1m/s².
Na Terra, sobre a ação da força gravitacional que é de 9,8 m/s², é preciso uma força de 9,8 N para
elevar um corpo de massa 1 kg.
1 kgf é a força necessária para se elevar um corpo de massa 1 kg vencendo a mesma força
gravitacional da Terra.
Concluindo, 1 kgf equivale a 9,8N. Na pratica costuma-se arredondar para 10 N
Para elevar um corpo de peso ou massa 5 kg é necessário aplicar uma força com intensidade
superior a 5 kgf ou 49 N contrária a atração da gravidade.
m
5kg
Mas para deslocar um corpo na horizontal que esteja apoiado sobre uma superfície horizontal não
é necessário aplicar uma força igual ao peso ou massa do corpo. A força necessária para arrastar
um armário é muito menor que a força para levantar o mesmo.
Para deslocar um corpo apoiado sobre um plano horizontal é necessário vencer a FORÇA DE
ATRITO gerada pelo atrito entre as superfícies de contato. Esta força tem sentido de direção
contrário à força que se faz para se deslocar o corpo e será sempre de menor valor do que seu
peso.
2
COEFICIENTES DE ATRITO DE DESLIZAMENTO
Atrito em repouso Atrito em movimento
Materiais em contato A seco Lubrifi Com A seco Lubrifi Com
cado água cado água
Aço / aço 0,15 0,10 - 0,12 0,08 -
Aço/bronze 0,19 0,10 - 0,18 0,06 -
Aço/ferro cinz. 0,28 0,15 - 0,20 0,08 -
Fita de aço s/ferro - - - 0,18 - 0,10
Bronze/bronze - - - 0,20 - 0,15
Cortiça/metal 0,60 0,25 0,62 0,25 0,12 0,25
Couro/metal - - - 0,35 0,30 -
Ferro cinz./bronze 0,30 0,15 - 0,28 0,08 0,10
Ferro cinz./ferro cinz. 0,28 - - 0,20 0,08 -
Poliamida/aço 0,35 0,11 0,30 - - -
Poliuretano/aço 0,36
R
F
Q
F
f
Q
N
f
f
f
Q F
N
Fig. 3
Fig.1
f
Fig. 2 N
3
As figuras anteriores representam uma roda apoiada sobre uma superfície plana onde, devido ao
peso Q concentrado em cima da mesma e em função da deformação dos materiais, há um
aumento da área de contato. Em principio f (fig.1) representa metade dessa área, mas na realidade
observa-se em experimentos que f (fig.2) diminui de valor deslocando-se para mais próximo de
Q visto que a deformação vai se deslocando à medida que a roda avança.
Na análise da figura 2 observa-se uma alavanca onde:
O raio R da roda é a distancia de Q até a aplicação da força F
f é à distância de Q até o ponto de apoio N e o braço de alavanca da resistência ao rolamento.
Para a força F fazer a roda girar o seu valor deverá ser:
f
F Q - conforme fig. 2 ou ainda F Q tg - conforme fig. 3
R
r Fn
r Fat2
Fat2
R R
Fat1 Fat1
f
f
Ftn
Q Q
N
N
Então, a força de atrito de rolamento dos pneus desse carro de peso Q =1000kg deslocando sobre
asfalto em bom estado será:
f 4
Fat1 Q 1000 14,3kgf
R 280
A outra força de atrito que se refere aos mancais de rolamentos (de esfera ou de roletes) entre o
eixo e a roda, apesar do coeficiente de atrito ser de baixo valor, gera uma força de atrito
significativa por ter o rolamento um diâmetro menor. O valor de f para mancais de rolamentos é
na pratica 0,1 a 0,2 mm e considerando r (raio do rolamento) = 25mm teremos para o mesmo
carro:
f 0,2
Fat 2 Q 1000 8kgf
r 25
A força tangencial necessária ou requerida Ftn para fazer a roda girar e a força de tração
necessária Fn para puxar o carro por um cabo preso ao seu eixo deve ser a soma das duas forças
de atrito e a relação entre os raios dos rolamentos e das rodas.
r 25
Fn Ftn Fat1 Fat 2 14,3 8 15kgf
R 280
4
.
COEFICIENTE DE ATRITO DE ROLAMENTO TOTAL (Inclui o atrito referente aos mancais)
para:
Carros sobre vias asfaltadas em bom estado: 0,01 a 0,02
Vagões: 0,004 a 0,005
Locomotivas: 0,01
a
A
Fat b
Q
B
Análise do diagrama:
A figura acima representa um corpo de peso Q num plano inclinado onde a componente “a” é
uma força resultante de Q. sen que tende a puxar o corpo rampa abaixo. Quanto maior a
inclinação ou seja sen aproximando-se de 1, maior será o valor dessa força.
A componente “b” ( resultado de Q . cos ) multiplicada pelo coeficiente de atrito, gera uma
força de atrito que quanto maior for a inclinação menos significativa será em função de cos se
aproximar de 0.
Para o corpo subir a rampa a força Fn deverá ser maior do que a soma destas duas forças.
E então:
Fn Q sen Q cos
ou
A B
Fn Q Q
C C
A B
sen cos C B 2 A2
C C
FORÇA DE ACELERAÇÃO
Quando for necessário deslocar grandes massas partindo do repouso e indo a alta velocidade em
tempo muito curto, há necessidade de se considerar a FORÇA DE ACELERAÇÃO que em
muitos casos é maior do que a força de atrito. Exemplo: Translação de pontes rolantes pesadas,
transportadores de minério, vagões, locomotivas e outros similares.
A fórmula para estes casos é:
Fa m. N
m.
Fa kgf
9,81
Variação.da.velocidade.(m / s)
= aceleração em m/s² =
tempo.de.aceleração .( s)
m = massa (peso)
6
FORÇA RADIAL, FORÇA AXIAL e FORÇA TANGENCIAL
Força tangencial
Força radial
Força axial
NOÇÕES DE TORQUE
Quando uma força atua sobre um corpo e a direção dessa força não passa pelo ponto de apoio do
corpo ela irá produzir um giro do mesmo. Ao produto da intensidade da força pela distância de
atuação da mesma até o ponto de apoio dá-se o nome de TORQUE, MOMENTO DE TORÇÃO,
MOMENTO TORÇOR ou ainda CONJUGADO.
Quando você aplica uma força no volante do seu carro você está aplicando um MOMENTO DE
TORÇÃO sobre o sistema de direção do mesmo.
A força exercida pelo seu braço na periferia do volante (força tangencial) multiplicado pelo raio
do mesmo (diâmetro do volante dividido por 2) dará o valor desse momento de torção.
Para o momento de torção normalmente se usam as unidades Nm ( para força em N e raio em m)
e kgfm (para força em kgf e raio em m)
Exemplos:
1- Força aplicada pelo seu braço: 5kgf
R Raio do volante em metros: 0,15m.
Resultado: 5kgf x 0,15m = 0,75 kgfm
2- Força aplicada pelo seu braço: 49 N
F Raio do volante: 0,15m
Resultado: 49N x 0,15m = 7,35 Nm
Outro exemplo para você entender o que é Torque ou Momento de torção é o da bicicleta:
Quando você põe o peso do seu corpo sobre o pedal da bicicleta você está aplicando um
momento de torção sobre o conjunto pedal-pedivela.
O peso do seu corpo P multiplicado pelo comprimento do pedivela R lhe dará o valor desse
momento de torção.
7
Exemplo:
P = Peso do ciclista: 60 kg
R = compr. do pedivela: 0,20 m
M = 60kg x 0,20m = 12 kgfm
8
MOMENTO DE ACELERAÇÃO e MOMENTO DE DESACELERAÇÃO ou FRENAGEM:
É muito importante quando a finalidade é acelerar ou frear cilindros e discos com grande massa
em tempo muito curto.
Em inúmeros casos é maior do que o momento necessário para vencer as forças de atrito entre as
partes internas dos equipamentos.
As fórmulas seguintes são utilizadas para calcular o momento de aceleração e frenagem de mesas
giratórias, cilindros pesados, fornos rotativos e outros equipamentos girantes de alta massa de
inércia.
Para anéis (aros) tubos ou cilindros ocos Ex: Cilindros rotativos, secadores
Gnd2
Ma M f kgfm2 / s 2
2 9,81 19,1 t
ou
mnd 2
Ma M f Nm 2 / s 2 .
2 19,1 t
G, m = peso ou massa em kg
n = rotação por minuto
d = diâmetro do cilindro em m
t = tempo de aceleração ou frenagem em s
Considerações: Na primeira e terceira fórmula (sistema técnico) o valor 9,81 é utilizado para
eliminar a força gravitacional da terra já embutida em G porque as massas de um cilindro estão
eqüidistantes de seu centro e em equilíbrio, não influindo no momento rotacional conforme
desenho a seguir
r r1
P x r = P1 x r1
P P1
A constante 19,1 expressa nas duas fórmulas, serve para ajustar as diferentes unidades entre o
numerador e o denominador. No numerador rotação por minuto e no denominador o tempo de
aceleração ou frenagem em segundos.
É possível também calcular o momento de aceleração ou frenagem a partir do momento de
inércia de massa.
9
MOMENTO DE INERCIA DE MASSA
O momento de inércia J mede a massa de um corpo em torno de seu eixo de rotação e depende
também da sua geometria. A massa quanto mais afastada do eixo de rotação mais aumenta o
momento de inércia motivo pelo qual um disco oco com a mesma massa de um cilindro maciço
gera maior momento de inércia. Sua unidade de medida no sistema internacional é kg.m² e é
geralmente representado pela letra J . Catálogos de acoplamentos elásticos e hidráulicos e
motores elétricos fornecem o momento de inércia de massa.
A seguir as formulas utilizadas em função da geometria do corpo em relação ao eixo de giro
mr2
Disco ou cilindro maciço J kgm2
2
m v r m 2r n r m r 2 n
Ma Nm 2 / s 2
t 60 t 30 t
10
ENERGIA CINÉTICA
Energia cinética é a energia que um corpo em movimento possui devido a sua velocidade.
A formula para calcular a energia cinética é
m v2
Ec J
2
v =velocidade em m/s
1 -Calcular a energia cinética de uma barra de 10 g no instante em que está com uma velocidade
de 700 m/s.
Sistema internacional
m v 2 0,01kg 700 2
Ec 2450 J
2 2
Sistema técnico
G v2 0,01kg 700 2
Ec 249kgfm2 / s 2
9,81 2 9,81 2
2 -Calcular a energia cinética de um corpo de massa 5kg que cai em queda livre de uma altura de
10 m
Calculo da velocidade final
v 2 vo 2 gh 0 2 9,8 10
2
v 2 196
v 14m / s
Calculo da energia cinética
m v 2 5 14 2
Ec 490 J
2 2
vo =velocidade inicial
g = força gravitacional da terra
h = altura
v = veloc. final
Para explicação da unidade joule J veja a descrição abaixo citada na wikipedia
O joule (símbolo: J) é a unidade de energia e trabalho no sistema internacional, e é definida
como:
O nome da unidade foi escolhido em homenagem ao físico britânico James Prescott Joule. O
plural do nome da unidade joule é joules.
11
Um joule compreende a quantidade de energia necessária para se efetivar as seguintes ações:
Outro exemplo do que é um joule seria o trabalho necessário para levantar uma massa de 98 g
(uma pequena maçã) na altura de um metro, sob a gravidade terrestre, que também se equivale a
um watt por um segundo.
ENERGIA CINÉTICA ROTACIONAL DE UM DISCO OU CILINDRO MACIÇO
Em um disco ou cilindro sólido é possível calcular o momento de torção máximo gerado pela
energia cinética rotacional. É o caso do volante de uma prensa qualquer.
A fórmula é
m v2 d
Mc Nm 3 / s 2
2 4
d n
v = veloc. em m/s v m/ s
60
n = rotações por minuto
d = diâmetro da peça em m.
4 no denominador por ser considerado o raio médio para o calculo da velocidade média e centro
das massas.
Exemplo de aplicação
O rotor de um motor, um acoplamento elástico ou hidráulico, pode gerar um torque adicional
momentâneo no eixo de entrada de um redutor conseqüentemente causando sua quebra no caso
de dimensionamento inadequado. Isso só ocorrerá se houver um travamento do equipamento
acionado. Se tivermos o momento de inércia e o diâmetro desse componente (o momento de
inércia do motor é mencionado no catálogo) podemos utilizar a formula a seguir para o calculo
desse momento:
J 2 n2 d
Mc Nm 3 / s 2
3600
A fórmula acima foi deduzida a partir da primeira fórmula da seguinte maneira:
12
m v2 d d m 2r n d m 2 2 2 r 2 n 2 d m 2 r 2 n 2
2
m
Mc v2
2 22 2 4 2 60 4 2 60 2 4 2 3600
Sabendo que o momento de inércia para discos ou cilindros maciços é
mr2 mr2
J kgm e substituindo na fórmula
2
por J teremos
2 2
J 2 n2 d
Mc Nm 3 / s 2
3600
Exemplo:
Calculo do momento de energia cinética rotacional desenvolvido por um motor WEG de 20 CV -
4 polos 1720 rpm cujo momento de inércia J é 0,0803kgm² e diâmetro do rotor 160mm.
J 2 n2 d 0,0803 2 1720 2 0,16
Mc Nm / s
3 2
104 Nm 3 / s 2
3600 3600
Conclusão: No instante do travamento de um equipamento qualquer acionado por esse motor, o
mesmo fornecerá um torque instantâneo 130% maior do que em regime normal de funcionamento
P F .v W
F .v
P kW
1000
F – força em N
v – veloc. em m/s
Comparando:
- 1W é a potência necessária para deslocar um corpo de massa 1kg a 1m/s² e como na superfície
da Terra a aceleração da gravidade é 9,8 m/s² então há necessidade de 9,8 W para elevar esse
mesmo peso a altura de 1 m no tempo de 1 segundo.
- 1 CV é a potência necessária para elevar um corpo de massa (peso) 75 kg a altura de 1 m no
tempo de 1 segundo.
13
- Na superfície da Terra para elevar um corpo de massa 75 kg à altura de 1 metro no tempo de 1
segundo é necessário uma potência de 75kg x 9,8m/s² = 735 W
Então:
1 CV = 735 W
1 CV = 0,735 kW
1Kw = 1,36 CV
No sistema técnico
F v 200kg 10m / s
P 26,6cv
75 75
No sistema internacional
P F v m g v 200kg 9,8m / s 2 10m 19600W 19,6kW
Qual a potência em cv e Watts de uma queda de água de vazão 0,20 m³ por segundo sendo a
altura da queda 10 m?
F v 200kg 10m
P 26,6cv
75 75
A maioria dos equipamentos necessita de motor- redutor e, quando não for com eixo de saída
vazado, um acoplamento para os eixos de ligação entre o redutor e a maquina. Quando isto for
necessário há um outro modo de se calcular a potência requerida de acionamento de um
equipamento, ou seja, a potência necessária do motor que será utilizado e a capacidade do redutor
e do acoplamento que irá transmitir essa potência. Para isso devemos conhecer o momento de
torção ou torque requerido para o acionamento, a rotação por minuto no eixo de saída do redutor
e o rendimento do mesmo.
Neste caso as fórmulas serão:
14
PARA POTÊNCIA EM CV
M n
P CV
716,2
P – potência em CV no eixo de entrada do redutor
M – Momento de torção requerido em kgfm no eixo de saída do redutor
n – rotação por minuto no eixo de saída do redutor
– rendimento do redutor
PARA POTÊNCIA EM kW
M n
P kW
9550
Exemplo
Potência requerida para acionamento de um carro de transporte de carga (fictício) no plano
horizontal.
Dados:
Peso da carga: 22000 kg
Peso do carro: 3000 kg
Velocidade desejada: v =10 m/min
Tempo de aceleração do repouso até a velocidade máxima: 6 s
Diâmetro da roda = 400mm – Raio R = 200 mm
Atrito das rodas com o solo f1 = 4mm (roda revestida de borracha dura sobre concreto)
Diâmetro médio dos rolamentos: 100mm – Raio r = 50mm
Atrito dos mancais de rolamentos: f2 = 0,2mm
Redução por polias do motor para o redutor: ip = 1:2
Redução por engrenagens de corrente do redutor para o eixo das rodas: ie 1:3
Redutor Motor
r
R
15
1 - Força de atrito entre as rodas e o solo:
f 4 f1 4
Fat1 G 1 25000 500kgf ou Fat1 m 9,81 25000 9,81 4905 N
R 200 R 200
4 - Momento de torção para vencer força de atrito entre as rodas e o solo (R da roda em m):
M atr1 Fatr1 R 500 0,2 100kgfm ou M atr1 Fatr1 R 4905 0,2 981Nm
5 - Momento de torção para vencer força de atrito dos mancais de rolamento ( raio r do rolamento
em m):
M atr 2 Fatr 2 r 100 0,05 5kgfm ou M atr 2 Fatr 2 r 981 0,05 49,05Nm
As fórmulas 1, 2, 4 e 5, que se referem aos momentos devido aos atritos nas rodas, podem ser
resumidas em:
f f2 4 0,2 105kgfm ou
Mt atr G 1 25000
1000 1000
Mtatr m 9,81
f1 f 2 25000 9,81 4 0,2 1030 Nm
1000 1000
onde: Mt atr M atr1 M atr2
16
9 - Cálculo da rotação por minuto no eixo do carro:
v 10
ne 7,96rpm
D 0,4
D = diâmetro da roda (m)
v = velocidade do carro (m/min)
n1 875
ir 36,6
n2 23,88
M ne 1168,3 7,96
P 1,17kW 1,5kW
9550 e r p 9550 0,95 0,97 0,90
17
VERIFICAÇÃO DA POTÊNCIA ABSORVIDA POR UM EQUIPAMENTO ATRAVÉS DA
MEDIÇÃO DA AMPERAGEM E VOLTAGEM DO MOTOR
.
Para verificar a potência absorvida por um equipamento qualquer utilize a fórmula abaixo:
U I 3 cos
P kW
1000
U = Voltagem da rede
I = amperagem medida a plena carga
porcentagem de rendimento do motor (verificar catálogo do fabricante)
cos= fator de potência (verificar no catálogo do fabricante)
Observ.: e cos estão em função da potência estimada, conforme se pode perceber no catálogo
do fabricante.
Exemplo: Motor de 3,7 kW (5 CV) – 4 polos (1730rpm) funcionando em 220 v e com
amperagem 10A (aproximadamente 75% da nominal)
No catálogo da WEG:
Corrente Conjugado Rendimento Fator pot. cos
Potência Corrente com Conjugado com Conjugado % da potência nominal
Carcaça Rpm nominal rotor nominal rotor máximo
CV kW 220 v bloqueado kgfm bloqueado Cmax/Cn 50 75 100 50 75 100
Ip/In Cp/Cn
5,0 3,7 100L 1730 13,6 7,5 2,07 3,1 3,0 80,5 82,3 83,5 0,68 0,79 0,85
1
EQUIVALÊNCIA n (min ) (rotações por minuto) em rd/s
n 2 rd rd
n 0,1047
60 s s
18
ROLDANAS E POLIAS
R Pr P
r F F
R 2 cos
F
F n2
P n4
P n5
n3 1
n1 F F P
n
ALAVANCAS
a l
d
a
l N L L a
m F G
G F
x L
1
,
G l F L
0l a F G
2 F L l
=
G
k
g P
f
m
l
2 b e2
F P kgf
3l
G resistência do material a flexão (kg/mm²)
G e = espessura da chapa (mm)
F b = largura da chapa (mm)
2 cos l = distância entre apoios (mm)
19
ASSESSOTEC
ASSESSORIA TECNICA EM ACIONAMENTOS
Resp.: J.L.FEVEREIRO FONE 011.2909.0753 CEL 99606.7789
Guias laterais
Roletes de apoio
Tremonha
Tambor de acionamento
Tambor de retorno
Fat1
r
Fat2 R
ROLETES DE APOIO
TAMBOR DE ACIONAMENTO
f1 f
Fat1 G = kgf ou Fat1 9,81 m 1 = N
r r
f2 f
Fat 2 G = kgf ou Fat 2 9,81 m 2 = N
r r
Fat1 = força de atrito referente contato da correia com o rolete.
Fat 2 =força de atrito referente rolamentos inseridos nos roletes.
f 1 = 1,3mm = braço de alavanca da resistência ao rolamento entre correia e rolete.
20
f 2 = 0,2mm = braço de alavanca da resistência ao rolamento dos mancais
G, m = peso ou massa da carga + correia + roletes (kg)
r = raio dos roletes de apoio (mm)
FORÇAS ADICIONAIS:
Ffl = Força para flexionar a correia em cada tambor: 22 kgf ou 215 N
Fra = Força para vencer atritos em cada raspador: 1,4 x larg. da correia (pol) = kgf
13,7 x larg. da correia (pol) = N
Ftp = Força para acionamento de cada tambor dos trippers conforme tabela abaixo:
Larg.correia 16 20 24 30 36 42 48 54 60 72 84
(polegada)
Ftp (kgf) 22,7 37,7 49,8 63,4 67,9 72,5 77 81,5 86,1 95,3 104,5
Ftp (N) 223 370 489 622 666 711 754 799 844 944 1024
f f
O valor resultante de 1 2 pode ser admitido de 0,017 a 0,027 dependendo das condições
r
dos rolamentos dos tambores ou seja, maior valor para rolamentos em mau estado o que é sempre
provável em ambientes de muito pó.
Fr= força resistente
G , m = peso total sobre os roletes = Gca + Gco + Gro ou mca + mco + mro
Gco = mco = peso total da correia (kg)
Gro = mro = peso total dos roletes (kg)
Gca = mca = peso da carga (kg)
L T 1000
Gca mca kg
v 60
L = comprim. do transportador (m)
21
T = toneladas por hora
v = veloc. da correia (m/min)
altura.do.transportador
ângulo de inclinação em graus = sen
comprimento
f1 = braço de alavanca da resistência ao rolamento entre correia e rolete = 1,3 mm
f2 = braço de alavanca da resistência ao rolamento dos mancais = 0,2 mm
r = raio do rolete (mm)
Fad1 = forças adicionais = Ffl + Fra + Ftp + Fgu (kgf)
Fad2 = forças adicionais = Ffl + Fra + Ftp + Fgu (N)
Fa = força de aceleração
G , m = peso total = Gca + Gco + Gro
v = veloc. da correia (m/min)
ta = tempo de aceleração. A maioria dos motores admite até 6s para poucas partidas por hora.
Definido o torque e a rotação já pode ser selecionado o redutor e o acoplamento de ligação entre
os eixos do redutor e do tambor. Caso o redutor esteja acoplado direto ao eixo do tambor,
multiplicar M pelo fator de serviço e escolher o redutor pelo torque de saída. Se houver redução
por engrenagens e corrente entre os eixos do redutor e do tambor não esquecer de dividir o torque
M pela relação de transmissão das engrenagens.
22
P
Fa Fr v CV (Fa e Fr em kgf) ou P
Fa Fr v kW (Fa e Fr em N)
60 75 60 1000.
P = potência requerida de acionamento
M = momento de torção requerido no eixo do tambor
n = rpm no eixo do tambor de acionamento
rendimento do motoredutor
v = velocidade do transportador em m/min
No cálculo de potência foi considerada a força de aceleração das massas em movimento sobre o
transportador mais a força para vencer os atritos. Na maioria dos transportadores horizontais o
momento de aceleração das massas em movimento é menor do que o momento necessário para
vencer os atritos, principalmente quando se admite um tempo de aceleração próximo de 6
segundos. A maioria dos motores na partida fornece o dobro do momento nominal e sendo assim
esse adicional de torque poderia ser aproveitado para dar a partida no transportador e então não
haveria necessidade de somar Fa à Fr desde que haja poucas partidas por hora. Mas na seleção
do redutor e do acoplamento há necessidade de considerar Fa + Fr.
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Fat
ou R
Fr
MESA DE APOIO
Motoredutor
Para calcular o torque requerido para acionamento deste tipo de transportador será considerado
apenas o peso do material transportado somado ao peso de metade da correia.
1 – Para transportador horizontal
G m
M Gca co R kgfm ou M 9,81 mca co R Nm
2 2
Calcular o torque / momento de torção necessário no eixo do tambor / eixo de saída do redutor
G 13
M Gca co R 90 0,4 0,065 2,51kgfm
2 2
Conhecendo o momento de torção necessário e a rotação por minuto no eixo do tambor / eixo de
saída do redutor já pode ser selecionado o motoredutor
No caso um motoredutor SITI MU 40 1:100 com motor de 0,16 CV atende a necessidade com
folga
25
Dados de catálogo do redutor:
Torque nominal: 4 mkgf
Rpm de saída com motor de 4 polos = 17rpm
Capacidade nominal: 0,18CV
Rendimento: 0,53
Esses dados determinam que esse redutor se fosse acionado por um motor de 0,18CV geraria no
seu eixo de saída um torque de 4 mkgf considerando seu rendimento 0,53 ou 53%. O baixo
rendimento do redutor se deve ao fato de ser a rosca sem fim e coroa onde o alto atrito de
escorregamento entre essas peças produz uma perda de 47% na multiplicação de torque do motor.
Porém esse tipo de redutor é bem mais barato do que redutores a engrenagens helicoidais que
necessitam de muitas peças para essa redução de 1:100.
Um motor de 0,12CV ficaria muito justo e então foi selecionado um motor de 0,16CV
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TRANSPORTADOR DE CORRENTE.
GUIAS DE APOIO
Motoredutor
Calculando a rotação por minuto no eixo da engrenagem motora / eixo de saída do redutor.
v
n rpm
D
v = veloc. do transportador (m/min)
D = diâm. da engrenagem de acionamento (m)
Definido o momento de torção no eixo da engrenagem e a rotação por minuto já se pode partir
para a seleção do motor e do redutor . Se o mesmo for montado direto no eixo da engrenagem,
multiplicar o torque necessário M pelo fator de serviço e com este valor escolher o tamanho do
redutor ou motoredutor pelo torque de saída. Na mesma tabela pode ser verificado qual a
potência de entrada. Não esquecer que já está incluído o rendimento do redutor.
28
Se preferir, a potência do motor e a capacidade do redutor em CV ou kW no eixo de entrada pode
ser calculada pela fórmula:
M n M n
.P CV (M em kgfm) ou P Kw (M em Nm)
716,2. 9550
P = potência requerida de acionamento
M = momento de torção nominal no eixo da engrenagem
n = rpm no eixo da engrenagem de acionamento
rendimento do motoredutor.
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ELEVADOR DE CANECA
Para o cálculo da potência requerida para o acionamento de elevadores de canecas não se
considera o peso das canecas ou da correia por estarem em equilíbrio. Para cálculo do momento
no tambor acionador considerar principalmente o peso do material dentro das canecas cheias e a
força de extração que é baseada na prática dos fabricantes deste tipo de equipamento.
Modo de calcular 1
v 60
n rpm da correia (m/s)
D
v = velocidade m/s
D = diam. do tambor de acionamento ( m)
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GUINCHOS
R
Ft
MOTOREDUTOR
r
2- Em aclive
f f
Fr G sen cos kgf ou Fr m 9,81 sen cos N
r r
Tabela pratica, extraída de um manual francês sobre pontes rolantes, para determinar a força
resistente Fr , válida somente no plano horizontal, para rodas de aço sobre trilhos e mancal com
rolamento de esferas. Não inclui o valor do coeficiente de atrito referente ao flange da roda
Selecionar o valor de e multiplicar pelo valor da tabela abaixo.
Diâm. das rodas (mm) 100 125 160 200 250 315 400 500 630
Fr (kgf/ton) 14 13 12 10 9 8 7 6 6
Fr (N/ton) 140 130 130 100 90 80 70 60 60
33
Para o cálculo da força de aceleração Fa:
Gv mv
Fa kgf ou Fa N
9,81 60 ta 60 ta
G e m = peso do carro + carga (kg)
v = velocidade do carro (m/min)
ta = tempo de aceleração desejado (s).
caixa
SNV-120
Ø500
600
o70
265
34
Para o cálculo da força resistente Fr referente aos atritos nas rodas:
Trilhos nivelados
f f 0,2 0,5 2
Fr G 1 2 80000 309,7kgf
r 310
Para cálculo do momento de torção M: Considerado 14 voltas do cabo em uma camada ou D=510
mm
Ft D 990 510
M 253mkgf
1000 2 1000 2
1000 v 1000 15
n 9,36rpm
D 510
Redutor selecionado
Redutor SITI MBH 140 B5-100 com eixo de saída vazado
Redução: 1:182,1
Capacidade nominal a 1700 rpm: 6,9CV
Torque nominal no eixo de saída: 510 mkf
Fator de serviço em relação ao torque necessário: 510/253=2
Motor recomendado 4,0CV - 4 polos
com torque ( conjugado) nominal de 1,66 mkgf em regime. Na partida o torque chega a 3,3 vezes
mais (1,66 x 3,3=5,4mkgf) podendo acelerar o carro em menos de 3 segundos.
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Para o cálculo da potência requerida para o acionamento de guincho para retirar barcos da água
numa rampa, considerar principalmente o peso do barco com tudo que estiver dentro + peso da
carreta, velocidade desejada, diâmetro do tambor + o numero de voltas do cabo acumuladas em
torno do tambor e dimensões da rampa. Nesse caso a formula deve considerar, para efeito de
segurança, a possibilidade de uma roda estar travada pela entrada de água dentro de um
rolamento, o que acontece frequentemente. O coeficiente de atrito de escorregamento do pneu
travado, inflado e molhado varia 0,25 a 0,7. No caso de uma carreta com 4 rodas, como somente
1/4 do peso estará sobre uma das rodas travadas e na fórmula está considerado o peso total, foi
tomado o valor de 0,6/4 =0,15 para determinar a força de tração F = força resistente. Nesse caso
o coeficiente de atrito de rolamento normal dos pneus com o solo, valor de 0,010 a 0,015 será
desprezível e por isso não considerado na fórmula. Ainda devido a esse alto valor de coeficiente
de atrito, quando a carreta for montada com rodas de madeira, sem rolamento, a potencia do
motor estará bem folgada.
36
D = Diâmetro efetivo do tambor (mm) = Diâmetro do tambor + ( 2 x diâmetro do cabo em mm x
numero de voltas remontadas em torno do tambor)
Exemplo de cálculo
Peso do barco + carreta = 1000kg
Dimensões da rampa
C = 10m
A = 1,5m
Velocidade desejada = 10m/min
Cabo flexível para guincho ( filler) = 1/4" ( carga de tração > 2000kgf )
Diâm. do tambor ( aconselhável min. 21 x diâmetro do cabo -->126mm. Com 2 camadas de cabo
em volta do tambor o diâmetro efetivo passa a ser 150mm
Para o cálculo da força resistente F
A 1,5
F G G 0,15 1000 1000 0,15 300kgf
C 10
Para cálculo do momento M (torque) no eixo do tambor/eixo de saída do redutor:
FD 300 150
M 22.5 mkgf
1000 2 1000 2
Calculo da rpm
1000 v 1000 10
n 21,2rpm
D 3,14 150
Redução disponível 1:80 > rpm obtida com motor de 4 polos> 1700/80=21,2rpm
Redutor selecionado em função do momento M (torque): Redutor a rosca sem fim marca SITI
MU 90 1:80 - Torque nominal 30mkgf - Cap. nominal 1,5CV - rendimento 0,63
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MOMENTO DE ACELERAÇÃO Ma
Ma Fa R (kgfm para Fa em kgf) e ( Nm para Fa em N)
Gv mv
Fa kgf ou Fa N
9,81 60 ta 60 ta
Fa = força de aceleração
R = raio da roda (m)
G e m = peso da ponte + carga (kg)
v = velocidade da ponte ( m/min)
ta = tempo de aceleração desejado (s). Pode ser conforme norma ( tabela abaixo):
38
Para o cálculo do momento requerido nos eixos das rodas M ainda pode ser utilizada a formula
reduzida abaixo que inclui o momento resistente Mr e o momento de aceleração Ma
vD
M G1 Kr mkgf
1,17 ta
M = Momento requerido nas rodas
Kr = Valor relativo ao coeficiente de atrito de rolamento e ao raio da roda
0,95 para trilhos bem alinhados
1,45 para trilhos mal alinhados
G1 = Peso da carga + peso da estrutura ( ton)
D = Diâmetro da roda (m)
ta = tempo de aceleração (s)
Para o cálculo da POTÊNCIA REQUERIDA para a translação de pontes rolantes considerar que
são utilizados dois motores e a potência de cada motor será:
M n M n
P CV (M em kgfm) ou P kW M em Nm)
716,2 2 9550 2
Para equipamentos com momento de inércia bem maior do que o momento de atrito é importante
que o fator de serviço aplicado ao redutor e aos acoplamentos seja 1,5 ou acima sobre o motor
quando não houver controle sobre o tempo de aceleração.
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CARRO DE TRANSPORTE
O cálculo da potência requerida de acionamento de um carro de transporte é basicamente o
mesmo da translação de ponte rolante, quando se trata de motoredutor acionando direto o eixo
das rodas como na figura abaixo. A diferença é que o carro de transporte usa geralmente só um
motoredutor. O cálculo abaixo considera o deslocamento no plano horizontal (nivelado).
No cálculo da potência requerida para o deslocamento do carro, nota-se que o maior valor é o
relativo à aceleração das massas. O momento resistente devido aos rolamentos das rodas e ao
atrito das rodas com os trilhos é geralmente de menor valor. Para o cálculo considera-se o peso
do carro + peso da carga concentrado em uma única roda.
f f2 f f2
Mr G 1 kgfm ou Mr m 9,81 1 Nm
1000 1000
Mr = momento resistente devido aos atritos nas rodas
G ou m = peso da estrutura da ponte + carga (kg)
f1 = 0,2 mm = braço de alavanca da resistência ao rolamento dos mancais.
f2 = 0,5 mm = braço de alavanca da resistência ao rolamento entre as rodas e os trilhos.
acoeficiente referente atrito do flange da roda com os trilhos.
40
MOMENTO DE ACELERAÇÃO Ma
Ma Fa R (kgfm para Fa em kgf) e ( Nm para Fa em N)
Gv mv
Fa kgf ou Fa N
9,81 60 ta 60 ta
Fa = força de aceleração
R = raio da roda (m)
G e m = peso do carro + carga (kg)
v = velocidade do carro ( m/min)
ta = tempo de aceleração desejado (s).
Para o cálculo do momento requerido nos eixos das rodas M ainda pode ser utilizada a formula
reduzida abaixo que inclui o momento resistente Mr e o momento de aceleração Ma
vD
M G1 Kr mkgf
1,17 ta
M = Momento requerido nos eixos das rodas
Kr = Valor relativo ao coeficiente de atrito de rolamento e ao raio da roda:
0,95 para trilhos bem alinhados
1,45 para trilhos mal alinhados
G1 = Peso do carro + carga ( ton)
D = Diâmetro da roda (m)
ta = tempo de aceleração (s)
P = potência do motor
M = momento requerido nas rodas
n = rotação por minuto no eixo da roda
rendimento do redutor
Para equipamentos com pouco momento de atrito e grande momento de inércia, é importante que
o redutor e o acoplamento se houver, sejam escolhidos com fator de serviço 1,5 ou mais sobre o
motor quando não houver controle sobre o tempo de aceleração.
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PRESSÃO
Fa Ft
k
Fa Ft
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Se forem cilindros muito pesados com momento de inércia elevado é melhor calcular o momento
de aceleração dos cilindros através da fórmula:
G n D2
Ma kgfm
2 9,81 19,1 ta
Ma = momento de aceleração (kgfm)
G = peso do conjunto de cilindros (kg)
n = rpm dos cilindros
D = diâmetro dos cilindros (m)
ta = tempo de aceleração (s)
v
n rpm
D
v = velocidade m/min
= rendimento do redutor
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Para calcular o momento de torção no eixo do tambor para elevador ou guincho de cabo simples:
GR m 9,81 R
M kgfm ou M Nm
1000 1000
M = momento de torção máximo requerido no eixo do tambor
G, m = Peso da carga mais cabina (kg)
R = raio do tambor(mm) + diâmetro do cabo (mm) x num.de voltas (quantidade de voltas do cabo
remontadas em torno do tambor suficiente para atingir o ponto mais alto).
Cálculo da rpm no eixo tambor para elevador de cabo simples
v 1000
n rpm
D
v = velocidade de subida em m/min. Considerar a maior velocidade desejada.
D = diâmetro do tambor (mm) + diâmetro do cabo (mm) x num.de voltas remontadas e suficiente
para atingir o ponto mais alto.
44
O cálculo da potência máxima requerida de acionamento de elevadores de carga deve considerar
quando há um maior numero de voltas do cabo remontadas em torno do tambor, ou seja, quando
o elevador está no ponto de maior velocidade.
M n M n
.P CV (M em kgfm) ou P kW (M em Nm)
716,2 9550
P = potência máxima requerida de acionamento
M = momento de torção máximo requerido no eixo do tambor
n = rpm no eixo do tambor de acionamento
rendimento do motoredutor.
Para o cálculo direto da potência necessária de acionamento no eixo do motor, pode ser usada a
formula direta a seguir:
Gv m g v
P CV P kW
60 75 60 1000
v = velocidade em m/min
G, m = Peso da carga mais cabina (kg)
rendimento do motoredutor.
g = 9,81
45
ELEVADOR OU GUINCHO DE CABO DUPLO
Os cálculos a seguir servem para calcular elevadores de cabo duplo como na figura abaixo e
também para elevadores de obra com o guincho no nível do solo.
46
ELEVADORES COM CONTRAPESO
CABO SIMPLES
Cálculo do momento de torção no eixo do tambor para elevador de cabo simples com contra
peso:
Recomendação: Peso do contrapeso = Peso da cabina + peso da carga dividido por 2. Desta
forma, quando houver carga total, o motor deverá despender potencia para elevar a carga +
cabina e quando não houver carga nenhuma o motor despenderá potencia para elevar o contra
peso mas com mesmo valor.
Exemplo:
Peso da cabina: 600kg
Peso da carga: 900kg
Contra peso ideal: 600kg + 450kg = 1050kg
Calculando a diferença:
com carga máxima: 600kg(cabina) + 900kg(carga) - 1050kg(contrapeso) = 450kg (para o
motoredutor puxar a carga+cabina para cima)
sem carga: 1050kg (contrapeso)- 600kg+0 (carga+cabina) = 450kg ( para o motoredutor puxar o
contrapeso para cima)
47
M = momento de torção máximo requerido no eixo do tambor
Gca = Peso da carga mais cabina (kg)
Gcp =Peso do contrapeso (kg)
R = raio do tambor(mm) + diâmetro do cabo (mm)
Cálculo da rpm no eixo tambor para elevador de cabo simples com contrapeso
v 1000
n rpm
D
v = velocidade de subida em m/min.
D = diâmetro do tambor (mm) + diâmetro do cabo (mm)
CABO DUPLO
48
Recomendação: Para o calculo do contrapeso é a mesma recomendação dos elevadores de
contrapeso com cabo simples. O ideal é que o peso do contrapeso seja o peso da cabina + metade
do peso total da carga.
Nas paginas seguintes recomendação dos fabricantes de cabos (CIMAF) para seleção da
espessura dos mesmos e diâmetro dos tambores.
49
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ROSCA TRANSPORTADORA
Esta forma de cálculo da potência requerida para o acionamento de rosca transportadora e as
tabelas foram extraídas do livro TRASPORTI MECCANICI de Vittorio Zignoli.
Na rosca transportadora o atrito entre a rosca e o material é bastante considerável e variável e por
isso a tabela referente a esses atritos.
A fórmula acima não considera a inclinação da rosca e quando for o caso, para maior segurança,
é melhor considerar a fórmula abaixo (não incluída no livro)
Q 1000 H
P 0,004 n Q L CV
75 3600
Para o cálculo da potência do motor dividir P pelo rendimento do redutor e do conjunto de polias
e correia se houver ( para as polias
52
CLASSES DOS MATERIAIS
FATOR ADICIONAL REFERENTE ATRITO DA ROSCA COM O MATERIAL
DENSIDADE e GRAU DE ENCHIMENTO
Classe I – Material em pó não abrasivo com bom escorregamento a t/m³
Cal em pó hidratada Farinha de linho
Carvão em pó Farinha de trigo
Farelo Cevada granulada
CLASSE II – Material granulado ou em CLASSE III – Material semiabrasivo em pequenos
pedaços com pó, não abrasivo, com bom pedaços misturados com pó
escorregamento at/m³
0,6 a 0,8 t/m³
Alumina granulada 0,96 2,8
Pó de aluminio Asbesto granulado 0,90 2,0
Cal hidratada Bórax granulado 0,85 1,4
Carvão granulado Manteiga (burro no original) 0,95 0,8
Grafite granulado Avelã torrada 0,80 2,0
Grão de cacau Gesso granulado calcinado 0,98 2,4
Grão de café Lignite granulado 0,80 2,0
Toicinho, banha (lardo no original) 0,95 0,8
Semente de algodão
Cevada moída 0,95 1,2
Grão de trigo
Grão de soja
53
COEFICIENTE DE ATRITO DOS MANCAIS E VELOCIDADE MAXIMA ADMISSÍVEL EM FUNÇÃO DAS
CLASSES DE MATERIAIS E DO DIÂMETRO
Diâmetro Rotação por minuto em função Coeficiente de atrito
externo da classe referente mancais
D Mancais Mancais Mancais
(mm) I II III IV V com em em
rolamen bronze bronze
to lubrific. fosfor.
100 180 120 90 70 31 0,012 0,021 0,033
150 170 115 85 68 30 0,018 0,033 0,054
200 160 110 80 65 30 0,032 0,054 0,096
250 150 105 75 62 28 0,038 0,066 0,114
300 140 100 70 60 28 0,055 0,096 0,171
O fabricante americano STEPHENS. ADAMSON MFG. CO. apresenta valores diferentes para o coeficiente de
atrito dos materiais com a rosca. Veja a seguir:
Materiais t/m³ Materiais ( não incluídos na lista acima) t/m³
Alumina 1,7 2,0 Açúcar de cana ou beterraba refinado 1,4 2,0
Asfalto moído 1,3 0,5 Açúcar (raw) não refinado 2,0
Bauxita moída 2,2 1,8 Açúcar (beet pulp) seco 0,4 1,0
Cal, seixo 1,5 1,3 Açúcar (beet pulp) molhado 1,0 1,0
Cal (pedra) moída 2,4 2,0 Amendoim descascado 1,1 0,5
Cal (pedra) em pó 2,2 1,0 Areia seca 2,8 2,0
Cal hidratada 1,1 0,8 Arroz 1,0 0,5
Cal hidratada em pó 1,1 0,6 Aveia 0,8 0,4
Carvão (antracita) em pedaços 1,7 1,0 Cacau (beans) 1,0 0,6
Cimento Portland 2,2 1,0 Centeio 1,2 0,4
Café verde 0,9 0,4 Farinha de soja 1,1 0,5
Café torrado 0,7 0,5 Germe de trigo 0,8 0,8
Farinha de soja 1,1 0,5 Sabão pedaços 0,3 0,6
Gesso moído 2,5 2,0 Sabão em pó 0,6 0,9
Gesso em pó 2,0 1,0 Sal seco grosso 1,3 1,2
Semente de algodão seco 1,0 0,5 Sal seco fino 2,1 1,2
Semente de algodão com casca 0,3 0,9 Serragem 0,3 0,7
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CILINDROS DE LAMINAÇÃO
55
tan
f R mm
2
c D mm
360
56
57
EXEMPLO DE APLICAÇÃO
Material: alumínio
Redução de 10mm para 8,5 mm
Resistência do material a compressão: 700kgf/cm²
Diâmetro dos cilindros: 350 mm
Diâmetro dos eixos / mancais = 170mm
Material entre os mancais e os eixos dos cilindros: bucha de celeron grafitado com coeficiente de
atrito =0,07
Largura da chapa: 800mm = 80cm
Velocidade de laminação: 20m/min
Motor acionando o eixo de entrada do redutor com polias e correias e conjunto de engrenagens
entre o eixo de saída do redutor e o eixo do cilindro.
Rendimentos: Redutor = 0,95; polias e correia 0,9; engrenagens entre redutor e eixo do
cilindro= 0,98
Rendimento total do sistema= 0,95 x 0,9 x 0,98 = 0,84
Os valores de f e do arco de contato c foram tirados do desenho mas também podem ser obtidos
pelas formulas:
58
angulo de contato
E e 10 8,5
cos 1 1 5,31
2 R 2 175
5,31
c D 3,14 350 16,21mm
360 360
v 20
rpm 18,2rpm
D 3,14 0,35
v = velocidade em m/min = 20m/min
D = diâmetro dos cilindros em metros
P
T1 T2 rpm 1080 146818,2 77CV
716,2 716,2 0,84
=rendimento do sistema (redutor + conjunto de polias e correia + engrenagens)
59
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GIRADOR DE TUBOS
As forças resistentes ao giro neste tipo de equipamento são somente as forças de atrito entre os
tubos e os roletes de apoio. Os roletes normalmente são revestidos com borracha dura para evitar
o deslizamento.
Para calcular a força de atrito a formula mais correta seria:
Fat Q cos kgf
Porém na pratica a fórmula mais utilizada é a seguinte:
Fat Q kgf
Q =Peso do tubo em kg
= coeficiente de atrito de rolamento = 0,015
60
Exemplos de aplicação
Exemplo 1:
Peso do tubo: Q =12 ton (12000kg)
Diâm. do tubo: D = 730mm
Veloc. desejada: n1 = 2 rpm
Diâm. dos roletes d = 254mm
Roletes revestidos de borracha: Coeficiente de atrito =0,015
61
Exemplo 2:
Dispositivo de solda de um tubo com 600mm de diâmetro, 1200kg de peso e rotação do tubo com
1,5 rpm e acionamento dos 2 roletes frontais.
As fórmulas de cálculos são as mesmas porém a seleção dos redutores que acionam direto os
eixos dos roletes deve ser feita em função do torque em cada rolete ou T2 dividido por 2.
Posteriormente foi selecionado um tamanho acima para aproveitar redutores em serie com iguais
dimensões de flanges. A seleção do motoredutor de entrada foi feita em função da potência do
motor. O rendimento é o resultado da multiplicação dos rendimentos dos 3 redutores.
Fat Q 1200 0,015 18kgf
Calculo do torque necessário no eixo dos roletes
Fat d 18 600
T2 5,4mkgf
2 1000 2 1000
62