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Introdução
Pretendo fazer uma palestra sobre o tema e não a exposição bíblica de um texto sobre o
assunto
Talvez este seja um dos temas mais difíceis e ao mesmo tempo mais necessários de ser
tratado em nossos dias.
Estou ciente de que há questões relacionadas a perdão que são profundas e que precisam
de um acompanhamento PASTORAL, mesmo que se decida seguir os caminhos indicados aqui.
(em permanecendo os sintomas, o pastor deverá ser consultado).
3. Porque tudo à minha volta me leva a crer que eu sou um cara legal! (feliz de quem for
meu amigo ou casado comigo)
Poderíamos passar mais algum tempo pensando sobre esses temas. O propósito é perceber como
essa cultura que estamos inseridos tem afetado os nossos relacionamentos em todos os níveis!
Nunca foi tão fácil falar com alguém que mora do outro lado do mundo: quer por telefone, texto
ou vídeo! Isso mesmo: aquela maneira de se comunicar dos Jetsons já chegou até nós! Claro que
há algo de muito positivo. Mas quando se fala de constituição familiar na atualidade, percebemos
o quanto tudo isto tem nos afetado:
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Há muita gente que casou e que continua pensando: “EU NASCI PARA SER FELIZ”! E todo o
padrão que ele construiu sobre felicidade tem a ver com a sua satisfação pessoal, prazer imediato
e ausência de frustração. E é aí que a coisa pega! Conviver com alguém – principalmente casado
– é certeza de frustrações e conflitos. Há situações do nosso cotidiano que nos afetam: chateações,
imprevistos, mal-humor, decisões que meu cônjuge tomou, o carro que foi batido, a ligação da
escola do filho e uma infinidade de situações em que eu não terei prazer imediato, nem satisfação
pessoal, mas dor de cabeça e frustração. MAS ISSO FAZ PARTE DE SER FAMÍLIA!! Não que
toda família tem que ter isso o tempo todo, mas faz parte!
Já ouvi gente dizer aquele jargão como justificativa para: divórcio e “curtição” da noite com
amigos. A realidade é que estamos cada vez mais EGOÍSTAS, ANSIOSOS E COM OS
NERVOS À FLOR DA PELE. O PERDÃO É O CAMINHO INVERSO DOS VALORES
DESTE MUNDO! E por mais que as pessoas falem que é um gesto sublime, poucas estão
dispostas a vivenciá-lo integralmente.
Por outro lado, a família foi projetada por Deus como um poderoso instrumento de auxílio na
cura de nosso egoísmo e soberba. Mas vamos ao tema:
Ele não é como o ódio, a inveja, a cobiça ou a paixão. O perdão deveria estar totalmente separado
de qualquer sentimento. CLARO QUE PEDIR PERDÃO ou receber poderá afetar e mudar nossos
sentimentos – MAS apenas depois que tomamos a decisão de perdoar.
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final. E um dos grandes desafios que temos é de sermos seus imitadores. Mas tomando essas
atitudes divinas ELE nos ajudará a tornar indolor as memórias dolorosas aos poucos.
Já o perdão envolve algo de errado que alguém fez contra nós conscientemente. É cancelar um
ato ou palavra que nosso cônjuge tenha falado grosseiramente contra nós, por exemplo, ou um
comportamento errado.
É nos conflitos que refinamos e fortalecemos nosso caráter. Temos a oportunidade de lembrar o
quão frágil somos, e o quanto devemos SER semelhantes a Jesus – e isto é possível quando
praticamos o perdão, mesmo em meio à provocação e frustração.
No conflito, devemos lembrar que estão aflorando de nosso coração as coisas mais perversas e
pecaminosas. É nessa hora que eu preciso lembrar da cruz de Cristo e de seu perdão. Nossas
emoções pecaminosas e impulsos (soberba, cólera, gritaria) devem ser subjugados a Cristo –
devemos imitá-lo.
Isto o ajudará, mesmo que seu cônjuge não atenda de imediato, uma vez que você está fazendo o
correto para a glória de Deus.
Raramente somos completamente inocentes no conflito. Por isso, depois de focar em Deus, é
preciso focar em si – não pra se justificar, mas para admitir as falhas no conflito. É desta forma
que Deus vai nos moldando à imagem de seu Filho!
Isso nos ajuda a resolver mais rápido o conflito, uma vez que podemos:
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1. Admitir nossos erros – se forem nossos, confessamos e pedimos perdão. (Exemplo de
TRAVES: o que falamos – sarcasmo, grosseria, reclamações, mentiras; como agimos:
omissão, preguiça, negligência, críticas sem amor; atitudes e motivações negativas,
egoístas etc.)
2. Mesmo que não sejamos o principal causador, pode ser que tenhamos colaborado para
aumentar o problema. E nosso cônjuge se desarmará.
3. Admitir erros pode ter um efeito calmante sobre o antagonista.
Temos que aprender que problemas precisam ser solucionados e não ignorados. Diante de um
conflito, não podemos ser arrogantes ou omissos. É preciso que nos vejamos como instrumentos
de Deus para ajudar o nosso cônjuge a resolver um problema que o está magoando.
Claro que devemos fazer isto de maneira amável, visando remover o fardo do cônjuge. Isso deve
ser feito em amor e de maneira planejada, o quanto antes! (não se ponha o sol sobre a vossa ira
– Ef. 4.26 - consultai no travesseiro o coração e sossegai. – Psa 4:4 ARA)
Não haja por impulso – NÃO SEJA “positivo”! CRIE (e não espere) o momento.
5. VÁ E RECONCILIE-SE
O padrão de reconciliação é o de Cristo: 12 e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos
nossos devedores; (Mat 6:12 ARA)
Perdoar é tornar livre o nosso ofensor. Libertamos nosso cônjuge de estarem separados de nós.
Esse ato custa caro, claro! Quem disse que a graça foi de graça?
CONCLUSÃO
Por mais dolorosa que seja o conflito, quando decidimos pelo caminho do perdão – conforme o
caminho das Escrituras – estaremos nos deixando moldar por Deus (nosso interior, coração,
atitudes), cuidando do nosso cônjuge e fortalecendo nosso casamento.