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ANTÔNIO LUÍS RODRIGUES FILHO

OAB/DF 29.648
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA


CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA ESPECIAL DE CEILÂNDIA/DF

NIVIA PRESTAÇÃO DE CONTAS LTDA. – EPP, empresa de pequeno porte,


com estabelecimento no SCS Quadra 01, Bloco E, Sala 511, Brasília-DF, inscrita no
CNPJ/MF sob nº 08.172.852/0001-78, vem, mui respeitosamente, à presença de V.
Ex.ª, nos termos das Leis nº 9.099/95, e do art. 927 do Código Civil, por intermédio
de seus advogados (procuração em anexo), propor

AÇÃO DE COBRANÇA

em desfavor de ADEMIR DE SOUZA ROCHA, brasileiro, funcionário público,


portador do CPF/MF sob nº 342.752.821-91, com endereço profissional no 8º
Grupamento de Bombeiros Militar - QNM 18 Área Especial nº 02, Ceilândia Norte –
DF, CEP: 72.210-180, pelos motivos e fundamentos seguintes:

Fone: (61) 8199-5993


e-mail: antonioluisrf@hotmail.com
ANTÔNIO LUÍS RODRIGUES FILHO
OAB/DF 29.648
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DOS FATOS

A autora trabalha como Promotora de Crédito e intermedia transações


financeiras entre pessoas interessadas em empréstimos financeiros e, no caso em
tela, o Banco BMG.

No mês de outubro de 2013, o réu procurou a autora, no intuito de refinanciar


um empréstimo no valor de R$ 4.291,61 (quatro mil, duzentos e noventa e um reais
e sessenta e um centavos) contraído com o Banco Cruzeiro do Sul. O réu encaminhou
toda a documentação necessária para a autora.

A autora, por sua vez, encaminhou toda a documentação para o Banco BMG
que quitou os empréstimos do requerido perante o Banco Cruzeiro do Sul, conforme
comprovantes em anexo.

Acontece que, após a quitação do débito, antes da averbação da nova parcela


no contracheque do requerido pelo Banco BMG, a margem consignável desapareceu,
não sendo possível realizar a referida averbação. Ou seja, a margem consignável do
contracheque, que havia sido liberada após o pagamento, desapareceu e não foi
possível contrair um novo empréstimo.

Neste caso, conforme contrato da requerente com o Banco, a promotora de


crédito, por ser responsável por toda a operação, é quem arca com os custos e riscos.

No caso em epígrafe, a autora teve descontado de suas comissões o valor que


foi pago do empréstimo do réu, portanto, foi quem de fato pagou o empréstimo
contraído pelo sr. Ademir, conforme comprovante em anexo.

O Banco BMG conseguiu efetuar um reembolso no valor de R$ 3.193,91 (três


mil cento e noventa e três reais e noventa e um centavos) utilizando uma margem
livre do requerido que apareceu recentemente e fez a devolução para a autora deste
valor.

Dessa forma, resta a dívida no valor de R$ 1.097,70. (Mil e noventa e sete


reais e setenta centavos)

Procurado para resolver esta pendência de forma amigável, o réu não quis
regularizar o débito.

Portanto, vem perante este juízo cobrar o que lhe é devido.

Fone: (61) 8199-5993


e-mail: antonioluisrf@hotmail.com
ANTÔNIO LUÍS RODRIGUES FILHO
OAB/DF 29.648
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DO DIREITO
DA SUB-ROGAÇÃO DA DÍVIDA

Ocorre no presente caso o pagamento com sub-rogação que é o pagamento


efetuado por terceiro ao credor original, desta forma o terceiro adquire o crédito e
o devedor continua devendo, mas a quem extinguiu a obrigação anterior.

Nas lições de Orlando Gomes:

“Dá-se sub-rogação pessoal quando a dívida de alguém é paga por outrem.


Pagando-a, o terceiro adquire o crédito. Extingue-se a obrigação, mas o
devedor não se libera porque passa a dever a quem a extinguiu, como se o
credor houvesse cedido o crédito.”

Dessa forma, efetuado o pagamento, o sub-rogado adquire todos os direitos


a que fazia jus o credor original, em relação ao devedor e possui o direito de ser
ressarcido, no limite daquilo que efetivamente despendeu, sob pena de
experimentar decréscimo ilícito em seu patrimônio.

Portanto, no caso em tela, verifica-se a hipótese de sub-rogação descrita no


artigo 346, inciso III, do Código Civil, verbis:

“Art. 346. A sub-rogação opera-se, de pleno direito, em favor: (…)


III – do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou podia ser
obrigado, no todo ou em parte”.

Desse modo, em virtude dos efeitos legais da sub-rogação, definidos no artigo


346 do Código Civil, a autora assumiu a posição de credora do réu, sendo, pois, parte
legítima para figurar no polo ativo desta ação, já que honrou a dívida que deveria
originalmente ter sido paga pelo réu, sub-rogou-se no direito do credor, podendo
buscá-la na presente demanda.

DO DANO MATERIAL

Não cabem maiores considerações sobre o direito da autora. Provado o fato,


o direito tornar-se-á certo, qual seja, obter indenização por danos materiais
resultante da injustificável conduta do réu.

Fone: (61) 8199-5993


e-mail: antonioluisrf@hotmail.com
ANTÔNIO LUÍS RODRIGUES FILHO
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A regra matriz da reparação civil, pela qual todo aquele que causa dano a
outrem fica obrigado a repará-lo – corolário do neminem laedere latino – encontra-
se nos arts. 186 e 927, do Código Civil, vejamos:

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou


imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente
moral, comete ato ilícito.

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo.
Conferindo à reparação de danos contra o patrimônio, intimidade e honra
hierarquia normativa superior, a Constituição em seu art. 5º, incisos V e X, elenca-os
como garantias e direitos individuais, oponíveis de imediato contra quem os tenha
violado, tal como no presente caso.

Ademais, o ordenamento jurídico brasileiro veda o enriquecimento ilícito ou


sem causa, que se evidencia, na hipótese vertente, pelo locupletamento injusto com
o não pagamento do empréstimo, o que torna cabível o pedido formulado na inicial.

DOS PEDIDOS

Ante de todo o exposto, REQUER a Vossa Excelência:

I. A citação do Requerido para que compareça à Audiência Conciliatória,


onde, querendo, poderá oferecer sua contestação, sob pena de revelia,
reputando-se como verdadeiros os fatos ora alegados, e de julgamento
antecipado da lide.

II. Seja julgada procedente a presente ação, para condenar o Requerido a


indenizar a Requerente pelos danos materiais experimentados, num
valor de R$ 1.097,70. (Mil e noventa e sete reais e setenta centavos).

III. Sejam as intimações e publicações feitas em nome do Dr. Antônio Luís


Rodrigues Filho, OAB/DF 29.648.

Pretende provar o alegado mediante prova documental,


testemunhal, e demais meios de prova em Direito admitidos, nos termos do art. 332
do Código de Processo Civil.

Dá-se à causa o valor R$ 1.097,70. (Mil e noventa e sete


reais e setenta centavos).
Fone: (61) 8199-5993
e-mail: antonioluisrf@hotmail.com
ANTÔNIO LUÍS RODRIGUES FILHO
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Termos que pede deferimento.

Brasília-DF, 13 de maio de 2014.

ANTÔNIO LUIS RODRIGUES FILHO


OAB-DF 29.648

Fone: (61) 8199-5993


e-mail: antonioluisrf@hotmail.com

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