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“A Importância do Comitê de Bacias Hidrográficas”

O Comitê de Bacias Hidrográficas, previsto no Sistema Nacional de


Gerenciamento de Recursos Hídricos, é um órgão colegiado onde são debatidas as
questões referentes à gestão das águas.
Sua inportância está ligada ao poder de promover o debate das questões
relacionadas aos recursos hídricos da bacia; articular a atuação das entidades que
trabalham com este tema; arbitrar, em primeira instância, os conflitos relacionados a
recursos hídricos; aprovar e acompanhar a execução do Plano de Recursos Hídricos da
Bacia; estabelecer os mecanismos de cobrança pelo uso de recursos hídricos e sugerir os
valores a serem cobrados; estabelecer critérios e promover o rateio de custo das obras de
uso múltiplo, de interesse comum ou coletivo são as atribuições dos comitês. Os
comitês são compostos por representantes do poder público, dos usuários das águas e
das organizações da sociedade com ações na área de recursos hídricos. O Brasil possui
várias bacias hidrográficas, e as principais são: a bacia Amazônica, a bacia do rio São
Francisco, a bacia do rio Tocantins e a bacia platina.

Segundo o analista pericial em Geografia, Valdir Filho, da 4ª Câmara, na prática,


os Comitês de Bacias Hidrográficas são entidades que reúnem imensa complexidade
para coordenar os múltiplos usos dos recursos hídricos. Se já não bastasse a
complexidade inerente aos processos hídricos, geomorfológicos e ecológicos próprios
às bacias hidrográficas, os comitês devem conceber mecanismos de gestão das águas
que façam convergir diferentes setores econômicos (indústrias, agronegócios, geração
de energia, saneamento, etc.) e recortes político-administrativos, ou seja, diferentes
Municípios, Unidades da Federação e até distintos Estados-nação.
Como os Comitês de Bacia Hidrográfica constituem palcos privilegiados por
excelência para a persecução do difícil desenvolvimento sustentável, o gerente de gestão
de recursos hídricos da Agência Nacional de Águas, Wilde Gontijo Júnior, em
entrevista à Revista das Águas, falou sobre a importância das bacias, suas
características e organização.
O comitê tem como funções arbitrar conflitos de usos e usuários em primeira
instância; debater a integração das políticas públicas que têm nos usos das águas forte
interlocução; definir o plano de usos e o estabelecimento de estratégias para sua
conservação, recuperação e regulação consolidadas em um Plano de Recursos Hídricos;
o estabelecimento de critérios para a regulação e a cobrança pelo uso da água; e a
definição das ações que devem ser fomentadas com os recursos financeiros arrecadados
na bacia para o cumprimento do plano de investimentos necessários ou indutores da
recuperação dos corpos d’água. Ele ainda propõem critérios de outorga de uso da água,
levando em conta questões como a quantidade e qualidade da água dos rios que pode ser
utilizada para diversos usos. Além disso, compete aos Comitês de Bacia.
A instituição dos Comitês acontece nas maiores bacias hidrográficas do Estado, de
acordo com as Regiões de Planejamento e Gestão das Águas (RPGAs), definidas no
Plano Estadual de Recursos Hídricos.
Compete ao Instituto de Gestão as Águas e Clima (INGÁ) fomentar a criação
dos Comitês, avaliar o processo de implementação, custear sua manutenção, por meio
de apoio administrativo, técnico e financeiro, exercendo o papel de Secretaria-Executiva
do Comitê. Assim, o INGÁ contribui para promover a participação da sociedade nas
decisões do gerenciamento dos recursos hídricos no Estado, até que seja formada a
Agência de Bacia.
Todas as reuniões dos Comitês são públicas, podendo participar qualquer pessoa
interessada no tema.

[Fonte: www.geografiaparatodos.com.br]
A Importância dos Comitês
de Bacias Hidrográficas.
Gestão Ambiental

Simone Sueli
1200629

Duque de Caxias, 13 de setembro de 2010.


Bibliografia:

• http://www.inga.ba.gov.br (Acessado dia 09/09/2010)


• www.rededasaguas.org.br (Acessado dia 09/09/2010)
• http://www.mma.gov.br (Acessado dia 11/09/2010)

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