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HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
INTRODUÇÃO
O propósito desta pesquisa é fazer um levantamento de trabalhos
apresentados em eventos de História da educação ocorridos de 1995 a 2005, onde
procurei sistematizar como vem se desenvolvendo a temática da infância e de sua
educação numa perspectiva histórica. São reflexões preliminares que pretendem
promover uma familiarização com o tema buscando também contribuir com outras
pessoas que estejam interessadas em pesquisar sobre a história da infância
relacionada com a educação.
De acordo com Alves-Mazzotti e Gewandznajder (1998), “É essencial que o
pesquisador adquira familiaridade com o estado do conhecimento sobre o tema para
que possa propor questões significativas e ainda não estudadas,” (p. 56). Esta citação
já nos deixa a par da importância do conhecimento da literatura sobre o tema
desejado. Este estudo é, portanto um primeiro contato, necessário a um
pesquisador(a) que queira propor questões significativas.
Usei como fontes os anais de encontros nacionais da ANPED (Associação
Nacional de Pesquisa em Educação), a partir de trabalhos apresentados no GT
História da Educação. Usei também os anais do Congresso Brasileiro de História da
Educação promovido pela SBHE (Sociedade Brasileira de História da Educação) e por
fim usei os anais do congresso de Pesquisa e Ensino em História da Educação em
Minas Gerais (COPEHE).
Selecionei os trabalhos a partir dos títulos e da leitura dos resumos, após este
momento fiz a leitura dos trabalhos selecionados. Além do levantamento dos trabalhos
procurei organizá-los a partir do enfoque historiográfico privilegiado das abordagens,
das fontes documentais e da problematização central da investigação.
Inicialmente neste trabalho busquei entender qual movimento proporcionou a
História a discussão de novos objetos, dentre eles o estudo histórico da infância. Em
seguida me voltei para o desenvolvimento da pesquisa sobre a infância no Brasil,
usando alguns autores como referência. Por fim fiz o levantamento dos trabalhos
buscando analisá-los.
A PRODUÇÃO DA INFÂNCIA COMO OBJETO DE INVESTIGAÇÃO HISTÓRICA
Para falar sobre a produção da infância como objeto de investigação histórica
cabe antes fazer algumas considerações sobre a ciência histórica e seus objetos. Le
Goff (1984), ao fazer uma análise da história, seus objetos, problemas e
ambigüidades, parte inicialmente do significado da palavra em grego antigo trazendo a
idéia de que “aquele que vê é também aquele que sabe”, pois Historien é procurar
saber, informar-se, logo historie significa, pois procurar.
Marc Bloc, citado por Le Goff, propunha que se definisse história como “a
ciência dos homens no tempo” pretendia sublinhar alguns caracteres da história, como
por exemplo, o seu caráter humano, a história é a história humana. Lucien Febvre,
também citado por Le Goff, acrescenta ao pensamento de Marc Bloch, dizendo que
não o homem, mas as sociedades humanas, os grupos organizados. Esta concepção
de história humana convida muitos historiadores a pensarem que a parte central e
essencial da história é a história social.
A história clássica estava diretamente relacionada ao Estado, era
essencialmente a história política, outros tipos de história eram considerados
periféricos aos interesses dos verdadeiros historiadores. Uma das mais antigas
manifestações de renovação da ciência histórica foi o desenvolvimento da ciência
econômica e social. A sociologia e a antropologia desempenharam um papel
importante na mutação da história do século XIX. Considera-se a fundação da revista
"Annales" em 1929, obra de Marc Bloc e Lucien Febvre como ato que fez nascer a
nova história.
Le Goff (1984) resume as idéias da nova história dizendo que consistem em
uma crítica ao fato histórico e em especial da história baseada em grandes
acontecimentos, da história política, a procura duma colaboração com as outras
ciências sociais, a substituição da história-conto pela história problema. Segundo Peter
Burke (1992), uma definição categórica do que seja nova história não é fácil, o
movimento esta unido apenas naquilo a que se opõe e existe uma variedade de novas
abordagens.
A nova história começou a se interessar por toda atividade humana, ou seja,
tudo tem um passado que pode a princípio ser reconstruído. Sua base filosófica é a
idéia de que a realidade é social ou culturalmente construída. A nova história se
preocupa com a análise das estruturas e pretende dar voz aos sujeitos considerados
comuns e considera como fontes todos os vestígios deixados pela experiência
humana. O grupo dos Annales trabalha numa perspectiva interdisciplinar buscando
colaboração com outras ciências como Antropologia, Sociologia, Psicologia, dentre
outras.
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A primeira metade do século XX testemunhou a ascensão de novas
abordagens em história, e a partir desse momento nos deparamos com várias histórias
notáveis de tópicos que anteriormente não se havia pensado possuírem uma história,
como por exemplo, o clima, a morte, a loucura, o corpo, os gestos, a leitura, a
feminilidade, e vários outros.
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infância teria se desenvolvido inicialmente nas camadas superiores, indo do nobre
para o pobre.
Jacque Gélis (1991), diz que no final do século XIV sinais de uma nova relação
com a criança surgem nos meios abastados da sociedade, trata-se menos de uma
afetividade, como sugeriu Ariès, mas de uma vontade de preservar a vida da criança.
Gélis se contrapõe a Ariès ao relacionar o moderno sentimento de infância a
conformação de uma consciência linear, que progressivamente sucede a consciência
de um ciclo de vida mais circular.
É um outro olhar que o ser humano lança sobre si mesmo, onde não mais
apaga sua personalidade. Tal atitude permite compreender melhor porque a criança
passa a ocupar um lugar tão importante entre as preocupações dos pais. O autor
ainda afirma que o “interesse em relação à criança não é característica deste ou
daquele período da história. As duas atitudes coexistem no seio de uma mesma
sociedade... A indiferença medieval pela criança é uma fábula”, (p. 328).
Ainda sobre o sentimento de infância, Veiga (2004), diz que o tempo da
infância é uma produção sócio-cultural e em início do século XXI é possível observar
ainda ambigüidades nos sentimentos em relação à infância, enfatizando que a
presença de tais sentimentos não são suficientes para entender o lugar que esta
passou a ocupar nas sociedades ocidentais. Segundo Kuhlmann Jr. e Fernandes
(2004),
“Podemos compreender a infância como a concepção ou a representação que os
adultos fazem sobre o período inicial da vida, ou como o próprio período vivido pela
criança, o sujeito real que vive essa fase da vida. A História da infância seria então a
história da relação da sociedade, da cultura, dos adultos, com essa classe de idade, e a
história da criança seria a relação das crianças entre si e com os adultos, com a cultura
e a sociedade”.
Estes autores chamam ainda a atenção para os limites que restringem ou
alargam a abrangência do conceito de infância e o uso dos vocábulos criança e
infância. Kuhlmann Jr. (1998), analisa a palavra infância nos dicionários e língua
portuguesa, onde é “considerada como um período de crescimento do ser humano,
que vai da nascimento a puberdade”. De acordo com ele, no Estatuto da Criança e do
Adolescente (lei 8.069 de 13/07/1990), “criança é a pessoa de até 12 anos de idade
incompletos e adolescente aquela entre os 12 e 18 anos”.
Kuhlmann ainda diz que a palavra infância etimologicamente “refere-se a
limites mais estreitos, oriunda do latim, significa a incapacidade de falar. Esta
incapacidade, atribuída em geral ao período que se chama de primeira infância, às
vezes era vista como se estendendo até os 7 anos, que representariam a passagem
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para a idade da razão.” O autor também nos alerta para os perigos da visão linear do
desenvolvimento histórico e ainda da unidirecionalidade do sentimento da infância,
proposta por Ariès. Ele também aponta para os problemas da transposição dessa
visão linear para os contextos sociais e históricos.
Apesar das muitas críticas recebidas por Ariès, sua obra torna-se
paradigmática no interior da história e tem influenciado uma série de estudos para
além dos domínios da produção historiográfica francesa. Segundo Gouvêa (2003), há
estudos sobre a infância analisando os diferentes processos históricos de inserção da
criança na vida social e de preparação para o mundo adulto, em diversos países,
dentre eles Portugal e Brasil.
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completo que o primeiro, também traz histórias de abandono e injustiças cometidas
contra crianças, mas traz diferentes olhares sobre a infância, o cotidiano da criança
pobre e também da criança de elite, os jogos, as brincadeiras, a saúde, a alimentação,
no entanto há um grande vazio no que diz respeito à educação. A obra reúne quinze
artigos versando sobre a história da infância em diferentes momentos históricos.
Depois de 1991 outros autores organizaram livros reunindo artigos que tratam
da questão da infância na história, e começaram a surgir livros que tratam da história
da infância levando em consideração sua educação e escolarização, onde procuram
analisar a construção e circulação de discursos sobre a infância, procuram também
desvelar processos históricos de socialização e disciplinação da criança em espaços
como a família, a escola e instituições de amparo.
No estudo das práticas e espaços sociais de cuidado e disciplinação da
infância destaca “Infância no sótão” (1999) de Cynthia Greive Veiga e Luciano Mendes
de Faria Filho, onde tratam da questão da infância pobre, mais propriamente de
meninos que viviam ou estavam nas ruas e eram recolhidos em abrigos. Os autores
nos mostram a relação entre a rua e a infância e nos mostra como as crianças vivam
nos abrigos em que eram recolhidas, como era o tratamento dispensado a esses
meninos.
O livro é ambientado nas primeiras décadas do século XX na recém
inaugurada capital mineira, onde segundo os autores, a ciência ordenava e organizava
a vida das pessoas combinando perspectivas políticas, econômicas, higiênicas e
morais. Esta construção foi apoiada nas idéias de higiene e eugenia. Destacam as
formas homogeneizadoras de educação das populações produzidas em torno do ideal
de civilizar ganhando destaque as idéias de reeducar e reajustar acrescentando-se a
isso a presença de práticas pedagógicas totalmente individualizadas e biologizada.
Gouvêa (2003) diz que outro ponto importante na história da infância é a
emergência de estudos comparativos da história da infância no Brasil e em outros
países, notadamente Portugal. Neste sentido destaca-se “História, infância e
escolarização” organizado por José Gonçalves Gondra em 2002. Gondra reúne nove
textos, versando sobre a história da infância no Brasil e em Portugal, mas também
trata de uma questão pouco estudada que é vínculo entre história da educação e
história da infância.
Marcos Cezar de Freitas faz a apresentação do livro, onde segundo ele, cada
um dos autores fala de um ângulo específico da história da infância. Diz também que o
amanhã historicamente tornou-se como expressam os vários capítulos do livro um
aspecto da “gestão da infância”, do tratamento dispensado aos rudes, da fala médica
nos debates educacionais, da relação família escola, da higiene como aparato da
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intervenção médica na educação infantil. Observa que livros como esse nos ajuda a
perceber que as cidades e seus espaços, institucionais ou não, não devem ser
observados como se fossem canteiros esparramados e crescidos a própria sorte.
A respeito do vínculo sobre história da infância e história da educação destaca-
se o livro “A infância e sua educação – materiais, práticas e representações (Portugal
e Brasil)”, de 2004, organizado por Luciano Mendes de Faria Filho, porém não houve
tempo hábil para leitura deste e desta forma não possível analisá-lo.
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O PAPEL DA EDUCAÇÃO EM PROCESSOS DE TUTELA DE MENORES DESVALIDOS
ALESSANDRA DAVID MOREIRA DA COSTA
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INSTITUIÇÃO EDUCACIONAL: “EDUCAÇÃO DE ÓRFÃS DA FEBRE AMARELA(1889) E
DIREITOS SOCIAIS” ( 1870 – 1960 )
ANA MARIA MELO NEGRÃO
FACULDADE DE EDUCAÇÃO – UNICAMP
II SBHE
IDÉIAS SOBRE A EDUCAÇÃO DA INFÂNCIA NO 1o CONGRESSO BRASILEIRO DE
PROTEÇÃO À INFÂNCIA, RIO DE JANEIRO, 1922.
MOYSÉS KUHLMANN Jr. - USF/FCC.
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INSTITUIÇÕES DE ASSISTÊNCIA À INFÂNCIA NO BRASIL NAS DÉCADAS DE 1880 A 1960:
UM ESTUDO DA LEGISLAÇÃO FEDERAL
FLÁVIA SILVIA RODRIGUES – USP
ANA LAURA GODINHO LIMA – USP
III SBHE
AUTOS DE TUTORIA E CONTRATO DE ÓRFÃOS (1891-1920): FONTE PARA A HISTÓRIA
DA EDUCAÇÃO
ANA CRISTINA DO CANTO LOPES BASTOS – USF
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ENSINANDO MENINOS E MENINAS: A CO-EDUCAÇÃO DOS SEXOS NA CORTE CARIOCA
NO FINAL DO IMPÉRIO
CARLA SIMONE CHAMON – UFMG/CEFETMG
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não foram possíveis pesquisar porque estes ainda não foram divulgados. Do primeiro
congresso encontrei apenas um trabalho e no II encontro encontrei 04 trabalhos, num
total de 05 trabalhos, são eles:
I COPEHE
OS SABERES SOBRE A INFÂNCIA NO “CURSO NORMAL PARA PROFESSORES DE
PRIMEIRAS LETRAS” DO BARÃO DE GÉRANDO (1839)
MÔNICA YUMI JINZENJI – UFMG
II COPEHE
AUDIÊNCIA DO SILÊNCIO: A INFÂNCIA E A EXPERIÊNCIA PEDAGÓGICA PREVENTIVA
DOS
SALESIANOS EM MINAS GERAIS (SÉC. XIX-XX)
MAURO PASSOS - UFMG
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história da infância na atualidade encontrei 02 trabalhos, estes falam sobre políticas
públicas para a educação infantil.
Gouvêa (2003), destaca que no conjunto de produções no campo da história da
educação, o referencial teórico metodológico, inserem-se em termos gerais, na
perspectiva da nova história. Considero que as pesquisas selecionadas para este
trabalho também se inserem neste campo teórico metodológico, muitas usam fontes
tradicionais como a legislação ou documentos oficiais, mas fazem uma leitura com
base em uma temática que não é clássica em história, ou seja a infância.
Além da legislação e documentos oficiais como relatórios do governo, os
autores usaram várias outras fontes como: discurso educacional, textos de periódicos,
manuais escolares, almanaques, anais de congressos, livros escritos na época, dentre
outros. Usaram como referência o discurso médico higienista, a idéia do estado
propondo um processo civilizador através da educação, o conceito de cultura escolar.
Citaram diversos autores, dentre eles: Kuhlmann Jr., Veiga, Faria Filho, Pilloti, Prado
Maia, Ariès, Kramer, Norodowski, Chartier.
Ao abordar o tema da infância os autores usam diversos objetos para se falar
como vivia a criança no passado. De acordo com as abordagens dos textos e da forma
como os congressos, SBHE e COPEHE dividem os trabalhos, usando eixos temáticos,
subdividi os trabalhos selecionados usando também eixos temáticos, não os mesmos,
mas seguindo a mesma linha de pensamento. Há três textos que não foi possível
encaixar nesses eixos, um estado da arte e outros dois que fazem uma abordagem
atual do tema infância pequena de 0 a 6 anos na contemporaneidade.
Usaram como objeto de estudo a análise de instituições que trabalhavam com
assistência a crianças órfãs, 14 trabalhos, destes 03 falam sobre crianças infratoras e
desvalidas em instituições de assistência do governo, já no início do século XX. Outros
14 trabalhos analisam o pensamento educacional, jurídico e político sobre a infância,
destes, 02 fazem um diálogo entre Brasil e Portugal e 02 tratam da questão de gênero.
10 trabalhos usam os processos e práticas educativas, geralmente em escolas, destes
02 falam sobre os castigos escolares, e 03 sobre crianças negras livres nas escolas,
sendo que 02 são da mesma autora e são muito parecidos e 01 fala sobre crianças
negras educadas por Jesuítas.
Oito trabalhos usam os impressos educacionais e almanaques, usam manuais
escolares, literatura pedagógica, material para o curso normal, 02 faz uso da
mensagem veiculada pela literatura infantil e 01 usa almanaques de laboratórios e
produtos alimentícios para crianças. 05 trabalhos usam festas e lazer da infância
sempre associado a criança e o trabalho, 02 falam sobre onde crianças filhas de
operários se divertiam, 01 fala sobre o trabalho infantil feminino, 01 sobre a mulher
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como educadora da infância e 01 sobre as festas do dia da criança. Três trabalhos
falam sobre a criação de instituições de jardim de infância e 02 abordam a questão da
infância retratada na literatura infantil. Intelectuais na educação são usado por 01
trabalho, outros trabalhos citam e abordam o tema, mas não exclusivamente.
É possível perceber um grande aumento dos trabalhos que relacionam história
da infância e história da educação. Na ANPED, que aqui foi o único congresso que
aconteceu no período de 1995 a 2000, apresentou poucos trabalhos, mesmo assim é
possível perceber uma evolução. Tanto na ANPED como nos dois outros congressos,
SBHE e COPEHE, a partir do ano 1999/2000 os trabalhos foram se avolumando. Há
também uma releitura das fontes para se constatar a temática da infância e as
pesquisas se aprimoram, começam a tratar, mesmo timidamente, de questões de
gênero e etnia.
O aumento de trabalhos confirma que está é uma temática importante para a
escola e para todos os setores da sociedade num momento em que a infância ocupa
todos os espaços da vida contemporânea. A mídia, diversas políticas públicas são
voltadas para ela, e dada a dificuldade de fontes, a escola, as instituições e os
processos educativos escolares e não escolares aparece como uma alternativa para
se estudar a infância historicamente, o que é possível confirmar com a análise destes
trabalhos apresentados em congressos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Foi um exercício muito válido buscar conhecer as diversas concepções sobre
infância e criança enquanto sujeito histórico, o movimento de renovação historiográfica
que proporcionou tais estudos e reconhecimento da obra de Ariès para a história da
infância. Muito importante também foi poder observar de perto como a história da
infância se desenvolveu no Brasil e o pouco vínculo dessa história com a história da
educação.
A análise das pesquisas me proporcionou a constatação de como está se
desenvolvendo a história da infância com relação a história da educação, como
também uma maior aproximação com o tema. Percebi que estes trabalhos se
avolumam e se tornam cada vez mais especializados, pela releitura das fontes e
também pelas novas fontes encontradas.
Enfim muitos autores falam da dificuldade de fontes no tratamento do tema
histórico da infância, mas é também fascinante poder estudá-la, não só o que
pensavam sobre elas, mas como viviam mesmo. Também é um estudo importante
para a sociedade, pois através dele percebemos permanências no tratamento
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dispensado a crianças e pode-se desencadear a possibilidade de reflexão deste
tratamento.
FONTES
Anais dos congressos: ANPED (Associação Nacional de Pesquisa em Educação),
Congresso brasileiro de história da educação (SBHE) e Congresso de Pesquisa e
Ensino EM História da Educação em Minas Gerais (COPEHE).
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(Portugal e Brasil). Belo Horizonte: Autêntica, 2004.
KUHLMANN JR, Moysés. Infância e educação infantil: uma nova abordagem histórica. Porto
Alegre: Mediação. 1998.
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