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SOUR BEERS
ACERVA PARANAENSE WORKSHOP 31/01 e 1.º/2 de 2018
CERVEJEIRO JOSÉ LUIZ CLAUDINO

o que é uma cerveja sour? P.S.: As brettanomyces foram isoladas de tinas


São cervejas com caráter acidificado de fermentação usadas principalmente para
propositalmente por meio da adição de fabricação de cervejas porter, na Inglaterra.
microorganismos que conferem uma
fermentação láctica ou acética ao mosto. Demais informações sobre o estilo estão
dispiníveis no Guia BJCP 2015.
Estilos clássicos da escola belga:
Geuze, lambics com frutas e flanders red e brown O que esperar do resultado:
ale. Apresentam um perfil complexo de aromas, Irá variar muito dependendo da receita base,
sabores e acidez, feita por meio de blends mas, se tratando de uma Berliner, o resultado
com cervejas de até 3 anos de maturação com será de uma cerveja leve, com baixo teor
cervejas jovens, de até 12 meses de maturação alcoólico, muito refrescante e claro, ácida.
que são, posteriormente, refermentadas em
garrafas. Bases de receitas:
Berliner Weisse:
Queridinha do momento: 50% malte pilsen 50% trigo (ahhh mas meu
Berliner Weisse, da escola alemã, menos equipamento vai explodir se eu colocar tudo
complexa que as belgas, sendo o foco deste isso de trigo!) varie então de 70% malte pilsen
workshop. Basicamente acidificada por e 30% trigo, podendo ser trigo não maltado,
lactobacilos isolados ou “selvagens” da casca cevada não maltada ou até aveia em flocos — as
do malte e, posteriormente, fermentadas com variações são conforme os testes feitos.
alguma levedura (na maioria das vezes) de
caráter neutro, com ou sem adição de frutas ao Mostura:
final da fermentação secundária. Mash In a 50-55°C para ajudar com a grande
quantidade de trigo e, depois, sacarificação de
American Wild: 60 a 70min a 63-66°C, de preferência manter
Segue a linha da escola cervejeira dos EUA, que um corpo leve (até aqui não tem nada de novo,
é basicamente a releitura de estilos clássicos é uma brassagem normal como qualquer outra
com muito lúpulo e amargor ;) cerveja!).

Historicamente, todas as cervejas tinham Bases para American wild beers, APA ou Amber
um caráter ácido, até que foram descobertos ale se encaixam perfeitamente, lembrando que
novos métodos e tecnologias para melhorar o IBU não pode ser muito alto nem a acidez
a qualidade microbiológica das cervejas. No muito baixa.
começo do século passado, as porters inglesas
eram blendadas com levas mais novas para (A minha Amber Sour, do Campeonato
atenuar a acidez das mais antigas em um Paranaense de 2017 teve como base de
processo diferente das sour belgas (onde a american amber ale com pH de 3.1 35ibu
acidez é evidenciada) — no caso das porters 6.6% abv +/- 10g/L de lúpulo acidificada com
inglesas, esse era “jeitinho inglês” de vender lactobacilus plantarum e fermentada com US-
cerveja. 05).
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MÃO NA MASSA! indicada pelo fabricante, realizando os mesmos
Os procedimentos para se fazer uma sour beer procedimentos, apenas com o controle de
são basicamente os mesmos de uma brassagem temperatura adequado para a cultura utilizada.
normal, adicionado apenas algumas etapas a
mais para a acidificação. Mas, eu não tenho uma panela com controle de
temperatura, e agora!?
Sour Mash: Método mais antigo de se fazer
sour beer, procede com a sacarificação normal: Neste caso, pode se repetir todos os
mantenha tudo na panela, mosto e grãos, procedimentos até a primeira fervura de 5
abaixe a temperatura para 49°C, inocule mais a 10 min e resfriar o mosto, colocar em um
uma fonte de lactobacilus, ou grão de malte, fermentador (bombona) purgue o oxigênio, baixe
ou uma cultura pura e deixa acidificar, de 1 a 4 o pH para 4.5 e dentro da geladeira coloque
dias. Após acidificação, faça a filtragem normal um secador de cabelo (dentro de uma forma de
> fervura > resfriamento e fermentação. metal ou vidro para evitar incêndios!) ligado no
TIC inverso, na opção de aquecimento, e setar a
A chance de dar erro é altíssima! Contaminação temperatura indicada.
com bactérias que geram ácido acético (cheiro
de cheetos bola) e butírico é alta! Mas, eu não consigo fazer nem nem outro,
não tenho como controlar essa temperatura, e
Kettle Sour: Método que eu uso e atualmente agora!?
imagino ser o mais indicado para o homebrew
pela facilidade, redução de contaminações e Realize todos os procedimentos anteriores
rapidez na acidificação. normalmente, resfrie o mosto previamente
fervido para a temperatura indicada para a fonte
Sacarificação > lavagem > filtragem > panela de lactobacilus, coloque em um fermentador,
de fervura e realiza uma fervura de 5 a 10 min purgue o oxigênio e baixe o pH, inocule a fonte de
apenas para esterilizar o mosto. lactobacilus e deixe em temperatura ambiente.
Pode demorar até 48h para conseguir acidificar
Neste passo, se tiver facilidade para na própria o mosto; após isso realize a fervura e finalize a
panela de fervura conseguir purgar o oxigênio e brassagem como qualquer cerveja normal.
manter a temperatura (controlador eletrônico);
resfrie o mosto para 45 a 49° e purgue o Espuma: lactobacilo é proteotípicos, não produz
oxigênio usando um cilindro de CO2, baixe o proteínas e joga protease no meio e consome
pH do mosto utilizando ácido latico ou fosfórico proteínas presentes no mosto, berliner weisse
para um pH de 4.5 e inocule malte com casca praticamente não tem lúpulo, o que adicionaria
inteira e mantenha a temperatura na casa dos uma quantidade a mais de proteínas no meio;
45°C. para evitar a baixa formação e retenção de
espuma, deve-se obrigatóriamente baixar o
Após verificada a acidificação do mosto (e pH do meio antes de adicionar o lactobacilo
há muita variação nesta hora), com starter e — abaixo de 5,0 até 4,5 vai inibir a atividade
controle de temperatura ideal pode se conseguir proteolítica, ácido fosfórico tem a capacidade
acidificar um mosto em até 12h (ou menos), de ajuda a inibição das proteases (sem fonte
portanto, a partir de 12h de inoculação é bibliográfica, apenas informação adicional!)
importante ficar de olho e tirar amostras para
aferir o pH! Quando chegar ao pH desejado, leva Pré-acidificação: se for usar malte acidificado
para fervura e termina a brassagem, lupulagem, adicione após a conversão do amido, pois o
adjuntos... resfriamento > fermentador e inocula malte acidificado pode jogar o pH abaixo de 5
algum fermento saccaromices de preferência de no início da mostura e a conversão será muito
caráter neutro como o US-05. afetada.

Caso for utilizar uma cultura pura de Starter: A produção de starter é diferente de
lactobacilus, verifique a faixa de temperatura levedura e lactobacilos, pois o lactobacilo
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forma muito ácido e inibe a formação de mais tentar conferir uma maior complexidade de
células; deve ser adicionado um tampão no aromas da fermentação latica e com uma boa
starter, carbonato de cálcio ajuda a segurar o segurança microbiológica.
ph, mantendo a formação de células no starter
Starter mais indicado: DME para 1,030 90% Não tenho como fazer um starter!
água 10% suco de maçã 1 colher de chá de
carbonato de cálcio (tampão) e uma fonte de Mesma situação de uma fermentação com
lactobacilo, malte ou cultura pura. saccahromyces, é melhor com starter em alguns
casos, mas não fazer starter não quer dizer que
Starter que fiz e deu muito certo: DME para vai ficar uma cerveja ruim. Pode ser adicionado
1,030 100% água, carbonato de cálcio, 20bi a fonte de lactobacilus diretamente no mosto,
de células de plantarum 4 capsulas de 5bi dentro de um voal, a acidificação vai ser mais
(acidificação da amber sour, aproximadamente lenta, mas vai acontecer. (Sour de exemplo:
14 horas. adicionado uma colher de sopa de malte com
casca e 3 cápsulas de lactobacilos plantarum
Pode ser feito também um blend dos dois para diretamente no mosto).

ANOTAÇÕES
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MANUSEIO
DO PHMETRO
ACERVA PARANAENSE WORKSHOP 31/01 e 1.º/2 de 2018
CERVEJEIRA CYNTIA SOAVE

REVISANDO CONCEITOS FALANDO SOBRE O ELETRODO DE VIDRO

pH é o símbolo da grandeza físico-química “poten-


cial hidrogeniônico”. Essa grandeza indica a acidez,
neutralidade ou alcalinidade de uma solução aquo-
sa.

O termo pH foi introduzido em 1909 pelo bioquími-


co dinamarquês Soren Peter Lauritz Sorensen (1868-
1939) enquanto realizava diversos experimentos bio-
químicos relacionados com aminoácidos, proteínas
e enzimas, com o objetivo de facilitar o controle de
qualidade de cervejas (Cervejaria Carlsberg).

O “p” vem do alemão potenz, que significa poder de


concentração, e o “H” é para o íon hidrogênio (H+).
Às vezes é referido do latim pondus hydrogenii.

Matematicamente, o “p” equivale ao simétrico do


logaritmo (cologaritmo) de base 10 da atividade de
íons a que se refere, no caso o íon H+ :

No extremo do eletrodo há um bulbo constituído de


uma membrana de vidro permeável, seletivo aos íons
POR QUE CONTROLAR O PH? hidrogênio, os quais são depositados na membrana,
induzindo uma diferença de potencial elétrico que
Para produzir produtos com propriedades definidas se desenvolve através da membrana, o qual é regis-
(cerveja!) trado e convertido em uma medida no aparelho.

POR QUE CALIBRAR O PHMETRO? A membrana do eletrodo, que tem geralmente a for-
Para mensurar a resposta/desgaste do eletrodo: se a ma de um bulbo, é feita a partir de um vidro especial
resposta às soluções padrões forem de acordo com cuja composição é rigorosamente controlada.
o esperado significa que o eletrodo está realizando
leituras de pH eficientemente; Devido ao efeito da Esse vidro apresenta uma propriedade singular, que
temperatura. o distingue dos vidros comuns: o contato com uma
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solução aquosa provoca uma modificação superfi- Para:
cial de sua estrutura. Isso acontece quando a água - depósito de sais: dissolver os depósitos imergindo
da solução, ao entrar em contato com a camada ex- o eletrodo em água desionizada por 10 a 15 minutos
terna do vidro, que é inicialmente dura e compacta, e enxaguar após;
transforma-a numa película hidratada do tipo gel. - óleos/graxas: lavar cuidadosamente o bulbo do
Essa camada, extremamente fina, permite a entrada eletrodo com detergente neutro e água. Enxaguar o
dos íons H+ e, consequentemente, o aparecimento eletrodo com água destilada;
de uma tensão elétrica que é função linear do pH. - depósito de proteínas: preparar uma solução de 1%
de pepsina em 0,1M de HCl. Deixar o eletrodo nes-
FUNCIONAMENTO DO ta solução por 5 a 10 minutos. Enxaguar o eletrodo
ELETRODO DE VIDRO com água destilada.
Em solução aquosa os cátions da membrana de vidro
são trocados por íons H+ e forma-se uma camada RECUPERAÇÃO DO ELETRODO
hidratada. Apesar da manutenção periódica, podem ocorrer de-
pósitos aderentes sobre o bulbo do eletrodo. Existem
Esta camada hidratada funciona como uma mem- diversos tratamentos para recuperação do eletrodo,
brana de troca catiônica, que é sensível e seletiva alguns mais suaves e outros mais agressivos.
aos íons H+. Uma diferença de potencial elétrico se
desenvolve através de uma membrana de vidro pro- Um tratamento mais brando pode ser: mergulhar
duzindo milivolts, que são transformados para uma o bulbo do eletrodo alternadamente numa solução
escala de pH. de HCl 0,1M e de NaOH 0,1M (5 minutos em cada
solução, 2 ou 3 vezes), lavar e testar o funcionamen-
PORTANTO… to do eletrodo.
A superfície da membrana de vidro deve SEMPRE
estar hidratada para garantir o funcionamento ade- Caso este tratamento não tenha efeito, pode-se mer-
quado do eletrodo de pH. gulhar o bulbo numa solução de HCl 6M (20%) du-
rante 10 minutos e, a seguir, enxaguar abundante-
Fatores que diminuem a vida útil do eletrodo: mente com água.
a) Armazenar a seco
b) Armazenar em água destilada ou desmineralizada Os tratamentos acima não irão funcionar caso o
c) Exposição a medições constantes em ácidos fortes eletrodo esteja com a membrana trincada ou em cir-
(pH < 2) ou bases fortes (pH > 13) cuito aberto ou em curto circuito. Para estes casos
d) Imersão prolongada em solventes orgânicos será necessário substituir o eletrodo.
e) Variações de temperatura
f) Exposição a temperaturas abaixo de -5ºC Obs.: Se o eletrodo passou por operações severas ou
g) Guardar o eletrodo na posição horizontal (deit- esteve fora de uso por muito tempo, deve-se realizar
ado) o processo de recondicionamento antes de ser uti-
g) Bater, raspar ou utilizar abrasivo (escovas, lixas, lã lizado novamente. Lavar o eletrodo com pano ume-
de aço, etc.) na superfície do vidro (bulbo) do eletro- decido em água e detergente comercial. Enxaguar
do. abundantemente. Completar o nível do eletrólito,
se necessário. Deixar o eletrodo mergulhado na
LIMPEZA DO ELETRODO solução tampão 4,0 por 5 ou 6 horas. Enxaguar e
O eletrodo de pH está sujeito a ter seu bulbo im- utilizar o eletrodo.
pregnado de sujidades que alteram os resultados da
leitura. Usualmente a falta de precisão dos resulta- Após qualquer um destes procedimentos deve-
dos é devido a manutenção deficiente do eletrodo se enxaguar o eletrodo com água desionizada em
de pH. Após a lavagem final do eletrodo com água, a abundância, secar com cuidado utilizando papel
melhor técnica recomenda utilizar uma solução ap- macio e absorvente e deixar o eletrodo em repouso
ropriada para limpeza uma vez por semana (se o uso na solução de KCl 3M por 24h.
for diário) ou uma vez por mês (se o uso for sema-
nal) por um período de 15 a 20 minutos, agitando-o ARMAZENAMENTO DO ELETRODO
ocasionalmente. Ao final do uso lavar o eletrodo com água destilada
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ou deionizada e detergente neutro, armazenando-o CALIBRAÇÃO
na solução de KCl 3M. Jamais armazenar em água
destilada ou deionizada. O funcionamento do pHmetro depende de sua cal-
ibração, que deve ser feita de acordo com os valores
Caso a solução de KCl 3M tenha sua cor alterada ou de referência que constam nas soluções de calibração
apresente sólidos suspensos, substitua-a. (soluções tampão).

Guardar o eletrodo na posição vertical com a ponta A frequência com que o pHmetro deve ser calib-
direcionada para baixo, mergulhado na solução de rado está diretamente relacionada à frequência de
KCl 3M. medições e à qualidade do equipamento.

ELETRODO E TEMPERATURA Quando as medições não são diárias, o ideal é sem-


O pH depende da temperatura por isso só é possível pre calibrar o pHmetro antes de sua utilização.
comparar medições realizadas à mesma temperatu-
ra. Não reutilizar as soluções tampão para evitar erros/
desajustes no instrumento.
Alguns medidores de pH fazem uma compensação
automática de temperatura (ATC). Caso o pHmetro
não possua esta função é necessário utilizar a se- METODOLOGIA DE CALIBRAÇÃO
guinte tabela para realizar a calibração:
1) Ligar o pHmetro e esperar estabilizar (ver tempo
necessário de acordo com o manual de instruções
do seu equipamento);
2) Verificar os níveis dos eletrólitos dentro dos
eletrodos;
3) Calibrar o pHmetro com tampões 7 e 4 (para
soluções ácidas) ou 7 e 10 (para soluções básicas)
– lavando o eletrodo com água destilada entre um
tampão e outro;
4) Acertar as temperaturas – temperatura deve ser
ajustada em função da temperatura da solução a ser
medida, pois o potencial do eletrodo varia de acordo
com a temperatura;
5) Usar água destilada para lavar o eletrodo, antes de
fazer qualquer medida, e secar;
6) Determinar o pH da amostra fazendo a leitura;
7) Lavar com água destilada o eletrodo e acondi-
cioná-lo em solução de KCl 3M até o próximo uso.
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SOLUÇÕES TAMPÃO c) Erro ácido: o pH medido é maior que o verda-
deiro
Cuidados com a solução tampão! Ocorre em soluções de ácidos fortes em que toda
Adquirir soluções de qualidade comprovada para a superfície do eletrodo é “recoberta” por H+ de
não comprometer a precisão. modo a não haver sítios suficientes para uma inter-
Armazenar em local protegido da luz, entre 15 e ação representativa. Isto ocorre devido à saturação
25ºC ou também refrigerada. dos sítios ativos da membrana de vidro do eletrodo.
Caso apresente coloração alterada, fungos, sólidos d) Erro de hidratação do vidro: compromete a ve-
suspensos, etc. Substitua-a. locidade de resposta do eletrodo podendo inuti-
Nunca mergulhar o eletrodo diretamente no fra- lizá-lo
sco da solução tampão para evitar contaminações. Um eletrodo hidratado apresenta uma resposta ade-
Deve-se retirar uma quantidade e colocar em um quada às variações de pH, enquanto que um eletro-
frasco separado para realizar o ajuste. Após o uso, do seco, necessita ser hidrato por várias horas antes
descartar a solução utilizada. de ser realizada uma medida.
Há diversos valores de soluções tampão, para fab- Portanto, quanto mais bem hidratado o eletrodo,
ricação de cervejas utilizam-se as soluções tampão mais precisos são os resultados.
7,0 e 4,0. e) Erro de temperatura:
As medições de pH necessariamente devem ser re-
FATORES QUE INFLUENCIAM E INDUZEM alizadas na mesma temperatura em que ocorreu sua
ERROS NA MEDIÇÃO DO PHMETRO calibração.

a) Erros dos padrões de calibração: uma medida de


pH não pode apresentar uma precisão maior que RESUMINDO….
aquela dos padrões de referência disponíveis, apre- BOAS PRÁTICAS NA MEDIÇÃO DE PH
sentando erros da ordem de ±0,01 unidades de pH;
b) Erro alcalino: o pH medido é menor que o ver- Mantenha o eletrodo hidratado e em solução de KCl
dadeiro; 3M
Ocorre em amostras em que a concentração de Na+ Lavar mas não friccionar o eletrodo
(ou outros cátions monovalentes) é muito maior que Limpar o eletrodo regularmente
a de H+. Calibrar frequentemente
O eletrodo responde ao Na+ como se este fosse o H+ Mantenha o nível do eletrólito no armazenamento
e o pH medido torna-se menor que o pH verdadeiro. Mergulhar o eletrodo corretamente no ato da
Este erro é mínimo em pH abaixo de 9,0. medição
Para pH acima de 9,0 existem eletrodos de vidros Adquirir soluções tampão de qualidade.
especiais que são insensíveis aos outros cátions fora
o H+.

ANOTAÇÕES
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