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Apresentação projeto linha

Meu projeto de pesquisa é um desdobramento da minha monografia, intitulada O


Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8): da luta armada à luta pelas liberdades
democráticas (1969-1974). Nessa pesquisa eu usei como fontes os documentos internos da
organização, principalmente as linhas políticas, pra entender como ela buscava agir durante a
luta armada, como se deu a crítica a essa tática política, e os conflitos causados pela adoção da
luta pelas liberdades democráticas. Então, na monografia eu me preocupei mais em entender o
processo de saída da luta armada, ficando no meio do caminho entre esses dois períodos.
Contudo, ela abriu caminho para que eu pudesse tentar abordar o período que eu considero o
de maior atuação da organização.
Esse projeto tinha como objetivo entender como que o MR-8 foi desenvolvendo a
sua atuação pelas liberdades democráticas e como o desenrolar dos anos 1970 desembocou
numa mudança de linha política que causou uma grande cisão na organização em 1982.
Entretanto, depois de conversar com o Lucas pouco antes de entregar o projeto, ele me ajudou
a ver como seria importante entender a particularidade do MR-8 frente a outras organizações
da esquerda do período final dos anos 1970, que em sua maioria estavam ingressando no
nascente PT. Assim, acho que esse seria o objetivo do projeto: analisar o desenvolvimento da
luta pelas liberdades democráticas para entender o peso que o MDB vai tomando para o MR-
8, em contraste com a interpretação que o grupo tem do PT.
Como fontes eu vou utilizar documentos internos da organização, que são
informes, linhas políticas, resoluções de congressos e conferência, assim como periódicos
publicados pelo grupo, principalmente a revista Brasil Socialista, e os jornais Unidade
Proletária e A Hora do Povo. Também pretendo utilizar entrevistas, em um primeiro
momento aquelas realizadas por Marcelo Camurça e por Eladir dos Santos e, caso elas não
sejam suficientes para responder às perguntas que irão surgir ao longo do projeto – eu eu
tenho certeza que não serão – vou tentar realizar algumas entrevistas com militantes e ex-
militantes do grupo. Também vai ser interessante dar uma olhada na documentação produzida
pelos órgãos de segurança e informação, a respeito das atividades do MR-8. Além disso, é
interessante também analisar o processo que os diretores do A Hora do Povo sofreram em
1982, que causou a prisão de alguns deles pela Lei de Segurança Nacional, com destaque para
Cláudio Campos, que era o secretário-geral do MR-8.
Comentários
 Lúcio: Apresentação: descrever sobre o MR-8 e na justificativa falo sobre
a divisão. Melhor falar na apresentação.
 Falo muito sobre o PT, mas não aparece no resumo.
 Muitas questões, pode ficar perdido com o objetivo final
 Objetivos: obj, 5, analisar o perfil da militância, como vou fazer isso.
 Não citei muito história oral.
 Na justificativa falo das memórias, mas falo delas e não trago elas.
Ajudaria trazer algumas delas.
 Miller: onde essa história aconteceu? Todo partido tem regiões. Quem
foram as pessoas no partido e no movimento?
 Claudio: não gostou do projeto. Estrutura complicada. Sem chance na
fapesp como está. Me perco na discussão dos documentos do MR-8. Uma
cosia é fazer referência e outra é detalhar, não interessa no projeto.
Questão do PT é uma flasa questão: não se coloca a questão de um outro
partido frentista, ele sse acham os dirigentes da revolução. Quem foi pro
PT, com exceção do MEP, foram as organizações trotskistas. O MR-8 está
mais próximo do PCB e do PCdoB do que a ideia de se ter uma frente
indistinta com grupos com os quais ele disputa nos movimentos sociais.
Tenho que te rpercepção clara do que é o vocabulário desses partidos, o
que cada coisa quer dizer em certos momentos. Certas questões e certos
vocabulários estão inseridos em dado momento, tem uma historicidade.
Muita confusão entre MDB e PMDB, cronologia vai e volta. Questão não
resolvida (não precisa resolve rno projeto): existe uma mudança do MR-8
em relação ao MDb que se dá no final dos anos 1970. Uma coisa é a tática
do entrismo e a prática de aproveitar os espaços existentes (exemplo do
PCB) -> MR-8 faz em um primeiro momento com Tonico e Raymundo.
Tenho que colcoar como problema: qual o papel que ele passa a atribuir ao
MDB e como se relaciona com uma ideia de um partido revolucionário.
Tenho que tornar o projeto inteligível para quem não é especialista no
MR-8. Situar claramente as conjunturas e mostrar como detemriandas
posições também estão ligadas a mudanças estruturais, parece ser
voluntarismo do MR-8 (abertura de espaço político nos anos 1970).
 Claudio: Mr-8 descreve uma trajetória circular, sai do PCB, vai pra luta
armada, e volta a um posicionamento de absoluto alinhamento com o
bloco soviético. Unir os vários fatores é um fator central, e como a noção
de revolução muda. Outra questão que vale a pena: muitos dos trabalhos
com relação à esquerda no Brasil pecam por estar dissociados sobre os
debates da esquerda internacional. A construção de um discurso
estereotipado: entender o vocabulário se passa por entender a formação
desse discurso. Posição de Claudio Campos vai tomando proeminência por
causa desse processo. Seria um vocabulário impenetrável pra quem não
conhece a lógica das organizações. Pensar como a esquerda se constutiu
em ceto momento e quais são as conscequencias disso e qual o plano
internacional não aparece.
 Ricardo: Juticficativa: tom muito descritivo do que aconteceu. Não é a
ideia de um projeto que se faça desse jeito, tem que problematizar a
historiografia e mostrar como são autores que leram o período e como
quero entrar nele. Tem que servir para problematizar a bibliografia e o
período. Quando for fazera discussão metodológica, ms como não tenho
um problema claro isso parece meio perdido. Para encarar esse problema
vou usar essa fonte, essa e essa... Depende da problematização que
apresentei antes. Dizer onde estão as fontes no meio do texto.
 Felipe: estrutura do texto: justificativa muito grande, apresentação muito
pequena. Justificativa de 11 páginas é um pouco complicado.
 Aldair: parecido com o Ricardo, não é um texto de projeto. Parece um
artigo. Não é o que a historiografia disse sobre o MR-8, mas como ela
disse. Quais as questões da historiografia de cada época. Parte mais frágil
é a justificativa. Possuierudição, mas não analisa essa historiografia como
deve ser analisada, como ela encaminhou até aqui e qual minha pergunta.
Dizer como são as fontes e quais as potencialidades dela para o
desenvolvimento do seu projeto de pesquisa. Mostrar a viabilidade das
fontes, não uma análise.
 Mateus: domínio bibliográfico evidente. Fundo Luís Carlos Prestes,
Daniel Aarão Filho foi pra Moçambique com ele e tem correspondência.
Todo o momento procurando uma pergunta: como o MR-8 lidava com a
participação da smulhees em seu núcleo, como eles lidavam com as
questões de raça? São perguntas que a historiografia não se faz.
Orientandos da Denise rollemberg sobre participação da smulheres (Julia
Bianchi Insuela – Visoes da smulhere smilitantes ..., 2011) . Como esses
outros recortes fazem o texto se tornar um problema.
 Raquel: posso investir em realizar entrevistas, em vez de usar as
entrevistas já realizadas. Dá segurança para se vender como historiador.
Inverter a forma como se apresenta as fontes. Se tem acesso a entrevistar
esse pessoal, apresente.
 Ivan: concorda com o Claudio: faltou contextualizar melhor os momentos
do MDB, antes e depois do bipartidarismo. Entender o que sginficiava
entrar e permanecer no MDB, mas não sei se pensar em casos regionais
não se façam com outros atores. Parece que o MDB é uma escolha teórica.
 Camila: a questão não é gênero e raça. O que é a revolução? Conceituar
melhor. Florestan, A revolução burguesa no Brasil. Como essa ideia não se
encaixa na conjuntura brasileira. Como a mudança na conjuntura encaixa
na ideia de revolução da militância. Como a história intelectual e
conceitual como ela se reatroamienta com a história social.
 Rodrigo: comitê de ética com problema com a realização de entrevistas.
 Espcialista em luta armada: VPR Isabel leite,doutorado UFRJ.


 Para fazer o novo projeto:
o MR-8 e o lugar do MDB na Revolução Brasileira, 1974-1985
o Como o MR-8 vai concebendo o papel do MDB ao longo da
década de 1970, de uma possibilidade de atuação institucional para
um possível partido de massas.
o Pensar como a temática da revolução vai sendo utilizada pelo
grupo ao longo do tempo, e como ela se relaciona com a mudança
da visão sobre o papel do MDB.

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