INFANTIL
RESUMO
Este trabalho tem por objetivo principal a reflexão sobre a importância da expressão
musical na educação infantil. A musicalização, neste sentido, pode se tornar um meio de se
trabalhar em sala de aula, focando o desenvolvimento da musicalidade nas crianças da
educação infantil. Traz, no corpo do trabalho, os conceitos de música e musicalização, e no
que o processo de musicalização pode contribuir, como o desenvolvimento
cognitivo/linguistico, psicomotor e socioafetivo da criança. À expressão musical na educação
infantil, na sequencia, a pesquisa mostra o método de musicalização do professor suíço
Dalcroze, que trabalha a música pelo corpo, através de movimentos rítmico-corporais. Após
ser fundamentada a pesquisa, encontra-se no apêndice A um plano de aula elaborado com
atividades que contemplam a música como recurso em sala de aula.
1 INTRODUÇÃO
Trata-se, entretanto, de uma prática simulada, que tem como principal característica a
exploração de temas teóricos. As atividades serão apresentadas no dia da socialização da
Prática Educativa, e o plano de aula elaborado encontra-se no apêndice A.
Atualmente existem diversas definições para música. Mas, de um modo geral, ela é
considerada ciência e arte, na medida em que as relações entre os elementos musicais são
relações matemáticas e físicas, a arte manifesta-se pela escolha dos arranjos e combinações.
Houaiss apud Bréscia (2003) conceitua a música como combinação harmoniosa e expressiva
de sons de modo a agradar o ouvido e como a arte de se exprimir por meio de sons, seguindo
regras variáveis conforme a época, a civilização.
3 EXPRESSÃO MUSICAL
faltava aos estudantes a coordenação entre olhos, ouvidos, mente e corpo, necessárias para
não somente aprender o repertório, mas, principalmente, para tocar bem. Compreendeu, dessa
forma, que o primeiro instrumental a ser treinado deveria ser o próprio corpo.
A Euritmia não é uma dança, e sim um meio para se atingir a musicalidade. Com este
método, o aluno movimenta todo o corpo no ritmo da música, ocorrendo interação entre
melodia e gesto, servindo de estímulo à criatividade, uma vez que está intimamente ligada à
improvisação e à percepção auditiva. O senso rítmico é desenvolvido através do corpo,
aprendendo ritmo pelos movimentos rítmico-corporais, onde há um gesto para cada som e
um som para cada gesto.
Dentro desta perspectiva, a euritmia pode ser facilmente adotada na educação infantil,
buscando nela uma forma de expressão musical, visto que é um meio para musicalizar e ao
mesmo tempo movimentar-se buscando criar senso rítmico e desenvolver a própria
musicalidade. Segundo Goulart (2000, 0.6):
A musicalização serve como uma importante ferramenta para que os educadores. Aos
alunos, a educação formal pode se tornar mais divertida, alegre e mais atrativa (NARDELLI,
2000). As atividades musicais realizadas na escola não visam formação de músicos, e sim,
através da vivência e compreensão da linguagem musical, propiciar a abertura de canais
sensoriais, facilitando a expressão de emoções, ampliando a cultura geral e contribuindo para
a formação integral do ser. A esse respeito Katsch e Merle-Fishman apud Bréscia (2003,
p.60) afirmam que “[...] a música pode melhorar o desempenho e a concentração, além de ter
um impacto positivo na aprendizagem de matemática, leitura e outras habilidades lingüísticas
nas crianças”.
Gainza (1988) afirma que as atividades musicais na escola podem ter objetivos
profiláticos, nos seguintes aspectos, exemplificados no quadro a seguir:
Físico: Ao oferecer atividades capazes de promover o alívio de tensões devido à
instabilidade emocional e fadiga;
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Acredito que não se pode fazer uso da música em sala de aula na educação infantil apenas
com o objetivo de “passatempo”. Nem mesmo com o intuito único de distrair os pequenos. A
riqueza do universo musical está “muito além” no processo. O profissional da educação infantil
precisa, contudo, se conscientizar da importância da musicalização no desenvolvimento infantil.
Formar crianças para que se tornem adultos mais sensíveis. Educa-los objetivando o raciocínio
lógico, a concentração, a disciplina, socialização, memória entre outros fatores descritos no corpo
do trabalho.
Se a visão que temos é desenvolver a musicalidade, então, podemos neste aspecto sermos
responsáveis pelo estímulo ao talento. Mesmo que a visão não seja formar músicos, porém, todo
o trabalho musicalizador na infância pode gerar no futuro sim, na minha visão, um adulto com
talento e sensibilidade, pois, quem poderá dizer se alguma dessas crianças que estão sendo
musicalizadas se tornará ou não um musicista.
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REFERÊNCIAS
BRÉSCIA, Vera Lúcia Pessagno. Educação Musical: bases psicológicas e ação preventiva.
São Paulo: Átomo, 2003.
GAINZA, Violeta Hemsy de. Estudos de Psicopedagogia Musical. 3. Ed. São Paulo:
Summus, 1988
WEIGEL, Anna Maria Gonçalves. Brincando de Música: Experiências com sons, ritmos,
música e movimentos na Pré-escola. Porto Alegre: Kuarup, 1988.
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APÊNDICE A –
I. Objetivos de aprendizagem:
II. Conteúdos:
Escuta musical
Repertório musical
Canções
III. Metodologia:
Apresentação de um aquário com peixe para introdução da aula, conversação sobre o que está
sendo observado;
Em roda ensinar a música “Peixe Vivo”, cantando com os elementos musicais (propriedades
sonoras) e variando o andamento musical (velocidade), de maneira lúdica, onde os
movimentos corporais são explorados ao longo de toda a atividade;
Criar uma roda aconchegante na sala de convívio diário e retornar a música de maneira lúdica
e divertida;
Simular um rio de papel no meio da sala para elaboração da atividade de pescaria, retomando
a música quando necessário;
IV. Recursos:
Aparelho de som
Cd com a música
V. Avaliação:
Como essa atividade envolve música, não será comparada as aprendizagens, mas será
observado as características de cada criança dentro do grupo.