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Roteiro de tronco encefálico e medula espinhal

Monitoras 2016: Ana Clara Borges e Gabriela Yang

Tronco encefálico • Sulco Intermédio Posterior


• Fascículo Grácil
Interpõe-se entre a medula e o diencéfalo, situando-se ventralmente ao
• Fascículo Cuneiforme
cerebelo. Dos 12 pares de nervos cranianos 10 fazem conexão no tronco
• Tubérculo do núcleo grácil
encefálico, sendo sua identificação e sua emergência um aspecto importante
• Tubérculo do núcleo cuneiforme
do estudo deste segmento do sistema nervoso central.
• Pedúnculo Cerebelar Inferior (ou Corpo Restiforme)
Divide-se em: bulbo (caudalmente), mesencéfalo (cranialmente) e ponte (entre
No bulbo localiza-se o centro respiratório, o centro vasomotor e o centro do
ambos).
vômito, sendo suas lesões particularmente perigosas. Curiosamente, o bulbo é
extremamente sensível a certas drogas, especialmente os narcóticos.
Bulbo ________________________________________
Ou medula oblonga, com forma de cone, tem extremidade Ponte ________________________________________
menor e continua caudalmente com medula espinhal (sem linha
Interposto entre o bulbo e o mesencéfalo, está situada
de demarcação nítida).
ventralmente ao cerebelo e repousa sobre a parte basilar do osso
Limite superior: sulco bulbo-pontino occipital e o dorso da sela túrcica do esfenoide.
Limite inferior: plano horizontal ao nível do forame magno
A parte ventral da ponte é separada do bulbo pelo sulco bulbo-pontino;
• Fissura mediana anterior enquanto a parte dorsal não apresenta linha de demarcação com a parte dorsal
• Forame Cego do bulbo, constituindo ambas o assoalho do IV ventrículo.
• Pirâmide Bulbar
• Pedúnculo Cerebelar Médio (ou Braço da ponte)
• Decussação das Pirâmides
• Sulco basilar
• Oliva Bulbar
• Sulco lateral anterior (do bulbo) – origem aparente do NC XII Observação: Núcleos da Ponte
• Sulco lateral posterior (do bulbo) – origem aparente do NC IX, NC X e
NC XI (raiz craniana) • Núcleos Motor e Sensitivos do Nervo Trigêmeo (NC V)
• Sulco bulbo-pontino – origem aparente do NC VI, NC VII, NC VIII • Núcleo do Nervo Abducente (NC VI)
• Sulco Mediano Posterior • Núcleo do Nervo Facial (NC VII)
• Núcleo do Nervo Vestíbulococlear (NC VII)
A ponte tem papel fundamental na regulação do padrão e ritmo respiratório. Quarto Ventrículo
Situado entre o bulbo e a ponte em sua face posterior e ventralmente ao
cerebelo. Continua caudalmente com o canal central do bulbo e cranialmente
Mesencéfalo _________________________________ com o aqueduto cerebral, cavidade do mesencéfalo que comunica o III e IV
Interpõe-se entre a ponte e o cérebro, do qual é representado ventrículo.
por um plano que liga os dois corpos mamilares, pertencentes ao diencéfalo, à A cavidade do IV ventrículo se prolonga de cada lado formando os recessos
comissura posterior. É atravessado por aqueduto cerebral. laterais, situados na superfície dorsal do pedúnculo. Este recesso se comunica
A parte do mesencéfalo situada dorsalmente ao aqueduto é o tecto do de cada lado com o espaço subaracnóideo por duas aberturas laterais do IV
mesencéfalo; ventralmente, há dois pedúnculos cerebrais, que, por sua vez, se ventrículo. Além disso, há uma abertura mediana, forame de Magendie (ou
dividem em tegmento (parte dorsal) e base do pedúnculo (parte ventral). mediano), situado no meio da metade caudal do tecto do IV ventrículo, por qual
o líquido cérebro-espinhal passa para o espaço subaracnóideo.
• Aqueduto Cerebral (ou de Sylvius)
• Tecto do Mesencéfalo O assoalho de IV ventrículo ou fossa romboide é formado pela parte dorsal da
• Colículos Superiores e Inferiores ponte e pela porção aberta do bulbo. O tecto do IV ventrículo é constituída pelo
véu medular superior (metade cranial), pequena parte da substância branca do
• Pedúnculos Cerebrais
nódulo do cerebelo, véu medular inferior e tela corioide do IV ventrículo
• Tegmento
(metade caudal).
• Base do Pedúnculo
• Sulco Medial do Pedúnculo Cerebral • Sulco mediano
• Sulco Lateral do Mesencéfalo • Sulco limitante
• Fossa Interpeduncular • Eminência Medial
• Substância Perfurada Posterior • Colículo facial
• Fóvea Superior
Observação: Núcleos do mesencéfalo
• Fóvea Inferior
• Núcleo da Raiz Mesencefálica do Nervo Trigêmeo (NC V) • Véu Medular Superior – origem aparente do NC IV
• Núcleo do Nervo Troclear (NC IV) • Pedúnculo Cerebelar Superior
• Núcleo do Nervo Oculomotor (NC III) • Trígono do Vago
• Trígono do Hipoglosso
Vista anterior Vista póstero-lateral

Vista posterior Vista Lateral


Medula Espinhal
Porção alongada do sistema nervoso central, é a continuação do bulbo, que se Corte transversal do mesencéfalo ________________________
aloja no interior da coluna vertebral em seu canal vertebral, ao longo do seu
eixo crânio-caudal.

• Intumescência cervical
• Intumescência lombar
• Cone medular
• Cauda equina
• Filamento terminal

Para Prova Teórica


Corte transversal da medula espinhal _____________________

Significado dos termos ____________________________________

Tato epicrítico ou discriminativo: permite localizar e descrever as características


táteis de um objeto

Sensibilidade vibratória: percepção de estímulo mecânicos repetitivos

Esterognosia: capacidade de perceber, com as mãos, a forma e o tamanho do


objeto

Propriocepção consciente ou sentido de posição e de movimento (cinestesia):


permite, sem o auxílio da visão, situar uma parte do corpo ou perceber o seu
movimento
Vias descendentes da medula _______________________________________________________________________________ Tabela por Gabriela Yang

Sistema Trato Localização Trajeto Origem Terminação Função Outros


Corticoespinhal Funículo lateral Cruzado na decussação da Córtex cerebral Motricidade voluntária
(Lateral) pirâmide e direto na medula
Rubroespinhal Rubro do Coluna Motricidade voluntária
Lateral (Rudimentar) Funículo lateral Cruzado na medula mesencéfalo anterior da musculatura distal Rudimentar
dos membros
Corticoespinhal Funículo anterior Direto na decussação da Córtex cerebral (Medula torácica)
anterior pirâmide Controle da
Funículo anterior Teto mesencefálico Coluna musculatura axial (do Limitado.
Tetoespinhal Cruzado na medula (colículo superior) anterior tronco e do pescoço) e Orientação
(Parte medial) da musculatura sensorial motora da
Medial
proximal dos membros cabeça
Vestiboespinhal Funículo anterior Direto na medula Núcleos vestibulares Postura e equilíbrio
Reticuloespinhal Funículo anterior Direto na medula Formação reticular Postura e equilíbrio

Vias ascendentes da medula ________________________________________________________________________________ Tabela por Gabriela Yang

Trato Localização Trajeto Origem Terminação Função Outros


F. grácil e cuneiforme Funículo Direto na medula Gânglio espinhal Nervo grácil e cuneiforme Tato epicrítico f. grácil: inicia-se no
posterior (bulbo) Conduzir impulsos provenientes dos limite caudal da
membros inferiores e da metade inferior medula;
do tronco (f. grácil) e dos membros f. cuneiforme: a partir
superiores e na metade superior do da medula torácica
tronco (f. cuneiforme) alta
Espinotalâmico Funículo Cruzado na medula Coluna posterior Tálamo Tato protopático (tato leve) e pressão
anterior anterior

Espinotalâmico lateral Funículo Cruzado na medula Coluna posterior Tálamo Dor e temperatura Grande importância
lateral na Medicina
Espinocerebelar Funículo Cruzado na medula Coluna posterior Cerebelo Proprocepção inconsciente e detecção
anterior lateral e no cerebelo dos níveis de atividade do t. coricoespinal
Espinocerebelar Funículo Direto na medula Coluna posterior Cerebelo Propriocepção inconsciente
posterior lateral
Síndrome de Brown Séquad________________________________ medula espinhal): um anterior, situada em posição anterior mediana, e outras
duas posterolaterais. Enquanto a artéria espinhal anterior é formada pela união
É uma lesão medular incompleta caracterizada por um quadro clínico que dos ramos das artérias vertebrais, que seguem inferiormente na fissura
reflete a hemisseção da medula. Os sintomas resultam da interrupção dos mediana anterior, cada artéria espinhal posterior é ramo da artéria vertebral ou
principais tratos, que percorrem uma metade da medula. Os da secção dos da artéria cerebelar póstero-inferior e geralmente costumam formar canais que
tratos que não se cruzam na medula aparecem do mesmo lado da lesão, já os se anastomosam na pia-máter. Esses vasos são reforçados por ramos medulares
da lesão de tratos que se cruzam na medula manifestam-se no lado oposto ao derivados das artérias segmentares e artérias radiculares, que seguem ao longo
lesado. Todos os sintomas aparecem somente abaixo do nível da lesão. das raízes nervosas. Estes são assimétricos, de múltiplas dimensões, origens e
presentes em níveis irregulares (principalmente associadas às intumescências
Sintomas que se manifestam do mesmo Sintomas que se manifestao do lado cervicais e lombares), como artérias carótidas, artéria tireoidea inferior, artéria
lado da lesão oposto ao lesado
intercostal e aorta.
Trato: Trato:
Perda da Isso ocorre porque as artérias espinhais são mais calibrosas em seu início,
Corticoespinhal Paralisia espástica, Espinotalâmico
sensibilidade
lateral com sinal de Babinski lateral ocorrendo um afunilamento. Logo, as regiões mais distais são desprovidas de
térmica e dolorosa
Perda de Diminuição ligeira uma vascularização eficiente, sendo necessária uma vascularização acessória
Fascículos grácil propriocepção Espinotalâmico do tato para nutrir a medula. Essas artérias radiculares penetram pelos forames
e cuneiforme consciente e tato anterior protopático e da intervertebrais, juntamente com as raízes nervosas e se distribuem para irrigar
epicrítico pressão* toda a extensão da medula. Desse sistema acessório, destaca-se artéria
Gabriela Yang

radicular magna. É bem calibrosa e de grande importância para irrigação da


Cordotomia _________________________________________________ parte inferior da medula. É ramo da artéria intercostal posterior, na altura da
Secção cirúrgica dos tratos espinotalâmicos laterias em caso de dor resistente medula torácica e possui importância clinica, pois, sua lesão pode levar à
aos medicamentos. O processo consiste na secção cirúrgica desse trato acima e paraplegia.
do lado oposto ao processo doloroso. Assim, haverá perda da dor e de As veias que drenam a medula espinal têm distribuição e drenagem que
temperatura do lado oposto, a partir de um dermátomo abaixo do nível da geralmente refletem as artérias espinhais, embora normalmente haja três veias
secção. Em caso de tratamento de dores viscerais, é imprescindível a cirurgia espinhais longitudinais, tanto anterior quanto posteriormente. Essas veias da
bilateral, visto grande número de fibras não cruzadas, relacionadas com a medula espinhal unem-se aos plexos venosos vertebrais internos (extradurais);
transmissão deste tipo de dor. estes também se comunicam com os plexos venosos externos na superfície
externa das vértebras, além de seguirem superiormente através do forame
VASCULARIZAÇÃO DA MEDULA ____________________________
magno para se comunicarem com os seis durais e as veias vertebrais do crânio.
O padrão do suprimento arterial da medula espinhal provém de três artérias Ressaltam-se as anastomoses com sistema ázigo, veias cavas inferior e superior,
longitudinais (seguem do bulbo do tronco encefálico até cone medular da sendo assim, uma importante via de metástase.

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