Você está na página 1de 4

Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Faculdade de Tecnologia
Engenharia Química
6º período
Microbiologia Industrial
Turma 1 Quarta-feira T4 a N1

Microscopia a fresco
1. INTRODUÇÃO
A técnica de microscopia a fresco é uma observação em microscópio feita sem a adição
de corantes, ou seja, sem coloração. Ela permite verificar viabilidade, tamanho, forma natural
dos micro-organismos e atividades celulares.

Neste trabalho buscou-se observar uma colônia de fungos, retirada da placa de petri e
um fermento biológico fresco, que é composto por leveduras (tipo de fungo).

Os fungos são micro-organismos eucarióticos, não fotossintéticos, que podem possuir


parede celular, podem ser unicelulares ou multicelulares, macroscópicos ou microscópicos,
formam esporos e são heterotróficos, nutrem-se de matéria orgânica morta ou viva.

Os macrofungos são representados pelos cogumelos, que são importantes como


alimento e em toxicologia. Já os microfungos são representados pelos bolores e leveduras.

De acordo com a sua estrutura os fungos podem se desenvolver em meios de cultivo


especiais, formando colônias de dois tipos: as leveduriformes, que são pastosas ou cremosas,
formadas por micro-organismos unicelulares que cumprem as funções vegetativas e
reprodutivas; e as filamentosas, que podem ser algodonosas, aveludadas ou pulverulentas,
constituídas fundamentalmente por elementos multicelulares em forma de tubo, chamados
hifas. Essas hifas podem ser contínuas ou cenocíticas e tabicadas ou septada. Um conjunto de
hifas é chamado de micélio.

2. OBJETIVOS
- Utilizar o microscópio para visualizar lâminas de micro-organismos preparadas pela técnica a
fresco;
- Verificar a morfologia celular de um fungo.
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
A colônia de bactérias escolhida para ser analisada,
segundo a técnica de microscopia a fresco, foi aquela cujas
características macroscópicas se assemelham as de um fungo
(diâmetro da colônia, cor, textura e elevação). Ao exame
macroscópico apresentam crescimento característico com
aspecto aveludado.
A segunda análise realizada foi do fermento de pão, que
também é um tipo de fungo.
Figura 1: Placa de petri em contato com a capa do celular.
Foto tirada em: 09/05/2018.

No microscópio óptico pode-se observar para as análises respectivamente:


(a) (b)
Figura 2: Análise microscópica de (a) colônia na placa de petri da prática 1 e (b) fungo do fermento de pão.
Fotos tiradas em: 06/06/2018.

Alguns fungos existem na forma de leveduras e outros na forma de fungos filamentosos.


As células de leveduras possuem forma oval ou esférica (Figura 2.b), enquanto as hifas são
células alongadas e ramificadas, encontradas nos fungos filamentosos (Figura 2.a).
As hifas podem apresentar septos ou serem asseptadas ou cenocíticas. Na Figura 2.a
pode-se observar hifas asseptadas, o que significa possuir um citoplasma comum ou ser
multinucleada. As hifas também podem ser classificadas como vegetativas, aquelas que
crescem para dentro do substrato e tem a função de sustentação e de absorção de nutrientes,
e hifas aéreas ou reprodutivas, que se projetam na superfície e crescem acima do meio de
cultivo, sendo responsáveis pela produção de corpos reprodutivos dos fungos, chamados de
esporos. O conjunto de hifas forma os micélios, denominados: vegetativos, aéreos e
reprodutivos (quando o micélio aéreo se diferencia para sustentar os corpos reprodutivos). Na
figura 2.a observa-se apenas micélios vegetativos.
Como a maioria dos tecidos é incolor, para que seja possível observá-los ao microscópio
de luz, é necessário que sejam empregados corantes, pois o uso dessas substâncias facilita a
visualização de características desejadas. Por isso foi utilizado o azul de metileno na análise
do fermento de pão.
A maioria dos corantes utilizados em microscopia se comporta como ácido ou base. Se
a estrutura celular for basófila, liga-se a corantes básicos. Se a estrutura celular for acidófila,
liga-se a corantes ácidos. São exemplos de corantes básicos: azul-de-tuluidina, hematoxilina e
de corantes ácidos: eosina, orange G, fucsina ácida. Além destes corantes frequentemente
utilizados, utiliza se também outros tipos de coloração, como a impregnação com sais de prata
e ouro.
4. CONCLUSÃO
Com a realização dessa prática, é possível perceber a importância da microscopia para
visualização das estruturas celulares de diversos fungos para um diagnostico inicial. Com a técnica foi
possível observar hifas asseptadas para os fungos coletados da primeira prática, entretanto devido a
limitação da técnica, não é possível observar os núcleos hifas. Nota-se ainda a importância que os fungos
desempenham na vida humana, principalmente, na área médica, ecológica e alimentícia, porém é valido
ressaltar que algumas espécies causam doenças e contaminam o alimento, por isso o seu cultivo e
isolamento é essencial para o controle de doenças.

5. REFERÊNCIAS
1- MÁRCIA G. P. Morfologia dos fungos. Disponível em:
<paginapessoal.utfpr.edu.br/geraldo/microbiologia/morfologiadosfungos.pdf/at.../file>. Acesso
em: 10 jun. 2018.
2- Tortora, Gerard J.;Funke, Berdell R. Case, Christine L; Microbiologia.10 ed. Porto Alegre :
Artmed, 2012.

Você também pode gostar