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Comemos o que

é produzido, ou
é produzido o
que comemos?

Gado
Terra, Suor e Trabalho

PROFESSORES
Denise Mendes História
Roberto Marques Geografia
Sinopse do Programa
Terra, Suor e Trabalho é uma série que apresenta
as transformações ocorridas na produção agrí-
cola britânica durante o século XX. O Episódio O
Gado mostra como pecuaristas e cientistas alte-
raram geneticamente os animais para atenderem
as demandas de mercado ou as exigências de
governo. No programa “Sala de Professor” os
convidados apresentam um trabalho de Geogra-
fia e História que discute as transformações que
aconteceram na pecuária brasileira.

Apresentação
O documentário apresenta a história de pecu-
aristas ingleses a partir de registros amadores
realizados pelas famílias dos criadores na se-
gunda metade do século XX. Trazer a reflexão
sobre o impacto da pecuária bovina para a
economia brasileira foi nossa opção para a
atividade proposta. Em História, o aluno irá
percorrer a criação de gado e sua ocupação
territorial ao longo dos séculos, relacionando
essa atividade econômica com outros períodos.
Em Geografia, serão discutidos assuntos como
a internacionalização da produção agropecuá-
ria e as transformações do meio natural para o
desenvolvimento de atividades econômicas.
Um olhar para o documentário
a partir da história

A partir da exibição do documentário Gado, pro- do Ensino Médio, momento em que geralmente os
pomos aos professores discutir a pecuária e a cursos abordam tais produções. No entanto, nada
economia no Brasil por meio de uma atividade impede que o professor faça uma retrospectiva
que trabalhará a noção de tempo (permanências e histórica, retomando esses conteúdos em outro
rupturas) com comparações e discussões entre os momento do curso. O principal objetivo da ativi-
contextos colonial e atual. Os professores poderão dade é incitar os alunos a investigarem os fatores
desenvolver os conceitos de: economia colonial, que tornaram o Brasil um dos maiores produtores
interiorização e ocupação territorial, história da de gado do mundo e como a carne foi sendo incor-
alimentação brasileira e desigualdade social. porada na dieta do brasileiro.

A disciplina de História tem como conteúdo básico Para isso, iniciaremos a atividade com a exposi-
os ciclos econômicos, iniciados com a exploração ção de imagens para que os alunos estabeleçam
portuguesa, inserida no Antigo Sistema Colonial. relação entre as cenas e a economia colonial, des-
Propomos que a atividade seja realizada no 2º ano crevendo as atividades contidas em cada imagem.

Franz Post, 1640 – “Engenho de açúcar no Brasil”. João Maurício Rugendas, 1835 – “Engenho de açúcar”.

O objetivo desta primeira etapa é possibilitar ao Dando continuidade à atividade, o professor propõe
aluno relacionar a pecuária com outras atividades a leitura de alguns mapas, para que os alunos com-
econômicas, como a produção açucareira, quando parem as áreas ocupadas pelos diferentes tipos de
o gado era usado tanto como meio de transporte, produção ao longo dos séculos XVI, XVII, XIX e XX.
como para tração animal nos engenhos.

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mapa econômico do brasil –século XVII

mapa econômico do brasil –século XVIII

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mapa econômico do brasil –século XIX

mapa econômico do brasil –século XX

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A partir da interpretação dos mapas, o professor produtos agrícolas mais produzidos regionalmente
pedirá aos alunos a produção de um texto dis- e que tipo de criação de animais é predominante
sertativo sobre o estabelecimento da pecuária no (bovino, suíno, caprino etc.) no seu Estado.
país. Espera-se que nos textos sejam encontradas
descrições das primeiras ocupações da pecuária Outro ponto a ser trabalhado é a alimentação bra-
em regiões litorâneas e no nordeste, posterior in- sileira e as mudanças e permanências nos hábitos
teriorização da atividade que mais tarde se tornou alimentares desde o período colonial. Esta etapa
regional ao sul e centro-oeste brasileiro. da atividade preparará os alunos para a interdisci-
plinaridade, momento em que a alimentação será
Para completar a atividade, os alunos podem o tema de pesquisa no cotidiano dos alunos e na
pesquisar sobre a economia do seu Estado, des- merenda escolar.
tacando a participação da produção agropecuária.
Para isso, poderão consultar o site oficial do gover- Para iniciar, o professor apresentará algumas
no estadual e procurar indicadores econômicos. imagens do século XIX, feitas pelo artista viajante
Durante o processo é importante tomarem nota dos Jean-Baptiste Debret, em 1835.

Transporte de carne de corte. Armazém de carne seca.

Os alunos descreverão as imagens, atentando para O outro trecho selecionado contraporá o primeiro.
o modo como as carnes eram comercializadas nas Sugerimos o seguinte artigo:
cidades do Brasil colonial. Então, eles farão com-
parações com os dias atuais (a partir de referências Dieta da fome
pessoais) e indicarão as mudanças ocorridas. de Pedro Henrique Campos, em 2009.

Ainda nessa etapa, o professor poderá apresentar “Frutas, verduras e grãos. À primeira vista, uma
aos alunos dois trechos de textos sobre a produção boa dieta, típica de quem quer manter-se ‘em
da carne e a alimentação no passado. Sugerimos forma’, como se diz. O termo que deveria es-
o texto escrito pelo viajante Pyrard de Laval, na tar entre aspas, contudo, é ‘quer’, pois ele faz
toda a diferença. No Rio de Janeiro de D. João
Bahia, em 1610.
VI, escravos mantinham uma dieta muito próxi-
ma à dos vegetarianos – mas eram obrigados
“É impossível terem-se carnes mais gordas, a isso, por não terem acesso a quase nenhuma
mais tenras e de melhor sabor. [...] Salgam as proteína animal.
carnes, cortam-nas em pedaços bastante lar-
Desde o tempo da colônia, muitos historiado-
gos, mas pouco espessos [...]. Quando estão
res notaram que os hábitos alimentares sim-
bem salgadas, tiram-nas sem lavar, pondo-as
bolizavam com perfeição nossa desigualdade
a secar ao sol; quando bem secas, podem social. As pessoas mais ricas preferiam consu-
conservar-se por muito tempo.” mir alimentos estrangeiros, especialmente os

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portugueses, como vinho, pão de trigo, azeite, virtual), para serem consultadas pelos interessados
vinagre, azeitona e queijo. Já os escravos e ho- (familiares, amigos, comunidade escolar etc.).
mens livres pobres se viam obrigados a comer
produtos nacionais, como mandioca, feijão, Ao longo do desenvolvimento da atividade, o pro-
milho, peixe e frutas. Estava materializada na fessor poderá realizar a avaliação dos alunos por
alimentação a distância que separava os pro- meio da participação nas discussões em sala de
prietários de terra e grandes comerciantes dos
aula (envolvimento, clareza nas observações e ar-
demais grupos sociais.”
gumentações, contribuições ao tema, respeito às
ideias apresentadas), leitura das imagens e mapas
Após a leitura dos trechos indicados, os alunos (observação, descrição, análise e conclusão) e pelo
discutirão a relação entre produção de alimentos e levantamento de informações e organização das
acesso à alimentação, primeiro no Brasil colonial, receitas tradicionais (seleção de dados, pertinência
para depois questionarem a permanência ou não do tema, apresentação).
da desigualdade social e alimentar no Brasil atual.

Para finalizar, os alunos realizarão pesquisas de


pratos tradicionais da região onde moram – com ou ETAPAS
sem carnes (bovina, suína, pescado, aves etc.). Essa
investigação poderá ser feita na biblioteca da escola,
Exibição do documentário;
do município ou entrevistando pessoas mais velhas.
Cada aluno levará a receita do prato tradicional para Discussão da pecuária na realidade brasileira,
compararem os ingredientes e discutirem a relação iniciando com leitura de imagens;
entre eles e a produção agropecuária local (pesquisa- Leitura de mapas e redação de texto sobre a
da anteriormente). As receitas podem ser compiladas relação entre pecuária e ocupação territorial;
em um “livro de receitas” (manuscrito, digitado ou
Pesquisa sobre a produção agropecuária no seu
Estado;

Leitura de imagens sobre comércio de carne no


século XIX e comparação com os padrões atuais;
MATERIAL
Leitura e discussão de trechos de textos sobre
produção de carne e consumo no Brasil colonial;
Caderno, lápis, caneta;
Pesquisa sobre pratos tradicionais da região e
Computador com acesso à internet. compilação de livro de receitas.

veja mais

Revista de História da Biblioteca Nacional – artigo sobre uma antiga fábrica de extrato de carne erguida na
região do Pantanal mato-grossense. Disponível em: <www.revistadehistoria.com.br/secao/artigos-revista/
industria-da-cobica>. Acesso em 21 de outubro de 2012.

Revista de História da Biblioteca Nacional – artigo sobre a produção da carne de sol em Pelotas e o
patrimônio cultural regional. Disponível em <www.revistadehistoria.com.br/secao/em-dia/a-outra-carne-
gaucha>. Acesso em 21 de outubro de 2012.

Revista de História da Biblioteca Nacional – artigo sobre a tradicional festa no Parabá que assa um boi
inteiro no rolete. Disponível em: <www.revistadehistoria.com.br/secao/artigos-revista/mesa-farta>. Acesso
em 21 de outubro de 2012.

Imagens de Jean-Baptiste Debret. Disponíveis em: <www.pinacoteca.org.br/pinacoteca/default.aspx?m-


n=153&c=acervo&letra=J&cd=3571> Acesso em 20 outubro de 2012.

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Um olhar para o documentário
a partir da geografia

Sob o ponto de vista da Geografia, o documentá- Arrendatários e proprietários


rio pode funcionar como uma excelente fonte para
desenvolvimento de conteúdos dentro da Geo- O que são? Os criadores e agricultores são
grafia Agrária, como: estrutura fundiária, relação também donos da terra? Quando não são,
de trabalho, sistemas agrícolas e produção e como se constituem as relações entre eles e
o proprietário? Qual é o tipo de relação mais
produtividade. Um dos aspectos mais interessan-
comum no Brasil?
tes de se observar é como o filme foi produzido.
São entrevistas e narrações de textos ilustradas
por filmagens de pequenos proprietários ingleses, Trabalho familiar
ao longo de várias décadas. As transformações na
Quais relações de trabalho são mais comuns no
criação de gado da Inglaterra são também as trans-
Brasil? Existe, no Brasil, assalariado no campo?
formações pelas quais passaram esses criadores,
nas suas possibilidades de fazer investimentos, nas
suas relações com o Estado (decretos, subsídios e Mercado interno e exportação
políticas de incentivo) e nas mudanças do mercado.
No filme, qual o destino da produção de gado,
ao longo do tempo1? Que produtos do campo,
E no Brasil? Por aqui, como são essas rela- no Brasil, são destinados ao mercado interno?
ções de propriedade e de trabalho? Como é Quais são produzidos visando ao mercado ex-
a nossa estrutura fundiária? O que isso tudo terno? Quais produtos costumam ser produ-
tem com os produtos que são plantados ou zidos para mercados locais? Em que medida
criados no campo em nosso país? podemos relacionar o tipo de produto, o des-
tino da produção, a propriedade da terra e as
Essas são algumas perguntas que fazem par- relações de trabalho?
te do trabalho proposto para a Geografia. O
objetivo é conhecer e discutir a estrutura fun- 1. Lembre-se que aparece, por exemplo, o período da
Grande Guerra.
diária e a produção agrícola brasileira.

Tecnologia
Sugerimos que o professor oriente os alunos a per-
ceberem, no documentário, outros aspectos sobre Como aparece a questão da tecnologia no filme?
o gado e não somente sua utilização como pro- No Brasil, como tem sido a relação entre desen-
duto. Ao fim da exibição do filme, organize alguns volvimento tecnológico e produção do campo?
temas tratados como: arrendatários, proprietários,
trabalho familiar, mercado interno, exportação e
tecnologia. Para cada um desses temas podem Muitas questões não terão resposta imediata, e
ser realizadas perguntas e as respostas devem mesmo que o professor as tenha, é interessante
levar em conta a realidade do tema no Brasil. estimular o levantamento e a leitura de dados.

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Importante destacar que a leitura desses dados é Mão de obra/relação
fundamental, e nós, professores, funcionamos como de trabalho no campo
mediadores nesse processo. Muitas vezes, o contato Brasil: Mão de obra rural em 2004
dos alunos com os dados produzem leituras e análises
que não esperamos, e essa é a grande riqueza desse Condições Total de Porcentagem
do Trabalhador trabalhadores do total
tipo de trabalho. Para a Geografia, dados estatísticos,
mapas e quadros diversos são ferramentas que deve- Posseiro 654.615 4.2
mos exercitar e estimular para o uso e leitura. Parceiro 366.995 2.3

Para a próxima etapa o professor solicitará aos alunos Pequeno proprietário 2.437.001 15.6
o levantamento de dados sobre produção agrícola, Arrendatário 101.409 0.8
estrutura fundiária, mão de obra/relação de trabalho
Assalariado permanente 975.150 6.3
no campo, uso da terra na agricultura. Sugerimos o
recolhimento de dados das páginas oficiais dos ór- Assalariado temporário 6.844.849 44.0
gãos federais como: IBGE, Ministério da Agricultura,
Não remunerado 4.190.152 26.8
INCRA e NEAD. Seguem alguns quadros que podem
ser utilizados para a discussão dos dados: INCRA, 2005.

ESTRUTURA FUNDIária

tabela 2 – fonte: incra, ii pnra

Imóveis Área total


Estratos Área
área total (ha) média (ha)
Número de imóveis Porcentagem Hectares Porcentagem

até 10 1.338.771 31.6 7.616.113 1.8 5.7

de 10 a 25 1.102.999 26 18.985.869 4.5 17.2

de 25 a 50 684.237 16.1 24.141.638 5.7 35.3

de 50 a 100 485.482 11.5 33.630.240 8.0 69.3

de 100 a 500 482.677 11.3 100.216.200 23.8 207.6

de 500 a 1000 75.158 1.8 52.191.003 12.4 694.4

de 1000 a 2000 36.859 0.9 50.932.790 12.1 1381.8

mais de 2000 32.264 0.8 132.631.509 31.6 4110.8

Totalização simples 4.238.447 100 420.345.362 99.9 6522.1

OBS: Situação em agosto de 2003.

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produtos agrícolas de exportação

exportação do agronegócio brasileiro - total


ranking por valores de 2009

Janeiro a outubro de 2009 Janeiro a outubro de 2008


Principais produtos Variação
exportados % (a/b)
US$ mil - (a) Part. % Peso (t) US$ mil - (b) Part. % Peso (t)

Complexo soja 16.423.572 29.9 40.520.352 16.490.558 26.6 35.506.242 -0.41

Carnes 9.689.261 17.7 4.847.450 12.760.445 20.6 5.120.884 -24.07

Complexo sucroalcooleiro 7.607.520 13.9 21.980.508 6.323.398 10.2 18.984.753 20.31


Produtos florestais 5.825.175 10.6 11.574.562 8.049.307 13.0 12.014.331 -27.63
Café 3.465.105 6.3 1.414.521 3.846.112 6.2 1.307.059 -9.91
Café verde 3.039.025 5.5 1.351.735 3.305.722 5.3 1.231.804 -8.07
Café solúvel 375.310 0.7 52.968 481.957 0.8 64.627 -22.13
Café torrado e moído 26.842 0.0 4.903 34.029 0.1 6.284 -21.12
Extratos, essenciais,
23.928 0.0 4.915 24.404 0.0 4.344 -1.95
concentrados

Fumo e seus produtos 2.737.021 5.0 604.840 2.416.704 3.9 604.608 13.25

Couros, produtos
1.628.559 3.0 296.717 2.733.539 4.4 310.488 -40.42
de couro e peleteria
Sucos de fruta 1.411.117 2.6 1.687.059 1.743.441 2.8 1.727.245 -19.06
Cereais, farinhas e preparações 1.389.976 2.5 6.604.783 1.703.083 2.7 5.585.558 -18.38
Fibras e produtos têxteis 998.397 1.8 541.182 1.286.783 2.1 598.537 -22.41
Frutas (inclui nozes e castanhas) 697.770 1.3 708.344 834.531 1.3 791.268 -16.39
Demais produtos 2.995.175 5.5 2.460.067 3.743.926 6.0 2.309.637 -20.00

Total 54.868.648 100.0 93.240.385 61.931.827 100.0 84.860.610 -11.40

Fonte: AgroStat Brasil a partir de dados da SECEX/MDIC

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Lembremos sempre que a leitura de dados é um
exercício e o professor deve destacar a observa-
ção de elementos como a fonte dos dados e o
MATERIAL
período de elaboração.
Caderno, lápis, caneta;
Apresentados os dados, o professor procurará
Computador com acesso à internet.
identificar, com os alunos, as tendências e relações
apresentadas entre as tabelas/mapas. Por exem-
plo, as diferenças entre a quantidade e a área total
ocupada por latifúndios e pequenas propriedades
no Brasil; os principais produtos de exportação e o
volume dessas exportações. ETAPAS
O professor poderá organizar a turma em grupos, e Preparação para a observação do documentário;
cada um será responsável por descrever em texto
a análise de determinado quadro ou mapa. Ao final, Exibição do documentário;
um dos integrantes de cada grupo apresentará ao Exposição dialogada e elaboração de quadro
restante da turma o texto produzido. Finalizadas teórico de conceitos extraídos do documentário;
as apresentações dos grupos, sugerimos que o
Pesquisa sobre dados referentes ao espaço
professor inicie um debate estabelecendo relações
agrário brasileiro;
entre os resultados das análises dos grupos.
Orientação de leitura de quadros, tabelas e
Ao término do debate, os alunos produzirão textos mapas sobre o espaço agrário brasileiro;
que mostrem as características do espaço agrário Organização de grupos para análise e apresen-
brasileiro que mais lhe chamaram a atenção, entre tação de quadros, mapas e tabelas;
os elementos discutidos. A avaliação dos alunos
Discussão sobre os dados apresentados;
poderá ser realizada durante todo o processo de
construção do trabalho, em especial durante as Elaboração de textos com sistematização da
pesquisas e na elaboração dos textos finais. discussão.

veja mais

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Disponível em: <www.ibge.gov.br>.

Ministério da Agricultura. Disponível em: <www.agricultura.gov.br>.

Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA. Disponível em: <www.incra.gov.br>.

Estatísticas do Meio Rural 2010-2011. Disponível em: <www.nead.gov.br/portal/nead/nead-especial/down-


load_orig_file?>. Acesso em 22 de outubro de 2012.

Núcleo de estudos agrários e desenvolvimento rural - NEAD. Disponível em: <www.nead.gov.br/portal/


nead/nead-especial/download_orig_file?>.

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UMA CONVERSA
ENTRE AS DISCIPLINAS

A proposta interdisciplinar tem como objetivo in- MÃE DA ALUNA DE SÃO PAULO (37 ANOS)
vestigar se houve mudança nos hábitos alimentares
dos alunos. A atividade inicia-se com uma pesquisa dia da
ALMOÇO SOBREMESA BEBIDA
realizada pelos alunos. Eles devem registrar, durante semana
uma semana, o cardápio do almoço em suas casas.
Arroz, feijão,
Segunda frango assado, Fruta Água
Por exemplo, uma aluna de 15 anos que frequenta salada verde
o Ensino Médio de uma escola pública da zona sul
Arroz, feijão,
de São Paulo respondeu à pesquisa: Terça bisteca, batata, Fruta Água
verduras

Arroz, feijão,
ALUNA DE SÃO PAULO (15 ANOS)
Quarta picadinho com Fruta Água
batata e verduras
dia da
ALMOÇO SOBREMESA BEBIDA
semana Macarrão
Quinta com molho Fruta Água
Arroz, feijão, Suco de à bolonhesa
Segunda Laranja
bife, ovo frito caixinha
Arroz, feijão,
Arroz, feijão, Suco de Sexta peixe frito e Fruta Água
Terça Banana
bife, batata caixinha verduras
Macarrão Manga e Suco de
Quarta Arroz, carne
alho e óleo doce de leite caixinha Sábado Doce Água
assada, salada
Arroz, feijão, Suco de
Quinta Pera Domingo Lasanha Doce Refrigerante
linguiça caixinha
Arroz, feijão,
Suco de
Sexta peito de Maçã
caixinha
frango
A comparação entre as gerações deve resultar em
Arroz, uma lista com os ingredientes mais comuns con-
Sábado strogonoff de Laranja Refrigerante
sumidos pela família. Por exemplo: arroz, feijão,
carne
macarrão, carne bovina e batata.
Lasanha
Domingo de presunto Doce de leite Refrigerante
e queijo Dando continuidade à pesquisa sobre os hábitos ali-
mentares, o aluno investigará a proposta do MEC para
a alimentação escolar. Para isso, será fundamental
A seguir, cada aluno irá pesquisar o que seus pais ler e discutir os documentos publicados pelo FNDE
comiam quando eram adolescentes, buscando co- – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educa-
nhecer os hábitos alimentares da geração anterior, ção, disponíveis no site <www.fnde.gov.br/index.
para uma posterior comparação. php/ae-material-de-divulgacao>. A leitura pode ser

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realizada em grupos, que ao final apresentarão suas da sua escola, ou na própria cantina. Para isso, os
ideias, trocando informações com os outros colegas. alunos podem consultar os sites das Secretarias de
Um membro de cada grupo pode ser responsável pelo Educação estaduais e/ou municipais, bem como visi-
registro das propostas lidas e das ideias discutidas em tar uma escola ou conversar com o responsável pela
classe, evitando que tais reflexões se percam. cantina do seu colégio. Por exemplo, pesquisando
o cardápio das merendas das escolas municipais
A próxima etapa será pesquisar o cardápio da me- paulistanas, em outubro de 2012, obtivemos as infor-
renda escolar servida durante uma semana na região mações a seguir:

Semana de 03/09 a 07/09/2012

Segunda-feira Arroz, Feijão Carioca, Filé de Pescada/Merluza ao Molho de Tomate, Feculento (Batata
Refogada) e Maçã.

Terça-feira Arroz, Feijão Carioca, Frango, Verdura Refogada (Couve) e Gelatina.

Quarta-feira Arroz, Feijão Carioca, Ovo Mexido, Legume Cru (Cenoura) e Melancia.

Quinta-feira Macarrão com Molho de Tomate, Carne Bovina, Verdura Crua (Escarola) e Melão.

Sexta-feira Feriado.

Semana de 10/09 a 14/09/2012

Segunda-feira Arroz, Feijão Carioca, Ovo de Forno com Legumes (Cenoura e Vagem) ou Ovo Mexido Colori-
do (Cenoura e Ervilha em Conserva), Verdura Refogada (Acelga) e Goiabada Individual.

Terça-feira Arroz, Feijão Carioca, Filé de Pescada/Merluza Cremoso com Requeijão, Legume Cozido
(Abóbora) e Banana Prata.

Quarta-feira Macarrão com Proteína Texturizada de Soja ao Molho de Tomate, Verdura Crua (Repolho) e
Abacaxi.

Quinta-feira Arroz, Feijão Carioca, Frango, Feculento Refogado (Batata Doce) e Salada de Frutas (Maçã,
Banana, Mamão e Suco de Laranja Integral Pasteurizado).

Sexta-feira Arroz, Lentilha, Carne Bovina, Legume Cru (Tomate e Pepino) e Melancia.

Semana de 17/09 a 21/09/2012

Segunda-feira Arroz, Feijão Carioca, Omelete de Forno com Escarola ou Salada de Ovo Cozido, Legume
Refogado (Abobrinha) e Bananada Individual.

Terça-feira Macarrão com Molho de Tomate, Carne Bovina Moída, Verdura Crua (Alface) e Banana Nanica.

Quarta-feira Arroz, Feijão Carioca, Salsicha ao Sugo, Verdura Refogada (Repolho) e Melancia.

Quinta-feira Arroz, Feijão Carioca, Filé de Pescada/Merluza ao Forno ou ao Molho de Tomate, Feculento
(Salada de Batata) e Melão.

Sexta-feira Arroz, Feijão Carioca, Frango, Legume Cru (Beterraba) e Abacaxi.

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Semana de 24/09 a 28/09/2012

Segunda-feira Arroz, Feijão Carioca, Filé de Pescada/Merluza ao Molho de Tomate, Verdura Refogada
(Escarola) e Melancia.

Terça-feira Arroz, Feijão Carioca, Escondidinho de Proteína Texturizada de Soja e Mamão.

Quarta-feira Arroz, Feijão Carioca, Ovos Estrelados com Tomate ou Ovo Mexido, Legume Refogado
(Cenoura) e Melão.

Quinta-feira Macarrão com Molho de Tomate, Frango, Verdura Crua (Alface) e Abacaxi.

Sexta-feira Feijão Carioca, Carne Bovina, Legume Cru (Pepino) e Gelatina com Fruta.

NOTA As gelatinas deverão ter sabores diferentes em cada semana, sendo utilizados os seguintes
sabores: abacaxi, cereja, framboesa, uva, morango, limão, maracujá, tangerina e pêssego.

Fonte: Cardápio da Secretaria Municipal de Educação de SP. Disponível em: <portalsme.prefeitura.sp.gov.br/Projetos/siteme-


renda/Documentos/cardapios/Terceirizada/g1_cardapio_emef_terc_doc_1.pdf>. Acesso em 25 de outubro de 2012.

Após a obtenção desses dados, os alunos compa-


rarão o cardápio de casa ao da merenda escolar, O que mudou no cardápio ao longo do tempo?
indicando as semelhanças e diferenças entre os
Há diferenças entre o que é consumido em
ingredientes mais usados nos dois ambientes.
casa e o que é oferecido na merenda?
Sugerimos que o professor organize os alunos em
Identificam os produtos locais e os que não são?
grupos com 5 ou 6 para que comparem o que co-
mem em suas casas, identificando os produtos mais
consumidos (até 6 itens). A partir dessa constatação, Para exemplificar a situação, tomaremos como
eles montarão “o prato” com os produtos crus. Por base a semana de 17 a 21 de setembro de 2012,
exemplo, se constatam que os itens mais presentes da rede pública de São Paulo (ver tabela anterior)
no almoço de suas casas é arroz, feijão, macarrão, para gerar uma lista com os produtos utilizados
ovo, carne bovina e frango, eles montarão “o prato” neste cardápio. Segue a compilação de produtos:
com os produtos crus para visualizarem o cardápio, Arroz, feijão carioca, ovos, frango, carne de boi,
simbolizando os ingredientes mais consumidos. peixe, salsicha, macarrão, tomate, batata, verduras
e legumes. Sobremesas: melancia, melão, abacaxi
Farão a mesma comparação entre o que eles comem e banana (na segunda-feira aparece “bananada”).
atualmente e o que seus pais comiam, identificando
os itens mais consumidos antigamente e também Por meio de pesquisa no site do Ministério da
montarão “o prato” com os produtos crus. Agricultura, acessamos os dados e obtivemos a
informação de que 54% da produção nacional de
Se houver merenda na escola, eles apresentarão arroz vem dos estados do sul do país (RS e SC), e
um prato servido na merenda do dia. Se não, fa- que a produção nacional está concentrada nesses
rão a mesma representação do cardápio, com os estados e no Mato Grosso. O estado de São Paulo
produtos mais frequentes que integram a merenda consome 95% do arroz que produz, apesar de ter
escolar da região. retomado a produção nos últimos anos. No caso do
feijão carioca, novamente os estados do sul e Minas
Na mesa da cantina (ou na bancada da sala de aula), Gerais respondem pela maior parte da produção
os 3 pratos serão comparados, auxiliados por ques- nacional dos diversos tipos. Vale ressaltar que 52%
tões para reflexão e pesquisa lançadas pelo professor. da área cultivada é destinada ao feijão carioca.

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A busca por sítios na internet de órgãos como dutos. Um caso que ilustra a importância dessa
IBGE, EMBRAPA, Ministério da Agricultura e pesquisa é o da alface.
secretarias estaduais de Agricultura e Abasteci-
mento, permitem que tenhamos uma boa ideia da Tradicionalmente, no Brasil, o principal consumo
produção nacional, podendo mapeá-la. Porém, o (e por consequência, a principal produção) era o de
interessante é comparar esses grandes dados com alface do tipo lisa. Porém, a expansão das redes de
o que podemos obter com uma pesquisa baseada fast food fez com que crescesse a demanda por alface
em entrevistas sobre a origem dos produtos locais. repolhuda crespa (conhecida como alface americana,
em alguns lugares), muito utilizada como ingrediente
Os produtos como legumes, verduras, além de dos sanduíches. Uma vez que o mercado da alface
várias frutas, costumam ser produzidos em áreas repolhuda crespa cresceu, produtores passaram a
ao redor dos grandes centros, caracterizando o diversificar a produção e muitos chegaram a centrar
que costumamos chamar, em Geografia, de “cin- suas produções nesse tipo de alface. O resultado é
turão verde”. São áreas cuja produção se destina que a alface repolhuda crespa passou a constar nas
ao mercado local e que na maioria dos casos são mesas brasileiras. Assim, essa relação entre cultura ali-
caracterizadas pela produção de gêneros perecí- mentar e mercado fica mais nítida quando buscamos
veis. Além disso, há diferenças significativas entre a as origens e pesquisamos a produção dos alimentos.
estruturação de cada unidade produtora. Enquanto
as grandes produções geralmente acontecem em Para finalizar a atividade, os alunos têm como
grandes propriedades, comumente mecanizadas desafio montar uma proposta de cardápio só com
ou com relações de trabalho capitalistas modernas produtos locais e, posteriormente, cada grupo
(assalariados, empreitadas, cooperativas, etc.), os deverá escolher um prato para ser realizado na
“cinturões” contam com maior número de pequenos escola, em uma aula prática. Para terminar, será
proprietários, arrendatários e relações de trabalho realizada uma refeição conjunta, experimentando
diversificadas, incluindo formas de trabalho familiar. os pratos feitos por eles.

Se a sua escola fica em um grande centro, poderá A avaliação dos alunos deve ser feita concomitante
ser feita uma visita a esses lugares. No caso de à elaboração da atividade e não apenas no final do
São Paulo (exemplo que utilizamos), o “cinturão processo. Para isso, é importante que os alunos re-
verde” engloba municípios como Mogi das Cruzes, gistrem o desenvolvimento de suas ações em blocos
Sorocaba, Suzano e Biritiba-Mirim, entre outros. de anotações ou em um pequeno portfólio. Assim,
poderão acompanhar a sequência das tarefas ao
Se a sua escola fica em uma área produtora, se- longo do processo, o que permitirá maior oportuni-
ria interessante organizar grupos de alunos para dade para reflexão sobre as dificuldades e soluções
perguntar a esses agricultores sobre o destino da encontradas para a execução do trabalho. Ao mes-
produção e que tipos de produtos eles cultivam e mo tempo, o professor terá condições de avaliar os
já cultivaram. Se houve mudança, cabe perguntar alunos de uma maneira mais próxima, acompanhan-
os motivos dessa mudança em relação aos pro- do o processo de produção do trabalho.

MATERIAL ETAPAS

Caderno, lápis, caneta; Descrição do que os alunos comem em suas


casas no almoço durante uma semana;
Computar com acesso à internet;

Ingredientes para a montagem dos pratos (arroz, Pesquisar sobre o que os familiares comiam
feijão, batata, carne etc.), definidos a partir das quando tinham essa idade, quais eram os produ-
pesquisas dos alunos. tos e hábitos;

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ETAPAS | continuação veja mais

Analisar a proposta nacional de cardápio para a Merenda mais nutritiva. Disponível em:
merenda escolar; <revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,E-
MI25088-10587,00.html>. Acesso em 24 de
Verificar se existe e qual é a proposta de cardá- outubro de 2012.
pio da prefeitura de sua cidade;

Registrar durante duas semanas o cardápio da Encontro debate compra da agricul-


merenda escolar ou de sua comunidade; tura familiar para a merenda escolar.
Disponível em: <www.fnde.gov.br/index.php/
Comparar as semelhanças e diferenças entre o noticias-2011/2395-encontro-debate-compra-da
cardápio de casa com o da merenda escolar; -agricultura-familiar-para-merenda>. Acesso em
03 novembro de 2012.
Reunir a classe em 5 ou 6 grupos, para compa-
rarem o que comem e quais são os 6 alimentos Mali quer apoio brasileiro na alimentação escolar.
mais consumidos para montar um prato com os Disponível em: <http://www.fnde.gov.br/index.
produtos crus; php/noticias-2011/2628-mali-quer-apoio-brasi-
leiro-na-alimentacao-escolar>. Acesso em 03 de
Fazer a mesma comparação e identificação com novembro de 2012.
os alimentos que eram comidos antigamente.
Montar também o prato com os produtos crus; São Paulo volta a produzir arroz com qualidade.
Disponível em: <http://www.estadao.com.br/
Apresentar um prato servido na merenda;
noticias/suplementos,sao-paulo-volta-a-produzir
Realizando a comparação dos 3 pratos, o docente -arroz-com-qualidade,528441,0.htm>. Acesso em
apresentará questões para reflexão e pesquisa; 04 de novembro de 2012.

Criar uma proposta de cardápio com produtos Perfil do feijão no Brasil. Disponível em: <http://
locais. Escolher um prato para ser feito e apre- www.agricultura.gov.br/vegetal/culturas/feijao/sai-
sentado na escola e depois comerem juntos. ba-mais>. Acesso em 04 de novembro de 2012.

SUGESTÕES DE LEITURA E OUTROS RECURSOS

Livros e Revistas
CASCUDO, Luis da Câmara. História da alimentação no Brasil. São Paulo: Global, 2011.

LAPA, José Roberto do Amaral. Economia Colonial. São Paulo: Perspectiva, 2007.

LINHARES, Maria Yedda Leite. História do abastecimento: uma problemática em questão (1530-1918). Brasília:
Binagri, 1979.

SILVA, Maria Beatriz Nizza da. “Tradições alimentares e culinárias.” In: Vida privada e quotidiano no Brasil na época de
D. Maria I e D. João VI. Lisboa: Estampa, 1993.

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SUGESTÕES DE LEITURA E OUTROS RECURSOS

sites e outros recursos


FNDE – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Disponível em: <www.fnde.gov.br/index.php/programas
-alimentacao-escolar>.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: <www.ibge.gov.br>.

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Disponível em: <www.embrapa.gov.br>.

Ministério da Agricultura. Disponível em: <www.agricultura.gov.br>.

Blog sou Agro. Disponível em: <www.souagro.com.br>.

filmes e documentários
MARVADA Carne. Direção: André Klotzel. Produção: Cláudio Kahna. Intérpretes: Fernanda Torres, Dionísio Azevedo, Adil-
son Barros, Regina Casé e outros. Roteiro: André Klotzel e Carlos Alberto Soffredini. Música: Rogério Duprat. Brasil: Tatu
Filmes, 1985 (78 min.).

passeios e visita
Visitar a cantina da escola para conhecer os ingredientes que compõem o cardápio da merenda escolar.

Visitar uma cooperativa de alimentos ou produtores de uma área próxima para levantar dados e conhecer um pouco mais
sobre a dinâmica da produção.

imagens
Franz Post (1612 - 80) - “Engenho de açúcar no Brasil”. Desenho aquarelado sobre papel, com traços de carvão, 1640.
Coleção Museu Real de Belas-Artes de Bruxelas.

João Maurício Rugendas (1802 - 58) - “Engenho de açúcar”, 1835. In: Viagem pitoresca através do Brasil. São Paulo:
Martins, 1940, p. 205/ I. Col. não revelado.

Benedito Calixto (1853-1927) - “Moagem da cana na Fazenda Cachoeira, em Campinas, em 1830” c/tela s. d. 105x135cm.
Museu Paulista/USP.

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Um documentário da TV Escola. Um ponto
de partida para grandes trabalhos com os
alunos. Assim é o Sala de Pofessor. O progra-
ma incentiva os professores de Ensino Médio
a desenvolverem projetos que mudem a roti-
FOTO na em sala de aula. Em cada programa, dois
professores convidados criam um projeto a
partir de documentários exibidos na TV Es-
cola. São sempre propostas e experimentos
inovadores, que podem ser reaplicados em
qualquer escola do país.

Os trabalhos apresentados são detalhados


em dicas pedagógicas como essa e ficam
disponíveis no site da TV Escola. Os profes-
sores também podem usar as artes criadas
para o programa: são animações, tabelas,
mapas e infográficos que tornam os con-
teúdos mais visuais e interativos. As dicas
pedagógicas e as computações gráficas fo-
ram transformadas em fascículos interativos
para tablets. E o professor também pode
navegar pelo material extra do programa no
blog do Sala. Para ter acesso a esses pro-
dutos, acesse o site tvescola.mec.gov.br ou
curta a fan page da TV Escola no Facebook.

FOTO

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