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Desenvolvimento:
O absolutismo é a forma de organização política centralizada em uma figura (um monarca)
que possui um poder absoluto, inquestionável, sem depender de outros setores do Estado para
exercer seu poder, como poder sobre todas as pessoas que viviam dentro de seu espaço de
domínio político e militar.
“O Absolutismo de Hobbes era formado por um governo autoritário
centralizador, onde o soberano tinha autonomia delegada pelo povo
através de um contrato e teria poderes absolutos, sem limite algum,
acumulava as funções de organizador da vida social (legislando a vida
em sociedade e traçando os parâmetros segundo sua vontade
soberana), de administrar a justiça, polícia e soberania. Todos os
homens estavam subordinados ao ‘ Leviatã’, que exercia de fato e de
direito os atributos da soberania” (Pontes, 2017).
Hobbes também explora que o Estado sem uma centralização com um poder forte não há
ordem e que a soberania absoluta serve de ferramenta para a ordem e que os direitos
individuais deveriam ser abdicados em favor do soberano, esse então teria o controle total
sobre o indivíduo para a eficácia do sistema estatal absoluto e bem estruturado. Este seria o
contrato social de Hobbes, onde o homem deixa seu estado natural de inseguranças e
desordem para aceitar a vida na sociedade mais segura e ordenada. Com o consentimento de
todos que foram o Estado, um soberano tem o poder para governar por todos.
“Construção de uma ordem estável, puramente terrena, contando,
como totalidade do material, com indivíduos livres e iguais,
portadores de direitos naturais, pré-sociais, cada indivíduo autoriza,
do mesmo modo que os outros, as ações do representante soberano.”
(Hobbes, 2004).
Em suma, o governo absoluto privaria os indivíduos de seus direitos de liberdade, não existe
nada que proteja as pessoas que foram o estado, além é claro do soberano, sendo assim surge
um pensamento oposto a ordem absoluta, que reivindica os direitos dos cidadãos do Estado e
que não fazem parte da monarquia, pedindo liberdade ao indivíduo e limitação dos poderes
estatais absolutos ou não.
Na organização do estado liberal de Locke as ordens seriam em favor da liberdade dos
homens e seus interesses
“A liberdade natural do homem deve estar livre de qualquer poder
superior na terra e não depender da vontade ou da autoridade
legislativa do homem, desconhecendo outra regra além da lei da
natureza. A liberdade do homem na sociedade não deve estar
edificada sob qualquer poder legislativo, exceto aquele estabelecido
por consentimento na comunidade civil; nem sob o domínio de
qualquer vontade ou constrangimento por qualquer lei, salvo o que o
legislativo decretar, de acordo com a confiança nele depositada.
Portanto, a liberdade não é o que Sir Robert Filmer nos diz: ‘uma
liberdade para cada um fazer o que quer, viver como lhe agradar e não
ser contido por nenhuma lei’. Mas a liberdade dos homens
submetidos a um governo consiste em possuir uma regra permanente
à qual deve obedecer, comum a todos os membros aquela sociedade e
instituída pelo poder legislativo nela estabelecido É a liberdade de
seguir a própria vontade em todas as coisas não prescritas por esta
regra; e não estar sujeito à vontade inconstante, incerta, desconhecida
e arbitrária de outro homem: como a liberdade natural consiste na não
submissão a qualquer obrigação exceto a da lei da natureza.” (Locke,
1994).
Em Locke os homens se organizam em sociedade civil, regida por leis, para fugir do estado
de guerra, mas anteriormente eles vivem em paz guiados pela razão, no estado de natureza,
sem nenhum indivíduo estar acima de outro até que venha um transgressor dessa ordem e os
force a construir um Estado que será o juiz que protegerá os direitos, sua vida, sua liberdade e
suas propriedades.
“Boa parte da preocupação dos autores do liberalismo político
clássico consistia no estabelecimento de limites jurídicos e
institucionais ao poder dos governantes. Uma das questões
fundamentais da filosofia do direito dentro do liberalismo clássico é,
portanto, como limitar juridicamente o poder político.” (Coelho,
2017).
As críticas liberalistas de John Locke aos poderes absolutistas na forma de regulação dos
poderes em favor do povo (burguesia) com o Segundo Tratado que começa a traçar uma linha
para o que seria um constitucionalismo de Montesquieu, o que evidencia o papel do
liberalismo de John Locke na formação da filosofia Iluminista
“Em resumo Montesquieu deu ao protoliberalismo aquela
profundidade institucional que lhe faltava na tradição contratualista.
Por causa disso. e também por causa de seu poderoso esboço de uma
justificação sociológica da lei e da política, Montesquieu, o segundo
grande antepassado do liberalismo clássico depois de Locke, é
corretamente tido na conta de um dos iniciadores do Iluminismo”
(Merquior, 2014).
Abandonando totalmente os ideais absolutistas as políticas liberais visavam regular o poder, e
os Iluministas, conseguem implementar essas práticas, como exemplo das movimentações da
Revolução Francesa.
BIBLIOGRAFIA:
HAZARD, Paul. O pensamento europeu no século XVIII (de Montesquieu a Lessing), trad
Carlos Grifo Babo (Lisboa: Presença, 1974)
LOCKE, John. Segundo Tratado Sobre o Governo Civil, Petrópolis: Editora Vozes,
1994