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Aula Bônus – Reforma Trabalhista
Professor Milton Saldanha
Aula Bônus
Direito do Trabalho
Reforma Trabalhista
Professor Milton Saldanha
Introdução .......................................................................................................... 6
1. Reforma Trabalhista ...................................................................................... 7
1.1. Introdução ............................................................................................ 7
1.2. A Reforma Trabalhista e as novas perspectivas do direito do
trabalho............................................................................................... 9
1.2.1. Negociação coletiva X enfraquecimento sindical...................... 10
1.2.2. Limites à judicialização.............................................................. 10
1.2.3. Autonomia da vontade X Direito do Trabalho........................... 10
1.2.4. Fontes Materiais da Reforma.................................................... 13
1.3. Aplicação da lei nova no tempo, Fontes Formais e Aplicação
subsidiária do direito comum....................................................................... 14
1.3.1. Aplicação da lei nova no tempo................................................ 14
1.3.2. Fontes Formais......................................................................... 18
1.3.3. Aplicação subsidiária do direito comum.................................... 21
1.4. Responsabilidade Trabalhista.............................................................. 22
1.4.1. Grupo Econômico...................................................................... 22
1.4.2. Sucessão Empresarial.............................................................. 25
1.5. Prescrição............................................ ................................................ 26
1.6 Férias e Tempo a disposição................................................................. 29
1.7 Horas in itinere....................................................................................... 34
1.8 Remuneração e salários........................................................................ 35
1.8.1. Prêmio ...................................................................................... 37
1.8.2. Assistência prestada por serviço médico ou
odontológico........................................................................................ 37
1.9. Teletrabalho.......................................................................................... 38
1.10. Equiparação Salarial........................................................................... 40
1.10.1. Mesmo estabelecimento empresarial...................................... 41
1.10.2 Tempo de serviço..................................................................... 41
1.10.3 Quadro de pessoal organizado em carreira............................. 41
1.10.4 Paradigma remoto.................................................................... 42
Olá Pessoal,
Art. 6o, Lei 13.467/17 - Esta Lei entra em vigor após decorridos cento e vinte dias de
sua publicação oficial.
“Por maior que seja se cansaço, nunca deixe de estudar! Estudar é um privilégio
e só o seu esforço pessoal te levará a conhecer pessoas e mundos que os
acomodados jamais conhecerão.”
Autor desconhecido
1.1. Introdução
Art. 6º, Lei 13.467/17 Esta Lei entra em vigor após decorridos cento e vinte dias de
sua publicação oficial.
Ainda, devemos informar os discentes que as aulas não terão caráter político,
nem caráter opinativo (claro que posso informá-los se determinada favoreceu uma
outra categoria, trabalhadores ou empregadores), mas apenas uma análise cientifica
e objetiva do que está sendo alterado.
Relativização de princípios
Ex. Princípio da proteção; irrenunciabilidade; indisponibilidade.
O trabalhador tem vontade livre para celebrar contrato de trabalho, porém existe o
A Reforma Trabalhista acrescentou ao art. 444 da CLT um parágrafo único que trata
da autonomia da vontade, da livre estipulação de cláusulas contratuais pelo
trabalhador e pelo empregador. Enquanto que o caput do art. 444 (CLT original), traz
uma limitação à autonomia da vontade, que as partes têm autonomia para estipular
cláusulas contratuais, desde que não violem os direitos assegurados.
“Art. 444, CLT. As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre
estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições
de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às
decisões das autoridades competentes. (TEXTO ATUAL)
Parágrafo único. A livre estipulação a que se refere o caput deste artigo aplica-se às
hipóteses previstas no art. 611-A desta Consolidação, com a mesma eficácia legal e
preponderância sobre os instrumentos coletivos, no caso de empregado portador de
diploma de nível superior e que perceba salário mensal igual ou superior a duas
vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social.”
(INSERIDO PELA REFORMA TRABALHISTA)
Nesse sentido, a fonte material da reforma trabalhista foi a crise econômica; a crise
econômica em que vivemos, o retrocesso social, a derrocada de políticas de
esquerda, não só no Brasil, mas em todo o mundo, abriu espaço para a reforma
trabalhista. Logo, essa é a fonte material, os efeitos que a influência externa da
economia e das relações sociais geraram no âmbito do Direito do Trabalho.
Vacatio Legis: 120 dias. Desde a publicação será contado 120 dias e, a partir de
então a nova lei trabalhista passará a vigorar.
A reforma trabalhista não será aplicada para atos jurídicos praticados antes da
reforma (não poder atingir direito adquirido, coisa julgada e ato jurídico perfeito). Mas
para os contratos de trabalho vigentes a história é outra (devemos lembrar que o
Contrato de trabalho é de trato sucessivo, ou seja, se renova a cada mês). Os fatos
praticados depois da reforma poderão sofrer a incidência da reforma.
Importante também é a regra contida na súmula 51 do TST que afirma que no caso
de alteração de regulamento empresarial, o trabalhador admitido antes da alteração
tem direito a continuar aplicando o regulamento antigo, ou seja, havendo alteração
de regulamento empresarial, as normas novas somente serão aplicadas aos
trabalhadores novos; os trabalhadores antigos estariam regidos pelo regime anterior.
Por fim, vejamos, algumas jurisprudências do TST que versam sobre a aplicação da
lei no tempo.
A lei nova não pode ser aplicada aos atos praticados antes da sua própria
vigência. Entretanto, em sendo o contrato de trabalho um contrato de trato
sucessivo, vários atos são praticados, de maneira que, para cada novo ato,
aplica-se a lei nova; ao passo que, para os atos pretéritos, somente se aplica a
lei antiga.
Nesse sentido, temos o seguinte: será aplicada a lei nova aos contratos de trabalho
que estão em vigor, todavia somente para aqueles atos praticados após a vigência
da Lei (após meados de novembro de 2017). Os atos que já foram
finalizados/realizados, os direitos que já foram adquiridos, não poderão ser
alterados.
Diversamente do que foi explicado acima o TST entendeu, na súmula 191, que
a lei nova só seria aplicada aos novos contratos de trabalho e não aos antigos
(mesmo que praticados atos novos).
Diante do exposto, o TST entendeu que a lei nova somente seria aplicada aos
contratos novos de trabalho. Esta súmula apresenta um entendimento diverso do
que o TST vinha defendendo, passando a defender que a lei nova menos favorável
somente será aplicada para os contratos de trabalho que surjam depois da lei. Ou
seja, os contratos já existentes não seriam modificados e continuarão existindo
antes e após a lei.
Em resumo, a jurisprudência mais atual é informar que a lei nova só será aplicada
aos novos contratos de trabalho. Os contratos em vigor atualmente continuariam
regidos pelas normas antigas da CLT, mas os contratos de trabalho novos (depois
da vigência da lei) é que a sofreriam os efeitos da lei nova. Se assim for o
entendimento, os contratos de trabalho celebrados antes de novembro/2017 seriam
regidos pelas normas previstas na CLT “antiga” e os contratos de trabalho depois de
novembro/2017 seriam regidos pela CLT reformada.
Essa tendência pode gerar uma demissão em massa de empregados, haja vista que
os empregadores vão, por certo, preferir firmar contratos de trabalho regidos pela
“Art. 8o...........................................
§ 2º Súmulas e outros enunciados de jurisprudência editados pelo Tribunal Superior
do Trabalho e pelos Tribunais Regionais do Trabalho não poderão restringir direitos
legalmente previstos nem criar obrigações que não estejam previstas em lei.
b) Normas coletivas:
São documentos formais que trazem normas jurídicas para o direito do trabalho.
Temos ACT e CCT. Fruto de negociações.
“Art. 8o...........................................
§ 3º No exame de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, a Justiça do
Trabalho analisará exclusivamente a conformidade dos elementos essenciais do
negócio jurídico, respeitado o disposto no art. 104 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro
de 2002 (Código Civil), e balizará sua atuação pelo princípio da intervenção mínima
na autonomia da vontade coletiva.” (NR)
O que muda? Não se exige mais compatibilidade com o direito do trabalho. O direito
comum será aplicado subsidiariamente sem precisar observar os princípios do
direito do trabalho.
Ocorre um diálogo entre as fontes normativas (um ramo aplica a norma de outro
ramo do direito – ex. direito do trabalho aplica regras de direito civil).
Essa alteração favorece o empregado, pois não era expresso o grupo econômico
horizontal, mas apenas o vertical.
“Art. 2º ................................................................
§ 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas,
Dessa maneira, com a nova redação do art. 2o, §2o, CLT, admite-se não somente o
grupo econômico vertical (por subordinação), mas também o grupo econômico por
coordenação, no qual as empresas se apresentam de forma autônoma.
Nesse sentido, o TST entendia que não bastava a identidade de sócios, pois mesmo
tendo sócios comuns não configurava grupo econômico. Exigia a subordinação.
Alteração: Foi exigir a demonstração do interesse integrado. Assim, para que seja
reconhecido o grupo econômico, as empresas têm que ter um interesse comum
(devem atuar de forma conjunta na economia).
Assim, a identidade de sócio continua não sendo apta para formação de grupo
econômico.
Art. 10º, CLT Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os
direitos adquiridos por seus empregados.
Mudança. Reforma:
SUCESSÃO EMPRESARIAL
Geral Responsabilidade: Sucessor
Responsabilidade solidária (sucessor e
Fraude
sucedido)
1.5. Prescrição
a) Bienal: Aquela regra em que o empregado tem até dois anos para ajuizar a
reclamatória trabalhista. Trata-se de uma prescrição total, se deixar de
pedir durante o prazo perderá toda a pretensão. São dois anos contados do
fim do contrato de trabalho.
Teoria do ato único: Lesões que são feitas em ato único não se renovam mês
a mês. Quando houve ato único do empregador, a prescrição será TOTAL, uma
vez que o empregador alterou de forma prejudicial o contrato de trabalho, o
empregado teria 5 anos para contestar essa alteração maléfica, se não ajuizar a
ação no prazo de 5 anos perderá a pretensão, salvo se a parcela estiver prevista
em lei.
Reforma Trabalhista
a) Férias
Lembram-se que as férias podem ser reduzidas de acordo com as faltas, o que
poderia ocasionar períodos com menos de 10 dias.
REFORMA TRABALHISTA
Na regra que vigora hoje (a reforma ainda não está vigente) as férias eram
marcadas pelo empregador, agora deverá haver um acordo entre as duas partes
para o fracionamento.
Art. 17, LC 150/15. O empregado doméstico terá direito a férias anuais remuneradas
de 30 (trinta) dias, salvo o disposto no § 3o do art. 3o, com acréscimo de, pelo
menos, um terço do salário normal, após cada período de 12 (doze) meses de
trabalho prestado à mesma pessoa ou família.
REFORMA TRABALHISTA
REFORMA TRABALHISTA
A CLT não permitia a “venda das férias” ao trabalhador em tempo parcial, agora,
como as férias são de 30 dias, está autorizado a converter 1/3 das férias em abono
pecuniário.
b) Tempo a disposição
Art. 4º, CLT- Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado
esteja à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo
disposição especial expressamente consignada.
REFORMA TRABALHISTA
Art. 4, CLT........................
§ 2º Por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será
computado como período extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que
ultrapasse o limite de cinco minutos previsto no § 1º do art. 58 desta Consolidação,
quando o empregado, por escolha própria, buscar proteção pessoal, em caso de
insegurança nas vias públicas ou más condições climáticas, bem como adentrar ou
permanecer nas dependências da empresa para exercer atividades particulares,
entre outras:
I - práticas religiosas;
II - descanso;
III - lazer;
IV - estudo;
V - alimentação;
VI - atividades de relacionamento social;
VII - higiene pessoal;
Art. 58, § 2o, CLT - O tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e
para o seu retorno, por qualquer meio de transporte, não será computado na jornada
de trabalho, SALVO quando, tratando-se de local de difícil acesso ou não servido
por transporte público, o empregador fornecer a condução.
REFORMA TRABALHISTA
REFORMA TRABALHISTA
1.8.1 Prêmio
Informa o novo parágrafo quinto do art. 457 que não integram o salário a
assistência prestada por serviço médico ou odontológico:
1.9. Teletrabalho
DO TELETRABALHO
Art. 75-A. A prestação de serviços pelo empregado em regime de teletrabalho
observará o disposto neste Capítulo.
Art. 75-B. Considera-se teletrabalho a prestação de serviços
preponderantemente fora das dependências do empregador, com a utilização
de tecnologias de informação e de comunicação que, por sua natureza, não se
constituam como trabalho externo.
Parágrafo único. O comparecimento às dependências do empregador para a
realização de atividades específicas que exijam a presença do empregado no
estabelecimento não descaracteriza o regime de teletrabalho.
Art. 75-C. A prestação de serviços na modalidade de teletrabalho deverá constar
expressamente do contrato individual de trabalho, que especificará as atividades que
serão realizadas pelo empregado.
§ 1º Poderá ser realizada a alteração entre regime presencial e de teletrabalho
desde que haja mútuo acordo entre as partes, registrado em aditivo contratual.
§ 2º Poderá ser realizada a alteração do regime de teletrabalho para o presencial
por determinação do empregador, garantido prazo de transição mínimo de quinze
dias, com correspondente registro em aditivo contratual.’
Art. 75-D. As disposições relativas à responsabilidade pela aquisição, manutenção
ou fornecimento dos equipamentos tecnológicos e da infraestrutura necessária e
adequada à prestação do trabalho remoto, bem como ao reembolso de despesas
arcadas pelo empregado, serão previstas em contrato escrito.
Parágrafo único. As utilidades mencionadas no caput deste artigo não integram
a remuneração do empregado.
Art. 461, CLT - Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao
mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem
distinção de sexo, nacionalidade ou idade.
§ 1º - Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com
igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença
de tempo de serviço não for superior a 2 (dois) anos.
1 a
Delgado, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 16 ed. São Paulo: LTr, 2017, p. 926.
Art. 461. Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao
mesmo empregador, no mesmo estabelecimento empresarial, corresponderá igual
salário, sem distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade.
Art. 461.
§ 1º Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com
igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença
Art. 461.
§ 2º Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver
pessoal organizado em quadro de carreira ou adotar, por meio de norma interna da
empresa ou de negociação coletiva, plano de cargos e salários, dispensada
qualquer forma de homologação ou registro em órgão público.
§ 3º No caso do § 2º deste artigo, as promoções poderão ser feitas por
merecimento e por antiguidade, ou por apenas um destes critérios, dentro de cada
categoria profissional.
A reforma trabalhista acrescentou o paragrafo quinto no art. 461 para excluir a figura
do paradigma remoto, que ocorre quando o pedido de equiparação se dá com um
colega que teve reconhecida, por via judicial, a equiparação com outro colega.
Art. 461.
§ 5º A equiparação salarial só será possível entre empregados contemporâneos no
cargo ou na função, ficando vedada a indicação de paradigmas remotos, ainda que
o paradigma contemporâneo tenha obtido a vantagem em ação judicial própria.
REFORMA TRABALHISTA
Art. 468.
§ 2º A alteração de que trata o § 1º deste artigo, com ou sem justo motivo, não
assegura ao empregado o direito à manutenção do pagamento da gratificação
correspondente, que não será incorporada, independentemente do tempo de
exercício da respectiva função.” (NR)
Essa alteração vai de encontro com a Súmula 372 do TST que informa que
TST Enunciado nº 372 – I - Percebida a gratificação de função por dez ou mais anos
pelo empregado, se o empregador, sem justo motivo, revertê-lo a seu cargo efetivo,
não poderá retirar-lhe a gratificação tendo em vista o princípio da estabilidade
financeira.
Agora, com o novo texto legal a referida súmula deverá ser alterada.
Assim, a gratificação paga para quem está em cargo de confiança NÃO é mais
incorporada ao salário do empregado, caso este fique no cargo por mais de 10 anos.
A reforma trabalhista retira a exigência temporal, não incorporando mais a
gratificação à remuneração quando o empregado é revertido ao cargo anterior.
Art. 59, CLT - A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas
suplementares, em número não excedente de 2 (duas), mediante acordo escrito
entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho.
Art. 59. A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em
número não excedente de duas, por acordo individual, convenção coletiva
ou acordo coletivo de trabalho.
Art. 59, § 2o, CLT. Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de
acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for
compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não
exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho
previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias.
Assim, o banco de horas era possível desde que seja exclusivamente via ACT ou
CCT. No caso de acordo individual compensa-se apenas durante a semana.
Exclusão do banco de horas por negociação via ACT ou CCT. A negociação será
individual. O chefe propõe diretamente ao empregado (Banco de horas individual).
Art. 59. A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em
número não excedente de duas, por acordo individual, convenção coletiva
ou acordo coletivo de trabalho.
§ 5º O banco de horas de que trata o § 2º deste artigo poderá ser pactuado por
acordo individual escrito, desde que a compensação ocorra no período máximo
de seis meses.
1.13. Contrato Intermitente
REFORMA TRABALHISTA
Art. 452-A. O Contrato de Trabalho intermitente deve ser celebrado por escrito
e deve conter especificamente o valor da hora de trabalho, que não pode ser
inferior ao valor horário do salário mínimo ou àquele devido aos demais
empregados do estabelecimento que exerçam a mesma função em contrato
intermitente ou não.
§ 1º O empregador convocará, por qualquer meio de comunicação eficaz, para a
prestação de serviços, informando qual será a jornada, com, pelo menos, três dias
corridos de antecedência.
§ 2º Recebida a convocação, o empregado terá o prazo de um dia útil para
responder ao chamado, presumindo-se, no silêncio, a recusa.
§ 3º A recusa da oferta não descaracteriza a subordinação para fins do
contrato de trabalho intermitente.
Essa regra não existia até a aprovação da reforma trabalhista. Agora, Acordo
Coletivo de Trabalho - ACT e Convenção Coletiva de Trabalho - CCT poderiam
sobrepor previsões legais, ou seja, podem retirar direitos.
Ex. Hora extra hoje é de 50%, nos finais de semana é de 100%, mas pode
celebrar um ACT e CCT que preveja que a hora extra dos finais de semana também
de 50%.
Todavia, o art. 611-B do texto reformado informa os direitos que podem e não
podem ser suprimidos por convenção coletiva de trabalho ou acordo coletivo de
trabalho:
Continuem firmes na busca pelo seu sonho! Podem ter certeza de uma coisa, o
ESFORÇO SERÁ RECOMPENSADO!
Grande Abraço!
Milton Saldanha!
REFORMA TRABALHISTA
A Reforma Trabalhista acrescentou ao art. 444 da CLT um parágrafo único que trata
da autonomia da vontade, da livre estipulação de cláusulas contratuais pelo
trabalhador e pelo empregador. Enquanto que o caput do art. 444 (CLT original), traz
uma limitação à autonomia da vontade, que as partes têm autonomia para estipular
cláusulas contratuais, desde que não violem os direitos assegurados.
Com a nova redação do art. 2o, §2o, CLT, admite-se não somente o grupo
econômico vertical (por subordinação), mas também o grupo econômico por
coordenação, no qual as empresas se apresentam de forma autônoma.
Para que seja reconhecido o grupo econômico, as empresas têm que ter um
interesse comum (devem atuar de forma conjunta na economia).
Não poderá ser concedido o inicio das férias dois dias antes do feriado ou repouso
semanal.
A reforma trabalhista acrescentou o paragrafo quinto no art. 461 para excluir a figura
do paradigma remoto, que ocorre quando o pedido de equiparação se dá com um
colega que teve reconhecida, por via judicial, a equiparação com outro colega.
A gratificação paga para quem está em cargo de confiança NÃO é mais incorporada
ao salário do empregado, caso este fique no cargo por mais de 10 anos. A reforma
trabalhista retira a exigência temporal, não incorporando mais a gratificação à
remuneração quando o empregado é revertido ao cargo anterior.
A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em número não
excedente de duas, por acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de
trabalho.
Exclusão do banco de horas por negociação via ACT ou CCT. A negociação será
individual. O chefe propõe diretamente ao empregado (Banco de horas individual).
GABARITO: ERRADO
Art. 6º, Lei 13.467/17 Esta Lei entra em vigor após decorridos cento e vinte dias de
sua publicação oficial.
GABARITO: CORRETO
É isso mesmo!
As fontes materiais constituem os momentos pré-jurídicos e, no caso da Reforma
Trabalhista a fonte material foi a crise econômica.
“Art. 8o...........................................
§ 2º Súmulas e outros enunciados de jurisprudência editados pelo Tribunal Superior
do Trabalho e pelos Tribunais Regionais do Trabalho não poderão restringir direitos
legalmente previstos nem criar obrigações que não estejam previstas em lei.
ERRADO
Não se exige mais compatibilidade com o direito do trabalho. O direito comum será
aplicado subsidiariamente sem precisar observar os princípios do direito do trabalho.
“Art. 2º ................................................................
§ 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas,
personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de
outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem
grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes
da relação de emprego.
Questão maldosa. Tudo certinho até falar “quinze dias”, pois o certo é “inferior a
quatorze dias”. Vamos ficar atentos!
Art. 461. Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao
mesmo empregador, no mesmo estabelecimento empresarial, corresponderá igual
salário, sem distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade.
1 2 3 4 5
E C C E C
6 7 8 9 10
E C E E C
11 12 13 14 15
E C E C C