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ORIENTADOR
CGEB
Nº 15 DE 2014
SÃO PAULO
OUTUBRO DE 2014
Governador
Geraldo Alckmin
Vice-Governador
Guilherme Afif Domingos
Secretário da Educação
Herman Voorwald
Secretária Adjunta
Cleide Eid Bauab Bochixio
Chefe de Gabinete
Fernando Padula Novaes
Grupo de Trabalho
André da Costa Silva; Carolina Bessa Ferreira de Oliveira; Diogo Lopes Silva; Douglas Luiz da Costa; Elisabete Ceppaluni Lunetta;
Helena Cecchini Tavares; Isabel Cristina de Almeida Theodoro; Janaina Magro de Oliveira; Luis Augusto Cannizzaro Moraes;
Marcio Rodrigues de Padua; Maria Cristina Ferezin; Sergio Roberto Cardoso; Thiago Teixeira Sabatine
Diagramação
Uiara Maria Pereira de Araújo
TRATAMENTO NOMINAL DE DISCENTES TRAVESTIS E TRANSEXUAIS
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Sumário
Sumário ............................................................................................................................ 4
Apresentação .................................................................................................................... 5
1 - O Tratamento pelo Nome Social .................................................................................... 6
2 – Legislações e Diretrizes Educacionais para a Diversidade Sexual e de Gênero ................ 8
3 – Identidade de Gênero e Orientação Sexual ................................................................. 11
4 – A Disposição de Gênero na Escola............................................................................... 16
5 – As Famílias e Associações de Pais e Mestres ............................................................... 19
6 – Enfrentando a Evasão ................................................................................................ 21
7 – Educação de Jovens e Adultos .................................................................................... 23
8 – O Contexto das Políticas Públicas para LGBT no Estado de São Paulo .......................... 24
9 - Inclusão do Nome Social no Sistema de Cadastro de Alunos ........................................ 28
10 – Procedimentos após a Inserção no Sistema de Cadastro de Alunos ........................... 39
11 – Perguntas Frequentes .............................................................................................. 40
12 – Sugestões de Estudos e Pesquisas ............................................................................. 42
13 – Linha do Tempo dos Direitos..................................................................................... 43
14 – Prevenção Também se Ensina................................................................................... 46
15 - Publicações Disponíveis na Internet........................................................................... 48
16 – Vídeos na Rede do Saber .......................................................................................... 50
17 – Vídeos Disponíveis no YouTube ................................................................................ 52
Referências ..................................................................................................................... 54
Anexos ............................................................................................................................ 57
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Apresentação
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No Estado de São Paulo, a Lei nº 10.948, de 5 de novembro de 2001, em seu artigo 1º estipula punições a toda manifestação atentatória
ou discriminatória contra cidadão homossexual, bissexual, travesti e transexual. Então, mesmo no caso de se alegar que era apenas
“brincadeira ou gozação”, a pessoa que discriminou a outra por conta da orientação sexual e de gênero pode ser acionada
administrativamente.Estão sujeitas a punições civis, todo e qualquer cidadão, inclusive detentores de função pública ou militar, toda
organização social e empresa pública ou privada (restaurantes, escolas, delegacias, etc.). A discriminação pode ser punida por advertência,
multa, ou, em caso de estabelecimento comercial, suspensão ou cassação da licença de funcionamento. Para os servidores públicos, a lei se
aplica de maneira que seja penalizado de acordo com o Estatuto dos Funcionários Públicos.
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Vale lembrar os princípios e fins da educação nacional, definida pela Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional (Lei Federal nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996), visam o
pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho. E deve atender, ainda, os princípios definidos no artigo 3°:
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Orientação sexual - diz respeito à direção ou à inclinação do desejo afetivo e erótico. Esse
desejo, ao direcionar-se, pode ter como único ou principal objeto pessoas do sexo oposto
(heterossexualidades), pessoas do mesmo sexo (homossexualidades) ou de ambos os sexos
(bissexualidades).
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Destaca-se a obra de Simone de Beauvoir “O Segundo sexo” (1949) que trouxe um impulso a reflexão sobre as desigualdades entre
homens e mulheres. A presença da reflexão sobre papéis sexuais na antropologia encontra-se em discussões clássicas desde a década de
1930, como na obra de Margaret Mead “Sexo e Temperamento”. Neste momento as autoras não usavam a categoria gênero, mas
elaboraram importantes reflexões sobre a feminilidade e masculinidade de um ponto de vista cultural. Gayle Rubin em 1975 lançou, no
ensaio “Tráfico de mulheres: notas sobre a economia política do sexo”, o conceito de sistema sexo-gênero entendido como “uma série de
arranjos pelos quais a matéria-prima biológica do sexo humano e da procriação é moldada pela intervenção humana, social, e satisfeita de
um modo convencional, por mais bizarras que algumas dessas convenções sejam”. As perspectivas de várias autoras feministas embora
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relações de poder, nas resistências e apropriações subjetivas das normas sociais que
prescrevem modos de agir e ser. Conforme a filósofa Judith Butler:
“Gênero deve designar o aparelho de produção, o meio
discursivo/cultural através do qual a natureza sexuada é
produzida como pré-discursiva. Gênero está enredado pelas
relações de poder e na estilização repetida do corpo, um
conjunto de atos reiterados dentro de marcos reguladores
inseridos no contexto histórico e cultural” (Butler, 2003. P.25).
diferenciadas acenam para uma atitude crítica frente a naturalização das concepções de diferença sexual. Butler, por exemplo, propõe que
o gênero não deveria ser pensado como uma inscrição cultural de significado sobre um sexo considerado “dado”. Gênero para esta autora
designa a produção discursiva e cultural do sexo ou natureza sexuada como pré-discursivo. In: Butler, Judith. Problemas de Gênero:
feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2003. Para uma revisão do conceito: Piscitelli, Adriana. Re-
criando a (categoria) mulher? In: Algranti, Leila Mezan. A prática feminista e o conceito de gênero. Textos Didáticos n. 48. Campinas:
Unicamp, 2002.
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identificam. Neste sentido, o professor deve estar atento para desconstruir estereótipos de
gênero reiterados nas atividades físicas.
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PERRENOUD, Philippe. Escola e Cidadania: o papel da escola na formação para a democracia. Porto Alegre: Artmed, 2005.
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6 – Enfrentando a Evasão
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mas como parte integrante da vida coletiva, nela também se respaldam os conflitos do
contexto social mais amplo. Igualmente é necessário saber que a postura do professor nunca
é neutra, as ações e práticas educativas estão carregadas de valores, e por isso, faz-se
necessário combater perspectivas homogeinizadoras e normativas que se impõe na prática
escolar como tendência a eliminar as singularidades “indesejáveis” para tornar alguém
aceito plenamente.
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Saiba mais: Além do Decreto 55.588/10, no Estado de São Paulo desde o ano de 2010, existe
um ambulatório específico para travestis e transexuais. Este serviço oferece assistência
integral a travestis e transexuais e conta com atendimento especializado em cardiologia,
oftalmologia, endocrinologia, urologia, proctológia, ginecologia, fonoaudiologia e
otorrinolaringologia, além de psicólogos e psiquiatras, clínica médica, enfermagem,
vacinação, serviço de orientação relacionado à saúde, geração de renda e assessoria jurídica.
Bem como, avalia e encaminha as pessoas interessadas para cirurgia para redesignação
sexual.
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Decreto n° 54.032, de 18/02/2009
5
Resolução Estadual SJDC n° 289 de 18/03/2009.
6
Decreto n° 55.839 de 18/05/2010.
7
Decreto n° 57.090 de 30/06/2011.
8
Resolução SJDC n. 031 de 18/07/2012
9
A Coordenadoria de Gestão da Educação Básica por meio do Centro de Atendimento Especializado (CAESP) mantém o Núcleo de Inclusão
Educacional (NINC), que tem realizado a formação das equipes em Educação para as relações étnico-raciais, educação escolar indígena,
quilombola, educação para a diversidade sexual e de gênero e educação nas prisões e no sistema sócio-educativo, alunos itinerantes e
imigrantes.
10
Gabinete do Secretário, da Coordenadoria de Gestão da Educação Básica (CGEB); Coordenadoria de Gestão de Recursos Humanos
(CGRH); Coordenadoria de Informação, Monitoramento e Avaliação Educacional (CIMA); Coordenadoria de Infraestrutura e Serviços
Escolares (CISE); Coordenadoria de Orçamentos e Finanças (COFI) e Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Professores (EFAP), da
Subsecretaria de Articulação Regional (SAREG) e da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE).
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Definidas a partir do Decreto nº 57.141, de 18/07/2011
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1) Acesse: www.gdae.sp.gov.br
Acesso
www.gdae.sp.gov.br
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•Selecionar
“Alunos”
•Escolher o
Sistema
“Cadastro de
Alunos”
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•Selecionar o
•SISTEMA
“CADASTRO DE
ALUNOS”
•Digitar o
•NOME DO
OPERADOR
•Digitar a
•CHAVE
SECUNDÁRIA
•2015 –
utilizar
opção 05
•2014 –
utilizar
opção 14
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•2015 –
utilizar
opção 01
•2014 –
utilizar
opção 06
Aluno sem RA
Selecionar a opção da
chamada escolar e a
fase desejada para
inscrever o aluno sem
RA
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Aluno sem RA
Aluno sem RA
Preencher a ficha cadastral do aluno
Nome Social
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Aluno sem RA
Preencher a ficha cadastral do aluno
Nome Social
Aluno sem RA
Gerado RA do aluno
Nome Social
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Aluno com RA
Utilizar a opção 3.3.3.
para realizar a
Manutenção da ficha
cadastral
Aluno com RA
Alterar a ficha cadastral do aluno
Digitar o
Selecionar o número RA
da classe
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Aluno com RA
Alterar a ficha cadastral do aluno
Marcar com
“X “ – Dados
pessoais
Aluno com RA
Alterar a ficha cadastral do aluno
Informar o
Nome Social
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Aluno com RA
Alterar a ficha cadastral do aluno
Nome Social
Aluno com RA
Alterar a ficha cadastral do aluno
Confirmar a
alteração
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Ficha do aluno
Consulta Nome Social
Utilizar a opção
2.1.2 – consulta por
nome fonética
Ficha do aluno
Consulta Nome Social
Consultar
Informaraoficha cadastral do aluno
número
da classe
Digitar o
nome social
“continuar”
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Nome Social
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11 – Perguntas Frequentes
1 – Se um aluno solicita ser tratado pelo nome social, como a escola deve proceder?
Resposta: Conforme o §3º do artigo 2º da Resolução SE nº 45/2014 a pessoa interessada,
quando maior de 18 (dezoito) anos, ou o responsável, se menor, poderá solicitar, a qualquer
tempo, a utilização do nome social. Para tanto, deve preencher e assinar o Requerimento
(anexo 4) encaminhado ao Diretor de Escola. O Requerimento deve ser adicionado ao
prontuário do/a aluno/a, bem como o nome social inserido no Sistema de Cadastro de
Alunos. O Diretor ou servidor por ele indicado deverá instruir os docentes e demais
funcionários para o tratamento pelo nome social. Toda a comunidade escolar deve tratar
travestis e transexuais pelo nome social, para isso é importante um trabalho pedagógico
voltado à valorização das diferenças de identidades de gênero na perspectiva dos Direitos
Humanos.
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define o gênero com que cada pessoa se identifica. Travestis, mulheres e homens
transexuais experimentam a modificação de seus corpos por meio da indumentária, do corte
de cabelos, modo de falar e outras performances de gênero, como gestos, posturas, entre
outras, a escola deve reconhecer estas práticas como parte integrante da construção da
dignidade das pessoas travestis e transexuais.
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SAÚDE
1985 - O Conselho Federal de Medicina passou a não considerar a homossexualidade
uma doença mental ou física.
1990 - A Organização Mundial da Saúde oficializou a retirada do Código 302 do CID
(Classificação Internacional de Doenças), declarando oficialmente que a
homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio.
1999 - A resolução 01/99 do Conselho Federal de Psicologia normatiza a conduta
das/os psicólogos frente à questão: “... os psicólogos não colaborarão com eventos
ou serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades”.
2008 - A Portaria nº 1.707 de 18 de agosto de 2008, no âmbito do SUS e,
posteriormente revisada e complementada através da Resolução do Conselho
Federal de Medicina (CFM) nº 1955/2010 prevê as cirurgias de trangenitalização para
transexuais.
2009 - O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo
publica a Resolução CREMESP nº. 208, de 27 de outubro que dispõe sobre o
atendimento médico integral à população de travestis, transexuais e pessoas que
apresentam dificuldade de integração ou dificuldade de adequação psíquica e social
em relação ao sexo biológico.
Criação do Ambulatório de Saúde Integral de Travestis e Transexuais vinculado
ao Centro de Referência e Treinamento em DST/AIDS.
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Extraído do Documento Orientador CGEB nº 14. Diversidades Sexuais e de Gênero:Guia de Metodologias e atividades para o Programa
Escola da Família.
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2013 - O Conselho Federal de Medicina aprovou uma resolução que garante aos
casais formados por pessoas de mesmo sexo o direito de recorrer à reprodução
assistida para ter filhos.
2014 - Constituição do Comitê Técnico Estadual de Saúde da População LGBT
Resolução Secretaria da Saúde nº 05, de 17/01/2014.
ÂMBITO NACIONAL
1996 - 1º Programa Nacional de Direitos Humanos ( 2º e 3º Programa Nacional de
Direitos Humanos, respectivamente, revisados em 2002 e 2009)
2004 - Programa Brasil sem Homofobia
2008 - 1ª Conferência Nacional LGBT
2009 - 1º Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de LGBT
2011 - 2ª Conferência Nacional LGBT
ÂMBITO ESTADUAL
2001 - Lei 10.948/2001 que pune administrativamente os atos de homofobia no
Estado de São Paulo.
2006 - Criação da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância- DECRADI
2009 - Criação da Coordenação de Políticas para a Diversidade Sexual na Secretaria
da Justiça e da Defesa da Cidadania e vinculado a ela o Comitê Intersecretarial de
Defesa da Diversidade Sexual.
2010 - 1º Plano Estadual de Enfrentamento da Homofobia e Promoção da Cidadania
LGBT.
Decreto 55.588/2010 que estabelece a obrigatoriedade do tratamento nominal
(nome social) de travestis e transexuais em todos os órgãos da administração pública
estadual, direta ou indireta;
2013 - Resolução n. 175, de 14 de maio de 2013, aprovada durante a 169ª Sessão
Plenária do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Proíbe as autoridades competentes
de se recusarem a habilitar ou celebrar casamento civil ou, até mesmo, de converter
união estável em casamento entre pessoas do mesmo sexo.
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Medo de que? Conta a história de um garoto que descobre que sente atração
afetivossexual por rapazes. Esse desenho animado sem falas é um convite à
reflexão sobre os medos que interferem na vivência da sexualidade e um
incentivo à busca de uma sociedade mais plural e solidária. Disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=eQSIOWvFYU8
Não Gosto dos Meninos. Inspirado na campanha internacional It Gets Better que
reuniu, durante 12 horas, 40 histórias de vida completamente distintas,
desmistificando e desestigmatizando as diferentes orientações sexuais e
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Dar Voz aos jovens. Conjunto de cinco vídeos: o curta Essa é a minha vida aborda
as relações afetivas e a diversidade sexual; E agora? enfatiza a gravidez na
adolescência; Violência e poder, trata do assédio sexual no ambiente de trabalho;
Amor sem regras aborda os encontros e questões amorosas entre jovens. Já O
amor está ao lado traz as percepções de adolescentes sobre as primeiras relações
afetivossexuais. O projeto foi promovido pelo Centro Brasileiro de Análise e
Planejamento (Cebrap) em parceria com a Fundação Carlos Chagas (FCC), e
executado por estudantes da rede pública de São Paulo, entre 14 e 19 anos,
selecionados em um concurso de narrativas com o objetivo de apresentar suas
percepções sobre a sexualidade. Os vencedores participaram de oficinas de
produção de curta-metragem, com a orientação da produtora de cinema Paula
Garcia. O resultado é um conjunto de vídeos muito interessante e com um olhar
da juventude.
Disponível em: http://www.youtube.com/user/DarVozaosJovens
Minha vida cor de rosa. O filme de ficção europeu (produção conjunta entre
Bélgica, França e o Reino Unido) dirigido por Alain Berliner e lançado em 1997
conta a história de um menino, chamado Ludovic, que imagina que deveria ter
nascido menina. O filme aborda os preconceitos que Ludovic e seus familiares
enfrentam em relação a sua identidade de gênero. Disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=CnOAQDrlmxs
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Referências
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_____. Ministério da Saúde. Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais,
Travestis e Transexuais. Brasília: Ministério da Saúde, 2010.
BUTLER, Judith: Problemas de Gênero. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira. 2003.
CLAM. Gênero e diversidade na escola: formação de professoras/es em Gênero, orientação
Sexual e Relações Étnico-Raciais. Livro de conteúdo. versão 2009. – Rio de Janeiro : CEPESC;
Brasília : SPM, 2009.
CORSA/ECOS. Diversidade Sexual na Escola: Uma metodologia de trabalho com adolescentes
e jovens. Edição Especial, 2008.
FACCHINI, Regina. Sopa de Letrinhas? Movimento homossexual e produção de identidades
coletivas nos anos 90. Rio de Janeiro: Garamond, 2005.
DUQUE, Tiago. Montagens e desmontagen:.desejo, estigma e vergonha entre travestis
adolescentes. São Paulo: Annablume, 2011.
FOUCAULT, Michel. Herculine Barbin: o diário de um hermafrodita. Rio de Janeiro: Francisco
Alves, 1982.
_____. História da sexualidade, 1: A vontade de saber. 14. ed. Rio de Janeiro: Graal, 2005
LOURO, Guacira Lopes. Um corpo estranho: ensaios sobre sexualidade e teoria queer. Belo
Horizonte: Autêntica, 2004.
LEITE JÚNIOR, Jorge. “Nossos corpos também mudam”: sexo, gênero, e a invenção das
categorias “travesti” e “transexual” no discurso científico. São Paulo, 2008. Tese (Doutorado
em Ciências Sociais). Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
MISKOLCI, Richard. Teoria Queer: um aprendizado pelas diferenças. 2ª Ed. Belo Horizonte:
Autentica Editora: UFOP – Universidade Federal de Ouro Preto, 2012.
PELÚCIO, Larissa. Toda quebrada na plástica: corporalidade e construção de gênero entre
travestis paulistas. Campos – Revista de Antropologia Social, Curitiba, v. 6, n. 1, p. 97-112,
2005.
_____. Abjeção e desejo: uma etnografia travesti sobre o modelo preventivo de aids. São
Paulo: Annablume, 2009.
PELÚCIO, Larissa; SOUZA, Luís Antônio Francisco de; MAGALHÃES, Bóris Ribeiro de;
SABATINE, Thiago Teixeira. Olhares Plurais para o cotidiano: gênero, sexualidade e mídia.
Marília: Oficina Universitária; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2012.
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Anexos
ANEXO I - DECRETO Nº 55.588, DE 17 DE MARÇO DE 2010 - DISPÕE SOBRE O TRATAMENTO NOMINAL DAS
PESSOAS TRANSEXUAIS E TRAVESTIS NOS ÓRGÃOS PÚBLICOS DO ESTADO DE SÃO PAULO E DÁ PROVIDÊNCIAS
CORRELATAS
JOSÉ SERRA, Governador do Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais,
Considerando que o princípio da dignidade da pessoa humana, fundamento do Estado
Democrático de Direito, assegura o pleno respeito às pessoas, independentemente de sua
identidade de gênero;
Considerando que é objetivo da República Federativa do Brasil a constituição de uma
sociedade justa e que promova o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo,
cor, idade ou quaisquer outras formas de discriminação;
Considerando que a igualdade, a liberdade e a autonomia individual são princípios
constitucionais que orientam a atuação do Estado e impõem a realização de políticas
públicas destinadas à promoção da cidadania e respeito às diferenças humanas, incluídas as
diferenças sexuais;
Considerando que os direitos da diversidade sexual constituem direitos humanos de
lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, e que a sua proteção requer ações efetivas
do Estado no sentido de assegurar o pleno exercício da cidadania e a integral inclusão social
da população LGBT;
Considerando que toda pessoa tem direito ao tratamento correspondente ao seu gênero; e
Considerando que transexuais e travestis possuem identidade de gênero distinta do sexo
biológico,
Decreta:
Artigo 1º - Fica assegurado às pessoas transexuais e travestis, nos termos deste decreto, o
direito à escolha de tratamento nominal nos atos e procedimentos promovidos no âmbito
da Administração direta e indireta do Estado de São Paulo.
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JOSÉ SERRA
Luiz Antonio Guimarães Marrey
Secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania
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ESTADO DE SÃO PAULO REGULA E REGULAMENTA O TRATAMENTO NOMINAL DE PESSOAS CUJA IDENTIDADE DE
GÊNERO SEJA DISTINTA DE SEU SEXO BIOLÓGICO.
CONSELHO PLENO
1. RELATÓRIO
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O nome social é aquele que corresponde à forma pela qual a pessoa se reconheça, é
identificada, reconhecida e denominada por sua comunidade e em sua inserção social. O
nome social difere do nome civil que é aquele registrado na certidão de nascimento.
No Ofício dirigido ao Conselho, fica claro que essas diretrizes devem contemplar a
necessidade de que se implementem ações de prevenção contra quaisquer atos atentatórios
e discriminatórios dos direitos individuais e coletivos. A iniciativa desta solicitação também
se deve à necessidade de uma regulamentação mais específica da matéria, que assegure a
uniformidade de procedimentos nas instituições vinculadas ao Sistema de Ensino do Estado
de São Paulo.
A respeito da matéria, foram anexados aos autos legislação e instrumentos
normativos de outras unidades da Federação e solicitação de dois alunos de escolas
estaduais de inclusão do nome social.
Este Conselho também recebeu inúmeras manifestações solicitando uma posição
sobre o assunto, como a manifestação do Núcleo de Combate à Discriminação, Racismo e
Preconceito da Defensoria Pública de São Paulo ou a manifestação da Coordenadoria de
Políticas para a Diversidade Sexual, da Secretaria de Estado da Justiça e da Defesa da
Cidadania de São Paulo. A mais recente foi a da Conselheira Presidente do Conselho
Regional de Psicologia-SP defendendo o uso do nome social nas instituições vinculadas ao
Sistema de Ensino do Estado de São Paulo.
2. HISTÓRICO
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com que cada pessoa se identifica, se percebe. Esta identidade pode ou não corresponder ao
sexo atribuído no nascimento. A identidade de gênero inclui o senso pessoal do corpo que
eventualmente envolve, por livre escolha, modificação da aparência ou função corporal por
meio de intervenções médicas, cirúrgicas ou outras.
Outras expressões de gênero, inclusive vestimenta, modo de falar e maneirismos
também são eventualmente adotadas, sempre por livre escolha.
Transexuais e travestis possuem identidade de gênero distinta de seu sexo biológico.
A orientação sexual e a identidade de gênero são essenciais para a dignidade e
humanidade de cada pessoa e não devem ser motivo de discriminação ou abuso.
Muitos avanços ao redor do planeta já foram alcançados, no sentido de assegurar
que as pessoas de todas as orientações sexuais e identidades de gênero possam viver com a
mesma dignidade e respeito a que todas as pessoas têm direito. Atualmente, muitos países
possuem leis e constituições que garantem os direitos de igualdade e não discriminação,
sem distinção por motivo de sexo, orientação sexual ou identidade de gênero.
O Brasil situa-se neste patamar. O artigo 3º da nossa Constituição Federal, a chamada
Constituição Cidadã de 1988, estabelece que um dos objetivos fundamentais da República
Federativa do Brasil é “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo,
cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”.
Entretanto, para que estes objetivos sejam alcançados, é necessário que a legislação
seja permanentemente revista e atualizada e que novos marcos legais sejam editados.
Sabemos que violações de direitos humanos que atingem pessoas por causa de sua
orientação sexual ou identidade de gênero, real ou percebida, constituem um padrão
frequente, muitas vezes consolidado em algumas regiões, o que causa sérias preocupações.
Elas agridem não apenas os direitos individuais, mas também o Estado de Direito
Democrático. O rol dessas violações inclui execuções extrajudiciais, tortura e maus tratos,
agressões sexuais e estupro, invasão de privacidade, detenção arbitrária, negação de
oportunidades de emprego e educação e sérias discriminações em relação ao gozo de outros
direitos humanos. Essas violações são com frequência agravadas por outras formas de
violência, ódio, discriminação e exclusão, a exemplo daquelas baseadas na raça, idade,
religião, deficiência ou status econômico, social ou de outro tipo.
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Muitos países impõem normas de gênero e orientação sexual às pessoas por meio de
costumes, legislação e violência e exercem controle sobre o modo como elas vivenciam seus
relacionamentos pessoais e como se identificam. O policiamento da sexualidade continua a
ser poderosa força subjacente à persistente violência de gênero, bem como à desigualdade
entre os gêneros.
Importantes mecanismos de direitos humanos da Organização das Nações Unidas
têm afirmado a obrigação dos países de assegurar a todas as pessoas proteção eficaz contra
discriminação por motivo de orientação sexual ou identidade de gênero.
3. PRINCÍPIOS
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4. LEGISLAÇÃO BRASILEIRA
O Brasil tem feito sua lição de casa. Nossa legislação, a partir da edição da
Constituição de 1988, tem trazido grandes avanços na forma com que lidamos com essas
questões e foram dados passos significativos na direção da igualdade entre os gêneros e na
proteção contra a violência que se origina na sociedade, na comunidade ou até mesmo na
própria família.
Nossas respostas às violações de direitos humanos com base na orientação sexual e
identidade de gênero precisam desta legislação para que não sejam fragmentadas ou
inconsistentes.
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O uso do NOME, quer civil, quer social, está inserido entre os DIREITOS DA
PERSONALIDADE, que pode ser conceituado como sendo aqueles direitos inerentes a toda
pessoa humana e à sua dignidade, conforme dispõe o atual CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO - Lei
Nº 10.406, de 10/01/2.002. Nesta lei encontramos os artigos 11 e 21 que tratam dos direitos
da personalidade das pessoas. Essa tendência do atual direito privado brasileiro é reforçada
por vários doutrinadores, destacando-se Gustavo Tepedino, a conceber uma cláusula geral
de tutela da personalidade das pessoas naturais (Temas de Direito Civil. Rio de Janeiro:
Renovar, 4ª Edição), construída com base em preceitos fundamentais da CONSTITUIÇÃO
FEDERAL DE 1988 - CF/88: a proteção da dignidade da pessoa humana (art. 1º, III) e a
igualdade em sentido amplo ou isonomia.
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4.5.2 No Estado de São Paulo, foi aprovada a Lei nº 10.948, de 05 de novembro de 2001, que
regulamentou as penalidades a serem aplicadas à pratica de discriminação em razão de
orientação sexual.
4.5.3 O Decreto Nº 55.588, de 17 de março de 2010, dispõe sobre o tratamento nominal das
pessoas transexuais e travestis nos órgãos públicos do Estado de São Paulo e nos artigos 1º e
2º determinou que:
Art. 1º - Fica assegurado às pessoas transexuais e
travestis, nos termos deste decreto, o direito à
escolha de tratamento nominal nos atos e
procedimentos promovidos no âmbito da
Administração direta e indireta do Estado de São
Paulo.
Art. 2º - A pessoa interessada indicará, no momento
do preenchimento do cadastro ou ao se apresentar
para o atendimento, o prenome que corresponda à
forma pela qual se reconheça, é identificada,
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discriminação homofóbica e promoção da cidadania LGBT e que foram absorvidas pelo Plano
Estadual para serem cumpridas pelas Secretarias de Estado.
No que se refere às diretrizes de ação para o enfrentamento à homofobia e suas
decorrentes manifestações de intolerância no âmbito da Secretaria de Educação, foram
estabelecidas as seguintes metas:
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É esperado para maio deste ano de 2014, a edição de novo decreto governamental
instituindo o II Plano Estadual de Enfrentamento à Homofobia e Promoção da Cidadania
LGBT.
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5. CONCLUSÃO
Hubert Alquéres
Relator
DELIBERAÇÃO PLENÁRIA
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DELIBERAÇÃO CEE N° 125/2014 - DISPÕE SOBRE A INCLUSÃO DE NOME SOCIAL NOS REGISTROS ESCOLARES
DAS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS E PRIVADAS NO SISTEMA DE ENSINO DO ESTADO DE SÃO PAULO E DÁ OUTRAS
PROVIDENCIAS CORRELATAS.
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homologação.
Hubert Alquéres
Relator
Francisco José Carbonari
Relator
Roque Theóphilo Junior
Relator
Francisco Antonio Poli
Relator
DELIBERAÇÃO PLENÁRIA
O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO aprova, por unanimidade, a presente Deliberação.
O Cons. João Cardoso Palma Filho, votou favoravelmente, com restrição, nos termos de sua
Declaração de Voto.
DECLARAÇÃO DE VOTO
Voto favoravelmente, com restrição, pelo fato de não constar na Ementa a especificidade
que consta do Decreto nº 55.588, de 17 de março de 2010.
Consº João Cardoso Palma Filho
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Artigo 1º - As escolas públicas da rede estadual de ensino devem assegurar o respeito aos
direitos individuais e coletivos dos alunos, impedindo quaisquer atos atentatórios ou
discriminatórios contra transexuais ou travestis, no âmbito de sua atuação.
Artigo 2º - O direito assegurado aos transexuais e travestis à escolha de nome social, nos
atos e procedimentos realizados no âmbito das escolas, que deverá ser usual na forma de
trata- mento e respeitado por toda a comunidade escolar em conformidade com a legislação
pertinente e o disposto nesta resolução.
§1º O nome social corresponde àquele adotado pela pessoa e conhecido e identificado na
comunidade.
§2º - Nos documentos discentes, de circulação interna da escola, será incluído o nome social
acompanhado do nome civil.
§3º - A pessoa interessada, quando maior de 18 (dezoito) anos, ou o responsável, se menor,
poderá solicitar, a qualquer tempo, a utilização do nome social, nos termos da presente
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Local.
Data: _ _ _ / _ _ _ / _ _ _ _ _
____________________________________________
(Assinatura do (a) aluno (a) ou responsável, se menor).
_____________________
Deferimento do (a) Diretor (a)
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