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1.8 REVISÃO DO BENEFÍCIO. DECADÊNCIA.

PENSÃO POR MORTE.......................................................................................fl.09

1.9 PENSÃO POR MORTE. NÃO COMPROVAÇÃO DA CONVIVÊNCIA


MARITAL À DATA DO ÓBITO E NEM DA DEPENDÊNCIA ECONÔMICA.

1.10 PENSÃO POR MORTE. MENOR DESIGNADO. INEXISTÊNCIA DE


DIREITO ADQUIRIDO.

1.11 PENSÃO POR MORTE. AUSÊNCIA DE INÍCIO DE PROVA MATERIAL. A


EXISTÊNCIA DE ATITUDE AFETIVA COM O FINADO NÃO IMPLICA
NA EXISTÊNCIA DE RELACIONAMENTO AMOROSO.

1.12 PENSÃO POR MORTE. RATEIO COM EX-ESPOSA. NÃO


COMPROVAÇÃO DA CONVIVÊNCIA MARITAL E NEM DA
PERCEPÇÃO DE ALIMENTOS. IMPOSSIBILIDADE.

1.13 PENSÃO POR MORTE. EXISTÊNCIA DE DEPENDENTES DE MESMA


CLASSE. RATEIO EM PARTES IGUAIS. COTA-PARTE DO BENEFÍCIO
PREVIDENCIÁRIO EM VALOR INFERIOR AO SALÁRIO MÍNIMO.
POSSIBILIDADE. LEGALIDADE.

1.14 PENSÃO POR MORTE. EX-COMBATENTE. EQUIPARAÇÃO COM O


PESSOAL DA ATIVA. AUSÊNCIA DE VINCULAÇÃO.

1.15 PENSÃO POR MORTE. ATRASADOS ENTRE O 1º. REQUERIMENTO E O


PEDIDO REVISÃO DO INDEFERIMENTO. DOCUMENTOS SOMENTE
APRESENTADOS EM CUMPRIMENTO ÀS EXIGÊNCIAS. SEM DIREITO
À ATRASADOS.

REVISÃO...........................................................................................................fl.13

1.16 REVISÃO. EC’S 20 E 41 – BENEFÍCIO NÃO LIMITADO AO TETO NA


CONCESSÃO. AUSÊNCIA DE DIREITO.

1.17 APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. REVISÃO. RENDA


MENSAL INICIAL. IMPOSSIBILIDADE. CONCESSÃO CORRETA PELO
INSS. ART. 29, I, DA LEI Nº 8.213/91. ELEMENTOS SUFICIENTES NOS
AUTOS PARA CONVENCIMENTO DO MAGISTRADO.

1.18 DESAPOSENTAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE SEM A RESTITUIÇÃO DOS


VALORES.

1.19 PENSÃO POR MORTE. EX-COMBATENTE. LEGISLAÇÃO VIGENTE NA


ÉPOCA DO ÓBITO. REVISÃO DA RMI. REAJUSTE DA PENSÃO
CONFORME REMUNERAÇÃO DA ATIVA COM MAJORAÇÃO DA RMI
EM 100% DO VALOR DA APOSENTADORIA – IMPOSSIBILIDADE.

2
RURAL...............................................................................................................fl.16

1.20 AUXÍLIO-DOENÇA RURAL. AUSÊNCIA DE PROVA MATERIAL.


VÍNCULO URBANO.

1.21 APOSENTADORIA RURAL – DESCARACTERIZAÇÃO POR ATIVIDADE


URBANA.

1.22 APOSENTADORIA RURAL – DOCUMENTOS PRÓXIMOS À CARÊNCIA.

1.23 APOSENTADORIA POR IDADE RURAL. CUMULAÇÃO COM


APOSENTADORIA URBANA. IMPOSSIBILIDADE.

1.24 SALÁRIO-MATERNIDADE. AUSÊNCIA DE INÍCIO DE PROVA


MATERIAL. DOCUMENTOS PRODUZIDOS COM A FINALIDADE DE
OBTENÇÃO DE BENEFÍCIO.

TEMPO DE SERVIÇO.......................................................................................fl.19

1.25 CÔMPUTO DE TEMPO ESPECIAL. PRECARIEDADE DOS


DOCUMENTOS. INSALUBRIDADE NÃO DEMONSTRADA. AUSÊNCIA
DE LAUDO. AGENTE RUÍDO.

1.26 CONVERSÃO DE TEMPO DE SERVIÇO ESPECIAL COM CONCESSÃO


DE APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. JORNALISTA.
NATUREZA JURÍDICA DIVERSA DA APOSENTADORIA DO ART. 57 E
SS LEI 8.213/91.

1.27 MANDADO DE SEGURANÇA. CONVERSÃO DE TEMPO ESPECIAL EM


COMUM. NECESSIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA. INADEQUAÇÃO
DA VIA ELEITA.

2. PROCESSUAL CIVIL

COISA JULGADA..............................................................................................fl.21

2.1. APOSENTADORIA RURAL. COISA JULGADA. EXTINÇÃO DO


PROCESSO.

2.2. COISA JULGADA CONFIGURADA-IMPOSIÇÃO DE MULTA POR


LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ.

EXECUÇÃO.......................................................................................................fl.22

3
2.3. EXECUÇÃO. CONCORDÂNCIA DO EXEQUENTE COM OS CÁLCULOS.
PRECATÓRIO PAGO. PRECLUSÃO. RETIFICAÇÃO OBRIGAÇÃO DE
FAZER.

EXTRA-PETITA................................................................................................fl.23

2.4. SENTENÇA EXTRA PETITA. ANULAÇÃO DO JULGADO.

INSTÂNCIAS (COMUNICAÇÃO).......................................................................fl.23

2.5. APOSENTADORIA SUSPENSA POR INDÍCIO DE FRAUDE. ESTIVADOR.


AÇÃO PENAL JULGADA IMPROCEDENTE POR FALTA DE PROVA.
NÃO SE NEGOU A MATERIALIDADE. INEXISTÊNCIA DE
VINCULAÇÃO NA ESFERA CIVIL.

MULTA..................................................................................................................fl.24

2.6. EXECUÇÃO DE ASTREINTES FIXADAS PARA CUMPRIMENTO DE


TUTELA ANTECIPADA POSTERIORMENTE REVOGADA.
IMPOSSIBILIDADE.

PRECLUSÃO......................................................................................................fl.24

2.7. PRECATÓRIO PARA PAGAMENTO DE HONORÁRIOS SOBRE VALOR


PAGO ADMINISTRATIVAMENTE. PEDIDO FORMULADO APÓS O
PAGAMENTO DO PRECATÓRIO ORIGINAL. PRECLUSÃO.

PRESCRIÇÃO...................................................................................................fl.25

2.8. EMBARGOS À EXECUÇÃO. ÓBITO DA EXEQUENTE. SUSPENSÃO DO


PROCESSO. HABILITAÇÃO. PRESCRIÇÃO.

2.9. PRESCRIÇÃO DO FUNDO DE DIREITO.

RESCISÓRIA.............................................................................................................fl.26

2.10. DECISÃO RESCINDENDA DO JEF. IMPOSSIBILIDADE.

2.11. DESCONSTITUIÇÃO DO TÍTULO DE EXEQUENDO. VIA INADEQUADA.


NECESSIDADE DE AJUIZAMENTO DE AÇÃO RESCISÓRIA.

RESPONSABILIDADE CIVIL................................................................................fl.26

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2.12. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. ABSOLVIÇÃO EM
PROCESSO CRIMINAL. DANO MORAL NÃO CONFIGURADO.
INDEPENDÊNCIA ENTRE AS ESFERAS. SENTENÇA MANTIDA.

2.13. RESPONSABILIDADE CIVIL. DANOS MORAIS E MATERIAIS.


PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. OCORRÊNCIA

ACÓRDÃOS:

1. PREVIDENCIÁRIO

1.1. EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO PREVIDENCIÁRIA. REVISÃO DO


BENEFÍCIO DE AUXÍLIO-ACIDENTE NOS TERMOS DA LEI Nº 9.032/95.
APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO TEMPUS REGIT ACTUM. 1. Na espécie,
cuida-se de apelação cível contra sentença que, julgou improcedente o pedido de
alteração do percentual do auxílio-acidente de 40% (quarenta por cento) para
50% (cinqüenta por cento). 2. A controvérsia central a ser dirimida diz respeito à
aplicação da lei nova a fatos pretéritos. 3. A Suprema Corte deliberou no sentido
de que a aplicação, desde o início da vigência da Lei nº 9.032/95, aos benefícios
de aposentadoria por invalidez (art. 44), aposentadoria especial (art. 57, §1º) e
pensão por morte (art. 75), constituídos ou adquiridos anteriormente àquele
diploma legal, caracterizava violação aos artigos 5º, XXXVI, e 195, §5º, da
Constituição da República. 4. Deveras, no Recurso Extraordinário nº 597389
(sujeito ao regime de repercussão geral), o STF assentou que a Lei nº 9.032/95
não se aplica aos benefícios concedidos antes de sua vigência. 5. Tem-se, pois,
que a sentença de primeiro grau está em conformidade com o entendimento do
Supremo Tribunal Federal a respeito. 6. Apelo improvido.
(TJPE, 2ª Câmara de Direito Público, Relator Desembargador Francisco José
Bandeira de Mello, Apelação 0277952-2, processo 0033440-53.2011.8.17.0001,
publicado em 03.09.2012)
Disponível em:
http://www.tjpe.jus.br/processos/consulta2grau/ole_busca_processos_numero_te
xto2a.asp?num=347908&data=2012/09/03 15:51

1.2. EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ACIDENTÁRIA. NÃO


CONCESSÃO DE AUXÍLIO-ACIDENTE. LAUDO PERICIAL OFICIAL E
DO INSS CONCLUSIVOS PELA AUSÊNCIA DE REDUÇÃO OU DE
PERDA DA CAPACIDADE LABORATIVA. INEXISTÊNCIA DO DIREITO
PRETENDIDO. 1. A concessão de auxílio-acidente depende da ocorrência de
acidente que ocasione seqüela definitiva no segurado e redução de sua
capacidade laborativa. 2. Ausente nos autos prova indicativa da presença dos
requisitos necessários à concessão do benefício pleiteado pelo obreiro. 3. No
caso, o perito oficial e o perito do INSS concluíram pela não ocorrência dos
requisitos ensejadores do auxílio-acidente. 4. Apelação improvida.

5
(TJPE, 2ª Câmara de Direito Público, Relator Desembargador Francisco José
dos Anjos Bandeira de Mello, Apelação 267421-9, processo 0030828-
21.2006.8.17.0001, julgado em 30.08.2012)

1.3. EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. NÃO CONCESSÃO DE AUXÍLIO-


ACIDENTE. INEXISTÊNCIA DE PROVA DO NEXO CAUSAL. 1. Não há
como reconhecer a ocorrência do acidente de trabalho, nos termos do art. 19 da
Lei nº 8.213/91, em face da inexistência, nos autos, de qualquer evidência
probatória a corroborar a alegação exordial de que o apelante caiu quando o
mesmo estava a serviço da Novos Alimentos Ltda., para quem trabalhava. 2.
Com efeito, o autor ingressou em juízo requerendo a concessão do benefício de
auxílio-acidente, ao argumento de ter escorregado na camada de gelo do piso da
câmara fria, fraturando o polegar da mão direita. 3. O INSS, na sua contestação
(fl. 45), negou a ocorrência de acidente de trabalho, aduzindo que nem existe nos
seus arquivos comunicação da ocorrência de acidente do trabalho, conforme
determina a legislação acidentária, nem há nos autos comprovação do mesmo. 4.
Em que pese ser possível que o apelante tenha sofrido o acidente quando do
exercício de sua atividade profissional, realmente não há nos autos qualquer
prova material a comprovar o ocorrido. 5. O INSS nega a presença de qualquer
indício de ocorrência de acidente de trabalho. 6. Ou seja, a única maneira de se
comprovar o fato seria a existência de prova testemunhal idônea, que não há nos
autos. 7. Nesse contexto, não existindo nos autos prova idônea capaz de
comprovar que o acidente do apelante se deu quando o mesmo exercia sua
atividade laboral, não restou deferido o benefício de auxílio-acidente. 8.
Apelação improvida, mantida a sentença hostilizada em todos os seus termos.
(TJPE, 2ª Câmara de Direito Público, Relator Desembargador Francisco José
dos Anjos Bandeira de Mello, Apelação 0243318-5, processo 0021424-
43.2006.8.17.0001, julgado em 30/8/2012)

1.4. EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. RESTABELECIMENTO DE AUXÍLIO-


DOENÇA. IMPOSSIBILIDADE. RECUPERAÇÃO DA CAPACIDADE
LABORAL. 1. A Lei nº 8.213/91 prevê que o segurado da Previdência Social
terá direito ao auxílio-doença quando incapacitado para o trabalho por mais de
quinze dias (art. 59). 2. Constatado, através da manifestação do próprio
demandante, que este se encontra apto ao exercício de suas atividades
laborativas, não há direito ao restabelecimento de auxílio-doença. 3. Apelação
improvida.
(TRF5ª Região, Terceira Turma, Relator Desembargador Federal Élio
Wanderley Filho , AC 544717-PB, processo nº 0003088-26.2012.4.05.9999,
publicado em 20/08/2012).
Disponível em:
http://www.trf5.jus.br/archive/2012/08/00030882620124059999_20120817_475
6355.pdf

1.5. EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. APELAÇÃO. AMPARO SOCIAL. NÃO


COMPROVAÇÃO DE INCAPACIDADE PARA O TRABALHO E PARA A
VIDA INDEPENDENTE. PERÍCIA DO JUÍZO. NÃO DEMONSTRAÇÃO.
IMPOSSIBILIDADE.
1. A questão que se apresenta para deslinde diz respeito ao direito da parte
autora ao benefício de amparo assistencial, denegado pelo Juízo a quo, diante da

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não demonstração de que seria incapaz para o trabalho e para vida independente.
2. O art. 20 da Lei nº 8.742/93 assegura à pessoa portadora de deficiência, que
comprove não possuir meios de prover a sua própria manutenção e nem de tê-la
provida por sua família, o benefício mensal de um salário mínimo. 3. Considera-
se, a teor dos §§ 2º e 3º do referido diploma legal, pessoa deficiente aquela
incapacitada para a vida independente e para o trabalho, bem como incapaz de
prover a subsistência, a família cuja renda mensal per capita seja inferior a ¼ do
salário mínimo. 4. A perícia a que foi submetida a demandante não comprovou a
incapacidade para o trabalho e para a vida indempendente, conforme laudo: “A
promovente é portadora de escoliose compensatória com lombalgia crônica da
coluna vertebral, e sequela de fratura do fêmur esquerdo, com limitação
funcional de grau leve da coluna vertebral e marcha claudicante, que não a
incapacita para o exercício das atividades de trabalho, e não necessita de auxílio
de terceiros para as atividades de vida diária.” 5. Portanto, de acordo com os
dispositivos legais mencionados, para auferir o referido benefício assistencial é
necessário a demonstração concomitante, tanto da hipossuficiência quanto da
incapacidade para o trabalho e para a vida independente, este último, não
comprovado pela promovente. Apelação improvida.
(TRF5ª Região, Primeira Turma, Relator Desembargador Federal José
Maria Lucena , AC 543502- PB, processo nº 0002867-10.2009.4.05.8201,
publicado em 20/08/2012).
Disponível em:
http://www.trf5.jus.br/archive/2012/08/200982010028676_20120817_4685677.
pdf

1.6. EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. RESTABELECIMENTO DE


APOSENTADORIA POR INVALIDEZ E INDENIZAÇÃO POR DANOS
MATERIAIS. BENEFÍCIO SUSPENSO EM VIRTUDE DO RETORNO DO
AUTOR AO TRABALHO. LEGALIDADE DO ATO ADMINISTRATIVO.
FORMULADO PEDIDO DE DESISTÊNCIA DA AÇÃO. OPOSIÇÃO DA
AUTARQUIA RÉ. CONFIGURADA LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ.
CONDENAÇÃO EM MULTA. MANTIDO O DECISUM DE PRIMEIRO
GRAU EM TODOS OS SEUS TERMOS. - Há que ser indeferido o pedido de
desistência da ação formulado pelo autor, à vista dos argumentos aduzidos pela
autarquia apelada de que a sua aposentadoria por invalidez foi devidamente
cessada vez que retornou ao mercado de trabalho, ao tempo em que esteve no
gozo do benefício, consoante restou sobejamente demonstrado nos autos. Logo,
pleitear indenização de danos morais e matérias, sob o fundamento de que a
autarquia demandada ao cessar o seu benefício o fez em desobediência aos
Princípios Constitucionais vigente, constitui flagrante desrespeito ao poder
público. - Configurada litigância de má-fé, porquanto nas declarações prestadas
diante da Policia Federal, o próprio postulante alegou ter conhecimento de que a
aposentadoria por invalidez veda o exercício de qualquer outra atividade
laborativa e que voltou a trabalhar quando se recuperou da doença que motivou a
concessão do benefício por invalidez, inclusive que atua como advogado desde
1978 (sem interrupção) e como professor de 1985 a 2005, de modo que, ao
ajuizar a presente ação incorreu na hipótese elencada no inc. I do art. 17, da
legislação processual em vigor, impondo-se a manutenção da condenação em
multa por litigância de má-fé (art. 18 do CPC), como também ao pagamento das

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custas processuais e honorários advocatícios, nos termos em que estabelecidos
no juízo singular. - Apelação improvida.
(TRF5ª Região, Quarta Turma, Relator Desembargador Federal Edilson
Nobre , AC 544556 PE, processo nº 0007139-07.2010.4.05.8300, publicado
em 27/09/2012).
Disponível em:
http://www.trf5.jus.br/archive/2012/08/00071390720104058300_20120823_474
4359.pdf

1.7. EMENTA: PREVIDÊNCIA SOCIAL. REVISÃO DO ATO DE CONCESSÃO


DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. DECADÊNCIA. PRAZO. ART. 103 DA
LEI 8.213/91. BENEFÍCIOS ANTERIORES. DIREITO INTERTEMPORAL.
- Até o advento da MP 1.523-9/1997 (convertida na Lei 9.528/97), não havia
previsão normativa de prazo de decadência do direito ou da ação de revisão do
ato concessivo de benefício previdenciário. Todavia, com a nova redação, dada
pela referida Medida Provisória, ao art. 103 da Lei 8.213/91 (Lei de Benefícios
da Previdência Social), ficou estabelecido que "É de dez anos o prazo de
decadência de todo e qualquer direito ou ação do segurado ou beneficiário para a
revisão do ato de concessão de benefício, a contar do dia primeiro do mês
seguinte ao do recebimento da primeira prestação ou, quando for o caso, do dia
em que tomar conhecimento da decisão indeferitória definitiva no âmbito
administrativo". - Essa disposição normativa não pode ter eficácia retroativa para
incidir sobre o tempo transcorrido antes de sua vigência. Assim, relativamente
aos benefícios anteriormente concedidos, o termo inicial do prazo de decadência
do direito ou da ação visando à sua revisão tem como termo inicial a data em
que entrou em vigor a norma fixando o referido prazo decenal (28/06/1997).
Precedente: STJ; RECURSO ESPECIAL Nº 1.303.988 – PE; Relator
MINISTRO TEORI ALBINO ZAVASCKI; data de julgamento: 14.03.2012;
DJe 21.03.2012. - No presente caso, o benefício de aposentadoria por tempo de
contribuição foi requerido em 27.04.90, com DIB em 23.03.90, enquanto a
presente ação ajuizada em 22.03.2010, quando já transcorrido o prazo
decadencial. - Apelação e remessa oficial providas.
(TRF5ª Região, Segunda Turma, Relator Desembargador Federal Paulo
Gadelha, APELREEX 23479-CE, processo nº 0004256-08.2010.4.05.8100,
publicado em 24/08/2012).
Disponível em:
http://www.trf5.jus.br/archive/2012/08/00042560820104058100_20120823_473
8614.pdf

1.8. EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DE BENEFÍCIO. DECADÊNCIA.


ART. 103. DA LEI 8.213/91, COM A REDAÇÃO DADA PELA LEI 9.528/97.
RECONHECIMENTO. 1. É firme o entendimento do STJ de que o prazo
decadencial para pleitear a revisão de benefício previdenciário, concedido antes da
edição da referida Medida Provisória 1.523-9/97, tem como termo inicial o da
vigência da norma superveniente que o estabeleceu, ou seja, 28/06/97. 2. Na
hipótese dos autos, o benefício foi concedido antes do advento da MP 1.523-9/97,
ou seja, em 01.01.1996, tendo sido a ação que visou à sua revisão ajuizada em
maio de 2012, quando, portanto, já configurada a decadência. 3. Apelação
improvida.

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(TRF5ª Região, Primeira Turma, Relator Desembargador Federal Manoel
Erhardt, AC 544426- PE, processo nº 0010498-91.2012.4.05.8300, publicado
em 17/08/2012).
Disponível em:
http://www.trf5.jus.br/archive/2012/08/00104989120124058300_20120816_47382
15.pdf

1.9. EMENTA: PREVIDENCIARIO. COMPANHEIRA. PENSÃO POR MORTE.


UNIÂO ESTÁVEL DISSOLVIDA HÁ MAIS DE CINCO DA DATA DO
PASSAMENTO DO SEGURADO. NÃO COMPROVADA A EXISTÊNCIA DE
CONVIVÊNCIA MARITAL À DATA DO ÓBITO, TAMPOUCO DE
DEPENDÊNCIA ECONÔMICA DA AUTORA EM RELAÇÃO AO EX-
COMPANHEIRO FALECIDO. NÃO CONCESSÃO DO BENEFÍCIO. - In casu,
não restou demonstrado que a promovente convivia maritalmente com o
instituidor, à época do óbito, porquanto, de acordo com a Escritura Pública
Declaratória de União Estável, lavrada, em 30/09/2003, com base em suas próprias
declarações, tal convivência se deu de 1977 a 1990, donde se infere que, à data do
falecimento, a união estável já estava dissolvida há mais de cinco anos. - Logo, por
se tratar de ex-companheira, a presunção de dependência econômica é juris
tantum, uma vez que esta não se encontra incluída no rol dos dependentes do
segurado, cabendo à postulante o ônus de demonstrar ser economicamente
dependente do seu ex-companheiro. - Contudo, não logrou a autora trazer aos
autos qualquer indício de prova material de dependência econômica em relação ao
ex-convivente falecido. Além disso, conclui-se da prova oral (inclusive do
depoimento da própria postulante), produzida em juízo com as formalidades legais,
que, depois da separação do casal, o extinto segurado continuou a dar assistência à
ex-convivente, mas apenas no que diz respeito à manutenção dos filhos, visto que
ela sempre trabalhou (costureira/cabeleireira) e tem condições de se manter por si
mesma. Outra evidência da sua independência financeira consiste no fato de ter ela
requerido a pensão por morte, após o decurso de dois anos do falecimento do
instituidor, tão somente em favor do filho menor. - Assim, considerando que a
promovente não trouxe aos autos qualquer prova da sua dependência econômica
em relação ao ex-companheiro falecido, não há como lhe ser assegurado o direito à
pensão por morte pleiteada. Precedente desta Quarta Turma. - Apelação e remessa
oficial providas.
(TRF5ª Região, Primeira Turma, Relator Desembargador Federal Edilson
Nobre, APELREEX 23639 CE, processo nº 0003106-47.2012.4.05.9999,
publicado em 17/08/2012).
Disponível em:
http://www.trf5.jus.br/archive/2012/08/00031064720124059999_20120816_47652
99.pdf

1.10. EMENTA: Previdenciário. Pensão por morte. Menor designada. Data do óbito
anterior a Lei nº 9.032/95. Inexistência de direito adquirido. Apelo improvido.
(TRF5ª Região, Quarta Turma, Relator Desembargador Federal Lázaro
Guimarães, AC 538767-PB, processo nº 0001282-53.2012.4.05.9999,
publicado em 17/08/2012).
Disponível em:
http://www.trf5.jus.br/archive/2012/08/00012825320124059999_20120816_452
4869.pdf

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1.11. EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. COMPANHEIRA.
INEXISTÊNCIA DE QUALQUER INÍCIO DE PROVA MATERIAL IDÔNEO
DA ALEGADA UNIÃO ESTÁVEL COM O DE CUJUS. NÃO
DEMONSTRADA SEQUER A EXISTÊNCIA DE RELACIONAMENTO
AMOROSO. NÃO CONCESSÃO DO BENEFÍCIO. - A Carta Federal
reconhece a união estável entre pessoas de sexos opostos, como entidade
familiar, e assegura a percepção de pensão à companheira. Destarte, tal direito,
não deve ficar à mercê de burocrática prova da dependência econômica do
cônjuge, que, in casu, é presumida. - A autora não trouxe aos autos qualquer
início de prova material da alegada união estável com o falecido, à data do óbito,
pois o fato de constar como sua dependente em um cartão de crédito; ou,
ocasionalmente, aparecerem juntos em fotografias; ou, ainda, ter acompanhado o
segurado durante o seu internamento hospitalar e, até mesmo, ter declarado seu
óbito e providenciado o sepultamento, não têm o condão de comprovar, sequer,
a existência de um relacionamento amoroso, menos ainda, de uma convivência
marital pública e notória, de mais de cinco anos.- Ademais, afigura-se natural a
ocorrência de algumas atitudes afetivas da postulante para com o finado, sem
que implique em um envolvimento amoroso, visto que possui vínculo de
amizade com a família do de cujus, consoante ela própria afirmou em seu
depoimento. - A escritura pública apresentada não se presta à demonstração da
efetiva convivência familiar entre a autora e o extinto, porquanto foi
confeccionada após o falecimento do suposto convivente, com base nas
declarações particulares e unilaterais dos irmãos deste, as quais só obrigam os
respectivos declarantes e só provam a declaração, e, não, o fato declarado, nos
termos do art. 368 do CPC, confirmando a existência da amizade da postulante
com a família do ex-segurado, como também o intento de formar prova para a
obtenção do benefício.- Assim, ante a inexistência de comprovação da alegada
união estável com o extinto segurado, tem-se que não possui a autora o direito à
concessão da pensão por morte pleiteada.- Apelação improvida.
(TRF5ª Região, Quarta Turma, Relator Desembargador Federal Edilson
Nobre Junior, AC 544559-SE, processo nº 0000077-52.2011.4.05.8502,
publicado em 24/08/2012).
Disponível em:
http://www.trf5.jus.br/archive/2012/08/00000775220114058502_20120823_474
4421.pdf

1.12. EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. RATEIO. UNIÃO


ESTÁVEL E DEPENDÊNCIA ECONÔMICA. NÃO COMPROVAÇÃO.
APELAÇÃO DO PARTICULAR IMPROVIDA. 1. A companheira, pessoa que,
sem ser casada, mantém união estável com o segurado, é beneficiária do Regime
Geral da Previdência Social, na condição de dependente deste, sendo certo que a
dependênciaeconômica daquela em relação a este é presumida. 2. Caso em que
os documentos apresentados pela autora não são suficientes para comprovar que
houve um convívio marital entre a apelante e o falecido após a separação em
1985. É que, de acordo com o Processo de Justificação Judicial colacionado aos
autos e os depoimentos testemunhais, o de cujus convivia maritalmente com a
litisconsorte passiva no momento do óbito. 3. Na espécie, como bem salientou o
ilustre magistrado sentenciante, “seria mesmo difícil de conceber que um
senhor, com mais de 80(oitenta) anos de idade e que pagava pensão alimentícia

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para filhos havidos com a autora, e não para ela, de fato ainda com ela
convivesse, pois, se tal fosse verdade, não haveria razão para os alimentos. Não
há como admitir que ele, com essa idade e com a saúde já fragilizada, conforme
se pode aferir dos depoimentos, fizesse deslocamentos constantes e duradouros
entre Fortaleza e Canindé para atender a duas companheiras”. 4. Ante a
ausência de provas, constata-se que não ficou comprovada a manutenção dos
vínculos familiares e afetivos após a separação até o evento morte. Deste modo,
não demonstrada a convivência more uxório, a dependência econômica da
apelante em relação ao segurado não é presumida, devendo, pelo contrário, ser
demonstrada, não sendo possível, sem tal comprovação, a concessão da pensão e
o respectivo rateio. 5. Quanto à alegação da parte autora de que dependia
economicamente do falecido, verifica-se que não há, nos autos, qualquer
documento que comprove tal afirmação. Observa-se também que a apelante não
se enquadra nos termos dos arts. 76, § 2º e 77 c/c o art. 16, I e § 4º, todos da Lei
nº. 8.213/91, pois não conseguiu demonstrar que recebia pensão alimentícia do
falecido, fato que ensejaria o rateio do benefício em comento. 6. Apelação
improvida.
(TRF5ª Região, Segunda Turma, Relator Desembargador Federal Rubens
Canuto, AC 543900 CE, processo nº 0001649-27.2007.4.05.8100, publicado
em 24/08/2012).
Disponível em:
http://www.trf5.jus.br/archive/2012/08/200781000016496_20120823_4707185.
pdf

1.13. EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. EXISTÊNCIA DE


DEPEDENTES DE MESMA CLASSE. RATEIO EM PARTES IGUAIS.
COTA-PARTE DO BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO EM VALOR INFERIOR
AO SALÁRIO-MÍNIMO. POSSIBILIDADE. LEGALIDADE. PEDIDO DE
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS PREJUDICADO. APELAÇÃO NÃO
PROVIDA. 1. Apelação interposta a sentença que julgou improcedente pedido
de revisão dos valores recebidos a título de pensão por morte, além de
indenização por danos morais em razão da redução de seu benefício
previdenciário. 2. O cerne da questão diz respeito à legalidade da redução
operada na pensão por morte da autora, bem como à possibilidade de percepção
de tal benefício em valor inferior ao salário-mínimo. 3. A redução do valor do
benefício previdenciário da autora (ex-cônjuge do de cujus) se deu em razão de
rateio, em partes iguais, da pensão por morte com outros dependentes de mesma
classe do instituidor (art. 16, I, da Lei 8.213/91), a saber, companheira e filhos
menores do de cujus, em conformidade com o art. 77, caput, da Lei 8.213/91. 4.
O art. 201, §2º, da CF/88 dispõe que “nenhum benefício que substitua o salário
de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado terá valor mensal
inferior ao salário mínimo”, não se aplicando às cotas-partes de um mesmo
benefício, como é o caso dos autos, devendo, entretanto, a soma de todas elas ser
igual ou superior ao salário-mínimo. 5. Mantida a sentença que considerou legal
a redução operada no benefício previdenciário da autora, em razão do rateio em
partes iguais com os demais dependentes do instituidor da pensão por morte,
julgando prejudicado o pedido de indenização por danos morais. 6. Apelação
não provida.

11
(TRF5ª Região, Segunda Turma, Relator Desembargador Federal Walter
Nunes da Silva Junior, AC 544065 PB, processo nº 0003123-
19.2010.4.05.8200, publicado em 17/08/2012).
Disponível em:
http://www.trf5.jus.br/archive/2012/08/00031231920104058200_20120816_471
6275.pdf

1.14. EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO DE PENSÃO DE EX-


COMBATENTE. REVISÃO. APOSENTADORIA DO DE CUJUS
CONCEDIDA COM AMPARO NA LEI Nº. 5.698/71. EQUIVALENCIA AO
SALÁRIO DA ATIVA. IMPOSSIBILIDADE. INEXISTÊNCIA DE
IRREGULARIDADE NO ATO DE CONCESSÃO. ÔNUS DA PROVA. ART.
333, I, DO CPC. 1 –Hipótese de apelação de sentença que, em ação ordinária em
que a autora objetivava a revisão de seu benefício de pensão por morte de ex-
combatente, de modo a equiparar ao valor recebido da aposentadoria paga ao
instituidor do benefício, julgou improcedente a demanda. 2 - Benefício de
aposentadoria do de cujus concedido quando a Lei nº 4.297/63 já estava
revogada pelo art. 8º da Lei nº 5.698/71. 3 - A legislação que ampara a
aposentadoria do instituidor da pensão, não atrelou o valor da pensão ao salário
integral da ativa do ex-combatente, e sim, estabeleceu que serão calculadas e
reajustadas aos limites estabelecidos na legislação comum da Previdência
Social, salvo quando os requisitos para aposentação houverem sido preenchidos
nas condições vigentes na legislação revogada, hipótese em que não restou
comprovado nos autos. 4 - Não cabe ao segurado o direito à escolha da
legislação que, segundo o seu entendimento, seja a mais adequada para reger a
concessão de seu benefício. Na hipótese, não ficou evidenciada, nos autos,
qualquer defasagem a ser corrigida, nem tampouco descumprimento, pelo INSS,
dos critérios de concessão da aposentadoria de ex-combatente, preconizados pela
legislação reguladora da matéria (Lei nº. 5.698/71). Na verdade, pretende a
demandante substituir os critérios de concessão do benefício definidos pela Lei
nº. 5.698/71 por aqueles que entende devido (Lei nº. 4.297/63). 5 - Apelação
improvida.
(TRF5ª Região, Segunda Turma, Relator Desembargador Federal Rubens
Canuto, AC 544809-RN, processo nº 0007037-39.2011.4.05.8400, publicado
em 31/08/2012).
Disponível em:
http://www.trf5.jus.br/archive/2012/08/00070373920114058400_20120830_476
2924.pdf

1.15. EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. COMPANHEIRA.


DIREITO A PARCELAS PRETÉRITAS DA COTA-PARTE DA PENSÃO
DEIXADA PELO EX-SEGURADO, DESDE A DATA DO ÓBITO
(24/10/1996) ATÉ JUNHO/2008 QUANTO TEVE SUA CONDIÇÃO DE
CONVIVENTE RECONHECIDA PELO INSS. SOMENTE DEFERIDO O
RATEIO COM OUTRA COMPANHEIRA HABILITADA APÓS A
JUNTADA DE NOVAS PROVAS. INEXISTE DIREITO AO PAGAMENTO
DE PARCELAS RETROATIVAS PLEITEADAS. - Quando do requerimento
administrativo (18/11/1996), não logrou a postulante apresentar início de prova
material hábil à demonstração da alegada convivência marital com o ex-
segurado, à data do óbito, pois, embora tenha havido um relacionamento

12
duradouro entre ambos, visto que possuíam três filhas em comum, restava
evidente que a relação foi rompida, diante da decisão judicial, datada de
13/02/1990, determinando o desconto na folha de pagamento do ex-servidor de
pensão alimentícia equivalente a 30% dos seus vencimentos, em favor das filhas
menores, a ser entregue à postulante, cuja ordem vigorou até a data do
passamento do segurado, consoante se vê da inclusão da autora como
beneficiária de pensão alimentícia na ultima declaração do imposto de renda do
de cujus, referente ao exercício do ano do seu falecimento (1996). - Porém, em
02/07/2008, após o atingimento da maioridade das suas filhas benefíciárias da
pensão em comento, a autora protocolou pedido de revisão do processo
administrativo que indeferiu o seu pedido de inclusão como dependente do ex-
servidor, quando lhe foi informada a necessidade de apresentar mais elementos
que comprovassem a convivência entre ela e o ex-segurado. Somente então, com
base nos novos documentos acostados, entendeu a Procuradoria Federal
Especializada da autarquia ré existir provas suficientes para a caracterização da
qualidade de companheira da requerente, passando ela a ratear a pensão com a
outra companheira já habilitada. - Logo, à vista de que o benefício somente foi
concedido mediante os documentos apresentados em julho/2008, não há que se
cogitar em direito a parcelas retroativas a esta data, afigurando-se desnecessária
a discussão acerca da incidência, ou não, da prescrição quinquenal, em face da
alegada inexistência de comunicação à requerente da decisão administrativa que
indeferiu o benefício em relação a sua pessoa, quando do pedido administrativo,
de 18/11/1996. - Apelação improvida.
(TRF5ª Região, Segunda Turma, Relator Desembargador Federal Edilson
Nobre, AC 545872 - AL, processo nº 0006152-61.2011.4.05.8000, publicado
em 05/09/2012).
Disponível em:
http://www.trf5.jus.br/archive/2012/09/00061526120114058000_20120904_479
0274.pdf

1.16. EMENTA: CONSTITUCIONAL E PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DE


BENEFÍCIO. DECADÊNCIA NÃO VERIFICADA. APLICAÇÃO. RENDA
MENSAL. EVOLUÇÃO. TETO. ALTERAÇÃO PELAS EC N.º 20/1998 E
41/2003. BENEFÍCIOS CONCEDIDOS ANTERIORMENTE A SUA
VIGÊNCIA. CABIMENTO. LIMITAÇÃO. INOCORRENCIA. - A revisão
pleiteada não repercute qualquer alteração no ato de concessão do benefício,
uma vez que permanecem inalterados salários-decontribuição, índices de
correção monetária, coeficiente de cálculo, teto e renda mensal inicial (RMI)
apurados em sua Carta de Concessão. O que pretende o particular é que o
excedente de contribuição - a parcela de contribuição que superou o teto na data
de concessão de seu benefício, seja reincorporado ao seu provento mensal (renda
mensal) quando da majoração dos tetos pelas EC n.º 20/1998 e 41/2003. - In
casu, não há de se aplicar a decadência, pois resta configurada hipótese de
relação jurídica de trato sucessivo, vez que a majoração dos tetos pelas
mencionadas emendas constitui fato superveniente à concessão do benefício e
não repercute qualquer alteração em seu ato concessório. - Aplicação do artigo
515, § 3º, do CPC, por se encontrar a causa madura para julgamento. - O pleno
do egrégio STF, em julgamento (RE n.º 564354 RG/SE, de relatoria da Exma.
Ministra Cármem Lúcia, Julg. em 15.02.2011), firmou posicionamento no
sentido de que "não ofende o ato jurídico perfeito a aplicação imediata do art. 14

13
da Emenda Constitucional n.º 20/1998 e do art. 5º da Emenda Constitucional n.º
41/2003 aos benefícios previdenciários limitados a teto do regime geral de
previdência estabelecido antes da vigência dessas normas, de modo a que
passem a observar o novo teto constitucional". - Na hipótese versada nos autos,
tendo em vista o benefício do particular não ter sofrido a limitação do teto do
salário-de-benefício no momento de sua concessão, não merece acolhimento a
sua pretensão de revisar seus proventos mensais (renda mensal) para adequa-los
aos novos tetos previstos pelas EC n.º 20/1998 e 41/2003.
- Apelação improvida.
(TRF5ª Região, Segunda Turma, Relator Desembargador Federal Rubens
Canuto, AC 544622 PE , processo nº 0018483-48.2011.4.05.8300,
publicado em 17/08/2012).
Disponível em:
http://www.trf5.jus.br/archive/2012/08/00184834820114058300_20120816_474
7900.pdf

1.17. EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE


CONTRIBUIÇÃO/SERVIÇO. REVISÃO. RENDA MENSAL INICIAL.
IMPOSSIBILIDADE. CONCESSÃO CORRETA PELO INSS. ART. 29, I, DA
LEI Nº. 8.213/91, COM REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº. 9.876/99.
PRODUÇÃO DE PROVA PERICIAL CONTÁBIL. DESNECESSIDADE.
ELEMENTOS SUFICIENTES NOS AUTOS PARA O CONVENCIMENTO
DO MAGISTRADO. APELAÇÃO IMPROVIDA. 1. Apelação que pleiteia o
recálculo da RMI (Renda Mensal Inicial) da aposentadoria por tempo de
serviço/contribuição da demandante, bem como a produção da prova pericial
contábil que seria imprescindível ao deslinde do feito. 2. Benefício concedido
em 10.08.2006, de acordo com os termos do art. 29, I, da Lei nº 8.213/91, com
redação dada pela Lei nº. 9.876, de 26.11.99, conforme a Carta e Planilha de
Concessão, colacionadas aos autos. 3. Caso em que todos os salários de
contribuições utilizados no cálculo da RMI (Renda Mensal Inicial) equivalem ao
teto da respectiva competência. Assim, não há que se falar em utilização de
salários de contribuição inferiores aos efetivamente devidos, vez que o valor dos
salários de contribuição para o cálculo do benefício se limita ao teto previsto na
norma previdenciária, ainda que a autora tenha recebido remuneração superior a
ele. 4. Na espécie, a redução do valor do salário de benefício de R$ 2.441,29
para 2.004,05 ocorreu pela simples aplicação do fator previdenciário (0,8209),
determinado pelo próprio art. 29, I, da Lei nº. 8.213/91, com redação dada pela
Lei nº. 9.876, de 26.11.99, e não por aplicação de valores inferiores ao teto dos
salários de contribuição. Até porque, os valores remuneratórios de cada
competência inferiores ao teto dos salários de contribuição, recebidos pela
apelante, foram desconsiderados pelo INSS no cálculo de concessão do
benefício, conforme ser observa pela documentação acostada ao presente feito.
5. A produção das provas visa à formação do juízo de convencimento do
magistrado, a quem cabe, nos termos do artigo 130 do CPC, de ofício ou a
requerimento das partes, determinar as provas necessárias à instrução do
processo e indeferir as diligências inúteis ou meramente protelatórias. No caso,
não há que se falar em ofensa aos princípios constitucionais da ampla defesa e
do contraditório (cerceamento de defesa), por não ter o magistrado determinado
a produção da prova pericial contábil, uma vez que consta, nos autos, elementos

14
suficientes ao deslinde da lide, tais como a Carta de Concessão e Planilha de
Concessão do Benefício. 6. Apelação improvida.
(TRF5ª Região, Segunda Turma, Relator Desembargador Federal Rubens
Canuto, AC545037/PE, processo nº 00176433820114058300, publicado em
23/08/2012).
Disponível em:
http://www.trf5.jus.br/archive/2012/08/00176433820114058300_20120823_477
0858.pdf

1.18. EMENTA: PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL CIVIL.


DESAPOSENTAÇÃO. RENÚNCIA A UMA APOSENTADORIA PARA
OBTENÇÃO DE OUTRA MAIS VANTAJOSA. DIREITO DISPONÍVEL.
POSSIBILIDADE SEGUNDO PRECEDENTES DO STJ.
APROVEITAMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS APÓS
A APOSENTADORIA. POSSIBILIDADE CONDICIONADA À
DEVOLUÇÃO DAS PARCELAS PERCEBIDAS EM FUNÇÃO DA
APOSENTADORIA ANTERIOR. INEXISTÊNCIA DE PRETENSÃO DA
PARTE AUTORA DE DEVOLUÇÃO DOS VALORES AUFERIDOS. 1.
Apelação de sentença que julgou improcedente o pedido de concessão de um
novo benefício de aposentadoria com proventos integrais mediante o
cancelamento da aposentadoria por tempo de contribuição com proventos
proporcionais a que já fazia jus, sem a devolução dos valores anteriormente
percebidos a esse título, e com o pagamento das parcelas vencidas desde a data
em que completou o número de contribuições necessárias para o jubilamento
com proventos integrais. 2. A teor do art. 18, § 2º, da Lei nº 8.213/91, está
expressamente vedada a percepção, pelo aposentado do RGPS, que permanecer
contribuindo para a Previdência Social ou a ela retornar, de qualquer outra
prestação, à exceção do salário-família e da reabilitação profissional, quando for
o caso. 3. Ressalvado o entendimento do Relator, acolhe-se a orientação do e.
STJ segundo a qual é possível a renúncia à aposentadoria por se tratar este de
um direito patrimonial e disponível. Precedentes. 4. Na hipótese dos autos,
entretanto, não restou acolhida a tese defendida pela parte autora de forma
integral, porquanto ainda que se admita a renúncia à aposentadoria para
obtenção de uma outra mais vantajosa, não se poderá abrir mão da devolução
dos valores percebidos em função do benefício anteriormente usufruído.
Precedentes. 5. Ainda que haja precedentes pela desnecessidade de devolução
dos valores recebidos durante o jubilamento anterior, tal entendimento não
haverá de prevalecer, considerando o tumulto que será causado no sistema
previdenciário, caso os aposentados de hoje, que continuaram a contribuir,
decidam renunciar ao atual benefício em prol de um outro mais vantajoso em
decorrência dessas contribuições posteriores. Esta medida, certamente, gerará
um grande desequilíbrio no sistema previdenciário que, ao ser idealizado, não
previu a possibilidade de vir a se tornar uma praxe a renúncia de aposentadorias
concedidas em um determinado patamar para obtenção de outras mais
vantajosas. 6. Verifica-se que desde a inicial, não existe a pretensão da parte
autora de devolução dos valores auferidos for força do jubilamento anterior, ao
contrário, faz ressaltar a desnecessidade de restituição aos cofres da Previdência,
o que, diante das considerações expendidas, faz fenecer seu direito. Apelação
improvida.

15
(TRF5ª Região, Primeira Turma Turma, Relator Desembargador Federal
José Maria de Oliveira AC 541086 SE, processo nº 0000308-
79.2011.4.05.8502, publicado em 31/08/2012).
Disponível em:
http://www.trf5.jus.br/archive/2012/08/00003087920114058502_20120830_459
3150.pdf

1.19. EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. MARINHA


MERCANTE. EX-COMBATENTE. REVISÃO DA RMI. LEI N° 1756/52 E
LEI 5.698/71. APLICAÇÃO DA NORMA VIGENTE À ÉPOCA DO ÓBITO
DO SEGURADO. REAJUSTE DA PENSÃO CONFORME REMUNERAÇÃO
DA ATIVA COM MAJORAÇÃO DA RMI EM 100% DO VALOR DA
APOSENTADORIA. IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTES. 1 - O benefício
concedido a dependente de ex-combatente, membro da Marinha Mercante, sob a
égide da Lei nº 1756/52, deve ter como Renda Mensal Inicial o valor
correspondente aos proventos integrais (100%) equivalentes ao posto ou
categoria imediatamente superior àquele exercido pelo instituidor da pensão. 2 -
A Lei n° 5698/71, que revogou a Lei n° 1756/52, ressalvou expressamente, em
seu art. 6°, o direito adquirido dos ex-combatentes e respectivos pensionistas. 3 -
Entretanto, o óbito do instituidor do benefício deu-se em 4.6.1989, já sob a égide
da Lei n.º 5.698/71. Nessa esteira, conforme o princípio do tempus regit actum,
aplica-se à pensão sub oculis as disposições contidas na dita legislação, de
maneira que não é possível a revisão da RMI para o patamar de 100% do valor
da aposentadoria de ex-combatente. Apelação do INSS e remessa obrigatória
providas. Apelação do autor prejudicada.
(TRF5ª Região, Primeira Turma Turma, Relator Desembargador Federal
José Maria de Oliveira APELREEX16439/PE, processo nº 200983000129899,
publicado em 05/09/2012).
Disponível em:
http://www.trf5.jus.br/archive/2012/09/200983000129899_20120905_3960043.
pdf

1.20. EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-DOENÇA. SEGURADO


ESPECIAL. INEXISTÊNCIA DE INÍCIO DE PROVA MATERIAL.
DESNECESSIDADE DE APRESENTAÇÃO DO PROCESSO
ADMINISTRATIVO. AUSÊNCIA INJUSTIFICADA À AUDIÊNCIA DE
INSTRUÇÃO E JULGAMENTO. APELAÇÃO NÃO PROVIDA. 1. O
trabalhador rural que exerce suas atividades em regime de economia familiar
pode receber o benefício de auxílio-doença previsto no art. 59 da Lei n.º
8.213/91, desde que observado o período de carência que, nos termos do art. 25,
I, deste diploma legal (corresponde a 12 (doze) meses de atividade), fique
incapacitado para o trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15
(quinze) dias. 2. Os documentos apresentados pela parte autora não têm o
condão de indicar início de prova material de trabalho rural em economia
familiar no período de 12 meses anterior ao requerimento administrativo, ou
mesmo ao ajuizamento do presente feito, destacando-se que a CTPS anexada
pelo recorrente comprova a existência de vários vínculos de emprego, em
atividades diversas, no período anterior ao pedido administraivo de auxiílio-
doença especial. 3. Apelação não provida.

16
(TRF5ª Região, Segunda Turma, Relator Desembargador Federal Walter
Nunes AC 545009 PB, processo nº 0003229-45.2012.4.05.9999, publicado
em 17/08/2012).
Disponível em:
http://www.trf5.jus.br/archive/2012/08/00032294520124059999_20120816_476
9962.pdf

1.21. EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO. APOSENTADORIA POR


IDADE. TRABALHADOR RURAL. SEGURADO ESPECIAL. REGIME DE
ECONOMIA FAMILIAR. DESCARACTERIZAÇÃO DO PERÍODO
LABORADO EM ATIVIDADE URBANA. 1. O trabalhador rural tem direito à
aposentadoria especial, aos 60 (sessenta) anos, se homem, e aos 55 (cinqüenta e
cinco), se mulher (art. 201, § 7º, II, CF/88), comprovados o exercício de labor no
campo e o período de carência (art. 142, da Lei nº. 8.213/91). 2. Não obstante
pequenos intervalos em atividades urbanas não sejam suficientes para
descaracterizar o regime de economia familiar, a existência de vínculos
empregatícios urbanos por vários anos é incompatível com a condição de
segurado especial. 3. Na hipótese, não obstante o autor tenha juntado aos autos
provas documentais que poderiam servir como indício de prova material, tais
como: Certidão de seu Casamento, datada de 12.07.1994, realizado em
31.10.1974, na qual consta a sua profissão como sendo lavrador e Aviso de
Pagamento referente ao Programa de Ações Governamentais de Apoio aos
Trabalhadores Rurais, referente ao ano de 1999, em seu nome, desempenhou
atividades urbanas do período de 1978 a 1994, conforme informação do CNIS
acostada pelo INSS, que totaliza em mais de 10 anos de efetivo trabalho urbano,
no cargo de cozinheiro, o que descaracteriza a atividade rural em regime de
economia familiar, não se devendo falar, portanto, em concessão de
aposentadoria rural por idade em seu favor. 4. Apelação improvida.
(TRF5ª Região, Segunda Turma, Relator Desembargador Federal Rubens
Canuto, AC 544500 CE, processo nº 0003229-45.2012.4.05.9999, publicado
em 17/08/2012).
Disponível em:
http://www.trf5.jus.br/archive/2012/08/00029583620124059999_20120816_473
9585.pdf

1.22. EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. CONCESSÃO DE APOSENTADORIA POR


IDADE A TRABALHADOR RURAL. SEGURADA ESPECIAL. LEI N°
8213/91. CONDIÇÃO DE RURÍCOLA. NÃO COMPROVADO. 1. A
legislação previdenciária em vigor assegura ao trabalhador rural, aos 60 anos de
idade, se homem, e aos 55 anos, se mulher, o direito à aposentadoria por idade,
desde que comprovada a condição de rurícola (art. 11, I, “a”, V, “g”, VI e VII da
Lei 8213/91) e o exercício da atividade rural. 2. A condição de trabalhadora
rural e o tempo de serviço não restaram provados pela requerente, eis que os
elementos carreados aos autos são precários para tal fim. 3. Os documentos que
tentam provar a condição de rurícola foram produzidos em datas muito próximas
ao pedido administrativo de 19/08/2009, não sendo contemporâneos ao período
de carência exigido para o benefício. 4. Os depoimentos das testemunhas,
gravados em mídia digital, embora corroborem a alegação inicial, não são
contundentes a ponto de compensar a quase absoluta ausência de início de prova
material. Apelação improvida.

17
(TRF5ª Região, Primeira Turma, Relator Desembargador Federal José
Maria Lucena, AC 543773 SE, processo nº 0002811-10.2012.4.05.9999,
publicado em 20/08/2012).
Disponível em:
http://www.trf5.jus.br/archive/2012/08/00028111020124059999_20120817_470
0784.pdf

1.23. EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO. APOSENTADORIA POR


IDADE. TRABALHADORA RURAL. CUMULAÇÃO COM
APOSENTADORIA URBANA. IMPOSSIBILIDADE. ART. 124, II DA LEI
8.213/91. IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO. I. O trabalhador rural tem direito à
aposentadoria especial, aos 60 (sessenta) anos, se homem, e aos 55 (cinquenta e
cinco) anos, se mulher (art. 201, § 7º, II, CF/88), comprovados o exercício de
labor no campo e o período de carência (art. 143, da Lei nº. 8.213/91). II. O art.
124, II da Lei 8.213/91 veda expressamente a acumulação de duas ou mais
aposentadorias pelo Regime Geral da Previdência (RGPS). III. No caso, não há
como acolher a pretensão da parte autora de concessão do benefício de
aposentadoria por idade a segurado especial, porquanto consta nos autos prova
de que a mesma é detentora de benefício de aposentadoria por idade, como
comerciária. IV. Apelação improvida.
(TRF5ª Região, Quarta Turma, Relator Desembargador Federal Margarida
Cantarelli, AC 545151-CE, processo nº 0002811-10.2012.4.05.9999,
publicado em 24/08/2012).
Disponível em:
http://www.trf5.jus.br/archive/2012/08/00031506620124059999_20120823_477
3312.pdf

1.24. EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. TRABALHADORA RURAL.


SALÁRIOMATERNIDADE. PROVAS INSUFICIENTES. DIREITO.
INEXISTÊNCIA. 1. Pleito ajuizado pela Apelante, na suposta condição de
‘segurada especial’-Trabalhadora Rural- consistente na percepção do benefício
previdenciário ‘Salário-Maternidade’(art. 71, da Lei nº 8.213/91). 2. Exigência
de prova do exercício da atividade rural por um período de 10 (dez) meses
anteriores ao parto, ou ao requerimento do benefício, consoante posto na Lei nº
8.213/91, art. 39, parágrafo único, e no Decreto nº 3.048/99, art. 93, § 2º, com a
redação conferida pelo Decreto nº 5.545/2005. 3. Qualificações profissionais
constantes de alguns dos documentos, que não podem ser havidas como prova
incontestável da condição profissional referida, eis que dissociados de outros
elementos de prova que pudessem roborar a condição profissional alegada.
Declaração do Sindicato, relativamente ao 4. exercício de atividade rural -
fl.16/17, no “item V”, fl.17, na qual estão listados os documentos, em face dos
quais, o Sindicato se baseou para atestar o período de exercício de atividade
rural da Apelante, e dentre eles figuram alguns de natureza meramente
declaratória e/ou documentos pessoais, que se prestam, apenas, para testificar o
teor da declaração, mas não, o fato declarado.5. Contrato de parceria agrícola -
fl.18- que tem por termo inicial de vigência, o dia 15-03-2004, tendo pois, sido
produzido, assinado, e reconhecido em Cartório pelas partes contratantes,
somente em março de 2009, ou seja, aproximadamente, 5(cinco) anos após o
termo inicial de vigência da avença. 6. Documentos que apresentam a
característica comum de terem sido produzidos em período bem posterior à data

18
do(s) fato(s) que se desejou provar (o nascimento do filho da Autora, relevante
para o deferimento do benefício postulado), o que autoriza a que se presuma que
as referidas provas tenham sido produzidas, tão somente, para a obtenção do
benefício pretendido. Depoimentos colhidos em audiência, 7. que contraditaram
as alegações acerca do labor agrícola, no período mencionado nos autos.
Apelação improvida.
(TRF5ª Região, Terceira Turma, Relator Desembargador Federal Geraldo
Apoliano AC 521582 -PB , processo nº 0002150-65.2011.4.05.9999,
publicado em 27/08/2012).
Disponível em:
http://www.trf5.jus.br/archive/2012/08/00021506520114059999_20120824_403
0859.pdf

1.25. EMENTA: PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. CÔMPUTO


QUALIFICADO DE TEMPO DE SERVIÇO. EXPOSIÇÃO A RUÍDOS E
CALOR. PRECARIEDADE DE DOCUMENTOS. INSALUBRIDADE NÃO
DEMONSTRADA. ÔNUS DA SUCUMBÊNCIA NÃO INVERTIDO.
JUSTIÇA GRATUITA. 1. Remessa obrigatória e apelação do INSS contra a
sentença que, julgando parcialmente procedente o pedido da parte autora,
condenou o apelante ao cômputo qualificado do tempo de serviço prestado junto
à empresa ORGANIZAÇÃO J. G. DA COSTA LTDA, pela postulante, na
condição de Chefe de Garagem, durante o período de 08.08.88 a 01.07.97. 2.
Pleiteou a parte autora o restabelecimento de sua aposentadoria por tempo de
contribuição que fora suspensa pelo INSS sob o argumento de irregularidade no
ato de sua concessão, sem que lhe fosse propiciado o amplo direito de defesa.
3.O douto sentenciante reputou legal o ato do INSS de cancelamento do
benefício, haja vista o respeito ao devido processo legal, e reconheceu
comprovado apenas o direito do autor à conversão do período em epígrafe em
tempo comum, sem que o postulante tivesse se irresignado contra o decisum. 4.
A autarquia previdenciária insurge-se contra a r. sentença, alegando o
descabimento da qualificação do referido período como insalubre, ante a falta de
documentos idôneos a demonstrar o caráter especial da prestação do serviço. 5.
De acordo com os documentos colacionados, a saber, o formulário do INSS e a
cópia da CTPS, o postulante ocupava o cargo de Chefe de Garagem e estava
sujeito, durante o exercício das atividades, a ruídos superiores a 95 decibéis e a
temperaturas de aproximadamente 40 º C. Ocorre que, para a comprovação da
exposição a esses dois agentes físicos é imprescindível a apresentação de laudo
pericial, independentemente da época em que for prestado o serviço, para efeito
de aferição do grau de insalubridade da atividade desempenhada, documentos
esses não apresentados pela parte autora. 6. Na hipótese dos autos, o autor não
logrou comprovar o seu direito à contagem do mencionado período, como de
tempo de serviço especial a justificar a sua conversão em tempo comum para
efeito de concessão de aposentadoria. 7. Ônus da sucumbência não invertido em
face da condição de beneficiária da justiça gratuita da parte vencida da demanda.
Apelação e remessa obrigatória providas para reformar a r. sentença.
(TRF5ª Região, Primeira Turma, Relator Desembargador Federal José
Maria Lucena, APELREEX 4636-CE, processo nº 0005095-09.2005.4.05.8100 ,
publicado em 20/08/2012).
Disponível em:

19
http://www.trf5.jus.br/archive/2012/08/200581000050951_20120817_3037492.
pdf

1.26. EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. PEDIDO DE CONVERSÃO DE TEMPO DE


SERVIÇO ESPECIAL COM CONCESSÃO DE APOSENTADORIA POR
TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. JORNALISTA. APOSENTADORIA
ESPECIAL AOS 30 ANOS DE SERVIÇO. LEI Nº 3.529/1959. REVOGADA
PELA LEI 9.528/1997. NATUREZA JURÍDICA DIVERSA DA
APOSENTAÇÃO PREVISTA NO ART. 57 E SEGUINTES DA LEI 8.213/91.
1. A parte autora apela pretendendo o reconhecimento do tempo de serviço
comum, além da conversão do tempo de serviço prestado sob condições
especiais, exercido na profissão de jornalista no período de 01/08/1980 a
28/05/1998, com base na Lei nº 3.529/1959. 2. À luz do Decreto nº. 3.048/99,
art. 70, § 1º, com redação dada pelo Decreto nº. 4.827/03, tem-se que o tempo de
serviço é disciplinado pela lei vigente à época em que efetivamente prestado. 3.
Anteriormente à edição da Lei 9.032/95, o tempo de serviço exercido em
condições especiais nocivas à saúde era reconhecido por mero enquadramento
da atividade profissional efetivamente exercida dentre aquelas previstas pelos
Decretos 53.831/64, 63.230/68 e 83.080/79. 4. Com a edição da Lei 9.032, em
29/04/95, para o reconhecimento do tempo laborado em condições prejudiciais à
saúde, o enquadramento da atividade passou a se dar pela sujeição a agentes
nocivos, devendo o segurado comprovar, ainda, que o serviço foi prestado de
forma permanente, habitual, não ocasional nem intermitente, além do exercício
do período mínimo exigido em lei, sendo que tal comprovação era feita através
dos formulários SB40 ou DSS8030. 5. A atividade desempenhada pelo
postulante, repórter/comunicador social, dentro dos períodos mencionados na
documentação de fls. 22/35, não está elencada nos referidos Decretos nºs
63.230/68 e 53.831/1964, como atividade insalubre ou perigosa, não havendo,
igualmente, qualquer evidência que fosse exposto a agentes nocivos. 6. Há
flagrante equívoco na interpretação legal da parte autora diante da natureza
jurídica diversa entre a aposentação antiga, regida pela Lei nº 3.529/1959,
posteriormente revogada pela Lei 9.528/1997, e as aposentadorias especiais,
logradas por quem se submete à atividade insalubre, perigosas ou penosas, como
descritas no art. 57 e seguintes da Lei 8.213/91. Precedentes: TRF5:
AC471903/CE, Rel. Des. Fed. Rubens de Mendonça Canuto (Convocado),
Segunda Turma;AC369527, Rela. Des. Fed. Marcelo Navarro, Quarta Turma.
TRF4: AC 200871000168844, Rel. Des. Fed. Ricardo Teixeira Do Valle Pereira,
Turma Suplementar. Apelação improvida.
(TRF5ª Região, Primeira Turma, Relator Desembargador Federal José
Maria Lucena, AC544678/CE, processo nº 00051609120114058100, publicado
em 06/09/2012).
Disponível em:
http://www.trf5.jus.br/archive/2012/09/00051609120114058100_20120905_475
1303.pdf

1.27. EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. MANDADO DE SEGURANÇA. TEMPO


ESPECIAL. PROVA PRÉ-CONSTITUÍDA. INEXISTÊNCIA. APELAÇÃO
NÃO PROVIDA. 1. O objeto do presente mandamus refere-se a conversão do
tempo de serviço especial trabalhado de 16/05/1977 a 24/07/1990 para tempo de
serviço comum. Durante o referido período, o impetrante teria trabalhado na

20
atividade de engenheiro civil no setor da divisão de engenharia do Banco do
Estado do Ceará - BEC, com desvio de função, consoante se observa da CTPS
(v. fl. 24). 2. Sobressai manifesta, dos autos, a necessidade de dilação probatória
incompatível com a via estreita do mandamus. 3. Apelação improvida.
(TRF5ª Região, Terceira Turma, Relator Desembargador Federal Cíntia
Menezes AC 522957 CE , processo nº 0006132-95.2010.4.05.8100,
publicado em 04/09/2012).
Disponível em:
http://www.trf5.jus.br/archive/2012/09/00061329520104058100_20120903_407
5325.pdf

2. PROCESSO CIVIL:

2.1. EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. COISA JULGADA. EXTINÇÃO DO


PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO. INTELIGÊNCIA DO ART.
267, V, DO CPC. 1. A autora pleiteia a concessão de aposentadoria por idade na
condição de segurada especial (trabalhadora rural). 2. Ocorre que o pedido já foi
formulado no processo nº. 0500827- 09.2006.4.05.8102 (Juizado Especial
Federal), que restou julgado improcedente e cuja sentença já transitou em
julgado. 3. Desse modo, ocorreu a identidade de ações, haja vista que são iguais
as partes, o pedido e a causa de pedir, nos termos do art. 301, § 2º, do Código de
Processo Civil. 4. Assim, diante do óbice no art. 301, § 3º, do Código de
Processo Civil (existência de coisa julgada), impõe-se a extinção do processo,
sem resolução do mérito, nos termos do art. 267, V, do Código de Processo
Civil. 5. Apelação a que se nega provimento.
(TRF5ª Região, Primeira Turma, Relator Desembargador Federal Francisco
Cavalcanti, AC 544540-CE, processo nº 0002976-57.2012.4.05.9999,
publicado em 20/08/2012).
Disponível em:
http://www.trf5.jus.br/archive/2012/08/00029765720124059999_20120817_474
4066.pdf

2.2. EMENTA: PROCESSO CIVIL. COISA JULGADA. RECONHECIMENTO


LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. OCORRÊNCIA. CONDENAÇÃO SOLIDÁRIA
ENTRE A PARTE E O ADVOGADO. 1. Configura-se a res judicata quando há
identidade de partes, pedido e causa de pedir entre uma ação e outra,
anteriormente proposta, já definitivamente julgada. 2. Hipótese em que, pela
terceira vez, a autora bateu às portas do Judiciário com o mesmo objetivo de ver
convertida sua atividade em especial, apesar de já ter sido proferida sentença que
julgou improcedente tal pretensão. 3. Imposição de multa por litigância de má-
fé, em caráter solidário entre a parte e seu advogado, que deve ser mantida, para
que o efeito pedagógico da medida possa surtir o efeito esperado. 4. Apelação
improvida.
(TRF5ª Região, Terceira Turma, Relator Desembargador Federal Cíntia
Menezes, AC 530246-CE, processo nº 0011061-74.2010.4.05.8100, publicado
em 04/09/2012).
Disponível em:

21
http://www.trf5.jus.br/archive/2012/09/00110617420104058100_20120903_428
5456.pdf

2.3. EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO. OBRIGAÇÃO DE PAGAR.


CONCORDÂNCIA DO EXEQUENTE COM OS CÁLCULOS. PRECATÓRIO
PAGO. OBRIGAÇÃO CUMPRIDA. EXECUÇÃO QUE REMANESCE
APENAS QUANTO À OBRIGAÇÃO DE FAZER. 1. Na hipótese, conforme
relatado na decisão agravada, em cumprimento ao acórdão exequendo, o INSS
apresentou a sua memória de cálculos, tendo o ora agravante a impugnado, mas
"logo em seguida [...] expressamente aceitou como corretos os cálculos
fornecidos pelo INSS, requerendo fosse desconsiderada a impugnação
anteriormente ofertada, bem como expedido o competente requisitório" - o que
acabou ocorrendo, sendo o requisitório pago. Já em relação à obrigação de fazer,
o INSS reconheceu que deixara "de considerar os 36 (trinta e seis) últimos
salários-de-contribuição quando do cálculo da RMI do benefício concedido", cf.
já apontado pelo exequente.2. A Contadoria do Foro, então, elaborou uma nova
conta, mas o fez apurando "o total do valor devido, quando deveria ter
calculado, apenas, as diferenças geradas pela revisão da RMI, ou seja, os
reflexos da retificação da obrigação de fazer". Assim, "o exequente retomou a
execução [...] incluindo o que havia apurado [...] antes da renúncia, o que
desencadeou uma série de discussões sobre o quantum debeatur, com sucessivas
remessas à Contadoria do Foro, sem que o INSS se apercebesse da prévia
concordância do exequente [...] e do pagamento que já ocorrera, via precatório".
Posteriormente, "o INSS protocolou petição informando [...] dos equívocos
ocorridos e aduzindo nada mais ser devido ao exequente a título de obrigação de
pagar", mas ressaltando "que a obrigação de fazer merecia, de fato, ser revisada
[...], com o consequente pagamento das diferenças geradas". Entretanto, "ainda
assim, as manifestações processuais posteriores voltaram a incluir, no objeto da
discussão, a obrigação de pagar".3. O Juízo a quo, então, entendeu que "o
exequente manifestou clara e inequívoca concordância com os cálculos
elaborados pelo INSS [...], o que acarretou, no âmbito do direito material, a
renúncia ao crédito excedente e, na esfera processual, a preclusão lógica do
direito de reclamar eventuais diferenças, ainda que efetivamente devidas". E
concluiu que "sendo, desse modo, evidente a renúncia do exequente aos valores
que superassem o total apurado na conta de fls. 250-254, tenho que estas
quantias não podem mais ser cobradas, restando caracterizada a preclusão lógica
e ficando, pois, encerrada a discussão acerca da obrigação de pagar, que já foi
satisfeita pelo executado (v. precatório de fls. 272, bem como documento ora
anexado)".4. Assim, considerando "encerrada a discussão acerca da obrigação de
pagar", mas entendendo que "a obrigação de fazer não foi corretamente
cumprida pelo INSS", o Juízo singular apenas determinou a intimação do ora
agravado "para cumprir corretamente a obrigação de fazer [...], comprovando
documentalmente nos autos [...]" que (a) "retificou o valor da RMI do requerente
[...]" e (b) "efetuou, na via administrativa, o pagamento ao exequente das
diferenças entre o que ele efetivamente recebeu [...] e o que deveria ter recebido,
considerando a RMI revisada".5. Não merece reforma a decisão impugnada,
pois, de fato, tendo o exequente concordado com a primeira conta e tendo sido
pago o precatório com base nos valores ali apurados, restou satisfeita a
obrigação de pagar decorrente do acórdão exequendo, remanescendo, apenas, as
diferenças decorrentes do não cumprimento (ou do cumprimento equivocado) da

22
obrigação de fazer, tendo em vista que a RMI não fora revisada como deveria.6.
Ademais, o fato de algumas manifestações processuais mencionadas na decisão
não terem sido acostadas aos autos do recurso (como as petições de fls. 270/271,
278 e 359/363 dos autos principais) prejudicou a verificação das alegações do
recorrente, o que, nesse caso, também recomenda a manutenção do decisum
impugnado, até porque competiria ao agravante instruir o recurso com outras
peças, ainda que não obrigatórias, que fossem úteis à correta compreensão da
questão a ser dirimida.7. Por fim, a decisão agravada não determina o
pagamento administrativo de valores sujeitos a precatório, como alegado, mas
apenas faculta ao INSS comprovar eventual pagamento administrativo das
diferenças devidas.8. Agravo de instrumento ao qual se nega provimento.
(TRF5ª Região, Primeira Turma, Relator Desembargador Federal Francisco
Cavalcanti, AGTR 125355 CE, processo nº 0006363-07.2012.4.05.0000,
publicado em 10/09/2012).
Disponível em:
http://www.trf5.jus.br/archive/2012/09/00063630720124050000_20120906_463
2022.pdf

2.4. EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. PREVIDENCIÁRIO. DISPOSITIVO DA


SENTENÇA QUE DEFERE BENEFÍCIO DIVERSO DO PRETENDIDO.
SENTENÇA EXTRA PETITA. ART. 460 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.
ANULAÇÃO DO JULGAMENTO. 1. Desde a petição inicial, a demanda
versou sobre o benefício previdenciário de aposentaria especial por idade de
segurado especial –trabalhador rural, sendo também estabilizada a lide, com
defesa direta rechaçando a pretensão autoral em relação àquela prestação
previdenciária. 2. A sentença, tanto no relatório quanto na fundamentação,
discorre a respeito da referida aposentadoria rural, porém, quando da parte
dispositiva, essa ensejadora da coisa julgada, julga procedente o pedido,
deferindo o benefício de pensão por morte. 3. Sentença extra petita, art. 460, do
CPC. Precedentes do TRF5: APELREEX21760/PB, Rel. Des. Fed. Luiz Alberto
Gurgel de Faria, Terceira Turma; AC521081/RN, Rel. Des. Federal Frederico
Pinto de Azevedo (Convocado), Primeira Turma. Apelação provida, sentença
anulada.
(TRF5ª Região, Primeira Turma, Relator Desembargador Federal José
Maria Lucena, APELREEX 23250 AL , processo nº 0002794-
71.2012.4.05.9999, publicado em 31/08/2012).
Disponível em:
http://www.trf5.jus.br/archive/2012/08/00027947120124059999_20120830_469
4334.pdf

2.5. EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. APOSENTADORIA


POR TEMPO DE SERVIÇO. SUSPENSÃO POR INDÍCIOS DE FRAUDE NA
DOCUMENTAÇÃO. ESTIVADOR. VÍNCULO LABORAL COM
SINDICATO. NÃO COMPROVAÇÃO. RESTABELECIMENTO DO
BENEFÍCIO. IMPOSSIBILIDADE. 1. O INSS concedeu a aposentadoria por
tempo de serviço (DIB: 03/9/1997) com base nas declarações e documentos
fornecidos pelo Sindicato dos Estivadores do Estado de Alagoas, mas suspendeu
o benefício em 25/9/2007, por fraude na documentação. 2. O Ministério Público
ofereceu denúncia (Ação Penal Pública nº 200.80.00.007350-3, da 4ª Vara/AL)
por prática do crime de estelionato (art. 171, § 3º, do Código Penal), julgada

23
improcedente diante da ausência de provas. A sentença não vincula este Juízo,
visto que não foi reconhecida, categoricamente, a inexistência material do fato
(art. 66 do CPP). 3. O autor alega que esteve vinculado ao Sindicato dos
Estivadores do Estado de Alagoas como trabalhador avulso, no período de
03/01/1971 a 12/11/1994. A partir de novembro de 1994 passou à condição de
associado, até o dia 31/8/1997, totalizando 26 anos, 7 meses e 29 dias de
serviço. Afirma que o trabalho foi exercido a bordo de navios, com exposição a
diversos agentes nocivos (gasolina, gás inflamável, enxofre etc.), motivo por que
também busca o reconhecimento das condições especiais. 4. A documentação
anexada não infirma as razões apontadas no Relatório de Diligência Fiscal,
emitido pela Delegacia da Receita Previdenciária. “... Há fortes evidências de
que as remunerações relativas a diversos períodos foram preenchidas de uma só
vez para várias competências, com a mesma caneta e caligrafia e desprovidas de
quaisquer características de época, o que as torna inidôneas por não
apresentarem mínimos indícios de serem contemporâneas ao suposto exercício
da atividade de estivador. A Ficha de Inscrição na entidade carece das
informações mínimas, inclusive a data de admissão. 5. “Não é possível admitir-
se que um integrante da força supletiva do Sindicato tenha prestado serviços de
forma ininterrupta durante todo esse período, ou seja, de 03.02.1971 a
31.08.1997, pelo fato de serem trabalhadores ocasionais, convocados para
atender demandas sazonais, quando do aumento do trabalho portuário.” 6. Uma
vez que não foi comprovado o vínculo laboral com o Sindicato dos Estivadores
no Estado de Alagoas, impõe-se a reforma da sentença, cassando-se a tutela
antecipada concedida em 06/4/2011. 7. Provimento da apelação.
(TRF5ª Região, Primeira Turma, Relator Desembargador Federal Francisco
Cavalcanti, AC 544857 AL , processo nº 0001504-38.2011.4.05.8000,
publicado em 10/09/2012).
Disponível em:
http://www.trf5.jus.br/archive/2012/09/00015043820114058000_20120906_476
4912.pdf

2.6. EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. PREVIDENCIÁRIO. EXECUÇÃO DE


ASTREINTES FIXADAS PARA CUMPRIMENTO DE TUTELA
ANTECIPADA POSTERIORMENTE REVOGADA. IMPOSSIBILIDADE. 1.
O Colendo STJ já entendeu que “diante da revogação da tutela antecipada, na
qual estava baseado o título executivo provisório de astreintes, fica sem efeito a
execução das referidas multas, que também têm natureza provisória, nos termos
dos arts. 273, § 4º, e 475-O do CPC”. (AgRg no Ag 1383367 / PB, Segunda
Turma, Ministro Mauro Campbell Marques, DJe 02/02/2012) 2. Apelação
provida.
(TRF5ª Região, Terceira Turma, Relator Desembargador Federal Cíntia
Brunetta, AC 522530 -SE, processo nº 0001611-02.2011.4.05.9999, publicado
em 04/09/2012).
Disponível em:
http://www.trf5.jus.br/archive/2012/09/00016110220114059999_20120903_406
2399.pdf

2.7. EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. PREVIDENCIÁRIO. EXECUÇÃO DE


SENTENÇA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS REQUERIDOS
SERODIAMENTE APÓS A EXPEDIÇÃO DE RPV. PAGAMENTO. NOVO

24
CÁLCULO. IMPOSSIBILIDADE. CONFIGURAÇÃO DA PRECLUSÃO.
EXISTÊNCIA DE COISA JULGADA. IMPROVIMENTO. 1. Após a
concordância dos cálculos apresentados em juízo, estes foram homologados,
havendo o decurso do prazo sem que as partes apresentassem manifestação em
contrário. Em sequência, foi expedido o precatório/RPV e realizado o depósito.
2. A partir do momento em que o causídico postulou o pagamento de honorários
incidentes sobre as parcelas pagas na via administrativa, o fez tardiamente e não
no momento oportuno. Portanto, inexiste a possibilidade de se requerer a
complementação do valor de honorários advocatícios após o pagamento do
precatório, em virtude da ocorrência da preclusão lógica e da coisa julgada.
Precedente desta Turma. 3. Apelação improvida.
(TRF5ª Região, Quarta Turma, Relator Desembargador Federal Edilson
Pereira Nobre Júnior, AC 544711-CE, processo nº 0019330-98.1993.4.05.8100,
publicado em 17/08/2012).
Disponível em:
http://www.trf5.jus.br/archive/2012/08/00193309819934058100_20120816_475
6250.pdf

2.8. EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. PREVIDENCIÁRIO. EMBARGOS À


EXECUÇÃO DE TÍTULO JUDICIAL. ÓBITO DA EXEQUENTE.
SUSPENSÃO DO PROCESSO. HABILITAÇÃO. PRESCRIÇÃO.
OCORRÊNCIA. 1. A contagem do prazo prescricional para os sucessores tem
início com a intimação para fins de habilitação, ou com a própria habilitação.
Inteligência dos arts. 265, I e 791, II, do CPC. Precedentes do STJ e desta
Egrégia Corte. 2. No caso concreto, apenas em 13 de junho de 2002 houve a
habilitação dos herdeiros da autora, tendo a execução sido ajuizada em 07 de
janeiro de 2009, ou seja, mais de cinco anos depois, encontrando-se, portanto,
prescrita a pretensão executiva. 3. Apelação improvida;
(TRF5ª Região, Terceira Turma, Relator Desembargador Federal Cíntia
Brunetta, AC 545462-PB, processo nº 0002943-37.2009.4.05.8200, publicado
em 04/09/2012).
Disponível em:
http://www.trf5.jus.br/archive/2012/09/200982000029430_20120903_4781061.
pdf

2.9. EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. PREVIDENCIÁRIO. REQUERIMENTO


ADMINISTRATIVO. INDEFERIMENTO. AJUIZAMENTO DA AÇÃO APÓS
O QUINQUÊNIO LEGAL. PRESCRIÇÃO DO FUNDO DE DIREITO.
OCORRÊNCIA. 1. Hipótese em que o autor tendo seu pedido de concessão de
benefício assistencial ao deficiente indeferido na via administrativa, ajuizou a
presente ação objetivando que o INSS seja condenado a concessão do citado
benefício, desde a data do requerimento administrativo (08.03.2004). 2. “As
dividas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e
qualquer direito ou ação contra a Fazenda federal, estadual ou municipal, seja
qual for a sua natureza, prescrevem em cinco anos contados da data do ato ou
fato do qual se originarem”(Art. 1º do Decreto nº. 20.910/32). 3. Considerando o
lapso temporal transcorrido entre a data do requerimento administrativo
(08.03.2004) e a data da propositura da ação (01.06.2010), entendo que a
pretensão autoral encontra-se fulminada pela prescrição, atingindo o próprio
fundo de direito, haja vista que foi negado administrativamente o próprio direito

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ora reclamado. Precedente desta Corte Regional. 4. Apelação a que se nega
provimento.
(TRF5ª Região, Primeira Turma, Relator Desembargador Federal Francisco
Cavalcanti, AC 544634-PB, processo nº 0001650-92.2010.4.05.8201,
publicado em 10/09/2012).
Disponível em:
http://www.trf5.jus.br/archive/2012/09/00016509220104058201_20120906_474
8394.pdf

2.10. EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO RESCISÓRIA. SENTENÇA


RESCINDENDA PROFERIDA NO ÂMBITO DO JUIZADO ESPECIAL
FEDERAL. INADMISSIBILIDADE DA RESCISÓRIA. ART. 59 DA LEI
9.099/95. EXTINÇÃO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO. - Não se admite ação
rescisória nas causas sujeitas ao procedimento instituído pela Lei 9.099/95.
Inteligência do artigo 59 do mencionado diploma legal. - Em homenagem ao
princípio da economia processual, nada impede que a inadmissibilidade desta
ação rescisória seja reconhecida, desde já, por este Tribunal. Precedente desta
Corte Regional de Justiça. - Ação rescisória extinta sem resolução de mérito.
(TRF5ª Região, Tribunal Pleno, Relator Desembargador Federal Francisco
Wildo, AR 6825-CE, processo nº 0014588-50.2011.4.05.0000, publicado em
06/08/2012).
Disponível em:
http://www.trf5.jus.br/archive/2012/08/00145885020114050000_20120803_427
1047.pdf

2.11. EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS À EXECUÇÃO.


DESCONSTITUIÇÃO DO TÍTULO EXEQUENDO. VIA INADEQUADA.
NECESSIDADE DE AJUIZAMENTO DE AÇÃO RESCISÓRIA.
1. Os embargantes pretendem a desconstituição do título executivo, relativo à
condenação dos mesmos em honorários advocatícios sucumbenciais, sob o
fundamento de nulidade do processo de conhecimento à falta de
desenvolvimento válido da relação processual por vício na procuração juntada
por eles próprios aos autos da ação ordinária, onde requeriam atualização
monetária. 2. O Colendo STJ já firmou entendimento segundo o qual “a
interposição de embargos à execução não é a via adequada à desconstituição do
título judicial exequendo, por suposto error in procedendo consubstanciado na
afronta ao princípio que veda a reformatio in pejus, mas, sim, a ação
rescisória.”(AgRg no AG nº 1.340.319-, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, julg.
03/02/11) 3. Apelação provida.
(TRF5ª Região, Terceira Turma, Relator Desembargador(a) Federal
convocado(a) Cíntia Menezes Brunetta, AC 508301-CE, processo nº
2008.81.02.001249-0, publicado em 24/08/2012).
Disponível em:
http://www.trf5.jus.br/archive/2012/08/200881020012490_20120823_3717967.
pdf

2.12. EMENTA: ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDADE CIVIL DO


ESTADO. ABSOLVIÇÃO EM PROCESSO CRIMINAL. DANO MORAL
NÃO CONFIGURADO. INDEPENDÊNCIA ENTRE AS ESFERAS CIVIL,
PENAL E ADMINISTRATIVA. SENTENÇA MANTIDA. 1. O cerne da

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presente demanda cinge-se em saber se o autor, ora apelante, deverá receber
indenização pelos danos morais que alega ter suportado em virtude da acusação
de prática de estelionato para a obtenção de benefício previdenciário, que
culminou com o seu indiciamento pela Polícia Federal, e subseqüente Ação
Penal proposta pelo MPF, sendo o autor, ao fim, absolvido das acusações, nos
termos do art. 386, III, do Código de Processo Penal. 2. O nosso ordenamento
jurídico adota a independência entre as responsabilidades civil, criminal e
administrativa. Somente haverá vinculação no âmbito civil em relação ao
conteúdo da decisão na esfera criminal quando reconhecida a inexistência
material do fato ou a negativa da autoria, o que, in casu, não ocorreu. 3. O INSS,
autarquia previdenciária federal, no exercício de suas atribuições, deve
promover a revisão dos benefícios previdenciários concedidos, para fins de
verificar a regularidade de sua concessão, possíveis indícios de fraude, adotar as
medidas legais cabíveis à solução do impasse, com a notificação do beneficiário
para que preste os pertinentes esclarecimentos e, se necessário proceder a
pertinente comunicação à Polícia Federal e ao órgão ministerial para apuração
de responsabilidades. 4. “O mero dissabor não pode ser alçado ao patamar do
dano moral, mas somente aquela agressão que exacerba a naturalidade dos fatos
da vida, causando fundadas aflições ou angústias no espírito de quem ela se
dirige” (REsp 898.005/RN, Rel. Ministro Cesar Asfor Rocha, Quarta Turma,
julgado em 19/06/2007, DJ 06/08/2007 p. 528). 5. Apelação improvida.
(TRF5ª Região, Primeira Turma, Relator Desembargador(a) Federal
convocado(a) Francisco Cavalcanti, AC516808-AL, processo nº
200980000037111, publicado em 13/08/2012).
Disponível em:
http://www.trf5.jus.br/archive/2012/08/200980000037111_20120810_3912054.
pdf

2.13. EMENTA: CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO.


PRESCRIÇÃO. DECRETO Nº 20.910/32. DANOS MORAIS E MATERIAIS.
INEXISTÊNCIA. I. O STJ já se posicionou no sentido de que as ações por
responsabilidade civil contra o Estado prescrevem em cinco anos, nos termos do
Decreto nº 20.910/32. Precedente: STJ, AgRg nos EREsp 1200764 / AC, rel.
Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, DJe 6.6.2012. II. A contagem do prazo
prescricional para a propositura de ação de reparação civil começa no momento
da lesão ao direito, que, no caso, inicialmente, ocorreria com o ato de negação
pelo INSS da concessão da aposentadoria do autor, em 1998. Contudo,
considerando que, na hipótese, houve a interrupção da prescrição pela
propositura de ação judicial anterior, em 2000, na qual se pleiteou a
implementação da aposentadoria, o prazo da prescrição voltou a correr apenas
em agosto de 2006, quando implementado o beneficio. Como a presente ação foi
proposta em 7.1.2011, não ocorreu à prescrição alegada. III. Descabida a fixação
de indenização por danos morais, eis que o simples indeferimento do benefício
na via administrativa não constitui motivo apto a ensejar a referida indenização.
IV. Em face do conjunto probatório constante nos autos, os transtornos
decorrentes do atraso na implementação do pagamento do benefício, por si só,
não ensejam responsabilização por dano moral. Também não há que se falar em
danos materiais pelos empréstimos bancários realizados pelo autor, uma vez que
ele já recebeu os atrasados dos valores devidos, corrigidos monetariamente,
através de outra ação. V. Apelação improvida.

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(TRF5ª Região, Quarta Turma, Relator Desembargador(a) Federal
Margarida Cantarelli, AC 545045 PB, processo nº 0000067-
41.2011.4.05.8200, publicado em 24/08/2012).
Disponível em:
http://www.trf5.jus.br/archive/2012/08/00000674120114058200_20120823_477
0875.pdf

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