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1◦ Edição
Rio Grande
2017
Universidade Federal do Rio Grande - FURG
i
Sumário
1 Vetores 1
1.1 Vetores e Escalares: Noção Intuitiva . . . . . . . . . . . . . . 1
1.2 Vetor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1.3 Operações entre Vetores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.3.1 Métodos Geométricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.3.2 Agora tente resolver! . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1.3.3 Propriedades da Adição . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1.3.4 Propriedades da multiplicação de um escalar por um
vetor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
1.3.5 Agora tente resolver! . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
1.4 Vetores no Plano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
1.4.1 Expressão Analı́tica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
1.4.2 Agora tente resolver! . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
1.4.3 Agora tente resolver! . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
1.5 Vetores no Espaço . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
1.5.1 Agora tente resolver! . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
1.6 Lista 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
2 Produtos de Vetores 30
2.1 Produto Escalar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
2.1.1 Definição do Produto Escalar . . . . . . . . . . . . . . 30
2.1.2 Propriedades do Produto Escalar . . . . . . . . . . . . 31
2.1.3 Interpretação Geométrica do Produto Escalar . . . . . 32
2.1.4 Agora tente resolver! . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
2.1.5 Vetor Projeção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
2.1.6 Agora tente resolver! . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
2.2 Produto Vetorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
2.2.1 Definição do Produto Vetorial . . . . . . . . . . . . . . 42
2.2.2 Propriedades do Produto Vetorial . . . . . . . . . . . 43
2.2.3 Agora tente resolver! . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
2.2.4 Interpretação Geométrica do Produto Vetorial . . . . 46
2.2.5 Agora tente resolver! . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
2.3 Produto Misto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
ii
2.3.1 Definição do Produto Misto . . . . . . . . . . . . . . . 49
2.3.2 Propriedades do Produto Misto . . . . . . . . . . . . . 50
2.3.3 Agora tente resolver! . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
2.3.4 Interpretação Geométrica do Produto Misto . . . . . . 51
2.3.5 Agora tente resolver! . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
2.4 Lista 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
3 Gabaritos 59
3.1 Gabarito - Lista 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
3.2 Gabarito - Lista 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
A Estudo da Reta 63
A.1 Conceito de Produto Cartesiano . . . . . . . . . . . . . . . . 63
A.1.1 Coordenadas Cartesianas na reta . . . . . . . . . . . . 64
A.1.2 A Equação da Reta no plano . . . . . . . . . . . . . . 66
B Geometria 72
B.1 Geometria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72
B.1.1 Área de um paralelogramo . . . . . . . . . . . . . . . . 72
B.1.2 Área de um triângulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72
B.1.3 Tetraedro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
C Fórmulas Trigonométricas 74
C.1 Fórmulas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
C.1.1 Definição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
iii
Capı́tulo 1
Vetores
1
1.1. VETORES E ESCALARES: NOÇÃO INTUITIVA
2
IMEF - FURG
1.2. VETOR
1.2 Vetor
Por definição, um vetor é um segmento de reta orientado, que em lin-
guagem habitual chamamos de seta. Cada vetor tem uma origem (também
denominada ponto inicial) e uma extremidade (também denominada ponto
terminal), sua direção é da origem para a extremidade. Invertendo a seta
obtemos um vetor com direção contrária. Observe a Figura 1.5:
3
IMEF - FURG
1.2. VETOR
−→
Notação: AB. O vetor também costuma ser indicado por letras minúsculas
~v ou em negrito v, então ~v = B −A. Ou algumas vezes por letras maiúsculas
em negrito, por exemplo, F, para denotar força.
−→
Quando escrevemos ~v =AB, significa que o vetor ~v é determinado pelo
−→
segmento de reta orientado AB. Um mesmo vetor AB é determinado por
uma infinidade de segmentos orientados, chamados representantes desse ve-
tor. Assim, um segmento determina um conjunto que é o vetor, e qualquer
um destes representantes determina o mesmo vetor.
As caracterı́sticas de um vetor ~v são as mesmas de qualquer um de seus
representantes, isto é: o módulo, a direção e o sentido do vetor são o módulo,
direção e o sentido de qualquer um de seus representantes. Conforme a
Figura 1.6.
4
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1.2. VETOR
~v
| | -
- ~u
−~
u
5
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1.3. OPERAÇÕES ENTRE VETORES
6
IMEF - FURG
1.3. OPERAÇÕES ENTRE VETORES
7
IMEF - FURG
1.3. OPERAÇÕES ENTRE VETORES
a) ~u + ~v + ~t
b) ~u − ~t + w
~
c) ~u + ~v + w
~
d) ~u − w~ + ~t
8
IMEF - FURG
1.3. OPERAÇÕES ENTRE VETORES
Observação:
• Comutativa: ~u + ~v = ~v + ~u
9
IMEF - FURG
1.3. OPERAÇÕES ENTRE VETORES
• Associativa: (~u + ~v ) + w
~ = ~u + (~v + w)
~
• Elemento neutro: ~u + ~0 = ~u
10
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1.3. OPERAÇÕES ENTRE VETORES
11
IMEF - FURG
1.3. OPERAÇÕES ENTRE VETORES
2~v -
1
2~
u
~v
-
1
2~
u + 2~v
~
u
~u + ~v
~v -
~
u -
~v -
~u
~
u
~v -
Exemplo 1.
12
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1.3. OPERAÇÕES ENTRE VETORES
a) ~x = 2~u − 13 ~v
b) ~r = 12 ~v − w + 23 ~u
13
IMEF - FURG
1.4. VETORES NO PLANO
~v = a1~v1 + a2~v2 .
Quando isto acontece, podemos dizer que o vetor ~v pode ser escrito como
combinação linear de v~1 e v~2 . E o conjunto B formado pelos vetores
{v~1 ,v~2 } é chamado de base do plano.
Os números a1 e a2 são chamados de componentes ou coordenadas do
vetor ~v na base B. As bases mais utilizadas são as bases ortonormais.
Uma base representada por {e1 , e2 } é ortonormal, se seus vetores e1 e e2 são
perpendiculares e unitários, isto é, |e~1 | = |e~2 | = 1.
14
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1.4. VETORES NO PLANO
15
IMEF - FURG
1.4. VETORES NO PLANO
Operações:
16
IMEF - FURG
1.4. VETORES NO PLANO
Exemplo 4. Se α = 2, então:
Exemplo 5.
−~u = −(1,2) = (−1, − 2)
• ~u − ~v = (x1 − x2 ,y1 − y2 )
17
IMEF - FURG
1.4. VETORES NO PLANO
a) 3~u
b) ~u + ~v
c) 2~u − 3~v
3
d) 5~u + 45 ~v
−−→
2. Sendo A(1, − 2), B(2,1), C(3,2), D(−2,3) decompor os vetores BD e
−−→ −−→ −−→ −→
AD + DC tomando como base os vetores AB e AC.
18
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1.4. VETORES NO PLANO
Solução:
~ − ~u − 2~v = 3w
4w ~ − 6~u
~ − 3w
4w ~ = −6~u + ~u + 2~v
~ = −5~u + 2~v
w
~ = −5(3,2) + 2(−1,4)
w
~ = (−15, − 10) + (−2,8)
w
~ = (−17, − 2)
w
4. Verdadeiro ou Falso:
19
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1.4. VETORES NO PLANO
−→ −→
a) AF ⊥CB
−→ −→
b) BAkCA
−→ −→
c) AD⊥DF
−→ −→
d) AF =EC
Aplicações
Solução:
O módulo do vetor ~v é o seu comprimento, então
p √
|~v | = 12 + 22 = 5.
~v
O vetor (versor de ~v ) tem a mesma direção do vetor velocidade, e além
|~v |
disso, é um vetor unitário, portanto
20
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1.4. VETORES NO PLANO
!
√ 1~i 2~j
Observe que 5 é o comprimento do vetor e √ ,√ é a direção do
5 5
movimento.
Sendo assim, mostramos que é possı́vel expressar qualquer vetor não nulo
~v
em termos de suas caracterı́sticas: módulo e direção escrevendo: ~v = |~v | .
|~v |
Exemplo 11. Suponha que uma pessoa está puxando uma caixa por uma
alça cuja força de magnitude é de |F~ | = 8lb, que forma um ângulo de 45◦
com a superfı́cie horizontal. Encontre as componentes do vetor F~ = (a,b).
Solução:
Solução:
Observe que neste caso a força efetiva é a componente horizontal de |F~ | =
(a,b). Assim,
√
◦ 3 √
~
a = |F |cos(30 ) = 30 = 15 3 ' 25,98lb.
2
21
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1.5. VETORES NO ESPAÇO
R3 = {(x,y,z)/x,y,z ∈ R}
Assim, temos:
• O eixo dos z ou eixo das cotas corresponde a reta com direção do vetor
~k
22
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1.5. VETORES NO ESPAÇO
vetores unitários, portanto |~i| = |~j| = |~k| = 1, e dois a dois ortogonais com
origem em O.
O vetor
~v = x~i + y~j + z~k
também pode ser expresso por ~v = (x,y,z) que é a expressão analı́tica de ~v .
23
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1.5. VETORES NO ESPAÇO
24
IMEF - FURG
1.5. VETORES NO ESPAÇO
Solução:
−→
P Q= Q − P = (4,5,2) − (2, − 3,4) = (2,8, − 2)
−−→ p √ √ √
|P Q| = 22 + 82 + (−2)2 = 4 + 64 + 4 = 72 = 6 2
25
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1.5. VETORES NO ESPAÇO
Solução:
1 11
Resolvendo o sistema chegamos em: a1 = , a2 = −5 e a3 = − .
2 8
Condição de Paralelismo: Dois vetores ~u = (x1 ,y1 ,z1 ) e ~v = (x2 ,y2 ,z2 )
são paralelos se ~u = k~v , onde k ∈ R, e
Solução:
−2 3 −4 1
= = =
−4 6 −8 2
1
~u = ~v .
2
Logo, eles são paralelos.
26
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1.6. LISTA 1
3. Se w
~ = (k,k,k) é um vetor unitário, determinar k.
1.6 Lista 1
1. Determine o vetor →
−
w , sabendo que 2(→
−
u + 3→
−
w) + →
−
v = 2→
−
v −→
−
w , onde
→
− →
−
u = (6,4) e v = (3, − 2).
a. |→
−u|
→
−
b. | v |
c. |→
−
w|
→
−
d. | t |
e. É possı́vel calcular |→
−
u +→
−
w |?
5. Dados os vetores →
−
u = (0,1,2), →
−
v = (−2,4, − 6), calcule:
a. |→
−u +→−
v|
b. | u − 3→
→
− −
v|
27
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1.6. LISTA 1
6. Sabendo que →
−u = (2,a − 1,6), →
−
v = (c,2,4b), determinar a, b e c, tal
→
− →
− →
−
que 3 u + v = O .
12. Uma partı́cula foi lançada do ponto inicial A(4, − 3,6), no espaço e
tem como ponto final B(6,8,5). Encontre o vetor que representa o
deslocamento da partı́cula e determine seu módulo.
15. Encontre os escalares a,b e c que satisfaçam a expressão a~u +b~v +cw
~=
(0,1,4). Sabendo que ~u = (1,4,0), ~v = (0, − 1,2) e w
~ = (3,1,4).
28
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1.6. LISTA 1
29
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Capı́tulo 2
Produtos de Vetores
~u · ~v = x1 x2 + y1 y2 + z1 z2 .
30
2.1. PRODUTO ESCALAR
Exemplo 18.
→
−
u ·→
−
u = (a,b,c) · (a,b,c) = a2 + b2 + c2 ≥ 0
→
−
u ·→
−
u = 0 ⇐⇒ a2 + b2 + c2 = 0 ⇐⇒ a = b = c = 0
→
−
⇐⇒ →
−
u = (0,0,0) = 0 .
3. ~u · (~v + w)
~ = ~u · ~v + ~u · w
~ (Distributiva em relação a adição).
~u · (~v + w)
~ = (x1 ,y1 ,z1 ) · (x2 + x3 ,y2 + y3 ,z2 + z3 )
5. ~u · ~u = |~u|2
p
Note que ~u · ~u = (x, y, z) · (x, y, z) = x2 + y 2 + z 2 e |~u| = x2 + y 2 + z 2
então,
|~u|2 = x2 + y 2 + z 2 = ~u · ~u
31
IMEF - FURG
2.1. PRODUTO ESCALAR
Assim,
0 se ~u ou ~v for nulo
~u · ~v = (2.1)
|~u| · |~v |cosθ 0◦ ≤ θ ≤ 180◦
então,
~u · ~v
cos(θ) = ,
|~u| · |~v |
desde que nenhum deles seja nulo.
32
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2.1. PRODUTO ESCALAR
se c = w,
~ b = ~u e a = ~v , temos: em notação vetorial
~ 2 = |~u|2 + |~v |2 − 2|~u||~v |cos(θ)
|w|
~ = ~u − ~v , a forma de w
Uma vez que w ~ é (u1 − v1 ,u2 − v2 ,u3 − v3 )
Assim,
q
|~u|2 = ( u21 + u22 + u23 )2 = u21 + u22 + u23
q
|~v |2 = ( v12 + v22 + v32 )2 = v12 + v22 + v32
p
~2
|w| = ( (u1 − v1 )2 + (u2 − v2 )2 + (u3 − v2 )2 )2
= (u1 − v1 )2 + (u2 − v2 )2 + (u3 − v3 )2
e
|~u|2 + |~v |2 − |w|
~ 2 = 2(u1 v1 + u2 v2 + u3 v3 )
portanto,
2|~u||~v |cos(θ) = |~u|2 + |~v |2 − |w|
~2
= 2(u1 v1 + u2 v2 + u3 v3 )
33
IMEF - FURG
2.1. PRODUTO ESCALAR
assim,
~u · ~v
θ = arccos . (2.2)
|~u||~v |
Observação 1:
Em relação ao ângulo θ:
Observação 2:
Do mesmo modo
Solução:
~u · ~v
cos(θ) =
|~u| · |~v |
(−2, − 1,1) · (1,1,0)
cos(θ) = p √
(−2)2 + (−1)2 + 12 · 12 + 12
√
−3 − 3
cos(θ) = √ =
12 2
θ = 120◦
Exemplo 20. Encontre o ângulo θ entre ~u = ~i − 2~j − 2~k e ~v = 6~i + 3~j + 2~k.
34
IMEF - FURG
2.1. PRODUTO ESCALAR
Solução:
~u · ~v
cos(θ) =
|~u| · |~v |
(1, − 2, − 2) · (6,3,2)
cos(θ) = p √
(1)2 + (−2)2 + (−2)2 · 62 + 32 + 22
−4
cos(θ) = =⇒ θ ' 100,95◦
21
Vetores Ortogonais:
~u · ~v = 0.
2. Determinar o vetor →
−
v , ortogonal ao eixo Oy que satisfaz as condições:
→
− →
− →
−
v · a = 12 e v · b = 6, onde →
→
− →
− −a = (1,2, − 4) e b = (−1,2,6).
35
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2.1. PRODUTO ESCALAR
~v · ~i x
cos(α) = =
|~v ||~i| |~v |
Ou seja
−→
AB= 1~i − 1~j + 0~k
Agora vamos calcular seus ângulos diretores:
−→ √
AB ·~i x 1 1 2
cos(α) = −→ = −→ = p =√ =
| AB ||~i| | AB |
2 2
1 + (−1) + 0 2 2 2
Então α = 45◦
36
IMEF - FURG
2.1. PRODUTO ESCALAR
√
y −1 −1 − 2
cos(β) = −→ = p =√ =
| AB | 12 + (−1)2 + 02 2 2
Então β = 135◦
z 0
cos(γ) = −→ = p =0
| AB | 1 + (−1)2 + 02
2
Então γ = 90◦ .
1. →
−
a k→
−
u
2. →
−
v −→
−
a ⊥→
−
u ⇒ (→
−
v −→
−
a)·→
−
u = 0.
37
IMEF - FURG
2.1. PRODUTO ESCALAR
O vetor →
−
a é chamado de projeção ortogonal de →
−
v sobre →
−
u , e indicamos:
→
−a = proj~u~v .
Pela condição (1): →
−
a = α→
−
u , e, pela condição (2) (→
−
v −→
−
a)·→
−
u = 0, se
→
− →
− →
− →
− →
− →
−
a = α u , temos v · u − α u · u = 0, então
~v · ~u
α=
|~u|2
~v · ~u
proj~u~v = · ~u
|~u|2
Solução:
~u · ~v (6,3,2) · (1, − 2, − 2)
~a = proj~v ~u = · ~v = · (1, − 2, − 2) =
|~v |2 12 + (−2)2 + (−2)2
6−6−4
· (1, − 2, − 2) =
1+4+4
−4 −4 8 8
· (1, − 2, − 2) = , ,
9 9 9 9
38
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2.2. PRODUTO VETORIAL
Solução:
~u · ~v (5,2) · (1, − 3)
~ = proj~v F~ =
w · ~v = · (1, − 3) =
|~v |2 12 + (−3)2
−1 −1 3
· (1, − 3) = , .
10 10 10
a) (~u + ~v ) · w
~
b) proj~u~v
c) ~u · (~v − 2w)
~
d) proj~u w
~
e) projw~ ~v
f) proj~v w
~
g) proj~v ~u
39
IMEF - FURG
2.2. PRODUTO VETORIAL
O conjunto {~u, ~v , w}
~ nesta situação geométrica forma uma base de veto-
res do espaço, pois os vetores são não coplanares.
40
IMEF - FURG
2.2. PRODUTO VETORIAL
~i × ~j = ~k,
de maneira análoga, temos que: ~j × ~k = ~i e ~k × ~i = ~j.
Pelo sentido anti-horário temos o sentido positivo da base: {~i, ~j, ~k},
{~j, ~k,~i} e {~k,~i, ~j}.
No sentido horário {~j,~i, ~k}, {~i, ~k, ~j} e {~k, ~j,~i} o sentido da base é nega-
tivo.
41
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2.2. PRODUTO VETORIAL
Observação 2:
• →
−
u ×→−v = ~0 Se o produto vetorial resultar em um vetor nulo ~0 significa
que um dos vetores é nulo ou os vetores são colineares.
i. módulo |w|
~ = |~u × ~v | = |~u||~v |sen(θ).
ii. a direção do vetor resultante w
~ é simultaneamente ortogonal a ~u
e ~v .
iii. o sentido é tal que {~u, ~v , w}
~ é dado pela base positiva orientada
do espaço.
~i × ~i = 0
~j × ~j = 0
~k × ~k = 0
42
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2.2. PRODUTO VETORIAL
~i ~j ~k
y z x z x y
~u × ~v = x1 y1 z1 = 1 1 ~i − 1 1 ~j + 1 1 ~k
y2 z2 x 2 z2 x2 y2
x 2 y2 z2
O sı́mbolo que utilizamos acima não é um determinante, pois a primeira
linha contém vetores e não escalares. No entanto, é uma forma de cal-
cular semelhante ao desenvolvimento do determinante. Esta representação
simbólica auxilia apenas o cálculo de ~u × ~v em coordenadas.
Solução:
~i ~j ~k
3 1 ~i − 2 1 ~j + 2 3 ~k
~u × ~v = 2 3 1 =
4 −1 1 −1 1 4
1 4 −1
~u × ~v = (−7,3,5)
E, ~v × ~u = (7, − 3, − 5).
Observe que o produto vetorial não é comutativo.
i. ~u × ~u = ~0
iii. ~u × (~v + w)
~ = ~u × ~v + ~u × w.
~
43
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2.2. PRODUTO VETORIAL
~u × (~v + w)
~ = (x1 ,y1 ,z1 ) × (x2 + x3 ,y2 + y3 ,z2 + z3 )
= (y1 (z2 + z3 ) − z1 (y2 + y3 ),z1 (x2 + x3 ) − x1 (z2 + z3 ),
x1 (y2 + y3 ) − y1 (x2 + x3 ))
= (y1 z2 − z1 y2 + y1 z3 − z1 y3 , − x1 z2 + z1 x2 − x1 z3 + z1 x3 ,
x1 y2 − y1 x2 + x1 y3 − y1 x3 )
= (y1 z2 − z1 y2 , −x1 z2 + z1 x2 ,x1 y2 − y1 x2 )
+ (y1 z3 − z1 y3 , − x1 z3 + z1 x3 ,x1 y3 − y1 x3 )
= ~u × ~v + ~u × w
~
44
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2.2. PRODUTO VETORIAL
ix. ~u × (~v × w)
~ 6= (~u × ~v ) × w
~
x. Sentido de →
−
u ×→
−
v : regra da mão direita:
45
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2.2. PRODUTO VETORIAL
−→
Área(ABCD) =(AB)h, onde (AB) =| AB | = |~u|.
−→
Temos que h=(AD)sen(θ), em que (AD) = | AD | = |~v |.
Solução:
46
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2.2. PRODUTO VETORIAL
~i ~j ~k
~i ~j ~k
−→ −→
| AB × AC | = 3 0 −1 = |~i(0 − 0) − ~j(6 − 0) + ~k(0 − 0)|
0 0 2
47
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2.2. PRODUTO VETORIAL
48
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2.3. PRODUTO MISTO
−−→ ~ ~
p = P Q× F = −60k. Assim, o módulo pode ser calculado
Solução: Torque
como |T orque| = (−60)2 = 60mN .
Temos que:
Sabendo que o produto escalar de dois vetores ortogonais é nulo, só tere-
mos resultados quando houver produto escalar entre o mesmo vetor unitário
49
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2.3. PRODUTO MISTO
da base canônica.
x1 y1 z1
~u · (~v × w)
~ = x2 y2 z2
x3 y3 z3
i. (~u, ~v , w)
~ =0
Se um dos vetores é nulo, teremos uma linha nula no determinante,
portanto, seu resultado é nulo.
Se dois deles são colineares, temos linhas proporcionais, gerando um
resultado nulo.
E considerando que ~u · (~v × w)
~ = 0, significa que ~u e ~v × w ~ são vetores
ortogonais e sabendo que ~v × w ~ é ortogonal a ~v e w, ~ então ~v × w
~ é
ortogonal a ~u, ~v , w.
~ Portanto, ~u, ~v , w
~ são coplanares.
iii. (~u, ~v , w
~ + ~r) = (~u, ~v , w)
~ + (~u, ~v , ~r)
Comparando com as propriedades dos determinantes, observamos que
se cada elemento de uma linha é uma soma de parcelas, o determinante
pode ser expresso sob a forma de uma soma de determinantes.
50
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2.3. PRODUTO MISTO
v. (~u × ~v ) · w
~ = ~u · (~v × w)
~
O produto misto é comutativo, pois o produto escalar também é co-
mutativo.
Solução:
~u · (~v × w)
~ = 3 + 4 + 1 − (2 + 3 + 2) = 8 − 7 = 1.
~ = (3,0, − 1)
(a) ~u = (1,2,3), ~v = (2,1,0), w
(b) ~u = (0,0,2), ~v = (2, − 1,0), w
~ = (1,1, − 1)
(c) Verificar se os vetores abaixo são coplanares:
i. ~u = (1,2,3), ~v = (0,0,2), w
~ = (−1,0,3)
ii. ~u = (2,4,6), ~v = (1,1,3), w
~ = (6,12,18)
Assim,
V = |~u × ~v ||w||cos(θ)|
~
Fazendo ~u × ~v = ~n,
V = |~n| · |w||cos(θ)|
~
Sabendo que ~n · w
~ = |~n||w|cos(θ).
~
O volume do paralelepı́pedo é definido pelo módulo do produto misto deter-
minado pelos vetores ~u, ~v e w.
~
V = |~n · w|
~ = |(~u × ~v ) · w|
~
51
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2.3. PRODUTO MISTO
Solução:
1 2 −1
V = |(~u, ~v , w)|
~ = −2 0 3 = |0 + 0 + 14 − (0 + 21 + 16)|
0 7 −4
= |14 − 37| = | − 23| = 23 u.v.
52
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2.3. PRODUTO MISTO
−−→
Solução: Os pontos pertencem ao mesmo plano se os vetores AB =
−→ −−→
(1, − 1,1), AC = (1, − 3, − 1) e AD = (−2,1, − 3) são coplanares, isto
acontece se o produto misto entre eles é zero. Assim,
1 −1 1
det 1 −3 −1 = 0.
−2 1 −3
~u × (~v × w)
~ = (~u · w)~
~ v − (~u · ~v )w
~
53
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2.4. LISTA 2
2.4 Lista 2
1. Encontre as coordenadas do vetor ~v = (a,b,c), resolvendo os seguintes
sistemas:
~v · (−~i + ~j) = 2
7. Determinar o vetor →
−
v paralelo ao vetor →
−
u = (1,3,−1) tal que →
−
v ·→
−
u =
44.
~ = (4, − x,2)
(a) ~u = (x + 2,2,1) e w
54
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2.4. LISTA 2
~ = (x,3, − 2x)
(b) ~u = (4,x + 1,3) e w
11. Encontre a medida dos ângulos do triângulo cujos vértices são A(-1,0),
B(2,1), C(1,-2).
14. Encontre o trabalho realizado por uma força que atua no deslocamento
−−→
de um objeto de A para B, sabendo que |F~ | = 25N (newtons) e |AB| =
4m e θ = 60◦ .
16. Determine
√ o vetor ~u = (a,b,c) sabendo que ~u · ~v = 1 e ~u · w
~ = 1 e que
|~u| = 22, onde ~v = (1,1,0) e w~ = (2,1, − 1).
~ = 2~u × ~v
(a) w
~ = (3~u + 2~v ) × ~v
(b) w
~ = ~u × (~v − ~u)
(c) w
55
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2.4. LISTA 2
(a) |~u × w|
~
(b) (2~v ) × (3~u)
(c) (~u × w) ~ × ~v )
~ + (w
~ = (1,2, − 1).
25. Conhecendo as coordenadas dos vetores ~v = (1,1,3) e w
Encontre as coordenadas do vetor ~u sabendo que ele é ortogonal ao
eixo x e ~v = ~u × w.
~
26. Determinar a distância do ponto A(−4, − 3,5) à reta que passa pelos
pontos P (2,7,0) e Q(5, − 4, − 2).
27. Encontre o√vetor ~u tal que ~u × (~i − ~j) = 2(~i + ~j − ~k), tal que o módulo
de →
−
u seja 6.
56
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2.4. LISTA 2
36. Sejam os vetores ~u = (2,1,0), ~v = (1,0,2) e w~1 = 2~u − ~v , w~2 = 3~v − 2~u,
e w~3 = ~i + ~j + 2~k. Determinar o volume do paralelepı́pedo definido
por w~1 , w~2 , w~3 .
37. Quatro vértices de um paralelepı́pedo são A(1, 4, 12), B(6, −8, 14),
C(−5, 12, 6) e D(9, 18, 15). Calcule o volume desse paralelepı́pedo.
−→ −−→
38. Do tetraedro de arestas OA, OB e OC, sabe-se: OA = (x,3,4), OB =
−−→
(0,4,2), OC = (1,3,2). Calcule x para que o volume desse tetraedro seja
igual a 2u.v.
57
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2.4. LISTA 2
~ · (2,3,4) = 9
m
~ × (−1,1, − 1) = (−2,0,2)
m
~u · (2,0,4) = 4
58
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Capı́tulo 3
Gabaritos
59
3.2. GABARITO - LISTA 2
4. 11, −4
5. 2u.c.
6. 5u.c.
7. →
−
v = (4,12, − 4)
8. x = −5; x = −3
40 24 25 50 75 1 1 60 40 1 1
9. a)( , ,0), b)( , , ), c)(0, , ), d)( , ,0); e)(− , ,0)
17 17 7 7 7 2 2 13 13 2 2
20 2 5 4
10. θ = arcos( √ √ ); θ = arcos( √ ); θ = arcos( √ √ ); θ = arcos( √ )
13 89 14 10 69 77
11.
−8
12. θ = arcos( √ )
396
√
13. W = 30 3J
14. W = 50J
~ = (18, − 18,9) ou w
15. w ~ = (−18,18, − 9)
16 20 14
16. ~u = (3, − 2,3), ~u = (− , ,− )
6 6 6
~ = (14, − 10,2); w
17. w ~ = (21, − 15,3); w
~ = (7, − 5,1)
√
18. 152; (132, − 72, − 84); (−14, − 12, − 14)
19. (−13,6,3)
√
20. 72u.a.; 3u.c.
√ √
21. 98 = 7 2u.a.
22.
√
23. 2 209u.a.
24.
60
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3.2. GABARITO - LISTA 2
26.
27. (1,1,2)
28.
29. a = 5 ou a = −5, b = 0 e c = 4
33.
105
34. u.v.
6
328
35. u.v.; 22u.v.
6
36. 16u.v.
37. 604u.v.
38. 11, − 1
39. −1, − 3
40. a = −2
41. z = 6, z = −6
42. (1,1,1)
5
43. (2, − ,0)
3
1
44. b = 6 + c
2
45. b = −5, c = 6
61
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3.2. GABARITO - LISTA 2
Bibliografia
1. Steinbruch, A.; Winterle, P. Geometria Analı́tica, São Paulo: Pearson
Makron Books, 1987.
62
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Apêndice A
Estudo da Reta
A × B = {(a,b)|∀a ∈ A; ∀b ∈ B}
Exemplo 33. Considere os seguintes conjuntos: A = {1,3,5} e B = {2,3}.
A × B = {(1,2),(1,3),(3,2),(3,3),(5,2),(5,3)}
63
A.1. CONCEITO DE PRODUTO CARTESIANO
Como vimos, cada ponto no plano (R2 ) possui uma abscissa e uma or-
denada, portanto, o ponto P é um par ordenado (x,y). Note que o plano
cartesiano é formado a partir de duas retas mutuamente perpendiculares. O
eixo x é perpendicular ao eixo y.
64
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A.1. CONCEITO DE PRODUTO CARTESIANO
a2 = b2 + c2 .
−−→
|P Q|2 = |x2 − x1 |2 + |y2 − y1 |2 = (x2 − x1 )2 + (y2 − y1 )2
65
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A.1. CONCEITO DE PRODUTO CARTESIANO
−−→ p
|P Q| = (x2 − x1 )2 + (y2 − y1 )2
Ponto Médio
Considere três pontos sobre uma reta A(x1 ,y1 ), B(x2 ,y2 ), P (x,y), onde
P é o ponto médio entre A e B, então AP = P B. Portanto,
(x1 + x2 ) (y1 + y2 )
x= ,y =
2 2
x1 + x2 y1 + y2
P = ,
2 2
66
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A.1. CONCEITO DE PRODUTO CARTESIANO
4y y1 − y0
a= = .
4x x1 − x0
y1 − y0
Então, = a ou y − y0 = a(x − x0 ) é a equação na forma ponto
x1 − x0
coeficiente angular. Isolando y, temos y = ax − ax0 + y0 , onde ax0 + y0 = b,
então a forma da equação reduzida da reta é dada por
y = ax + b.
a = tgα
Observe a seguir os casos com 0◦ ≤ α < 180◦ :
A equação da reta horizontal é y = b.
67
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A.1. CONCEITO DE PRODUTO CARTESIANO
68
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A.1. CONCEITO DE PRODUTO CARTESIANO
(y − 2) = 2(x − 3) ⇒ (y − 2) = 2x − 6 ⇒ y = 2x − 4.
Retas paralelas
69
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A.1. CONCEITO DE PRODUTO CARTESIANO
Duas retas são paralelas quando não existe um ponto comum a elas. Por-
tanto, duas retas são paralelas se, e somente se, possuem a mesma inclinação
a e cortam o eixo Oy em pontos diferentes.
Retas concorrentes
70
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A.1. CONCEITO DE PRODUTO CARTESIANO
Retas perpendiculares
Duas retas são perpendiculares quando o ângulo entre elas é 90◦ . Sejam,
71
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Apêndice B
Geometria
B.1 Geometria
B.1.1 Área de um paralelogramo
A área de um paralelogramo é igual ao produto do comprimento de um
lado pelo comprimento da altura, relativa àquele lado.
72
B.1. GEOMETRIA
B.1.3 Tetraedro
O tetraedro regular é um sólido platônico, figura geométrica espacial
formada por quatro triângulos equiláteros (triângulos que possuem lados
com medidas iguais); possui 4 vértices , 4 faces e 6 arestas. É um caso
particular de pirâmide regular de base triangular.
73
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Apêndice C
Fórmulas Trigonométricas
C.1 Fórmulas
C.1.1 Definição
y 1
Seno: sin θ = =
r csc θ
x 1
Cosseno: cos θ = =
r sec θ
y 1
Tangente: tan θ = =
x cotgθ
74