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AP2 - Cálculo III - Gabarito - 2017-2

ORIENTAÇÕES PARA PROVA COM CORREÇÃO ONLINE

Orientações gerais

(1) Você está recebendo do aplicador um Caderno com a Folha de Questões e as Folhas de Res-
postas personalizadas para o registro das suas respostas.

(2) Confira se a Folha de Questões corresponde à disciplina em que deverá realizar a prova e se nas
Folhas de Respostas constam corretamente o seu nome e número de matrı́cula. Caso contrário,
verifique com o aplicador a solução cabı́vel.

(3) Você receberá o total de Folhas de Respostas de acordo com o indicado no canto superior
direito.

(4) Após a conferência e se estiver tudo certo, assine todas as Folhas de Respostas no local indicado
para este fim.

(5) É expressamente proibido o uso de aparelho celular dentro da sala de aplicação de prova.

(6) Ao término da prova, entregue ao aplicador todas as Folhas de Respostas devidamente assinadas
e a Folha de Questões.

Orientações para o preenchimento das Folhas de Respostas

(1) Somente utilize caneta esferográfica com tinta azul ou preta, para registro das resoluções
das questões nas Folhas de Respostas.

(2) Apresente a resolução de cada questão no espaço previsto para ela nas Folhas de Respostas.

(3) As Folhas de Respostas serão o único material considerado para correção. Portanto,
quaisquer anotações feitas fora delas, mesmo que em folha de rascunho, serão ignoradas.

(4) As respostas devem vir acompanhadas de justificativas.

(5) É proibido o uso de corretivo nas respostas.

(6) NÃO AMASSE, DOBRE OU RASURE as Folhas de Respostas, pois isto pode inviabilizar a
digitalização e a correção.

Orientações especı́ficas para esta disciplina:

(1) É expressamente proibido o uso de qualquer instrumento que sirva para cálculo assim como de
qualquer material que sirva de consulta.

ATENÇÃO: O descumprimento de quaisquer das orientações poderá implicar em prejuı́zo na sua


avaliação, o que será de sua inteira responsabilidade.
Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro

AP2 – Cálculo III – Gabarito – 2017-2

Nome: Matrı́cula:
Atenção!
• Identifique a Prova, colocando nome e matrı́cula. • Sua prova será corrigida online. Siga as
• Resoluções feitas nesta folha ou no rascunho não serão corrigidas. instruções na capa deste caderno.
• Devolver esta prova e as Folhas de Respostas ao aplicador.

Questão 1 (2,0 pontos) Considere a função F : R3 −→ R, definida por F (x, y, z) = x2 +xyz+z 3 .

(a) (1,0 ponto) Prove que a equação F (x, y, z) = 1 define implicitamente uma função z = f (x, y)
em uma vizinhança V do ponto (1, 1) ∈ R2 ;

(b) (1,0 ponto) Calcule fx (x, y) e fy (x, y) para cada (x, y) ∈ V.

Solução:

(a) Observemos que

1 = F (1, 1, z) = 1 + +z + z 3 =⇒ z(z 2 + 1) = 0 =⇒ z = 0.

Assim, para ver que a equação F (x, y, z) = 1 define implicitamente uma função z = f (x, y)
em uma vizinhança V do ponto (1, 1) ∈ R2 , basta verificar que Fz (1, 1, 0) 6= 0 (teorema da
função implı́cita). Com efeito, como Fz (x, y, z) = xy + 3z 2 , temos Fz (1, 1, 0) = 1 6= 0,
seguindo o desejado.

(b) Pelo teorema da função implı́cita, para cada (x, y) ∈ V, temos


!
−Fx (x, y, z) 2x + yz
fx (x, y) = =−
Fz (x, y, z) xy + 3z 2
e !
−Fy (x, y, z) xz
fy (x, y) = =− .
Fz (x, y, z) xy + 3z 2

Questão 2 (5,5 pontos)


Considere a função f : R2 −→ R, definida por
(
1 − x2√− y 2 , se x2 + y 2 ≤ 1
f (x, y) =
−1 + x2 + y 2 , se x2 + y 2 > 1.

(a) (1,5 ponto) Se existir, calcule fx (1, 0) e, em seguida, decida se f é diferenciável em (1, 0);
Cálculo III AP2 3

(b) (1,0 ponto) Em no máximo 5 linhas, e sem fazer cálculos, explique por que a restrição de f
ao conjunto
1 2
( )
1
 
2 2
C = (x, y) ∈ R ; x − +y =
2 16
assume valor máximo e valor mı́nimo;
(c) (2,0 pontos) Com as notações do item (b), encontre os valores máximo e mı́nimo de f em
C;
(d) (1,0 ponto) Calcule a derivada direcional de f , no ponto P = (2. − 2), segundo a direção
~u = (1, 1).

Solução:

(a) Observemos que


f (1 + h, 0) − f (1, 0) (−1 + |1 + h|) − 0 h
lim+ = lim+ = lim+ = 1
h→0 h h→0 h h→0 h

e
f (1 + h, 0) − f (1, 0) [1 − (1 + h)2 ] − 0 −2h − h2
lim− = lim− = lim− = −2,
h→0 h h→0 h h→0 h
donde não existe fx (1, 0). Consequentemente, f não é diferenciável em (1, 0), pois, se fosse,
existiriam as derivadas parciais no referido ponto.
(b) Em primeiro lugar, observemos que

C ⊂ {(x, y) ∈ R2 ; x2 + y 2 < 1}.

Seja g a restrição de f ao conjunto C. Portanto, g(x, y) = 1 − x2 − y 2 para todo (x, y) ∈ C.


Sendo g contı́nua e C compacto, o teorema de Weierstrass garante g assume valor máximo e
valor mı́nimo em C.
(c) Pelo item anterior, devemos otimizar a função f , sujeita à restrição
1 2 1
 
x− + y2 − = 0,
| 2 {z 16}
h(x,y)

lembrando que, nesse caso, f ≡ 1 − x2 − y 2 . Seja (x0 , y0 ) ∈ C um ponto no qual f assume


um valor extremo em C. Pelo teorema dos Multiplicadores de Lagrange, existe λ ∈ R tal que
1
   
(−2x0 , −2y0 ) = ∇f (x0 , y0 ) = λ∇h(x0 , y0 ) = λ 2 x0 − , 2y0 .
2
Daı́, temos
1
 
−2x0 = 2λ x0 −
2
e
−2y0 = 2λy0 ⇐⇒ 2y0 (λ + 1) = 0.
Tendo em vista as duas relações, segue que y0 = 0. Assim,
2
1 1 1 3

h(x0 , y0 ) = 0 =⇒ x0 − = =⇒ x0 = ou x0 = .
2 16 4 4

Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ


Cálculo III AP2 4

Nesse caso, concluı́mos que


1 1 15
 
f ,0 = 1 − =
4 16 16
e
3 9 7
 
f ,0 = 1 − =
4 16 16
são os valores máximo e mı́nimo de f em C, respectivamente.

(d) Observemos que f ≡ −1 + x2 + y 2 é diferenciável em

U = {(x, y) ∈ R2 ; x2 + y 2 > 1}.

Portanto,
x y
fx (x, y) = √ e fy (x, y) = √ 2
x2+y 2 x + y2
 
−2
√2 , √
para todo (x, y) ∈ U. Em particular, ∇f (2, −2) = 8 8
. Pondo
!
~u 1 1
~v = = √ ,√ ,
k~uk 2 2
temos ! ! ! !
∂f 2 1 −2 1
(2, −2) = ∇f (2, −2) · ~v = √ √ + √ √ = 0.
∂~u 8 2 8 2

Questão 3 (2,5 pontos)


Seja f : R2 −→ R uma função diferenciável, e considere também a função g : R2 −→ R, definida
por
g(u, v) = f (u2 + v 3 , uv)
para cada (u, v) ∈ R2 . Sabendo que
1 1 1 1
fx (44, 12) = , fx (0, −32) = , fy (44, 12) = − e fy (0, −32) = − ,
6 16 2 4
(a) (1,3 ponto) Calcule gu (6, 2);

(b) (1,2 ponto) Calcule gv (8, −4).

Solução:

(a) Para cada (u, v) ∈ R2 , ponhamos x = x(u, v) = u2 + v 3 e y = y(u, v) = uv. Nesse caso,
aplicando a Regra da Cadeia, obtemos

gu (u, v) = fx (u2 + v 3 , v + 2u)xu (u, v) + fy (u2 + v 2 , uv)yu (u, v)


= fx (u2 + v 3 , uv) · (2u) + fy (u − 2v, v + 2u) · v

para todo (u, v) ∈ R2 . Em particular,


1 1
   
gu (6, 2) = fx (44, 12) · 12 + fy (44, 12) · 2 = · 12 + − · 2 = 1.
6 2

Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ


(b) Continuemos com as notações do item anterior. Aplicando novamente a Regra da Cadeia,
obtemos

gv (u, v) = fx (u2 + v 3 , v + 2u)xv (u, v) + fy (u2 + v 2 , uv)yv (u, v)


= fx (u2 + v 3 , uv) · (3v 2 ) + fy (u − 2v, v + 2u) · u

para todo (u, v) ∈ R2 . Em particular,


1 1
   
gu (8, −4) = fx (0, −32) · 48 + fy (0, −32) · 6 = · 48 + − · 8 = 1.
16 4

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