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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS

Júlia Góes Ferreira Barbosa

Maquiavel

Maceió

2018
1 INTRODUÇÃO
Trataremos aqui de fazer uma breve exposição de alguns pontos do clássico
da filosofia política O Príncipe, de Nicolau Maquiavel. Esta obra, escrita em 1513 e
publicada pela primeira vez em 1532, tem como objetivo “[...] discorrer e regular sobre
o governo dos príncipes[...]” (2002, p. 28).

2 DESENVOLVIMENTO

Nicolau Maquiavel, assim como todos os pensadores, escreve O Príncipe tendo


como influência o contexto histórico no qual estava inserido. A Itália que nós
conhecemos não é a Itália na qual Maquiavel viveu. Na verdade, a Itália era um
aglomerado de Estados: Nápoles, Florença, Milão, Veneza e os Estados papais. A
república de Florença, terra natal de Maquiavel, era bastante instável. Assim, não é
nenhuma surpresa que o autor defenda um modo de governar duro. Ao defender tal
modo de governo, Maquiavel tem como base duas ideias: o ser humano é mau e o
principado é uma forma de ordenar o caos causado pelos próprios seres humanos.
Maquiavel enxerga o ser humano de modo negativo: “De fato, pode-se dizer
dos homens, de modo geral, que são ingratos, volúveis, dissimulados; procuram se
esquivar dos perigos e são gananciosos” (2002, p. 99). É por ter tais características
que os homens precisam de um governo como o Principado, governado por alguém
que visa a ordem e a estabilidade, mesmo que para isso o príncipe tenha que usar a
força, a ponto de cometer atos não muito adorados: “O príncipe, portanto, não deve
se incomodar com a reputação de cruel, se seu propósito é manter o povo unido e
leal” (2002, p. 98). Além disso, para governar bem, o príncipe não pode ser somente
muito forte, mas precisa usar com muita sabedoria a força que tem, principalmente
em momentos de crise.
Outro ponto a ser destacado é a relação entre príncipe e povo. O primeiro
“precisará sempre do favor dos habitantes de um território para poder dominá-lo, por
mais poderoso que seja seu exército” (2002, p. 33), principalmente se o Estado for
novo, pois “[...] os homens mudam de governantes com grande facilidade, esperando
sempre uma melhoria. Essa esperança os leva a se levantar em armas contra os
atuais” (2002, p. 33).

3 CONCLUSÃO
Assim, tentando entender O Príncipe, nós refletimos sobre a conjuntura política
atual. Se, para Maquiavel, é bom que o príncipe seja amado e (principalmente) temido
pelo povo e, além disso, há uma dependência do Príncipe em relação ao povo, como
um homem que não é nem amado nem temido e tem uma popularidade de 4,3% é
presidente de um país?
REFERÊNCIAS

MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. São Paulo: Martin Claret, 2002.

WEFFORT, Francisco C. Os Clássicos da Política 1. 13ª ed. São Paulo: Ática,


2001.

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