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3
módulo
Noções de
primeiros socorros
Neste módulo você conhecerá a sequência
do pronto atendimento ao acidentado, o
que fazer e o que não fazer ao prestar os
primeiros socorros. Serão apresentadas
informações para a segurança das pessoas
no local do acidente, sejam vítimas ou
não. As técnicas de socorro de emergência
devem ser aplicadas apenas se você tiver
um treinamento prático.
Siga a Procondutor.
PROCONDUTOR TECNOLOGIA
DE TRÂNSITO S/A
Diretora de produto
Claudia de Moraes
Coordenadora de conteúdo
Paula Beatriz de Matos Pires
Conteúdo
Paula Beatriz de Matos Pires
Fernanda Melo Terra
Renata Kuba
Fernando Gonzaga
Revisão ortográfica
Fernando Gonzaga
Thaís Nogueira
3
Diagramação e arte
Renata Kuba
Noções de
módulo
Ilustrações
Ciatech
primeiros socorros
Thiago Dias
Renata Kuba
Fotografia
Shutterstock
Depositphotos
Pixabay
Equipe Multidisciplinar
Pollyana Coelho da Silva
Notargiacomo
Sérgio Ejzenberg
Claudia Lopes Pereira Pinto
Maria Aparecida Marques
Henrique Naoki Shimabukuro
6
apresenta informações que garantem a segurança das pessoas no lo-
cal do acidente, sejam vítimas ou não. Lembre-se de aplicar técnicas
de socorro de emergência apenas se você tiver um treinamento práti-
co de primeiros socorros.
|| DEFINIÇÕES
7
Nesses momentos, é importante manter a calma. Faça aquilo que
for capaz, tentando controlar a situação, mas antes de tudo verifique
se você não está ferido.
8
à segurança e verifique os riscos as-
sociados (como vazamento de com-
bustível);
controle a situação, mantendo os
curiosos longe;
peça socorro profissional imedia-
tamente, informando o número de
vítimas e a localização;
verifique a situação das vítimas,
tranquilize-as e caso não haja riscos
como incêndio ou quedas, evite que
elas se movam e não retire os equi-
pamentos de segurança;
realize algumas ações de cuida-
do com as vítimas (detalhadas em
próximos tópicos), com o objetivo
de socorrê-la, sempre considerado
o seu conhecimento e treinamento
em primeiros socorros.
9
Velocidade Distância para início da sinalização
Tipo da via máxima Pista molhada, neblina,
permitida Pista seca
fumaça ou à noite
3
Vias coletoras 40 km/h 40 passos largos 80 passos largos
Vias arteriais 60 km/h 60 passos largos 120 passos largos
Vias de trânsito rápido 80 km/h 80 passos largos 160 passos largos
Rodovias (pista dupla) 110 km/h* 110 passos largos 220 passos largos
Noções de primeiros socorros
Rodovias (pista simples) 100 km/h* 100 passos largos 200 passos largos
Estradas 60 km/h 60 passos largos 120 passos largos
* Para automóveis e caminhonetas
10
fiquem na lateral da pista, antes
do local do acidente e sempre de
frente ao fluxo do veículo;
estejam atentas e preparadas em
caso de aparecer algum carro
desgovernado.
11
se houver óleo na pista, jogue terra e retire os obstáculos que pos-
sam existir;
evacue a área e isole-a totalmente em caso de fogo ou de va-
3
zamento de produtos que possam causar incêndios e explosões.
Fique atento aos painéis de segurança e aos rótulos de risco.
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UTILIZAÇÃO DO EXTINTOR DE INCÊNDIO
Caso ocorra princípio de incêndio no aciden-
te com vítima, na ausência de especialista, use
o seu extintor e tente conter o fogo. O extin-
tor de incêndio mais comum em veículos é o
ABC. Ele elimina pequenos incêndios ocorridos
com líquidos inflamáveis em materiais sólidos
e equipamentos elétricos, além de ser de fácil
manuseio, como manipular um spray de tinta
comum. Deve ser usado na posição vertical, ja-
mais deitado ou de cabeça para baixo. É acio-
nado por uma válvula que deve ser mantida a
uma distância média do incêndio, sempre dire-
cionando o jato para a base das chamas.
Fique atento aos sinais:
fumaça branca e sem cheiro: é vapor de
água do radiador;
fumaça de cor escura e com cheiro forte: é
princípio de incêndio;
vazamento de combustível: se perceber a
ocorrência, isole a área e saia do veículo.
Não tente apagar o incêndio.
13
|| ACIONAMENTO DE RECURSOS
3
o que viu acontecer. É sempre necessário informar:
localização, pontos de referência e se há vias interditadas;
tipo de acidente e riscos (fique atento às placas de incêndios, des-
moronamento ou cargas perigosas);
número de vítimas, gravidade do estado delas, dados que você sai-
ba (idade, sexo etc.) e quais providências foram tomadas;
Noções de primeiros socorros
SAMU
Ligue para o Serviço de Atendimento
Móvel de Urgência (SAMU) – 192, em qual-
quer tipo de emergência relacionada à saú-
de. Pode ser acionado para atender:
vítimas de acidentes de trânsito;
pessoas que passam mal;
pessoas que se acidentam (queda ou torções) em via urbana ou rural.
BOMBEIROS
Entre em contato com Bombeiros – 193:
em acidente com vítimas presas em fer-
ragens ou capotamentos;
quando houver perigo identificado
como fogo, fumaça, faíscas, vazamento
de substâncias, gases, líquidos ou com-
bustíveis;
em locais instáveis como ribanceiras, muros caídos, valas etc.
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POLÍCIA OU BRIGADA MILITAR, POLÍCIA RODOVIÁRIA
FEDERAL E ESTADUAL
Contate a Polícia ou a Brigada Militar, discan-
do 190, quando o acidente for em vias urbanas.
Para Polícia Rodoviária Federal, disque 191, nas
vias rurais. Para Polícia Rodoviária Estadual disque
198. Acione sempre que ocorrer uma emergência
em locais sem serviços próprios de socorro. Estes
profissionais poderão auxiliar (ainda que sem os equipamentos e ma-
teriais necessários para o atendimento e transporte de uma vítima) e
garantir a segurança do local e das vítimas.
RODOVIAS
Todas as rodovias devem divulgar o número de
telefone a ser acionado em uma emergência.
Esses serviços não possuem um número único
de telefone, mudam de uma rodovia a outra. O
Serviço de Atendimento ao Usuário (SAU) é obri-
gatório nas rodovias administradas por concessio-
nárias, geralmente o telefone inicia com 0800. Mantenha atualizado
o número de telefone das rodovias que utiliza com frequência.
Muitas rodovias possuem telefone de emergência nos acostamen-
tos, geralmente dispostos a cada quilômetro. Neles, é só retirar o tele-
fone do gancho e aguardar o atendimento.
15
verifique os sinais vitais como respiração e batimentos cardíacos, e se
não há lesões na coluna, sangramento pela boca, nariz ou ouvidos;
converse com ela acalmando-a: ouça e aceite suas queixas;
3
mantenha-a informada do que está fazendo e o que está ocorrendo;
faça perguntas para identificar dores físicas ou confusão mental;
responda as perguntas com calma, não minta, mas não dê informa-
ções que possam causar impacto;
se possível, sem movimentá-la, retire casacos e blusas para avaliar
se existem fraturas, ferimentos, queimaduras e sangramentos.
Noções de primeiros socorros
PULSAÇÃO
Verifique a pulsação do acidentado, colocando dois ou três dedos
em um ponto arterial. O melhor local do corpo para verificar a pulsa-
ção de um adulto inconsciente é na base do pescoço, onde fica locali-
zada a artéria carótida, que leva o sangue do coração ao cérebro.
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A frequência da pulsação é afetada por diversos fatores: idade, sexo,
peso, emoções, estresse, medicamentos, condições físicas etc.
Segundo o cardiologista Maurício Scanavacca, crianças têm os bati-
mentos cardíacos mais altos e idosos mais baixos. Já em um adulto em
repouso, os batimentos cardíacos são considerados:
altos (taquicardia): se estão acima de 100 por minuto;
baixos (braquicardia): se estão abaixo de 40 por minutos.
RESPIRAÇÃO (VOS)
Você pode avaliar a frequência e a qualidade da respira-
ção com passos simples:
Veja os movimentos respiratórios por meio da eleva-
ção do tórax/abdome;
Ouça, colocando o ouvido próximo à boca e ao nariz;
Sinta, colocando a mão próximo da boca e do nariz.
VIAS AÉREAS
Se a vítima estiver consciente e responder sem dificuldade, significa
que as vias aéreas estão abertas, ela respira e apresenta circulação.
Mas, se a vítima não responder aos estímulos verbais, isso pode indicar
que as vias aéreas estão fechadas, tente desobstruí-las. Lembre-se de
não movimentar sua cabeça, evitando assim lesões na coluna.
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Caso a vítima esteja com a respiração ofegante, ela pode estar com
um quadro de sintoma de asma, estado de choque, embolia pulmonar
(existência de coágulo nas veias ou artérias do pulmão), asfixia devido
3
a inalação de fumaça, intoxicação por monóxido de carbono, hemor-
ragias ou lesão do pulmão, pescoço ou tórax.
TEMPERATURA
Meça a temperatura das vítimas nas axilas, e se for:
menor que 36 graus: pode indicar estado de choque, he-
Noções de primeiros socorros
COR DA PELE
A cor da pele também é um indicador da condição da vítima. Veja:
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arroxeada: exposição ao frio, estado de choque, parada cardior-
respiratória ou morte;
palidez: hemorragia, exposição ao frio ou parada cardiorrespiratória;
avermelhada: febre, calor ambiente, ingestão de bebida alcoólica
ou início de envenenamento por monóxido de carbono.
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA
Quando uma pessoa não apresenta movimento de respiração e nem
pulsação, pode indicar uma parada cardiorrespiratória. Outros sinto-
mas: inconsciência, o peito não mexe, cianose, ausência de pulsação e
palidez acentuada. A equipe de socorro fará a compressão torácica,
também conhecida como massagem cardíaca.
ESTADO DE CHOQUE
O sangue é responsável por levar o oxigênio para as células. Quando
há uma deficiência na circulação sanguínea, ocorre a falta de oxigênio
nas células, condição conhecida por estado de choque. Essa defi-
ciência pode ser provocada por grandes hemorragias, queimaduras
graves, choques elétricos, ataque cardíaco, fratura ou graves trauma-
tismos. Também pode ser provocado por uma crise de pânico.
Sintomas
Os principais sintomas são: palidez, suor na testa e nas palmas das
mãos, calafrios, pulso fraco, respiração acelerada, pele fria e pegajosa,
agitação e ansiedade, enjoos e vômitos, sensação de frios e tremores,
inconsciência parcial ou total.
Procedimentos Glossário
Se a vítima não apresentar lesão na coluna, eleve as pernas; Cianose. É a descoloração
azulada da pele.
afrouxe as roupas;
Massagem
retire qualquer objeto ou restos de comida da boca; cardíaca. Técnica que
mantenha a vítima aquecida; objetiva garantir a oxigenação
dos órgãos. Só pode ser
verifique a pulsação e a respiração. realizada por profissionais.
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DESMAIOS1
É a perda instantânea e temporária da consciência e da capacidade
de manter-se em pé. Na maioria das vezes, os desmaios são causados
3
pela diminuição da circulação sanguínea no cérebro, resultando em
uma baixa oxigenação. O grande problema é que na queda, com fre-
quência há traumatismos ou fraturas ósseas.
O desmaio não é uma doença, mas pode ser um sintoma de doen-
ças vasculares, distúrbios metabólicos, uso de medicação, hipotensão
ou hipoglicemia. Fatores físicos ou emocionais como estresse, nervo-
Noções de primeiros socorros
Sintomas
Alguns sintomas anunciam que a pessoa vai desmaiar,
são eles: fraqueza, palidez, náuseas, ânsia, suor frio, pul-
so fraca, respiração lenta e visão turva. Assim, se você
perceber esses sintomas, apoie a vítima antes que ela
caia, sente-a numa cadeira e coloque as pernas entre os
joelhos. Peça que a vítima respire profundamente e não
permita que ela se levante sozinha.
Procedimentos
Deite a pessoa desmaiada o mais confortável possível,
mas lembre-se de não movimentá-la se houver risco de
agravar o seu estado.
Glossário
Não tente acordar a vítima do desmaio. Se ela ficar in-
Hipotensão. Estado de
baixa pressão arterial. consciente por mais de 5 minutos, chame a equipe de
Hipoglicemia. Condição socorro imediatamente. Depois que ela recobrar a cons-
em que a taxa de glicose
no sangue está baixa.
ciência, mantenha-a deitada até ter certeza de que seu
estado de saúde está bom.
1 http://drauziovarella.com.br/letras/d/desmaiosincope/
http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/06/entenda-causas-dos-desmaios.html
20
CONVULSÕES
São contrações musculares involuntárias de todo o
corpo ou parte dele. Podem causar crises de convulsão2:
febre alta, falta de sono, menstruação, estresse, emo-
ções intensas, exercícios vigorosos, determinados ruí-
dos, músicas, odores ou luzes fortes.
Sintomas3
Alguns sintomas preveem a convulsão: sensação súbi-
ta de medo ou ansiedade, enjoo, tontura ou até mesmo
alteração na visão.
Glossário
Os sintomas de uma convulsão são: perda de consci- Espasmos musculares.
ência seguida de confusão, espasmos musculares, sali- Contração involuntária
ou anormal de um
vação saliente, movimentos rápidos dos olhos, alteração músculo, normalmente
com dor na região.
súbita de humor, lábios e dedos arroxeados, respiração
Micção. Ato de urinar.
irregular, perda do controle miccional e intestinal.
Procedimentos4
Diante de um quadro de convulsão:
deite a vítima de lado para evitar que ela se engasgue com a pró-
pria saliva;
apoie sua cabeça em algum material macio;
afaste os objetos ao redor que possam machucá-la;
afrouxe suas roupas e erga seu queixo para facilitar a respiração;
não tente puxar a língua da vítima para fora e nem coloque objetos
em sua boca;
não jogue água no seu rosto;
mantenha-se próximo à vítima e não impeça os seus movimentos,
apenas garanta que não há nada que possa machucá-la.
2 https://drauziovarella.com.br/letras/c/convulsao-2/
3 http://pt.healthline.com/health/convulsoes#Sintomas3
4 https://drauziovarella.com.br/letras/c/convulsao-2/ e http://www.epilepsiabrasil.org.br
noticias/voce-sabe-como-ajudar-durante-uma-crise-convulsiva
21
|| ANÁLISE
SECUNDÁRIA
3
da vítima, examine-a, verificando se há hemorragias, ferimentos, fra-
turas, queimaduras etc.
FERIMENTOS
Os ferimentos podem ser considerados abertos ou fechados. Se hou-
ver rompimento da pele, será caracterizado como aberto, caso contrá-
Noções de primeiros socorros
5 https://drauziovarella.com.br/letras/c/cortes/
22
ferimentos no tórax (peito): podem ser gravís-
simos caso haja algum pulmão atingido. Se per-
ceber ruídos de ar no sangramento, é possível
que os pulmões estejam perfurados. Verifique a
respiração da vítima até o socorro chegar, man-
tendo-a vítima imóvel e agasalhada. Em uma
situação de urgência, cubra o ferimento com
plástico e pano limpo em compressa grande. O
plástico deve ser fixado somente em 3 extremi-
dades, deixando um a livre afim de facilitar a en-
Fixar somente 3 extremidades
trada e saída de ar.
ferimentos nos olhos: necessitam de cuidados
profissionais já que são muito sensíveis. Lave os olhos da vítima
com água limpa. Certifique-se de que a água não contenha ne-
nhum produto químico, uma vez que pode agravar a lesão. Cubra
o olho com gaze ou pano limpo e peça à vítima para manter ambos
os olhos fechados, mesmo se apenas um estiver com ferimento. Por
fim, encaminhe a vítima ao um profissional.
ferimentos no rosto: podem ocorrer em forma de fraturas na
face ou dentes, hematomas nas pálpebras e hemorragias nasais ou
no ouvido. Esses ferimentos podem ser mais graves se, no caso de
motociclistas, o capacete não tiver proteção facial plena.
HEMORRAGIAS
Hemorragias internas
São aquelas em que não há o rompimento da
pele. Alguns dos sintomas são: inchaço, lábios páli-
dos, agitação, suor excessivo e pele escura e áspera.
Veja os principais procedimentos:
não retire objetos empalados;
não recoloque os órgãos expostos na cavidade;
não aplique compressão sobre os órgãos;
procure socorro médico imediatamente.
23
Hemorragias externas
São aquelas em que há o rompimento da pele e podem ser:
3
ARTERIAL VENOSA CAPILAR
� cor vermelha rutilante � cor vermelha mais escura; � sangue escorre lentamente;
(vivo); � mais fácil de controlar do � cor vermelha mais escura;
� difícil de ser controlada; que a arterial; � facilmente controlada
� procedimentos para � procedimentos para com procedimentos para
grandes sangramentos. pequenos ou grandes pequenos sangramentos.
sangramentos.
24
jamais fazer torniquete, procedimento médico no qual se bloqueia
a passagem do sangue para um determinado membro;
não retirar objetos encravados.
QUEIMADURAS
As queimaduras podem ser classificadas em três níveis:
Procedimentos
Afaste a fonte de calor;
retire rapidamente objetos que possam apertar como
anéis, pulseiras e relógio, antes que ocorra inchaço;
lave com água corrente;
aguarde a chegada do atendimento especializado;
não fure bolhas;
não passe produtos como borra de café, clara de ovo,
pimenta etc;
não coloque gelo;
não remova roupas que estejam grudadas à pele.
25
Em caso de fogo nas roupas:
não deixe a vítima correr pois o oxigênio pode agravar a combustão;
deite-a no chão com as chamas para cima;
3
use um cobertor, toalha ou agasalho para abafar as chamas, come-
çando da cabeça em direção aos pés. Também pode fazer a vítima
rolar no chão.
FRATURAS
As fraturas podem ser:
abertas (ou expostas): o osso quebra e
rompe a pele. Sintomas: dor, inchaço, defor-
mação e sangramento;
fechadas: o osso quebra, mas não há o rom-
pimento da pele. Sintomas: dor, inchaço, de-
formação e local arroxeado.
Procedimentos
Impessa o deslocamento e movimento das partes quebradas;
se possível, proteja o membro com uma bandagem até a chegada
do socorro especializado;
em caso de fratura exposta, NÃO tentar recolocar o osso fratu-
rado no lugar;
nunca massagear o local;
não movimentar o membro.
6 http://www.edp.com.br/distribuicao/edp-bandeirante/utilidades/acidentes-com-energia-ele-
trica/Paginas/default.aspx
26
Luxação7
É o descolamento repentino, podendo ser parcial ou completo, de
algum osso composto em uma articulação. Diferentemente da fratu-
ra, o osso apenas sai do lugar, sem se quebrar. Porém, não exclui a
possibilidade daquele osso também conter uma fratura. Os sintomas
são: dor intensa, inchaço, hematoma, pode haver fraqueza muscular
e deformação da articulação.
FRATURAS NA COLUNA
Não movimente a vítima e infor-
me a condição da vítima ao serviço
de socorro. Se a vítima informar dor
no pescoço e você perceber posi-
cionamento estranho da cabeça ou
adormecimento dos braços, pernas
ou outras partes do corpo, ela pode-
rá ter sofrido uma fratura na coluna.
Nesses casos, é extremamente importante mobilizar a cabeça e o
pescoço, pois uma lesão em algum nervo dessa região pode chegar a
deixar a vítima paralítica. SE O SOCORRO NÃO PUDER CHEGAR AO
LOCAL, veja como proceder:
segure a cabeça da vítima pressionando a região das orelhas afim
de imobilizar a cabeça e o pescoço;
não mova a vítima caso ela esteja dentro do veículo;
se a vítima estiver de lado ou de bruços e respirando, mantenha a
cabeça sustentada na posição em que se encontra até a chegada
do socorro;
somente vire a vítima caso perceba que ela não está respirando.
FRATURAS NO CRÂNIO
As fraturas no crânio podem ser gravíssimas e não são fáceis de
identificar, pois nem sempre são visíveis. Os sintomas são: dor local,
7 https://drauziovarella.com.br/letras/l/luxacao/
27
vômito, inconsciência, parada respiratória e sangramento pelo nariz,
boca ou ouvido.
SE O SOCORRO NÃO PUDER CHEGAR AO LOCAL, ao suspeitar
3
de fratura no crânio:
deite a vítima de costas e afrouxe suas roupas;
proteja o ferimento com uma compressa ou panos limpos;
mantenha a vítima aquecida;
em caso de acidentes com motocicletas, não retire o capacete;
aguarde pelo socorro e em caso da vítima estar inconsciente, leve-a
Noções de primeiros socorros
imediatamente ao hospital.
AMPUTAÇÕES
A amputação traumática é a mutilação, quando um membro ou es-
trutura se separa do restante do corpo. Veja os procedimentos:
faça compressão do local com força, usando gazes ou panos limpos;
recolha a parte amputada, enrole-a com panos limpo e coloque-a
em um saco plástico com água limpa;
armazene o saco dentro de um recipiente ou outro saco com gelo;
não coloque o membro amputado diretamente no gelo.
28
|| CUIDADOS COM A VÍTIMA (O QUE NÃO FAZER)
29
que que podem fazer o uso de seus medicamentos). Pode ocorrer he-
morragias internas e o líquido pode chegar aos pulmões, agravando a
situação. Além disso, caso a vítima necessite de uma cirurgia, ela pre-
3
cisará estar de estômago vazio e, o líquido ou alimento ingerido pode
demorar várias horas para ser absorvido pelo organismo.
30
|| ACIDENTES SEM VÍTIMA
31
TESTE OS SEUS CONHECIMENTOS
1. Qual ação deve ser realizada para sinalizar o para que eles identifiquem o tipo de pro-
local do acidente? duto e os riscos.
a. Bloquear o fluxo de trânsito da via com o c. Isolar o local, mantendo uma distância
seu veículo, ligando o pisca-alerta. mínima de 100 metros e em sentido con-
b. Estacionar o veículo em local seguro, li- trário ao vento. Não é necessário informar
gando o pisca-alerta, evitando bloquear o à equipe de socorro que se trata de um
fluxo de trânsito. acidente envolvendo produtos perigosos.
c. Estacionar o veículo em local seguro, evi- d. Isolar o local, mantendo uma distância
tando bloquear o fluxo de trânsito. Não é máxima de 50 metros e em sentido a fa-
necessário ligar o pisca-alerta. vor do vento. Não é necessário informar
d. Bloquear o fluxo de trânsito da via com o à equipe de socorro que se trata de um
seu veículo. Não é necessário ligar o pis- acidente envolvendo produtos perigosos.
ca-alerta.
4. Qual dos serviços abaixo deve ser acionado
2. Para sinalizar o local do acidente, você deve para socorrer qualquer emergência ligada à
considerar a velocidade da via e as condições saúde, em qualquer local, inclusive acidentes
da pista, sendo: de trânsito?
a. Se a pista estiver seca, calcular 2 passos a. Polícia Militar, ligando para 190.
por km/h. Se a pista estiver molhada, cal- b. Polícia Rodoviária Federal, ligando para
cular 5 passos por km/h. 191.
b. Se a pista estiver seca, calcular 2 passos c. Serviço de Atendimento Móvel de Urgên-
por km/h. Se a pista estiver molhada, cal- cia (SAMU), ligando para 192.
cular 1 passo por km/h. d. Polícia Rodoviária Estadual, ligando para
c. Se a pista estiver seca, calcular 1 passo por 198.
km/h. Se a pista estiver molhada, calcular
2 passos por km/h. 5. Em um acidente de trânsito, o que o condu-
d. Se a pista estiver seca, calcular 2 passos tor pode fazer enquanto espera a equipe de
por km/h. Se a pista estiver molhada, cal- socorro?
cular 3 passos por km/h. a. Conversar com ela, acalmando-a e infor-
mando-a do que está acontecendo, sem
3. O que deve ser feito em um acidente de trân- passar informações impactantes.
sito que envolva caminhão de transporte de b. Nada, o condutor deve aguardar o mais
produtos perigosos, como o combustível? distante possível das vítimas.
a. Isolar o local, mantendo uma distância mí- c. Movimentar a vítima para longe do fluxo de
nima de 100 metros e em sentido contrá- veículos, facilitando a chegada do socorro.
rio ao vento. Informar à equipe de socorro d. Ficar próximo da vítima, mesmo que a si-
o que está escrito na placa de segurança tuação ofereça riscos ao condutor.
para que eles identifiquem o tipo de pro-
duto e os riscos. 6. Se houver mais de uma vítima no local do aci-
b. Isolar o local, mantendo uma distância dente, qual delas a equipe de socorro atende-
máxima de 50 metros e em sentido a favor rá primeiro?
do vento. Informar à equipe de socorro o a. A vítima que estiver mais agitada, para
que está escrito na placa de segurança acalmar a situação.
32
b. A vitima que estiver mais quieta e não b. Em caso de parada cardiorrespiratória, de-
conseguir se movimentar, pois pode indi- ve-se chamar o socorro imediatamente,
car parada respiratória. pois não é permitido que um leigo faça
c. A vítima que estiver com ferimentos mais técnicas de reanimação cardiorrespiratória.
leves para atender o maior número de c. Em caso de queimaduras, o indicado é
pessoas primeiro. NÃO arrancar a roupa que esteja grudada
d. Não há prioridade de atendimento, a equi- na pela da vítima.
pe irá atender a que estiver mais próxima. d. Se a vítima estiver com sede oferecer água,
mantendo-a hidratada até que o socorro
7. Se em um acidente de trânsito, a vítima apre-
chegue ao local.
sentar convulsão. Qual é a recomendação
para esse caso? 10. O que fazer em um acidente com vítima mo-
a. Deitar a vítima de bruços, afastar objetos tociclista que esteja inconsciente e com os jo-
que possam machucá-la e apertar as rou- elhos dobrados em posição estranha?
pas para impedir a movimentação. a. Retirar o capacete, desdobrar os joelhos e
b. Deitar a vítima de lado, apertar as roupas acionar a equipe de socorro.
para impedir movimentação e tentar pu- b. Desdobrar os joelhos da vítima para uma
xar a língua da vítima para fora. posição mais confortável e acionar a equi-
c. Deitar a vítima de lado, apoiar sua cabeça pe de socorro.
em material macio, afrouxar suas roupas e c. Verificar se está respirando sem retirar o
colocar alguma objeto em sua boca para capacete e acionar a equipe de socorro.
que ela morda. d. Virar a cabeça do motociclista e tentar
d. Deitar a vítima de lado, apoiar sua cabe- acordá-lo.
ça em material macio, afastar objetos que
possam machucá-la e afrouxar suas roupas. 11. Se a vítima apresentar temperatura inferior a
36º C, ela pode estar apresentando sinal de:
33
REFERÊNCIAS
3
ABRAMET, 2005. Disponível em: <http:// em: <http://g1.globo.com/bemestar/
www.abramet.com.br/files/cartillha_ noticia/2015/06/entenda-causas-dos-
primeiros_socorros.pdf>. Acesso em: desmaios.html>. Acesso em: 07/02/2017.
12/01/2016.
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ANFAVEA. Noções de Primeiros Socorros em: <http://pt.healthline.com/health/
no trânsito. In: ANFAVEA. Manual convulsoes#Tratamento8>. Acesso em:
Básico de Segurança no Trânsito. 07/02/2017.
[S.I.]: [s.n.], [s.d.]. Disponível em: <http://
Noções de primeiros socorros
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